Matéria-Prima #16

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infraestrutura

rio+20

A ampliação do cais do Sepetiba Tecon

Indústria é fundamental para a sustentabilidade

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matéria-prima

jornal da csn

Nº 16 k ano 3 k maio_junho_julho | 2012 k www.csn.com.br

siderurgia

excelência premiada Saiba como a CSN conquistou uma posição de destaque no mercado automotivo, um dos mais importantes para o setor ® pág. 4


editorial

Prêmios e resultados O setor automotivo apresenta constantes desafios para a CSN. Nos últimos anos temos trabalhado com muita determinação para aumentar nossa participação neste mercado dinâmico e competitivo, que representa 23% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 5% do PIB nacional, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. A estratégia, desde então, é investir no atendimento focado nas necessidades específicas das montadoras, numa ação coordenada entre produção, desenvolvimento de produto e a área comercial – com sinergia entre essas áreas e o cliente. O resultado vem sendo reconhecido pelo mercado, como mostram os prêmios conquistados. No primeiro semestre deste ano, somamos quatro recompensas à nossa “sala de troféus”: três da GM e uma da Fiat. Da montadora norte-americana ganhamos o importantíssimo prêmio de fornecedora Word Class, que habilita a CSN a fornecer aço a qualquer planta da GM no mundo, além do título de melhor fornecedora de aço pelo segundo ano seguido e o de melhor parceira da montadora no Brasil em todos os segmentos. A Fiat nos agraciou com a menção honrosa do prêmio Qualitas pelo inovador projeto de reengenharia do Novo Uno. Nossa crescente competitividade nessa área tem de servir de exemplo para toda a organização, ainda mais num momento de tantos desafios como o enfrentado pelo setor siderúrgico no Brasil. O segmento automotivo representa 30% do mercado brasileiro de aço. É estratégico. E exige excelência operacional e comercial para trazer resultados. Com foco no cliente e atendimento customizado estamos ganhando mercado – e prêmios. Motivo de orgulho para todos nós.

Benjamin Steinbruch Diretor-Presidente da CSN ©©2 1

capa

Modelo de eficiência

sumário

logística

Mais capacidade Ampliação do cais do Sepetiba Tecon aumenta competitividade............... 3

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4 gente a vitrine dos nossos talentos

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Expediente

Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch Diretores-Executivos: David Salama, Enéas Garcia Diniz, José Taragano, Juarez Saliba e Luis Fernando Martinez

rio+20

Motor da mudança O papel da indústria no desenvolvimento sustentável. ................ 10 recursos humanos

Pelo mundo Conheça empregados da CSN que trabalham fora do país ....................... 12 interatividade

Matéria-Prima Online Veja as galerias de fotos e participe do quiz..........................................13

matéria-prima jornal da csn

Nº 16 • Ano 3 •maio_junho_julho • 2012 Direção Editorial: Marcelo Behar e Fabio Schivartche Editor: Helton Fraga heltonfraga@csn.com.br Coordenação Editorial Stefan Gan Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Lúcia de Menezes Farias Tratamento de Imagem: Sonia Scavichia Reportagem: Paulo Talarico e Simone Freire Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Alexandre Campbell, Caio Ferrari, Carlos Lima, Cristiano Alves da Silva, Edma Nogueira, Eglantine Cavalcante Pearce, Flávia Rodrigues, Luciana Shoji, Luiz Henrique Pimentel, Márcio Lins, Michelle Shayer, Rafael Lara, Ricardo Costa, Rosana Lovato, Thaís Amoedo Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401) Preparação e Impressão: Ipsis Tiragem desta edição: 25.000 exemplares

empresa

Maiores e Melhores CSN recebe prêmio pela quinta vez consecutiva .............................. 14

Veteranos ©3

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CSN homenageia empregados com 30 e 35 anos de casa.

fotografia

Revele seu talento Veja a segunda foto vencedora do concurso “A CSN e Você”....................... 15

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fale com a redação jornalmateriaprima@csn.com.br O jornal matéria-prima é produzido pela editora

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Online Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador. Na intranet, é só clicar na capa do jornal (em versão PDF). E na internet, acesse www.materiaprimaonline.com.br para ler o jornal e outras notícias referentes ao universo CSN. © fotos: 1, 2 e capa, felipe varnda, 3 wallace feitosa


logística

Expansão marítima Com investimentos superiores a R$ 150 milhões, o Sepetiba Tecon aumenta sua capacidade e competitividade no mercado

ilustração: bruno algarve

Portêiner é o equipamento utilizado na movimentação de contêineres do navio para o costado e vice-versa. Em formato de pórtico, ele possui uma lança que se prolonga até o mar, acoplada a uma garra, que se desloca sobre um trilho. Transtêiner é o equipamento rolante em estrutura de portais sobre pneus. São utilizados na movimentação e armazenamento de contêineres no pátio.

Manutenção

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undamental para o desenvolvimento do país, o transporte marítimo não para de evoluir. E acompanhar este crescimento é essencial para aumentar a competitividade. Com essa estratégia, o Sepetiba Tecon – terminal de contêineres da CSN, localizado no Porto de Itaguaí (RJ) – vai investir mais de R$ 150 milhões para adequar a estrutura do Berço 301, transformando-o em um cais contínuo, assim como os demais atracadouros do porto. O terminal passará a dispor de uma estrutura contínua de 810 m de extensão, maior do que os 540 m anteriores, podendo assim receber mais de um navio de grande porte por vez. A capacidade de movimentação de contêineres pelo terminal aumentará em 87%, saltando dos atuais 237 mil para 444 mil unidades. Atualmente, este berço tem uma estrutura metálica em “U”, que permite apenas a atracação de navios que operam com guindaste de bordo. Nele, não podem ser atracados navios que necessitam operar com guindastes de terra, pois os 4 portêineres que operam no terminal se movimentam sobre trilhos e não têm acesso ao referido berço, por não se tratar de uma estrutura contínua. O cais é utilizado para movimentar produtos siderúrgicos, embarcados direto nos porões dos navios ou para o desembarque de cargas de projetos. De acordo com Cesar Maas, gerente de Desenvolvimento e Novos Negócios, as mudanças permitirão a operação simultânea de navios de grande porte, que na última década tiveram um aumento de 50% no seu tamanho médio. “Nossa expectativa é aumentar a competitividade do Sepetiba Tecon no mercado de contêineres, atraindo novos serviços para o porto e fidelizando os clientes, além de prestar melhores serviços à controladora CSN no embarque e desembarque também de produtos siderúrgicos da Usina Presidente Vargas (UPV)”, explica Maas. Do montante investido, R$ 41 milhões correspondem à compra de novos equipamentos e cerca de R$ 11,3 milhões se referem a outras despesas, como administração e seguros. Os novos equipamentos são 2 novos portêineres e 4 transtêineres (leia mais no texto acima). As obras, com duração prevista de 14 meses, estão em fase de contratação

Saiba mais sobre o porto

Administração

Portêiner Transtêiner

Esse aumento permitirá a operação de dois navios simultaneamente.

A extensão do cais passará de 540 m para 810 m.

Polo Exportador de Café oferece qualidade e segurança a exportadores Em um armazém de 5.000 m2, com capacidade para carregar 45 contêineres por dia, o Sepetiba Tecon é o responsável pela administração do complexo batizado de Polo Exportador de Café desde setembro de 2011. Na referida estrutura são realizadas as operações de blendagem (mistura) computadorizada de grãos verdes com até nove origens diferentes. O espaço tem três blowers (que sopram os grãos de café para dentro de contêineres), e nove silos que comportam 3.240 sacas do produto. Com o processo informatizado e modernas instalações, é possível a realização de serviços de altíssima qualidade, sendo uma alternativa ao Porto de Santos. “Assumimos o controle do armazém e já fizemos algumas melhorias. Antes, o café a granel era estufado em outro local bem menor, que não dispunha da mesma infraestrutura e sistemas computadorizados”, explica Mauricio Simões Lopes, coordenador comercial. Os exportadores têm agora uma opção de carregamento dentro do porto, que oferece toda a segurança e qualidade que o mercado de café exige. “Além disso, as melhorias têm o objetivo de ampliar os volumes de exportação de café e, consequentemente, a receita do terminal”, afirma o coordenador. Segundo Lopes, ter um polo exportador de café informatizado é importante. “Esta estrutura oferece uma grande vantagem competitiva, pois não há outros terminais no Brasil com instalações semelhantes. Com este novo armazém, podemos garantir um blend perfeito das diversas origens do café, permitindo maior agilidade nas operações e ganho de produtividade”. 2012 < maio_junho_julho < matéria−prima

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capa

A

crescente competitividade da CSN no setor automotivo está rendendo cada vez mais frutos. Em abril, a empresa recebeu o prêmio de fornecedora World Class da GM, uma recompensa de extrema importância “pois credencia a CSN a fornecer para qualquer planta da GM no mundo”, afirma Luis Fernando Martinez, diretor executivo Comercial da CSN. “Isso mostra nossas competências ao mercado”. A CSN recebeu mais três prêmios da indústria automobilística em abril. Dois vieram da GM – o de melhor fornecedora de aço pelo segundo ano consecutivo e o de melhor parceira da montadora no Brasil em todos os segmentos – e o outro da Fiat, uma menção honrosa do prêmio Qualitas por propositividade, pelo projeto de reengenharia do Novo Uno. “O prêmio Qualitas também tem muito peso, pois recompensa a nossa proatividade”, diz Martinez.

“São prêmios muito relevantes que aumentam nossa responsabilidade, pois as montadoras exigem bastante do fornecedor”, diz Milton Picinini, gerente-geral de Operações da CSN Porto Real (RJ), que concentra a produção de aço para automóveis. “É preciso ter um nível de comprometimento muito grande de toda a equipe, do gerente da planta aos operadores”. O segmento automotivo representa 30% do mercado brasileiro de aço e tem importância estratégica para a CSN. “A indústria automobilística traz desafios para nós e alavanca a excelência operacional da empresa”, comenta Martinez. Essas recompensas também significam o coroamento do processo de recuperação do mercado automotivo por parte da CSN. A mudança veio em 2007, quando a CSN dirigiu o foco para montadoras e fabricantes de autopeças adotando uma nova estratégia. Co-

na direção

certa CSN consolida posição no mercado automotivo e ganha prêmios da GM e Fiat

A Linha de Corte Transversal (à esq.) garante chapas perfeitas. Chapa de aço é inspecionada na saída da Linha de Zincagem Contínua.

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Valorizamos a gestão integrada e o trabalho em equipe

mo o atendimento é o grande diferencial neste mercado, a CSN decidiu concentrar seus esforços no suporte técnico e comercial às montadoras. Além da mudança na estratégia de negócios, a nova posição da CSN se deve à ampliação da capacidade de produção do centro de serviços de corte da CSN Porto Real, realizada no ano passado. A capacidade pulou de 60 mil toneladas anuais para 240 mil, permitindo atender melhor a demanda das montadoras. “A ampliação nos ajudou a fidelizar os clientes, que recebem o produto semi-acabado, pronto para a estampagem”, diz Picinini. “Estamos estudando aumentar ainda mais a capacidade da planta, pois o mercado está em expansão, com novas montadoras chegando ao Brasil e outras abrindo novas fábricas”, afirma. “A nova estratégia de atendimento é customizada, respeita as características de cada cliente”, explica o gerente comercial automotivo, Lúcio Mário de Aldemundo Pereira. “Este atendimento diferenciado, que tem muitas particularidades, se resume em atender às demandas específicas das montadoras, mas, com uma visão mais ampla de toda a cadeia de valor.” A primeira medida para melhorar o atendimento foi a reestruturação da área comercial, que tinha apenas uma gerência para atender todo o mercado automotivo. Duas gerências foram criadas, uma dedicada às montadoras e outra às indústrias de autopeças. Com este novo enfoque, a CSN passou a trabalhar a competitividade da cadeia de fornecedores das montadoras, uma visão pio-


Chapa de aço passa por lavagem em equipamento robotizado. 2012 < maio_junho_julho < matĂŠria−prima

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capa neira neste mercado. “As montadoras perceLuis Fernando Martinez (ao centro) beram que, com o crescimento da produção recebe um dos prêmios conquistados automobilística, não adiantava serem compela CSN no setor automotivo. petitivas sem uma cadeia de fornecedores igualmente competitiva. E elas precisavam de um parceiro”, comenta Pereira. Pensando nisso, a CSN fez parcerias com a Fiat, que incluem o desenvolvimento conjunto de produtos e negócios. “No caso do Grupo Fiat, a relação estabelecida com a Iveco é um bom exemplo do novo modelo de negócios. A Mineração Casa de Pedra precisava de novos caminhões e a CSN passou a ser cliente, comprando caminhões da Iveco. Houve concorrência e profissionalismo nesta compra, mas o que se pode dizer é que a relação entre as empresas se fortaleceu”, observa Pereira. Outra ação estratégica foi alinhar a vigência de contratos com as montadoras e com as indústrias desta cadeia produtiva, algo fora do comum no mercado. “A ampliação da participação no setor de máquinas e implementos agrícolas foi outra novidade, consequência do bom relacionamento com o Grupo Fiat. Passamos a fornecer para a CNH, o braço agrícola do grupo, e hoje somos fornecedores exclusivos”, diz Richard Boarin, gerente-geral Comercial de Indústria. Como estratégia de atuação, após recuperar a relação com as montadoras e suas forneceestratégia da CSN focada no atendimento doras, a CSN avançou na cadeia produtiva por é reconhecida pelos prêmios da GM e da FIAT meio da Prada Distribuição, desenvolvendo negócios com empresas de pequeno porte que fornecem às indústrias de autopeças com a mesma proposta de atendimento difeUm dos grandes marcos da relação da CSN com a GM renciado, fidelizando assim clientes do varejo usualmente sem compromissos de comfoi o lançamento do Agile, em 2010. A GM concebeu pra. A CSN começou a explorar também oportunidades com a expansão do parque uma carroceria com chapas de pequena espessura, mas fabril das montadoras, oferecendo seu portfólio de produtos voltados à construção enfrentava dificuldades, pois muitas dessas peças se civil. “A todo momento buscamos desenvolver negócios criativos. Temos projetos rompiam no momento da estampagem. “Identificamos empresariais com as montadoras que transcendem a mera relação cliente-fornenesse problema a oportunidade de desenvolver um novo cedor, gerando benefícios para os dois lados: é o ganha-ganha”, afirma Pereira. produto, o CTP (Coating Treatment Plus) – uma camada de filme lubrificante que é aplicada na bobina de aço para facilitar a estampagem –, que só a CSN oferece. Além A verificação dos parâmetros de processo de aprimorar a qualidade da matéria-prima, a CSN ajudou na Linha de Zincagem é fundamental a GM no que se refere a processos e ferramental para que para a qualidade dos produtos. ela pudesse trabalhar com as peças de menor espessura. Tudo isso foi capitalizado em termos de fidelização do cliente”, comenta o gerente de Desenvolvimento de Produtos e Qualidade da CSN Porto Real, Fabiano Vallim. Em relação à Fiat, merece destaque o projeto de reengenharia da carroceria do Novo Uno, realizado no ano passado com o suporte da montadora, que valeu à CSN a menção honrosa de propositividade do prêmio Qualitas. “O projeto é uma iniciativa do Centro de Pesquisas da DEPRO e tem dois tipos de inovação: na tecnologia e nas práticas comerciais, pois nesse mercado não é usual envolver o siderurgista na elaboração de projetos”, observa o diretor executivo Comercial Luis Fernando Martinez. O Centro de Inovações Automotivas e de Embalagem Metálica da CSN analisou 136 peças da carroceria e sugeriu melhorias em 77% delas, resultando em uma queda de 8% no peso do carro e custos mais baixos. “Isto foi obtido pelo uso de aços mais refinados desenvolvidos pela CSN, com espessuras menores e alta capacidade de estampagem. Vamos fazer um projeto com o novo Palio e, nos próximos lançamentos da Fiat, a CSN estará presente na elaboração do projeto”, afirma Richard Boarim, gerente-geral Comercial de Indústria.

inovações fazem a diferença

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© fotos: felipe varnda


Suplemento do Jornal Matéria-Prima Nº 16 | Ano 3 k maio_junho_julho | 2012 k www.csn.com.br

a vitrine dos nossos talentos

gente

Lúcio Mario Cordeiro trabalha em Casa de Pedra desde 1978 e se orgulha de fazer parte da empresa.

DÉCadas de compromisso CSN homenageia quem completou 30 e 35 anos de casa ® págs. 8 e 9

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gente

a vitrine dos nossos talentos

veteranos vencedores Empregados com mais de 30 anos na CSN explicam a cumplicidade com a empresa e a ligação da companhia com suas famílias

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uando tinha 11 anos, Wanderlei Reis começou a cursar o ginásio industrial na Escola Técnica Pandiá Calógeras (EPTC), em Volta Redonda (RJ). Na época, o pai, Enock, já lhe dava conselhos sobre o caminho a ser seguido: “Ele me dizia que meu futuro era na CSN”, lembra Wanderlei. Enock falava com conhecimento de causa, pois durante 18 anos trabalhou na CSN como eletricista. Dito e feito. Wanderlei seguiu os conselhos e acumula mais de 36 anos de atividades na empresa. Aos 55 anos de idade, hoje é gerente de Planejamento, Embalagem e Logística da CSN Paraná, onde está há oito anos. Wanderlei começou sua trajetória na CSN como técnico-aluno na Usina Presidente Vargas (UPV), antes de ser efetivado em 13 de outubro de 1975 como analista de engenharia industrial. Passou ainda pelo escritório em São Paulo, antes de se transferir para a CSN Paraná. Os laços entre a família e a CSN não se limitam às duas primeiras gerações. Agora, é a vez da terceira linhagem dos Reis exibir o crachá da empresa. O biólogo Bruno Correa de Oliveira Reis, filho de Wanderlei, foi contratado pela CSN Paraná como analista de meio ambiente pleno. O gerente não tem dúvidas de que influenciou a decisão do filho. “Ele deve ter se inspirado em mim, porque eu respiro CSN o tempo todo”, afirma. A admissão do filho Bruno aconteceu em outubro de 2011, exatamente no mesmo dia em que Wanderlei completou 36 anos de trabalho.

1973

1973 gerdal cople

nilson dos santos

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Histórias como essa são comuns entre os empregados que completaram 30 anos de CSN em 2012 e foram homenageados em um evento organizado pela Diretoria de Recursos Humanos em Volta Redonda, que este ano brindou também os empregados com 35 anos de empresa. Tradicional, a comemoração acontece anualmente, em três datas diferentes, contemplando ainda os empregados com 10 e 20 anos de casa. Mesmo quem não participou da confraternização este ano, tem história para contar. E história de amor. É o caso de Gerdal de Paula Cople, de 63 anos, gerente de Transporte Internacional . Desde 1973 na empresa, foi na CSN que conheceu Regina Célia. Ambos foram contratados como engenheiros civis na época de expansão da UPV. “Na convivência em Volta Redonda, acabamos namorando e depois nos casamos”, relembra Gerdal. Quase quarenta anos depois, Regina e Gerdal são pais de um casal de gêmeos, hoje com 18 anos. Os filhos nasceram na época em que Regina e Gerdal trabalhavam no escritório da empresa no Rio de Janeiro. Pouco tempo depois, Regina se aposentou. Atualmente, a família faz muitas atividades em conjunto. Gerdal estuda francês com a filha Júlia, enquanto a esposa estuda italiano com o garoto Bernardo. “Nossa vida é muito ativa, pois os programas são sempre feitos para que a família esteja junta e que atendam os interesses de todos”, diz ele. “Gostamos muito de praia, de viajar, de cinema e teatro.” Gerdal trabalhou em Volta Redonda e nos escritórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas áreas de construção e montagem e de compras e transporte marítimo de matérias-primas estratégicas. Em 2003, foi transferido para o Porto de Itaguaí, onde gerencia a parte operacional dos embarques marítimos de produtos siderúrgicos para os mercados interno e externo. Para ele, as mudanças de setor serviram para ampliar seu amor ao trabalho.


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“É como se fosse uma nova empresa, com novos desafios e tarefas diferenciadas”, diz. A ligação da CSN com o sucesso em família também alcança a Mineração de Casa de Pedra, em Minas Gerais. Em 17 de junho de 1978, o então servente Lúcio Mario Cordeiro começava a escrever a sua história na empresa. “Foi demais quando entrei aqui. Se hoje sou casado e convivo muito bem com a minha família, foi por causa da CSN”, relembra. Lúcio trabalha atualmente como operador de máquinas da mina e, com quase 34 anos de empresa, nem pensa em sair. “Eu adoro trabalhar aqui”, resume. A ascensão na profissão é explicada pela capacitação obtida e pela determinação de Lúcio, que foi crescendo gradativamente. “Aos poucos, fui aprendendo a trabalhar com os equipamentos da mina. Aliás, tudo o que aprendi foi na companhia”, diz ele, que assume a preferência pela operação de escavadeira. “A escavadeira é o equipamento de que mais gosto”, diz ele, casado há mais de 27 anos com Fátima Aparecida de Matos Cordeiro. Outro empregado com uma longa história na CSN é Nilson José dos Santos, de 66 anos, 39 deles na empresa. Nilson é especialista em garantia de qualidade do Centro de Pesquisas em Volta Redonda. Ele entrou na CSN em 1º de fevereiro de 1973. Logo percebeu que era o lugar ideal para se desenvolver na área que mais lhe interessava: a engenharia. Nilson também auxilia alunos em conclusão de curso da Universidade Federal Fluminense (UFF). “É uma maneira de passar experiência para a garotada”, explica. Casado há 38 anos, Nilson tem três filhos que também gostam da área escolhida pelo pai.“Minha filha fez engenharia de alimentos, o segundo cursou engenharia ambiental e segurança do trabalho e o caçula estudou engenharia elétrica”. Mas foi a filha, Lilian, quem seguiu os passos do pai na CSN: ela é gerente de Vendas, na sede da empresa, em São Paulo.

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Grupo de empregados com 30 anos de trabalho na CSN antes da solenidade realizada no ginásio do Recreio.

Reconhecimento merecido Solenidade realizada em Volta Redonda homenageia empregados que completaram 30 anos de CSN No dia 17 de maio, a Diretoria de Recursos Humanos da CSN promoveu a homenagem anual aos empregados que completaram três décadas de trabalho na empresa, numa solenidade no Recreio, em Volta Redonda, que reuniu 62 empregados com 30 anos de casa. A novidade este ano foi a homenagem aos 39 empregados que fizeram 35 anos de empresa. “Sentimos a necessidade de chamar quem fez 35 anos para valorizar ainda mais esse pessoal que está conosco há tanto tempo”, explica o gerente de RH Siderurgia, Anderson Castro. “São aquelas pessoas que acreditam na empresa, e que vão além do gostar, porque ficaram uma vida aqui”, ressalta a diretora de Recursos Humanos, Antídia Juncal. Os empregados foram presenteados com um broche de ouro 18 quilates e um diploma de aço escovado, além de uma viagem para Búzios (RJ). Quem completou 35 anos também recebeu um relógio de pulso. “Quando a gente tem muito tempo de empresa, a relação é muito forte, como uma paixão”, afirma Selma Evangelista Nicolau, de 55 anos, analista de Recursos Humanos. Ela completou 30 anos e se emocionou ao discursar para os colegas. “É muito prazeroso fazer parte da CSN.” O gerente de Aciaria, Lourival Coutinho Neto, de 57 anos, representou os empregados com 35 anos de CSN e destacou o aprendizado conquistado na empresa, que serve de inspiração. “Quando chega um novato, a gente avisa: a CSN é uma escola. Nós aprendemos muito e crescemos com a empresa”, diz. A família dos empregados muitas vezes está presente e quer conhecer a fundo o trabalho dos veteranos. “O meu filho, que está aqui hoje, está vibrando”, disse o analista de garantia da qualidade sênior, Humberto Alves Vieira, de 51 anos, há 30 anos na Casa de Pedra (MG). “Ser homenageado por participar durante tanto tempo de uma empresa é gratificante, pois hoje, com toda essa competitividade, é muito difícil ver alguém ficar na mesma empresa por tanto tempo.” Outro homenageado, o técnico de manutenção em linha de montagem Carlos Ferreira de Almeida, de 45 anos, trabalha desde a adolescência na Prada Embalagens. Ele estava ansioso por participar da solenidade. “De uns anos para cá, vi colegas meus vindo, e eu fiquei pensando: ‘será que vai chegar o meu dia?’, E hoje é o meu dia”, comemorou ele, que espera atingir 35 anos de empresa. Carlos ressalta o orgulho de trabalhar na Prada. “É um prazer muito grande ver nosso trabalho nas prateleiras de lojas e supermercados, e também nas nossas casas.”

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wanderley reis

© fotos: 1, 2, 4 wallace feitosa, 3 maria mion

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Humanidade 2012

Defendemos uma atuação social e ambiental responsável

Indústria,

motor da sustentabilidade Debate com empresários, ambientalistas e representantes governamentais na Rio+20 destacou a importância do setor industrial para o desenvolvimento sustentável

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O

setor industrial é fundamental para a sustentabilidade e tem grande capacidade de influenciar políticas públicas em prol do meio ambiente. Esta foi uma das principais ideias debatidas no seminário “Infraestrutura e Sustentabilidade”, evento paralelo à Rio+20 realizado no dia 16 de junho no espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e primeiro vicepresidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi um dos coordenadores do debate, que reuniu especialistas em questões ambientais, representantes governamentais, empresários e os membros do Conselho de Sustentabilidade da CSN. Para ele, houve uma mutação muito rápida na maneira de pensar sobre o meio ambiente. “Há 30 anos, a sustentabilidade era algo distante. Hoje, há um consenso de que precisamos fazer mais, e mais rápido.” Na mesma linha, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, enfatizou que a indús-

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tria “deve ter a coragem e a sensibilidade de mudar”. Já Paulo Skaf, presidente da Fiesp, destacou a importância da união entre governo, sociedade e indústria para alcançar o desenvolvimento sustentável. A aliança entre a sociedade civil e as empresas se tornou estratégica para a superação dos impasses ambientais, na visão de Ana Toni, presidente do Conselho do Greenpeace. “Os governos têm o papel de fiscalizar e assegurar a regulamentação na área ambiental, mas nós percebemos que precisamos ir às empresas para que elas entendam a urgência do problema”, afirmou a ambientalista, que concordou com sugestão de Steinbruch para que, juntos, discutam estratégias para que o setor empresarial exerça influência “verde” sobre as demandas de mercado. Para a geógrafa Bertha Becker, integrante do Conselho de Sustentabilidade da CSN e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a humanidade só alcançará a sustentabilidade global com o reconhecimento da diferença. “Há diferentes caminhos de transformação, diferentes economias verdes adequadas à diversidade de culturas, condições geográficas, níveis de desenvolvimento. Precisamos pensar muito bem o contexto do Brasil, que é complexo, para definirmos que tipos de infraestruturas ele precisa para termos um desenvolvimento sustentável”.


Marilene Ramos, presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), insistiu na função das políticas públicas como indutoras da economia verde. “O Estado tem o poder de incentivar e financiar o desenvolvimento sustentável. Subsídios e incentivos fiscais são muito importantes, mas a economia real pressiona o Estado em momentos de crise econômica e, muitas vezes, o governo toma medidas que incentivam, por exemplo, a produção de automóveis. Muito mais eficaz seria incentivar o transporte público. Certos incentivos precisam ser revistos”. Para o vice-presidente do Deutsche Bank e membro do Grupo do Clima da ONU, Caio Koch-Weser, a atual crise econômica afasta as atenções da questão ambiental. Ele destacou o papel decisivo da inovação na indústria sustentável. “Precisamos de uma terceira revolução industrial. Para isto, é vital que o investimento privado cresça. Para alavancar o investimento privado na economia verde, instituições como o Banco Mundial e os bancos de desenvolvimento desempenham uma função muito importante.” As diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento não são decisivas para essa mudança, segundo Robert Socolow, professor da Universidade de Princeton (EUA). “Tanto que o Brasil é um líder nas questões que estão sendo discutidas na Rio+20. Nas questões ambientais, estamos todos no mesmo barco”, observou. Já o pesquisador suíço Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network – saudado por Benjamin Steinbruch como uma das pessoas mais empreendedoras do mundo –, defendeu a conscientização das pessoas sobre o fato de os países consumirem mais do que têm, o que leva ao esgotamento dos recursos naturais. “Sem refletir sobre isto, não resolveremos o problema. Não é mais possível sustentar a defasagem crescente entre o que a natureza é capaz de fornecer e o quanto nossa infraestrutura e estilo de vida exigem”. Criador do conceito de “pegada ecológica” – ferramenta usada como indicador de sustentabilidade, que calcula a quantidade de recursos naturais que uma população consome Paulo Skaf, Benjamin Steinbruch e o ambientalista Fábio Feldmann (da esq. à dir.) durante o debate.

Saiba mais sobre a Rio+20 Entre os dias 13 e 22 de junho o Rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20 (o nome é uma referência à primeira conferência ambiental realizada na mesma cidade há 20 anos). O encontro reuniu mais de 130 chefes de Estado, ambientalistas, pesquisadores, empresários e representantes da sociedade civil. O principal objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com a sustentabilidade, conceito que alia o desenvolvimento econômico com a proteção ao meio ambiente e inclusão social. Foram discutidos temas como a importância e os processos da economia verde, ações para garantir o futuro sustentável do planeta, formas de eliminar a pobreza e propostas de governança internacional que levem em conta a preservação ambiental.

Para Ricardo Abramovay, a inovação melhora o rendimento do uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos.

O desafio da inovação A defesa da inovação tecnológica como fator de promoção da sustentabilidade foi a tônica da participação de Ricardo Abramovay, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Conselho de Sustentabilidade da CSN. Segundo ele, o setor produtivo precisa se engajar com inovações que melhorem o rendimento do uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos, criando novas cadeias de valor voltadas a finalidades diferentes das que hoje existem. Depois do debate, Ricardo Abramovay conversou com o Matéria-Prima.

e compara esse número com os recursos disponíveis –, Wackernagel justificou sua posição com uma informação preocupante: o planeta demora um ano e meio para repor os recursos naturais que o homem consome em 12 meses. A defasagem constatada por Wackernagel foi levada em conta por Scott Chubbs, diretor mundial de sustentabilidade da Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês), quando definiu o conceito de sustentabilidade: “Atender as necessidades do presente sem comprometer as necessidades futuras”. Chubbs explicou que o aço está no centro da economia verde, pois é facilmente reciclável, e falou dos desafios da indústria: “O consumo de aço está crescendo e precisamos usá-lo com mais eficiência. Estamos investindo em inovação e com isso já somos capazes de produzir o mesmo bem com menores quantidades de aço. Além disso, as siderúrgicas investem em tecnologia para diminuir as emissões de gás carbônico na atmosfera”. © fotos: wallace feitosa

Como a indústria pode ajudar a desenvolver a sustentabilidade? Desde a Revolução Industrial, o desenvolvimento se apoia em algum tipo de inovação. Estamos em um momento em que a inovação adquire uma conotação diferente da que teve nos últimos 50 anos. Hoje, precisamos constituir sistemas de inovação não mais voltados ao aumento da produtividade do capital e do trabalho, mas voltados a melhorar o rendimento no uso dos materiais, da energia e dos recursos bióticos, porque estes recursos são escassos. Alguns países avançaram nessa direção, como Japão e Coreia do Sul. E como está o Brasil dentro desse movimento? Em termos globais, ainda estamos distantes desse sistema. O Brasil está atrasado. Um exemplo disso é a escassez de pesquisas voltadas para ampliar nosso conhecimento sobre os biomas brasileiros. O que temos hoje, como disse a professora Berta Becker, é uma economia da destruição da natureza e não do conhecimento da natureza. Mas também estamos atrasados em relação ao uso dos materiais e da energia. Precisamos de inovações que nos permitam melhorar os equipamentos coletivos dos quais depende a vida social, inovações de infraestrutura para cidades sustentáveis. 2012 < maio_junho_julho < matéria−prima

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RH

incentivamos o respeito às pessoas e a confiança mútua

O gaúcho Roberto Bohrer (centro) vive nos EUA desde 2007, onde é diretor de Operações da CSN LLC.

O carioca Paulo Schottz está há poucos meses em Hong Kong, onde trabalha na venda de minério de ferro.

Longe de casa, perto da CSN Empregados da CSN contam sobre a experiência de contribuir com a empresa fora do país

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engenheiro Roberto Bergallo Bohrer, 51 anos, e o administrador Paulo Schottz, 37 anos, não se conhecem pessoalmente, mas fazem parte de um grupo de brasileiros que representam a CSN fora do Brasil. Bohrer é diretor de Operações da CSN LLC, instalada na cidade de Terre Haute, em Indiana, nos EUA. São mais de doze anos na CSN, cinco deles na LLC. Do outro lado do globo, Schottz acaba de chegar a Hong Kong, na costa sul da China, para trabalhar como diretor comercial no escritório da CSN Ásia. Desde 2009 na empresa, ele é o novo diretor Comercial Ásia, responsável pela venda de minério de ferro no continente asiático. “Temos uma Política Global de Mobilidade Internacional alinhada com as melhores práticas de mercado globalizado e pronta para suportar o crescimento da empresa fora do Brasil”, diz a diretora de Recursos Humanos, Antídia Juncal. Com a crescente internacionalização da CSN, cada vez mais os expatriados exercem constantemente atividades estratégicas para a empresa. Essa expansão chegou à Alemanha em janeiro deste ano, com a aquisição da fábrica de aços longos Stahlwerk Thüringen, em Unterwellenborn. Nascido no Rio Grande do Sul, Roberto Bohrer só decidiu o que queria fazer na faculdade depois de um teste vocacional: optou pela engenharia, a mesma profissão do pai. Formou-se em engenharia mecânica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e fez pós-graduação em Administração na Fundação Dom Cabral. No ano 2000, saiu de Porto Alegre para trabalhar na CSN como gerente de Decapagem na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda (RJ). Já o carioca Paulo Schottz sempre soube com o que queria trabalhar. Cursou Administração de Empresas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e logo concluiu a pós-graduação em Marketing, no IBMEC. Entrou na CSN para trabalhar como gerente-geral de Vendas. O contato com os escritórios da CSN pelo mundo sempre fez parte de sua rotina. Os dois conquistaram cargos no exterior aproveitando as oportunidades que surgiram. Em 2006, um ano antes de ser escalado para exercer uma função na

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LCC, Bohrer já havia visitado a unidade. “Queriam melhorar a perfomance da área de produção. Selecionaram uma equipe de consultoria no Brasil, da qual eu fazia parte. Ficamos 40 dias e deu tão certo que queriam uma pessoa para permanecer nos EUA. Então me candidatei.” Sair do Brasil foi uma grande mudança na vida de toda a família, pois a mulher e os dois filhos também se mudaram. “Veio até o cachorro”, brinca. Bohrer conta que passou por algumas dificuldades no começo. “Tive que aprender tudo de novo: a cultura, os costumes, a língua, enfim, a trabalhar e pensar em inglês”. A família tambem teve um dificil período de adaptação, superado ao longo do tempo. “Esta é uma questão sensível, pois sem o apoio da família não há como seguir em frente”, diz. A receptividade dos colegas da LLC foi muito boa, pois eles estavam habituados a ter contato com brasileiros. A Política Global de Mobilidade Internacional da CSN também proporciona aos empregados expatriados o contato constante com o Brasil. “A empresa procura estar próxima, acompanhando suas integrações e adaptações ao novo destino. Temos mecanismos que garantem contato com a Diretoria de Recursos Humanos e sua respectiva Diretoria de ligação no Brasil”, explica Antídia. “A área de Mobilidade Internacional, juntamente com o Recursos Humanos do Host Country, também está sempre em contato e garantindo esse acompanhamento.” Neste sentido, Bohrer faz questão de destacar a relação com a CSN. “A empresa me apoia bastante. Nunca perdemos o contato. A própria CSN me proporciona uma viagem de férias para o Brasil com a minha família, o que é muito importante porque supre a falta que sentimos dos familiares e dos amigos que deixamos no Brasil”, diz. A cada vinda ao Brasil, aproveita também para manter contato com o time da UPV. Com uma extensa carreira, ele adora desafios e, se alguns projetos de expansão da CSN LLC ocorrerem, projeta ficar mais tempo trabalhando no exterior. “Aqui nos EUA eu tenho que pensar mais em como fazer a empresa crescer, em como ser mais competitivo. Tenho mais desafios relacionados ao negócio.” © fotos: arquivo pessoal


online Acesse o site do Matéria-Prima Online para ficar por dentro de tudo o que acontece no dia a dia da CSN.

www.materiaprimaonline.com.br

GALERIAS DE FOTOS

Acesse as imagens dos principais eventos recentes da CSN. No ar, a homenagem aos empregados que completaram 10, 20 e 30 anos de casa. http://migre.me/9hiZG

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QUIZ

Em qual unidade este equipamento é utilizado?

Confira as respostas no portal

A) Porto de Itaguaí B) Casa de Pedra C) Usina Presidente Vargas D) CSN Paraná

Para auxiliar no abastecimento de energia, a CSN possui participação em duas usinas hidrelétricas. Onde elas estão localizadas?

A Usina Presidente Vargas (UPV) foi inaugurada em 1946, durante o governo de qual presidente?

A) Itá (SC) e Igarapava (MG) B) Araucária (PR) e Itá (SC) C) Igarapava (MG) e Araucária (PR) D) Mogi das Cruzes (SP) e Itaguaí (RJ)

A) Getúlio Vargas B) Washington Luis C) Eurico Gaspar Dutra D) Juscelino Kubitschek

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você sabia?

O Projeto Garoto Cidadão, da Fundação CSN, atende mais de 2 mil crianças e adolescentes, em cidades dos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, onde realiza ações sócio-educacionais e artísticas. Em maio, o MP Online destacou a Semana de Dança e outras atividades musicais do Projeto. Confira mais no MPOnline: http://migre.me/9g2Lg

frase

Veja também as fotos da Expoembala 2012, que teve a participação da CSN e da Prada Embalagens. http://migre.me/9hiXi

fotos: 1, 4 wallace feitosa, 2 ricardo toscani, 3 felipe varanda

“Quem sabe, futuramente, não façamos uma comemoração para quem faz 40 e, também, para quem completa 5, 15 e 25 anos, porque são pessoas que gostam da empresa, com quem queremos estar juntos comemorando”

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Antídia Juncal, diretora de RH. No MP Online, veja a Galeria de Fotos da comemoração. http://migre.me/9g39o 2012 < maio_junho_julho < matéria−prima

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empresa

A CSN ampliou sua estratégia no mercado de aço, obtendo ótimos resultados.

liderança sólida Líder em siderurgia, a CSN fatura pela quinta vez seguida o prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame

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CSN conquistou pela quinta vez consecutiva o prêmio Melhores e Maiores concedido pela revista Exame, da Editora Abril. A empresa foi apontada como a vencedora no setor de siderurgia e metalurgia no ano de 2011 na cerimônia de entrega da 39ª edição do prêmio, que aconteceu na noite do dia 4 de julho no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo. A CSN foi representada por Luis Fernando Martinez, diretor-executivo Comercial. Na ocasião, foi lançada a edição especial da revista Exame com o ranking das mil maiores empresas brasileiras, publicação muito esperada pelo mercado, pois apresenta a mais completa radiografia das principais empresas do país. “O Melhores e Maiores é um prêmio que tem muita credibilidade, é baseado em números, em indicadores muito claros”, observa Luis Fernando Martinez. “Estes indicadores refletem a estratégia da CSN, que foca o mercado interno, a diversificação de produtos e a competitividade”, comenta. A jornalista Mônica Waldvogel foi a mestre de cerimônias da solenidade, aberta por um discurso de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril. Ele falou dos méritos das empresas premiadas, “que conseguiram se sair muito bem em um cenário de desaceleração econômica”. No encerramento da cerimônia, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, saudou “a competência, a criatividade e a solidez

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do setor privado brasileiro, como demonstram os grandes resultados obtidos pelas empresas em um ano difícil”. Ao destacar a importância das medidas de incentivo à atividade econômica tomadas pelo governo, o ministro ressaltou que o impacto de algumas delas, como a redução da taxa de juros e a valorização do real, ainda não foi sentido em sua plenitude. Com um lucro de US$ 1,32 bilhão em 2011, o maior do setor siderúrgico, a CSN é a sétima entre as empresas brasileiras neste quesito. A receita neste segmento foi de R$ 9,5 bilhões no ano passado – 55% do total do grupo no período. O volume consolidado de produtos siderúrgicos comercializados em 2011 totalizou 4,9 milhões de toneladas – um crescimento de 2% em relação a 2010. A Usina Presidente Vargas, principal unidade siderúrgica da CSN, produz 13,5 mil toneladas de ferro-gusa por dia em seus dois altos-fornos. Outra característica enfatizada pela Exame é a margem de vendas da CSN, que atingiu 22%, a mais alta do setor. Ela é resultado de fatores como logística própria, autossuficiência em energia e matéria-prima e a menor estrutura de custo do setor. A estagnação do mercado de aço no Brasil em 2011 levou a CSN a mudar sua estratégia, concentrando esforços na conquista de clientes pequenos em áreas como a construção civil, oferecendo serviços diferenciados às construtoras. © fotos: ricardo toscani


espaço aberto

Pablo Necéssio

vence a segunda etapa do concurso “A csn e você” Com a foto de um dos Profetas esculpidos em pedra-sabão por Aleijadinho (1730-1814), Pablo Necéssio é o segundo vencedor do concurso “A CSN e Você”. Assim como Pablo, a CSN valoriza o nosso patrimônico cultural apoiando o Memorial Congonhas Centro de Referência do Barroco e Estudos da Pedra -, em construção ao lado da Basílica do Bom Jesus de Matosinhos. O espaço, quando concluído, terá exposição permanente criada pela UNESCO. Faça como o Pablo Necéssio e deixe a criatividade fluir. Escolha uma bela foto e participe da próxima fase do concurso, que escolherá uma imagem para publicação na edição do Matéria-Prima de julho_agosto. E ganhe um iPad.

Nome: Pablo Necéssio de Oliveira Suarez Idade: 24 anos Cargo: Técnico de Qualidade Hobby: A fotografia Na CSN desde: 2008 O que mais gosta no trabalho? A dinâmica, pois como trabalho com resultados, há muitas mudanças. É um trabalho de detalhes, não há rotina. Sobre a foto, o que quis retratar? Quis fotografar a maior imagem de Congonhas, que são os Profetas. Qual o significado ela tem para você? Minha paixão pela fotografia. “Minha inspiração foi o contraste que você tem de um patrimônio histórico tão forte, tão antigo quanto a própria mineração de Casa de Pedra, que é tão presente no cotidiano de Congonhas”, declarou Pablo.

O regulamento do concurso pode ser consultado no site www.materiaprimaonline.com.br

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