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ANO I EDIÇÃO 10
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JUNHO 2013
Goiás é pioneiro na concessão do Passe Livre Estudantil
Decreto 7911/13, assinado Pelo governador Marconi Perillo, oficializou a concessão de Passe Livre Estudantil (PLE) a estudantes de 12 a 18 anos incompletos. Segundo o secretário de Articulação Institucional de Goiás, Joaquim de Castro, “o Passe Livre Estudantil é um dos mais importantes componentes do conjunto de ações e obras que o Governo de Goiás está realizando para aumentar o acesso e a permanência de crianças e jovens na escola. Goiás sai na frente dos outros estados brasileiros na concessão do benefício, já para mais de oito mil estudantes em agosto. Mas até o final do ano, conforme determinação do governador Marconi Perillo, o alcance do programa deve chegar a 60 mil alunos goianos”. Pág. 03
CNA prevê alta de 9% do PIB agropecuário em 2013 A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, prevê para este ano um crescimento de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária,
que deve proporcionar uma expansão entre 4,5% a 5% no agronegócio brasileiro como um todo. Pag. 04
Mitsubishi comprará Ceagro em negócio de R$1 bilhão A japonesa Mitsubishi Corporation deverá assumir o controle da trading de grãos e produtora agrícola brasileira Ceagro, em um negócio de mais de R$ 1 bilhão, informou agência Nikkei nesta sexta-feira. A companhia japonesa vai desembolsar 50 bilhões de ienes na compra (cerca de R$ 1 bilhão), incluindo mais de 30 bilhões de ienes em empréstimos para a empresa brasileira realizar investimentos e mais de 10 bilhões de ienes para a compra de ações de outros investidores, como o grupo argentino Los Grobo, segundo a Nikkei. Pág. 5
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Hospitais de “grife” Logo que surgiram, os hospitais funcionavam como áreas de confinamento. Asilos onde indigentes e doentes graves eram depositados em quartos superlotados, úmidos e escuros enquanto, pacientemente, esperavam a morte. Médicos e enfermeiras da época, sem grandes
recursos para diagnóstico e tratamento, faziam o que estava ao seu alcance para aliviar o sofrimento dos internados.
TRINDADE, TURISMO DE FÉ Trindade é um município que fica localizado no estado de Goiás, possui extensão de 719,75km² e cerca de 130 mil habitantes de acordo pesquisas do IBGE. Trindade foi fundada em 20 de julho de 1927 e foi gerada a partir de uma romaria a imagem do Divino Pai Eterno e ainda hoje segue a sua religião. Desde sua formação ela faz parte da região metropolitana de Goiânia. Pag. 10
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POLÍTICA
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Goiás é pioneiro na concessão do Passe Livre Estudantil
Decreto 7911/13, assinado Pelo governador Marconi Perillo, oficializou a concessão de Passe Livre Estudantil (PLE) a estudantes de 12 a 18 anos incompletos. Segundo o secretário de Articulação Institucional de Goiás, Joaquim de Castro, “o Passe Livre Estudantil é um dos mais importantes componentes do conjunto de ações e obras que o Governo de Goiás está realizando para aumentar o acesso e a permanência de crianças e jovens na escola. Goiás sai na frente dos outros estados brasileiros na concessão do benefício, já para mais de oito mil estudantes em agosto. Mas até o final do ano, conforme determinação do governador Marconi Perillo, o alcance do programa deve chegar a 60 mil alunos goianos”. O PLE beneficiará estudantes de baixa renda da Região Metropolitana
de Goiânia, nas cidades em que a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivo (CMTC) atua. Podem se cadastrar alunos já beneficiados pelo programa Bolsa Universitária e estudantes da rede pública estadual de ensino, cuja família receba o Renda Cidadã ou a Bolsa Família. É necessário que o estudante tenha cadastro no Setransp. O governo custeia a passagem, e o estudante recebe o benefício em forma de crédito em sua carteira estudantil do Setransp. O superintendente de Juventude da Secretaria de Articulação Institucional, Leonardo Felipe, ressaltou que o PLE não anula o benefício de pagar meia passagem, que todo estudante tem direito por lei. Ele explicou que o Governo de Goiás custeará até 48 passagens/mês por pessoa, mas que
o aluno continua a usufruir das reprovado por nota ou frequência demais unidades que o Setransp em mais de uma disciplina por disponibiliza pela metade do preço. semestre ou ano letivo. Para manter o benefício do Passe Livre o estudante não pode ser Fonte: Goiás Agora
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POLÍTICA
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CNA prevê alta de 9% do PIB agropecuário em 2013
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, prevê para este ano um crescimento de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária, que deve proporcionar uma expansão entre 4,5% a 5% no agronegócio brasileiro como um todo. Ela fez a afirmação ao comentar o bom desempenho do setor agropecuário no primeiro trimestre deste ano, cujo PIB cresceu 17% conforme os dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela explica que o setor agropecuário neste ano tem sido impulsionado pela valorização dos preços internacionais das principais commodities agrícolas e pelo aumento da produtividade e da produção das lavouras. “Mais uma vez a agropecuária brasileira se revela o motor da economia do país e mostra em números sua força, puxando para cima o desempenho da
economia brasileira. O agronegócio garantiu o PIB do primeiro trimestre de 2013 positivo”, diz a senadora. Segundo a presidente da CNA, a expectativa continua positiva para este ano, por causa das sinalizações do governo federal para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014, que será anunciado na próxima terça-feira (4/6), pela presidente da República, Dilma Rousseff. “Com o plano, esperamos que o governo solucione problemas
estruturais que impedem um crescimento ainda maior do setor agropecuário”, afirma a presidente da CNA. Ela acredita que as medidas para ampliar a capacidade de armazenagem da safra, criação de uma agência de extensão rural e ampliação da cobertura do seguro agrícola, além da expansão do crédito rural, garantirão a continuidade do ciclo de expansão da agropecuária brasileira em 2014.
ECONOMIA
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Poupança ainda paga mais que renda fixa com juro básico em 8% ao ano Com o juro básico em 8% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa, considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas cobradas e impostos. É o que mostra levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Na comparação, a caderneta se revela uma boa alternativa mesmo após a mudança de regras que reduziu a rentabilidade de aplicações feitas a partir de 4/5/2012. Por essa norma, todos os novos depósitos efetuados na caderneta de poupança renderão 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial) sempre que o juro básico for menor ou igual a 8,5% ao ano. Segundo a Anefac, a nova poupança, com rentabilidade de 0,45% ao mês, ganha de todos os
fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos. Já para os fundos que cobram 1,5% ao ano de taxa, a poupança nova só perde quando o resgate pode ser feito a partir de dois anos. Os fundos com taxa de administração de 1% só compensam com resgate após seis meses. Somente produtos que cobram 0,50% ao ano –normalmente, em aplicações acima de R$ 50 mil– sempre vencem da poupança. Considerando a poupança antiga (que rende 0,5% ao mês mais TR, ou 6,17% ao ano mais TR), que contempla aplicações anteriores a 4/5/2012, a caderneta só perde para os fundos com taxa de administração de 0,50% ao ano e resgate acima de dois anos.
Mitsubishi comprará Ceagro em negócio de R$1 bilhão
A japonesa Mitsubishi Corporation deverá assumir o controle da trading de grãos e produtora agrícola brasileira Ceagro, em um negócio de mais de R$ 1 bilhão, informou agência Nikkei nesta sexta-feira. A companhia japonesa vai desembolsar 50 bilhões de ienes na compra (cerca de R$ 1 bilhão), incluindo mais de 30 bilhões de ienes em empréstimos para a empresa brasileira realizar investimentos e mais de 10 bilhões de ienes para a compra de ações de outros investidores, como o grupo argentino Los Grobo, segundo a Nikkei. Com estes novos recursos, da ordem de R$ 620 milhões, a Ceagro
deverá duplicar sua capacidade de negociação de grãos nos próximos anos que, até agora, de 1 milhão de toneladas, disse a Nikkei. Em 2012, 20% da Ceagro haviam sido vendidos à Mitsubishi por cerca de US$ 45 milhões. Atualmente, o Los Grobo cultiva cerca de 280 mil hectares entre áreas próprias e arrendadas na América do Sul, a maioria dedicados à soja. Após firmar a parceria com a japonesa, o grupo Los Grobo estimava cultivar 90 mil hectares de grãos no Brasil na safra 2012/13, ante 60 mil hectares do ciclo anterior. A compra de ações deverá dar à trading japonesa controle de 80% do capital da Ceagro, disse a Nikkei.
A Ceagro começou as operações no sul do Maranhão em 1995, com a comercialização de sementes e fertilizantes, e depois expandiu as operações para a armazenagem e
comercialização de milho e soja. A integração com o grupo Los Grobo, um dos mais importantes da América Latina, ocorreu em 2008, segundo o site da empresa.
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OPINIÃO
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O dito e não feito Temos uma escolha a fazer, uma escolha realmente simples, entre ver e perceber. Podemos fingir que não percebemos a degradação das condições de vida que estamos deixando para nossos descendentes, podemos nos iludir com a possibilidade da tecnologia “dar um jeitinho” nos desastres ambientais cada vez maiores e mais frequentes, podemos permitir que a ganância por dinheiro e poder seja o valor e a medida dominante em nossa vida. Ou podemos encarar a realidade, assumir as nossas responsabilidades com as futuras gerações, escolher o equilíbrio e a sobriedade. Essa escolha é de cada um. Obviamente, não se pode cobrar dos bilhões de seres humanos que vivem na miséria, sofrendo com a falta de comida e abrigo, a mesma responsabilidade que têm, ou pelo menos deveriam ter, os que fizeram do excesso a medida da própria felicidade. No mês em que se realiza a Rio+20, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, divulga seu relatório GEO 5 e deixa preocupados todos os que o leem.
Em primeiro lugar, com o estado do planeta Terra, sem melhora significativa em quase todos os problemas que foram debatidos na Conferência de 1992 e sobre os quais se fizeram vários acordos internacionais. Mas o que entristece é a causa da permanência e agravamento dos problemas: a inércia (para usar uma expressão conhecida, no limite da irresponsabilidade) dos governantes que comparecerão ou faltarão ao encontro no Rio. Se a coisa não andou, é porque os governos não fizeram o que deviam e não cumpriram o que acertaram, mesmo sabendo o que dá resultado. Impressiona a força do problema: as mudanças no “sistema Terra” e suas graves consequências para a saúde e a segurança de todas as comunidades humanas. Impressiona mais ainda a fraqueza da resposta: o Zero Draft, rascunho do documento que os líderes internacionais assinarão no Rio, parece ser uma fuga à realidade descrita no relatório do Pnuma. O mundo grita, os governantes fingem não escutar. *Marina Silva: ex-ministra do Meio Ambiente
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MEIO AMBIENTE
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Casca de banana é usada na despoluição da água Pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, identificou a potencialidade da casca de banana na remediação de águas poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina, utilizados, em sua maioria, em plantações de cana-de-açúcar e milho. Em amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari e na estação de tratamento de água de Piracicaba, as águas contaminadas com estes pesticidas ficaram livres dos componentes após o tratamento, comprovando a eficácia do método, se comparado a outros procedimentos físico-químicos mais comuns, como a utilização de carvão. O estudo foi realizado nos laboratórios de Ecotoxicologia e Química Analítica do Cena. O procedimento é realizado com as cascas de banana trituradas e peneiradas após serem secas em forno a 60ºC. Depois são adicionadas ao volume de água estabelecido e a mistura é agitada, filtrada e a água analisada em cromatógrafo de fase liquida acoplado a um espectrômetro de massas. A capacidade de adsorção da casca de banana também foi estudada utilizando técnica com compostos radiomarcados, que comprovou sua alta eficiência. O uso da casca de banana apresenta vantagem sobre as demais metodologias, como as remediações térmicas, químicas ou físicas e a fitorremediação, segundo Claudinéia Silva e Graziela Moura Andrade,
pesquisadoras envolvidas no estudo. Os processos tradicionais de tratamento de água não são suficientes para remover eficientemente resíduos de agrotóxicos de forma a atingir o padrão de potabilidade e evitar riscos à saúde humana, sendo necessária a adoção de técnicas mais competentes e de baixo custo. Capacidade de adsorção A banana é uma fruta tropical consumida mundialmente e sua casca corresponde de 30% a 40% de seu peso total, sendo utilizada, principalmente, para produção de adubos, ração animal e para a produção de proteínas, etanol, metano, pectina e enzimas. Seus principais constituintes são a celulose, hemicelulose, pectina, clorofila e outras compostos de baixo peso molecular. Assim, a casca da banana apresenta grande capacidade de adsorção de metais pesados e compostos orgânicos, principalmente devido à presença de grupos hidroxila e carboxila da pectina em sua composição. Segundo Sérgio Monteiro, um dos autores da pesquisa, estudante de doutorado do laboratório de Ecotoxicologia do Cena/USP e pesquisador científico do Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, essa metodologia de remediação poderá ser utilizada, principalmente, para tratamento de água de abastecimento público, advindas de regiões com intensa prática agrícola, como é o caso das cidades da região de Ribeirão
Preto (interior de São Paulo), que são totalmente abastecidas pelo aquífero Guarani e a região de Piracicaba, onde está localizado o Cena. “Os estudos para aplicação em grande escala ainda devem ser realizados, mas acreditamos que esse processo de remediação seja a melhor alternativa”, defende Monteiro. “Tóxicos a organismos aquáticos, como peixes, crustáceos e moluscos, os efeitos crônicos desses herbicidas ao ser humano após exposições crônica ao longo de um extenso período ainda são controversos, fator que indica a necessidade de desenvolver estudos sobre a presença desses resíduos no ambiente e suas consequências sobre a saúde”, explica o professor Valdemar Luiz Tornisielo, responsável pelo Laboratório de Ecotoxicologia.
Os resultados da pesquisa foram publicados na edição 61 do mês de abril da revista “American Chemical Society” e do “Journal of Agricultural and Food Chemistry”. O notável crescimento da população durante as últimas décadas provocou um aumento das atividades industriais e, com isso, problemas ambientais. Como resultado da ação hostil da humanidade em prol de manter determinado nível de qualidade de vida, a poluição do solo, do ar e dos fluxos de água já são parte da vida cotidiana. Em relação a degradação que tem ocorrido com o passar dos últimos anos, a poluição da água é uma das maiores preocupações. Fonte: Agencia USP
Brasil descarta 4,7 bi de garrafas PET na natureza
Do total produzido, 53% não é reaproveitado; uso da embalagem por indústrias de cerveja preocupa ambientalistas Utilizadas principalmente por indústrias de refrigerantes e sucos, as garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente só no Brasil, das
quais 53% não são reaproveitadas. Com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Entre 1995 e 2005, a produção de PET, o plástico politereftalato de etila, para a fabricação de garrafas subiu de 120 mil toneladas para cerca de 374 mil
toneladas, alavancada principalmente pela indústria de refrigerante. Agora, o que tem despertado a preocupação de ambientalistas e autoridades ligadas ao setor é o interesse crescente de fabricantes de cerveja por esse tipo de embalagem. Duas pequenas empresas já usam o produto para comercializar chope em São Paulo, e uma terceira, em Recife, está testando resina plástica para embalagem de cerveja. Segundo a engenheira química Renata Vault, seriam necessários mais 4,5 bilhões de garrafas para atender à demanda das cervejarias. Além do problema com o descarte das unidades na natureza, especialistas chamam a atenção para o fato de hoje não haver responsabilidade jurídica sobre a destinação do material por parte de quem fabrica ou consome PETs. Diferentemente do que acontece com latas de alumínio, que pela reciclagem voltam a ser latinhas, PET não pode ser transformado novamente em garrafa. “Além de ser foco de proliferação de insetos (quando deixada na natureza), o custo da PET também
está no volume ocupado nos aterros e no transporte do lixo”, diz o consultor ambiental Francisco Sertório. O diretor do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni, aponta as enchentes como o principal problema das garrafas plásticas descartadas. “Elas acabam invadindo piscinões e trazem prejuízo à sociedade.” Apesar de 53% da produção ainda não ser reaproveitada, especialistas também lembram que a própria reciclagem não é a melhor opção. “A reciclagem tem um custo muito alto para o ambiente”, diz Renata Vault, que também é autora do livro Ciclo de Vida de Embalagens para Bebidas no Brasil. Para fazer a reciclagem do excedente atual, seriam necessários 224 milhões de quilowatts por hora de energia elétrica e 120 milhões de litros de água. “O ideal seria a redução do uso deste tipo de embalagem”, afirma Renata. Sobre o baixo índice de reciclagem, a engenheira diz ser difícil dimensionar se é decorrente da falta de capacidade das recicladoras ou da dificuldade de coleta.
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CIDADE
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TURISMO
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TRINDADE, TURISMO DE FÉ
Trindade é um município que fica localizado no estado de Goiás, possui extensão de 719,75km² e cerca de 130 mil habitantes de acordo pesquisas do IBGE. Trindade foi fundada em 20 de julho de 1927 e foi gerada a partir de uma romaria a imagem do Divino Pai Eterno e ainda hoje segue a sua religião. Desde sua formação ela faz parte da região metropolitana de Goiânia. A cidade possui dois importantes distritos sendo eles o de Santa Maria e o de Cedros. Trindade faz limites com Abadia de Goiás, Campestre de Goiás, Caturai, Goiânia, Goianira, Guapo e Santa Bárbara de Goiás. Somente se tornou um município depois da criação de Campinas. Em 1907 Campinas se tornou município, seus arraiais era Barro Preto e São Sebastião do Ribeirão, após 2 anos de sua criação, foi criado o Distrito de Barro Preto que teve alteração do seu nome devido a uma romaria como dito anteriormente e passou a ser chamado de Trindade. Trindade só virou cidade em 20 de julho de 1927 e somente em 1935 voltou a ser distrito logo após a construção da capital do estado de Goiás. O turismo em Trindade é extremamente religioso e seguido da indústria de confecções. Com o turismo a hotelaria ganhou força total e em seguida foi a vez do ensino superior com as faculdades e colégios locais com ensino digno de elogios.
A cidade oferece alguns pontos turísticos sendo que a maioria deles é realmente religiosa, com isso, segue abaixo os mesmos: • Desfile de Carro- de- Bois: O encontro dos carreteiros conta com aproximadamente 500 carros, também no mesmo dia é feita uma Santa Missa. • Santuário Velho do Divino Pai Eterno: Criado aproximadamente no século XIX, em 1848 foi construída a primeira capela, coberta com folhas de buruti. • Basílica do Divino Pai Eterno: que foi feita para receber título de Sacrossanta Basílica do Divino Pai Eterno, no ano de 2006. • Festa do Divino Pai Eterno: Todo ano a cidade de Trindade recebe cerca de um milhão de fiéis, essa festa é realizada no primeiro domingo do mês de julho. • Museu na Memória de Trindade: Fundado em 1998 esse museu se encontra instalado em um prédio construído em 1912. O rico acervo é composto por fotografias de momentos históricos, obras de artistas locais que exprimem os primeiros milagres, objetos antigos e documentos históricos também fazem parte deste tesouro. • Via Sacra: A Via Sacra é um conjunto de obras de arte, que contém cerca de 14 estações, que relatam a paixão, morte e ressurreição de Cristo. As estátuas são em tamanho real dos personagens bíblicos e estão localizadas na Av. Constantino Xavier.
SAÚDE
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Enlouqueça-se Em matéria de saúde mental, costuma-se dividir o mundo em dois grandes blocos: os normais e os loucos. Evidente que quem controla essa divisão são os que pertencem ao primeiro grupo e se dão o direito de salvar a própria pele e classificar os outros como loucos. Assim, são qualificados de loucos todos aqueles que fogem dos padrões pregados pela sociedade, quer em termos de crenças, valores, paradigmas e comportamentos. Costuma-se qualificar também como doidas as pessoas com sério sofrimento mental, afetando a sua capacidade de lidar consigo mesmas, com os outros e com a realidade. Muitos desses são afastados do convívio da família e sociedade e acabam sendo internados em hospitais psiquiátricos com a alegação de que precisam se tratar, quando na verdade serão entupidos de remédios. Na outra categoria estariam os que se intitulam “normais”. São os que mantêm conduta muito próxima do esperado, do ensinado e principalmente se encaixam dentro das expectativas e possibilidades estabelecidas pela mídia. Mas o que é, de fato, ser normal? Será que é levantar todos os dias de madrugada, abandonar filhos pequenos em uma creche pública ou deixar com algum parente ou mesmo empregada e pegar um trânsito de mais de duas horas para trabalhar ganhando um salário que não permite uma vida digna e voltar para a casa depois das nove horas da noite após um dia exaustivo de trabalho com patrão cobrando cada vez mais eficiência e pagando cada vez menos? Será que
é saudável, quando o organismo cansado precisa de nutrientes, correr até um bar ou lanchonete tipo fast food e comer sanduiches em cinco minutos que somente não entalam na garganta porque são “empurrados” à base de muita coca ou guaraná? Será que é expressão de sanidade morar em grandes cidades com o nível de poluição tornando o ar irrespirável para uma vida saudável? Ou será que é saudável no tempo livre em vez de ler um bom livro ou escutar uma música barroca, ficar hipnotizado diante de um aparelho de televisão enchendo a mente de lixos tais como BBB (Big Brother Brasil), ou novelas, ou “Ratinhos” ou noticiários de desgraça, roubalheira, estupros e assassinatos? Será que é prova de sanidade conformar-se com a vida da forma como nos foi passada como se um mundo melhor não fosse possível? Será que realmente é prova de sanidade um adolescente ter seus sonhos podados e imaginar que, se conseguir se dar bem na vida, será sendo desonesto e roubando e, mesmo assim, ter um nível de vida miserável? Será que é manifestação de sanidade mental pregar para os filhos que entrar em uma faculdade é o único caminho para que se deem bem, quando as faculdades, em verdade, se transformaram em fábricas de diplomas e caça-níqueis, mal sabendo o pobre coitado do aluno que, quando terminar o curso, se conseguir emprego, receberá por oito horas de trabalho pouco mais do que pagou por quatro ou cinco anos de faculdade em suas mensalidades? Você acha isso tudo sanidade? Você acha que são saudáveis os que destroem a
natureza, cortam a floresta, ou a polícia que supostamente deveria impedir que isso acontecesse e colocasse os infratores na cadeia, mas que aceita suborno e faz vista grossa? Talvez seja prova de sanidade políticos ganharem tanto com dinheiro público, enquanto um trabalhador comum ganha tão pouco? É, porventura, manifestação de sanidade o tipo de atendimento médico na maioria dos postos de Saúde espalhados por todo o Brasil? Definitivamente, NÃO! Alguns espertos se apoderaram do poder político, outros correram e controlaram o poder econômico e um terceiro grupo abocanhou o controle do poder científico. E, sempre que são pressionados a compartilhar e se preocupar com o social, para manter os privilégios, se unem e prometem mudanças para que tudo fique exatamente como está. E toma Big Brother e novelas para nivelar as mentes e manter a “massa” hipnotizada e controlada. Rebele-se! Enlouqueça! Troque sua TV por livros! Sonhe! Saia do mercado tradicional! Deixe de ser empregado e explorado! Estude alternativas para sua inserção no mercado de trabalho! Estude muito, mas abandone a faculdade porque essa quer apenas seu dinheiro em forma de mensalidades. Se não fizer isso, seu sonho aos poucos vai se tornar pesadelo quando você se formar. Saia dessa hipnose coletiva que faz crer que o mundo é assim, que as pessoas são assim, mas que você tem a sensação de que tudo está errado e somente você está certo. Fuja disso tudo! Perdão, mas você não pode ser “normal”! Faça uma
opção pela vida! Liberte-se! Finais de semana, não ligue a TV, dê atenção a seus filhos e depois vá ler, vá fazer um treinamento, se dê uma oportunidade! Negue terminantemente que o tratem como gado para o matadouro! Enlouqueça-se! Você merece sonhar alto! Deixe de ser galinha e volte a ser águia! Foi para voos nas alturas que você nasceu!
Claudio Vital de Lima Ferreira. Pós-Doutor em Programas de Atendimento Comunitário pela Universidade do Porto, Portugal. Pós-Doutor em Intervenção Terapêutica pela Universidade de Barcelona, Espanha. Doutor em Saúde Mental pela UNICAMP, Brasil. Mestre em Psicologia Clínica pela PUC de Campinas, Brasil. Graduado em Psicologia pela Faculdade de Humanidades Pedro II, FAHUPE, Brasil. Psicanalista. Professor Associado II da UFU. Avaliador ad hoc do INEP. Professor Associado do Instituto de Psicologia da UFU. Autor de vários artigos científicos. Membro do Conselho Editorial das revistas Psique-Ciência e Vida e da International Journal of Integrative and Eclectic Psychotherapy.
Hospitais de “grife” Logo que surgiram, os hospitais funcionavam como áreas de confinamento. Asilos onde indigentes e doentes graves eram depositados em quartos superlotados, úmidos e escuros enquanto, pacientemente, esperavam a morte. Médicos e enfermeiras da época, sem grandes recursos para diagnóstico e tratamento, faziam o que estava ao seu alcance para aliviar o sofrimento dos internados. A imagem do hospital foi passando de geração em geração como um lugar onde, em geral, as pessoas não desejavam estar. Até mesmo partos eram realizados em casa, tamanha a aversão à instituição hospitalar. Vários fatores contribuíram para esta repulsa: Ao entrar em um hospital, automaticamente, o paciente perdia o controle da situação, sua voz não era mais soberana e a autoridade do médico e do corpo de enfermagem passava a ser inquestionável. Pacientes eram despidos, manipulados, tocados, examinados, puncionados sem maiores esclarecimentos. Procedimentos eventualmente causavam dor, gerando tensão e medo.
Contato com amigos e familiares passava a ser restrito. Clima de insegurança quanto ao tempo de internação e eficácia do tratamento. Maioria dos óbitos acontece dentro de hospitais, e a associação passou a ser inevitável. Embora estas características sejam inerentes a uma situação de doença e nem sempre possam ser minimizadas ou evitadas, o grande desafio na área da saúde é fazer com que pacientes e familiares mudem seu enfoque e procurem hospitais não somente por necessidade absoluta de enfermidade grave, mas sim por desejo de permanecerem saudáveis. Mas para que isto aconteça, é preciso escutar o que pensam e desejam pacientes e clientes. Pesquisas demonstram que, na visão dos pacientes, hospitais deveriam possuir organização, higiene, reputação, bons médicos, conhecedores de tecnologias avançadas e dos melhores procedimentos e, sobretudo, calor humano para que pudessem se sentir seguros e confortáveis na situação nada agradável de estarem doentes.
Com os dados coletados, parece simples estabelecer uma estratégia de captação de pacientes pela contemplação dos desejos relatados. Parece, mas não é. É preciso que todos os setores do hospital compreendam e estejam comprometidos com a importância de uma reeducação interna e sejam conscientes da difícil tarefa de transformar uma situação não planejada, nem desejada, em algo digno, confortável e sem maiores traumas. Em um meio onde doença, insegurança, medo e ansiedade predominam, alguns hospitais, depois de atingirem excelência em conhecimento e tecnologia, passaram a buscar uma referência em atendimento. Hotéis serviram de inspiração para que acomodações e cuidados diferenciados fossem implantados, visando um suporte mais adequado à restauração da saúde. O desafio foi conseguir, por intermédio do respeito à dignidade e ao sofrimento do outro, transmitir com clareza a noção de amparo e atenção máxima às demandas individuais. Pouco a pouco, pacientes e familiares sentiram a mudança
de atitude, reverteram a situação e transformaram tais hospitais em grifes. E como todos sabem, grifes são objetos de desejo.
* Ildo Meyer é médico. Especialista em Anestesiologia. Pós-graduado em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter. É palestrante motivacional.
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CIDADE
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