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Capa: Márcio Monteiro
Guarulhos 26/8/2011 - ano 2 - nº 93 www.revistaweekend.com.br
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[ EDUCAÇÃO ]
Adeus, letra de mão! Lei nos Estados Unidos torna opcional o ensino dessa forma de escrever Por Tatiana Soledade | Foto: Divulgação
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etra de mão. No passado, ela era tão valorizada que muitos, principalmente estudantes, praticavam-na exaustivamente nos inesquecíveis cadernos de caligrafia. Pois bem. O tempo passou, a modernidade chegou e trouxe com ela a ameaça do desaparecimento definitivo da letra cursiva, por enquanto apenas nos Estados Unidos, já que, por conta de uma lei local, seu ensino será opcional no Estado de Indiana. A decisão deve ser seguida por mais de 40 estados americanos que também consideram ultrapassada essa forma de escrever. Na avaliação deles, é mais importante se concentrar no ensino da letra bastão (de forma). Nos últimos 30 dias, a lei gerou polêmica nos Estados Unidos. Quem a defende é o grupo de estados integrantes do Commom Core Stated Standards Initiativa (iniciativa para um padrão comum de currículo), responsável por tentar padronizar o ensino básico no país. O grupo vale-se do argumento que, atualmente, as crianças praticamente não precisam mais escrever as letras com caneta ou lápis no papel. Também enfatiza que seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente, já que quase
toda a comunicação se dá por meio de letras de forma nos celulares e computadores. A gerente técnica Miriam Augusto da Silva, que atua na Divisão de Políticas para a Educação Fundamental e EJA (Ensino de Jovens e Adultos), da Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, explica que os alunos da rede são alfabetizados com letra bastão, pois é a mais fácil de ser aprendida pelo fato de assemelhar-se aos traços dos desenhos feitos pelas crianças nessa fase da vida. Segundo ela, somente após alfabetizado é que o aluno aprende a letra cursiva. “As crianças gostam da letra de mão e querem aprender, pois veem os adultos a utilizarem. Trata-se de uma escrita tradicional. Reconheço que a tecnologia avança cada vez mais; entretanto, não acredito que no Brasil ela possa deixar de existir tão cedo”. Quem compartilha da opinião de Miriam é a pedagoga Maria Célia Mendonça de Alvarenga, professora no segundo ano do ensino fundamental da EPG Evanira Vieira Romão, que fica na vila Augusta. “Não sou a favor de tirar a letra cursiva de vez do currículo como irá ocorrer nos Estados Unidos”. ■■
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