Complexo Educacional Escola Classe 407/408 Norte - Brasília, DF.

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Introdução

Memorial Descrição Análise Reconhecimento e qualificação Intervenção O projeto Diretrizes projetuais Inserção no contexto urbano Planta Urbana de Localização Planta Urbana de Implantação Mapa de Fluxos Mapa de Hierarquia Viária Mapa Operacional Mapa de Cheios e Vazios Mapa de Uso do Solo Mapa Preservar/Demolir Programa de Necessidades Zoneamento Layouts Acessibilidade Cortes

Fachadas Perspectivas


Projeto desenvolvido para disciplina PROAU 8, no semestre 2.2020, com o objetivo de intervir em objeto construído no âmbito do patrimônio, com base nos conceito de valores, autenticidade e integridade, dentre outros relevantes no arcabouço teórico-metodológico da disciplina. A área de intervenção desse semestre se encontra na SQN 407/408, no plano piloto da cidade de Brasília - DF, sendo o objeto de estudo a Escola Classe 407 N projetada pelo arquiteto Milton Ramos no início dos anos 60. Trata-se de obra exemplar da arquitetura moderna, inserida numa cidade que por si só já é Patrimônio Histórico e Cultural da humanidade pela UNESCO. Sua inserção central na Superquadra – conceito da unidade de vizinhança típico da cidade de Brasília - faz parte do Plano Educacional idealizado pelo antropólogo e educador Anísio Teixeira para todo o Ensino Fundamental. Ao longo deste trabalho serão apresentadas análises acerca de sua inserção urbana, das intervenções e mudanças ocorridas ao longo do tempo, quais as propostas de intervenção e suas motivações.



Estrutura geral do Memorial Justificativo e Descritivo:

Descrição Escola Classe 407 Norte Importância do tema Análise Histórico Condicionantes físico-climáticas Reconhecimento e qualificação Declaração de Significância Intervenção Objetivos da intervenção Bases teórico-metodológicas

Descrição O objeto de estudo escolhido para a elaboração de uma proposta de intervenção foi a Escola Classe 407 Norte, um importante equipamento público, com alunos do 1º ao 5º ano, localizado no Plano Piloto da cidade de Brasília, DF. A Escola foi projetada pelo arquiteto Milton Ramos, sendo construída no início dos anos 60. Se caracteriza, portanto, como obra da Arquitetura Moderna, apresentando atributos específicos que serão tratados a posteriori. A obra se insere na Unidade de Vizinhança de Brasília, conhecida como Superquadra, e exerce um papel fundamental devido à sua localização central, pois pertence ao Plano Educacional de Brasília e possui forte simbolismo.

SQN 407/408


Tendo em vista os desafios à conservação de obras exemplares da Arquitetura Moderna, tais como: 1. A polêmica envolvendo a retirada ou manutenção da pátina do tempo; 2. A rápida degradação dos revestimentos e materiais em relação às obras tradicionais (em decorrência da experimentação de novos materiais e técnicas que ainda não tinham seu desempenho comprovado na época); 3. Correlação clara entre forma-função (o que dificulta a adaptação das edificações que já não tem condições de exercer a função original); 4. Concepção dos projetos como obras de arte acabadas (impedindo ou dificultando a inserção de adições, ampliações ou modificações); 5. A difícil apreensão social das obras como importantes de serem conservadas (pela proximidade cronológica, não há o distanciamento temporal necessário para que a sociedade identifique as obras da Arquitetura Moderna como testemunhas de uma época); É de extrema importância se debruçar sobre obras modernas, como é o caso da Escola Classe 407 Norte, destrinchar seus atributos, reconhecer os valores relacionados e elaborar planos de conservação ou intervenções cuidadosas, quando necessário, pois os desafios citados anteriormente colaboram para o abandono de obras do período, demolições precoces, desconhecimento, sendo assim, um tema extremamente atual e de grande revelância para manutenção do Patrimônio Moderno brasileiro.

Análise

Histórico O arquiteto Milton Ramos concebeu a Escola Classe em 1966, junto com o projeto das Superquadras 408 e 407 Norte, com apenas um edifício construído. A Escola abriga dois painéis de autoria de Athos Bulcão, sendo o da fachada principal, azujelar. Ambos foram restaurados em 2013 pelo restaurador Wagner Mathias, sendo esta a única escola da asa norte (plano piloto) com esse privilégio, e a partir disso compõe o acervo de obras e monumentos da cidade de Brasília. Como outras escolas do DF, inicialmente não foi previsto cercamento para a Escola Classe, e este foi adicionado posteriormente.

Escola Classe 407 Norte (1966), croqui. Milton Ramos. Fonte: acervo do arquiteto

Escola Classe 407 Norte (1966). Milton Ramos. Fonte: acervo do arquiteto


Análise Condicionantes físico-climáticas

Ventos do período chuvoso - Noroeste

A Escola Classe está situada no centro de uma Superquadra, sendo os principais fluxos de pedestre advindos da via L2 Norte, e chegadas em maior número de carro. O terreno possui um caimento leve na direção do Lago Paranoá. A cidade de Brasília possui duas estações bem definidas de seca e chuva, com ventos correspondentes como indicado na imagem.

Ventos predominantes Leste

Ventos do período da seca - Sudeste


Reconhecimento e qualificação Como obra modernista, é possível identificar na Escola atributos que compõe a sua identidade (e marcam o período histórico). Esses atributos podem ser de natureza física (objetos) ou imaterial (processos). A identificação dessas características é imprescindível para a sua conservação, pois a partir do reconhecimento de seus atributos e dos valores vinculados (conceito cunhado por Aloïs Riegl, em sua obra "O culto Moderno aos Monumentos - 1903) é que será possível estabelecer sua significância cultural. Uso do concreto aparente

Escala e inserção

Painéis azulejares

Arquitetura como obra de arte

Composição plástica e criação artística

Valor simbólico: formação dos cidadãos brasileiros

A Escola foi concebida como uma obra de arte, entendida como uma "jóia" da Arquitetura Moderna, num conjunto harmônico e com forte caráter plástico e artística que "termina em si mesmo", o que dificulta a implementação de adições e modificações, tendo em vista que cada fachada foi pensada de forma única, compondo o todo. Sua composição com painéis azulejares, brises (originais) em concreto aparente e formas puras fazem parte dos atributos que compõe sua significância cultural, além de sua composição interna em três eixos, sendo o eixo central de circulação, perfilado por duas alas de salas de aula, e a estrutura em vigas duplas de concreto armado que são multifuncionais (sustentação, delimitação interna, calha, iluminação). Ainda, tem-se a pátina do tempo presente na obra, elemento controverso e de difícil valoração dentro da Arquitetura Moderna, justamente pela sua concepção como obra de arte acabada, como é tratado no texto "Por uma agenda de discussões sobre a conservação da Arquitetura Moderna" da autora Flaviana Barreto Lira. A obra possui, a partir de análise feita sobre cada uma de suas fachadas, zoneamento interno, Plano Educacional e inserção urbana, valor histórico, artístico, cultural, de antiguidade, simbólico e econômico em potencial, devido a possibilidade de inserção numa rota cultural. A partir disso, são reconhecidos os seus valores perante o grupo social na qual está inserida, e são traçadas as balizas para ações de intervenção.


Intervenção Com base na Declaração de Significância desenvolvida, foram definidas orientações para as tomadas de decisão, baseadas em conceitos essenciais à prática da conservação e do restauro, presentes na Carta de Veneza (1964), a saber: 1. Princípio da Distinguibilidade; 2. Reversibilidade; 3. Mínima Intervenção; 4. Compatibilidade de técnicas e materiais de intervenção; 5. Compatibilidade de usos (entendendo que o uso não é um "fim", mas um "meio" para a preservação). A partir disso, buscou-se agir num equilíbrio entre valor histórico (documental, certo tempo e lugar) e artístico (por meio do qual é a obra de arte), de forma coerente com a visão do Restauro Crítico, firmada por Cesari Brandi em sua Teoria da Restauração (1963). Foram firmados, com base nas necessidades da Escola e das balizas de ação, os seguintes objetivos: - Quando possível, resgatar a materialidade original da Escola, que caracterizava a concepção do arquiteto; - Preservar (e incentivar) o caráter público e interface com o espaço urbano; - Fortalecer e enaltecer o caráter simbólico da Escola, enquanto equipamento público de formação dos cidadãos brasilienses, num novo modelo Educacional; - Adicionar, de forma harmônica com o volume existente, novos espaços, a saber: biblioteca e espaço multiuso; - Abarcar necessidades contemporâneas de higienização e distanciamento; - Proporcionar maior conforto térmico, luminoso, ambiental; - Incentivar a apropriação do espaço urbano ao redor da Escola, educando sobre sua importância.

Story Board 1

-Definição da biblioteca (volume quadrangular) no espaço de "clareira" existente entre a Escola Classe e os blocos da Superquadra; -Definição de volume purista (cubo) no intuito de manter harmonia com o volume existente; -Readequação das calçadas existentes para abarcar fluxos; -Realocação do parquinho existente, criando uma praça; -Definição do espaço multiuso (retangular) em referência aos blocos da superquadra; -Desenho de piso como forma de apropriação do espaço urbano.

-"Quebra" do volume quadrangular da biblioteca em um "tripartido", abrigando diferentes funções em razão de sua proximidade ou distância do parquinho, e pelo tamanho; - Criação de espaço central simbólico (abarcamento de fluxos e efeito surpresa); - Criação de várias fachadas internas, deixando o exterior mais sutil.

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3

-Definição de funções, onde o espaço trapezoidal abriga o acervo, tendo a vegetação como forma de delimitar espaço mais "intimista"; - Redesenho das formas buscando evitar a criação de pontas ou espaços muito estrangulados; - Definição de uma cobertura única marcando o todo.



1. Recuperar e incrementar elementos lúdicos;

Orientações para ação:

a. Perdidos por meio da pintura de elementos arquitetônicos nas cores branca e azul, perda de texturas originais dos materiais (concreto aparente), simplificação de formas e composições (brises); b. Fazer uso de premissas do Urbanismo Tático como forma de incentivar a apropriação do espaço público ao redor da escola. Modo de intervir baseado em ações pontuais de pequena escala, que visam a mudança de cultura e comportamento a longo prazo;

- Vínculo/elo entre antigo e novo; - Cuidado com a inserção na superquadra (conceito da Unidade de Vizinhança); - Apropriação dos fluxos existentes como partido projetual; - Paisagismo/Urbanismo Tático com materiais duradouros, uso de cores, texturas e diferentes superfícies; - Criação de espaço flexível com possibilidades de vários usos (desde promoção de eventos escolares, realizações de festas típicas até campanhas de vacinação, palestras e reuniões públicas); - Manter a unidade e percepção visual da Escola, entendendo sua concepção como obra de arte;

2. Educar e conscientizar sobre principais premissas do modelo educacional adotado; a. Caráter público, formação de pessoas capazes de se integrar socialmente, de forma consciente; b. Ações de educação patrimonial para conscientização sobre a importância do Plano Educacional de Anísio Teixeira para formação da identidade e cultura brasilienses;

3. Assegurar às crianças;

segurança

e

salubridade

a. Propiciar suficientes aberturas para ventilação cruzada, maior conforto térmico e disponibilizar ambiente de higienização;

Ações: - Criação de desenho de piso lúdico, interligando a Escola com os volumes propostos; - Desenho de piso integrado à acessibilidade; - Recuperação de texturas em concreto aparente; - Remodelagem do pátio interno da Escola; - Intervenção com vistas à permeabilidade visual, dinamismo, conforto e respeito ao patrimônio nas fachadas Norte e Sul da escola; - Criação de fachadas com design interessante, diversas, lúdicas e com possibilidade de interação; - Implementação de mais áreas verdes e arborização.



A Escola Classe 407 Norte está localizada no Plano Piloto de Brasília, próximo à Universidade de Brasília, na altura das quadras 407/408 Norte. Tratase de um importante equipamento urbano, pois faz parte do Plano Educacional de Brasília, no qual são pensadas Escolas Classe para compor a Unidade de Vizinhança, no sentido de desenvolver a nação brasileira, educando cidadãos conscientes e sociáveis.

Sua inserção na escala residencial (Superquadra) confere um aspecto simbólico, pelo fato de ser, desde sua concepção, essencialmente pública, idealizada segundo o pensamento do sociólogo Anísio Teixeira, fazendo com que a Escola seja apropriada pelos moradores e pelos usuários de forma afetiva e simbólica. Sua localização é privilegiada pela proximidade de vias estruturantes, como a L1 Norte, L2 Norte e Eixinho, tornando possível a chegada com o uso do transporte público, como o ônibus. No entanto, a travessia no sentido OesteLeste para os pedestres é mais dificultada do que no sentido Norte-Sul, pela falta de calçadas bem dimensionadas e caminhos diretos. Neste projeto de intervenção, visa-se a atuação na escala urbana e na escala arquitetônica, buscando entender a Escola do ponto de vista de seus valores, de suas potencialidades, de sua história e de sua inserção urbana.








1

2

3

1

BIBLIOTECA

2

ESCOLA CLASSE

3

ESPAÇO MULTIUSO


1

1

BIBLIOTECA

2

ESCOLA CLASSE

3

ESPAÇO MULTIUSO

2

3 Escala – 1:20000



Ficha Técnica Biblioteca

Ficha Técnica Espaço Multiuso

Área do terreno: 675 m²

Área total: 615 m²

Área construída: 354 m²

Área construída: 400 m²

Quantidade de volumes: 3

Quantidade de volumes: 2

Estrutura: Concreto, Madeira e Aço

Estrutura: Concreto e Aço

Cobertura: Policarbonato

Cobertura: Concreto

Pavimento: Térreo

Pavimento: Térreo

Programa - Biblioteca

Programa - Multiuso

▪ Administração/Serviços: 92 m²

▪ Área de serviços: 14 m²

Recepção: 51 m² Sanitários: 23 m² Copa: 11 m²

▪ Cozinha/Copa: 55 m²

▪ Acervo/Estudo individual: 163 m²

▪ Salão Central: 202 m²

▪ Estudo coletivo: 99.50m²

▪ Uso: Reservado à Escola com horários para uso público

▪ Uso: Reservado à Escola

▪ Sanitários: 23 m²

​Auditório/Sala de projeção: 93 m²


1. Biblioteca

▪ Volume Triangular

N

Recepção Sanitários Copa ▪

Volume Trapezoidal

Acervo/ Estudo individual ▪ Volume Quadrangular Área de estudo coletivo

2. Escola - áreas de intervenção

Sanitários Área de higienização Pátio interno Biblioteca Diretoria

Secretaria 3. Espaço Multiuso

Sanitários Área de serviços

Copa/Cozinha Auditório/Sala de projeção

Escala – 1:20000


1. Biblioteca

2. Espaço Multiuso

▪ Área terreno: 675 m² ▪ Área construída: 354 m²

▪ Área terreno: 615 m² ▪ Área construída: 400 m²

▪ Volume Triangular Recepção Sanitários Copa

Escala – 1:3500

Escala – 1:5000

N

N

▪ Volume Trapezoidal Acervo/ Estudo individual ▪ Volume Quadrangular Acervo/ Estudo individual

Salão Central Sanitários Área de serviços Copa/Cozinha

Auditório/Sala de projeção


3. Escola - áreas de intervenção

Biblioteca e sala de recursos Diretoria Secretaria

Área de higienização Pátio Interno Sanitários PCD Sanitários

N Escala – 1:1000


▪ Pátio interno – Escola - Desenho de piso seguindo a paginação de piso da praça da Biblioteca;

- Criação de jardins retangulares paralelos aos bancos existentes e que irão servir para drenagem da água da chuva;

- Bancos em alturas diferentes localizados nas extremidades do pátio, deixando o centro livre para circulação.

Manutenção de árvores existentes

N Escala – 1:1000

Piso com inclinação de 2% para este jardim drenante. Planta chave


▪ Sanitários + Área de Higienização, Direção e Secretaria

- Área de higienização prévia;

- Criação de uma sala exclusiva à diretoria com sanitário e sala de reunião compartilhada;

- Adaptação do banheiro PCD com base nos padrões estabelecidos pela NBR 9050;

- Criação de uma secretaria com acesso à sala de reunião compartilhada e sanitário.

N Escala – 1:3500 Planta chave


▪ Biblioteca interna Escola

- A Biblioteca existente na escola foi mantida, tendo alterações em seu layout e com alteração da parede que a divide com a sala de recursos, ganhando um pouco mais de área;

- O novo layout tem como proposta mobiliários de estudos individuais e coletivos, respeitando as áreas de circulações e podendo ser reorganizado.

- Esse espaço foi mantido por questões de segurança das crianças, principalmente a das séries iniciais, por não precisarem se locomover à um outro ambiente fora do módulo da escola;

N Escala – 1:3500 Planta chave


▪ Módulo de sanitários

- Nesse módulo, já existia um espaço dedicado à banheiros acessíveis, mas que não estavam no padrão estabelecidos pela norma de acessibilidade;

- Foram destinados nesse módulo, duas áreas exclusivas para acomodar materiais de limpeza dos banheiros.

- Foram criados então, dois banheiros para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, feminino e masculino;

N Escala – 1:3500 Planta chave


▪ Biblioteca – Tri Partido

- O novo projeto para a Biblioteca foi pensado para atender os alunos da Escola Classe e em horários específicos, atender a comunidade local; - O edifício é formado por três volumes distintos: administração, acervo e área de estudo coletivo; - A administração é o volume proposto para receber os usuários, tendo uma recepção com planta livre, sanitários e um espaço de apoio para os funcionários;

- O acervo é o ambiente mais reservado, destinado aos livros e materiais de estudo. Esse ambiente também tem como proposta um espaço de estudo individual. - O ambiente de estudo coletivo tem como proposta um layout de planta livre, com um apoio central para funcionário e mobiliário em sua volta; - Todos os volumes são fechados por portas de correr em madeira.

Escala – 1:3500


N

▪ Espaço Multiuso

Escala – 1:3500

- O Espaço Multiuso tem como proposta, ser um espaço dedicado à atividades da Escola Classe, como festas culturais, apresentações de trabalhos, gincanas, encontros, cursos, palestras, campanhas públicas de educação e saúde, ou qualquer outra ação da escola que necessite de um espaço mais abrangente;

1

- O Programa acontece nas duas extremidades do módulo, deixando um vão livre de 20 metros, que configura o salão central (espaço flexível, que pode ser usado como extensão dos outros volumes);

- No Programa 1, estão os sanitários, uma área de serviço e um ambiente com infraestrutura de cozinha, caso necessário; - A proposta do Programa 2 é uma sala de projeção, que possa receber um público maior, também sendo utilizado como auditório.

2


- Sinalização tátil/acessível integrada ao ambiente;

- Elegante, inteligente, intuitivo;

- Forte preocupação com a estética;

- Liberdade de movimento (apenas indicação de barreiras e caminhos possíveis);

- Sem discriminação (caminho comum vs caminho acessível);

- Diferenciação pela textura;





Biblioteca - Pilares em madeira, com detalhe em aço e base concretada (contato com vegetação);

- 10cm por 10cm, distados a cada 10m; - Sustentação da cobertura de policarbonato.

- Integração com arborização;

N Escala – 1:3500 Locação pilares


Biblioteca


Espaço Multiuso

N Escala – 1:3500 Locação pilares

- Pilares em concreto, com detalhe e base em aço; - Pilares 20cm x 20cm;

- Distados a cada 10m


Espaço Multiuso


Corte Longitudinal - Espaço Multiuso


Fachada Oeste


Biblioteca

As fachadas da biblioteca foram pensadas para apresentar uma diversidade de formas e texturas, que podem ser apropriadas pelas crianças e demais usuários de forma lúdica, garantindo um edifício com forte caráter interativo. Para a fachada oeste, foi pensando um cobogó em concreto com aberturas discretas, permitindo maior permeabilidade visual para a praça, onde foi desenvolvido o paisagismo, sem quebrar com o elemento surpresa que se dá pela abertura mais estreita, levando ao espaço central aberto, permeável e simbólico. A materialidade das fachadas se dá principalmente por madeira e concreto, utilizados de maneiras diversas, explorando a capacidade estética e formal dos materiais, alé m das texturas diferenciadas, que foram usadas na passagem da fachada sul com uma linguage m tátil, aonde a textura das paredes indica haver algo importante à frente, guiando o usuário ao longo do caminho.

Fachada Oeste

Fachada Norte

Fachada Leste

Fachada Sul


Escola

Fachada Oeste

Fachada Norte

De acordo com as diretrizes traçadas a partir da declaração de significância, buscou-se trazer para as fachadas da Escola Classe um retorno ao lúdico, perdido com as modificações ao longo do tempo, gerar conforto e maior permeabilidade visual.

Na fachada oeste propõe-se a volta do concreto aparente como materialidade da marquise, na entrada principal. Na fachada norte, propõe-se uma intervenção com caráter removível, com painéis metálicos cobertos por trepadeiras, onde antes se tinha uma parede cega.

Planta chave


Escola

Fachada Leste

Fachada Sul

Na fachada leste, optou-se pela não intervenção na parede curva, cuja forma foi interrompida pela inserção de uma porta, pelo entendimento de que qualquer intervenção poderia fazer perder-se muito da materialidade original. Considerou-se que a modificação não seria proveitosa, com mais perdas do que ganhos.

Já na fachada sul, cujos painéis coloridos são de autoria de Athos Bulcão, optou-se pela reabertura dos vãos, buscando maior conforto pela entrada de ventilação e permeabilidade visual. Foram usadas telas metálicas nas cores originais das aberturas para fazer o fechamento, sendo que sua instalação é feita na parte interna com fixação no piso, não tocando na materialidade original.

Planta chave


Espaço Multiuso

Fachada Oeste

As fachadas do espaço multiuso foram pensadas com o intuito de conferir ritmo à edificação, com recuos alternados entre fechamentos e aberturas onde for necessário. A materialidade em concreto tem como objetivo remeter aos blocos da superquadra, além de fortalecer o aspecto modernista do projeto pelo uso do concreto aparente e da composição formal pura. Na fachada percepe-se a leveza conferida pelo vão livre, formando uma espécie de "pórtico" pelas duas volumetrias nas extremidades. Fachadas Norte e Sul










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