ITCProsa - Ed. 3

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ano I,edição nº3

III Conferência Regional de Economia Popular Solidária O evento aconteceu no mês de abril na cidade de Viçosa. Com participantes de quase dez cidades da Zona da Mata Mineira, a conferência teve um importante papel na elaboração de planos municipais e regional de Economia Popular Solidária. Saiba mais na página 4!

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ITCProsa indica:

O ITCProsa agora possui uma coluna de indicação de filmes, livros, poesias, etc, que consideramos ser uma boa pedida para nossa formação pessoal! Nossa primeira indicação é um filme! Veja qual é na página 6!

Onze anos após sua criação, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), continua ganhando cada vez mais municípios adeptos.Conheça um pouco mais sobre essa polítca pública de fomento à agricultura familiar! Leia mais na página 2.

Programa de Aquisição de Alimentos


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Você sabe o que é o Programa de Aquisiçaõ de Alimentos?

por Taís Pires

O Programa de Aquisição de Alimentos, ou PAA, é uma política pública desenvolvida pelo ministério deDesenvolvimento Social e Combate à Fome e pelo ministério do Desenvolvimento Agrário. Criado em 2003, ele tem por obejtivo colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Através de mecanismos de comercialização que facilitam a compra dos produtos diretamente dos próprios agricultores, o programa funciona de modo que ajuda a agregar valor à produção deles. Até o início do ano, 23 governos estaduais e mais de 400 prefeituras por todo o país já tinham aderido o PAA.

Do campo para o campus: alimentos da agricultura familiar no restaurante universitário da UFV

ITCProsa Boletim informativo produzido pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Viçosa.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

Como funciona o PAA: Parte dos alimentos é adquirida pelo governo diretamente dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais, para a formação de estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social. Os produtos destinados à doação são oferecidos para entidades da rede socioassistencial, nos restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias e ainda para cestas de alimentos distribuídas pelo Governo Federal. Outra parte dos alimentos é adquirida pelas próprias organizações da agricultura familiar, para formação de estoques próprios. Desta forma é possível comercializá-los no momento mais propício, em mercados públicos ou privados, permitindo maior agregação de valor aos produtos.

A UFV foi a segunda universidade federal a aderir ao programa. Em dezembro de 2013, ela lançou o primeiro edital de chamada pública para comprar dos agricultores familiares da região café, feijão e bananas para os almoços de finais de semana do restaurante universitário do campus de Viçosa. O PAA também é tema de trabalho da Incubadora, Como trabalhamos com o segmento de agricultura familiar, é imprescindível nos prepararmos para poder ajudar os agricultores dos grupos incubados nesse tema. Até agora, foram ministrados cursos de capacitação dos formadores da Incubadora e dos próprios produtores a cerca da construção do projeto, gestão e prestação de contas do PAA.

Coordenadora do Projeto Bianca Lima Costa Redação Alvino Amaral, Ademar Sodré, Taís Pires e Vinícius Nascimento Diagramação: Taís Pires

ProExt

Programa de Extensão Universitária Endereço: Vila Matoso, Casa 3, Campus da UFV (31) 3899-2798 - itcpufv@gmail.com


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ITCProsa

ITCP-UFV realiza seminário de formação com os novos membro

por Taís Pires

Membros da ITCP e da Associação Quilombola Herdeiros do Banzo após sua apresentação na primeira noite do seminário de formalçao no CTA

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om o aumento da nossa demanda de trabalho e do número de grupos incubados, fez-se necessário aumentar também o número de estagiários e estagiárias que fazem parte do nosso coletivo. No ínicio do ano, abrimos as inscrições para o nosso processo seletivo, e com mais de 60 pessoas de diversos cursos e áreas de atuação inscritas, demos início à seleção. Após uma análise do histórico escolar e da carta de intenção escrita pelos interessados às vagas, 35 pessoas foram selecionadas para a segunda fase, onde foram avaliados por uma atividade de dinâmica em grupo e pelas entrevistas individuais. Desses 35 candidatos, 12 foram selecionados como bolsistas, e outros 8 para trabalhar como voluntários e voluntárias, caso tenham interesse. Paralelamente à essa seleção, aconteceu também o processo seletivo para bolsistas de apoio técnico. Puderam participar desse processo graduados e graduadas em qualquer área de atuação, que tivessem disponibilidade de 40 horas semanais e interesse e experiência de trabalho nos campos da extensão e da pesquisa nos segmentos de artesanato e cultura, reciclagem e agricultura familiar e agroecologia. Após as entrevistas e a análise das redações feitas pelos candidatos, foram selecionados três bolsistas técnicos para dar apoio aos segmento de trabalho e ajudar com as demandas da coordenação da ITCP. Realizada a seleção, deu-se início ao processo de formação. Sempre que acontece algum processo seletivo, achamos que é de extrema importância fazer, como todo o coletivo da incubadora, tanto os recém chegados, como os mais antigos, um seminário de formação, um espaço onde trabalhamos temas como Economia Popular Solidária, associativismo e cooperativismo, metodologia de incubação, metodologias participativas, etc. O desse ano aconteceu em duas partes. A primeira parte do seminário, aconteceu no CEE, Centro de Ensino e Exte nsão, no campus da UFV. Durante três dias, 19, 20 e 21 de fevereiro, tivemos espaços para discutirmos metodologias participativas, extensão universitária, economia solidária, a divisão dos segmentos e o planejamento das nossas atividades. Continuando o processo de formação, nos dias 28, 29 e 30 de março, aconteceu a segunda parte do seminário de formação, realizado no Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e contou com a apresentação cultural de um dos grupos incubados pela ITCP, a Associação Quilombola Herdeiros do Banzo situada no município de Ponte Nova. Também foram realizados espaços formativos com os temas “Agricultura Familiar e Acesso a Mercados”, “Reciclagem” e “O Teatro do Oprimido”.


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Construindo um Plano Nacional da Economia Popular Solidária

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por Vinícius Nascimento

s conferências de políticas públicas são espaços amplos e democráticos de discussão e articulação coletivas de propostas e estratégias de organização, são momentos privilegiados de participação da sociedade nos debates sobre temas e questões relevantes que dizem respeito às mesmas, oferecendo subsídios para a formulação e avaliação de políticas públicas. Como parte da agenda do movimento de Economia Popular Solidária (EPS), a ITCP-UFV e o Fórum Regional de Economia Popular Solidária da Zona da Mata Mineira apoiaram a realização da III Conferência Regional de Economia Popular Solidária na cidade de Viçosa no mês de abril. Estiveram presentes gestores públicos da região, representantes de empreendimentos de nove municípios da Zona da Mata Mineira, sendo eles Viçosa, Cajuri, Juiz de Fora, Leopoldina, Guarani, Bias Fortes, Cataguases, Matias Barbosa e Ubá. O evento contou também com a presença do Pró-reitor de Extensão e Cultura da UFV, A mesa de abertura da conferência foi formada (da esquerda para a direita) pela coor- Gumercindo Souza Lima, e apoio das denadora docente da ITCP, Bianca Lima Costa, pelo pró-reitor de Extensão e Cultura da entidades Educação, Informação e TecUFV, Gumercindo Souza Lima, pela vice-presidente do Conselho Estadual de Economia nologia para Autogestão (EITA), Fórum Popular Solidária e integrante da coordenação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Maria Geralda Souza Lopes, e pela chefe do gabinete de turismo da cidade de Viçosa, Brasileiro de Economia Solidária (FBES), Brenda Santunioni. Fórum Mineiro de Economia Popular Solidária (FMEPS) e da Cooperativas de Deficientes Físicos (COOPDEF). A participação ativa dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) da região nas conferência é essencial para que a construção de propostas de políticas partam da base, ou seja, das demandas legítimas dos trabalhadores e trabalhadoras da EPS. As Conferências Regionais ao redor do país estão dando subsídio para realização da Conferência Nacional de Economia Solidária, onde as demandas e propostas deverão convergir na construção de um plano nacional de atuação e apoio às iniciativas de Economia Solidária. A III Conferência teve como objetivos: I. Realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária considerando as deliberações das Conferências Nacionais de Economia Solidária; II. Promover o debate sobre o processo de integração das ações de apoio a Economia Solidária fomentadas pelos governos e pela sociedade civil; III. Elaborar planos municipais, territoriais e estaduais de Economia SoVotação das medidas que constarão na proposta regional para o Plano de Economia Solidária lidária; IV. Elaborar propostas que irão à votação para integrar o Plano Nacional de Economia Solidária contendo visão de futuro, diagnósticos e modelo de gestão para o fortalecimento da Economia Solidária no país.


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Pré-encontro da Rede Sudeste de ITCPs acontece em Ouro Preto

por Vinícius Nascimento

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ITCP-UFV faz parte da Rede Sudeste de ITCPs, juntamente com outras incubadoras dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. No mês de março, as incubadoras da Rede Sudeste, foram recebidas pela incubadora da Universidade Federal de Ouro Preto na Escola de Minas em Ouro Preto, para a realização do Pré Encontro da Rede Sudeste. O objetivo do evento foi elaborar a estrutura e o conteúdo do X O pré-encontro contou com a participação de mebros de dez incubadoras da região sudeste Encontro da Rede Sudeste de ITCPs que será realizado na Universidade Federal de Montes Claros no mês de agosto desse ano. Além de planejar a estrutura do o X Encontro, os representantes presentes tiveram a oportunidade de trocar experiências a respeito dos diversos trabalhos atualmente desenvolvidos por suas respectivas incubadoras.

Repensando a organização interna da ITCP-UFV e sua metodologia para o ano de 2014

por Ademar Sodré e Taís Pires

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ano de 2014 será um ano de muitas atividades para a ITCP-UFV. Com dois projetos aprovados, nossa demanda de trabalho aumentou, com mais grupos incubados e mais metas a serem atingidas. E, para conseguirmos atender a elas, tivemos que fazer algumas mudanças e nos reestruturar internamente. Agora, nosso coletivo aumentou e está dividido em grupos com duas funções diferentes: as equipes de formadores, que vão acompanhar diretamente os empreendimentos de três segmentos, artesanato e cultura, reciclagem e agricultura familiar e agroecolocia, e os núcleos temáticos de trabalho, cuja tarefa será atender às demandas das outras equipes nos eixos: econômico, autogestão e legalização; tecnologia social; formação, redes, fóruns e políticas públicas; comunicação. Estreitamos nossa relação com os projetos que são nossos parceiros dentro da UFV, e firmamos novas alianças, tanto com grupos como com professores que possam nos ajudar em nosso trabalho. Outra mudança importante em nossa organização para esse ano foi a consolidação de um grupo de estudos, para que possamos embasar teoricamente nossas atividades de extensão e melhorar, cada vez mais, o serviço que temos à oferecer. São oito empreendimentos econômicos, localizados nos municípios de Viçosa, Cajuri, Araponga, São Miguel do Anta e Ponte Nova, com os quais trabalharemos a nossa metodologia de incubação ao longo desse ano:

Segmentos

Empreendimentos Incubados

Agricultura Familiar e Agroecologia

Associação Desejo de Vencer; Cafeicultores de Araponga e São Miguel do Anta; Rede Raízes da Mata.

Artesanato e Cultura

Associação do Artesãos de Viçosa; Associação Quilomboa Herdeiros do Banzo; Casa Cultural do Morro; [Ponto de Cultura Palmeira Pequenina.

Reciclagem

Associação dos Catadores de Materias Recicláveis de Viçosa

Além do trabalho com os grupos incubados, no planejamento de 2014 está incluso também intercâmbios de metodologia e visitas a outras ITCPs de Minas Gerais, como a Incubatecs do Instituto Federal de Januária, e a ITCP da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.


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ITCProsa indica: F

ilme espanhol, de 1996, “Liberdade” (ou então “Libertárias”, em português de Portugal) fala sobre a guerra civil espanhola na década de 30, mais especificamente, sobre a participação de um grupo de mulheres na luta pela liberdade no país. Maria, personagem principal da história, é um freira que, após a rebelião do exército nacional contra o governo da Espanha, foi forçada a fugir de seu convento. Ela acaba se juntando a um grupo de mulheres de origens e classes sociais diferentes que se organizaram para lutar, de igual para igual com os homens, contra as tropas nacionais, se envolvendo, assim, diretamente com os rigores da guerra e da revolução social espanhola. É um filme que relata um importante acontecimento da história mundial, com uma abordagem bastante interessante, pois trata não apenas sobre a guerra, mas também de questões feministas, da busca pela liberade e pela emancipação social. Nas palavras do diretor, Vicente Aranda, o que ele quis contar foi a história de “mulheres que preferiram morrer de pé, como os homens, do que viver de joelhos, como criadas”.

“Nós somos anarquistas, somos libertárias, mas também somos mulheres e queremos fazer nossa revolução. Queremos ir à luta e exigir a nossa parte da conquista no momento da entrega.” Fala da personagem Pilar, interpretada pela atriz Ana Belén.


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