Revista da Misericórdia #32

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Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso Rua da Misericórdia, 171, 4780-501 Santo Tirso t. + 252 808 260 | f. + 252 808 269 santacasa@misericordia-santotirso.org www.misericordia-santotirso.org www.facebook.com/MisericordiaSantoTirso

EMPREENDEDORISMO



editorial

Empreendedorismo

por Helder Araújo mesário

Num contexto geral, o empreendedorismo é um elemento gerador de mudança que causa transformações quer na vida social, quer na económica. Daí emerge o Empreendedorismo Social na Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, que tem como missão criar e sustentar valor social através de uma prestação de serviços sociais nas diversas valências. Deteta, analisa e reconhece problemas sociais e utiliza ferramentas empreendedoras para as resolver de forma sustentável. Na Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso valorizam-se e promovem-se iniciativas empreendedoras, com o objetivo de ir ao encontro de causas sociais e mudanças sociais sustentáveis e duradouras que criem um retorno social a longo prazo. Nesse âmbito, a Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso está e estará continuamente atenta a todos os projetos internos que surjam na própria instituição, bem como através de candidaturas às quais nos candidatamos para obtenção de apoio ou ação social. Na Misericórdia de Santo Tirso o Empreendedorismo Social está no seu ADN, pois a sua génese é fundamental para o desenvolvimento da nossa sociedade. Para além de criar emprego, gera dinâmica, competitividade, oportunidades, crescimento, riqueza e principalmente Valor Social à comunidade Tirsense.


SUMÁRIO /// ATUALIDADES / ENTREVISTA A JOÃO ABREU - PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E FUNDADOR DA ACADEMIA DAS EMOÇÕES P.04 / PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2017 P.12 / MISERICÓRDIA COMEMORA 131º ANIVERSÁRIO E ANO JUBILAR P.16 / PEREGRINAÇÃO NACIONAL DAS MISERICÓRDIAS EM FÁTIMA P.20 / UNIDADE DE ENDOSCOPIA INAUGURADA P.22 / BISPO DO PORTO VISITA MISERICÓRDIA P.24 / O FENÓMENO DO EMPREENDEDORISMO! P.28 // CARTOON P.31 / E SE O RICHARD BRANSON SE ENCONTRASSE COM A MADRE TERESA DE CALCUTÁ? P.32 /// AÇÃO SOCIAL E COMUNIDADE / QUALIDADE EM MUDANÇA P.34 / VISITA À QUINTA DA AVELEDA P.35 / SEMANA DA VITALIDADE P.36 / 25 DE NOVEMBRO- DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES P.40 /// FORMAÇÃO / AÇÃO DE FORMAÇÃO VALORIZAÇÃO E INOVAÇÃO EM DEMÊNCIAS P.44 /// AÇÃO EDUCACIONAL / “A TERRA TREME”, NOVAMENTE, NO JARDIM DE INFÂNCIA P.46 / A EDUCAÇÃO NO DELINEAR DO EMPREENDEDORISMO - BREVE REFLEXÃO P.48 / PARCERIA EMPREENDEDORA ENTRE TOMAZ PELAYO E MISERICÓRDIA! P.52 /// SAÚDE / EMPREENDEDORISMO E TERAPIA OCUPACIONAL P.54 / PILATES CLÍNICO NA CLÍNICA DE FISIATRIA P.56 /// CULTURA / CONCERTO DO 2.º ANIVERSÁRIO DO CORAL DOS PEQUENOS CANTORES DE SANTO TIRSO P.58 / MOMENTOS ALTOS DO CORAL DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO NO INÍCIO DA ÉPOCA 2016/2017 P.60 // REVELAÇÕES P.62 // POEMAS P.60


PROPRIEDADE IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO // DIRETORA CARLA MEDEIROS // SECRETARIADO HUGO MARTINS // AVELINO RIBEIRO // COLABORADORES // ALBERTINA MARQUES // ANA ESCADA // ANA RITA GOMES // ANYTA // BIBIANA RIBEIRO // CARLOS AZEVEDO // CÉU MACHADO // HELDER ARAÚJO // HUGO MARTINS // ISABEL CRUZ // JOÃO LOUREIRO // JOSÉ ALVES // JOSÉ ALVES CARVALHO // JOSÉ MAGALHÃES COELHO // LILIANA SALGADO // MIGUEL DIAS // OLGA DE CASTRO // ROBERTO VILELA // SARA ALMEIDA E SOUSA // SILVIA RIBEIRO // SÓNIA CARVALHO// TIRAGEM 1100 EXEMPLARES // EDIÇÃO DEZEMBRO 2016 // DEPÓSITO LEGAL 167587/01 PERIODICIDADE SEMESTRAL // IMPRESSÃO NORPRINT // DESIGN SUBZERODESIGN


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ENTREVISTA A JOÃO ABREU PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E FUNDADOR DA ACADEMIA DAS EMOÇÕES

Por ventura, muitos o associarão à política e em particular Emoções, resulta muito de uma experiência que eu tinha tido às candidaturas que protagonizou em 2005 e 2009 à até 2001/2002 na Associação Nacional de Jovens Empresários presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso. Mas João (ANJE), nomeadamente o perceber, no contacto muito direto Abreu, natural da freguesia de Vilarinho (Santo Tirso) vai com as empresas, que aquilo que elas verdadeiramente ‘tecendo’ os seus dias entre a universidade (é professor precisavam, já na altura, e aquilo que as distinguia não era universitário desde 1993) e o trabalho tanto a tecnologia, não era tanto o produto junto do tecido empresarial. Licenciado ou a embalagem ou o design, mas muito o “Muitas empresas que em Direito e mestre em Marketing, João comportamento. Ou, dito de outra forma, Abreu fundou em 2007 a Academia das aquilo que eu entendia que mais distinguia hoje estão aí a dar Emoções e dela nos fala nesta entrevista, as empresas não era tanto a parte racional, cartas são aquelas nomeadamente do trabalho então mas muito mais a sua componente de gestão que verdadeiramente pioneiro em Portugal de formação que de emoções, a capacidade de gerir conflitos, conseguiram, não apenas desenvolveu com as empresas, não no a adaptação a novas situações. Muitas ser boas no lado racional sentido de capacitação das competências empresas que hoje estão aí a dar cartas são técnicas das mesmas, mas ao nível aquelas que verdadeiramente conseguiram, do negócio, mas que comportamental e das emoções. E, não apenas ser boas no lado racional do têm uma componente como há dez anos, a arte continua neste negócio, mas que têm uma componente emocional muito muito processo a ter um papel fundamental. emocional muito muito forte. E isso, para o forte”. empreendedorismo é fundamental. Quando em 2007 decide-se pela criação da Academia das Emoções, como acha que foi visto: como Mas já havia, nessa altura, essa consciência por parte dos um empreendedor ou um louco? empresários, ou seja da necessidade de trabalhar essa Acho que foi um bocado das duas coisas, até porque componente mais emocional? representou uma viragem na minha vida. Na altura, estava na Senti que já a tinham. Na altura a ANJE foi adaptando o seu Câmara Municipal de Penafiel e, simultaneamente, com um programa formativo pois as empresas iam pedindo cada vez projeto político autárquico e acabei por fazer uma opção nada mais formações em áreas comportamentais, e cada vez menos fácil que foi trocar o certo pelo muito incerto. Por outro lado, formações em áreas técnicas, porque entendiam que nessas deixar a Câmara Municipal, onde estava há sete anos, e optar áreas elas próprias conseguiam ser mais competentes do que por um projeto empresarial dava-me liberdade para fazer as era, então, uma associação de jovens empresários. A Academia opções que entendesse na vida política. O ser a Academia das das Emoções seguiu depois um caminho próprio, em resultado


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do facto de ter contactado com experiências desenvolvidas no Brasil ou em Espanha (Madrid e Barcelona), e também do contacto com parceiros nacionais, seguindo um caminho de relação com as artes. Nós trabalhamos muito diretamente com maestros, coreógrafos, escritores, gente ligada ao cinema, ao clown, ao teatro, e fomos tentando transpor o conceito de workart para o seio das empresas. Porque essa necessidade de recorrer às artes e aos artistas para a formação que desenvolvem junto das empresas? Porque o que pretendemos é transpor experiências aparentemente diferenciadas, ou até divergentes, e estabelecer entre essas experiências, pontes. Ou seja, nós temos um princípio que é o seguinte: entre pontos de vista aparentemente divergentes nós conseguimos estabelecer pontos de contacto. Isso já era feito através do desporto, já era feito através do exercício militar, e porque não através da arte? Em Portugal não, mas já existia muita experiência a esse nível quer em Espanha, quer no Brasil e Inglaterra. Nós fizemo-lo há dez anos, era algo novo na altura, hoje já é mais comum. Os artistas que contactam para colaborar com a academia são, de certa forma, apanhados de surpresa perante o desafio que lhes é proposto, ou tem já alguma experiência no relacionamento com as empresas? Fizemos com todos eles um conjunto de ações preparatórias, mas todos eles são aquilo a que nós chamamos de artistas-gestores. Por exemplo, o maestro não é apenas regente e músico, ele é também arquitecto e empresário. Ele conhece, portanto, o modus vivendi de uma empresa.


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A escritora é economista, o clowner é simultaneamente jurista. É no âmbito da Academia das Emoções que depois surge o O ilusionista foi, durante muitos anos, profissional do setor conceito de Carta de Vida Relacional? financeiro. São pessoas que conhecem não só o mundo das Sim. A Carta de Vida Relacional (CVR) é um instrumento que artes, mas também o das organizações. É totalmente diferente utilizamos basicamente para conhecermos as pessoas com termos formação em que o artista faz arte pela arte, como quem trabalhamos, quando há essa possibilidade. A CVR é performance, pura e simples, ou quando é alguém que tem uma espécie de currículo alargado. Se num Currículum Vitae também experiência de gestão. Há depois um modelo que nós não abordamos as insuficiências, na CVR trabalhamos as aplicamos, que é o dos três “s”, ou seja, o múltiplas inteligências/competências do modelo sinfónico: o “s” da sintonia, o “s” da colaborador, mas também as suas múltiplas “Conseguimos dentro do sincronia e o “s” da sinergia. Basicamente, insuficiências. Temos, no fundo, três níveis princípio da workart conseguimos dentro do princípio da workart de abordagem: as competências e as através da arte, portanto - insuficiências, as intolerâncias e os valores, - através da arte, portanto - que as equipas se tornem mais sintónicas, mais sincrónicas e e os interesses e as paixões. Tudo isto é que as equipas se tornem sinérgicas. Logicamente que a metodologia muito importante depois nos processos de mais sintónicas, mais é adaptada consoante cada uma das artes; recrutamento, de formação, de avaliação de sincrónicas e sinérgicas”. desempenho. nós apenas identificamos um conjunto de objetivos, e depois damos total liberdade ao artista para trabalhar. Mas é possível o recurso a essa ferramenta ou, de outro modo, existem empresas que adotem esta CVR no Como tem sido a evolução do trabalho que desenvolvem recrutamento dos seus trabalhadores? na Academia as Emoções e qual é o perfil das empresas Sim. Não apenas, mas é um instrumento. que vos procuram? O perfil das empresas agora é muito diferente. Inicialmente É um instrumento complementar ao Currículum Vitae? aderiam as grandes empresas e muito mais até as Sim. Nós temos duas ou três aplicações possíveis para isso: multinacionais. Hoje é o contrário. As multinacionais já temos profissionais que nos pedem para fazermos a CVR procuram outras repostas. Hoje as empresas que mais nos a título…, eu diria, por iniciativa própria, porque querem procuram são as que estão nos chamados negócios da preparar convenientemente uma entrevista para um novo especialização inteligente, de altíssima tecnologia. Estamos emprego e querem conhecer-se profundamente. Temos a falar de empresas muito especializadas e que apostam empresas que querem conhecer mais profundamente os seus muitíssimo na formação e que querem todos os dias respostas trabalhadores, sem qualquer intuito de recrutamento interno completamente diferentes.


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ou de avaliação de desempenho. E temos empresas que, para os seus processos formativos, nos pedem para fazermos esta avaliação a priori para depois fornecerem aos formadores um conjunto de indicadores que sejam importantes para que estes saibam o perfil das pessoas que têm pela frente, e que não seja apenas a idade, o sexo, a formação académica. Por vezes, complementamos a CVR com um questionário sensorial. Ouvindo-o, ter-se-á, por ventura, alguma dificuldade em imaginar que empresas mais tradicionais, como as que predominam por exemplo no Vale do Ave, tenham esse tipo de preocupações. Há também mudanças nestas empresas? Temos de tudo. A tendência é para atenderem a esses aspetos principalmente se se posicionam em mercados muito competitivos. Estamos a falar de empresas de topo, empresas que não podem falhar em nada.

No Vale do Ave isso é possível? É. E tenho encontrado empresários muito visionários. Recentemente, através da obra Empresariato, tive oportunidade, por exemplo, de conhecer o caso da aposta da Riopele. Na Riopele [Riopele Têxteis SA] - uma empresa com 80 anos - encontrei uma administração ainda tradicional, mas já com um projeto de recursos humanos exemplar. Nesse mesmo livro, foram incluídos casos como os da Salsa e a Louropel, esta última com uma administração muito familiar, mas que é hoje líder mundial nos botões ecológicos. Há, de resto, empresas que vamos conhecendo, improváveis, mas onde acontecem factos, inovações, apostas fantásticas. E na área social? Não é o nosso foco, mas entendo que seja possível. Não vejo porque não. Uma das áreas em que é mais difícil, até pela própria estrutura de trabalho, é a da hotelaria, porque não se consegue parar um hotel – por causa dos turnos – para se fazer, por exemplo, um team building. Mas temos universidades, para as quais já fizemos inícios de anos letivos. E depois os formatos das formações são muito diferentes, tantos nos pedem coisas para 45 minutos como para 3 horas ou 3 dias. Por exemplo, vamos agora fazer uma ação pelo Natal


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com um grupo de 18 administradores e diretores de topo de um grupo empresarial português, com sede em Braga, mas com extensão internacional. Realizaremos uma ação de Team Cooking, com a primeira Masterchef portuguesa, Lígia Santos, e terminaremos com um speed mentoring criativo. Como é a reação dos trabalhadores, dos empresários e de todos quantos participam nas vossas ações? Presumo que alguns entram com algumas reservas? As reações são geralmente muito positivas. Todos nós temos reservas e alguma relutância quando nos temos de expor, mas usamos facilitadores e desbloqueadores, e como geralmente as pessoas que trabalham connosco têm muita experiência de vida, não entram “a matar”. O desafio final só acontece quando o grupo, sem perceber, já está a fazer aquilo que, por exemplo, o encenador quer, ou seja, sem perceber que estão a fazer teatro, já o estão a fazer. As autarquias também vos pedem esse tipo de ações? Já desenvolvemos ações em Tondela, Mangualde, Cabeceiras de Basto, Paços de Ferreira, Porto. E temos uma forte colaboração com a Cidade das Profissões, no Porto, de quem somos um dos primeiros parceiros. Quando em 2007, optou pela criação da Academia das Emoções, fê-lo com que expetativas? Pensou que chegaria ao 10º aniversário, ou nem sequer teve isso em conta? Não, não tivemos isso em conta. Eu acho que as coisas duram o tempo que têm de durar. E, aliás, continua a ser essa a perspetiva. As empresas não são minhas, não são nossas, são


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do mercado. Quando o mercado achar que a empresa não faz sentido, das duas uma: ou nós temos de mudar de oferta, ou temos de sair do mercado. E eu estou preparado para uma e outra situação.

O objetivo último de todo o trabalho que desenvolvem na Academia das Emoções é o de termos cada vez melhores empreendedores? É termos empreendedores cada vez mais criativos. E, nesta lógica, que a criatividade não seja uma abordagem reservada Mas permita-me a provocação: associamos o mercado apenas a uma elite formada para tal (muitas vezes achamos a algo frio, se o mercado disser, por hipótese, que uma que tem de vir das áreas artísticas) mas que existe um Academia das Emoções não tem mais processo que pode ser trabalhado, que lugar nesse mercado, não resultará daqui pode ser desenvolvido, nomeadamente alguma frustração? em equipa, e que o empreendedor não é “As empresas não são Pode haver uma altura em que surjam obrigatoriamente o empresário, mas todo minhas, não são nossas, outros concorrentes, ou que nós tenhamos aquele que desenvolve um conjunto de outros projetos que se sobreponham ao princípios de atuação e de vida assentes são do mercado. Quando próprio projeto da Academia das Emoções. na curiosidade e na multiplicidade de o mercado achar que a É isso que no fundo quero dizer. E depois, experiências. empresa não faz sentido, nesta altura não estamos a fazer apenas É isto que tentamos passar para as pessoas, das duas uma: ou nós aquilo que fazíamos há 10 anos. Tivemos pois muitas vezes elas acham que ser temos de mudar de oferta, empreendedor, é, antes de mais, ser que nos adaptar às condições do mercado. A Academia das Emoções é mais do que empresário. Não, nós tentamos precisamente ou temos de sair do um projeto empresarial, é um projeto de desmistificar isso, pois ser empreendedor mercado”. que gosto muito. Temos muita paixão por é diferente de saber empreender; há aquilo que fazemos diariamente. Há pouco empresários muito pouco empreendedores e falamos de autarquias, nós também desenvolvemos projetos de há empreendedores que nunca chegam a ser empresários. colaboração direta com autarquias nas áreas da programação Há, por exemplo, o caso de uma padaria muito pequena em cultural e turística. Trabalhamos muito dentro dessas áreas, Salgueiro do Campo, Castelo Branco - que tive a oportunidade mas sempre centrados na arte. Para nós a questão da arte de acompanhar - em que o seu responsável dizia que não é fundamental. Empreendedorismo, arte, mudança, são três precisava de mais clientes, só que entretanto surge uma realidades que achamos que têm de estar muito próximas. E grande superfície que esmagou as margens de lucro e tem de haver resultados, tem de ter evidências. rapidamente passou a não ganhar dinheiro nenhum com o negócio. Quando ele se apercebeu disso, aceitou tudo.


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E o aceitar tudo significa perceber que tinha de ir para outros mercados, pois ele só vendia ao pé da porta. Mas não o podia fazer do modo como o fazia nas feiras ou ao pé da porta, tinha de ter uma marca… bem, foi das experiências mais incríveis que tive.

colaborado em rádio locais…, ou seja, ser competentes não apenas nas áreas técnicas. Ou seja, a criatividade, não numa lógica artística, mas a de sermos capazes de aplicar o grande propósito do empreendedorismo que é a diferenciação, que é estarmos no mercado e conseguirmos sermos posicionados pelo E tinha consciência disso? cliente, mesmo que haja mais gente, mais concorrentes. É Não, foi preciso passar-lhe essa consciência. Aquele pão mais conseguirmos ser distintivos, distinguirmo-nos dos outros por ninguém o pode fazer. Havia aqui uma “galinha dos ovos uma característica qualquer, não apenas pela marca que essa, de ouro” que tinha de ser aproveitada. por si, já é um sinal distintivo, mas por muitas Portanto, o detalhe diferenciador, depois as outras características. E, basicamente, é isso “Um empreendedor é improbabilidades (que é um segundo ponto que tentamos trabalhar quando estamos com na tal lógica do empreendedorismo criativo, as empresas. sempre alguém que faz pois nós só somos criativos se conseguirmos um bocadinho mais ser surpreendentes ou improváveis) e investir Foi, em 2005 e 2009, candidato à do que aquilo a que é no conceito mais do que na marca (e a presidência da Câmara Municipal de Santo obrigado”. maior parte das empresas faz o contrário). Tirso. Independentemente das motivações A Salsa tem sucesso, não porque é a Salsa, que o levaram a aceitar esse desafio, mas porque tem o conceito push up, que é o que vale. Outro perguntava-lhe se houve também nesse processo alguma ponto importante é que não vale de nada ter tecnologia se lógica de empreendedorismo criativo? não tocarmos as pessoas. A Dreambooks, que é uma pequena Um empreendedor é sempre alguém que faz um bocadinho empresa do Marco de Canaveses vende álbuns digitais e tocou mais do que aquilo que é obrigado. É logico que havia uma as pessoas, desenvolveu uma campanha de apelo ao melhor ideia, um projeto para o concelho, e por uma razão muito da portugalidade, com a campanha “Portugal, Melhor Destino” simples: porque eu achava, e continuo a achar, que Santo [ao desafiar os portugueses a fotografar as cidades, praias, Tirso é um município com um enorme potencial. E entendo serras, património, festas, etc], tendo recebido o certificado que, da mesma forma que nas empresas se aplicam estas oficial do Guinness do maior álbum fotográfico do mundo. máximas, estas variáveis, ao nível dos municípios elas se Outra nota importante é contratar pessoas que sejam metaaplicam de igual forma. Os municípios competem hoje uns -competentes e não apenas competentes, e o ser metacom os outros, eu diria, basicamente, pelos mesmos motivos: -competentes é ter jogado voleibol, ter sido escuteiro, ter pela atração de investimento, pela atração de residentes – e


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se tivermos mais residentes também significa que, se calhar, vamos ter mais necessidade de construção e de mais serviços. Por outro lado, Santo Tirso está numa situação geográfica que eu diria ser privilegiadíssima: às vezes diz-se que estamos a 24 km do Porto, mas não, nós estamos a 15 minutos do mundo, estamos a 15 minutos do aeroporto e, basicamente, à mesma distância do Porto de Leixões. Ou seja, falamos da possibilidade não só das pessoas se deslocarem, mas também dos próprios produtos. E aquilo que é verdade para as empresas, para a diferenciação de produtos, bens, serviços e empresas, eu acho que é válido para as autarquias. E tem Santo Tirso sabido potenciar esse enorme potencial? Eu acho que Santo Tirso tem um enorme potencial e tem recursos humanos para isso. Mas temos de ser muito mais próativos, temos de estar muito mais à frente. E essa é a grande diferença - existência de recursos de todos os níveis, mas falta de comunicação de um detalhe diferenciador que atraia, e de mobilização para reter e recuperar talentos. Precisamos de mais criatividade e ousadia. E esse é um problema de décadas!• POR JOSÉ ALVES DE CARVALHO (JORNALISTA)


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PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2017

No Plano de Atividades e Orçamento para 2015, a determinada altura dizíamos “(…) Efetivamente o que sentimos é uma grande falta de apoio e cumprimento das obrigações por parte das entidades públicas, (…), sentimo-nos cada vez mais sozinhos (…) ”. Passou-se 2015, passa-se 2016 e continua a haver uma grande falta de apoio e cumprimento por parte das entidades públicas. Não há interesse em saber se temos ideias, projetos e quais as dificuldades, muitas delas apenas burocráticas e/ou operacionais. Passaram-se dois anos, o sentimento é o mesmo e a nossa inquietude também. Lamentos aparte, olhamos em frente e deparamos com dois chavões da sociedade atual: Inovação e Empreendedorismo. Inovação pode ser definida como fazer mais com menos recursos, por permitir gamas de eficiência em processos, quer produtivos quer administrativos ou financeiros quer na prestação de serviços, potencializar e ser motor. Empreendedorismo tem como característica básica o espírito criativo e pesquisador. Estar constantemente à procura de novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas. Estes são dois grandes conceitos indispensáveis à competitividade da economia portuguesa, economia esta da qual faz parte o Terceiro Setor onde nos inserimos. O que podemos afirmar com toda a certeza é que estes conceitos estão no ADN de qualquer IPSS.

Com efeito, isto é o que nós somos, mais do que uma instituição particular de solidariedade social, a Misericórdia de Santo Tirso é um exemplo de inovação, empreendedorismo, coesão, determinação e empenho, com um grande comprometimento com a comunidade que serve. Estamos conscientes das dificuldades que atravessamos e do ambiente adverso que existe e que persistirá. Estamos preparados para lutar contra ele. Porém, é preciso tomar opções, algumas dolorosas. Teremos, todos juntos, de ter coragem e determinação, com o total apoio dos irmãos desta Santa Casa, para tomar opções de fundo que, embora possam ferir interesses individuais, preservem o futuro coletivo. É neste contexto que apresentamos o Plano de Atividades e Orçamento para 2017. Cremos que seja o ano de clarificação, no que concerne a Fundos Comunitários. Esperamos poder avançar, no antigo edifício da ARCO Têxteis, com um projeto inovador e que responde às demandas da comunidade e dos problemas sociais atuais, ou seja, a criação de uma Unidade Especializada em Demências, que integra três tipos de respostas sociais a pessoas com Alzheimer e/ou outras demências: Centro de Dia Terapêutico, Serviço de Apoio Domiciliário Especializado e uma Unidade Residencial de Convalescença. Pretende-se com esta diversidade de serviços adaptar a intervenção à situação em presença, às suas necessidades, estados de doença e enquadramento


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familiar, o que será possível porque estaremos munidos de uma equipa multidisciplinar com formação especializada. Após a devolução do Edifício do antigo Liceu por parte da Câmara Municipal, em Setembro de 2014, encontra-se ainda pendente o pagamento do valor de obras de manutenção que deveriam ter sido feitas, esperando que se resolva em 2017. Mantemo-nos disponíveis para abraçar qualquer projeto que poderá passar pelo social até ao dito lucrativo, explorado por nós ou em parceria, como IPSS ou mediante a constituição de uma outra entidade. Trata-se de um prédio construído de raiz para nele funcionar o primeiro Hospital da Misericórdia (1891/1919), tendo acolhido, depois do Hospital ter sido transferido para as atuais instalações no Largo Domingos Moreira (inaugurado em 26 de outubro de 1919), diversas funcionalidades, desde Quartel de Infantaria, Liceu Nacional, Tribunal de Círculo e, nos últimos trinta e dois anos, um polo da Câmara Municipal. Mantemos o que tem sido transmitido nos últimos Planos de Atividades e Orçamento, ou seja, a Economia Social e o Terceiro Setor têm vindo a ganhar notoriedade. É para nós claro que o Estado necessita e necessitará sempre de um substituto na implementação das suas políticas sociais e de saúde. Como tal, estaremos disponíveis para abraçar qualquer projeto ou desafio relacionado com a lei de bases da economia social e tudo o que se possa relacionar com a sua implementação, bem como na área da saúde, desde que seja necessário, benéfico e desejado pela comunidade e traga um contributo positivo à nossa Misericórdia.

A cultura continuará a ser merecedora da nossa atenção, mesmo sem qualquer outro tipo de apoio; o nosso grupo coral continuará a ser um divulgador do nome da Misericórdia e do concelho de Santo Tirso, dentro e fora do país. Atendendo às condicionantes atuais, continuaremos a tentar encontrar mecenas que ajudem a financiar esta atividade. Disponibilizaremos e dinamizaremos eventos através das nossas estruturas (Auditório, Sala Multiusos, Revistas, etc.). Estamos ao serviço da comunidade, disponíveis e prontos para responder às suas solicitações, tentando antecipar as suas necessidades, reforçar medidas e abraçar desafios. Reiteramos que a sustentabilidade da instituição exige de todos nós uma rigorosa política de contenção, num desafio permanente ao profissionalismo, empenho, transparência e à capacidade de sacrifício de todos quantos colaboram com esta Santa Casa.


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PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO 2017

GASTOS

RENDIMENTOS


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Notas: Rendimentos = € 6.329.500,00 Gastos = € 7.248.800,00 Resultado Líquido do Periodo= - € 929.300,00 Donativos 2011/2015 = € 485.773,2 Pode concluir-se que: • Sendo as Amortizações de € 445.000,00; • A Média de Donativos 2011/2015 de € 485.773,20; • A soma das rubricas Amortizações + Média de Donativos = € 930.773,20; • Apesar do Resultado Líquido Previsional ser de - € 929.300,00, prevemos fluxos financeiros positivos ( € 930.773,20 - € 929.300,00 = € 1.473,20 ). • POR JOÃO LOUREIRO (DIRETOR GERAL)


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MISERICÓRDIA COMEMORA 131º ANIVERSÁRIO E ANO JUBILAR

A Misericórdia de Santo Tirso assinalou o seu 131º aniversário com uma iniciativa que buscou a origem canônica da instituição. Este ano, em Março, o Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, no 2º aniversário da sua eleição ao Pontificado e durante a celebração da penitência presidida na Basílica Vaticana. «Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho.» - justificou o Papa Francisco, defendendo que «ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus» e que a Igreja «é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém». «As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza e o perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a igreja manifesta aos que se convertem.» Por este entendimento, o Papa Francisco decidiu «convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um ano Santo da Misericórdia». Mediante esta proclamação, este ano será também muito especial para a nossa instituição e o ilustre Provedor, a Mesa Administrativa e Corpos Sociais da Santa Casa manifestaram vontade expressa de este ano comemorar o aniversário da instituição à luz do espírito do Jubileu Extraordinário. A celebração do Jubileu católico tem origem no Jubileu hebraico, onde a cada 50 anos, durante um ano, chamado ano sabático, eram libertados escravos, as dívidas eram perdoadas



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MISERICÓRDIA COMEMORA 132º ANIVERSÁRIO E ANO JUBILAR

e as terras deixavam de ser cultivadas, entre outras coisas. Na tradição católica o Jubileu tem também a duração de um ano, mas tem um sentido mais espiritual, consistindo no perdão dos pecados dos fiéis que cumprem certas disposições eclesiais estabelecidas pelo Vaticano.

a capacidade e tenacidade de dirigentes e colaboradores que, imbuídos no espírito de servir, conseguiram minimizar o sofrimento da população mais carenciada e dar conforto aos mais desfavorecidos”.• POR LILIANA SALGADO (DIRETORA DE SERVIÇOS SOCIAIS E QUALIDADE)

A 3 de Julho de 2016, a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso comemorou o seu 131ºaniversário, convidando toda a comunidade a participar numa peregrinação desde o Centro Eng.º Eurico de Melo até à Igreja Matriz de Santo Tirso (Igreja Jubilar), antecedida por uma mensagem de abertura das comemorações proferida pelo Senhor Provedor, na presença dos peregrinos (Mesa Administrativa, Corpos Sociais, Irmãos, colaboradores, utentes, familiares, voluntários…). Todos em caminhada pelo centro da cidade até à Porta da Misericórdia da Igreja Jubilar, escutaram as orações de sua excelência reverendíssima D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do Porto e reverendíssimo Padre Paulo Teixeira, Pároco da Freguesia de Santo Tirso. Abrindo-se a Porta da Misericórdia, os peregrinos entraram e participaram ativamente na Eucaristia, que contou ainda com a presença do reverendíssimo monsenhor Celestino Ramos, irmão benemérito da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso. Com fé e alegria, o digníssimo Senhor Provedor convidou todos os presentes a ir ao encontro do apelo do Papa Francisco, acreditando que «esta longevidade testemunha


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PEREGRINAÇÃO NACIONAL DAS MISERICÓRDIAS EM FÁTIMA

No passado dia 25 de junho, elementos da Mesa Administrativa, em conjunto com Colaboradores das diferentes valências e em representação da instituição, estiveram presentes em Fátima para uma Peregrinação Nacional das Misericórdias no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que juntou cerca de 10000 pessoas de norte a sul do país. Respondendo ao apelo da União das Misericórdias Portuguesas (entidade organizadora), e para que a iniciativa tivesse a solenidade merecida, a participação foi sinalizada com as opas e com a respetiva bandeira da Misericórdia, desfilando em cortejo em direção à Basílica da Santíssima Trindade, local onde decorreu uma Eucaristia presidia por Sua excelência Reverendíssima D. Jorge Ortiga. Foi igualmente um momento de união vivido entre todos os colaboradores que aproveitaram esta iniciativa para associar a confraternização ao momento solene em causa. • POR CARLA MEDEIROS (DEP. FORMAÇÃO, IMAGEM E RELAÇÕES EXTERIORES)



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UNIDADE DE ENDOSCOPIA INAUGURADA

Criando projetos adaptados às necessidades do momento, a nova Unidade de Endoscopia dispõe de uma equipa diferenciada, com capacidade para exames endoscópios e consultas da especialidade cumprindo com os mais modernos padrões de segurança. Em funcionamento desde o dia 8 de março de 2016, a nova Unidade de Endoscopia foi formalmente inaugurada às 12h00 do dia 12 de julho, pelo Ex- Secretário de Estado da Saúde do XIX Governo Constitucional, Dr. Manuel Teixeira, e benzida pelo Reverendo Padre Paulo Teixeira, enquanto pároco de Santo Tirso. A cerimónia, reservada à família institucional, contou com a presença dos Órgãos Sociais da Misericórdia, Diretores e Coordenadores das diferentes valências. Terminou com um almoço de confraternização na Casa de Repouso de Real.• POR CARLA MEDEIROS (DEP. FORMAÇÃO, IMAGEM E RELAÇÕES EXTERIORES)



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BISPO DO PORTO VISITA MISERICÓRDIA

A convite do Provedor da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, José dos Santos Pinto, no passado dia 2 de dezembro, Sua Excelência Reverendíssima Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, teve a amabilidade de visitar, pela primeira vez, as instalações desta instituição de solidariedade social. No Auditório Centro Eng.º Eurico de Melo, foi recebido pelo Provedor e pelos Órgãos Sociais da instituição: Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Manuel Luciano Gomes, Presidente do Definitório, Alberto Rui Miranda, e Presidente do Conselho Geral, Armindo Teixeira Borges. Dadas as boas vindas perante um auditório totalmente composto pela família institucional (colaboradores, utentes e voluntários), coube ao Provedor agradecer tão honrosa e prestigiante presença. Prontamente tomou a palavra Sua Excelência Reverendíssima Bispo do Porto aproveitando o momento para agradecer e enaltecer a importância de todo o trabalho e serviço prestado por esta instituição centenária, bem como de todo o esforço despendido pelos seus colaboradores. De seguida, iniciou-se uma visita guiada pelas diferentes valências da instituição, onde o Sua Excelência Reverendíssima teve a oportunidade de conhecer pormenorizadamente todos os espaços e serviços prestados. Maravilhando todos com quem se cruzava pela descontração, humildade e disponibilidade demonstrada, Sua Excelência Reverendíssima distribuiu afetos e palavras de incentivo a colaboradores e utentes desde o mais pequenino ao mais idoso.



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BISPO DO PORTO VISITA MISERICÓRDIA

Para a Misericórdia de Santo Tirso foi um orgulho receber D. António Francisco dos Santos, sendo um dia muito especial para utentes e colaboradores que tiveram a oportunidade de conviver e trocar experiências com tão ilustre presença. • POR HUGO MARTINS (DEP. FORMAÇÃO, IMAGEM E RELAÇÕES EXTERIORES)



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O FENÓMENO DO EMPREENDEDORISMO!

Nos últimos anos a palavra “empreendedorismo” saltou do dicionário para a praça pública!

Existe uma rede de parceiros institucionais, quer ao nível do poder central, quer ao nível do poder local, que se articulam para apoiar as ideias de negócio e criar condições para o A criação de empresas de base tecnológica, empresas que desenvolvimento de projetos. operam na área da inovação e do design, bem como as As autarquias, através de um conjunto de medidas facilitadoras “famosas” start-ups, resultam da capacidade empreendedora do investimento, nomeadamente através da isenção de taxas das gerações mais recentes e têm contribuído para projetar nas operações urbanísticas, redução e isenção do IMI e Portugal no mundo cada vez mais da Derrama, e da criação de “vias global. verdes”, que permitem acelerar os procedimentos formais e simplificar Também o empreendedorismo Também o empreendedorismo social os licenciamentos, são um parceiro social está hoje em cima da mesa importante na agregação das diferentes está hoje em cima da mesa e constituiu e constituiu uma alternativa uma alternativa para os problemas políticas de apoio à criação de para os problemas sociais mais sociais mais prementes que as empresas. sociedades contemporâneas enfrentam. prementes que as sociedades Nos últimos anos, as autarquias, através contemporâneas enfrentam. Os diferentes governos, através das do recurso a fundos comunitários, têm políticas públicas de emprego, têm criado Incubadoras, que permitem feito a sua parte, ou sejam têm disponibilizado um conjunto alojar projetos, nomeadamente em áreas de inovação de instrumentos e incentivos que permitem que as boas ideias tecnológica e do design. Santo Tirso, é um bom exemplo, com possam ser materializadas. duas incubadoras orientadas para a inovação tecnológica e para o design e moda. Hoje, os empreendedores têm acesso a apoios a fundo perdido, a linhas de crédito com juros bonificados, No âmbito do empreendedorismo social, a CASES períodos de carência para consolidação dos projetos, apoio (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social), técnico prévio à aprovação de projetos, apoio técnico à enquanto parceiro nuclear do GARANTIA JOVEM, através consolidação dos projetos e acesso a Incubadoras, quer do COOPJOVEM, disponibiliza um programa de apoio através da ocupação e partilha de espaços físicos, quer de ao empreendedorismo cooperativo, destinado a apoiar espaços virtuais. os jovens na criação de cooperativas, como forma de desenvolvimento de uma cultura solidária e de cooperação,


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facilitando a criação do próprio emprego e a definição do seu trajeto de vida, com apoios que passam pela formação, assente em quatro pilares:

O GARANTIA JOVEM para além de uma metodologia que envolve um conjunto de parceiros, tem como grande objetivo atrair para o sistema os jovens com idades entre os 18 e os 29 anos, que não trabalham, não estudam e não - A concessão de bolsa aos jovens para o desenvolvimento do estão em formação. projeto cooperativo de acordo com os níveis de qualificação; Através do portal “www.garantiajovem.pt” os jovens - A concessão de apoio técnico para desenvolvimento têm acesso a um pacote de medidas de apoio ao de competências nas áreas do empreendedorismo, quer os empreendedorismo cooperativo, que são diretamente da sua da capacitação na estruturação responsabilidade, quer de outros Os destinatários são todos aqueles do projeto cooperativo e para parceiros nucleares. que tenham especiais dificuldades implementação e consolidação da de acesso ao mercado de trabalho e atividade da cooperativa; Não pretendo entrar no detalhe, mas estejam em risco de exclusão social, - A concessão de apoio financeiro deixo algumas pistas, que podem para a criação e instalação da ser aprofundadas no portal do GJ ou possuam uma ideia de negócio viável, cooperativa; diretamente nos parceiros nucleares, perfil de empreendedores (...) - A concessão de acesso ao crédito ao como é o caso do IEFP, através da investimento, bonificado e garantido rede de Centros de Emprego. nos termos da tipologia MICROINVEST. PROGRAMA NACIONAL DE MICROCREDITO Ao IEFP, enquanto principal interlocutor das políticas públicas (CASES/IEFP) facilita o acesso ao crédito através de de emprego, das medidas de apoios à criação de empresas um financiamento de pequeno montante, destinado a e do próprio emprego, e a quem coordenar o “GARANTIA apoiar a concretização de projetos cujo limite máximo de JOVEM”, cabe um papel primordial na promoção, divulgação e investimento e de financiamento é de 20.000 €. implementação de um pacote de medidas que abrangem todos os públicos, nomeadamente os jovens, e por essa via, estimular Os destinatários são todos aqueles que tenham especiais a criação de empresas e de emprego, tendencialmente dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em qualificado. risco de exclusão social, possuam uma ideia de negócio viável, perfil de empreendedores e formulem e apresentem projetos viáveis para criar postos de trabalho.


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O FENÓMENO DO EMPREENDEDORISMO!

INVESTE JOVEM Programa destinado a promover a criação de empresas por jovens desempregados, através das seguintes modalidades de apoio: - Apoio financeiro ao investimento entre (2,5 e 100 x IAS); - Apoio financeiro à criação do próprio emprego dos promotores (subsídio não reembolsável, até ao montante de 6 x IAS por destinatário promotor que crie o seu posto de trabalho a tempo inteiro, até ao limite de quatro postos de trabalho objeto de apoio); - Apoio técnico para consolidação de projetos – apoio assegurado pela Rede de Entidades Prestadoras de Apoio Técnico (ATCP), credenciadas pelo IEFP. Os destinatários são jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos, inscritos como desempregados no IEFP, e que possuam uma ideia de negócio viável e formação adequada para o desenvolvimento do negócio.

APOIO À CRIAÇÃO DE EMPRESAS Apoio a desempregados inscritos há 9 meses ou menos, em situação de desemprego involuntário ou inscritos há mais de 9 meses, independentemente do motivo da inscrição e jovens à procura do 1º emprego com idades entre os 18 e os 35 anos. O apoio reflete-se em duas modalidades: INVEST + Investimento superior a 20,000 € e até 200.000 € com financiamento até 100.000 €; MICROINVESTE Investimento até 20.000 € com financiamento até 20.000 €. Portugal tem talento, tem instrumentos, tem potencial, tem vontade e tem alma! Vamos à luta…nós estamos cá para os apoiar! • POR ISABEL CRUZ (DIRETORA DO CENTRO DE EMPREGO DE SANTO TIRSO)

APOIO À CRIAÇÃO DO PRÓPRIO EMPREGO POR BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO Apoia projetos de emprego promovidos por desempregados subsidiados, desde que os mesmos assegurem o emprego, a tempo inteiro, dos promotores e consiste no pagamento por uma só vez, total ou parcialmente, das prestações de desemprego com possibilidade de cumulação com crédito a garantia e bonificação da taxa de juro.



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E SE O RICHARD BRANSON SE ENCONTRASSE COM A MADRE TERESA DE CALCUTÁ?

Portugal confronta-se com problemas importantes, negligenciados, complexos e multidimensionais. Existem vários exemplos que o comprovam como, por exemplo, o desemprego e a pobreza, mas também as consequências de condições que afetam social e economicamente determinados segmentos da população sem poder.

destas soluções para a resolução de problemas da sociedade importantes e negligenciados que se tornam em inovação social quando demonstram ser melhores do que as alternativas existentes. Os agentes da Economia de Impacto começam a ser cada vez mais, estão motivados pela criação de valor para a sociedade, são profundamente comprometidos com os problemas que pretendem resolver e geram ondas de transformação políticas, sociais e de mercado em áreas que continuam a caminhar a descoberto.

A maioria destes problemas consubstanciam-se em desafios que a sociedade como um todo tem de enfrentar de uma forma concertada e integrada. Todavia, persiste uma cisão Portugal está a nas sociedades modernas que não têm passos largos para se tornar contribuído para a respetiva resolução. um exemplo neste domínio e um De um lado, estão as empresas Esta realidade começa a ser estimulada verdadeiro blueprint no domínio focadas na maximização do lucro e da e acarinhada a vários níveis e têm captura de valor e de outro estão as gerado consequências positivas nos da Economia de Impacto organizações sociais e públicas que, vários domínios da nossa organização sob a capa de organizações sem fins social e económica. lucrativos, vão assistindo estes fenómenos sem os erradicarem sistematicamente. Existem políticas públicas que hoje têm como objetivo estimular este movimento (ex. a Estrutura de Missão No entanto, existe um novo espaço económico – a Economia Portugal Inovação Social que tem uma dotação de 150 de Impacto – que utilizando mecanismos de distribuição milhões de euros para apoiar a inovação social em típicos de organizações sociais, e de mercado típicos das Portugal), novas empresas com o foco de criação de empresas, procuram soluções sustentáveis e com impacto. soluções para públicos específicos (ex. Coloradd – código Estas organizações híbridas conciliam as diversas forças de cores com o objetivo de promover a integração de económicas existentes, inovando no seu modelo de negócios, daltónicos) e organizações sociais que encontram novas utilizando recursos endógenos, abundantes e acessíveis para soluções e mobilizam recursos de uma forma inovadora capacitar pessoas e ecossistemas. Este espaço, tem no centro para a integração de pessoas afetadas por problemas o Empreendedorismo Social enquanto processo de criação graves (ex. Encontrar+se que tem como objetivo o apoio a pessoas que sofrem de doenças mentais graves).


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Paralelamente, este novo posicionamento tem gerado novas práticas de gestão e novos comportamentos organizacionais como, por exemplo, a preocupação com o desenvolvimento das pessoas, um maior trabalho em rede, a capacitação dos clientes ou a adoção de modelos de governance mais transparentes. A realidade está a mudar. Portugal está a caminhar a passos largos para se tornar um exemplo neste domínio e um verdadeiro blueprint no domínio da Economia de Impacto. As bases para a construção de uma economia focada no impacto estão lançadas e os vários agentes começam as quebrar as fronteiras artificiais que foram sendo culturalmente criadas. Portugal tem motivos de orgulho que materializam este esforço conjunto: a primeira escola de negócios de impacto (IES-Social Business School), a maior rede europeia de Empreendedores Sociais e líderes da sociedade civil (ESLIDER-PORTUGAL), ser o primeiro país mundial totalmente mapeado neste domínio (www.mies.pt) e um Manual desenvolvido por portugueses capaz de apoiar estes agentes da transformação no processo de criação destas iniciativas já traduzido em 3 línguas (Manual para transformar o Mundo – Ed. Fundação Calouste Gulbenkian). Temos hoje as condições mais do que suficientes para afirmar que Portugal já não é dos pequeninos, mas um exemplo para a Europa e para o Mundo! • POR CARLOS AZEVEDO (DIRETOR ACADÉMICO DO IES-SOCIAL BUSINESS SCHOOL)


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QUALIDADE EM MUDANÇA

A bandeira hasteada desde 2010, certifica que a Misericórdia para além de ter preocupação de longa data com a prestação de serviços qualificados à Comunidade, garante essa qualificação aos seus clientes, sempre na perspetiva de satisfação de quem servimos e da melhoria contínua. No seguimento destes pressupostos, a Misericórdia está a preparar-se para uma nova fase – a transição do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a Norma NP EN ISO 9001:2015. Para tal, a organização terá que conceber e implementar mudanças no Sistema de Gestão da Qualidade, tendo em consideração os requisitos da versão de 2015 do referencial, para obter a sua certificação, tendo em conta um Plano Estratégico delineado, o contexto em que se insere, a própria estrutura organizacional, o seu enquadramento legal, processos e serviços que dispõe à Comunidade. Trará sem dúvida, mudança de perspetiva de gestão da organização, que em tempos de crise global, poderá ajudar a encontrar novos rumos para a sustentabilidade da organização. Acreditamos que todo este processo de transição irá reforçar a cultura institucional orientada para o cliente, para a satisfação das suas necessidades e expectativas, para a otimização dos recursos e para a concretização dos objetivos e a sua melhoria contínua, adotando abordagens criativas, inovadoras, flexíveis, mas rigorosas e transparentes para todos os nossos parceiros.• POR LILIANA SALGADO (DIRETORA DE SERVIÇOS SOCIAIS E QUALIDADE)


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VISITA À QUINTA DA AVELEDA

Em outubro, mais concretamente no dia 18, os utentes do lar José Luiz d’Andrade realizaram uma visita a Penafiel: foram à Quinta da Aveleda. Os utentes apreciaram bastante a tarde, onde tiveram oportunidade de visitar a Adega onde se produz aguardente. Assistiram ao engarrafamento do vinho, e tiveram ainda oportunidade de provar os magníficos vinhos e queijos ali produzidos. No final ainda houve tempo para receberem uma pequena recordação que trouxeram com eles. • POR MARTA FERREIRA (ANIMADORA SOCIOCULTURAL)

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Ação Social e Comunidade


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SEMANA DA VITALIDADE

Pelo 5º ano consecutivo, a Misericórdia sinalizou o Dia Internacional do Idoso através da promoção de iniciativas que decorrem durante vários dias, intitulando de SEMANA DA VITALIDADE. Acontecendo em diferentes locais da instituição e em diferentes momentos, foram dinamizados espaços de descontração que passaram pela música, arte, cultura, saúde e espiritualidade. Aproveitamos para agradecer aos parceiros envolvidos nestas iniciativas que decorreram entre os dias 1 e 3 de outubro, pela disponibilidade e cooperação na promoção da vitalidade dos utentes seniores que representam a família Misericórdia..• POR CARLA MEDEIROS (DEP. FORMAÇÃO, IMAGEM E RELAÇÕES EXTERIORES)

Missa campal para Utentes


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Ação Social e Comunidade

Grupo de Voluntariado da Escola Profissional Cidenai

Rastreios de Saúde

Espetáculo de Música Tradicional: Núcleo Etnográfico Folclore da Universidade do Porto


Oferta de retratos: Exposição de Pintura 1562/1563 (Filipa Godinho)


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Peça de teatro: Orquestra desafinada e suas histórias // Companhia de Teatro Santo Tirso.


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25 DE NOVEMBRO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

No dia 25 de novembro de 1960, três irmãs da República Dominicana, Patria Mercedes Mirabal, Minerva Argentina Mirabal e Antonia María Teresa Mirabal, opuseram-se à ditadura de Rafael Trujillo e foram, por isso, assassinadas. As irmãs Mirabal cresceram numa zona rural. Quando Trujillo chegou ao poder, a sua família perdeu a casa e todo o seu dinheiro. As irmãs acreditavam que Trujillo conduziria o país a uma crise económica e formaram um grupo de oposição ao regime tornando-se conhecidas como Las Mariposas. Foram presas e torturadas várias vezes. Apesar disso, continuaram na luta contra a ditadura. Trujillo decidiu acabar com Las Mariposas em 25 de novembro de 1960, enviando homens para intercetar as três mulheres quando iam visitar seus maridos na prisão. Las Mariposas foram levadas para uma plantação de cana-de-açúcar, onde foram apunhaladas e estranguladas. Trujillo acreditou que tinha eliminado um grande problema, mas o assassinato teve uma péssima repercussão. A morte de Las Mariposas causou grande revolta na República Dominicana e levou o povo dominicano a convictamente apoiar os ideais de Las Mariposas. Esta reação contribuiu para despertar da consciência do povo, culminando no assassinato de Trujillo, em maio de 1961. No 1º Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho, realizado em Bogotá (Colômbia) em 1981, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas como o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência sobre as mulheres.

A 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 25 de novembro Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas. Desde essa data são dinamizadas e promovidas iniciativas a nível mundial, com o objetivo de sensibilizar as comunidades para esta problemática: alertar homens e mulheres para a dimensão do fenómeno e suas implicações aos vários níveis de desenvolvimento (económico, político, social, direitos humanos). Assinalar o 25 de novembro é uma forma de comprometimento da sociedade para com esta causa pela participação ativa na mudança de comportamentos e atitudes socioculturais discriminatórios baseados nos estereótipos de género. O combate a todas as formas de violência contra as mulheres é uma questão de direitos humanos e de dignidade humana das mulheres e homens. Este ano, as comemorações nacionais do dia 25 de Novembro, promovidas pela Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, foram coordenadas pela União de Mulheres Alternativa e Resposta – UMAR e consistiram na dinamização de uma Campanha de Proximidade intitulada “UMA COMUNIDADE ATIVA CONTRA A VIOLÊNCIA”, realizada em parceria com várias entidades em diversos distritos do país por meio de ações de rua com impacto junto de amplos públicos.


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Ação Social e Comunidade

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Ação Social e Comunidade

#32

25 DE NOVEMBRO DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

A Misericórdia de Santo Tirso foi convidada para dinamizar a campanha nesta localidade, tendo endereçado o convite a outras entidades locais para participar na realização de Flash Mobs, com o objetivo de alertar para a problemática envolvendo a comunidade na desocultação do fenómeno e na não-tolerância da violência. O envolvimento e a presença de todos e todas contribuiu para o sucesso da campanha a nível local, em torno de uma problemática que diz respeito a todos e todas, sem exceção. PARTICIPANTES Foto 1 Equipa Organizadora Foto 2 Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento Foto 3 Escola Secundária D. Dinis Foto 4 Escola Secundária Tomaz Pelayo Foto 5 Instituto Nun’Alvres Foto 6 Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Ringe ASAS - Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso Associação Infantários S. Tomé de Negrelos CAID - Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente Câmara Municipal de Santo Tirso Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santo Tirso Casa de Acolhimento Sol Nascente Casa do Meio Caminho CASATIR - Centro de Ação Social de Acolhimento à Terceira Idade de Roriz Centro de Saúde de Santo Tirso Centro Social e Paroquial de Vilarinho

2 Centro Social Santa Cristina do Couto Cruz Vermelha Portuguesa - Del. Santo Tirso Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso Lar Familiar Tranquilidade Vila das Aves Núcleo Local de Inserção (NLI) Santo Tirso Polícia de Segurança Pública - Santo Tirso STASSA - Associação de Solidariedade Social Areias Agradecimento pela colaboração especial: Oficina - Escola Profissional do INA (vídeo) Diogo Meireles (som) Salomé Leitão (coreografia e ensaio) Beatriz Araújo (dinamização) Beatriz Gonçalves (dinamização) Sofia Pereira (dinamização)• POR SARA ALMEIDA E SOUSA (COORDENADORA CASA ABRIGO)


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AÇÃO DE FORMAÇÃO VALORIZAÇÃO E INOVAÇÃO EM DEMÊNCIAS

“A demência é uma doença cerebral adquirida, progressiva que provoca défice cognitivo, perda de autonomia e funcionalidade. Ou seja, as pessoas com demência têm dificuldade em recordar coisas, pensar com clareza, comunicar ou tomar conta de si próprias.” (…) (…) Infelizmente, para a grande maioria dos tipos de demência não há tratamento curativo. Mas é possível aprender a lidar com os desafios que se vão colocando ao longo da evolução da doença. O doente pode usufruir de uma vida significativa, apesar da doença.” In Manual Projeto VIDAS Curso de Ajudantes ERPI/CD/SAD (União das Misericórdias Portuguesas) Apostando a instituição numa estratégia contínua centrada nas pessoas e na inovação institucional, consideramos que a qualidade dos nossos recursos humanos, do seu trabalho, eficácia e cooperação entre todos são indicadores de sucesso a valorizar. Entre 28 setembro e 30 outubro, e no âmbito do “Projeto VIDAS” (projeto sobre demências concebido pela União das Misericórdias Portuguesas), a Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso levou a cabo a Ação de Formação “Valorização e Inovação em Demências – Curso de Ajudantes de Lar/Centro de Dia/Serviço de Apoio Domiciliário”. Dirigida a Ajudantes de Lar e Ajudantes Familiares, categorias profissionais que lidam diariamente com utentes em situação de demência (cuja intervenção é fundamental para manter a qualidade de vida destes mesmos utentes o melhor possível), esta iniciativa formativa decorreu na

sala multiusos da instituição e contou com a participação de15 formandos provenientes das diferentes valências do grupo geriatria e dependência da instituição. O objetivo genérico deste módulo de formação do projeto vidas foi a capacitação dos profissionais, nas suas áreas de atuação, para o reconhecimento e adequada resposta às necessidades da pessoa com demência e seus familiares. Formou-se um grupo de formandos bastante interessados, conscientes da importância das temáticas abordadas, e que ao longo das sessões de formação, perante a identificação que iam sentindo com os temas explorados pelo formador, procuraram sempre dar a conhecer situações e experiências com as quais tiveram de lidar ou ainda lidam nas suas atividades profissionais, ou até mesmo pessoais. Pretende-se que todos os formandos envolvidos se sintam mais preparados para lidar com situações de demências, sendo capazes de reconhecer os seus sinais característicos; identificarem a evolução natural da demência e quais as grandes diferenças entre os tipos mais frequentes da mesma; implementarem estratégias adequadas para resposta às necessidades da pessoa com demência e sua família; identificarem a evolução natural da demência; implementarem uma estratégia de cuidados centrados na pessoa em relação à pessoa com demência; identifiquem os recursos disponíveis para o cuidado à pessoa com demência e sua família; utilizarem de forma eficaz os recursos identificados (institucionais, sociais, de saúde, familiares); e aumentem a sua sensação de autoeficácia no cuidado à pessoa com demência.


Formação

O objetivo final é a criação de cuidados mais adequados, de modo a proporcionar a melhor qualidade de vida possível ao utente com demência. A Misericórdia de Santo Tirso continua empenhada no objetivo de melhoria contínua da sua ação, procurando envolver o maior número de colaboradores na reflexão de metodologias de gestão atuais, com o único propósito de orientar a atividade institucional para a satisfação e bem-estar dos utentes e utilizadores dos serviços prestados. • POR HUGO MARTINS (DEP. FORMAÇÃO, IMAGEM E RELAÇÕES EXTERIORES)


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Ação Educacional

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“A TERRA TREME”, NOVAMENTE, NO JARDIM DE INFÂNCIA

Para recordar, para sensibilizar a prevenção, e para construir alicerces ao nível da aprendizagem de comportamentos “seguros” face ao risco sísmico, a iniciativa levada a cabo no passado dia 20 de outubro, permitiu transmitir e operacionalizar junto dos utentes das salas dos 4 e 5 anos os três gestos fundamentais a adotar numa situação de sismo: BAIXAR sobre os joelhos, já que esta é uma posição que evita a queda durante a ocorrência de um sismo; PROTEGER, sobretudo, a cabeça e o pescoço com os braços e as mãos, procurando abrigo numa superfície resistente e segura: uma mesa, debaixo da cama ou num vão de porta; AGUARDAR, serenamente e em segurança até que a terra pare de tremer. • POR SÍLVIA RIBEIRO (TÉCNICA DE APOIO À GESTÃO)


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Ação Educacional


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Ação Educacional

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A EDUCAÇÃO NO DELINEAR DO EMPREENDEDORISMO BREVE REFLEXÃO

Se admitirmos que os modos de pensar, sentir e agir dominantes em cada geração e em cada sociedade provêem de uma herança de modelos culturais conferidos pelo processo educacional e modelos de formação que de algum modo, se exprimem em representações colectivas, então, temos de valorizar a importância da educação no despertar do empreendedorismo para o desenvolvimento da inovação socioeconómica e humana no seu sentido lato. Se considerarmos que toda a educação se perpetua pelos processos de comunicação, reflectir sobre as tarefas da educação citando (Fernandes, 1983) é tentar responder a um encadeamento de interrogações provindas dos mais variados domínios do saber e actividades, inseridos num contexto histórico que, pela sua natureza, abrange uma gama de conhecimentos cujas soluções emergirão naturalmente, na totalidade das pesquisas nos mais variados domínios, como forma de identificar a educação e sua relação na vida do ser humano e por consequência nas suas escolhas e motivações onde o empreendedorismo entendido como fonte de evolução social e económica está presente na mudança das práticas económicas e sociais assim como, na evolução pessoal, social e profissional do ser humano.

Como sabemos os conceitos e modelos de educação variam conforme a época histórica em que se inscrevem uma vez que um dado modelo educativo considerado eficaz numa determinada época poderá ser completamente desajustado noutra. A educação pode ser entendida como factor regulador de comportamentos e de integração do indivíduo no seu meio, e como tal, capaz de responder pela educação/formação às exigências de uma sociedade em constante mutação (Dewey (1967); Fernandes (1994). Assim, a educação entendida na sua global complexidade deve possibilitar ao indivíduo um campo vasto de conhecimentos, onde a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade sejam uma constante abrindo dessa forma espaço para a inovação e empreendedorismo. Deste modo, a educação na sua essência deve conduzir o homem à felicidade e a encontrar a sua própria liberdade. Uma educação para o nosso tempo terá de deixar de ser o que outrora foi em alguns momentos a do passado: mera transmissão de conhecimentos. Segundo Herbart (s/d), a educação deverá ter em consideração a individualidade e o horizonte do indivíduo determinado pelas circunstâncias que o envolvem.

Aceitando como verdade inegável que o processo educacional é um meio transformador de saberes e comportamentos deve ter-se presente que o ser humano traduz o resultado de factores intrínsecos inerentes ao processo hereditário e genético e o resultado de factores externos produzidos pelo meio ambiente que incluem o sistema sociopolítico, económico, cultural e educacional que rodeia o homem durante o seu ciclo de vida.

Para Filipe Rocha (1993; 219) “a educação não significa somente facilitar o desenvolvimento do indivíduo, mas orientá-lo na melhor direcção, facilitando e reforçando o sentido de responsabilidade”. Para Kant (in Filipe Rocha, 1987) “a finalidade da educação, consiste em desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que ele é susceptível”. Segundo Durkheim (1977) a educação


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Ação Educacional

é “acção exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que ainda não se encontram preparadas para a vida social”. Dewey e Clapared (1967) defendem que a finalidade essencial da educação consiste em criar caracteres entendidos como capacidades e competências que cada um tem de desenvolver para poder adaptar-se à vida social e nela funcionar plenamente. Adalberto D. C. (1994; 34) “defende que a educação fundamenta-se no jogo harmonioso de todas as dimensões”. Desta forma, as questões que se colocam hoje à educação procuram atingi-la nas suas múltiplas vertentes “saber ser” “saber fazer” “saber estar” Para o autor a mais-valia dos processos de educação por via da formação “assenta numa permanente reflexão sobre as práticas educacionais na construção dos saberes implicando, por isso, uma constante mudança dos comportamentos e saberes” (idem). Na verdade, todos sabemos que as condicionantes sociais, económicas, culturais e políticas vivenciadas ao longo da história humana vinculam comportamentos e estigmas em torno dos processos de educação. Efectivamente não é possível falar de educação para o empreendedorismo sem antes termos em conta a inegável importância do desenvolvimento pessoal, humano e social vinculado nos processos de educação assentes no processo contínuo de formação (Tavares, J., 1992). Sabendo que a vida humana decorre no quadro das instituições (Durkheim (1977), a escola enquanto agente formador, assume particular relevância porquanto, nos dias actuais se revela como unidade/célula imprescindível à formação, educação, inovação com vista ao desenvolvimento

social veiculado no empreendedorismo. É neste processo de interacção social, heterógeno por natureza, que, mercê do fenómeno comunicação se geram conflitos, apaziguam ânimos, se constrói saberes e personalidades capazes de corresponder eficazmente, às exigências de uma sociedade que se pretende em permanente transformação informada pelos processos educacionais onde resida por excelência a motivação para o desenvolvimento do empreendedorismo (Idem). Falar de empreendedorismo implica antes de mais ter presente a importância da educação na construção de saberes e competências que possibilitem aos sujeitos uma nova e constante visão do mundo e da vida que lhes permita por via da educação produzir novos saberes. Só deste modo, o ser humano poderá “crescer” e desenvolver-se de maneira correta e equilibrada nas diferentes dimensões do Eu e, por via disso, adquirir abertura para a inovação e mudança social, empresarial, económica e humana em torno da importância do empreendedorismo socialmente reconhecido (Rogers, C. (1993); Fernandes E, (1994). Na verdade a formação por via da educação é um processo dinâmico que implica uma constante e permanente transformação de comportamentos e implica saberes científicos, técnicos e práticos nos diferentes níveis e exigências face à evolução da sociedade Por outro lado, os avanços científicos e técnicos levaram-nos a tomar consciência da importância da educação e da formação nos seus múltiplos aspectos e dimensões.


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Ação Educacional

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A EDUCAÇÃO NO DELINEAR DO EMPREENDEDORISMO BREVE REFLEXÃO

A sociedade em que vivemos caracteriza-se pela constante mudança, pelas rápidas transformações tecnológicas e científicas, pela inovação sendo a educação uma maisvalia na construção económica, social e humana. Nesse contexto, promover uma cultura empreendedora por via dos processos e modelos de formação pressupões motivar para o desenvolvimento económico, profissional, social e humano. Na verdade, a escola é considerada uma entidade fundamental na promoção do empreendedorismo, dado que é na escola que se adquirem conhecimentos imprescindíveis à vida em sociedade. A escola para além de transmitir conhecimentos, técnicas, atitudes sociais (….) é antes de mais factor de formação, na medida em que procura criar no aluno comportamentos e atitudes que lhe permitem apropriar-se dos elementos culturais, habilitá-lo a prosseguir espontaneamente o seu próprio enriquecimento e, com as suas criações aumentar e inovar o património social (Fernandes, E. 1983). Segundo Cláudia T, (2012; 21) a escola deve ser considerada “entidade fundamental na promoção do empreendedorismo, pois é nela que as crianças adquirem conhecimentos, aprendizagens e experiências que condicionam a sua vida, quer profissional, quer pessoal”. J. Schumpeter (1934) citado por Cláudia, T. (2012) associa ao conceito de empreendedorismo a noção de criatividade e inovação. Para Portela et al. (2008). “o empreendedorismo não surge pela mera oportunidade mas pela necessidade de inovação socioeconómica impulsionada por diferentes factores: desemprego ou emprego precário, factores de ordem económica, implementação e inovações tecnológicas,

globalização dos mercados” (…), (Cláudia, T. (2012). Segundo Timmons & Stevenson (1984) citado por Mendes, A. (2007: 288), “a Educação para o empreendedorismo é, antes de mais, educação”. A educação sustentada em modelos de formação actualizados em concordância com a evolução social oferece os instrumentos necessários para o empreendedorismo dado que o aluno que beneficie de um modelo de educação para o empreendedorismo adquire e desenvolve capacidade e competências empreendedoras (Idem). A Comissão Europeia (2002) citado por Cláudia Teixeira (2012) defende que a “educação tem um papel fundamental e relevante no delinear das motivações para o empreendedorismo sendo no ensino básico e secundário que se desenvolvem no aluno competências”. O ensino básico deve promover nos alunos, motivação na aquisição de saberes, criatividade, espírito de iniciativa, autonomia e competências diversas que contribuam para o desenvolvimento de uma atitude empreendedora (idem, 2002;2012). O ensino secundário tem como finalidade promover no aluno o desenvolvimento de competências humanas, científicas, técnicas e práticas relevantes conducentes ao desenvolvimento social e humano assim como, motivação para o auto-emprego pela prática do empreendedorismo (ibidem 2002; 2012). Por outro lado, o seguimento da formação a nível técnico profissional ou de nível superior universitário a educação deve desenvolver no aluno competências, científicas, técnicas e práticas onde o saber ser, saber estar, saber-fazer e saber aprender a aprender lhes confira pela motivação e inovação aptidões e saberes conducentes ao bom desempenho pessoal, social e profissional.


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Ação Educacional

A Direcção Geral da Educação (2016, http://www.dge.mec. pt) defende que “A educação para o empreendedorismo deve primar por metodologias de ensino/aprendizagem actualizadas e por modelos formação que contribuam para o desenvolvimento de competências e comportamentos empreendedores. Direcção Geral de Educação (2016); in Cláudia T (2012), a educação para o empreendedorismo “deve ser entendida como um contributo transversal às diferentes disciplinas e áreas não disciplinares que se consubstancia em actividades ou projectos desenvolvidos de forma participada pelos alunos de forma criativa e espírito inovador concorrendo por via de competências pessoais diversas para a mudança social e económica na sua área de actuação enquanto cidadãos. À guisa de apontamento final a educação faz-se a ela própria no processo autêntico da sua existência, cuja meta é a libertação do homem conseguida não somente pela qualidade pedagógica, relacional, científica, técnica e prática, mas, sobretudo pelos métodos ou modelos de educação utilizados. Deste modo, para que surgem pela educação, homens livres e equilibrados, autónomos e responsáveis as metodologias de ensino/aprendizagem devem constar no processo educativo de forma actualizada não para etiquetar os indivíduos de “bons” ou “menos capazes”, mas estabelecer metas de orientação na construção de saberes e competências diversificadas, garantindo ao ser humano a sua verdadeira liberdade e preparação merecida, para que cada um se realize pessoal e plenamente no curso da vida. • POR OLGA DE CASTRO E ANA ESCADA (Professoras do Ensino Superior)

BIBLIOGRAFIA Alípio, S. ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários (2006). Guia do Empreendedorismo. Estruturas de apoio ao empreendedorismo em Portugal; Amaral, P. (2009) - A Gestão do Conhecimento e a Centralidade dos Valores para a Educação. A Urgência de Educar para Valores. Um contributo para a literacia social; Cláudia, T. (2012) - Educação para o Empreendedorismo: Um estudo sobre o Projeto Nacional de Educação para o Empreendedorismo, Universidade de Coimbra. Coimbra; Damião, T. (2010) - Empreendedorismo Social. Inclusão e Sustentabilidade. Cidade Solidária. 6-11. Lisboa; Fernandes, E. (1983) – Pedagogia e Psicanalise da Educação, Porto, edições Tecnilivro; Idalberto, C. (1993) – Teoria da Administração. São Paulo; Jorge, Arroteia C. (1991) – Análise Social da Educação, Indicadores e Conceitos, Leiria, Roble Edições; Mendes, A. (2007) in Cláudia, T. (2012) - Apontamentos sobre a educação para o empreendedorismo em Portugal. Revista Portuguesa de Pedagogia. Ano 41-3, 285-298; Ministério da Educação. Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (2006 ) - Educação para a Cidadania. Guião de Educação para o Empreendedorismo http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaocidadania/index. php?s=directorio&pid=48 Silva, M.O. (2008) - Alguns contributos de avaliação de instituições de Ensino Superior, Porto; Rómulo, C. (1985) – História do Ensino em Portugal. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian; Silva, M.O. (2008) – A Saúde Mental no Delinear das Competências Profissionais. Porto. Tavares, J. (1987) – A aprendizagem como construção do conhecimento pela via da resolução de problemas e da reflexão. CIDINE. Aveiro; Teixeira, M; Portela, J. (2008). Motivações e obstáculos ao empreendedorismo em Portugal e propostas facilitadoras. http://cetrad.info/static/docs/documentos/118.doc

o autor escreve segundo as regras do antigo acordo ortográfico


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Ação Educacional

#32

PARCERIA EMPREENDEDORA ENTRE TOMAZ PELAYO E MISERICÓRDIA

Se consultarmos um dos dicionários disponíveis online, a definição desta entrada lexical surge tão-somente como «qualidade ou caráter do que é empreendedor» ou ainda «atitude de quem, por iniciativa própria realiza ações ou idealiza novos métodos com o objetivo de desenvolver e dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades de organização e administração». Muhammad Yunus, economista e banqueiro do Bangladesh, autor do livro Banker to the Poor, laureado com o Nobel da Paz em 2006, defende que «todos nós nascemos empreendedores». Mas será, realmente, que já nascemos empreendedores? Sem dúvida que o seio familiar no qual nascemos nos vai influenciar. Ora, a dificuldade reside, exatamente, em fazermos de uma criança um adulto empreendedor. Atualmente, constatámos que a sociedade aposta e premeia alguns daqueles que põem em prática a definição que consta no dicionário, ou, pelo menos, parte dela. De facto, o que nos falta, muitas vezes, é «a iniciativa própria», pois não dependemos só de nós para realizarmos os nossos sonhos e nos lançarmos na aventura da inovação. Há condicionalismos que não se conseguem ultrapassar. Mas, inovar não é fácil quando tudo ou praticamente tudo está inventado. Que fazer? O melhor é seriarmos ideias ou projetos e adaptarmo-los à nossa realidade e aos nossos objetivos e, nem por isso, deixamos de ser menos empreendedores. O que interessa é não ter medo e crescermos com os nossos erros. Aliás, alguns dos maiores empreendedores falharam, mas não desistiram. Prosseguiram com os seus projetos e venceram.

A escola do século XXI deverá repensar o seu papel e verter nos seus curricula as sementes do perfil empreendedor para ter sucesso e dotar os seus alunos, desde os infantários às universidades, de capacidades exigidas e «treinadas» em algumas das maiores cidades europeias. Será que só parte para a Europa quem é empreendedor, quem gosta de aprender, quem tem curiosidade, quem não tem medo de falhar, quem arrisca, quem é resiliente, enfim quem procura, no meio da multiculturalidade, salientar-se e ser reconhecido, vencer? Talvez. O que é certo é que não se pode parar. Se o sucesso está longe da porta, temos de partir para o desconhecido como fizeram os nossos descobridores nos séculos XV e XVI. A Santa Casa e Irmandade da Misericórdia de Santo Tirso, uma das maiores entidades empregadoras do concelho, tem demonstrado, junto da comunidade, um perfil socialmente empreendedor com técnicos ajustados às necessidades de um futuro que se mostra cada vez mais exigente. Por sua vez, o Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo de Santo Tirso, de tradição prática – antiga escola industrial e comercial do concelho – desde 2005 que continua a apostar em projetos europeus inovadores que propagam o seu nome aos quatro cantos da Europa. No biénio 2015-2017 duas candidaturas europeias foram aprovadas. Um dos projetos denominado «Learn to Learn by Teaching» desenvolve e aprofunda novas metodologias de ensino, recorrendo-se às novas tecnologias.


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Ação Educacional

Assim, no passado dia 15 de setembro, no início das atividades letivas, em parceria com a escola Tomaz Pelayo, em particular com a equipa coordenadora de um dos projetos europeus, a Santa Casa participou numa atividade que visava as aprendizagens intergeracionais com alguns dos utentes do Lar José Luiz d’ Andrade e a sala dos 5 anos do jardim de infânica. Durante uma hora, estas gerações conviveram alegremente, enquanto confecionavam bolachas de chocolate. Os olhares meigos e cheios de sabedoria dos mais velhos eram seguidos pelos olhitos ávidos de saber fazer, das nossas crianças. Sem dúvida, que estes alunos registaram na sua memória esta experiência onde todos meteram as mãos na massa. Esta atividade levada a cabo por faixas etárias tão distintas, fomentou o reencontro de gerações e de saberes que estão na base da cooperação para o empreendedorismo. Foi uma experiência que levou estes jovens a aprender, mas de forma diferente. Podemos depreender que «ser empreendedor» ou «tornar-se empreendedor» passa, também pela troca cultural, troca de saberes, permitindo uma aprendizagem motivadora de todos os intervenientes sociais, independentemente das idades, raças ou religiões. Como Bill Gates afirmava «é bom comemorar o sucesso, mas é mais importante prestar atenção às lições do fracasso». • POR ALBERTINA MARQUES (MESÁRIA NA ISCMST)


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Saúde

#32

EMPREENDEDORISMO E TERAPIA OCUPACIONAL

O estilo de vida que temos é fruto do sucesso de milhões de empreendedores através da história da humanidade. Na verdade, a existência de ideias e de oportunidades para novos negócios proporciona na sociedade atual a emergência de empreendedores, onde a cultura empreendedora encontra-se ligada às relações pessoais e familiares, à educação e ao local onde se estamos inseridos (Carneiro, 2012).

Em Portugal, os planos nacionais de saúde incluem a preocupação com a saúde pública, com relevância no aumento da eficácia dos mecanismos de governamentação com um uso eficiente dos recursos disponíveis. Assim torna-se essencial a criação de empreendedores na área da saúde com perspetivas realistas e adequadas à conjetura socio económica atual. O empreendedor deve sempre realizar uma avaliação da ideia inicial e um plano de negócios tendo em consideração a parte financeira, de marketing e de gestão do futuro negócio uma das áreas (Anderson, 2011; Foto,1998).

A saúde é uma das áreas onde o empreendedorismo está a ganhar A saúde é mais realce e mais participantes onde o empreendedorismo através da criação de novos projetos, de novas políticas e, essencialmente, Neste sentido, a crescente procura está a ganhar mais realce pela criação de redes mundiais que de cuidados de saúde de qualidade e e mais participantes ousam transformar e melhorar as serviços de reabilitação faz da valência através da criação de práticas de saúde (Fonseca, 2013). Terapia Ocupacional uma perspetiva novos projetos (...) Nesta área, a proximidade à comunidade atraente para muitos empresários. A é uma vantagem para a compreensão de nível internacional a Terapia problemas e lacunas inerentes aos cuidados Ocupacional aparece mencionada como de saúde, pelo que permite uma evolução quer ao nível do sendo uma das profissões com maior probabilidade de empreendedorismo, quer ao nível da inovação. (Carneiro, crescimento entre 2008 e 2018. Fala-se igualmente que 2012; Varela, 2011) Através do empreendedorismo estabeleceindependentemente do campo de atuação o terapeuta -se a rede de comunicação entre as estruturas locais e as ocupacional terá a capacidade de adaptação a diversas globais, sendo que assim há uma abordagem efetiva dos novos necessidades dos clientes (Varela, 2011). desafios com estabelecimento de parcerias, desenvolvendo Ao longo dos anos, a comunidade empresarial tem aprendido novos instrumentos de apoio à implementação de ideias, a importância de definir expectativas adequadas ao cliente. Na reforço de estruturas e intervenções no sistema de saúde Terapia Ocupacional isso significa envolver os indivíduos no (Fonseca, 2013). desenvolvimento do programa de reabilitação e criação de expectativas realistas sobre os resultados a alcançar (McClure, 2011).


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Saúde

Segundo um estudo de McClain, McKinney, and Ralston (1992), os terapeutas ocupacionais têm várias oportunidades de empreendedorismo devido à natureza da sua profissão: pressuposto de que o envolvimento em ocupações estrutura a vida diária e contibui para a saúde, onde a sua intervenção se dirige tanto a aspetos subjetivos (emocionais e psicológicos) como objetivos (fisicamente observáveis). (Anderson, 2011; Marques, 2011). Através do empreendedorismo, os terapeutas ocupacionais podem fornecer produtos de apoio e serviços profissionais que potenciem positivamente o desempenho dos indivíduos em diferentes contextos e aumentem a participação em atividades significativas (Anderson, 2011). Outra vantagem de competitividade da Terapia Ocupacional é que o empreendedorismo poderá assumir diferentes formas de acordo com as disfunções ocupacionais e meios de intervenção, tais como serviço direto com organização de saúde, serviço direto com cliente, administração de um negócio próprio, desenvolvimento de produtos de apoio, consultadoria e vertente de educação/formação (Anderson, 2011). Em suma, a inovação e a vontade de contribuir para uma profissão em evolução deve ser o motor para a reinvenção diária de uma prática pessoal e profissional, tornando os serviços competitivos e com qualidade de nível superior.• POR ANA RITA GOMES E BIBIANA RIBEIRO (TERAPEUTAS OCUPACIONAIS)

BIBLIOGRAFIA Anderson, K. M. (2009). Advocacy through a professional journal: the need for entrepreneurs in occupational therapy. University of Toledo. University of Toledo Digital Repository. 48. Anderson, K. M., & Nelson, D. L. (2011). The Issue Is—Wanted: Entrepreneurs in occupational therapy. American Journal of Occupational Therapy, 65, 221–228. D: 10.5014/ajot.2011.001628 Carneiro, V.S. (2012). O empreendedorismo e a inovação na saúde, factores potenciadores de novos projetos. Universidade Lusófona do Porto. Faculdade de Economia e Gestão. 19-34. Fonseca, R. (2013). Empreendedorismo em Saúde. Revista Progredir. Maio de 2013. Último acesso a 14.11.2016. Foto, M. (1998). Competence and the Occupational Therapy Entrepreneur. American journal of Occupational Therapy, 765-769. Marques, A., & Trigueiro, M. J. (2011). Enquadramento da Prática da Terapia Ocupacional: Domínio & Processo. Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Tecnologias da saúde do Porto. Porto: Livpsic. McClure, P. (2011). Developing entrepreneurial skills in occupational therapy students. Journal of The College of Occupational Therapists, 11, 74. D: 10.4276/ 030802211X13204135680749 Varela, V. C. B. (2011). Terapia Ocupacional em Comunidade, Fundamentos para a Prática. Instituto Politécnico de Leiria. Escola Superior de Saúde. 4-36.


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Saúde

#32

PILATES CLÍNICO NA CLÍNICA DE FISIATRIA

O Pilates Clínico é uma modalidade de exercício terapêutico adaptada do método de Pilates original, criado por Joseph Pilates, aplicada desde os anos 90 por fisioterapeutas, tendo por base estudos e dados terapêuticos reconhecidos internacionalmente. Este método consiste num conjunto de exercícios que tem como principais benefícios reconhecidos a correção postural, ganho de equilíbrio, aumento da força e controlo muscular, incluindo a musculatura mais profunda (promovendo um bom suporte a toda a coluna vertebral) aumento da coordenação motora, aumento da consciencialização corporal, melhoria da função respiratória, aumento da flexibilidade, promovendo a sensação de bem-estar e relaxamento. Estes exercícios podem ser realizados por todos os indivíduos, de todas as idades, desde a pessoa saudável, que pretende manter e/ou desenvolver as competências acima descritas, ao indivíduo com patologia, como complemento à sua recuperação e/ou prevenção de recidivas, até à mulher grávida, e após o parto, com todos os benefícios que o Pilates lhe trará também neste período. Todos os exercícios têm como princípios a manutenção da estabilidade da coluna, o correto alinhamento do corpo, coordenando respiração, concentração, controlo e fluidez de movimentos, potenciando a autocorreção de alinhamentos e movimentos, fundamental nas atividades do dia a dia.

A importância deste método é que todos os exercícios são sempre supervisionados por um fisioterapeuta, com formação específica em Pilates clínico, que decidirá quais os exercícios a executar, modificando-os consoante cada pessoa, tendo em conta uma avaliação criteriosa e os objetivos pessoais do indivíduo. A prática de Pilates Clínico na Misericórdia começou há cerca de dois anos, através do projeto “Misericórdia em Movimento”, onde foi criada uma classe gratuita destinada apenas a colaboradores da Instituição. Rapidamente cresceu o interesse que se estendeu a utentes, tendo neste momento já mais de quatro dezenas de inscritos, que se distribuem por quatro classes semanais. Quem experimenta raramente desiste, talvez porque como diria o criador do método: “Em 10 sessões sentirá a diferença, em 20 verá a diferença e em 30 terá um corpo novo” (Joseph Pilates). Se quiser experimentar, já sabe, visite a Clínica de Fisiatria da Misericórdia: as aulas decorrem das 19h00 às 20h00 de segunda a quinta feira!! • POR SÓNIA CARVALHO (INSTRUTORA DE PILATES CLÍNICO)


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Saúde


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Cultura

#32

CONCERTO DO 2.º ANIVERSÁRIO DO CORAL DOS PEQUENOS CANTORES DE SANTO TIRSO

Foi na noite do último sábado dia 25 de Junho nos Claustros da Igreja Matriz de Santo Tirso, que o Coro dos Pequenos Cantores comemorou o seu 2.º Aniversário num concerto de música coral memorável, contando com a presença gratificante de dois excelentes Coros: o “Coro Juvenil de Vieira do Minho“ e o “Coro Infanto-juvenil do Orfeão de Gondomar“ que decidindo associar-se às comemorações do aniversário, presentearam o numeroso público ali presente com repertórios variados e de muita qualidade. A cerimónia iniciou-se com uma intervenção do Sr. Padre Paulo Teixeira, Pároco da Paróquia de Santa Maria Madalena de Santo Tirso, que no uso da palavra, começara por dar as boas vindas a todos os presentes, agradecendo a decisão tomada de trocarem um desafio de futebol decisivo entre as selecções de Portugal e da Croácia (marcado para a mesma hora) pelo concerto que os três grupos presentes nos iriam proporcionar, para de seguida dirigir palavras de agradecimento aos grupos convidados, pela sua presença na festa do aniversário, e por último, referiu e elevou, particularmente: a dedicação, trabalho e sacrifício dos elementos do Coro aniversariante “Coro dos Pequenos Cantores“, desejando-lhes um futuro repleto de sucessos. Após a intervenção inicial, O Coro dos Pequenos Cantores, fazendo as honras da casa, iniciou o concerto interpretando um repertório variado muito bem orientado pela sua Maestrina Aliona Barbaneagra, levando ao rubro todos os espectadores ali presentes. Seguidamente subiram ao palco pela ordem de

registo no programa o Coro Juvenil de Vieira do Minho e o Coro Infanto-Juvenil do Orfeão de Gondomar, superiormente orientados pelas suas maestrinas Sandra Azevedo e Raquel Costa, respetivamente. Concluíram com as suas belíssimas interpretações um concerto musical, que no global deixara bons indicadores para futuro aos responsáveis dos três Coros ali representados. Quase no final, e antes da interpretação da última música, foram apresentados agradecimentos a todos quantos contribuíram para que este evento fosse uma realidade, fazendo-se uma referência muito especial às Instituições que patrocinam este projeto musical: “Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso“, ali representada pelo seu Provedor Exmo. Sr. José Santos Pinto e “Paróquia de Santa Maria Madalena de Santo Tirso“ representada pelo Pároco Padre Paulo Teixeira, de nunca desistirem de proporcionar o apoio tão necessário ao Coro dos Pequenos Cantores, afim de se continuar a integrar jovens dispostos a participar no desenvolvimento da música coral no nosso concelho. Distribuídas as ofertas aos responsáveis dos grupos participantes e suas maestrinas, o Orfeão de Gondomar interpretou a sua última peça, e a finalizar ouviu-se o cantar de parabéns ao Coro dos Pequenos Cantores interpretado pelo conjunto dos três grupos ali representados, associados à numerosa assistência que acompanhou cantando até final. Bem hajam todos pela vossa presença e apoio. • POR JOSÉ ALVES (COORDENADOR DO CORAL DA MISERICÓRDIA)


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Cultura


#32

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Cultura

MOMENTOS ALTOS DO CORAL DA MISERICÓRDIA DE SANTO TIRSO NO INÍCIO DA ÉPOCA 2016/2017

DESLOCAÇÃO ÀS ASTÚRIAS No dia 14 de Maio, o Coral da Misericórdia de Santo Tirso deslocou-se à Comunidade Autónoma Principado das Astúrias, Espanha, a convite do Coral Polifónica “Anoranzas” de Las Piezas, de Langreo, cidade contígua à capital das Astúrias, Oviedo, para participar no VIII Encontro Coral da Primavera. Foi nesta cidade, atravessada pelo rio Nalón, em concerto realizado no Auditório do Conservatório Profissional de Música Valle de la Nellon, que o Coral da Misericórdia se apresentou com um reportório variado perante um público exigente que encheu por completo esse espaço cultural. Para além do coral anfitrião, também participou nesse evento o “Coro Fundación de los Ferrocarriles Españoles”, de Madrid. A apresentação do Coral da Misericórdia de Santo Tirso foi do profundo agrado de todo o público e recebeu o elogio dos grupos corais participantes. Nas horas de convívio e de confraternização que se seguiram houve tempo para se estabelecerem contactos e se criarem laços de amizade entre os elementos dos coros participantes, planeando-se possíveis intercâmbios artísticos e culturais. Foi desta forma empenhada que, nesta sua terceira deslocação às Astúrias, o Coral da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, participou neste VIII Encontro Coral da Primavera, levando bem longe, com o seu valor e qualidade vocal, o nome da cidade e da Instituição que o acolhe. • POR JOSÉ MAGALHÃES COELHO (PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DO CORAL)


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Cultura

COMEMORAÇÕES DO 18.º ANIVERSÁRIO DO CORAL

Foi na noite do dia 22 de Outubro que o CORAL DA MISERICÓRDIA festejou o seu 18.º aniversário num concerto de grande qualidade artística no Auditório Eng.º Eurico de Melo, maravilhando toda a plateia presente, que ao longo do espectáculo foi desfrutando de momentos de rara beleza proporcionados pelos três coros participantes. Na abertura do espectáculo, registou-se a intervenção do Provedor da Misericórdia Sr. José Santos Pinto, que no uso da palavra aproveitou para dar os parabéns ao Coral da

Misericórdia, por ter alcançado a maioridade na sua atividade musical, e pelo seu trajeto de sucessos acumulados com a divulgação da música coral que vem praticando pelos vários cantos do nosso País e além-fronteiras. A finalizar a sua intervenção, dirigiu palavras de agradecimento a todos os elementos do Coro pelo seu empenho e dedicação no desenvolvimento deste projeto cultural, augurando para o seu futuro a continuidade de um trabalho próspero que contribua para o aumento da relação entre os povos, para a promoção da nossa terra, e da nossa Instituição. Feitas as honras da casa, “ O Coral da Misericórdia de STS “, como grupo anfitrião, deu início ao espectáculo, seguindo-se a atuação dos dois coros convidados: “ Orfeão da Fundação ALORD ” e “ Grupo Coral da Jorba “, orientados superiormente pelos seus Maestros José Manuel Pinheiro; Manuel Luís Bovião Monteiro e Ana Carolina Silva, respectivamente, interpretaram repertórios tão diversos e maravilhosos, que proporcionaram a todo o público presente uma viagem imaginária através da música, levando ao rubro todos quantos se encontravam no auditório a assistir ao espectáculo. Um bem-haja a todos quantos colaboraram nesta iniciativa cultural, muito em particular aos coros convidados: “Orfeão da Fundação A Lord” e “Grupo Coral da Jobra”. • POR JOSÉ ALVES (COORDENADOR DO CORAL DA MISERICÓRDIA)


Que local do concelho de Santo Tirso escolheria para fazer uma declaração de amor? Independentemente do local o importante é o momento. Já leu algum livro de José Saramago, o único escritor português a receber o prémio Nobel da Literatura? Não, não vou muito de leituras… O que mais o entristece no concelho de Santo Tirso? Não me sinto entristecido porque não sou de Santo Tirso, mas trabalhando cá há já 20 anos penso que o concelho, principalmente a cidade, parou no tempo. …E o que o deixa cheia de orgulho? Fazer parte de uma Instituição (a Misericórdia de Santo Tirso) que ao longo destes 20 anos tem vindo sempre a crescer. Qual o filme que o levou ao cinema mais do que uma vez? Nenhum filme me levou duas vezes ao cinema, mas em casa sim: há alguns que já vi duas ou mais vezes, por exemplo: O homem da Máscara de Ferro que é um dos preferidos da minha filha. Qual destes três objetos - um Galo de Barcelos, um disco da Amália ou uma garrafa de Vinho do Porto - é absolutamente indispensável numa casa portuguesa? Sem dúvida o Vinho do Porto, até porque é o preferido pelos amigos, ou visitas. Consegue escolher o músico/cantor ou grupo musical da sua vida? Depende do estado de espírito…pode ir do Blues de Gary Moore até aos Disturbed ou Five Finger Death Punch, passando por música popular… Qual a sua viagem de sonho? Ter a possibilidade de passar um ano a viajar pelo mundo conhecendo povos e culturas. Se tivesse de recomendar um livro a um amigo, qual seria? Seria difícil pois não sou muito de leituras, tal como já disse anteriormente.

RE VE LA ÇÕES... Se fosse provedor por um dia, que medidas tomava? Não tomava, porque não é num só dia que se tomam decisões, têm que ser pensadas, avaliadas e depois decididas até porque estamos a falar de uma posição numa Instituição com responsabilidades na sociedade.

NOME José Carlos Mendes Castro CATEGORIA PROFISSIONAL Ajudante Técnico de Fisioterapia ANTIGUIDADE NA INSTITUIÇÃO 20 anos



POEMAS Ser arrojado há palavras iluminadas o amor, um projecto de vida suportável ou não livres reconhecemos a viagem infatigável que a alma devagar em cada dia, em cada noite tenta manter sonhos, recria alegrias o amor a semente que surpreende que conforta e acalma as gentes o amor aguça o engenho e apura a confiança tem olhos fixos e enamorados em um bem maior. Céu Machado 18 Novembro 2016

Ser empreendedor ou audaz na vida é difícil mas imperativo já que o mundo exige cada vez mais de nós. E cada pessoa deve tentar ir mais além dentro das suas capacidades. Encarar sem medo novas etapas com espírito positivo Vamos dizer a nós próprios Que vamos ser arrojados Tentando fazer mais Na vida não ficar parados Anyta Nov. 2016





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