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REVISTA ODISSEIA DA MEDICINA ......................................... ANO VII NÚMERO 90 MAIO - 2017 ......................................... PUBLISHER
SUMÁRIO SUMMARY
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KLÉBER OLIVEIRA VELOSO
......................................... JORNALISTA RESPONSÁVEL
NEUROMARKETING NEUROMARKETING Emoções: do marketing ao consumo Emotions: from marketing to consumption Émotions: du marketing à la consummation
SUELI RAUL - DRT-GO/011263JP
......................................... REDAÇÃO E ORTOGRAFIA
EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGY Doenças respiratórias e fatores associados: estudo de base populacional em São Paulo Respiratory diseases and associated factors: population-based study in São Paulo
NATÉRCIA MARIA MARTINS DA FONSECA
......................................... DIAGRAMAÇÃO ODISSEIA COMUNICAÇÃO
......................................... EDITOR DE FOTOGRAFIA ONCOLOGIA ONCOLOGY Vitamina C injetável pode ajudar no tratamento contra o câncer, diz estudo. Vitamin C ‘gives chemotherapy a boost’.
EDMAR WELLINGTON - MTB 1842
......................................... TRADUÇÃO FELIPE HOMSI AGENOR NETO
......................................... CONSELHO EDITORIAL
NEUROLOGIA NEUROLOGY Estudo liga remédios para renite e insônia a maior risco de demência Dementia ‘linked’ to common over-the-counter drugs;
Dra. ADRYANNA LEONOR MELO CAIADO Dr. ANTÔNIO DA SILVA MENEZES JÚNIOR Dr. CLÁUDIO VITAL DE LIMA FERREIRA Dr. HÉLIO CURADO FRÓES Drª. JULIANA SILVA MOREIRA
INFECTOLOGIA Anticuerpos Neutralizantes - Contra el Virus de la Fiebre Amarilla 17 D en Colombianos Vacunados y no Vacunados con Inmunidad a Dengue.
Dr. JOEL DE SANT´ANNA BRAGA FILHO Dr. MARCO ANTÔNIO CARNEIRO Dr. MARCOS ANTONIO RIBEIRO MORAES Dr. NADIM CHARTER
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NEUROMARKETING NEUROMARKETING NEUROMARKETING OM
Emoções: do marketing ao consumo.
Emotions: from Émotions: du marketing to marketing à la consumption. consummation.
cérebro, principal integrante do encéfalo humano, é a estrutura mais sofisticada e maravilhosa que existe, podendo produzir cem bilhões de neurônios e quarenta quadrilhões de conexões. A sua topografia neurofisiológica sempre vem à tona, ensejando frequentes e atuais questionamentos. Esse contexto permite sublinhar, a cada instante, notáveis descobertas encefálicas que põem em relevo a sua extensão e diversidade, dentre elas: a produção de células neurais em determinadas áreas do cérebro; a “delegação” da prática de um ato por uma área cerebral, face à impossibilidade de outra (neuroplasticidade cerebral); adaptação de experiências internas e externas para o desempenho de novas funções. Elas vão muito além. Aliás, o que move a ciência não são as respostas, mas os questionamentos! A fazer valer a experiência humana, o córtex cerebral, o mais importante órgão do sistema nervoso central, é responsável pela consciência lógica, racional. Ele controla as atividades
he Brain, is the leading member of human body, it is the most complex and wonderful structure that we know, and can produce a trillion connections. Its geography physiological always comes up, allowing for frequent and current challenges. The preamble serves to emphasize, at every moment, remarkable brain discoveries that bring out its length and diversity, among them: the production of neural cells in certain brain areas, the “delegation” of the practice of an act by a brain area, the impossibility of another (neuroplasticity of the brain). It goes well beyond. Incidentally, what moves the world are not the answers prepared from the questions, but these! In asserting the human experience, the cerebral cortex, most important organ of the central nervous system is responsible for conscious rational logic. He controls the activities of voluntary and involuntary actions. In this context, a question: why, sometimes, the conquest of the superfluous is more pleasurable
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e cerveau, principal menbre l’encéphale humain, est la structure la plus complexe et merveilleuse que l’on s’éfforce de connaitre. Le cerveau humain pourrait produire un trillion de connexion. Sa géographie physiologique vient toujours à la surface, résultat: cela engendre des fréquents et courants questionnement.Ce préambule permet de souligner, à chaque instant, de notables découvertes encephaliques qui mettent en évidence son extension et sa diversité, parmi eux: la production de cellules neuronales dans certains secteurs du cerveau; la délégation de la pratique d’une action pour un secteur cérébral, fait face à l’impossibilité d’autres (neuroplasticide cérébral). Ils vont au-delà de ça. En fait, l’idée générale partagée par la société ne sont pas les réponses élaborée à partir du questionnement. Pour faire pour valoir l’expérience humaine, le cortex l’organe cérébral, plus important du système nerveux central, il est le responsable de la conscience raisonnable, logique. Il contrôle les
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OM NEUROMARKETING NEUROMARKETING NEUROMARKETING voluntárias e involuntárias do organismo. Nessas circunstâncias, uma indagação: por que, algumas vezes, a conquista do supérfluo é mais prazerosa que a do necessário? Avançando um pouco mais: por que algumas pessoas ingerem, excessivamente, bebida alcoólica, cientes do mal que ela provoca? Noutra verve: por que alguns fumantes, conscientes das toxinas do cigarro, não conseguem parar de fumar? A resposta a essas interrogações é simples! A pessoa é produto daquilo que deseja e da necessidade. Assim, da tenra à provecta idade, a maneira de viver nos é legada pelos afins, pais e preceptores. Incorporamos, ao longo da vida, juízos de valor que se tornam parâmetros das nossas escolhas. Fomos educados mais para “coletar” aprendizados do que para executá-los. Daí as escolhas que, justas ou não, são feitas, independente das suas consquências, pois além de a vida pertencer a cada um, ela é construída de escolhas! Entende, portanto, quem deseja, evidentemente quem está “autorizado” a entender! As conexões emocionais são genéticas e se interligam nas áreas cerebrais. A sensação do prazer, do “apetite”, está relacionada à endorfina, à feniletilamina, à norepinefrina, à oxitocina e à dopamina. Esta última é o principal combustível à motivação e representa o sentimento de desejo no cérebro. É o “neurônio dopaminérgico”. A sensação do prazer é modulada no sistema mesolímbico de recompensa, que se estende do tegmento ventral ao núcleo acumbens, regulando a cognição, a dependência, o desejo, a emoção, a motivação e a recompensa. Ao fumar, por exemplo, a pessoa, mesmo consciente dos
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than necessary? Going one step further: why do some people drink excessively, alcohol, even aware of the harm it causes? Or, on another trip: why some smokers, even though the toxicity of tobacco, are not always able to abandon its practice? Notice what this means! The answer to these questions is simple. And we shall see it. The person is the product of what you want and need. Since the ripe young age, way of life is bequeathed us by the likes, parents and tutors. Incorporated, thereby lifelong, value judgments are just the parameters of our choices. Most were educated to “collect” learning than to run them. Hence the choices being fair or not are made! A right eminently noble, independent of the atrocious consequences resulting there from, as each one give it the destination of life the way that best pleases you. Hear, therefore, who wishes, of course who is “authorized” to hear! The emotional connections are genetic, and connected to the brain areas. The feeling of pleasure, “appetite”, is related to endorphins, the phenylethylamine, dopamine, norepinephrine and oxytocin. The topography neurological felt over the sensation of pleasure is modulated in the mesolimbic reward system. It extends from the ventral tegmentum to the nucleus accumbens, regulating cognition, dependence, desire, emotion, motivation and reward. By making use of tobacco, for example, the person, while aware of their counter-effects, and a pleasure to feel superior to the real consequences it will cause. In other words, satisfaction and guarantees the “extinguished” the conscience! There are also
activités volontaires et involontaires de l’organisme. Dans ce contexte, plusieurs question s’impose: pourquoi, parfois, la conquête du superflu est-il plus plaisant à nos yeux que nécessaire? Ou encore: pourquoi quelques personnes ingèrent, excessivement, des boisson alcolisées, même conscient du mal qu’elle provoque? Ou encore: pourquoi quelques fumeurs, conscient également de la toxicité du tabac,n’arrivent-ils pas à abandonner leur habitude ? La réponse des ces enquêtes est simple. La personne est le produit de ce qui est voulu et du besoin. Depuis le commencement, la façon de vivre nous est déléguée par les semblables, des parents et des mentors. Nous avons fusionné, cette voie, le long de la vie, des jugements de valeur que s’ils tournent les paramètres de nos choix. Nous avons été instruits plus pour rassembler des études que les exécuter. Alors les choix que, étant la foire ou pas, ils sont faits! Un droit éminemment noble, indépendant de conséquences impitoyable, parcequ’ à chacun appartient le droit de tracer son chemin (destin). Cela est destiné aux personnes qui se sentent concernés bien évidement! Les rapports émotionnels sont génétiques et ils se lient avec les secteurs cérébraux. La sensation du plaisir, “de l’appétit”, est assimilé à l’endorfine, feniletilamine, dopamina, norepinephrine et l’oxitocine. La topographie neurologique est sentie pendant la sensation de plaisir et modulé dans le système mesolimbique. Il s’étend du tegmento ventral au noyau accumbens, réglementant la connaissance, la dépendance, le désir, l’émotion, la motivation et
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seus males, sente um prazer bem superior às consequências danosas que o fumo irá provocar no seu organismo. Noutras palavras: garante a satisfação e “extingue” a consciência! Há, também, forças neurobiológicas e diferenças individuais que vão regular a intensidade do seu uso. É bom registrar, à guisa de esclarecimento, que a publicidade contra o uso de cigarros – explícita nas carteiras que os contêm - estimula o seu consumo ao invés de inibir a sua prática. Por incrível que pareça, isso ocorre porque essa publicidade atua, diretamente, sobre o núcleo acumbens, estrutura essencial do sistema mesocórtico-límbico que hospeda as dependências e as recompensas. Esse núcleo, por sua vez, passa a “exigir” doses cada vez maiores da substância para satisfazer o “apetite” do usuário. O fumante, por isso, não se constrange física e nem psicologicamente pela agressão que o tabaco lhe provoca, de modo que a sua consciência não mais consegue estabelecer a relação entre o prazer obtido e o mal causado pelo consumo. Nesse contexto de publicidade, a pessoa, em regra, não tem a intenção de se ludibriar, mas o inconsciente interpreta determinadas circunstâncias melhor que o consciente. Então há pensamentos (motivo pelo qual alguém compra) e sentimentos e/ou emoções (amor, ciúme, inveja, raiva, simpatia) que estão, muitas vezes, OM 8
individual differences and neurobiological forces that will regulate the intensity on substance use. Just for the record, as a way of clarification, that the advertising against cigarette use – explicit, quite incisive in the portfolio that contains them – encourages consumption rather that inhibit its smoking practice. Amazingly, this is because such disclosure acts directly on the nucleus accumbens. This, in turn, passes the “demand” increasingly high doses of the substance to satisfy the “appetite” of the user. Smokers, therefore, does not constrain the aggression that tobacco causes him so that his conscience is no longer able to establish the relationship between the pleasure taken and damage caused by the consumption of drugs. In this context of advertising, the person generally has no intention to deceive, but the unconscious interprets certain behaviors rather than the conscious. Then, there are thoughts (why someone buys) and feelings and / or emotions (love, jealousy, anger, sympathy) that are often outside the conscious. Therefore, the authentic emotions and reactions experienced by consumers are in the brain before they are verbalized in the word. That is, the act of speaking is not always calibrates with the subtlety of those elaborations. In fact, two halves heterotrophic. Here dopamine, generating a feeling of well-being, comes into play. It is introduced into the bloodstream at the instant, and resolve to do something rewarding
la récompense. En fumant du tabac, par exemple, la personne, meme consciente des contre-effets attribué au tabac, assied un plaisir très supérieur aux conséquences réelles qu’il provoquera. Autrement dit: il garantit la satisfaction et il “éteint” la conscience! Il y a, aussi, des forces neurobiologique et les différences individuelles qui régleront l’intensité dans l’utilisation de la substance. Il est bon d’enregistrer, au mode d’explication, que la publicité contre la consommation du tabac est explicite et tout à fait incisif sur les paquets de cigarettes , la publicité stimule sa consommation au lieu d’interdire sa pratique tabagiste. Pour incroyable qu’il semble, cela arrive parce que ces lois de publicité agit directement sur le noyau acumbens. Cela dit la consommation du tabac à long terme engendre l’augmentation évolutive des doses . Le fumeur, n’est pas contraint par l’agression que le tabac provoque, de tel manière que la conscience ne puisse plus établir de relation entre le plaisir obtenu et le mal causé par la consommation de cette drogue. Dans ce contexte de publicité, la personne en générale, n’a pas l’intention de tromper, mais l’inconscient interprète certains comportements mieux que le conscient. Alors, il y a des pensées (le motif de l’achat) et des sentiments et-ou des émotions (l’amour, la jalousie, la colère, la sympathie) qui sont liés à la conscience. C’est pourquoi, les émotions authentiques et les réactions vécues par les consommateurs ne sont pas forcément élaborées dans le cerveau avant qu’ils soient dans le mot verbalisé. En réalité, il existe deux moitiés heterotropique. Ici la dopamine entre en action: la production d’une sensation de bien-être. Elle est présentée dans le courant sanguin,à l’instant même de sa décision de faire quelque chose entrainant un certain plaisir (pour manger, acheter, fumer etc), le comportement motivé par divers facteurs. Elle provoque le plaisir d’acheter, au point de créer une dépendance. Si ne pas “consommer”, ou “acquérir” l’objet, la personne se sent “exclue” de la voie sociale. Dans certaines situations, par exemple, en voyant un certain objet, la personne décide de l’acheter et tout de suite aprés le regrette. Cela provoque un sentiment de culpabilité par rapport à l’artificialité vécue. C’est une mutation epilogique. En fait une bonne partie de ce qui arrive au cerveau arrive par le biais de l’émotion, et non celui de la raison. C’est ce qui se cache derrière le succès de cette “consommation” ludique et “virtuel”. On sait que le cerveau, en action, nécessite parmi d’autre: le glucose et l’oxygène pour
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à margem da consciência. Por esse motivo, as autênticas emoções e reações vivenciadas pelos consumidores estão no cérebro antes de estarem na palavra verbalizada. Isto é, o ato de falar nem sempre se equaciona com a sutileza daquelas elaborações. Ou seja, são duas metades heterotrópicas: num primeiro momento a pessoa decide e, segundos após, ela se dá conta do que decidiu! Aqui, a dopamina, geradora de uma sensação de bem-estar, entra em ação. Ela é introduzida na corrente sanguínea no instante em que a pessoa resolve fazer algo gratificante (comer, comprar, fumar etc), comportamento motivado por n fatores. Ela pode provocar o prazer de comprar, inclusive ao ponto de se tornar um vício. Se não “consumir”, ou “adquirir” o objeto desejado, a pessoa se sente frustrada, “excluída” do meio social. Como a dopamina provoca felicidade em reduzido espaço de tempo, surgem, daí, os vários “apetites”, dentre eles, comer, comprar, fumar etc. Em algumas circunstâncias, por exemplo, ao ver determinado objeto, a pessoa resolve comprá-lo e, instantes após, se arrepende daquela aquisição. Isso provoca um sentimento de culpa em relação à artificialidade vivenciada, sentida. É uma mutação epilógica. Desse modo, boa parte
(eating, shopping, smoking etc.), the behavior motivated by n factors. It causes the pleasure of shopping, even to the point of becoming an addiction. If you do not “consume”, or “acquire” the object, the person feels “excluded” from the social environment. As dopamine causes happiness in small time gap, there are, hence, the various “appetites,” among them, eat, shop, smoking etc. In certain situations, for example, seeing a particular object, the person decides to buy it, and shortly after, she repents of that acquisition. This causes a feeling of guilt about the artificiality experienced, felt. It is a mutation epilog. Thus, much of which occurs in the brain occurs at the level of emotion, not reason. That is what is behind the success of this “consumption” playful, “virtual”. It is known that the brain, the work requires, among others, glucose and oxygen for its linear performance. In the pendulum, the MRI - functional magnetic resonance imaging - operates by measuring the oscillations of cerebral blood flow. Besides mental health, the MRI is being used to map the “centers” of reward consumers in order to indentify which kind of marketing or advertising, is to be used to various kinds of
son bon fonctionnement. Dans ce pendule, l’IRMF.(image pour la résonance magnétique fonctionnelle). Il agit mesurant les oscillations du flux sanguin cérébral. Car en plus de la santé mentale, l’IRMf est utilisé pour dresser la carte “des centres” de la récompense des consommateurs, de la façon d’identifier le genre marketing, ou de publicité, qu’elle devrait utiliser pour le genre de consommation diver. Il a été observé, selon IRMF que, la poppulation s’est soumis aux tests d’ingestion de boissons et de dégustation de produits alimentaires qu’ils aimaient, il y avait une augmentation du flux sanguin dans le cortex pré-frontal, le secteur qui dirige l’émotion! Des études récentes prouvent que, approximativement 90 % des consumeristes sont inconscients. Même cela peut sembler un paradoxe, mais ce qui arrive est naturellement, le levier l’économie! Il est juste que l’économie est basée dans le comportement raisonnable des consommateurs, mais les émotions (le bien-être, l’avidité, la crainte etc) l’influence, significativement, dans la décision consumeriste. Parfois, le cerveau se rappelle du bien-être, ou de l’avidité, ou alors de la crainte. L’IRMf arrive à préciser du niveau de 9 OM
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do que ocorre no cérebro acontece no patamar da emoção, não no da razão. É isso, na maioria das vezes, o que está por trás do sucesso desse consumo “lúdico”, “virtual”! Sabe-se que o cérebro, ao trabalhar, exige, dentre outras substâncias, glicose e oxigênio. Nesse pêndulo, o IRMf – aparelho que utiliza imagens por ressonância magnética funcional – atua medindo as oscilações do fluxo sanguíneo cerebral. Para além da saúde mental, o IRMf está sendo utilizado para mapear os “centros” de recompensa dos consumidores, de modo a identificar qual a espécie de marketing, ou publicidade, que se deve utilizar nas várias modalidades de consumo. Observou-se, utilizando o IRMf que, em pessoas submetidas a testes de ingestão de bebidas e degustação de alimentos saborosos, houve um aumento do fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal, área que rege a emoção! Novos estudos comprovam que, aproximadamente, 90% do comportamento consumista é inconsciente. É um paradoxo, mas isso ocorre e, naturalmente, trás benefícios à economia! A economia avança, também, pelo comportamento racional dos consumidores, mas as emoções (bem-estar, ganância, medo etc) influenciam, significativamente, na decisão consumerista. Às vezes, o cérebro se lembra do bem-estar, ou da ganância, ou então do medo. O IRMf, utilizando imageamento funcional por ressonância magnética, consegue precisar o OM 12
consumption. Was observed using MRI, that people testing the intake of beverages and foods that taste like, increase blood flow to the prefrontal cortex, an area that governs the excitement! Recent studies show that approximately 90% of consumerist behavior is unconscious. It may seem a paradox, but this is what happens and, of course, means the economy! Admittedly, the economy is based on rational behavior of consumers, but the emotion (welfare, greed, fear, etc.), influence significantly the consumerist decision. Sometimes, the brain remembers the well-being, once the greed, or fear. The MRI can specify the level of emotional connection or repulsion of a consumer to a visual stimulus in real time. That is, it quantifies and records brain activity, cognitive behavior. An interesting example and present the performance of MRI is the lie detector. As lying requires cerebral effort, this effort will lead to increased blood flow in certain brain area and, therefore, is denounced by MRI, a circumstance which shows that the person is lying. There are significant studies with regard to consumer marketing related to smell (scent of a perfume that induces seduction), taste (tasty food), hearing (musical rhythm appropriate to the environment), vision (light, window theme, format an exposed object, the position of a piece of clothing on the body of the mannequin, the color of a wall) and touch (try the object you wish
connexion ou de la répulsion émotionnelle d’un consommateur avant une motivation visuelle, en temps réel. Autrement dit, il se fait inscrire et il évalue quantitativement l’activité cérébrale, de la connaissance au comportement. Un exemple intéressant et actuel de la performance d’IRMF est le détecteur de mensonge. Le fait de mentir exige un effort l’effort cérébral, cet effort provoque une augmentation du flux sanguin dans certain secteur cérébral et, dont, il est dénoncé par IRMF, la circonstance qui montre que la personne ment. Il y a des études significatives concernant le marketing lié au sens olfactif (l’arome d’un parfum qui incite à la séduction), au palais (la cuisine savoureuse), à l’audition (à approprier le rythme musical à l’atmosphère), à la vision (la luminosité, la vitrine thématique, le format d’un objet exposé, la position d’un vêtement sur le corps du mannequin, la couleur d’un mur) et au contact (pour essayer l’objet que l’on veut acquérir). Le cortex ventrolateral pré-frontal traite les informations liées à l’émotion. L’émotion, parce que, il déplace par l’expérience sensorielle, étant l’émotion l’outil le plus important pour acheter quelque chose. Au but, il est nécessaire que la propagande interagisse avec le consommateur pour lui pour rester plus de temps dans l’établissement et, par conséquent, acheter plus! Il est nécéssaire de savoir que les neurones,
NEUROMARKETING NEUROMARKETING NEUROMARKETING OM nível de conexão ou de repulsão emocional do consumidor perante um estímulo visual, em tempo real. Ou seja, ele registra e quantifica a atividade cerebral, da cognição ao comportamento. Um exemplo interessante e atual da performance do IRMf é o detector de mentiras. Como mentir exige esforço cerebral, esse esforço provoca um aumento do fluxo sanguíneo em determinada área do cérebro e, por isso, é denunciado pelo IRMf, circunstância que mostra que a pessoa está mentindo. Há significativos estudos, no que diz respeito ao marketing consumerista, relacionados ao olfato (aroma de um perfume que induz à sedução), ao paladar (alimento saboroso), à audição (ritmo musical adequado ao ambiente), à visão (luminosidade, vitrine temática, formato de um objeto exposto, posição de uma peça de roupa no manequim, a cor de uma parede), e ao tato (experimentar o objeto que se deseja adquirir). O córtex pré-frontal ventrolateral processa a informação relacionada à emoção, que transita pela experiência sensorial, se tornando a ferramenta mais importante para o consumo! A propósito, é necessário que a propaganda interaja com o consumidor para que ele permaneça mais tempo no estabelecimento e, consequentemente, compre mais! É bom não dessaber, também, que os neurônios-espelhos, localizados no córtex frontal inferior e no lobo pariental, são células neurais que se ativam quando determinado comportamento é realizado, analisado e, naturalmente, imitado. Noutras palavras, é o fato de o observador se identificar, emocionalmente, com o observado e, por consequência, repetir o seu comportamento. Por isso é possível chorar ao assistir um filme; cair no chão, se não estiver sentado, ao assistir uma sessão de cinema 180º; esticar a perna quando o artilheiro do time, para o qual o telespectador torce, chuta a bola rumo ao gol; e, ainda, bocejar, ou sentir sono, quando alguém percebe um grande e preguiçoso bocejo de outrem. Essa espécie de neurônio está sendo mais bem analisada com o objetivo de influenciar o marketing de determinados produtos e, consequentemente, aumentar as suas vendas. Ou seja, o que se vê outrem fazer, se quer fazer também! Assim, às vezes, o neurônio-espelho sabota a razão e faz, inconscientemente, que a pessoa imite a outra e, por via oblíqua, compre aquilo que “deseja”, alterando o comportamento de consumo. Uma última palavra: estudos mais recentes avançam sobre os marcadores somáticos no contexto do marketing consumerista. Esses marcadores são as experiências pretéritas e atuais, boas (bem-estar, felicidade, recompensa) ou não (mal-estar, punição, tristeza), sedimentadas ao longo da vida.
to purchase). The ventrolateral prefrontal cortex processes information related to emotion. The thrill, for transit through sensory experience, and emotion is the most important tool to buy something. Incidentally, this pendulum, it is necessary that the advertisement interact with the consumer so that it stays longer in the establishment and, therefore, buy more! It is good not to avoid, also, that mirror neurons, frequently encountered in the inferior frontal cortex as well as pariental lobe are activated when certain behavior is performed, analyzed and imitated by somebody. In other words, the fact that observers identify emotionally with the observed and, of course, repeat that behavior So you can cry when watching a movie, hit the floor, if not seated, to watch a 180º movie in a theater; stretch the leg as the top scorer of the team, for which the viewer twists, kicks the ball toward goal; drowsiness when someone notices a big lazy yawn of others. This kind of neuron is being studied to influence the marketing of certain products, and thereby increase their sales. In verve, what you see others do, it is what you want to do too! So, sometimes, the mirror neuron-sabotage is the reason and, unconsciously, that mimics the other person and, of course, buys what you “want”, changing consumer behavior. One last word: Recent studies advance on somatic markers in the context of consumerist marketing. These markers are the past experience
dans le cortex inférieur de devant, aussi bien que dans le lobo parental, sont activés quand un certain comportement est accompli, analysé et la moquerie pour quelqu’un. Autrement dit, c’est le fait de l’observateur pour identifier, avec émotion,en l’observant et, naturellement, répéter ce comportement. Donc il est possible de pleurer en regardant un film; tomber par terre, s’il ne s’’assied pas, en suivant une session de films , pour lequel les torsions du téléspectateur, donnent un coup de pied à la balle se dirigeant vers le but; avoir someil quand quelqu’un remarque un bâillement paresseux de quelqu’un d’autre. Ce genre de neurone est étudiée pour influencer les certains produits marketing et, par conséquent, augmenter leurs ventes. D’autre part,le fait de voir quelqu’un d’autre faire quelque chose nous donne forcément l’envie de le reproduire! Comme cela, parfois, le miroir de neurone sabote la raison et inconsciemment, la personne imite l’autre et naturellement le reproduit automatiquement, changeant le comportement de consommation. Un dernier mot: des études récentes avancent sur les marqueurs somatiques dans le contexte du marketing consumeriste. Ces marqueurs sont des bonnes expérience passées et actuelles, (récompense, le bien-être) ou de mauvaise experiences (la crainte, la punition), réuni le long de la vie. Ils sont nominé d’instinct, tout naturellement. Ils aident la personne à prendre 13 OM
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São nominados instintos. Eles ajudam a pessoa a tomar decisões, inclusive a de comprar, pois estão bem arregimentados no consciente, situando, à sua medida, na retaguarda do consumo. Será que essas descobertas irão, em menor ou maior escala, influenciar o poder de compra das pessoas? É uma perspectiva interessante aqui contextualizada, em respeito ao arbítrio e ao pensamento de cada uma delas. Em todo caso, não se deve prescindir uma reflexão, principalmente num mundo cada vez mais sinalizado pelo agito e virtualidade!
and current best (reward, welfare) or not (fear, punishment), met throughout life. It is nominees of instinct or intuition. They help people make decisions, including buying, because they are well aware of the sediment, standing, its extent, at the rear of consumption. Do these findings will effectively influence our purchasing power? It is quite interesting what arises here, respecting the will and thinking of each person. In any case, should not exclude the consideration of each, especially in a world increasingly headed by agitation and vitality!
des décisions, en plus de ceux d’achat, donc ils sont bien informés dans le conscient au sujet de la consommation. Ces vaines découvertes auront-elles raison un jours afin d’influencer notre pouvoir d’achat? C’est quelque chose d’intéressant qui est mis en évidence, respectant la volonté et la pensée de chaque personne. Dans tous les cas, la pensée ne devrait pas résumer de la réflexion, principalement dans un monde de plus en plus tamponné pour le je mène une campagne virtuellle.
Kleber Oliveira Veloso. Pós-doutor em Direito Penal pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Doutor e Mestre em Direito Penal pela Universidade de Barcelona, Espanha. Especialista em Direito Penal e em Direito Processual Penal pela Universidade Federal de Goiás (UFGO), Brasil. Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Goiânia, Brasil. Diretor Editorial da Revista Odisseia da Medicina. Membro das Comissões do MEC/SESu/INEP para avaliação, autorização, supervisão, credenciamento e reconhecimento dos cursos de graduação e de pós-graduação em Direito, Brasil. Membro Fundador da Academia Goianiense de Letras. Escritor. Professor. Kleber Oliveira Veloso. Post-doctor in Criminal Law by the Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brazil. PhD and Master of Criminal Law by the University of Barcelona, Spain. Specialist in Criminal Law and Criminal Process by University Federal of Goiás, Brazil. Graduated in Law by the Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Goiânia, Brazil. Publisher of the Magazine Odisseia da Medicina. State Committee member of MEC/SESu/INEP for evaluation, authorization, oversight, accreditation and recognition of undergraduate and graduate in law, Brazil. Founding Member of the Academia Goianiense de Letras. Writer. Professor. Post-docteur en Droit Pénal pour l’Université Fédérale de Santa Catarina (UFSC), Brésil. Docteur et Maître dans le Droit Pénal pour l’Université de Barcelone, l’Espagne. Spécialiste dans le Droit Pénal et dans Droit Procédural Pénal pour l’Université Fédérale de Goiás (UFGO), Brésil. Diplômé en Droit pour l’Université Catholique Papale de Goiás (PUC-GO), Goiânia, Brésil. Directeur Éditorial de la Revue Odisséia de la Médecine. Membre des Commissions de MEC/SESu/INEP pour évaluation, autorisation, surveillance, accréditation et reconnaissance des formations diplômantes et de master en Droit, Brésil. Membre Fondateur du Monde universitaire Goianiense de Lettres. Auteur. Professeur. OM 14
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CARDIOLOGIA
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Fazer horas extras pode aumentar em 60% risco de doenças cardíacas.
Working overtime increases heart risk, a study finds.
esquisa reforça suspeitas de que trabalhar demais não é saudável. Fazer horas extras diariamente, trabalhando entre 10 e 11 horas por dia, pode aumentar em 60% os riscos de doenças cardíacas, de acordo com um estudo publicado no site da revista especializada European Heart Journal. A conclusão é o resultado de uma pesquisa com 6 mil funcionários públicos britânicos e descontou fatores de risco cardíaco tradicionais, como fumo. Segundo os autores, o estudo mostra a importância do equilíbrio entre trabalho e tempo livre. Ao todo, foram verificados 369 casos de pessoas que sofreram doenças cardíacas fatais, tiveram infartes ou desenvolveram angina. Em vários casos, os médicos constataram um forte vínculo com o número de horas trabalhadas. Personalidades ‘tipo A’ Entre as explicações para essa relação, estariam o menor tempo para exercícios e relaxamento, além de estresse, ansiedade e depressão. Além disso, os médicos dizem ter identificado uma relação entre pes-
eople who regularly put in overtime and work 10 or 11-hour days increase their heart disease risk by nearly two-thirds, research suggests. The findings come from a study of 6,000 British civil servants, published online in the European Heart Journal. After accounting for known heart risk factors such as smoking, doctors found those who worked three to four hours of overtime a day ran a 60% higher risk. Experts said the findings highlighted the importance of worklife balance. Overall, there were 369 cases where people suffered heart disease that caused death, had a heart attack or developed angina. And the number of hours spent working overtime appeared to be strongly linked in many cases. The researchers said there could be a number of explanations for this. People who spend more time at work have less time to exercise, relax and unwind.
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CARDIOLOGIA
CARDIOLOGY They may also be more stressed, anxious, or have depression. A career-minded person will also tend to be a “Type A” personality who is highly driven, aggressive or irritable, they say. “Employees who work overtime may also be likely to work while ill - that is, be reluctant to be absent from work despite illness,” they add. Lead researcher Mianna Virtanen, an epidemiologist at the Finnish Institute of Occupational Health in Helsinki and University College London, said: “More research is needed before we can be confident that overtime work would cause coronary heart disease.” Cathy Ross, senior cardiac nurse at the British Heart Foundation, which part-funded the research, said: “This study raises further questions about how our working lives can influence our risk of heart disease. “Although the researchers showed a link between working more than three hours overtime every day and heart problems, the reasons for the increased risk weren’t clear. “Until researchers understand how our working lives can affect the risk to our heart health, there are simple ways to look after your heart health at work, like taking a brisk walk at lunch, taking the stairs instead of the lift, or by swapping that biscuit for a piece of fruit.” Dr John Challenor, from the Society of Occupational Medicine, said: “In many ways it confirms what we as occupational health doctors already know - that work/life balance plays a vital role in well-being. “Employers and patients need to be aware of all of the risk factors for coronary heart disease and should consider overtime as one factor that may lead to a number of medical conditions.”
soas muito dedicadas à carreira com personalidades “tipo A”, altamente motivadas, agressivas e irritáveis. “Funcionários que fazem horas extras também tendem a trabalhar quando estão doentes, ou seja, relutam em faltar ao trabalho mesmo doentes”, diz a pesquisa. A epidemiologista Mianna Virtanen, que coordenou o estudo pelo Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional em Helsinki, em parceria com a University College London, afirmou que as conclusões não são definitivas. “É preciso pesquisar mais antes de termos segurança ao afirmar que fazer horas extras causaria doenças cardíacas coronárias”, disse Virtanen. O médico John Challenor, da Sociedade de Medicina Ocupacional afirmou que a pesquisa confirma diversos fatos que médicos já conheciam: “que o equilíbrio trabalho/tempo livre tem um papel vital no bem-estar”.
Fonte: BBC Brasil OM 18
Source : BBC Brazil
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SAÚDE PÚBLICA
PUBLIC HEALTH
Inatividade mata mais do que obesidade, indica pesquisa.
Inactivity ‘kills more than obesity’.
falta de exercício pode estar matando o dobro de pessoas se comparada à obesidade, sugere um estudo feito por 12 anos, que incluiu mais de 300 mil pessoas na Europa. Pesquisadores da Universidade de Cambridge registraram cerca de 676 mil mortes por ano por inatividade, contra 337 mil por conta de excesso de peso. Eles concluíram que pelo menos 20 minutos diários de caminhada rápida poderiam gerar benefícios substanciais. Especialistas afirmam, ainda, que exercício físico é benéfico para pessoas de qualquer peso. Obesidade e sedentarismo, muitas vezes andam de mãos dadas. No entanto, sabe-se que as pessoas mais magras têm um maior risco de problemas de saúde se forem inativas. E as pessoas obesas que se exercitam têm melhores condições de saúde do que pessoas inativas. O estudo, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, tenta trazer à tona os perigos da inatividade e da obesidade. Inatividade mata Os pesquisadores acompanharam 334.161 europeus por 12 anos. Eles avaliaram os níveis de exercício e a circunferência das cinturas a cada morte.
lack of exercise could be killing twice as many people as obesity in Europe, a 12-year study of more than 300,000 people suggests. University of Cambridge researchers said about 676,000 deaths each year were down to inactivity, compared with 337,000 from carrying too much weight. They concluded that getting everyone to do at least 20 minutes of brisk walking a day would have substantial benefits. Experts said exercise was beneficial for people of any weight. Obesity and inactivity often go hand in hand. However, it is known that thin people have a higher risk of health problems if they are inactive. And obese people who exercise are in better health than those that do not. The study, published in the American Journal of Clinical Nutrition, attempted to tease out the relative dangers of inactivity and obesity. Obese v inactive Researchers followed 334,161 Europeans for 12 years. They assessed exercise levels and waistlines and recorded every death. “The greatest risk [of an early death] was in those classed inactive, and that was consistent in normal weight, overweight and obese people,” one of the researchers, Prof Ulf Ekelund told BBC News.
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“O maior risco (de morte precoce) está associado aos classificados como inativos, sejam com peso normal, sobrepeso ou obesidade”, disse às BBC News Ulf Ekelund, um des pesquisadores envolvidos no estudo. Ekelund afirma que eliminar a inatividade na Europa cortaria as taxas de mortalidade em cerca de 7,5%, ou 676 mil mortes, mas eliminar a obesidade reduziria a mortalidade em apenas 3,6%. “Mas não acho que seja caso de um ou outro. Nós também devemos nos esforçar para reduzir a obesidade, e a atividade física deve ser reconhecida como uma estratégia muito importante de saúde pública”, acrescentou Ekelund. Ekelund, que faz pelo menos cinco horas de exercício vigoroso toda semana, afirma que uma caminahada rápida todo dia é suficiente para transformar a saúde. “Vinte minutos de atividade física, o equivalente a uma caminhada rápida, é algo possível de incluir em qualquer trajeto para o trabalho, ou em intervalos de almoço, ou à noite, em vez de assistir TV”, sugere. Os males causados por inatividade e obesidade são, em grande parte, os mesmos, como doença cardiovascular. No entanto, a diabetes tipo 2 é mais comum entre os obesos.
He said eliminating inactivity in Europe would cut mortality rates by nearly 7.5%, or 676,000 deaths, but eliminating obesity would cut rates by just 3.6%. Prof Ekelund added: “But I don’t think it’s a case of one or the other. We should also strive to reduce obesity, but I do think physical activity needs to be recognised as a very important public health strategy.” Prof Ekelund, who is based in Norway, is into cross country skiing and clocks up at least five hours of vigorous exercise each week. However, he says all it would need to transform health, is brisk walking. “I think people need to consider their 24-hour day. “Twenty minutes of physical activity, equivalent to a brisk walk, should be possible for most people to include on their way to or from work, or on lunch breaks, or in the evening instead of watching TV.” The diseases caused by inactivity and obesity were largely the same, such as cardiovascular disease. However, type 2 diabetes was more common with obesity.
Fonte: BBC Brasil
Source : BBC Brazil
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Doenças respiratórias e fatores associados: estudo de base populacional em São Paulo, 2008-2009.
Respiratory diseases and associated factors: population-based study in São Paulo, 2008-2009.
s doenças respiratórias caracterizadas por bronquite aguda, rinite (alérgica) e sinusite (rinossinusite crônica) são importantes causas de morbidade em crianças e em adolescentes no mundo. Nos Estados Unidos, essas doenças foram responsáveis pelo maior número de visitas aos serviços ambulatoriais médicos para pessoas até 15 anos entre 2011 e 2002. Além disso, exercem importante pressão sobre os serviços de saúde e são responsáveis por frequente absenteísmo escolar. Essas doenças respiratórias também possuem posição de destaque no Brasil. O recente aumento dos casos de internação em crianças e adolescentes possivelmente ocorre por irritação brônquica de causas infecciosas e não infecciosas, como poluentes atmosféricos, fumaça de cigarro e outros alérgenos. A prevalência de episódios de bronquite aguda por ano é de 5% nos Estados Unidos, sendo uma das infecções mais comuns em crianças menores de cinco anos e responsável por inúmeros casos de hospitalização. De acordo com o último consenso brasileiro, a rinite é descrita na literatura como uma das doenças crônicas mais frequentes na infância. Embora pouco valorizada, traz grande desconforto e pode associar-se a
espiratory diseases characterized by acute bronchitis, (allergic) rhinitis and sinusitis (chronic rhinosinusitis) are important causes of morbidity in children and adolescents around the world. In the United States, these diseases were responsible for the highest number of visits to outpatient health services for people up to 15 years old between 2001 and 2002. In addition, they exercise an important pressure on the health services and are responsible for frequent school absenteeism. These respiratory diseases also have a prominent position in Brazil. The recent increase in the cases of hospitalizations of children and adolescents possibly occurs due to bronchial irritation from infectious and noninfectious causes, like atmospheric pollutants, cigarette smoke and other allergens. The prevalence of episodes of acute bronchitis is 5% per year in the United States. It is one of the most common infections in children younger than five years and it is responsible for numerous hospitalization cases. According to the last Brazilian consensus, rhinitis is described in the literature as one of the most frequent chronic diseases in childhood.
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EPIDEMIOLOGIA problemas graves como apneia do sono, asma e infecções respiratórias repetidas. A prevalência média de sintomas relacionados à rinite alérgica no Brasil foi 29,6% entre adolescentes (de 13 a 14 anos) e 25,7% entre escolares (de seis a sete anos) entre 2002 e 2003. O Brasil está no grupo de países com as maiores prevalências de rinite alérgica no mundo. Rinite e sinusite são bastante comuns na prática clínica e são condições frequentemente associadas. Estima-se que a sinusite afete cerca de 31 milhões de pessoas anualmente nos Estados Unidos, uma das afecções mais prevalentes das vias aéreas superiores, com custo financeiro elevado para a sociedade. Tanto sinusite quando rinite podem significar diminuição da qualidade de vida, agravo de comorbidades e exigir significativos gastos com saúde. Também podem criar custos indiretos para a sociedade, fazendo com que os dias de escola perdidos reduzam a aprendizagem escolar. Ainda que a rinite e a sinusite ocorram com frequência na população, pouco se conhece sobre a epidemiologia dessas doenças. O mesmo pode-se dizer de bronquite aguda. A ausência de método padronizado para identificá-las em estudos epidemiológicos é uma limitação importante para obtenção desses dados. Embora as doenças respiratórias na infância e adolescência sejam comuns, informações sobre a frequência e a distribuição das doenças respiratórias em crianças e adolescentes são escassas no Brasil. Para o município de São Paulo, SP, existem poucos estudos de base populacional sobre estimação da prevalência dessas doenças respiratórias e fatores associados para essas faixas etárias. Os inquéritos populacionais de saúde têm importante papel no conhecimento dos aspectos atuais sobre a situação de morbidade da população. As informações em saúde subsidiam ações apoiadas em dados objetivos respaldados por evidência científica. Inquéritos populacionais de saúde periódicos são importantes para gerar informações não obtidas em registros contínuos nacionais e fundamentais para o planejamento e avaliação das políticas de prevenção e controle de agravos e de promoção da saúde no nível municipal ou regional. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de bronquite aguda, rinite e sinusite em crianças e adolescentes e identificar fatores associados.
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Although little importance is given to it, it produces great discomfort and can be associated with serious problems like sleep apnea, asthma and repeated respiratory infections. The mean prevalence of symptoms related to allergic rhinitis in Brazil was 29.6% among adolescents (13-14 years) and 25.7% among schoolchildren (six-seven years) between 2002 and 2003. Brazil is in the group of countries with the highest prevalence of allergic rhinitis in the world. Rhinitis and sinusitis are quite common in clinical practice and are conditions which are frequently associated. It is estimated that sinusitis affects approximately 31 million people annually in the United States, one of the most prevalent affections of the upper airways, with high financial cost to society. Both sinusitis and rhinitis may mean decrease in the quality of life and aggravation of comorbidities; it addition, they may demand significant expenditures on health. They may also create indirect costs to society, as the lost school days can reduce school learning. Although rhinitis and sinusitis frequently occur in the population, little is known about the epidemiology of these diseases. The same can be said about acute bronchitis. The absence of a standardized method to identify them in epidemiological studies is an important limitation to obtain these data. Although respiratory diseases in childhood and adolescence are common, information about the frequency and distribution of respiratory diseases in children and adolescents is scarce in Brazil. Regarding the municipality of São Paulo (Southeastern Brazil), there are few population-based studies about estimation of the prevalence of these respiratory diseases and associated factors for these age groups. Population health surveys play an important role in the knowledge of current aspects about the population’s morbidity situation. Health information subsidizes actions supported by objective data backed by scientific evidence. Population health surveys carried out periodically are important to generate information that is not obtained in continuous national records, and are fundamental to plan and 25 OM
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Métodos Estudo transversal, de base populacional, com os dados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo 2008 (ISA - Capital 2008), de 2008 a 2009. A amostra do ISA - Capital foi de 3.271 pessoas, e para este estudo foram selecionados crianças e adolescentes, perfazendo total de 1.185 indivíduos entre zero e 20 anos incompletos. Os participantes foram selecionados por amostragem probabilística, estratificada por sexo e idade, e por conglomerados em dois estágios: setores censitários e domicílios. Foram sorteados 70 setores a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2002), que amostrou 267 setores censitários urbanos no município. Questionário estruturado em 21 blocos temáticos com a maioria das questões fechadas foi aplicado à pessoa sorteada ou à mãe/responsável para os menores de 12 anos. As entrevistas foram realizadas por pessoal treinado e supervisionado durante o período do inquérito. Para assegurar o controle de qualidade, foram realizadas novas entrevistas por telefone ou diretamente no domicilio, para os entrevistados sem telefone, a partir de amostra aleatória de 5% das entrevistas. A taxa de não resposta foi de 22,5% e 7,3% de domicílios vagos ou cujos moradores se recusaram a informar se havia alguém da faixa etária no domicílio. As variáveis dependentes foram bronquite aguda, rinite e sinusite auto referidas (sim; não). As variáveis independentes foram: sexo, idade, cor da pele, escolaridade do chefe da família, renda do chefe da família, caracterização do domicílio, tipo de moradia, número de cômodos, destino do esgoto, presença de cão no domicílio, de gato, presença de alergia, de asma, índice de massa corporal (IMC, calculado segundo peso e estatura referidos), internação nos 12 meses anteriores à entrevista e noites de internação. Para classificação do IMC, foi adotado o critério proposto pelo Centers for Disease Control and Prevention, por meio da curva de IMC segundo idade e sexo. Considerou-se baixo peso o IMC abaixo do percentil OM 26
evaluate the policies of prevention and control of health problems and of health promotion in the municipal or regional level. The aim of this study was to estimate the prevalence of acute bronchitis, rhinitis and sinusitis in children and adolescents and to identify associated factors. Methods Cross-sectional, population-based study with data from the 2008 Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA - Capital 2008 Health Survey in the Municipality of São Paulo), from 2008 to 2009. The sample of ISA - Capital was of 3,271 people, and for this study, children and adolescents were selected, totaling 1,185 individuals aged between zero and 19 years. The participants were selected by probability sampling, stratified by sex and age, and by two-stage cluster sampling: census tracts and households. Seventy sectors were drawn from Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2002 - National Household Sample Survey), which sampled 267 urban census tracts in the municipality. A questionnaire structured in 21 thematic blocks whose majority of questions was closed was administered to the drawn person or to the mother/guardian, for children younger than 12 years. The interviews were conducted by trained personnel who were supervised during the period of the survey. To ensure quality control, new interviews were conducted by telephone or directly in the households for those without telephone, based on a random sample of 5% of the interviews. The non-response rate was 22.5% and there was 7.3% of vacant households or households whose inhabitants refused to inform if anyone belonging to the age group lived there. The dependent variables were self-reported acute bronchitis, rhinitis and sinusitis (yes; no). The independent variables were: sex, age,
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5, peso normal o IMC entre o percentil 5 e abaixo de 85, sobrepeso o IMC entre o percentil 85 e abaixo de 95, e obesidade o IMC maior ou igual ao percentil 95. A associação entre as variáveis independentes e dependentes foi estimada na análise bivariada pelo teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. Foram utilizadas razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança e realizada regressão múltipla de Poisson para análise ajustada. Foram consideradas as variáveis que tiveram p < 0,20 na análise bivariada e permaneceram no modelo múltiplo aquelas com p < 0,05. Interações entre as variáveis do modelo final foram examinadas. Considerou-se o efeito do desenho amostral para análise de inquéritos baseados em delineamentos complexos nas análises. Utilizou-se o programa SPSS 16.0, que permite incorporar os pesos distintos das observações. Os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no qual eram explicados os objetivos da pesquisa e as informações que seriam solicitadas e era garantida a confidencialidade das informações. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (Processo n° 381/2001). Resultados Dos 1.185 entrevistados com idades entre zero e 20 anos incompletos, 50,1% eram do sexo feminino e 61,9%, de cor da pele branca. Moravam em domicílios caracterizados como casa 94%, 56,1% em moradia própria e 60,1% em domicílios com quatro cômodos ou mais. Cão esteve presente em 42,3% dos domicílios e gato, em 13,3%. A prevalência de asma foi de 9,1% (IC95% 7,0;11,7) e de 21,1% (IC95%: 17,9;24,7) de alergia (Tabela 1).
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skin color, level of schooling of the head of the family, income of the head of the family, characterization of the household, type of household, number of rooms, sewage disposal, presence of dogs in the household, of cats, presence of allergy, of asthma, body mass index (BMI, calculated according to reported weight and height), hospitalization in the 12 months before the interview, and nights of hospitalization. For the BMI classification, the criterion proposed by Centers for Disease Control and Prevention was adopted, by means of the BMI curve according to age and sex. Low weight was considered BMI below percentile 5; normal weight, BMI between percentile 5 and below 85; overweight, BMI between percentile 85 and below 95; and obesity, BMI higher than or equal to percentile 95. The association between the independent and dependent variables was estimated in the bivariate analysis by the chi-square test, with level of significance of 5%. Prevalence ratios were used, as well as 95% confidence intervals, and multiple Poisson regression was performed for the adjusted analysis. The variables which had p < 0.20 in the bivariate analysis were considered and those with p < 0.05 remained in the multiple model. Interactions between the variables of the final model were examined. The effect of sample design was considered for the analysis of surveys based on complex outlines in the analyses. The program SPSS 16.0 was utilized. It allows incorporating the distinct weights of the observations. The participants signed a consent document in which the aims of the research and the information that would be requested were explained and the secrecy of the information was guaranteed. The research protocol was approved by the Research Ethics Committee of the School of Public Health of Universidade de SĂŁo Paulo (Process no. 381/2001). Results Of the 1,185 interviewees aged between zero and 19 years, 50.1% were women and 61.9% had white skin color. In addition, 94% lived in households characterized as houses, 56.1% owned the place where they lived and 60.1% lived in homes with four rooms or more. Dogs were present in 42.3% of the households and cats, in 13.3%. The prevalence of asthma was 9.1% (95%CI: 7.0;11.7) and of allergy, 21.1% (95%CI: 17.9;24.7) (Table 1).
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A prevalência auto-referida de bronquite aguda foi de 7,3% (IC95%: 5,5;9,8), de rinite foi de 22,6% (IC95%: 19,3;26,2) e de sinusite foi de 15,3% (IC95%: 12,6;18,5). Bronquite aguda associou-se significativamente à idade (p < 0,001), à cor da pele (p = 0,007), à presença de alergia (p = 0,001), de asma (p < 0,001), ao número de noites de internação (quatro a sete noites, p = 0,012) e ao número de cômodos no domicílio (p = 0,004). Rinite esteve associada à idade (p = 0,001), à presença de alergia (p < 0,001), de asma (p < 0,001), à escolaridade do chefe da família (p = 0,005) e à caracterização do domicílio (p = 0,001). Sinusite associou-se à idade (p = 0,002), ao IMC (p = 0,014), à presença de alergia (p < 0,001) e à presença de asma (p = 0,009). No modelo de regressão múltipla de Poisson, associaram-se à bronquite aguda auto-referida: idades de zero a quatro anos (RP = 17,86; IC95%: 3,65;90,91), de cinco a nove anos (RP = 37,04; IC95%: 8,13;166,67), de dez a 14 anos (RP = 20,83; IC95%: 4,93;90,91), presença de alergia (RP = 3,12; IC95%: 1,70;5,73), cor da pele preta e parda (RP = 2,29; IC95%: 1,21;4,35) e de um a três cômodos no domicílio (RP = 1,85; IC95%: 1,17;2,94). O teste de interação não foi significativo entre as variáveis independentes. Idade e cor da pele não modificaram associação para presença de alergia (p = 0,998 e p = 0,528, respectivamente) e número de cômodos no domicilio não modificou associação para cor da pele (p = 0,187). Associaram-se à rinite auto-referida: idades de dez a 14 anos (RP = 2,77; IC95%: 1,60;4,78), de 15 a 19 anos (RP = 2,58; IC95%: 1,52;4,39), referir ter alergia (RP = 4,32; IC95%: 2,79;6,70), referir ter asma (RP = 2,30; IC95%: 1,30;4,10) e residir em apartamento (RP = 1,70; IC95%: 1,06;2,73). Não houve interação entre presença de asma e alergia (p = 0,196) e a idade não modificou associação para presença de asma (p = 0,840) e de alergia (p = 0,687). Sinusite auto-referida associou-se a: idade de cinco a nove anos (RP = 2,44; IC95%: 1,09;5,43), de dez a 14 anos (RP = 2,99; IC95%: 1,36;6,58), de 15 a 19 anos (RP = 3,62; IC95%: 1,68;7,81), referir ter alergia (RP = 2,23; IC95%: 1,41;3,52) e ser obeso (RP = 4,42; IC95%:
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Self-reported prevalence of acute bronchitis was 7.3% (95% CI: 5.5;9.8), of rhinitis, 22.6% (95%CI: 19.3;26.2), and of sinusitis, 15.3% (95%CI: 12.6;18.5). Acute bronchitis was significantly associated with age (p < 0.001), skin color (p = 0,007), presence of allergy (p = 0.001), of asthma (p < 0.001), number of nights of hospitalization (four to seven nights, p = 0.012), and with number of rooms in the household (p = 0.004). Rhinitis was associated with age (p = 0.001), with presence of allergy (p < 0.001), of asthma (p < 0.001), level of schooling of the head of the family (p = 0.005), and with the characterization of the household (p = 0.001). Sinusitis was associated with age (p = 0.002), with BMI (p = 0.014), presence of allergy (p < 0.001), and presence of asthma (p = 0.009). In the multiple Poisson regression model, the following variables were associated with self-reported acute bronchitis: ages from zero to four years (PR = 17.86; 95%CI: 3.65;90.91), from five to nine years (PR = 37.04; 95%CI: 8.13;166.67), from ten to 14 years (PR = 20.83; 95%CI: 4.93;90.91), presence of allergy (PR = 3.12; 95%CI: 1.70;5.73), black and mixed-ethnicity (black and white) skin color (PR = 2.29; 95%CI: 1.21;4.35), and one to three rooms in the household (PR = 1.85; 95%CI: 1.17;2.94). The interaction test was not significant among the independent variables. Age and skin color did not modify the association for presence of allergy (p = 0.998 and p = 0.528, respectively), and number of rooms in the household did not modify the association for skin color (p = 0.187). The following variables were associated with self-reported rhinitis: ages ten to 14 years (PR = 2.77; 95%CI: 1.60;4.78), 15 to 19 years (PR = 2.58; 95%CI: 1.52;4.39), reporting to have allergy (PR = 4.32; 95%CI: 2.79;6.70), reporting to have asthma (PR = 2.30; 95%CI: 1.30;4.10) and living in a flat (PR = 1.70; 95%CI: 1.06;2.73). There was no interaction between presence of asthma and allergy (p = 0.196), and age did not modify the association for presence of asthma (p = 0.840) and of allergy (p = 0.687).
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1,56;12,50). Não houve interação entre presença de alergia e índice de massa corporal (p = 0,457). Discussão A prevalência estimada para episódios de bronquite aguda por ano encontrado no presente estudo é semelhante à dos Estados Unidos, em torno de 5%. A bronquite aguda refere-se a uma das infecções mais comuns em crianças menores de cinco anos e responsável pela maioria das causas de hospitalização. Os Estados Unidos realizaram mais de 5 milhões de consultas para bronquite aguda entre 2001 e 2002, e a classificaram entre as doenças mais frequentes nos serviços ambulatoriais médicos. Na Alemanha, a prevalência de bronquite auto-referida em crianças de cinco a sete anos foi de 21,3% em Munique, 33% em Dresden e 31,8% em Leipzig entre 1995 e 1996. A prevalência de bronquite foi de 24,4% em Munique e de 36,8% em Dresden para crianças entre nove e 11 anos. A prevalência de bronquite aguda entre cinco e nove anos foi menor no presente estudo: 13%. Idade esteve associada a bronquite aguda, sobretudo nos primeiros anos de vida. Presença de alergia associou-se à bronquite aguda. Essa doença frequentemente refere-se a processo infeccioso propagado pelas vias respiratórias superiores e é uma complicação de rinite ou faringite, mais comuns em indivíduos atópicos (alérgicos). Cor da pele preta ou parda e moradia em domicílios com menor número de cômodos também estiveram associados à bronquite aguda. Embora as relações de cor da pele não sejam definidas por um grupo social, diferenças étnicas estão associadas a desigualdades sociais e condicionam a forma de viver de conjuntos de indivíduos. Assim, negros são considerados mais suscetíveis às doenças infecciosas respiratórias. Aglomeração e baixo nível socioeconômico são importantes fatores para doenças respiratórias agudas baixas, assim como alergias e comorbidades associadas, como a asma.
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Self-reported sinusitis was associated with: age five to nine years (PR = 2.44; 95%CI: 1.09;5.43), ten to 14 years (PR = 2.99; 95%CI: 1.36;6.58), 15 to 19 years (PR = 3.62; 95%CI: 1.68;7.81), reporting to have allergy (PR = 2.23; 95%CI: 1.41;3.52), and being obese (PR = 4.42; 95%CI: 1.56;12.50). There was no interaction between presence of allergy and body mass index (p = 0.457). Discussion The estimated prevalence for episodes of acute bronchitis found in the present study is similar to that of the United States, around 5% per year. Acute bronchitis is one of the most common infections in children under five, and it is responsible for the majority of the causes of hospitalization. The United States performed more than 5 million consultations for acute bronchitis between 2001 and 2002, and classified it among the most frequent diseases in the outpatient health services. In Germany, the prevalence of self-reported bronchitis in children aged five to seven years was 21.3% in Munich, 33% in Dresden and 31.8% in Leipzig between 1995 and 1996. The prevalence of bronchitis was 24.4% in Munich and 36.8% in Dresden for children between nine and 11 years. The prevalence of acute bronchitis for children between five and nine years old was lower in the present study: 13%. Age was associated with acute bronchitis, mainly in the first years of life. Presence of allergy was associated with acute bronchitis. This disease frequently refers to an infectious process propagated by the upper airways and is a complication of rhinitis or pharyngitis, more common in atopic (allergic) individuals. Black or mixed-ethnicity skin color and living in households with lower number of rooms were also associated with acute bronchitis. Although skin color relations are not defined by a social group, ethnic differences are associated with social inequalities and condition the way of living of groups of individuals. Thus, blacks are considered more 33 OM
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A prevalência média de rinite clinicamente diagnosticada na Europa foi de 22,7% (IC95%: 21,1;24,2) em 2001, semelhante ao presente estudo para São Paulo. Os países da Europa avaliados foram Bélgica (28,5%; IC95%: 24,5;32,5), França (24,5%; IC95%: 21,0;28,0), Alemanha (20,6%; IC95%: 16,5;24,6), Itália (16,9%; IC95%: 12,9;20,9), Espanha (21,5%; IC95%: 18,5;24,4) e Inglaterra (26,0%; IC95%: 20,3;31,7%). A rinite apresenta importantes variações nos índices de prevalência de seus sintomas. De acordo com pesquisas realizadas em centenas de cidades da África, Américas do Norte e do Sul, Ásia, Austrália e Europa, com 463.801 crianças de 13 a 14 anos e em dezenas de cidades nas mesmas regiões, exceto África, com 257.800 crianças de seis a sete anos, a prevalência de sintomas de rinite variou de 3,2% a 66,6% e de 1,5% a 41,8%, respectivamente. A prevalência média de rinite em 20 cidades brasileiras para crianças de seis a sete anos e para adolescentes de 13 a 14 anos foi de 25,7% e de 29,6%, respectivamente. Para o presente estudo, a prevalência estimada de rinite para faixa etária entre cinco e nove anos foi de 22%, e entre dez e 14 anos, 29%, semelhante à média brasileira. Em São Paulo, o International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) - Fase 3 - apontou prevalência de sintomas de rinite (espirros, coriza ou entupimento nasal presentes na ausência de resfriado) para crianças e adolescentes em torno de 29% de 2002 a 2003. A prevalência de rinite por diagnóstico médico foi de 19,3% para crianças e 21,4% para adolescentes, valores semelhantes aos encontrados no presente estudo. As presenças de asma e de alergia estiveram associadas à rinite. Batlles-Garrido et al (2010) encontraram odds ratio 2,2 (IC95%: 1,22;4,02) vezes maior para rinite em asmáticos quando comparados aos não asmáticos, e para presença de atopia, o odds ratio foi de 2,5 (IC95%: 1,93;3,42). Estudos epidemiológicos mostram que asma e rinite muitas vezes coexistem
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susceptible to respiratory infectious diseases. Agglomeration and low socioeconomic level are important factors for acute lower respiratory tract infections, as well as allergies and associated comorbidities, like asthma. The mean prevalence of clinically diagnosed rhinitis in Europe was 22.7% (95%CI: 21.1;24.2) in 2001, similar to the present study in São Paulo. The European countries that were evaluated were: Belgium (28.5%; 95%CI: 24.5;32.5), France (24.5%; 95%CI: 21.0;28.0), Germany (20.6%; 95%CI: 16.5;24.6), Italy (16.9%; 95%CI: 12.9;20.9), Spain (21.5%; 95%CI: 18.5;24.4) and England (26.0%; 95%CI: 20.3;31.7%). Rhinitis presents important variations in the prevalence indexes of its symptoms. According to studies carried out in hundreds of cities in Africa, North and South America, Asia, Australia and Europe, with 463,801 children aged 13 to 14 years, and in dozens of cities in the same regions, except for Africa, with 257,800 children aged six to seven years, the prevalence of rhinitis symptoms varied from 3.2% to 66.6% and from 1.5% to 41.8%, respectively. The mean prevalence of rhinitis in 20 Brazilian cities for children aged six to seven years and for adolescents aged 13 to 14 years was 25.7% and 29.6%, respectively. For the present study, the estimated prevalence of rhinitis for the age group between five and nine years was 22%, and between ten and 14 years, 29%, similar to the Brazilian mean. In São Paulo, the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) - Phase 3 - pointed prevalence of symptoms of rhinitis (sneezing, coryza or nasal stuffiness present in the absence of a cold) for children and adolescents of around 29% from 2002 to 2003. The prevalence of rhinitis by medical diagnosis was 19.3% for children and 21.4% for adolescents, values that are similar to the ones found in the present study. The presences of asthma and allergy were associated with rhinitis. Batlles-Garrido et al (2010) found odds ratio 2.2 (95%CI: 1.22;4.02)
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na mesma pessoa. Pelo menos 60% dos asmáticos têm rinite e cerca de 20% a 30% das pessoas com rinite possuem asma. Law et al (2003) afirmaram que as consultas em pronto-atendimento são responsáveis por 1% dos custos diretos com a rinite, mas respondem por 62% dos dispêndios com a asma nos Estados Unidos. A rinite, intimamente associada à asma, apresenta-se como um problema de saúde pública em muitos países, levando à necessidade de monitoração contínua de suas tendências. A observação clínica e os dados da literatura mostram que a abordagem adequada da inflamação das vias aéreas superiores é imprescindível para o manejo satisfatório do asmático. Pessoas com rinite frequentemente apresentam diminuição da qualidade de vida, ocasionada por distúrbios do sono, fadiga, irritabilidade, sonolência diurna e déficits de memória. Além disso, o impacto financeiro torna-se maior quando consideradas as comorbidades relacionadas, como asma, sinusite e alergias. Em virtude da coexistência entre rinite alérgica e asma, a importância das infecções das vias aéreas superiores como fator de exacerbação para asma e da presença de rinite como um fator de risco para sinusite vem sendo amplamente discutida. A rinite está associada à piora do controle da asma. Isso é interpretado como expressão de uma mesma doença que acomete simultaneamente o trato respiratório superior e inferior, provavelmente devido a fatores de risco e patogênese comuns. Residir em apartamento associou-se à rinite, apoiando a hipótese da higiene, que interpreta a variação nos riscos para doenças alérgicas como reflexo da redução de exposições a agentes microbianos em fase precoce da vida. Segundo essa hipótese, as alterações para o estilo de vida moderno seriam responsáveis ou co-responsáveis pelo aumento expressivo das doenças alérgicas nas últimas décadas. Strachan (1989) a considera como a única explicação coerente e biologicamente plausível para as variações na alergia observadas entre famílias mais ou menos numerosas, estilo de vida moderno (apartamentos) ou em fazendas e campos (casas). Entretanto, parecem contradizer essa hipótese: altas taxas de doença respiratória entre a população urbana pobre nos EUA e OM 36
times higher for rhinitis in asthmatics when compared to non-asthmatic individuals, and for the presence of atopy, the odds ratio was of 2.5 (95%CI: 1.93;3.42). Epidemiological studies show that, many times, asthma and rhinitis coexist in the same person. At least 60% of the asthmatics have rhinitis and approximately 20% to 30% of the people with rhinitis have asthma. Law et al (2003) stated that consultations in emergency services are responsible for 1% of the direct costs with rhinitis, but account for 62% of the expenditures on asthma in the United States. Rhinitis, intimately associated with asthma, is a public health problem in many countries, which leads to the need of monitoring its tendencies continuously. Clinical observation and data from the literature show that the adequate approach to inflammation in the upper airways is indispensable to the satisfactory handling of the asthmatic. People with rhinitis frequently present a reduction in the quality of life, caused by sleep disorders, fatigue, irritability, daytime sleepiness, and memory deficits. In addition, the financial impact becomes higher when the related comorbidities are considered, like asthma, sinusitis and allergies. Due to the coexistence between allergic rhinitis and asthma, the importance of the upper airways infections as an intensification factor for asthma and the importance of the presence of rhinitis as a risk factor for sinusitis have been widely discussed. Rhinitis is associated with worse control of asthma. This is interpreted as the expression of one disease that affects simultaneously the upper and lower respiratory tracts, probably due to common risk factors and pathogenesis. Living in flats was associated with rhinitis, supporting the hygiene hypothesis, which interprets the variation in the risks for allergic diseases as a reflex of the reduction in the exposure to microbial agents in the early phase of life. According to this hypothesis, the change to the modern lifestyle would be responsible or co-responsible for the significant increase in allergic diseases in the last decades. Strachan (1989) considers it as the only coherent and biologically plausible explanation for the variations in
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em outros países industrializados, pulmões de muitas crianças atópicas são anormais antes da ocorrência de qualquer infecção e, ainda, não há evidências de que tenha ocorrido redução da incidência ou tipo de infecções respiratórias virais ao longo do período de trinta anos em que a prevalência das doenças alérgicas aumentaram. Quanto à sinusite, estima-se que afete um em cada seis adultos nos Estados Unidos e seu diagnóstico é considerado um dos mais comuns na prática clínica. Essas estatísticas possivelmente subestimam a verdadeira prevalência no país, pois cerca de 20% das pessoas afetadas não procuram atendimento médico. A sinusite por diagnóstico médico apresentou prevalência em torno de 10% na Europa, Japão e nos Estados Unidos em 2001. A prevalência de sinusite auto-referida foi maior no presente estudo. Grande parte dos estudos sobre prevalência dessa doença refere-se à realidade americana e européia; poucos apresentam informações sobre a América Latina. A sinusite gera impacto direto e indireto na economia global por sua alta prevalência, além de trazer repercussões significativas na qualidade de vida das crianças afetadas e de seus pais. Cunningham et al (2000) mostraram que pais de crianças com sinusite atribuíam a elas maior limitação física comparadas a crianças com asma. Alergia e obesidade estiveram associadas à sinusite no presente estudo, e idade apresentou efeito dose-resposta a depender do aumento da faixa etária. Hoover et al (1997) observaram odds ratio 4,3 (IC95%: 1,5;12,8) vezes maior para sinusite nos alérgicos quando comparado aos não alérgicos. De acordo com recomendações de consenso, o termo sinusite vem sendo substituído por rinossinusite devido às inúmeras relações anatômicas, histológicas e fisiopatológicas entre o nariz e os seios paranasais. Não há predisposição genética para a sinusite; entretanto, há predisposição familiar para alergias, consideradas principais fatores predisponentes para sinusite. Os sintomas se sobrepõem e a sinusite raramente ocorre sem outras alergias. Evidências apontam que asma, rinite (e outras alergias) e sinusite representariam partes de uma só síndrome inflamatória, a “doença
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allergy observed among more or less numerous families, modern lifestyle (flats) or in farms and fields (houses). However, the following aspects seem to contradict this hypothesis: high rates of respiratory disease among the poor urban population in the USA and in other industrialized countries, the lungs of many atopic children are abnormal before the occurrence of any infection, and there is no evidence that the incidence or type of viral respiratory infections have decreased during the period of thirty years in which the prevalence of the allergic diseases increased. As for sinusitis, it is estimated that it affects one out of every six adults in the United States and its diagnosis is considered one of the most common in clinical practice. These statistics possibly underestimate the real prevalence in the country, because approximately 20% of the affected people do not look for medical assistance. Sinusitis by medical diagnosis presented prevalence around 10% in Europe, Japan and in the United States in 2001. The prevalence of self-reported sinusitis was higher in the present study. A large part of the studies about the prevalence of this disease refers to the North American and European realities; few studies present information on Latin America. Sinusitis generates a direct and indirect impact on the global economy due to its high prevalence; also, it brings significant repercussions on the quality of life of the affected children and their parents. Cunningham et al (2000) showed that parents of children with sinusitis attributed to them greater physical limitation compared to children with asthma. Allergy and obesity were associated with sinusitis in the present study, and age presented dose-response effect depending on the increase in the age group. Hoover et al (1997) observed odds ratio 4.3 (95%CI: 1.5;12.8) times higher for sinusitis in allergic individuals when compared to non-allergic ones. According to consensus recommendations, the term sinusitis has been replaced by rhinosinusitis due to the numerous anatomic, histological and physiopathological relations between the nose and the paranasal sinuses. There is no genetic predisposition to sinusitis; however, there is family predisposition to allergies, which are considered
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da via aérea única”. Os fatores de risco mais implicados nas sinusites são as alergias e as infecções virais das vias aéreas. Não foram encontrados estudos que mostrassem ou explicassem consistentemente a associação encontrada entre obesidade e sinusite. Uma das possíveis interpretações refere-se à associação entre a doença do refluxo gastroesofágico e sintomas respiratórios em crianças, doença que também se relaciona à presença de sobrepeso e obesidade, embora existam controvérsias. Por outro lado, a presença aumentada de citocinas pró-inflamatórias em obesos e essas substâncias estariam relacionadas às respostas inflamatórias local e sistêmica das vias aéreas. Pessoas obesas apresentam maiores riscos para asma e outras doenças associadas, como sinusite e alergias, em virtude da relação entre essas doenças respiratórias e níveis circulantes dessas citocinas, mais elevadas em obesos. No entanto, há pouco conhecimento sobre quais mecanismos fisiológicos, mecânicos, imunológicos, genéticos e ambientais participam da relação. Com relação às limitações, a morbidade auto-referida pode subestimar a prevalência da doença respiratória em virtude do viés de memória e/ou ausência de diagnóstico. Para epidemiologia, estimar a prevalência de doenças respiratórias auto-referidas na população é uma maneira simples e direta de obter informações sobre saúde e apresenta bons níveis de concordância, reprodutibilidade e custo-benefício quando se consideram os resultados obtidos de avaliações clínicas, o que pode refletir indiretamente a prevalência real da doença na população. A presença de alergia esteve associada com as três doenças. Os indivíduos atópicos são mais susceptíveis às comorbidades associadas, possuindo frequentemente mais de um órgão de choque sensibilizado: mucosa brônquica (asma), mucosa nasal (rinite), conjuntiva (conjuntivite alérgica) e pele (dermatite atópica). A sinusite e a rinite existem sem outras alergias associadas com menor frequência, e a bronquite aguda acomete maior número de indivíduos atópicos. OM 38
the main predisposing factors to sinusitis. The symptoms overlap and sinusitis rarely occurs without other allergies. Evidences show that asthma, rhinitis (and other allergies) and sinusitis would represent parts of one single inflammatory syndrome, the “united airways disease”. The risk factors that are most implicated in sinusitis are the allergies and viral infections of the airways. No studies that showed or explained consistently the association identified between obesity and sinusitis were found. One of the possible interpretations refers to the association between gastro-oesophageal reflux disease and respiratory symptoms in children, a disease that is also related to presence of overweight and obesity, although there are controversies. On the other hand, the increased presence of proinflammatory cytokines in obese individuals and these substances would be related to the local and systemic inflammatory responses of the airways. Obese people present higher risks for asthma and other associated diseases, like sinusitis and allergies, due to the relation between these respiratory diseases and circulating levels of these cytokines, which are higher in obese people. Nevertheless, little is known about the physiological, mechanic, immunologic, genetic and environmental mechanisms that participate in the relation. Concerning the study’s limitations, self-reported morbidity may underestimate the prevalence of respiratory disease due to memory bias and/or absence of diagnosis. To epidemiology, estimating the prevalence of self-reported respiratory diseases in the population is a simple and direct way of obtaining information about health and presents good levels of agreement, reproducibility and cost-benefit when the results of clinical evaluations are obtained, which can indirectly reflect the real prevalence of the disease in the population. Presence of allergy was associated with the three diseases. Atopic individuals are more susceptible to the associated comorbidities, and they frequently have more than one sensitized shock organ: bronchial mucosa
EPIDEMIOLOGIA A faixa etária de dez a 14 anos foi comum entre as três doenças respiratórias. Aspectos do domicílio apresentaram-se similares entre bronquite aguda e rinite. A hipótese da higiene pode explicar parte da prevalência elevada de rinite nos que residem em apartamento, ao contrário da relação entre baixo número de cômodos (de um a três) no domicílio e bronquite aguda, que pode estar relacionado ao baixo nível socioeconômico, aglomeração e baixo padrão de moradia, que por sua vez pode elevar o risco de uma infecção pulmonar por vírus ou bactérias, principalmente entre crianças. Cor da pele preta e parda esteve associada especificamente com bronquite aguda. Admitindo-se que a cor da pele dos indivíduos determina suas condições socioeconômicas ou que diferenças étnicas associam-se a desigualdades sociais e condicionam a forma de viver de grupos de pessoas, negros podem ser mais suscetíveis às doenças infecciosas respiratórias. Outro desfecho específico foi a presença de asma em pessoas com rinite. A literatura atual considera asma e rinite expressões de uma mesma doença que acomete, concomitantemente, as vias aéreas superiores e inferiores. Doenças respiratórias - rinite, sinusite e bronquite aguda são mais prevalentes em determinados grupos populacionais e configuram-se como um importante problema de saúde pública em crianças e adolescentes. Doenças respiratórias na infância e seu impacto no sistema de saúde geram pesquisas epidemiológicas para dimensionar o problema e conhecer, além das suas prevalências, os fatores etiológicos envolvidos, a fim de implementar medidas para o controle dessas doenças e reduzir a morbidade e mortalidade associadas. Alérgicos de zero a 14 anos, de cor da pele preta e parda e que moram em domicílios com poucos cômodos associaram-se à bronquite aguda; alérgicos, entre dez e 19 anos, asmáticos e que moram em apartamento associaram-se à rinite; e alérgicos, entre cinco e 19 anos e obesos apresentaram associação para sinusite.
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(asthma), nasal mucosa (rhinitis), conjunctiva (allergic conjunctivitis) and skin (atopic dermatitis). Sinusitis and rhinitis exist without other associated allergies with lower frequency, and acute bronchitis affects a higher number of atopic individuals. The age group ten to 14 years was common among the three respiratory diseases. Household aspects were similar between acute bronchitis and rhinitis. The hygiene hypothesis can explain part of the high prevalence of rhinitis in those who live in flats, unlike the relation between low number of rooms (one to three) in the household and acute bronchitis, which can be related to low socioeconomic level, agglomeration and low standard of living, which in turn can increase the risk of lung infection by virus or bacteria, mainly among children. Black and mixed-ethnicity skin color was specifically associated with acute bronchitis. Admitting that the individuals’ skin color determines their socioeconomic conditions, or that ethnic differences are associated with social inequalities and condition the way of living of groups of people, blacks can be more susceptible to infectious respiratory diseases. Another specific outcome was the presence of asthma in people with rhinitis. The current literature considers asthma and rhinitis as expressions of the same disease, which affects, concomitantly, the upper and lower airways. Respiratory diseases - rhinitis, sinusitis and acute bronchitis - are more prevalent in certain population groups and are an important public health problem in children and adolescents. Respiratory diseases in childhood and their impact on the health system generate epidemiological studies to dimension the problem and to know, in addition to their prevalences, the etiologic factors involved, so as to implement measures to control these diseases and reduce the associated morbidity and mortality. Allergic individuals from zero to 14 years whose skin color are black and mixed (black and white) who live in households with few rooms were associated with acute bronchitis; allergic individuals between ten and 19 years, asthmatic and who live in flats were associated with rhinitis; and allergic individuals between five and 19 years and obese were associated with sinusitis.
Chester Luiz Galvão César. Departamento de Epidemiologia. FSP-USP. São Paulo, SP, Brasil. Clóvis Arlindo de Sousa. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia. Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil. Júlio Cesar Rodrigues Pereira. Departamento de Epidemiologia. FSP-USP. São Paulo, SP, Brasil. Luana Carandina. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade Estadual Paulista. Botucatu, SP, Brasil. Marilisa Berti de Azevedo Barros. Departamento de Medicina Preventiva e Social. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil. Moisés Goldbaum. Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. USP. São Paulo, SP, Brasil. Chester Luiz Galvão Caesar. Department of Epidemiology . FSP- USP . São Paulo, SP, Brazil . Clovis Arlindo de Sousa . Graduate Program in Public Health . Department of Epidemiology . Faculty of Public Health (FSP ) . University of São Paulo ( USP) . São Paulo, SP, Brazil . Julio Cesar Rodrigues Pereira. Department of Epidemiology . FSP- USP . São Paulo, SP, Brazil . Luana Carandina . Department of Public Health . School of Medicine . Universidade Estadual Paulista . Botucatu , SP, Brazil . Marilisa Berti de Azevedo Barros . Department of Preventive and Social Medicine . School of Medical Sciences . State University of Campinas . Campinas , SP, Brazil . Moses Goldbaum . Department of Preventive Medicine . School of Medicine . USP . São Paulo, SP, Brazil .
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ONCOLOGIA
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Vitamina C injetável pode ajudar no tratamento contra o câncer, diz estudo.
Vitamin C ‘gives chemotherapy a boost’.
estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários. Na década de 70, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer. No entanto, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito e as pesquisas foram abandonadas. Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca. Na pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário. Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas. Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia. estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine,
iven by injection, it could potentially be a safe, effective and lowcost treatment for ovarian and other cancers, say US scientists. Reporting in Science Translational Medicine, they call for large-scale government clinical trials. Pharmaceutical companies are unlikely to run trials, as vitamins cannot be patented. Vitamin C has long been used as an alternative therapy for cancer. In the 1970s, chemist Linus Pauling reported that vitamin C given intravenously was effective in treating cancer. However, clinical trials of vitamin C given by mouth failed to replicate the effect, and research was abandoned. It is now known that the human body quickly excretes vitamin C when it is taken by mouth. However, scientists at the University of Kansas say that when given by injection vitamin C is absorbed into the body, and can kill cancer cells without harming normal ones. The researchers injected vitamin C into human ovarian cancer cells in the lab, into mice, and into patients with advanced ovarian cancer. They found ovarian cancer cells were sensitive to vitamin C treatment, but normal cells were unharmed.
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afirma que doses injetáveis de vitamina C podem ser um coadjuvante eficiente, seguro e barato no tratamento de mulheres com tumor nos ovários. Na década de 70, o químico Linus Pauling defendeu que a administração intravenosa de vitamina C poderia ser eficiente contra o câncer. No entanto, testes clínicos em que a vitamina era ingerida pela boca falharam em replicar o mesmo efeito e as pesquisas foram abandonadas. Hoje se sabe que o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida pela boca. Na pesquisa, os especialistas injetaram vitamina C em células cancerígenas do ovário em laboratório. Eles também repetiram o experimento em camundongos e em 22 pacientes com câncer de ovário. Eles observaram que as células cancerígenas que receberam vitamina C em laboratório reagiram à substância, enquanto as células normais não foram afetadas. Em camundongos, a vitamina C reduziu o crescimento do tumor e os pacientes com câncer que receberam injeções com a substância disseram ter sofrido menos dos efeitos colaterais da quimioterapia.
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iven by injection, it could potentially be a safe, effective and low-cost treatment for ovarian and other cancers, say US scientists. Reporting in Science Translational Medicine, they call for large-scale government clinical trials. Pharmaceutical companies are unlikely to run trials, as vitamins cannot be patented. Vitamin C has long been used as an alternative therapy for cancer. In the 1970s, chemist Linus Pauling reported that vitamin C given intravenously was effective in treating cancer. However, clinical trials of vitamin C given by mouth failed to replicate the effect, and research was abandoned. It is now known that the human body quickly excretes vitamin C when it is taken by mouth. The treatment worked in tandem with standard chemotherapy drugs to slow tumour growth in mouse studies. Meanwhile, a small group of patients reported fewer side-effects when given vitamin C alongside chemotherapy. No patent potential
Sem patente A pesquisadora Jeanne Drisko disse que há um interesse crescente entre oncologistas de testar o poder da vitamina C no tratamento contra o câncer. “Pacientes estão buscando opções eficientes e mais baratas de melhorar os efeitos do tratamento”, disse ela à BBC News. “E a vitamina C intravenosa tem esse potencial, como indica nossa pesquisa científica e resultados dos primeiros testes”. Um possível obstáculo ao avanço das pesquisas é falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar testes, porque não há como patentear a vitamina C - um produto natural. “Como a vitamina C não tem potencial para patente, seu desenvolvimento não deverá ser apoiado pelas farmacêuticas”, disse o pesquisador Qi Chen. “Mas acho que chegou a hora de as agências de pesquisa apoiarem de forma vigorosa os testes clínicos com essa vitamina”. A médica Kat Arney, da instituição Cancer Research UK, disse que há uma longa história de pesquisas sobre os efeitos da vitamina C sobre o tratamento contra o câncer. “É difícil dizer com uma pesquisa tão pequena (com apenas 22 pacientes) se altas doses da vitamina podem aumentar os índices de sobreviência ao câncer. Mas já é interessante o fato de que diminuíram os efeitos colaterias da quimioterapia”. Fonte: Helen Briggs, BBC
Co-researcher Dr Jeanne Drisko said there was growing interest in the use of vitamin C by oncologists. “Patients are looking for safe and low-cost choices in their management of cancer,” she told BBC News. “Intravenous vitamin C has that potential based on our basic science research and early clinical data.” One potential hurdle is that pharmaceutical companies are unlikely to fund trials of intravenous vitamin C because there is no ability to patent natural products. “Because vitamin C has no patent potential, its development will not be supported by pharmaceutical companies,” said lead researcher Qi Chen. “We believe that the time has arrived for research agencies to vigorously support thoughtful and meticulous clinical trials with intravenous vitamin C.” Dr Kat Arney, science communications manager for Cancer Research UK, said there was a long history of research into vitamin C for treating cancer. “It’s difficult to tell with such a small trial - just 22 patients - whether high-dose vitamin C injections had any effect on survival, but it’s interesting that it seemed to reduce the side-effects of chemotherapy,” she said. “Any potential treatment for cancer needs to be thoroughly evaluated in large clinical trials to make sure it’s safe and effective, so further studies are needed before we know for sure what benefits high dose vitamin C may have for patients.” Source: Helen Briggs, BBC News 43 OM
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Com tratamento, expectativa de vida de infectados com HIV já está ‘perto do normal’, diz estudo
HIV life expectancy ‘ near normal’ thanks to new drugs.
ovens contaminados com HIV (vírus da imunodeficiência) que passam a tomar o coquetel de remédios já conseguem ter uma expectativa de vida “bem perto da normal” graças a avanços no tratamento, segundo um estudo publicado na revista científica britânica The Lancet. Pessoas de 20 anos que começaram o tratamento antirretroviral em 2010 já têm uma expectativa de vida 10 anos mais alta que a de jovens da mesma idade submetidos ao tratamento em 1996. Médicos dizem que começar o tratamento cedo é crucial para conseguir atingir uma qualidade de vida melhor e por mais tempo. Mas ONGs de ajuda a soropositivos alertam que muitas pessoas ainda vivem sem saber que estão contaminadas.
oung people on the latest HIV drugs now have near-normal life expectancy because of improvements in treatments, a study in The Lancet suggests. Twenty-year-olds who started antiretroviral therapy in 2010 are projected to live 10 years longer than those first using it in 1996, it found. Doctors say that starting treatment early is crucial to achieve a long and healthy life. Charities say there are still too many people unaware they have the virus. This is particularly true in the developing world, where the majority of HIV deaths occur because access to drugs is limited.
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Prevenção mais efetiva Os autores do estudo, da Universidade de Bristol, disseram que o sucesso extraordinário dos tratamentos para o HIV - que causa a AIDS, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - resulta do surgimento de
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More effective prevention The study authors, from the University of Bristol, said the extraordinary success of HIV treatments was a result of newer drugs having fewer side effects and being better at preventing the virus from replicating in the body. 45 OM
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INFECTOLOGIA
INFECTOLOGY It is also more difficult for the virus to build up a resistance to the most recent drugs. Improved screening and prevention programmes and better treatment of health problems caused by HIV are thought to have helped, too. But many people with HIV still do not live as long as expected, especially those infected through injecting drugs. Antiretroviral therapy involves a combination of three or more drugs which block the normal progress of HIV (human immunodeficiency virus). They have been called “one of the greatest public health success stories of the past 40 years”. Drugs ‘do work’
novos remédios com menos efeitos colaterais e mais eficientes para impedir a proliferação do vírus no corpo. Também ficou mais difícil para o vírus conseguir criar resistência aos remédios mais recentes. A evolução dos exames para detectar o vírus e dos programas de prevenção, aliados aos avanços no tratamento de problemas de saúde causados pelo HIV, podem ter ajudado também, segundo o estudo. A terapia antirretroviral envolve uma combinação de três ou mais remédios que bloqueiam o desenvolvimento normal do HIV. Eles já são considerados “umas das histórias de maior sucesso da saúde pública nos últimos 40 anos”. Três remédios uma vez por dia Jimmy Isaacs, de 28 anos, descobriu ter sido infectado com o HIV por um parceiro sexual há três anos. Desde então, ele toma três remédios uma vez por dia às 18h e continuará fazendo isso pelo resto de sua vida. “Minha saúde está perfeita. Eu tenho comido de maneira saudável e bebido de maneira saudável também”, disse. “Isso não tem qualquer impacto no meu trabalho e também não impactou na minha vida social.” Foram necessárias duas mudanças de medicação para encontrar a combinação certa para ele, mas depois disso, ele não sentiu mais qualquer efeito colateral. “Eu ouvi muitas histórias ruins sobre os remédios nos anos 1990. Mas quando pesquisei mais a fundo sobre o tema, percebi que os remédios haviam realmente mudado.” Nem todos os locais em que trabalhou demonstraram apoio quando souberam do diagnóstico, mas ele diz que isso é pura “ignorância”. Que Seu chefe atual tem um comportamento diferente: chegou até a dar a ele uns dias de folga para viajar pelo país e falar com estudantes OM 46
Jimmy Isaacs, 28, discovered he had been infected with HIV by a former partner nearly three years ago. He takes three drugs once a day at 18:00 and will continue to do so for the rest of his life. “My health is absolutely fine. I’m eating healthily and drinking healthily,” he said. “It doesn’t impact on my job and hasn’t impacted on my social life either.” Although it took two changes of medication to find the right combination for him, he says he now has no side effects at all. “I had heard a lot of bad stories about the drugs back in the ‘90s - but when I did some research, I realised the drugs had completely changed.” Not all his employers have been supportive since his diagnosis and he says that is down to ignorance. His current employer has given him time off to tour the country and speak to students and school pupils about HIV prevention and treatment. The researchers looked at 88,500 people with HIV from Europe
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e adolescentes sobre a prevenção ao HIV e o tratamento para o vírus. A pesquisa analisou 88,5 mil pessoas com HIV de Europa e América do Norte que participaram de 18 estudos. Eles basearam a previsão para a expectativa de vida em taxas de mortalidade durante os três primeiros anos seguidos do início do tratamento. Os autores descobriram que poucos pacientes que começaram o tratamento entre 2008 e 2010 morreram durante esse período - comparados com aqueles que começaram o tratamento entre 1996 e 2007. A expectativa de vida para um paciente de 20 anos de idade que começou a terapia antirretroviral depois de 2008, com baixa carga de vírus, é de 78 anos de idade - bem similar à do resto da população saudável. Michael Brady, diretor médico do Instituto Terrence Higgins Trust, entidade beneficente engajada especialmente em campanhas para reduzir a contaminação pelo vírus HIV, disse que o estudo mostra como as coisas mudaram desde o início da epidemia em 1980. Mas ele afirma também que pessoas acima dos 50 anos agora representam um terço dos contaminados com o vírus do HIV. “Nós precisamos de um novo modelo para cuidar melhor dessas pessoas conforme elas vão ficando mais velhas, uma forma de integrar melhor os primeiros cuidados com serviços especializados sobre o HIV, e precisamos de uma conscientização maior para treinar as pessoas sobre o envelhecimento com HIV, para que estejamos prontos para ajudar as pessoas a ter uma vida melhor”, afirmou.
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and North America who had been involved in 18 studies. They based their life-expectancy predictions on death rates during the first three years of follow-up after drug treatment was started. They found that fewer people who started treatment between 2008 and 2010 died during this period compared with those who began treatment between 1996 and 2007. The expected age at death of a 20-year-old patient starting antiretroviral therapy (ART) after 2008, with a low viral load and after the first year of treatment, was 78 years - similar to the general population. Dr Michael Brady, medical director at the Terrence Higgins Trust, said the study showed how much things had changed since the start of the HIV epidemic in the 1980s. But he said it also meant people aged over 50 now represented one in three of all those living with HIV. “As it stands, the healthcare, social care and welfare systems simply aren’t ready to support the increasing numbers of people growing older with HIV. “We need a new model of care to better integrate primary care with HIV specialist services, and we need a major shift in awareness and training around HIV and ageing, so that we’re ready to help older people live well in later life,” he said. Medical achievement
Conquista Para Helen Stokes-Lampard, que comanda a associação de clínicos gerais Royal College of GPs, é “uma conquista tremenda o fato de a infecção que um dia teve um prognóstico tão ruim ser agora tão ‘controlável’ que pacientes com HIV estão conseguindo viver significativamente mais”. “Nós esperamos que o resultado desse estudo avance para acabar
Prof Helen Stokes-Lampard, who chairs the Royal College of GPs, said: “It’s a tremendous medical achievement that an infection that once had such a terrible prognosis is now so manageable, and that patients with HIV are living significantly longer. “We hope the results of this study go a long way to finally removing any remaining stigma associated with HIV, and ensuring that patients 47 OM
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com qualquer estigma restante associado com o HIV. E que ele garanta que pacientes com o vírus possam ter vidas saudáveis sem qualquer dificuldade para conseguir emprego ou para conseguir um seguro de saúde.” A proporção de pessoas que têm o vírus do HIV mas ainda não foram diagnosticados tem caído bastante nos últimos 20 anos. Mas estima-se que uma em cada oito pessoas contaminadas ainda não sabe que têm o vírus.
with HIV can live long and healthy lives without experiencing difficulties in gaining employment and - in countries where it is necessary obtaining medical insurance.” She said steps were being taken to increase appropriate HIV testing by GPs. The proportion of people with undiagnosed HIV has fallen steadily over the past 20 years. But one in eight people with HIV is still thought to remain undiagnosed.
O que é a terapia antirretroviral? What is antiretroviral therapy? - Foi usada pela primeira vez em 1996 e envolve uma combinação de três remédios ou mais para impedir a multiplicação do vírus HIV no corpo humano. - O tratamento permite a prevenção de danos causados pelo HIV no sistema imunológico. - Remédios ainda mais eficientes descobertos recentemente têm menos efeitos colaterais do que os primeiros. - A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a terapia antirretroviral comece o mais cedo possível depois do diagnóstico do vírus.
- First used in 1996, it involves a combination of three or more drugs that stop the HIV virus from replicating - This means damage to the immune system caused by HIV can be prevented and it stops the disease spreading to others - More recent drugs are even more efficient and have fewer side effects - The World Health Organization recommends that antiretroviral therapy is started as soon as possible after diagnosis.
Fonte: BBC
Source: BBC
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Estudo liga remédios para renite e insônia a maior risco de demência.
Dementia ‘linked’ to common over-the-counter drugs.
m estudo ligou medicamentos usados regularmente, incluindo remédios contra insônia, depressão e rinite alérgica, à demência. Pesquisadores da Universidade de Washington acompanharam a saúde de 3.434 pessoas com 65 anos ou mais que não tinham sinais de demência no início do estudo. Eles observaram registros médicos e de medicamentos para determinar quantos tinham ingerido remédios com o efeito anticolinérgico, quais as doses e quantas vezes. Então, compararam esses dados com diagnósticos subsequentes de demência nos 10 anos seguintes. O estudo, divulgado na publicação científica Jama Internal Medicine, apontou que doses mais elevadas e o uso prolongado destes medicamentos estavam ligados a um risco maior de demência em idosos. O perigo aumentava se o consumo fosse diário por três anos ou mais. Todos os medicamentos listados têm efeito anticolinérgico, que bloqueiam um neurotransmissor chamado acetilcolina. Os mais usados foram os antidepressão, tratamentos anti-histamínicos para alergias, como rinite, ou contra a insônia, e para tratamento de incontinência urinária. A maioria dos remédios só é vendida com prescrição médica. Todo medicamento pode ter efeito colateral, e as bulas destes remédios alertam para a possibilidade de redução da capacidade de atenção e memória, e boca seca. Mas pesquisadores disseram que usuários deveriam estar
tudy has linked commonly used medicines, including over-the-counter treatments for conditions such as insomnia and hay-fever, to dementia. All of the types of medication in question are drugs that have an “anticholinergic” effect. Experts say people should not panic or stop taking their medicines. In the US study in the journal JAMA Internal Medicine, higher doses and prolonged use were linked to higher dementia risk in elderly people. The researchers only looked at older people and found the increased risk appeared when people took drugs every day for three years or more. Side-effects All medicines can have side-effects and anticholinergic-type drugs that block a neurotransmitter called acetylcholine are no exception. Patient information leaflets accompanying such drugs warn of the possibility of reduced attention span and memory problems as well as a dry mouth. But researchers say people should also be aware that they may be linked to a higher risk of developing dementia. Dr Shelly Gray and colleagues from the University of Washington followed the health of 3,434 people aged 65 and older who had no signs of dementia at the start of the study. They looked at medical and pharmacy records to determine how many of the people had been given a drug with an anticholinergic effect, at what dose and how often and compared this data with subsequent dementia diagnoses
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NEUROLOGIA cientes de que eles podem estar ligados a um risco maior de demência. O estudo Ao longo do estudo, 797 dos participantes desenvolveram demência. O estudo estimou que as pessoas que tomaram pelo menos 10 mg/ dia de doxepin (antidepressivo), 4 mg/dia de difenidramina (auxílio para dormir), ou 5 mg/dia de oxibutinina (contra incontinência urinária) por mais de três anos teriam um risco maior de desenvolver demência. Os pesquisadores disseram que médicos e farmacêuticos poderão adotar uma abordagem preventiva e oferecer tratamentos diferentes como consequência do estudo. E, quando não houver alternativa, poderiam dar a menor dose pelo menor tempo possível. Alguns dos participantes do estudo concordaram em serem submetidos a uma autópsia após a morte, disse a médica Shelly Gray, que participou do estudo. “Vamos analisar a patologia cerebral e ver se podemos encontrar um mecanismo biológico que pode explicar os nossos resultados”. Simon Ridley, chefe de pesquisa do grupo britânico Alzheimer’s Research UK, disse que o estudo é interessante, mas não definitivo, já que, segundo ele, não há evidências de que essas drogas causem demência. Já Doug Brown, da Sociedade de Alzheimer da Grã-Bretanha, disse: “Há preocupações de que o uso regular de certos medicamentos com efeitos anticolinérgicos, como soníferos e tratamentos de rinite, por pessoas mais velhas pode aumentar o risco de demência em determinadas circunstâncias, o que é apoiado por este estudo”. “No entanto, ainda não está claro se este é o caso, ou se os efeitos observados são resultado do uso a longo prazo ou vários episódios de curto prazo. É necessária uma pesquisa mais robusta para entender quais são os potenciais perigos, e se algumas drogas são mais propensas a terem este efeito do que outras. “Gostaríamos de incentivar que médicos e farmacêuticos estejam cientes desta potencial ligação e aconselhem qualquer pessoa preocupada a falar com seu médico antes de parar com qualquer medicação”.
Fonte: Michele Robert, Health Editor, BBC News on line
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over the next decade. Drugs in the study The US study does not name specific brands, but does outline the types of treatments investigated, which include: Most of the drugs were given on prescription, rather than bought at the pharmacy over-the-counter. The most commonly used anticholinergic-type drugs were medicines for treating depression, antihistamines for allergies such as hay-fever or to aid sleep/promote drowsiness, and drugs to treat urinary incontinence. Nearly a fifth were drugs that had been bought over the counter. Over the course of the study, 797 of the participants developed dementia. ‘Not causal’ The study estimated that people taking at least 10 mg/day of doxepin (antidepressant), four mg/day of diphenhydramine (a sleep aid), or five mg/day of oxybutynin (a urinary incontinence drug) for more than three years would be at greater risk of developing dementia. The researchers say doctors and pharmacists might want to take a precautionary approach and offer different treatments instead. And when there is no alternative, they could give the lowest dose for the shortest time possible. Dr Gray says some of the study participants have agreed to have an autopsy after their death. “We will look at the brain pathology and see if we can find a biological mechanism that might explain our results.” Dr Simon Ridley, head of research at Alzheimer’s Research UK, said the study was interesting but not definitive - there was, he said, no evidence that these drugs cause dementia. Dr Doug Brown, from the UK’s Alzheimer’s Society, said: “There have been concerns that regular use by older people of certain medications with anticholinergic effects, such as sleep aids and hay-fever treatments, can increase the risk of dementia in certain circumstances, which this study supports. “However, it is still unclear whether this is the case and if so, whether the effects seen are a result of long-term use or several episodes of short-term use. More robust research is needed to understand what the potential dangers are, and if some drugs are more likely to have this effect than others. “We would encourage doctors and pharmacists to be aware of this potential link and would advise anyone concerned about this to speak to their GP before stopping any medication.” He said the charity was funding more research in this area to better understand any connections between these and other drugs on the development of dementia. The Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency, which monitors the safety of medicines in clinical use in the UK, said it would review any new evidence. Drug company Johnson & Johnson Ltd said many hay-fever products sold in the UK now contain newer, second generation antihistamines - not the type looked at in the study. Matthew Speers, who represents the UK trade association for manufacturers of over-the-counter drugs, said: “Over-the-counter allergy and sleeping aid products are not intended to be used continuously and people are advised to talk to their pharmacist or doctor if they need to use these products long-term. “There are a range of allergy products on the market which contain a number of different ingredients, many of which were not considered in this study.” Source: Michele Robert, Health Editor, BBC News on line; 51 OM
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Anticuerpos Neutralizantes contra el Virus de la Fiebre Amarilla 17 D en Colombianos Vacunados y no Vacunados con Inmunidad a Dengue. a Fiebre Amarilla ocurre en varios países de América del Sur y África de la cual se registran numerosas epidemias. La enfermedad es causada por el virus del mismo nombre (VFA) que se adquiere a través de la picadura de mosquitos vectores. El ciclo natural de transmisión del virus ocurre en áreas selváticas entre primates no humanos y el hombre se infecta accidentalmente al internarse en estas. Los individuos virémicos provenientes de la selva pueden iniciar el ciclo de transmisión en áreas urbanas. La Organización Mundial de la Salud estima que aproximadamente 200 000 casos se reportan cada año de los cuales por lo menos 50 % mueren. El virus de la Fiebre Amarilla pertenece al genero Flavivirus (familia Flaviviridae) donde se agrupan otros de importancia médica, también trasmitidos por mosquitos, como el virus del dengue (VDEN), virus del Oeste del Nilo (VON), virus de encefalitis de San Luis (VESL), virus de encefalitis del Valle de Murray (VEVM), entre otros. Los Flavivirus comparten determinantes antigénicos que inducen anticuerpos neutralizantes de reacción cruzada. Algunas evidencias sugieren que la inmunidad previa a un Flavivirus puede contribuir a la inmunidad contra la infección por otro. Individuos infectados en el pasado con el VDEN parecen estar protegidos de encefalitis severa por el VON y el VESL y animales previamente inmunizados con el VDEN no desarrollan encefalitis o daño hepático severo cuando se infectan con el VFA. La Fiebre Amarilla es una enfermedad inmunoprevenible. La vacuna contiene un virus atenuado (17 D) desarrollado por Max Theiler y colaboradores hace más de 70 años. Aproximadamente 20-25 millones de dosis de vacuna se producen anualmente con participación de diez fabricantes, cada uno usando una de las tres semillas originales del virus conocidas como 17D-204, 17DD y
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17D-204-WHO. La Fundación Oswaldo Cruz de Brasil es el mayor productor en Latinoamérica suministrando el preparado a países de la región, entre esos Colombia. En pobladores de áreas endémicas se aplica una única dosis después del primer año de vida o antes según el riesgo. Los viajeros hacia zonas enzoóticas se deben vacunar cada 10 años con el fin de validar el Certificado Internacional de Vacunación. La presencia de anticuerpos neutralizantes del virus en el suero diluido 10 veces (título 1:10) se considera estado protector contra la infección natural conferido por la vacuna. Es ampliamente aceptado que la vacuna antiamarílica presenta una eficacia protectora superior a 90 % en niños y adultos. Varios factores pueden influir en la respuesta a la vacuna, entre los que se incluyen el transporte en relación a la cadena de frío, la dosis (altas dosis pueden resultar en disminución de la respuesta), sitio de inyección y características del individuo. Debido a esas variaciones, es necesario verificar regularmente la inmunogenicidad de los lotes con prioridad después de campañas masivas de vacunación. Varios estudios reportan hasta 30 % de vacunados sin anticuerpos a título protector dependiendo de la edad y tiempo después de la inmunización. En Colombia la Fiebre Amarilla ha estado presente desde 1729 con brotes en diferentes regiones, aunque transmisión urbana no se reporta desde 1929. En el 2003 ocurrió el último brote con 106 casos selváticos, la mayoría de municipios del Departamento de Norte de Santander, de los cuales 47 murieron. La vacunación en el país hasta hace algunos años estuvo restringida a pobladores de áreas endémicas. Antes del último brote había 3 784 280 inmunizados y la cobertura en áreas de alto riesgo era < 60 %. Entre 2003-2005 se aplicaron millones de dosis resultando en 19 096 694 individuos inmunizados y cober-
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tura > 95 % en zonas de riesgo. El último estudio, encontrado en las bases bibliográficas, sobre eficacia protectora de la vacuna contra la Fiebre Amarilla en colombianos inmunizados se publicó en 1965. La amplia campaña de vacunación contra la Fiebre Amarilla en Colombia entre 2002/2006 en áreas rurales y urbanas, las segundas con alta endemia de dengue, motivó la realización de este estudio. El objetivo fue investigar la frecuencia de título protector de anticuerpos neutralizantes contra el virus 17 D en colombianos residentes en zonas de riesgo de Fiebre Amarilla selvática y urbana en relación con edad y tiempo de inmunización. Por otro lado, se investigó la neutralización del virus 17 D por suero de individuos inmunes al dengue y sin historia de vacunación contra la Fiebre Amarilla. Lo segundo para conocer la reactividad cruzada teniendo en cuenta que la inmunidad previa al dengue se ha sugerido como factor protector contra Fiebre Amarilla severa (6,7). Metodologia Población Se incluyeron 293 individuos entre 1 y 76 años de edad quienes fueron invitados a participar en el estudio. De cada uno se colectó una muestra de sangre previo consentimiento informado y el comité de ética de la Universidad Industrial de Santander aprobó el estudio. La población se distribuyó en cuatro grupos: - Grupo A: Vacunados contra la Fiebre Amarilla (n=100). El estado de vacunación se confirmó con el carné expedido por la autoridad local de salud. Todos los individuos habían recibido una única dosis de la vacuna 17 D entre 3 a 24 meses antes de la inclusión en el estudio. - Grupo B: Residentes de Ocaña y municipios vecinos del Departamento de Norte de Santander (n=116). En esta zona del país la cobertura de vacunación contra la fiebre amarilla durante el periodo del estudio se presumió mayor que 95 %. Esto debido a la campaña como consecuencia del brote del 2002 y por información verbal de funcionarios del Instituto Departamental de Salud de Norte de Santander. Los casos fueron seleccionados de los que asistieron a consulta médica en el Hospital Emiro Quintero Cañizares de Ocaña y quienes, adultos o padres de los niños, manifestaron verbalmente haber sido vacunados una vez. En la mayoría de los participantes la información verbal no se confirmó con el carné.
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- Grupo C: Con inmunidad a dengue y ausencia de vacunación contra la fiebre amarilla (n=61). Individuos residentes permanentes en Bucaramanga y área metropolitana y sin viajes a zonas con brotes selváticos de Fiebre Amarilla. De estos, 24 adultos fueron seleccionados para el estudio y los 37 restantes fueron niños (< 11 años) con diagnóstico confirmado de dengue de un estudio previo realizado por los autores en 1998 y de quienes se tenia suero almacenado a -70oC. Los adultos informaron verbalmente no haber sido vacunados contra la fiebre amarilla en ninguna oportunidad y la inmunidad a dengue se confirmó por presencia de anticuerpos como se describe adelante. Los niños se consideraron no inmunizados contra la fiebre amarilla debido a que en 1998 y años anteriores no se hicieron campañas de vacunación en Bucaramanga y área metropolitana. - Grupo D: Sin inmunidad a Flavivirus (n = 16), residentes en área rural de los municipios de Mutiscua y Pamplona (N. de Santander) donde transmisión de Arbovirus no se ha documentado por estar ubicados a 2 600 m sobre el nivel del mar. Todos manifestaron verbalmente no haber sido vacunados contra la fiebre amarilla en ninguna oportunidad. Anticuerpos neutralizantes contra el virus 17 D Los anticuerpos se buscaron en el suero de todos los individuos incluidos en el estudio, utilizando un protocolo modificado de la prueba de neutralización para dengue previamente descrito. Brevemente, 30-40 UFP del virus se incubaron 2 hs a temperatura ambiente con diluciones base 4 (1:10 hasta 1:320) de suero inactivado a 56oC. La mezcla se adicionó por duplicado a cultivos de células Vero crecidas en cajas de 24 pozos en medio esencial mínimo completo (MEM, GIBCO-BRL), por 1 h a 37ºC en atmósfera de CO2 (5 %). Luego, las monocapas se lavaron con tampón fosfato (PBS) y después de adicionar medio (M-199 2X, suero bovino fetal 7 %; carboximetil celulosa 3 %) las cajas se incubaron bajo las mismas condiciones por 7 días. Como control se incluyó virus preincubado en medio de cultivo. Las placas virales se visualizaron por coloración con cristal violeta (3 %), se contaron y se determinó la reducción por cada suero con respecto al control. El titulo de anticuerpos se definió como la dilución mayor del suero que redujo 75 % o más placas producidas por el virus 17 D calculada por regresión lineal. Valores e” 1:10 se consideraron títulos protectores. La reactividad cruzada del suero de los inmunes a dengue se expresó como el porcentaje de reducción de placa del virus 17 D.
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Inmunidad previa a dengue Los sueros de los individuos no vacunados contra la fiebre amarilla (grupos C y D) se procesaron para buscar anticuerpos IgG contra dengue usando el estuche ELISA DENGUE-DUO (PanBio) y siguiendo las instrucciones del fabricante como previamente se describió. El resultado positivo se consideró inmunidad previa a dengue y el negativo lo contrario. Análisis de los datos La frecuencia de anticuerpos neutralizantes contra el virus 17 D a título > 1:10 se correlacionó con el tiempo de inmunización. Se comparó el porcentaje de reducción de placas del virus 17 D por suero de no vacunados con y sin inmunidad a dengue. La significancia de las diferencias se estableció por análisis de correlación y con la prueba de Mann-Whitney, respectivamente, usando el software SSPS versión 13.0.
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entre si los porcentajes de reducción de placas de los dos grupos de sueros la diferencia fue significativa (p<0,001). Los resultados sugieren que los anticuerpos contra virus dengue pudieron neutralizar el virus de la fiebre amarilla y disminuir la infección de las monocapas celulares. Discusion La eficacia protectora de la vacuna 17 D se evalúa buscando anticuerpos en suero colectado antes y algunos días después de la inmunización. Seroconversión con título de anticuerpos = 1:10 se considera inmunidad protectora. No hay reportes en población colombiana vacunada en los últimos 20 años. En este estudio se buscaron anticuerpos neutralizantes en un único suero colectado 3 meses hasta 24 años después de la inmunización y en 90 % se detectaron anticuerpos neutralizantes protectores. Frecuencia similar fue reportada por Groot en niños (89,1 %) y adultos colombianos (94,6 %) y por otros en Brasileros, Peruanos y Alemanes. En 10 % de vacunados del estudio el título de anticuerpos fue < 1:10 que se considera no protector. En población Latinoamericana el título no protector se ha reportado en 0,5 % hasta 32,0 % de vacunados. Entre los factores individuales que pueden influir sobre la respuesta inmune a la vacuna se reconocen la carga genética y la edad. Hispanos vacunados respondieron con títulos mayores de anticuerpos comparados con Caucasianos. Algunos estudios reportan tasas menores de seroconversión a la vacuna 17 D en niños que adultos pero la razón se desconoce. En este, no se encontraron diferencias relacionadas con la edad y esto pudo deberse al limitado número de individuos de cada grupo. En 10 % de vacunados del estudio el título de anticuerpos fue < 1:10 que se considera no protector. En población Latinoamericana el título no protector se ha reportado en 0,5 % hasta 32,0 % de vacunados. Entre los factores individuales que pueden influir sobre la respuesta inmune a la vacuna se reconocen la carga genética y la edad. Hispanos vacunados respondieron con títulos mayores de anticuerpos comparados con Caucasianos. Algunos estudios reportan tasas menores de seroconversión a la vacuna 17 D en niños que adultos pero la
Resultados Anticuerpos en vacunados con el virus 17 D En 90 % de los individuos en quienes la vacunación se confirmó con el carné se detectaron anticuerpos neutralizantes a título protector (> 1:10), sin variación significativa de la frecuencia (86,4- 91 %) en relación con el grupo de edad. Al contrario se observó con el tiempo después de la inmunización. Hubo correlación entre disminución de la frecuencia de individuos con anticuerpos a título >1:10 e incremento en años de haber sido vacunado (r=0,95; p=0,04). En los individuos con anticuerpos protectores, 52,2 % tenían títulos entre 1:10-1:80 y 30 % >1:180. En residentes de Ocaña y municipios vecinos (grupo B) se encontraron anticuerpos neutralizantes a título > 1:10 en 81 % con menor frecuencia en niños (69 %). De los 22 individuos de este grupo que no presentaron título protector de anticuerpos 18 eran menores de 16 años. Neutralización cruzada del virus 17 D La incubación previa del virus 17 D con 53 (86,8 %) de 61 sueros de inmunes a dengue no vacunados contra fiebre amarilla (grupo C), resultó en reducción >50 % del número de placas de infección en células Vero. En contraste, con ningún suero sin inmunidad a Flavivirus (grupo D) de los 16 analizados hubo reducción de placas virales >50 %. Cuando se compararon 55 OM
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razón se desconoce. En este, no se encontraron diferencias relacionadas con la edad y esto pudo deberse al limitado número de individuos de cada grupo. Un hallazgo del estudio para resaltar es que 18 (31 %) de 40 niños de Ocaña y municipios vecinos no portaban título protector de anticuerpos. No se descarta que esa alta frecuencia pudo deberse a que se incluyeron niños que en realidad no fueron vacunados contra la Fiebre Amarilla, ya que no se confirmó con el carné y es común que los padres no conozcan o confundan contra cuál enfermedad sus hijos han sido inmunizados. No obstante, se esperaba mayor frecuencia de anticuerpos neutralizantes protectores considerando la alta cobertura de vacunación que se presume se ha conseguido en esa zona del país. Groot y colaboradores no encontraron anticuerpos a título protector en 26,3 % de residentes de San Vicente de Chucurí (Departamento de Santander) tiempo después de una campaña de vacunación. Este hallazgo y el del estudio en Ocaña, muestran la necesidad de evaluar en la comunidad el grado de protección inducido por la vacuna meses después de campañas masivas. La frecuencia de título protector de anticuerpos en vacunados fue menor cuanto más años de la inmunización y así ha sido demostrado por otros. Hay acuerdo en que ocurre disminución del nivel sérico de los anticuerpos a través del tiempo y es la razón para una segunda dosis después de 10 años. No obstante, anticuerpos a título > 1:10 se han encontrado 17 y 35 años después de la vacunación. Es para resaltar que en 31,6 % de los vacunados del estudio con 4 y más años de vacunación el título de anticuerpos fue <1:10, aunque no se descarta que el escaso número (n=19) pudo haber determinado el resultado. Esta frecuencia fue mayor que en europeos (25,5 %) con más de 10 años de inmunización. No se conoce si individuos con título de anticuerpos < 1:10 son inmunes contra la infección natural por el VFA. Esto podría ser muy probable considerando que la vacuna es un virus atenuado que logra activar la inmunidad innata, inespecífica y celular . En ese contexto, es necesario investigar activación de la respuesta inmune de tipo celular en quienes no se detecta título protector de anticuerpos para conocer el grado de protección conferido por la vacuna. La estrecha relación antigénica entre el VFA y el VDEN resulta en anticuerpos que reaccionan de forma cruzada y esto se evidenció al detectar reducción de OM 56
placas de infección del primer virus por incubación previa con suero de individuos no vacunados con inmunidad a dengue. En la experiencia de los autores y de otros la reactividad cruzada con la prueba de neutralización se ha visto entre anticuerpos anti dengue versus VFA pero no al contrario. Esta reactividad alerta sobre la dificultad que podría tenerse al interpretar resultados sobre eficacia protectora de la vacuna 17 D, luego de una campaña de vacunación en residentes de áreas endémicas de dengue. Es muy posible incluir falsos positivos. En otro contexto, la reactividad de anticuerpos anti dengue podría verse como factor de protección contra infección natural contra el VFA y esto podría en parte explicar la ausencia de Fiebre Amarilla en áreas urbanas de municipios colombianos con brotes de Dengue y Fiebre Amarilla selvática. No existen estudios en humanos demostrando protección contra fiebre amarilla por inmunidad previa al dengue. No obstante, residentes en áreas con circulación simultánea de varios Flavivirus que se infectan con el VFA por lo general no desarrollan síntomas o la enfermedad es leve. Los resultados presentados en este reporte confirman la eficacia protectora de la vacuna 17 D reportada en varios estudios y muestran la necesidad de evaluar la respuesta a la vacuna luego de campañas masivas de vacunación clarificando el grado de protección en quienes no portan título protector de anticuerpos neutralizantes. Debido a la alta cobertura de vacunación contra la fiebre amarilla en municipios colombianos con endemia de dengue, se hace necesario estudiar la influencia de la inmunidad previa al dengue sobre la respuesta a la vacuna 17 D. Agradecimientos. A los médicos, enfermeras y bacteriólogos del Hospital Emiro Quintero Cañizares, funcionarios de la Secretaría de Salud del municipio de Ocaña y miembros del grupo de Epidemiología del Instituto Departamental de Salud de Norte de Santander por el soporte logístico para el estudio. Este estudio fue financiado por COLCIENCIAS - Universidad Industrial de Santander, proyecto No. 1102-04-16376. Dr. Sergio Y. Gómez Drª Raquel E. Ocazionez
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