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Aexperiência deste mês será conduzida por música, e a história que você está prestes a conhecer se faz na intersecção perfeita entre o clássico e o contemporâneo. Trata-se de A conspiração do violino, livro de estreia do violinista e escritor afro-americano Brendon Slocumb.
Com partes autobiográficas, a obra acompanha um jovem da Carolina do Norte que tem sua vida impactada pela música. Pobre e negro, não ousava cultivar sonhos grandiosos para si mesmo, mas isso muda quando recebe um violino de herança de seu tataravô. Toda sua trajetória, no entanto, é colocada em risco quando o violino é roubado. Pior: o infortúnio acontece na véspera da mais prestigiada competição de música clássica do mundo.
Nas páginas seguintes, você encontrará uma apresentação do livro feita pela jornalista Iarema Soares. Além disso, também trazemos um texto que aprofunda o mundo dos violinos. Você também poderá conferir a entrevista com o autor, que detalha seu processo criativo.
Boa leitura!
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VAMOS LER
A conspiração do violino
Criamos esta experiência para expandir sua leitura. Entre no clima de A conspiração do violino colocando a playlist especial do mês para tocar. É só apontar a câmera do seu celular para o QR Code ao lado ou procurar por “taglivros” no Spotify. Não se esqueça de desbloquear o kit no aplicativo da TAG e aproveitar os conteúdos complementares!
Leia até a página 70
O livro inicia a partir de um mistério: onde está o violino de Ray? Talentoso musicista que se preparava para a maior competição de música clássica do mundo, Rayquan vê seu mundo balançar quando seu instrumento é roubado. Aos poucos, descobrimos que o objeto é muito importante para o personagem principal.
Leia até a página 142
Para se tornar músico, Ray precisou enfrentar muitos desafios - desde o racismo até o desincentivo de sua própria família. Mas o seu talento também lhe abriu portas, como a oportunidade de uma bolsa de estudos em uma universidade. Já no ensino superior, descobre que o violino antigo que havia herdado valia milhões de dólares.
Leia até a página 215
Duas famílias brigam pelo violino: a própria família de Ray, que está de olho no dinheiro; e a família Marks, que alega ser a verdadeira dona do instrumento. Enquanto isso, o personagem principal tem de lidar com a pressão do caso e com os preparativos para a competição. O que estão achando do livro até aqui? Que tal comentar suas impressões no aplicativo da TAG?
Leia até a página 282
Depois de adquirir um novo instrumento, Ray viaja até Moscou para participar da competição. A busca pelo violino continua, bem como a briga por dinheiro. Já estamos quase chegando ao final da leitura. Quais são suas apostas?
projeto gráfico
A capa do livro deste mês foi construída a partir da pintura The Old Violin, uma das obras mais famosas do pintor americano William Harnett. Um imponente violino, também desgastado pelo tempo, é fundamental para a narrativa. A paleta de cores da pintura, com tons terrosos e escuros, transmite a sensação de mistério característica de um thriller. Já a cor do título e sua fonte vibrante buscam traduzir a intersecção entre o clássico e o contemporâneo presente na obra.
mimo
Neste mês, te convidamos a se aventurar nas páginas do livro Contos de horror da América Latina, coletânea produzida especialmente para nossos associados. Afinal, não se fala em outubro sem pensar em Halloween. Selecionamos dez contos para você sentir o gostinho amargo e metálico desse gênero da nossa literatura. Nessas páginas, você encontrará desde autores que tiveram seus nomes consagrados no horror, como o uruguaio Horacio Quiroga, até ilustres escritores que estavam a passeio no gênero, como Machado de Assis e Júlia Lopes de Almeida, não com menor maestria. Boa leitura!
Leia até o final
Ao final, a culpada pelo sumiço do violino não era ninguém que estava no radar do personagem principal. Ao final, Ray consegue resolver os conflitos legais que envolviam a posse do violino. Quais são as suas impressões finais sobre o livro? Não esqueça de avaliá-lo no aplicativo.
A conspiração do violino pode ter terminado, mas a experiência não!
Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ao lado e escute o episódio de nosso podcast dedicado ao livro do mês. No aplicativo, confira também a nossa agenda de bate-papos.
“A conspiração do violino é tão maravilhosamente escrito, especialmente suas descrições de música, que às vezes eu questionava se estava lendo ou ouvindo um concerto.”
Victoria Christopher, The Washington Post
“Esse é um livro belíssimo. É esquisito falar isso de um thriller, mas é verdade.”
Mia Sodré, tester literária da TAG
“O livro também serve como uma importante afirmação de que os músicos clássicos negros importam.”
Paula L. Woods, L.A Times
POR QUE LER O LIVRO
Brendon Slocumb apresenta um romance de estreia profundo e envolvente. Através de sua própria história, o autor construiu o personagem Ray McMillan: um jovem negro e pobre que cultiva a paixão pela música. Mais do que uma narrativa sobre um violino perdido, Slocumb se propôs a escancarar as dificuldades vividas por pessoas negras que conseguem acessar locais de privilégio. O livro foi indicado à categoria de melhor romance de estreia e melhor mistério & thriller no Prêmio Goodreads de 2022, além de ter recebido diversos elogios na imprensa internacional.
Para além do violino
IAREMA SOARES
Brendan Slocumb partiu de suas próprias experiências no meio musical para escrever seu livro, cujo enredo policial escancara também episódios de discriminação e racismo
As probabilidades nunca jogaram a favor. Rayquan McMillian — ou Ray — era um garoto negro, pobre e morador da zona rural da Carolina do Norte, um dos estados que foi contra o fim da escravidão nos Estados Unidos. Apesar desse terreno árido, o jovem encontrava brechas para sonhar ser o que ele desejava, não aquilo que esperavam que fosse. Ray tenta, incessantemente, tornar-se um violinista clássico, mesmo que o professor de música da escola o desacredite do plano, mesmo que sua mãe chame de barulho os sonetos ensaiados em casa e lhe diga para conseguir “um emprego de verdade” para ajudar financeiramente em casa.
A jornada do protagonista de A conspiração do violino, livro de estreia de Brendan Slocumb, é permeada de ódio, discriminação de raça e classe, mas, por outro lado, há sempre uma motivação e uma determinação notáveis. Os nãos vêm de todos os lados, mas Ray conhece o amor, por exemplo, nas ações da vó Nora, que sempre lhe direcionava palavras doces — e às vezes, duras — de incentivo.
“Algumas pessoas sempre vão te ver como inferior. Então, você precisa ser duas vezes melhor”, dizia ela. Porém, Ray sonha e trabalha para se tornar a exceção, visto que, na maioria das vezes, o esforço incansável de pessoas pretas não é recompensado por bater de frente com um inimigo invisível, mas
muito palpável. Na letra “A vida é um desafio”, os Racionais Mc’s bem questionam: “como fazer duas vezes melhor, se você tá pelo menos cem vezes atrasado pela escravidão, pela história, pelo preconceito, pelos traumas, pelas psicoses... Por tudo que aconteceu? Duas vezes melhor, como?”.
No decorrer das páginas, cria-se um enredo policial em torno do violino dado pela vó Nora, presente mais valioso (no sentido mais amplo da palavra) que esse jovem violinista poderia receber. A partir disso, temos acesso a flashbacks da infância de Ray, de seu relacionamento conturbado com a mãe e de sua ascensão como musicista.
E essas recordações são o que se destaca na história: não apenas a trajetória do protagonista no universo da música clássica, mas também sua vida ordinária de jovem negro que circula pelos EUA e pelo mundo. O autor cria um verdadeiro buffet de experiências traumáticas às quais negros e negras estão sujeitos pelo simples fato de existirem.
Ray luta para ser a agulha no palheiro, batalhando para integrar os menos de 2% de músicos negros que fazem parte de uma orquestra nos EUA, segundo dados da League of American Orchestras. Há, claro, o suspense principal, que prende o leitor ao longo de toda a narrativa. Mas Slocumb é habilidoso ao escancarar, junto a essa trama, o racismo vivido por Ray.
As descrições das situações vivenciadas pelo personagem são muito concretas, e isso está intimamente relacionado ao fato de Slocumb ter se baseado em suas próprias experiências dolorosas de racismo e discriminação como músico negro. Essas feridas deram origem a Ray e seu romance de estreia.
O escritor foi criado em Fayetteville, Carolina do Norte. É graduado pela University of North Carolina em educação musical, com concentração em violino e viola. Nas últimas duas décadas, ele foi professor de música em escolas públicas e particulares.
“O autor cria um verdadeiro buffet de experiências traumáticas às quais negros e negras estão sujeitos pelo simples fato de existirem.”
“A música pode ajudar a salvar vidas”
JÚLIA CORRÊA
Parte da história reflete sua própria vida. Assim como o protagonista, você era um menino negro tentando se tornar músico. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao entrar no universo musical e como essa experiência mudou a sua vida?
Comecei a tocar violino aos nove anos de idade. Ninguém na minha família realmente entendia a atração — ninguém em meu bairro tinha o menor interesse. As pessoas batiam à porta dos instrutores para aprender a tocar violino. No começo, tocar era ótimo — era algo inédito que eu amei desde o momento em que peguei meu primeiro violino. Durante o ensino fundamental e o ensino médio, meus colegas de classe não entendiam o que eu via na música e me chamavam de todos os nomes possíveis. Como minha faculdade era uma escola de música dentro de uma universidade maior, finalmente encontrei pessoas com mentalidade semelhante, então, em certa medida, a vida se tornou muito mais fácil. Mas não em todos os níveis. Meu primeiro professor na faculdade me disse para desistir porque ele achava que minhas mãos eram muito grandes para tocar violino afinado. Minha segunda professora realmente me ensinou a tocar o instrumento — e sou extremamente grato a ela até hoje. O violino mudou minha vida? Absolutamente. Permitiu-me viajar, voar pela primeira vez, ir para a faculdade, conhecer pessoas incríveis e ajudar aqueles que
precisavam — para não falar da oportunidade de me expressar musicalmente. E também serve de inspiração para meus romances!
Quais foram os principais desafios na criação de uma história de suspense? Você já era leitor do gênero? Se sim, quais autores o inspiram? Foi definitivamente um aprendizado! A primeira metade do rascunho inicial parecia muito mais um romance de formação. O que eu realmente tive de aprender foi como incrementar a ação e fazer os personagens se importarem urgentemente com as situações que se impunham. Foi de fato difícil. Quanto aos autores de suspense que me inspiram, Lee Child é um dos principais. Ouvi uma entrevista em que ele falava sobre como você deve fazer o leitor se perguntar constantemente “por quê?”, e isso se tornou importante para mim enquanto escrevia o livro.
Você já sabia o desfecho do mistério desde o início da escrita?
De forma alguma! Enquanto escrevia, eu continuava pensando em diferentes suspeitos, mas, à medida que o romance avançava, ficou claro que só poderia haver um desfecho.
Muitas pessoas veem a música clássica como algo distante, difícil. O que é preciso para desmistificar essa ideia? Em que medida você espera que seu livro abra a porta desse universo para os seus leitores?
Como músico, sei que muitas pessoas veem a música clássica como elitista e inacessível. Na realidade, no entanto, a música clássica pode ser divertida, acessível. Ela também pode ajudar a salvar vidas. Salvou a minha. Comecei a tocar violino através de um programa em uma escola pública. Amigos com quem cresci hoje estão na cadeia. Enquanto eles estavam nas ruas, eu estava em ensaios. Enquanto eles invadiam casas das pessoas, eu estava tocando Mozart. Através da música, desenvolvi uma ética de trabalho que agora tento transmitir aos meus alunos para que eles também possam experimentar as alegrias
do que a música pode fazer por todos nós. Nem todos se tornarão músicos famosos mundialmente, mas todos podem aprender a apreciar música — e encontrar novas formas de comunicação. A música é um presente que sempre devemos oferecer a crianças e adultos: nunca é tarde demais para experimentar. Então, o que podemos fazer para desmistificar a música clássica? Começa com a exposição. Leve as crianças para ouvir música sempre que possível. Dê a elas instrumentos. Engaje-as em discussões. A música é uma linguagem extraordinária que qualquer um pode aprender a falar.
Logo depois de A conspiração do violino , você lançou Symphony of Secrets, também ligado ao universo musical. Como tem sido a recepção desse segundo livro e o processo de se ver propriamente como um escritor? Quais são seus próximos projetos na literatura?
O livro tem recebido críticas excelentes, como do The New York Times [Slocumb compartilha um trecho da resenha do jornal, que elogia como “o arco da história reflete a sensação de ouvir uma peça desconhecida de música clássica e pensar ‘Isso é bom’; de repente, encontrar-se extasiado, emocionado; e, ao final, totalmente surpreso”]. Meu próximo romance será lançado na primavera de 2025, e é a história de um violoncelista negro que entra em conflito com um poderoso sindicato do crime — e ele usa sua música para dar o troco neles. Estou aproximadamente na metade da escrita e realmente animado com o rumo que está tomando. Acho que agora sou oficialmente um escritor.
O primeiro livro que leu: Adoraria lembrar, mas deve ter sido algum texto da série Little Golden Book.
O livro que mudou a sua vida:
O Leão, a Feiticeira e o GuardaRoupa, de C. S. Lewis. Eu estava na sétima série quando o li, e me encrenquei na escola porque eu não conseguia parar de ler — foi a primeira vez que eu percebi quão mágicos e cativantes os livros podem ser.
O livro que gostaria de ter escrito: Toda vez que leio livros de alguém, eu “invejo” algo. Gostaria de ter escrito todos eles!
O último livro que o fez chorar: A arte de correr na chuva, de Garth Stein. Amei aquele cão!
O último livro que o fez rir: Eu não consigo pensar em um. Não costumo ler muitos livros tão engraçados.
O livro que dá de presente: O exemplar de um dos meus livros! Haha.
O livro que não conseguiu terminar: Master, Slave, Husband, Wife, de Ilyon Woo. É tão bom e tão fascinante que eu não queria que acabasse, então parei de ler!
Preciosidades musicais
BRUNO FAZENDA E TREVOR COX*Os cientistas estão tentando descobrir o que torna os violinos Stradivarius especiais — mas estão eles desperdiçando seu tempo?
Os violinos Stradivarius são conhecidos por supostamente terem um som superior quando comparados a outros instrumentos. Isso resultou em inúmeros estudos em busca de uma razão científica para o porquê dos Strads terem um som tão bom. Vários desses estudos se concentraram na composição química da madeira dos violinos feitos em Cremona por Antonio Stradivari, nos séculos XVII e XVIII. Outros analisaram os violinos feitos pelo contemporâneo de Stradivari, Giuseppe Guarneri del Gesu, cujos violinos são amplamente considerados tão bons quanto os Strads.
Pesquisas muitas vezes analisam como os materiais usados na construção do instrumento definem sua qualidade superior. Por exemplo, um estudo argumentou que uma “pequena era do gelo” que afetou a Europa de 1645 a 1715 foi responsável pela madeira de crescimento lento usada na construção dos violinos, que lhes dá uma qualidade particular. Esse tipo de madeira estaria disponível para todos os fabricantes de violinos na Europa, então outros trabalhos examinaram o verniz particular aplicado aos Strads. Mas o estudo mais recente sobre isso mostrou que os acabamentos de Stradivari também eram comumente usados por outros artesãos e artistas e não eram particularmente especiais.
Agora, uma equipe de cientistas da Universidade Nacional de Taiwan tentou descobrir o segredo dos violinos Stradivarius analisando a química da madeira de que são feitos. Os pesquisadores descobriram que a madeira de bordo envelhecida e tratada tinha
Bruno Fazenda (Professor sênior em tecnologia de áudio da University of Salford) e Trevor Cox (Professor de engenharia acústica da University of Salford). Artigo publicado
originalmente na revista The Conversation, em 19/12/2016.
propriedades muito diferentes daquelas usadas para fazer instrumentos modernos. Mas há realmente um segredo a ser encontrado nos Stradivarius?
No novo artigo, os pesquisadores encontraram diferenças reproduzíveis na composição química entre bordos usados por Stradivarius e Guarneri e aqueles usados por fabricantes de instrumentos modernos. Isso alude a uma esquecida tradição, desconhecida pelos fabricantes de violinos modernos, que usa um processo de transformação por meio de envelhecimento e vibração, resultando em um “material compósito único”.
O problema com os estudos que analisam a composição química é que eles não incluem medidas de como os violinos realmente vibram e criam as ondas sonoras que ouvimos. Instrumentos acústicos com cordas produzem som a partir das vibrações de uma corda esticada. Estas são transmitidas principalmente pela ponte e pela pestana ao corpo do violino, no qual os painéis ressoam e criam as ondas sonoras. Além da performance do músico, a qualidade do som pode ser afetada pela rigidez das conexões entre a ponte e as placas, o formato e o tamanho das placas e o material do qual elas são compostas. Um violino cujas placas são feitas de vidro soaria diferente de um feito de metal, devido às diferentes propriedades vibratórias desses materiais. Até mesmo as formas cortadas nessas placas, como os típicos furos em forma de F, desempenham um papel, uma vez que quebram e alteram alguns dos modos ressonantes que podem ser mantidos pelas placas. A questão é: essas diferenças na composição química das madeiras e outros materiais de acabamento são suficientemente diferentes para produzir um som audivelmente superior?
Alguns estudos, publicados na revista Catgut Acoustical Society Journal, mostraram que há de fato uma diferença na resposta acústica entre os violinos Stradivarius e Guarneri. Eles analisaram como o corpo vibrava e a pressão sonora emitida. Infelizmente, parece não haver estudos comparando a resposta acústica entre os renomados instrumentos cremoneses e outros violinos.
EFEITO HALO
Um estudo de 2011 pediu a violinistas profissionais que comparassem violinos feitos por Stradivari e Guarneri com novos instrumentos de alta qualidade enquanto tocavam vendados em uma sala com acústica relativamente seca. Contrariando todas as expectativas, os pesquisadores descobriram que o violino mais preferido no conjunto de testes era um novo e o menos preferido havia sido feito por Stradivari. Eles também descobriram que a maioria dos músicos parecia incapaz de dizer se o instrumento preferido era novo ou antigo.
Então parece que o segredo do violino Stradivarius, em comparação com outros instrumentos de alta qualidade, pode não ser tanto a qualidade de sua resposta acústica ou sua sensação durante a performance, mas sim um “efeito halo”. Este é um viés bem conhecido no campo da psicologia, a partir do qual a percepção geral de algo afeta como você avalia elementos específicos. Neste caso, parece que saber que se está segurando um instrumento famoso, envelhecido pelas eras e, certamente, com uma etiqueta de preço premium, está influenciando a forma como soa para nós.
Sem dúvida, as diferenças nas propriedades dos materiais relatadas em artigos de pesquisa terão seu efeito na resposta acústica, que pode ser mensurável. A questão é se essas diferenças acústicas são perceptíveis e, se sim, se são fortes o suficiente para quebrar quaisquer crenças e vieses que possamos ter quando nos é dito que estamos ouvindo o som de um verdadeiro Stradivarius. Um estudo sistemático das diferenças acústicas e psicoacústicas entre violinos antigos valorizados e modernos é a única maneira de encontrar a resposta.
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Perguntas sobre A conspiração do violino
1. O que vocês acharam da maneira que o autor escolheu contar a história, mesclando presente e passado na narrativa?
2. Vocês desconfiaram que Nicole poderia ter sido a autora do sequestro ao violino?
3. Ray sabe que ele é um excelente violinista mesmo sem o Stradivarius, e ele nunca o venderia por dinheiro. Por que, então, recuperá-lo é um objetivo tão inegociável para ele?*
4. A primeira experiência direta de Ray com a discriminação racial - em que uma pessoa implicou que, pela cor de sua pele, ele merecesse menos - foi conectada com a música. Como você acha que isso afetou suas escolhas e trajetória como músico?*
*Retirada da seção de perguntas para discussão do site do autor Brendon Slocumb. Para conferir outras perguntas sugeridas, acesse brendonslocumb.com/book-club-q
Prepare-se para se aventurar em um suspense eletrizante. No livro que você receberá em novembro, escrito por uma autora britânica, o testemunho de um crime cometido pelo filho abre espaço para uma mãe revisitar acontecimentos do passado.
Para quem gosta de: suspenses, histórias de crime, viagens no tempo
Baseado na trajetória de uma figura histórica descoberta recentemente, o livro de dezembro traz uma narrativa arrebatadora sobre uma princesa africana criada na corte da rainha Vitória.
Para quem gosta de: ficção histórica, personagens reais, autoria afro-americana
– TONI MORRISON, AMADA
“Eu e você, nós temos mais passados do que as outras pessoas. Nós precisamos de algum tipo de amanhã.”