Duna n 07

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DUNA

N. 07




EDITORIAL Esta revista tem como objetivo retratar o life style contemporâneo, arrojado, independente e inspirador. Nesta Edição apresentamos um ensaio de moda com direção de Carla Gradin, p. 05. Um trecho de uma entrevista assinada por Fábio Magalhães, onde ele apresenta a arte de Luiz Henrique Schwanke, acompanhado de imagens do legado do artista, p. 18. Ainda temos conceitos do trabalho do arquiteto e design Mario Born, p. 28. Uma poesia inspiradora de Carmen Fossari, p. 34. Fotos de artigos de decoração de Morgana Neuls Mayer, p. 38 e 41, ela também participa do ensaio como modelo na p. 16. Segue-vos então mais uma publicação de Duna.



SUN FASHION


EXPEDIENTE PUBLISHER Fernando Weber

DIRETOR GERAL Régis Rodrigues

EDITORA DE MODA Carla Gradin

COLABORADORES Carmen Fossari Mario Born Morgana Neuls Mayer


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CARLA GRADIN CONCEITO E IMAGEM

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Tall and tanned and young and lovely The girl from Ipanema goes walking And when she passes, each one she passes goes: A-a-ah! When she walks she's like a samba that Swings so cool and sways so gentle, That when she passes, each one she passes goes: A-a-ah! Oh, but I watch her so sadly How can I tell her I love her? Yes, I would give my heart gladly But each day when she walks to the sea She looks straight ahead not at me Tall and tanned and young and lovely The girl from Ipanema goes walking And when she passes I smile, but she doesn't see She just doesn't see No, she doesn't see

(The Girl From Ipanema, Tom Jobim)

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SCHWANKE ARTE E INTERVENÇÃO

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Por Fábio Magalhães

Conheci a obra nos anos 1980, quando vi uma exposição na Galeria Sergio Milliet (RJ), algo impressionante. Naquela sala subterrânea, na rua Araújo Porto Alegre, havia umas janelas com luzes, as pessoas pelo lado de fora se agachavam para ver o que acontecia lá dentro, era uma grande instalação. O contato pessoal foi nos anos 90, quando eu era diretor do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e ele me procurou porque queria colocar os totens feitos com os baldes no vão do Masp. Não a realizamos por causa da feirinha de antiguidades, que abre aos domingos. A partir deste encontro, me interessei mais pela obra que sempre me surpreendeu por sua qualidade. O estudo olha apenas um dos aspectos, como ele trata o objeto. 22


A questĂŁo arte e objeto foi muito forte principalmente a partir da pop arte, que segue os dadaĂ­stas e Marcel Duchamp. Schwanke ativa-se como artista a partir de 70, portanto, pensa a questĂŁo do objeto, que vem pela pop, depois diretamente de Duchamp, que influencia toda uma retomada da arte 23


Ele também pega a revisão do concretismo, quando a ortodoxia já havia sido fragmentada em São Paulo e no Rio. Outra relação é o modo de Schwanke olhar, começa com as cadeiras, toda uma reflexão sobre a história da arte, outra tendência sobretudo nos anos 70, que é a ideia da arte conceitual. Então, ali é um objeto conceitual, poética de pensamento, tanto da história quanto da contemporaneidade.

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Schwanke vive o seu tempo, tira desse período uma linguagem pessoal. Noto que tem uma paixão pela história da arte, há várias referências na obra, e a presença do Caravaggio é forte, não só dele mas também de outros artistas.

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O dadaístas e os surrealistas destruíam o objeto, o ferro elétrico com agulhas, Dali faz uma lagosta do telefone, destrói a função do telefone. O Schwanke nunca destrói o objeto e sua função, não o retira do contexto, o balde é um balde. É diferente no pop, quando no museu um objeto banal do cotidiano ganha um pedestal, um upgrade, recebe uma qualidade social. O Schwanke não pretende isso, quando acumula objetos quer que sejam visíveis, reconhecidos, ele não vilipendia, não destrói, mantém como está, pode ser uma banana de plástico ou um vaso. Todo objeto tem uma estética, Schwanke explora tanto o aspecto formal como o da matéria, da cor, enfim a questão estética, a forma, o objeto belo como objeto, simples, cotidiano. 27


MARIO BORN ARQUITETURA E DESIGN

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CARMEN FOSSARI Verso 14

No nono dia foi criado o vazio Repleto de presença Dançou a vida seu script Dos mistérios Se uma chuva Se Um rio Nada sabia

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A face da lua descia branca pelo rosto imemorial Quem era onde estava O que sentia As geografias indicaram Uma visĂŁo ilegĂ­vel.

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Caminhou dentro das perguntas Danรงarinas Sorriu Aninhou-se tรฃo junto da saudade Que o trouxe da memรณria As entranhas de seu ser.

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REFERĂŠNCIAS www.instagram.com/gradincarla www.instagram.com/fernandomweber www.instagram.com/studiofelinos www.facebook.com/carmen.fossari www.facebook.com/mario.bornarquitetura www.facebook.com/MorganaNeulsMayer carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com.br abca.art.br/n39/01entrevista.html www2.uol.com.br/tomjobim/index_flash.htm www.schwanke.org.br


PUBLICAÇÃO DUNA EDIÇÃO N. 07. FLORIANÓPOLIS-SC - BRASIL - 2017


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