em comum? Trata-se de coletâneas de mangás – os em comum? Trata-se de coletâneas de mangás – quadrinhos japoneses – produzidas costumeiramente os quadrinhos japoneses – produzidas por autores novatos – ainda que alguns demonstrem costumeiramente por autores novatos – ainda talentos já tarimbados e propostas editoriais que alguns demonstrem talentos já tarimbados e interessantes – e disponibilizadas gratuitamente para propostas editoriais interessantes – e leitura via Internet.
disponibilizadas gratuitamente para leitura via Internet. Como não poderia deixar de ser, existem
quadrinistas nos mais variados níveis de qualidade. Como não poderia deixar de ser, existem Alguns muito bons, chegando a surpreender pela quadrinistas nos mais variados níveis de qualidade, e outros nem muito tanto, ainda iniciando na longaa qualidade. Alguns bons, chegando esurpreender tortuosa estrada autoral. pela qualidade, e outros nem tanto,
aindaMas iniciando na todas longa e tortuosa estrada em comum, partilham de um objetivo autoral. mostrar suas hq´s, serem conhecidos do primordial: públicoMas e dosem leitores. Espelhando modelo dosdebemcomum, todas opartilham um sucedidos almanaques japoneses, onde são compiladas objetivo primordial: mostrar suas hq´s, serem séries em quadrinhos, as enovas coletâneasEspelhando brasileiras conhecidos do público dos leitores. digitais de mangá leitores almanaques com séries o modelo dos presenteiam bem-sucedidos variadas, e servem mais um escoadouro de japoneses, onde como são compiladas séries em talentos quadrinísticos. Mas, podem ser algo brasileiras mais. quadrinhos, as novas coletâneas
digitais de mangá presenteiam leitores com Na relação quadrinhos x Internet, salta aos olhos séries variadas, e servem como mais um a perspectiva de autores e leitores de que a grande escoadouro de talentos quadrinísticos. Mas, rede mundial seria a maior vitrine para produtos podem ser algo mais.
artístico-culturais. Quadrinhos inclusos. Falta apenas a grandeNa sacada, o ovo de Colombox de pé, ondesalta autores relação quadrinhos Internet, aos conseguiriam obter lucro suas publicações olhos a perspectiva depor autores e leitores digitais, de que paraíso idealizado por qualquer a produzir sua arte, a grande rede mundial seriaum a maior vitrine para eprodutos com vistasartístico-culturais. a viver disto. Quadrinhos inclusos.
Falta apenas a grande sacada, o ovo de Colombo Contudo, o que me parece o maior poder das de pé, onde autores conseguiriam obter lucro coletâneas digitais de quadrinhos é o de campo de por suas publicações digitais, paraíso idealizado testes para a Seleção Natural darwinista: hq´s lançadas por qualquer um a produzir sua arte, e com e disponibilizadas gratuitamente, pesquisa-se quais as vistas a viver disto.
Contudo, o que me parece o maior poder das coletâneas digitais de quadrinhos é o de campo de testes para a Seleção Natural darwinista: hq´s lançadas e disponibilizadas gratuitamente, pesquisa-se quais as mais bem avaliadas e desejadas pelos leitores, sendo estas as selecionadas para edição continuada, quem sabe até mesmo convencionalmente, com exemplares impressos em bancas e livrarias. Ser um laboratório de marcas e brands, podendo chegar até as raias do desenvolvimento de produtos – as hq´s usuárias da estética mangá – poderia ser uma solução viável para os Quadrinhos, e isto independente de países e nacionalidades. Autores poderiam até tornar suas marcas famosas via publicação gratuita na Internet, buscando formas de auferir lucro com outros produtos realizados no “mundo real”. Ser o protótipo embrionário, garimpando e agregando qualidade aos poucos, para tornar uma marca forte, que não venderia apenas coletâneas impressas ou encadernações, mas sim ser trabalhada em todos os níveis desejáveis do licenciamento de personagens e comércio de brands. Um grande objetivo a ser alcançado pelas seminais coletâneas de quadrinhos.
mais bem avaliadas e desejadas pelos leitores, sendo estas as selecionadas edição ocontinuada, quem Contudo, o quepara me parece maior poder das sabe coletâneas até mesmo digitais convencionalmente, de quadrinhos écom o deexemplares campo de testes para a Seleção Natural darwinista: hq´s impressos em bancas e livrarias.
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EGOMAN, O INOFENDÍVEL (HERÓI), personagem criado por Rafa Santos e sucesso na antecessora Nanquim Digital, estréia novo arco de hq’s na agora Conexão Nanquim, edição 5. E já houve – até bem pouco tempo atrás – o impensado: leitor sugerindo a aposentadoria prematura do personagem, por “não estar mais tão em alta”. Ledo engano, caros leitores. Egoman ainda é o mesmo de sempre. O autor, Rafa Santos, apenas mudou parte da ABORDAGEM do personagem. Foi de leve. Contudo, claramente perceptível, ainda que não de todo compreendido. Sabe aquele comichão, de pura diversão, que você sentia ao ver nosso herói enfrentar que você sentia ao ver versões caricatas de celebridades nosso heróinacionais? enfrentar Saíram estas, e entraram em seu lugar alusões versões caricatas de aos comics e seus infindáveis super-heróis. celebridades nacionais? Saíram estas, e
Dos mais escancarados – egosinalentraram no telhado daem poliçaseu de gota – até as mais sutis – como o interesse romântico lugar alusões aos pulando a cerca – a exemplo dos super-traídos Homemcomics e seus infindaAranha e Superman. Até o soldado mais raso dos tipos de veis super-heróis. adversários de super-heróis aparece: um robô, a trocar sopapos com o Dos ego-herói. mais
escancarados – egosi-
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cerca – a exemplo dos
Contudo, ainda é cedo demais super-traídos para desqualificar tão promissor personagem. Nada para pegar o Egoman para Homem-Aranha e cristo, nem de preparar aquele boneco estampado com as Superman. Até o feições do Rafa Santos para a malhação do Judas na soldado mais raso dos semana santa.
tipos de adversários super-heróis aparece: um robô, a Sucesso, Rafa Santos, com seus personagens. trocar sopapos com o ego-herói. e produtos – as hq´s usuárias da estética mangá – poderia ser uma solução viável para os Quadrinhos, e isto independente de países e nacionalidades. Autores poderiam até tornar suas marcas famosas via publicação gratuita na Internet, buscando formas de auferir lucro com outros produtos realizados no “mundo real”. Trata-se apenas da primeira hq dede muitas.
Ser o protótipo embrionário, garimpando e agregando
até as mais sutis – como o interesse romântico pulando a cerca – a exemplo dos super-traídos HomemAranha e Superman. Até o soldado mais raso dos tipos de adversários de super-heróis aparece: um robô, a trocar sopapos com o ego-herói. O outro link da série, o das relações interpessoais, garantia de boa diversão, foi movido de maneira profana. Antes o grande problema a ser combatido pelo personagem, esta mesma figura protagonista sucumbe, como vítima dos relacionamentos humanos, pela via da namoradinha enrabichada por outrem. Sacrilégio... Contudo, ainda é cedo demais para desqualificar tão promissor personagem. Nada para pegar o Egoman para Tiradentes, nem de preparar aquele boneco estampado com as feições do Rafa Santos para a malhação do Judas na semana santa. Trata-se apenas da primeira hq de muitas. Sucesso, Rafa Santos, com seus personagens. s,
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independente
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Diversão! Pura, simples e descompromissada. É o que qualquer leitor vai encontrar em MONSTROLOGIA (BRA: 2009, Santiago Lovera), uma das melhores webcomics disponíveis no site da NHQ. Er... não achou Monstrologia divertida? Bem, algumas fatias de brownie sempre ativam os neurotransmissores do cérebro, responsáveis pelo bom humor... Na trama, acompanhamos uma aventura do caçador de monstros El Caveira, contra uma criatura folclórica, a Loira do Banheiro. Tal embate ocorre dentro de uma casa comum, cujos moradores interagem normalmente, tendo participações importantes na trama. O autor busca ambientar melhor o conceito apresentado, revelando haver algo como um toque de recolher – para resguardar cidadãos de ataques dos monstros? – uma Organização de trato com as criaturas monstruosas, e até mesmo os Protocolos Monstrologia. Mas os formalismos, comuns a qualquer série
mesmo os Protocolos Monstrologia. Mas os formalismos, comuns a qualquer série de entretenimento, param por aí. MONSTROLOGIA mostra-se como um desenho animado, tanto no roteiro quanto na arte. Dos roteiros non sense, claramente embasados no melhor do estilo zeitgeist de um Padrinhos Mágicos, por exemplo, o autor compõe uma obra divertida, desapegada de tons sisudos, cujo objetivo parece primar pelo entreter os leitores. E nisso obtém sucesso considerável. Um aparte, não comprometedor, fica por conta dos desenhos. Traço estilizado, certamente oriundo dos cartoons, veloz e desapegado. Aparenta nem mesmo ser alvo de arte-final, no que um controle de espessura das linhas utilizadas favoreceria bastante a estética dos desenhos. Do modo como está, remete àqueles desenhos feitos em caderno escolar, na
time de Matrix), dos tokusatsus (o ataque daquele robozão do Jaspion) e, claro, dos games (hadouken!), nosso caçador de monstros é sério candidato a representante da Cultura da Convergência, conjunto de postulados defendidos pelo escritor Henry Jenkins, onde a intimidade entre consumidores e produtos culturais, bem como das novas mídias eletrônicas e da Internet, cria uma assimilação e padronização de conceitos, bem como o desvirtuamento da propriedade dos tais produtos culturais. Pode não agradar a muitos as cutucadas subliminares do roteiro, no caso o pequeno feitiço feito com sangue, pancadas e moto perpétuo para invocar um dos monstros, ou a frase-bordão de El Caveira, “só o rock salva”.
modo como está, remete àqueles desenhos feitos em caderno escolar, na hora da aula, burlando a chatice de alguma matéria sendo ministrada. Vendo por este aspecto, o de despojamento da arte, nem falarei das cores, pois matariam este aspecto de rascunho rápido e veloz. Hah! Quanto foi a última vez, nestes tempos de “fotoxops” e “coreldráus”, que uma webcomic poderia viver sem cores? Pois MONSTROLOGIA consegue tal proeza. A ação também mostra-se como forte integrante da obra, sendo improvável não divertirse com as citações da cultura pop, levadas a cabo por El Caveira, quando ataca os monstros da vez. Com golpes herdados do cinema (Apolo Creed, o lutador negro da série Rock, ou o bullet time de Matrix), dos tokusatsus (o ataque daquele robozão do Jaspion) e, claro, dos games (hadouken!!!), nosso caçador de monstros é sério candidato a representante da Cultura da Convergência, conjunto de postulados defendidos pelo escritor Henry Jenkins, onde a intimidade entre consumidores e produtos culturais, bem como das novas mídias eletrônicas e da Internet, cria uma assimilação e padronização de conceitos, bem como o desvirtuamento da propriedade dos tais produtos culturais.
Pode não agradar a muitos as cutucadas subliminares do roteiro, no caso o pequeno feitiço feito com sangue, pancadas e moto perpétuo para invocar um dos monstros, ou a frase-bordão de El Caveira, “só o rock salva”. Contudo, levando-se em conta a verve humorística da obra, bem como o caráter autoral, pode passar como simples ironia. Se fosse em uma revista infantil, para venda em
Contudo, levando-se em conta a verve humorística da obra, bem como o caráter autoral, pode passar como simples ironia. Se fosse em uma revista infantil, para venda em bancas, “ritual com sangue” ativaria imediatamente o modo PROHIBITED NOW de qualquer editor ou sensor de conteúdo. Facilidades da magnânima Internet... Fica aqui a torcida para, dentro de suas possibilidades, o autor possa dar continuidade a tão divertida webcomic. E fica o apelo para outros quadrinistas explorarem o amalucado estilo de roteiros de MONSTROLOGIA. Explorar, mas com a mesma qualidade autoral vista em El Caveira e sua troupe. E acreditem, posso atestar pessoalmente: após um longo e puxado dia de trabalho, nada como um beijo estalado e o sorriso sincero de um bebê para te desestressar. El Caveira sabe das coisas...
mundial em tiragens de exemplares lança um concurso de abrangência também mundial, para premiar hq’s de qualquer cantinho obscuro do planeta. Basta apenas seguir as regras dos japos, enviar a(s) obra(s) e se acabar na expectativa, esperando ser premiado com milhares de dezenas de dinheiros em jogo. Pois isto está acontecendo, pois a Shonen Jump, coletânea nipônica lançou um concurso internacional, para premiar obras em quadrinhos. E dá para também imaginar o aaaaaaa cataclisma causado por tal aaaaaa evento nos quadrinheiros, aaaaa amadores ou não, ao aaaaaa redor do planeta.
Estímulo. Este é o principal e maior efeito que o concurso da Shonen Jump causa sobre os quadrinheiros. Por tratar-se de uma oportunidade, auto-contida em si mesma e desatrelada de quaisquer outras condições, como formação acadêmica ou atuação profissional prévia na área de Quadrinhos, assemelha-se a uma aposta, com possibilidades aaaaaaaaa lotéricas de sucesso. E o tal de “mercado brasileiro de mangás” no título do texto? Esta possibilidade surgirá após o Concurso da Jump. Com o navio mercante abarrotado de produtos, será a vez dos piratas locais o abor-
darem e iniciarem o saque... TODOS OS MANGÁS, E DEMAIS HQ’S DE ESTÉTICAS DIFERENTES DO MANGÁ SERÃO UM TESOURO EDITORIAL – Exato. Todas as obras enviadas para o Concurso da Shonen Jump são passíveis de reutilização, tão logo termine o evento. Claro, existirão níveis diferentes de qualidade nestas obras quadrinísticas. Dos mais amadores, passando pelos promissores, mas ainda não tão bons assim. E chegando aos muito bons. E aos excelentes. Após o evento encerrado, os autores se voltariam para sua própria terrinha, e o que temos por estas bandas para atendê-los em termos mais, digamos, editoriais? E aí está a hora do mundo real. Vá às bancas e veja. Nossas opções são: a) empresas republicadoras de quadrinhos japoneses; b) empresas republicadoras de quadrinhos norte-americanos; c) empresas republicadoras de outros quadrinhos estrangeiros – manhwas, fumettis, funnies, etc.; e d) pouquíssimos títulos nacionais, focados em uma ou outra iniciativa longeva. Em termos históricos, o material estrangeiro sempre prevaleceu nas bancas brasileiras, e pelos motivos mais óbvios. Chegam prontos, faltando apenas traduzir, fazem parte de estratégias abrangentes de marketing, qualidade autoral elevada. Investir em quadrinhos locais requer o mesmo parto de outro investimento empresarial qualquer. Vontade, planejamento e projeto, início das atividades, gestão e controles administrativos necessários. Tudo muito trabalhoso e ainda sob o risco de insucesso, infortúnio este seguido da perda do capital investido. E mesmo que um sucesso editorial inicial aconteça, teriam os autores locais a postura profissional de dar continuidade à produção de uma revista periódica? Talvez tal pensamento – o de ser um autor constante, um mangaká profissional – passe ao longe da mente dos “apostadores” do Concurso da Jump.
nal – passe ao longe da mente dos “apostadores” do Concurso da Jump. Talvez editar cada obra no formato de livro seja uma boa alternativa, pois mudaria o enfoque do produto editorial resultante, e não estaria atrelada às exigências da produção constante dos periódicos. Fala-se à boca pequena que a própria Jump está sondando, via seu concurso internacional, abordagens e visões autorais diferentes das vistas em seu mercado editorial nativo. Os japoneses estão em vias de verem séries de sucesso concluídas, e precisam de algo para pôr no lugar, para impedir – ou ao menos minimizar – a fuga de leitores e, consequentemente, quedas bruscas e significativas na vendagem das revistas. Quem diria, não? Os poderosos editores de mangás precisando da visão de outros povos para injetar uma revitalização criativa em suas editorias. Talvez também busquem personagens criados com padrões, digamos, mais globalizados, o que poderia resultar em mangás mais passíveis de agradar leitores em níveis mundiais, incrementando as possibilidades de futuros sucessos editoriais. E quem poderia estar no timão desta abordagem ao tesouro das hqs produzidas para o Concurso jumpiniano? Quem tiver visão – e a ousadia – de se aventurar nesta empreitada. Que tais editores e Editoras, intrépidos e conscientes dos riscos envolvidos, se apresentem e aproveitem – mais uma – chance de revitalizar os quadrinhos brasileiros genuínos. Boa sorte aos mais intrépidos ainda mangakás brasileiros no Concurso. E obrigado aos editores da Jump, proponentes deste contest. ...........Shonen Jump, apoiando a produção brasileira de hq’s. Ainda que seja de forma indireta... hah! Abraços.
Episódio 01: “SERÁ QUE ELA ESTÁ POR AQUI A ESTA HORA?” Roteiro & Desenhos:
FRANK DELMINDO