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10 MINUTOS COM... milleniumbcpteam

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fanny Kuhn

fanny Kuhn

UMA DAS DUPLAS MAIS REGULARES DO CIRCUITO, DESDE A PRIMEIRA EDIÇÃO, APRESENTA-SE NESTE ESPAÇO.

ANA CATARINA PALMA ||

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1. Inicialmente decidiram alinhar em modo individual. Como surgiu a ideia de formarem uma equipa?

JS: Em 2017, aquando do arranque do SwimRun em Portugal, participamos no modo individual porque era uma primeira experiência e queríamos ver como funcionava e se iríamos gostar. Claro que adoramos e em 2018, eu e o Filipe Horta resolvemos participar com uma dupla masculina enquanto a Sofia manteve a participação individual. Em 2019, a dupla masculina não foi possível; por motivos de afazeres profissionais do Filipe; e assim lembrei-me de desafiar a Sofia a participarmos no Circuito Nacional como dupla mista.

SM: Sim, em 2017 impulsionados pela novidade do desporto alinhamos, e foi espetacular. Em 2018 foi desafiante conseguir superar novos percursos tão peculiares. Quando em 2019 o João me propôs fazer dupla fiquei muito satisfeita mas ao mesmo tempo senti o peso da responsabilidade.

2. Porque se juntaram os dois e não fizeram dupla com outras pessoas?

JS: Escolhi convidar a Sofia porque para além de ser uma pessoa 5 estrelas é uma companheira divertida e também uma grande atleta, como nadadora e como corredora e porque nos damos muito bem em termos de sintonia, quer fora quer durante a competição.

SM: O João é um exagerado (risos). Mas sim fazer dupla com o João é um enorme privilégio pra além das qualidades que tem como pessoa e atleta, é alguém com muita experiência e com quem muito tenho aprendido. E como uma enorme paciência.

3. O nome da vossa equipa tem algum significado especial?

JS : Não temos assim um nome especial para a equipa… O nome da equipa é o nome do Clube Millennium BCP que nos apoia 100%... Se tivéssemos um nome seria qualquer coisa divertida tipo “Golfinhos Alpinistas“ …

4. Qual o vosso desporto base?

JS : O meu desporto base é a natação . Aprendi a nadar aos 6 anos e não mais larguei as piscinas. Dos 14 aos 20 anos fiz 6 épocas de federado nas categorias de júnior e sénior e desde 1999 que sou até hoje federado master e master águas abertas, na FPN .

SM: À semelhança do João, também o meu desporto base é a natação, e atualmente também sou federada master e master águas abertas, na FPN.

5. Estão praticamente desde o início do SwimRun em Portugal. O que vos atraiu nesta modalidade até então desconhecida?

JS: Eu sempre tive a curiosidade de experimentar o trail mas sempre adiei essa experiência por ter medo de contrair lesões que pusessem em causa a natação e o triatlo, pelo qual também me apaixonei em 1985. Quando o SwimRun apareceu foi amor à primeira vista ! Como na sua essência, continha águas abertas, pensei : “Aqui está um desporto inovador e que tem segmentos de água e de trail alternados e ininterruptos… deve ser fantástico !“

SM: O João disse tudo... Conseguirmos juntar numa prova duas modalidades que privilegiam o contacto com a natureza. O trail e as águas abertas.

6. O que gostam mais no SwimRun?

JS: A possibilidade de desfrutar da beleza natural (trilhos e planos de água) que o nosso país tem e que de outra maneira não teríamos oportunidade de conhecer.

SM: Sem dúvida, o fato de ter acesso a lugares e paisagens que de outra forma nunca teria tido a possibilidade de conhecer.

7. Qual a prova que mais se adequa a vocês (no sentido localidade)?

JS: Julgo que será a prova da Arrábida porque se desenrola perto da nossa zona de residência e nos permite assim treinar nos sítios onde poderemos passar em prova.

SM: Arrábida... O primeiro grande amor.

8. Em qual prova que te recordes que tiveram mais dificuldades?

JS: A prova que até agora tive mais dificuldade foi a “famosa” prova do Zêzere SwimRun 2018, que na altura

fiz em dupla com o Filipe Horta. Estava um daqueles dias bons para ficar no sofá a ver filmes na televisão, com muita chuva, vento e frio. A água da albufeira da barragem do Castelo do Bode estava gelada e isso afetou todos os participantes sem excepção.

SM: Essa mesmo. Não consegui terminar por hipotermia. Quero realçar a preocupação pela segurança dos atletas acima de tudo. Nesse dia, não fiz a escolha adequada do fato e a água estava gelada, a conjugação destes fatores com o fato de estar a chover fez com que não tivesse conseguido aquecer e a meio do percurso cruzei-me com o Bruno que ao verificar que não estava bem me fez aconselhou a abandonar a prova. Ainda hoje me lembro e agradeço a sua intervenção, pois tenho agora a certeza de que se tivesse continuado o desfecho teria sido outro.

9. Já fizeram provas de SwimRun fora de Portugal?

JS e SM: Ainda não fizemos mas gostaríamos muito de o fazer. A participação numa das etapas do OTILLO World Series é para nós um sonho.

10. Acham que a proporção de natação nas provas em Portugal é adequada relativamente à corrida?

JS: Eu não acho… mas sou suspeito, certo? Os nadadores gostariam muito que as distâncias aumentassem para equilibrar a balança versus trail.

SM: Concordo... Mais água.

11. Qual o pior momento por que passaram em prova e como o superaram?

JS: Para mim todas as subidas, em prova e em treino, são piores momentos… e então aquelas subidas “tipo parede” nem vos conto… Felizmente com a ajuda e a paciência da Sofia lá consigo chegar lá acima…

SM: Sim as paredes são tramadas e se estiver calor é mesmo muito complicado, mas o companheirismo e a entreajuda tornam o estes momentos menos agressivos. JS: Fazer treinos de natação em piscina (1h 2 x semana) e sobretudo em águas abertas (1h ao fim de semana ) sempre acompanhados e devidamente assinalados com boia de segurança. A parte de corrida aconselharia a fazeremna (também 1h - 2x semana) sobretudo em locais que tenham trilhos porque é muito importante treinar subidas e descidas em terreno sinuoso.

SM: Deixo esta para o João... Ele é que é o meu Mister.

13. Na vossa opinião é melhor fazer o SwimRun individualmente ou em dupla?

JS: Em dupla, sem dúvida. O espirito de equipa e a parte psicológica sai reforçada durante o esforço e ajuda em muito o chegar ao fim.

SM: Em dupla!!! Apesar do João ralhar muito comigo... Diz que falo muito... (risos)

14. Que diferenças encontram no tipo de atletas de SwimRun em relação a outras modalidades?

JS: Há uma grande amizade e entreajuda entre todos os SwimRunners.

Há também muita alegria. Sentimonos bem uns com os outros e diria que criamos uma nova família. E quando digo isto refiro-me a todos os envolvidos : atletas, organizador, staff e patrocinadores. Não quer dizer que não exista o mesmo noutras modalidades mas aqui, é uma constatação.

SM: E sem dúvida que temos feito bons amigos.

15. De que forma o SwimRun faz de vocês pessoas melhores na vossa vida quotidiana?

JS: Faz de nós pessoas com mais consciência de que temos de preservar cada vez mais a natureza natural e faznos pessoas mais felizes e isso é tudo.

SM: E eleva-nos o espírito de entreajuda. 

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