Edição e textos Débora Sander, Rafaela Pechansky e Tatiana Cruz
Colaboradoras Laura Viola e Sophia Maia
Designers Bruno Miguell Mesquita e Lu Kohem
Capa Henrique Friedrichs
Revisores Antônio Augusto e Liziane Kugland
Impressão Impressos Portão
Olá, tagger
Nas primeiras páginas de A insustentável leveza do ser, o escritor tcheco-francês Milan Kundera pergunta: será mesmo atroz o peso e bela a leveza? A questão que estrutura esse clássico contemporâneo é valiosa para pensarmos sobre as histórias que a gente lê, vive e conta. Se o peso pode ser um fardo paralisante, também é ele que firma nossos pés no chão. A leveza alivia os ombros, mas pode nos deixar flutuando à deriva, sem ter onde segurar. Viver é buscar esse balanço, como quem afina um instrumento — e a arte é sempre um caminho para amparar a complexidade e equilibrar as coisas. O livro deste mês transita com delicadeza entre esses polos.
Em Como arruinar um casamento, uma mulher que carrega nas costas o peso do abandono chega a um hotel idílico à beira-mar, determinada a acabar com a própria vida. Assim que põe os pés no local, sua tristeza destoa da euforia barulhenta dos convidados de um casamento luxuoso, que se espalham por todos os cantos. E a noiva, uma herdeira milionária jovem e mimada, não vai permitir que o plano sombrio da hóspede desconhecida danifique o verniz de leveza que envolve aquela semana. A narrativa se desenrola nesse jogo entre a fantasia de perfeição dos casamentos, onde nada pode dar errado, e o aterramento opressivo da depressão, onde nada pode dar certo. Mas, nessa improvável aproximação entre as duas personagens, outras nuances se revelam, transformando para sempre a jornada de cada uma.
Terceiro romance da escritora estadunidense Alison Espach, este livro é um convite para você começar o ano contemplando com coragem a angústia e a beleza, sabendo que ambas podem ser paralisantes, mas que também podem nos mover, a cada dia, em direção à vida.
Um bom ano de leituras!
Experiência do mês
Seu livro além do livro: para ouvir, guardar, expandir, crescer.
Depois de concluir a leitura, convidamos você a acompanhar o Podcast da TAG para conferir uma entrevista exclusiva e reverberar junto com a gente os sentimentos e reflexões despertados pelo livro do mês.
Mimo
Uma estante cheia de títulos por ler é uma promessa de felicidade. Por essas e outras, a gente ama construir, a cada ano, um novo planner literário para vocês, taggers. Em 2025, o passeio é pelo universo forte, encantador e cheio de simbologias da literatura latino-americana. Você vai encontrar muitas indicações de livros, uma visão panorâmica de diferentes regiões e gêneros literários da América Latina e algumas ferramentas para organizar e realizar as leituras, desejos, sonhos e planos do ano que começa. As ilustrações incríveis são da artista Arielle Martins e a diagramação é da designer Paula Hentges.
Projeto gráfico
Na capa criada pelo artista visual Henrique Friedrichs, uma generosa vista para o mar e um vestido branco à espera do “sim” contrastam suavemente com garrafas de espumante esvaziadas e uma pequena bagunça que emoldura a cena de um ar decadente. Essas camadas de sentido são reforçadas pela tipografia escolhida pelo designer no título — que remete a um convite de casamento, embora seu conteúdo prenuncie que nem tudo sairá como o planejado.
Visite o app para saber mais sobre o livro e participar da comunidade.
PLAYLIST
Para embalar a atmosfera divertida e reflexiva do livro deste mês, preparamos uma seleção musical especial, com o melhor do pop de ontem e hoje, de Billy Joel a Taylor Swift.
sumário
Por que ler este livro
Bons motivos para você abrir as primeiras páginas e não parar mais
A autoria
Um retrato caprichado de quem está por trás da história
Dois dedos de prosa
De onde veio, do que fala, o que é o livro que você vai ler
Universo do livro
Livros, séries, filmes que orbitam o livro do mês
Da mesma estante
Livros que poderiam ser guardados na mesma prateleira do livro do mês
Espaço da comunidade
Para você ir preparando seu coração 04 06 09 12 14 15 16
Um espaço todo seu, para aproximar e celebrar a maior comunidade leitora do Brasil
Vem por aí
“As brilhantes observações sociais e a prosa hábil de Espach criam um romance que é afiado, engraçado e uma alegria de ler.”
- The Guardian
“Um relato inspirador sobre a magia transformadora de encontros casuais, perfeito para dias à beira da piscina.”
- PEOPLE
“Alison
Espach está atenta a toda a gama de emoções que acompanha compromissos para a vida inteira, desde o humor até o egocentrismo e a compaixão.”
- The New York Times
atingiu o fundo do poço.
tempo para si, Phoebe resolve reasonhos a Newport e aluga um quarsó para descobrir que acabou casamento. Agora, tem que lidar casório: uma jovem rica, mimada e o amor.
emocionantes e dramáticas, Como arnarra os caminhos sinuosos que destinos mais inesperados e vezes fazem com que sejamos
mais do que uma comédia (emboEspach escreveu um romance sobre depressão, amor, a forma diminuem e como uma delas obra completa e memorável por inteiro.”
Booklist
LAURA FOLGUEIRA
ARRUINAR
CASAMENTO Como Um
Em uma bela manhã de verão, Phoebe Stone resolve se hospedar na Pousada Cornwall, um elegante e antigo hotel à beira-mar na cidade de Newport, em Rhode Island. Sozinha, sem uma bagagem sequer e vestida com um lindo vestido verde combinando com sapatos de salto dourados, Phoebe logo é confundida com os outros hóspedes do hotel, todos convidados do casamento de Lila e Gary.
Aparentemente, ela é a única que não veio para o grande evento. Na verdade, quer distância deste tipo de celebração, já que, depois de tudo dar errado com seu agora ex-marido, Phoebe resolveu se consolar realizando sem ele o grande sonho de visitar a cidade.
Lila, em contrapartida, está vivendo os melhores dias de sua vida. Passou um ano inteiro organizando cada detalhe de seu casamento e, faltando muito pouco para o grande dia, tem certeza de que tudo está conforme o planejado. Bom, exceto pela presença de Phoebe.
Mas, para a surpresa de todos, essas duas mulheres, tão diferentes entre si e em momentos de vida tão distintos, parecem cada vez mais próximas, confiando uma à outra seus segredos e medos mais profundos. Uma amizade improvável acarretada por um primeiro encontro inesperado.
Por que ler este livro
Este envolvente best-seller do New York Times é protagonizado por duas mulheres radicalmente diferentes, unidas e transformadas pelo acaso em um cenário luxuoso e paradisíaco à beira-mar. Uma narrativa inteligente, divertida e profunda sobre aquilo que movimenta nosso desejo de viver. A leitura perfeita para dias de verão em que o corpo pesa sem pressa, estirado sob o sol, e flutua suavemente sobre a água, acompanhando o vai e vem das ondas do mar e das emoções intensas de personagens surpreendentes.
“A maioria dos meus personagens precisa encarar algum trauma, quer eles saibam disso ou não.”
Autora de três romances e professora de escrita criativa, Alison Espach vive o auge de sua carreira literária com Como arruinar um casamento, que alcançou o segundo lugar entre os best-sellers do New York Times e vai ganhar uma adaptação para o cinema
Alison Espach cresceu em Trumbull, uma pequena cidade em Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos, e viveu lá durante a maior parte da vida. Mestre em escrita criativa, atualmente ela mora em Providence, onde atua como professora universitária. Estreou na ficção com The adults (2011) e seguiu seu percurso com Notes on your sudden disappearance (2022), ambos aclamados por veículos prestigiosos como New York Times, Wall Street Journal, Chicago Tribune, PEOPLE e NPR. A autora também teve contos e ensaios publicados na imprensa, incluindo espaços como a McSweeney’s e a Vogue.
The adults, seu primeiro romance, é uma crônica social sobre os desafios de adolescentes e adultos para navegar pela vida e se entender com temas como o amor e a morte. Protagonizado por uma adolescente inteligente e espirituosa, o livro tem uma gama de personagens cativantes e flui por temas como suicídio, divórcio, contrastes geracionais e o desejo humano de ser amado.
Notes on your sudden disappearance é ambientado no início dos anos 1990 e segue quase duas décadas de história compartilhada, conexões perdidas e tragédias entre duas irmãs muito diferentes que cultivam um fascínio pelo mesmo rapaz.
“Como arruinar um casamento é meu terceiro romance, e dizem que com três já é possível distinguir um padrão, então estou começando a ver alguns pontos em comum. A maioria dos meus personagens precisa encarar algum trauma, quer eles saibam disso ou não”, declarou a autora em entrevista ao Zoomer Book Club.
Com o lançamento, seu maior sucesso editorial, Alison Espach alcançou a segunda posição na lista de mais vendidos do New York Times e já tem contrato fechado com uma produtora para adaptação audiovisual do livro. Publicado em julho de 2024 nos Estados Unidos, o romance rapidamente se tornou a leitura do verão no país e tem todos os ingredientes para conquistar também os leitores do hemisfério sul com sua prosa original e refrescante.
UMA HOMENAGEM AOS ESTRANHOS
“A todos os estranhos que tornaram mágicos meus momentos sombrios.” — Alison Espach, na dedicatória de Como arruinar um casamento
Nas páginas iniciais deste romance, Alison Espach brinda o leitor com uma síntese do que ele encontrará pela frente. Reflexiva e potente, a dedicatória ressoa ainda mais verdadeira ao final da leitura. Pois não se engane: esta não é só uma história sobre uma festa de casamento ostentosa. É uma narrativa que celebra a força transformadora do acaso e a importância insuspeitada de pessoas que não conhecemos em momentos decisivos da nossa jornada.
A protagonista, Phoebe, é uma mulher que chegou perto demais do fundo do poço de suas desilusões, quase a ponto de não aguentar. Ela viaja para um lugar onde ninguém a conhece e está prestes a fazer um movimento desesperado para se livrar da dor. Esta é a história de como ela encontra de novo o fio que a conecta à existência — e quem diria? Esse fio é tecido com um bando de estranhos que, por acaso, estão ocupando todos os quartos do luxuoso hotel onde ela pretendia acabar com a própria vida.
Em entrevista à American Booksellers Association, a autora, Alison Espach, comentou o processo de criação do cenário e das personagens da história. “Eu costumava trabalhar em casamentos e adoro assisti-los e escrever sobre eles”, contou. Para Alison, uma festa de casamento é um dos ambientes mais difíceis de se estar quando você está se sentindo triste ou sozinho, criando um contraste perfeito com o estado emocional da protagonista. “Phoebe é como uma personificação ambulante do desespero, totalmente em desacordo com o que a noiva queria para seu casamento. Lila foi criada à luz da missão de Phoebe — os planos dela de tirar a própria vida —, e pensei em uma noiva que simplesmente diria não, que proibiria completamente esse tipo de desespero”, completou.
Depois de décadas se diminuindo para preservar o conforto alheio, é nesse lugar de anonimato que Phoebe encontra espaço para exercitar uma honestidade radical. E é aí que a mágica acontece. “Há algo realmente especial em um encontro casual no aeroporto ou em uma fila, onde você sente uma sensação de liberdade porque não há passado e provavelmente não haverá futuro. É só sobre o momento presente e nada mais. Tive algumas das conversas mais significativas de toda a minha vida com desconhecidos em aviões”, disse a autora ao Zoomer Book Club.
Sob o olhar de desconhecidos, a protagonista aprende a estranhar a si mesma e suas certezas, e a encarar de forma franca e corajosa seus medos e feridas mais profundos. Em Como arruinar um casamento, Alison Espach abraça de maneira única os altos e baixos da vida, com suas ilusões, seus enganos, suas frustrações devastadoras, os momentos trágicos, cômicos, e os pontos de virada que se revelam em encontros tão inesperados quanto inesquecíveis.
O clássico de Virginia Woolf nas páginas de Alison Espach
Protagonizado por uma professora de literatura inglesa, Como arruinar um casamento é cheio de referências literárias, mas uma delas definitivamente merece dois dedos de prosa
“Foi horrível, exclamou ele, horrível, horrível! Mesmo assim, o sol era quente. Mesmo assim, a gente superava as coisas.
Mesmo assim, a vida arranjava um jeito de somar um dia ao outro.”
Mrs. Dalloway, Virginia Woolf (Epígrafe de Como arruinar um casamento)
O emblemático livro da escritora e ensaísta britânica Virginia Woolf é de longe a referência mais citada no romance de Alison Espach, presente da epígrafe até o final da narrativa. A protagonista, Phoebe, é uma professora universitária de literatura inglesa, portanto, uma grande leitora. Mas Mrs. Dalloway é, para ela, um daqueles títulos agridoces, ao mesmo tempo instigante e incômodo — o único livro do doutorado que ela não conseguiu vencer.
O clássico de Woolf acompanha um único dia na vida de Clarissa Dalloway, uma mulher da alta sociedade londrina que está organizando uma festa. Enquanto ela caminha pelas ruas de Londres, emergem suas lembranças e reflexões sobre a juventude, o casamento e o amor, revelando camadas da sua personalidade e dos dilemas íntimos de sua vida. Ao mesmo tempo, a narrativa nos apresenta Septimus, um veterano de guerra que lida com o trauma e a depressão.
Considerado um marco da literatura modernista por sua inovação linguística e sua precisão social e histórica, o livro foi pioneiro na exploração da subjetividade humana através do fluxo de consciência. A obra movimenta uma reflexão sobre o tempo, a identidade e as pressões sociais, capturando a beleza e a complexidade da vida comum.
Em entrevista ao Zoomer Book Club, Alison Espach comentou sobre sua própria relação com Mrs. Dalloway. “Eu já li tantas vezes. Nos meus 20 anos, eu não me conectei com o livro. Não entendia por que estávamos lendo tanto sobre a festinha dela. Quando reli, fiquei impressionada com o quanto tinha perdido. Virginia Woolf é tão boa em articular esses momentos pequenos, mas arrasadores, que constituem a nossa vida”, afirmou.
Ao longo da história, Phoebe reencontra a obra-prima da autora britânica e dá uma nova chance para a narrativa, percebendo vários pontos de conexão entre sua própria trajetória e as reflexões suscitadas pelo livro. A obra ocupa um lugar bonito no desenrolar da trama de Espach, comovente para todo leitor que já encontrou nas palavras escritas por outra pessoa a ressonância de seus sentimentos mais íntimos — e, com isso, a curiosidade e a coragem para seguir em frente.
Bem-vindo a Newport!
O cenário do romance de Alison Espach é um extravagante casamento em um hotel de luxo à beira-mar em Newport, no estado de Rhode Island, costa leste dos Estados Unidos
Fundada em 1639, a cidade que ambienta o livro deste mês é conhecida por ter sido o epicentro da chamada Era Dourada, um período entre o final do século 19 e o começo do século 20 em que o país experimentou um acelerado crescimento econômico. O termo teve origem no romance
The Gilded Age: A Tale of Today, publicado por Mark Twain e Charles Dudley Warner em 1873. A obra satiriza o contraste entre os graves problemas sociais daquele tempo e a alienação das elites do país, que enriqueciam vertiginosamente. O período coincidiu em parte com a Era Vitoriana na Inglaterra e com a Belle Époque na França.
Ainda hoje, Newport carrega muito dessa história, seja na estética de prédios como o Brick Market e a Redwood Library, que datam de meados do século 18, ou pela pompa de suas famosas mansões — os antigos “chalés” de verão das famílias mais ricas de Manhattan, inspirados no palácio de Versalhes, na França. Ao longo das páginas, a autora nos conduz por essa paisagem luxuosa. A antiga mansão de veraneio da família Vanderbilt, conhecida como The Breakers, é o local escolhido para a festa de casamento na trama de Espach. Outro ponto interessante que aparece na narrativa é Land’s End, a casa onde a jornalista e escritora Edith Wharton passava as temporadas de calor antes de começar a publicar seus livros, quando era casada. Em 1913, desafiando as convenções de seu tempo, ela se divorciou do marido, Teddy Wharton. Em 1921, tornou-se a primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, pelo livro A idade da inocência — um retrato crítico da alta sociedade do país.
Em entrevista ao Zoomer Book Club, a autora Alison Espach contou que algumas incursões em Newport fizeram parte do processo de escrita de Como arruinar um casamento. “Fui para lá muitas vezes, algumas delas em função deste livro, já que eu moro a 45 minutos de distância. Fiquei em alguns hotéis diferentes e tentava imaginar a cidade através do olhar da Phoebe. Eu pensava: o que a encantaria nessa cidade? O que seria comovente? E o que a deixaria desapontada? O que estaria aquém das suas expectativas? Tentei descartar todos os meus pressupostos sobre a cidade e experienciá-la do zero”, declarou.
Universo do livro
Livros, séries, filmes que orbitam o livro do mês
WHITE LOTUS
SÉRIE DA HBO QUE RETRATA A ROTINA
DOS HÓSPEDES E FUNCIONÁRIOS DE UM HOTEL DE LUXO.
Alison Espach
Como arruinar um casamento
Your Sudden Disappearance
Vários dos seus contos e ensaios foram publicados pela além de outros jornais e revistas. É mestra em Escrita Criativa pela Wa shington University, e morou a maior parte da vida em Connecticut, nos Es tados Unidos. Atualmente, é professo ra universitária de Escrita Criativa na Providence College, em Rhode Island.
Phoebe Stone atingiu o fundo do poço.
Precisando de um tempo para si, Phoebe resolve realizar a viagem dos sonhos a Newport e aluga um quarto em um hotel caro — só para descobrir que acabou de penetra em um casamento. Agora, tem que lidar com a noiva do casório: uma jovem rica, mimada e cheia de ilusões sobre o amor. Em reviravoltas emocionantes e dramáticas, Como arruinar um casamento narra os caminhos sinuosos que podem nos levar até os destinos mais inesperados e as amizades que muitas vezes fazem com que sejamos pessoas melhores.
RELATOS SELVAGENS
FILME DE DAMIÁN SZIFRON
“Este livro é muito mais do que uma comédia (embora seja engraçadíssima). Espach escreveu um romance com um olhar afiado sobre depressão, amor, a forma como as mulheres se diminuem e como uma delas venceu tudo isso. Uma obra completa e memorável por inteiro.”
Booklist
TRADUÇÃO DE LAURA FOLGUEIRA
SOBRE PERSONAGENS À BEIRA DE PERDER O CONTROLE. EM UMA DAS HISTÓRIAS, UMA FESTA DE CASAMENTO É ARRUINADA POR UMA REVELAÇÃO INESPERADA.
O CASAMENTO DO MEU
MELHOR AMIGO
FILME DE P. J. HOGAN, ESTRELADO POR JULIA ROBERTS, QUE EXPLORA AS DINÂMICAS INTRINCADAS DE UM TRIÂNGULO AMOROSO ÀS VÉSPERAS DE UM CASAMENTO.
Em 1791, em um beco escuro de Londres, se esconde um pequeno boticário, onde Nella aguarda sua próxima cliente. Uma curandeira respeitada no passado, ela agora usa seu conhecimento para um propósito mais obscuro: vender venenos disfarçados para mulheres desesperadas que fariam de tudo para se libertar dos homens em suas vidas. Mas, quando sua nova cliente acaba por ser uma adorável menina de doze anos, Eliza Fanning, e uma amizade surge entre elas, o mundo de Nella muda por completo, e as mulheres cujos nomes estão escritos em seus registros correm o risco de ser expostas. Na Londres atual, a vida de Caroline Parcewell parece estar desmoronando. Em uma viagem de aniversário de casamento, agora feita sozinha, sua história parece tomar um rumo há muito tempo escondido. Porém, em um beco sem saída pode estar o recomeço de que ela tanto precisa.
“Uma
estreia ousada, ambiciosa e bem-sucedida!”
ESPACH
Sarah
A PEQUENA LOJA DE VENENOS
Em uma bela manhã de verão, Phoebe Stone resolve se hospedar na Pousada Cornwall, um elegante e antigo hotel à beira-mar na cidade de Newport, em Rhode Island. Sozinha, sem uma bagagem sequer e vestida com um lindo vestido verde combinando com sapatos de salto dourados, Phoebe logo é confundida com os outros hóspedes do hotel, todos convidados do casamento de Lila e Gary.
O
CASAL
A PEQUENA LOJA DE VENENOS
Sarah Penner
Escondida nas profundezas
Londres do século XVIII, uma secreta possui uma clientela Por toda a cidade sussurram nome de Nella, a figura misteriosa que vende a mulheres venenos disfarçados para serem usados contra os homens ameaçadores em suas vidas. Mas o destino boticária é posto em risco quando sua nova cliente, uma doce de doze anos, comete um erro que ressoará através dos séculos. Enquanto isso, na Londres atual, a aspirante a historiadora Caroline Parcewell passa seu aniversário de casamento sozinha, fugindo de seus problemas. esbarra em uma pista sobre assassinatos por envenenamento que assombraram Londres anos antes, a vida dela se entrelaçará com a da boticária em uma maravilhosa reviravolta do Com um suspense palpitante, perspicácia e personagens inesquecíveis, A pequena loja de venenos é um livro de estreia estonteante sobre segredos, e as formas extraordinárias as mulheres podem salvar umas outras apesar da barreira do
PERFEITO
SÉRIE DA NETFLIX, ESTRELADA
Aparentemente, ela é a única que não veio para o grande evento. Na verdade, quer distância deste tipo de celebração, já que, depois de tudo dar errado com seu agora ex-marido, Phoebe resolveu se consolar realizando sem ele o grande sonho de visitar a cidade.
POR NICOLE KIDMAN, QUE CONTA A HISTÓRIA DE UMA FESTA DE
CASAMENTO LUXUOSA, DESTRU ÍDA PELA SOMBRA DA MORTE.
Lila, em contrapartida, está vivendo os melhores dias de sua vida. Passou um ano inteiro organizando cada detalhe de seu casamento e, faltando muito pouco para o grande dia, tem certeza de que tudo está conforme o planejado. Bom, exceto pela presença de Phoebe.
Mas, para a surpresa de todos, essas duas mulheres, tão diferentes entre si e em momentos de vida tão distintos, parecem cada vez mais próximas, confiando uma à outra seus segredos e medos mais profundos. Uma amizade improvável acarretada por um primeiro encontro inesperado.
AS HORAS
LIVRO DE MICHAEL CUNNINGHAM
QUE CONECTA A EXPERIÊNCIA DE DUAS MULHERES COM O ENREDO DE MRS. DALLOWAY, DE VIRGINIA WOOLF.
— Kate Quinn, autora best-seller do New York Times de A rede de Alice
tradução Isabella Pacheco
Penner
Da mesma estante
Uma seleção de livros sobre fins e recomeços, escritos e protagonizados por mulheres.
COPO VAZIO, Natalia Timerman
Todavia, 144 pp.
A vulnerabilidade
súbita de uma mulher que vive um repentino e inexplicado abandono amoroso.
Uma narrativa bela e dolorosamente real sobre a solidão, que dialoga tanto com o contemporâneo quanto com circunstâncias universais da experiência humana.
PARA SEMPRE INTERROMPIDO,
Taylor Jenkins Reid
Paralela, 304 pp.
Tradução de Alexandre Boide
Pela voz da autora de Os sete maridos de Evelyn Hugo, uma paixão avassaladora seguida de uma perda irreparável colocam uma mulher na jornada de travessia da sua dor, onde encontra conexões inesperadas para viver o luto e descobrir quem se tornou.
PRIMEIRO EU TIVE QUE MORRER, Lorena Portela
Planeta, 176 pp.
Uma jovem em um momento crítico da vida busca refúgio em um cenário paradisíaco à beiramar no nordeste brasileiro. Um romance poderoso sobre o fio de exaustão que conecta a experiência de mulheres nos dias atuais e a necessidade de recomeçar.
Espaço da comunidade
Já que a chegada de um novo ano sempre inspira transformações, decidimos mudar um pouquinho o formato deste espaço dedicado a cultivar nossas trocas com vocês, taggers. Neste mês você ainda vê por aqui a Madame TAG, mas, em outros, ela cederá lugar para conteúdos diferentes — sobre os encontros promovidos pelos associados Brasil afora, sobre eventos literários que nos possibilitam encontrar vocês pessoalmente ou o que mais surgir pela frente e reforçar, de um jeito ou de outro, o laço precioso da nossa comunidade de leitores.
Querida Madame TAG,
Sou assinante há lindos 7 anos e só posso dizer que ao longo deles eu fui presenteada com as mais diversas emoções e aprendizados. Seguindo o norte do “quem lê nunca tá sozinho”, gostaria de lhe pedir um conselho literário. Em minha família recebemos a repentina notícia que deixou a vida um tanto de cabeça para baixo: minha mãe está com um câncer terminal e tudo se desenrolou em um contexto de surpresa e rapidez. Uma vez que a morte se torna tão próxima e tão presente, que livros você indicaria para uma família que se torna cuidadora e para alguém que passa a ouvir mais o termo “cuidados paliativos”?
Um beijo, Karina
Querida,
Sua mensagem me toca de muitas maneiras. Pela notícia avassaladora que sua família recebeu, é claro, mas também por sua sensibilidade em buscar nos livros uma forma de recuperar o eixo da vida e caminhar ao lado da dor, que é inescapável. Mal acabava de ler o que você contou e lembrei de Os cem anos de Lenni e Margot, um romance de Marianne Cronin que convida a enfrentar a morte celebrando a vida. Dias de se fazer silêncio, de Camila Maccari, é uma história delicada sobre uma menina de 11 anos que lida com a iminência da morte de seu irmão. Aos prantos no mercado, de Michelle Zauner, expõe a grandeza afetiva do cotidiano ao retratar uma protagonista que atravessa o luto pela morte precoce da mãe. Em Cuidar até o fim: como trazer paz para a morte, as palavras da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes podem ser um abraço reconfortante neste momento. Espero que minhas indicações estejam à altura do gesto de confiança que essa mensagem representa. Desejo força e muito amor pra você e sua família!
No próximo mês
Um thriller psicológico impossível de largar, de um premiado autor bestseller de narrativas criminais. Em uma trama repleta de vingança e culpa, duas mulheres devastadas por perdas e traumas pessoais firmam um pacto sombrio de assassinato à la Hitchcock. Com uma curva ascendente de tensão, múltiplos pontos de vista e reviravoltas surpreendentes, o próximo livro da TAG Inéditos vai deixar você vidrado da primeira à última página.
“Mrs. Dalloway, Mrs. Dalloway, sempre dando festas para encobrir o silêncio!”