REVISTA
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SUMÁRIO
REPORTAGENS & ENTREVISTAS 16 Mudanças na regra exigem judocas com maior fundamento técnico 42 Paulo Wanderley é reeleito presidente da CBJ 48 Rio Grande do Norte sediará brasileiro Norte-Nordeste de Karatê-Dô Tradicional 88 Alessandro Puglia iniciará nova era 92 Copa Murilo de karatê teve a participação de 826 atletas 106 Casanova explica por que fundou a World Judo Federation 110 O Judô como Jigoro Kano sonhou 112 Paranaense farão intercâmbio com Japão 132 Mato Grosso celeiro de campeões II 138 Palmeiras inaugura centro de treinamento 146 Mauro Silva é reeleito por aclamação 148 NDU busca novo caminho para o deporto universitário paulistas 158 Flamengo encerra departamento de judô
REVISTA
COMPETIÇÕES E EVENTOS 20 Open Cidade Maravilhosa 44 FPrJ Realizou Credenciamento Técnico 2013 56 Reunião dos delegados marca fim da era Francisco de Carvalho 60 Treinamento de campo das seleções da França, Holanda e Brasil reuniu olímpicos 62 Alexandria Open Melhor seria quase impossível! 66 Credenciamento técnico paulista bate novo recorde 74 Brasil trás quatro medalhas do US Open 76 FPJ promove curso para padronização e qualificação de palestrantes 96 UNIP é octacampeã dos JUBs 100 São Paulo terá mais 10 centros para atletas de alto rendimento 114 Copa São Paulo abriu 2013 com chave de ouro 131 Pará Premia Melhores de 2012 140 Seletiva paranaense define equipe que disputará o Brasileiro da Região V 147 FPJ cria vice-presidência de honra 150 Fejet premia melhores do ano no Tocantins 152 Paraná tem 30 novos faixas pretas
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UNÂNIME BRASIL ELEGE CARLOS FERNANDES PRESIDENTE DA CBTKD
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QUERO LEVAR O JUDÔ PARA TODOS ESTADOS DO PAÍS
YASUTAKA TANAKA O SHIHAN DO BRASIL
SEÇÕES FIXAS 04 Editorial & Expediente – Novas perspectivas e velhos objetivos 32 Nutrição Desportiva - Prós e contras da pesagem no dia anterior da competição 50 Medicina Esportiva – Vencer a qualquer preço? 64 Aspectos Pedagógicos – Competir ou cooperar, eis a questão! 98 Psicologia do Esporte – Neuroplasticidade Aplicada ao ensino e ao treinamento de artes marciais 136 Kodansha em Foco - Masahiko Mori São Paulo perde outra referência 154 Treinamento Esportivo – Ombro de Campeão
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GOSHIN-DÔ 2013 O GRANDE MOMENTO DE INTERCÂMBIO
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A GATA DESTA EDIÇÃO RAFAELA RUIZ
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PARANÁ REALIZA SEMINÁRIO DE ARBITRAGEM 2013
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
Quero levar o judô para todos estados
Após cumprir cinco mandatos históricos à frente da Federação Paulista de Judô, Francisco de Carvalho surpreendeu a todos anunciando o fim de sua permanência na presidência da entidade, abrindo espaço para as incertezas de todos que estavam acostumados com seu carisma, liderança e visão. Leia a entrevista exclusiva concedida à Budô, e entenda os motivos que levaram este velho samurai a ver o poder e suas batalhas, sob outros pontos de vista. O que o levou à vice-presidência da Confederação Brasileira de Judô?
Estou há vários mandatos à frente do judô paulista, e acho que chegou a hora de entregar esta responsabilidade para outro dirigente. Esta é uma atitude lógica. Todos que acham que podem perpetuar-se no poder acabam saindo pela porta dos fundos. Quero ter a honra de sempre sair pela porta da frente de todos os locais por onde passei. Esta decisão foca exatamente isso. O poder desgasta, o poder isola, o poder por um longo período diminui as perspectivas de realização. E não gosto disso porque, para mim, cada dia tem de ser um novo desafio, todo dia tenho de ter vontade de fazer alguma coisa, todo dia tenho de ser motivado para fazer alguma coisa diferente, algo que me projete adiante. Tenho mais de 60 anos, mas ainda guardo essa mesma vontade como se eu fosse um garoto. Talvez não tenha mais a mesma jovialidade para fazer, mas a vontade é a mesma.
Mas por que ocorreu uma mudança tão repentina e radical?
Você me acompanha há muito tempo e sabe que já tinha programado esta saída. Imaginava uma briga mais acirrada pela CBJ, mas no fim do ano fiz a cirurgia de transplante de fígado e, em momentos como este, a gente pensa e repensa toda a nossa existência. Refleti muito sobre poder, realizações, família, conquistas, perdas, amigos e sobre as pessoas que trabalham comigo. Esta soma de reflexões me fez parar, calçar o chinelo, e decidir dar espaço para aqueles que são muito mais jovens e têm uma perspectiva de realização maior. Pessoas que contam comigo não mais à frente de tudo, mas junto a eles, o que é diferente de estar à frente. Sabia que, mesmo enfrentando uma grave cirurgia, poderia colocar uma chapa de oposição na eleição da CBJ, pois minha bagagem política me deu a visão de que, em qualquer segmento, este deve ser o caminho. Até mesmo em São Paulo. Existindo uma chapa de oposição, há condições para os aliados dos seus adversários fazerem conquistas, e todos ganham com este processo. Havendo um adversário, cria-se respeito, faz-se com que ele nos olhe com uma visão diferenciada, embora soubéssemos e tivéssemos plena consciência das dificuldades de manter uma campanha deste nível. O esporte do Brasil está tendo um avanço muito grande por conta das Olimpíadas, e o quadro hoje é completamente diferente de anos atrás. Então, pensando em tudo isso, quando houve a proposta de compor com o Paulo Wanderley, aceitei até por conta do campeonato mundial deste ano e das Olimpíadas de 2016. Não que esta conversa tenha me sensibilizado, mas abriu espaço para negociação, para estarmos participando, sem ter de criar uma briga política. Sempre digo que é muito melhor resolver um problema de saúde com remédio home-
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opático, em vez de partir para uma cirurgia. Dentro deste quadro, o Paulo e eu concordamos que, diante do importante ciclo olímpico que iniciamos este ano, deveríamos pensar mais no judô. Também pesou a infinidade de atletas que hoje se beneficiam de uma serie de programas, pois um embate político poderia criar dificuldades – e o judô acabaria perdendo espaço. Decidimos compor. Está feito, e pretendo ser útil na CBJ, porque não quero uma mesa e uma cadeira, quero espaço para trabalhar, e tudo isso já foi conversado. Quero ser um soldado no grupo e não vigia de quartel, e o Paulo sabe disso.
A saúde foi determinante em sua decisão?
Não. Acontece que, quando ficamos parados, naturalmente fazemos uma serie de reflexões e essas reflexões culminaram nesse entendimento.
Esta decisão põe fim à oposição?
Este conceito de oposição é bastante subjetivo. Quando se fala de oposição, muitas pessoas entendem que mantínhamos uma briga acirrada, e isso nunca existiu. Divergíamos em alguns pontos de vista. A partir do momento em que houve o convite para participarmos, obviamente buscamos alinhar isso, ou seja, nem tanto aquilo que reivindico e nem tanto aquilo que ele faz. Para podermos colocar nossas linhas um pouco mais paralelas do que diagonais, este entendimento é fundamental.
Sabendo de sua hiperatividade, quais serão suas atribuições na CBJ?
Fizemos em São Paulo uma coisa que deu certo: as delegacias regionais, que são autônomas, independentes, atuantes e fomentam o esporte em todo o Estado. Esse quadro foi proposto e o Paulo Wanderley concordou em levarmos este modelo para a confederação, e neste primeiro momento minha função será esta.
Você vai sair de cena do judô paulista?
De forma alguma, vou estar mais presente do que nunca. Mesmo porque, não se pode pagar com ingratidão aquilo que se recebeu como gratidão.
Sabendo que o Paulo Wanderley é centralizador e todas as decisões são tomas por ele, como pretende ter espaço na CBJ? Veja bem, acho que o Paulo também amadureceu um pouco nessa questão. Pelo menos é isso que eu espero. Acho que ele também vê a
Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
Quero ser um soldado no grupo e não vigia de quartel, e ele sabe disso.”
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Quem tem poder demais, erra demais.” necessidade de dividir decisões, devido ao tamanho que o judô adquiriu. Se ele não tivesse este pensamento hoje, não teria buscado esta aproximação. Você me tachou de hiperativo, imagine estão o tamanho do problema que vou criar sem uma função!
Como sua família recebeu esta noticia?
O que minha família deseja é que eu fique mais com eles. Que eu possa passar um fim de semana sem fazer nada e ao lado deles. Mas isso também não é do meu feitio, e tenho certeza de que vou equacionar isso e me dedicarei um pouco mais à família.
Seu vice possui maturidade suficiente para assumir a maior entidade estadual de judô brasileiro?
A maturidade é conquistada em cada coisa que fazemos. Já passei por isso e sei que para conquistarmos esta maturidade é preciso humildade. Precisamos ser humildes para ouvir e poder sentar com aqueles que têm mais dificuldade, até mesmo para se expressar, pois geralmente aqueles que têm maiores dificuldades são os mais sinceros em suas colocações. O que faltar de maturidade para o Alessandro ele tem de compensar com humildade. Ele não poderá deixar a vaidade tomar conta das ações, porque todo aquele que é vaidoso demais só enxerga a si mesmo. A vaidade é normal, mas, se a pessoa exagera nisso, acaba apenas enxergando o espelho, que passa a funcionar como retrovisor. Eu prefiro olhar o mundo e a vida pelo para-brisa, e espero que ele faça o mesmo.
São Paulo agora passa a dizer amém a todas as decisões de Paulo Wanderley?
Vamos dizer amém para o que for positivo. Não diremos amém para o que não for positivo nem democrático. Muitas vezes aquilo que não é positivo para uma pessoa é positivo para outra. Sob um ponto de vista democrático as coisas têm de ser avaliadas, e a maioria é que vai decidir.
Em entrevista concedida à revista Budô em janeiro, o vereador Aurélio Miguel disse que foi o mentor desta mudança política e histórica, mas apuramos que este processo já tinha sido deflagrado pelo presidente da Federação Mineira de Judô, no ano passado. Quem, afinal, iniciou tudo isso?
Os dois trabalharam no sentido da pacificação e união, por conta de tudo que já mencionei nas perguntas anteriores. Não consigo precisar quem saiu na frente, mas posso afirmar que isso não foi trabalhado apenas por eles. Outros dirigentes participaram deste processo, e não vou citar nomes para evitar melindres. Quando surgiu a proposta, várias pessoas dos dois lados a endossaram, por tudo que já foi dito aqui a você. Chico recepciona Canassa ex-vice-presidente da FPJ na abertura do Credenciamento Técnico 2013
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Chico e Paulo firmam acordo em prol do judô
Como o Tom, que seria seu vice na chapa para a CBJ, reagiu a esta proposta?
O Tom é uma pessoa que retrata extremamente o judô. Ele treinou e assimilou os ensinamentos de um dos maiores professores do judô brasileiro. Alguém que, aliás, foi um ídolo para mim: o sensei Lhofei Shiozawa. O Tom tem muito mais judô que política, e, pensando no judô, logico que ele tinha algumas restrições, uma vez que a maior briga dele é pela alternância de poder. Então, foi difícil fazê-lo entender e aceitar essa posição. Mas digo a você que temos de respeitar seus pontos de vista e afirmo que, se um dia puder decidir algo na confederação, quero que ele esteja comigo – não a área política, mas trabalhando na área técnica.
Por suas respostas, percebo que ainda está no palanque.
De forma alguma. Estou apenas sendo sincero e respondendo com o coração.
Voltando à pergunta anterior, qual é o interesse do vereador paulistano em toda esta situação?
O Aurélio Miguel é alguém que deu grande contribuição para o judô, principalmente a projeção no contexto olímpico. Por tudo que o judô lhe proporcionou, ele sentiu que deveria ter mais envolvimento e uma participação mais efetiva na transformação do judô em nível nacional. Ele colocou muito bem a importância de São Paulo contribuir para melhorar o judô do País. E para fazermos isso teríamos de estar todos juntos e tocar piano a várias mãos. Entendendo tudo isso, me procurou e conversamos muito. Também achei que uma participação maior de São Paulo seria importante e que o judô do Brasil poderia ganhar muito com esta pacificação. A participação dele foi decisiva, assim como a de Minas Gerais e a do Tom. Mas a participação dele é extremamente emblemática, porque ele é um ídolo que deflagrou o surgimento do pensamento vencedor no deporto olímpico do nosso País. Penso que a presença dele no cenário esportivo é fundamental e até mesmo imprescindível. Acredito que envolvimento dele nesse processo foi basicamente para mostrar que está comprometido com o judô do Brasil. Francisco de Carvalho e Nelson Gil
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Ficamos felizes por esta pacificação, mas a história mostra que Paulo Wanderley não cumpre acordos. Por que acreditou nele mais uma vez?
Acho que em todo este longo caminho todos nós amadurecemos, e acredito que o Paulo vai cumprir o combinado. Mesmo porque, acho que hoje ele sente a necessidade da descentralização pelo gigantismo que a nossa modalidade assumiu. Tenho convicção de que ele vai cumprir, e, se não cumprir, será uma grande decepção.
Quem é o Chico fora dos tatamis?
Tenho um compromisso enorme com o desporto de minha cidade, já que lá não faço só judô. Faço esporte. E a Secretaria de Esportes de Mauá foi criada há seis anos sob minha responsabilidade. Sempre tive grande envolvimento com os movimentos esportivos da cidade. Prova disso é que, mesmo fazendo oposição ao prefeito que terminou o mandato recentemente, fui indicado por ele para ser o ouvidor geral do município. Tenho envolvimento e compromissos enormes com a minha cidade. Aliás, acho que todo mundo deveria ter. Fico muito feliz quando vejo um jovem participando ativamente de qualquer entidade de administração. Se todos dedicassem algumas horas por semana à cidadania, certamente nosso País seria muito melhor e todos nós teríamos uma qualidade de vida superior. E sonho com isso. Temos de participar politicamente e ter divergências políticas no momento específico da eleição, mas, passado este período, temos de dar as mãos pela cidade. Da mesma forma, aceito divergências na FPJ, e você é testemunha disso. Tivemos pessoas que divergiram no passado, e hoje estamos de mãos dadas com essas pessoas visando ao maior crescimento da modalidade. Mas, voltando à sua pergunta: também sou empresário da construção civil; semanalmente dou aulas de judô na Associação de Judô Mauá; sou casado com a dona Márcia, e digo dona porque ela o é. Tenho cinco filhos maravilhosos e um neto, que me faz voltar a sentir o doce sabor da infância e da vida.
Em fevereiro publicamos em nosso site uma matéria sobre os problemas da CPJ. Como avalia o fato de Paulo ser presidente da CBJ e CPJ e vice da FIJ?
Ser vice-presidente da Federação Internacional de Judô é algo muito relativo, já que ele não desenvolve funções administrativas. Sobre as presidências da CBJ e CPJ, penso que o acúmulo de poder nunca é democrático, já que quem tem poder demais erra demais. Mas acredito que ele esteja se saindo bem à frente das duas entidades, caso contrário não teria sido reeleito recentemente para presidir as duas. O ruim é quando o acúmulo de poder não é democrático. Pode ocorrer, se for por meio da democracia. Caso contrário, a conquista terá sido por meio da força, e está provado que no mundo atual a força não é mais suficiente para conter e dominar. Muitos interpretam força como poder de prender ou soltar, mas não se trata disso. Muitas vezes é o poder de não ouvir, e quando não se tem necessidade de dar ouvidos aos menores, aos mais fracos, ou seja, às minorias, distancia-se da base e da realidade. Se não ouvirmos hoje, amanhã eles poderão ser maioria. É muito importante ouvir e conversar com todos, valorizando qualquer ideia que lhe seja apresentada, por mais simples que seja. Temos de ter a cabeça de um aprendiz de matemática, como se não soubéssemos que a raiz quadrada de 144 é 12. Penso que as pessoas que estão ocupando o poder têm de ouvir todos, pois seguindo este princípio se diminui a possibilidade de erros e se amplia o sucesso, valorizando as pessoas que estão no mesmo projeto ou segmento.
Como avalia a ação do Ministério Público contra o Aurélio Miguel?
Na abertura do credenciamento técnico de São Paulo, falei que o Aurélio é o maior ídolo do judô do Brasil, juntamente com o Rogério Sampaio. Foram eles que iniciaram o trabalho que elevou o judô ao topo do desporto olímpico. Ser campeão olímpico em qualquer modalidade e País do mundo é extremamente difícil. É preciso abrir mão de muitas coisas para atingir seus objetivos, e o Aurélio fez isso. Portanto, ele é o nosso
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Chico com o neto Gustavo Ferrari e o colego mineiro Luiz Augusto Martins
ídolo, e não veio da política para o judô. Ele era do judô e foi para política. Ele é um judoca e por isso acredito em sua inocência, e espero estar correto. Caso contrário ele não estaria apenas me decepcionando, mas as centenas de milhares de judocas do Brasil, que têm nele o maior ídolo dos tatamis. Ele vem de uma escola que tem como patrono o professor Massao Shinohara, o mais antigo e graduado sensei de nosso País na atualidade. Sinceramente, duvido que o professor Massao não tenha orientado o Aurélio no sentido da retidão e de buscar sempre o caminho correto, alcançando seus objetivos com lisura para chegar ao final da linha limpo, como rezam o budô e os princípios deixados por Jigoro Kano. Por isso acredito no Aurélio, e gostaria que ele provasse sua inocência, até mesmo em defesa de tudo em que acreditamos e pregamos. A política é assim mesmo. Há um ditado que diz: “Amigo meu não tem defeito, e se o inimigo não tiver eu ponho”. Certamente, se o Aurélio tem inimigos, eles estão trabalhando nesse sentido.
Quais são os caminhos que o judô paulista percorrerá após a era FCF?
Acho que conseguimos fazer uma pavimentação neste período, e uma coisa da qual tenho profundo orgulho: ter diminuído a distância entre o presidente e os filiados. Este é o maior orgulho da minha administração. Conversamos com qualquer filiado de igual para igual, não como superiores. Acho que vamos crescer cada vez mais, já que a FPJ não tem nenhuma dívida e temos superávit orçamentário. Possuímos veículos para prestar os serviços do dia a dia, e uma excelente estrutura montada no interior. Temos mais tatamis do que os distribuídos pela CBJ aos Estados, por meio do projeto do Ministério do Esporte, em todo o País. Temos mais de 2.400 peças de tatamis distribuídas por nossas delegacias. A estrada esta pavimentada, no entanto, temos de saber o que vamos colocar nesta estrada, já que nela podem ser colocados só carros de passeio ou também caminhões, utilitários, ônibus e carretas. Acredito que o Alessandro vai saber mesclar tudo isso, mas terá de dar ouvidos aos kodanshas, professores, árbitros, delegados regionais e atletas. Ele tem de chamar todos para o diálogo e promover a integração com cada grupo, de forma que todos participem desta grande corrida que começará no próximo ano, na estrada que todos nós pavimentamos juntos.
Além de sua visão política, você é uma pessoa extremamente carismática e exerce grande liderança naturalmente. O que seus delegados regionais acharam desta transição prematura?
Não sei se foi para me agradar, mas todos me pediram para ficar, dizendo que ainda era muito cedo para esta mudança. Mostrei tudo que você já sabe e lembrei a quantidade absurda de mandatos que coleciono, e os convenci de que tínhamos de promover a alternância de poder, que havia chegado o momento de sair, e não me arrependo. Sei que vou continuar tendo o carinho e o respeito de cada um deles, assim como guardarei profundo respeito e carinho por todos.
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Você não teme uma eventual caça às bruxas nas delegacias? Conheço o Alessandro desde que ele era faixa colorida.
Sabemos do caos que encontrou na FPJ quando assumiu, indicado por Sérgio Bahi. Após 20 anos na vanguarda da modalidade, qual é o seu balanço geral?
Consegui realizar muitos projetos, e poderia ter feito um pouco mais. Mas penso que não poderia estar tirando mais da comunidade. Contudo, deixo a federação com uma coisa diferente e que nunca tivemos antes, pois nunca recebemos um centavo da Prefeitura de São Paulo. Conseguimos algumas coisas junto ao governo do Estado, que são os projetos que eles transferiram para que pudéssemos realizar e, consequentemente, nos ajudaram. É lógico que isso representa trabalho, já que sem trabalho não existe crescimento. Hoje deixo a FPJ com aproximadamente R$ 5 milhões em projetos, e espero ainda melhorar esse número, pois só deixarei a FPJ em 31 de dezembro. Depois disso me recolherei, assim como o Papa fez.
Você está preparado para ficar vendo a banda passar? Se você se refere a não ter mais o poder em São Paulo, esclareço que o poder nunca me subiu à cabeça. Continuo sendo o mesmo Chico, caipira de sempre. Tenho plena convicção daquilo que eu quero, daquilo que fiz e daquilo que posso fazer. E eu não vou ficar simplesmente vendo a banda passar, vou tocar nela, porque quero morrer trabalhando e não vou morrer na praia. Esse é meu sonho, só que daqui por diante vou fazer tudo isso de forma mais cadenciada, e quem sabe assim consiga produzir mais errando menos. Os mais jovens não ligam em errar, porque correm tanto que não têm tempo de voltar e fazer de novo. Espero não ter de voltar para fazer tudo de novo.
Olhando a luta ininterrupta que a oposição exerceu desde a era Mamede, podemos afirmar que o mal venceu o bem?
Não, porque não há vencedor e nem perdedor. Neste acordo quem venceu foi o judô. O que está havendo é uma convergência de forças no mesmo sentido. Mas sua pergunta mostra sua visão dos fatos, já que participou intrinsecamente dessa luta desde a era Mamede. Penso que jamais podemos perder o senso critico e que você não pode perder essa linha de trabalho e a conduta que possui, já que com sua revista e seu trabalho jornalístico deu enorme contribuição para o desenvolvimento do judô no País, e hoje o faz em nível continental, e o Paulo sabe disso. É lógico que ninguém gosta de ser criticado publicamente, porque muitas vezes isso depende de ângulos e interesses. Nós que estávamos na oposição víamos tudo de um ângulo, e essas pessoas que estavam servindo de escabelo tinham uma visão diferente da nossa. Mas acho que valeu a pena, e espero que o Paulo Pinto possa caminhar um dia ao nosso lado e formar fila pelo desenvolvimento do judô, por meio deste veículo tão jovem e forte que é a revista Budô.
Quais são seus projetos em médio prazo?
Sempre disse que o judô paulista é privilegiado pela grande colônia japonesa que trouxe o judô para cá. Espero poder levar este mesmo judô para todos os cantos do País. Quero levar definitivamente o judô que desenvolvemos aqui para todos os Estados. Com raras exceções, como Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o Brasil é sedento de conhecimento. Muitos Estados são carentes dessa formação, da disciplina, liberdade, e o respeito fundamentado na relação senpai e kohai. É por isso que vemos Estados em constante situação de ebulição e guerra, na qual dirigentes são depostos sucessivamente. Então, meu projeto pessoal é levar o judô essência para todos que estão focados neste objetivo.
Como ficarão os dirigentes simpáticos à sua causa? Estarão juntos, participarão e sentarão à mesma mesa. Vão comer
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do mesmo pão, e vão ser valorizados, até porque tiveram a coragem de dizer não. Estarei do lado dessas pessoas, não só daqueles que estiveram conosco, mas de todos aqueles que tenham a coragem de dizer não e apontar saídas, assim como de todos aqueles que tiverem coragem e humildade de assumir seus erros. Vamos brigar porque tenho convicção daquilo que me foi proposto, então cabe a cada um de nós fazer uma reflexão para saber que teremos de trabalhar para mudar, e toda mudança gera insegurança. Acho que pode haver alguma pessoa da base de sustentação do Paulo que se sinta ameaçada porque o Chico agora está lá. Mas imagino que sejam poucas, porque isso é de uma pequenez e ignorância enormes, já que nossa proposta é justamente ampliar a base e não comprometê-la.
A oposição viabilizou grande parte da ajuda que os Estados receberam da CBJ, isso agora deve mudar?
Só perde quem tem o que perder, ou seja, tudo que o Paulo perder daqui por diante será subtraído de seu patrimônio político. Então, é ele que tem de fazer esta avaliação. Daqui por diante não teremos mais um grupo de oposição, teremos ideias de oposição que serão colocadas na mesa para discussão e aprovação.
Como foi ver o auditório do sindicato dos metalúrgicos lotado com 850 técnicos, dois campeões olímpicos, o presidente da CBJ, 40 kodanshas, todos os delegados regionais e dois parlamentares?
Sinceramente falando, não achei nada de mais. Esta é a realidade de São Paulo. Isso nada mais é que conviver com a realidade do judô paulista, já que sempre tivemos campeões olímpicos e grupos reunidos para discussões e congressos. O que fizemos no dia 23 de fevereiro foi aglutiná-los de forma organizada, visando a preparar os quase mil técnicos que lá estiveram para as competições da temporada, mais nada.
Você está feliz com o quadro de hoje?
Estou feliz, se bem que entendo que a felicidade plena é você estar à frente daquilo que almeja. Não conseguimos isso, mas estamos ao lado de quem está à frente. O termo correto não seria feliz, mas realizado. A felicidade eu possuo porque sou uma pessoa feliz, independentemente das adversidades, dificuldades e das pessoas gostarem ou não de mim. Sou feliz porque tenho a felicidade dentro de mim. Sou uma pessoa feliz porque tenho uma família estruturada, acredito em Deus, tenho amigos, acredito na justiça, busco o poder com constância e o poder que almejo é para que possamos realizar coisas e plantar um futuro que some no desenvolvimento social e, quando se faz isso, é melhor ter para dar do que ter de pedir. Esta minha busca será sempre constante. Onde quer que eu esteja, sempre buscarei o poder, ser ouvido e ocupar o espaço que busco. Quanto à felicidade, lembro que mesmo na UTI eu estava feliz, porque muitos precisam de uma UTI e não conseguem.
Nestes mais de 50 anos nos tatamis, qual foi o dirigente que mais o impressionou?
Sérgio Adib Bahi. Ele foi um dirigente que sempre esteve alguns passos adiante dos fatos. Ocupou as presidências da Federação Paulista, Confederação Brasileira, União Pan-Americana e consequentemente foi vice-presidente da Federação Internacional de Judô, sem nunca estar envolvido em nenhum problema e cumprindo todos os acordos que firmou.
Por Luiz Aquino Fotos Paco Lozano
Mudanças nas regras exigem judocas com maior
Fundamento técnico A cada ano a Federação Internacional de Judô promove mudanças e adaptações nas regras, mas agora foram feitas mudanças mais radicais e, de certo modo, até polêmicas. Buscando promover e possibilitar maior debate sobre este tema, a Revista Budô ouviu técnicos e judocas de destaque do judô nacional. Veja como alguns ícones do tatamis avaliaram as mudanças promovidas. A Federação Internacional de Judô (FIJ) voltou a promover alterações nas regras do judô, procurando dinamizar a prática da modalidade, valorizando a qualidade técnica, retirando em boa parte a responsabilidade das decisões dos árbitros e as transferindo para os atletas, tornando o esporte mais atraente e dinâmico aos olhos de quem assiste às lutas. As intermináveis disputas de pegada, que terão de ser mais breves, e a proibição total de segurar abaixo da linha da cintura são algumas das modificações que alteram a tática de luta. Mas nem todas as mudanças foram bem aceitas, como a antecipação da pesagem da competição em um dia. Todas as mudanças têm caráter experimental, mas já estão sendo utilizadas nas competições internacionais e serão analisadas na prática até o mundial do Rio de Janeiro. Mudanças nas regras não são novidade para os judocas. Elas começaram em 1974, com a introdução do koka e do yuko. Anteriormente só valiam wazari e ippon. O sensei Paulo Duarte, do SESI de Cubatão/SP, entende que as primeiras mudanças foram para proporcionar melhores resultados aos europeus: “Na época, por dedução minha, havia mais países europeus do que asiáticos e eles se juntaram e acharam por bem mudar a regra porque era quase impossível ganhar do judô japonês, de acordo com os parâmetros aplicados, lutando em pé e segurando no kimono. Os europeus só venceriam com uma técnica muito apurada. Eles pensaram: eu não consigo jogar o japonês de costas, mas sentado sim. A partir daí, desenvolveu-se uma tática de luta”. Mas, segundo Paulo Duarte, naquele momento houve perda na plástica do
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judô, mas ganhou-se em termos de massificação porque o judô se expandiu e todos se sentiram mais motivados com a possibilidade de vencer a técnica dos japoneses. Nem todo ser humano gosta de sair da sua chamada zona de conforto, que a psicologia define como uma série de ações, pensamentos e/ou comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. Nessa condição a pessoa realiza um determinado número de comportamentos que lhe dão um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Nem todos veem com bons olhos estas mudanças, principalmente pelo fato de serem tantas em tão curto espaço de tempo. Com a massificação da modalidade, a Federação Internacional tem-se preocupado com o lado técnico e vem alterando as regras quase todos os anos. Para Paulo Duarte, agora está na hora de fazer alguns ajustes para o judô voltar a ter a plástica de antes: “Acho que a intenção agora é essa, fazer com que o judô seja mais bonito e, por consequência, atrair mais investidores e mídia. Aí vira uma bola de neve”. O professor Floriano de Almeida, do Minas Tênis Clube, acredita que haverá o resgate de técnicas que estavam sendo evitadas por causa dos contragolpes que se utilizavam das pegadas de mão nas pernas: “Vejo que a FIJ se preocupou com um dos fundamentos mais importantes do judô, o kumi-kata, que é o princípio das ações de praticamente todas as técnicas. Havia lutadores que simplesmente não seguravam mais no judogi do oponente, apenas os abraçavam e pegavam nas per-
nas. Mesmo acreditando que havia técnicas muito bonitas aplicadas dessa maneira, penso que proibir as pegadas diretas nas pernas pode ser positiva para o judô”. Já o sensei Rogério Quintela, da Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, acredita que os atletas ficarão menos previsíveis: “Acho que os judocas ficarão mais criativos em busca do ippon. Acredito que a técnica sobrepujará a força e a tática”. Outro a favor das mudanças de regras é o sensei Vinícius Fragoso, do Rio de Janeiro, que, no entanto, faz uma ressalva: “A meu ver, as mudanças são muito bem vindas. O que pesa, no entanto, é a forma brusca com que as alterações nas regras do judô vieram, pois mexem com o elemento primário da competição, isto é, o kumi-kata. Assim, os atletas que não ficarem atentos terão muitos problemas durante a luta”. Já o sensei Alfredo Dornelles, do Minas Tênis Clube, tem uma visão um pouco diferente com relação a todas as mudanças ocorridas no judô. “Acredito que, com a intenção de retornar aos primórdios do judô clássico e tradicional, a FIJ interferiu drástica e autoritariamente no processo de desenvolvimento natural e técnico-pedagógico do judô”. O professor Dornelles também analisa a questão filosófica do judô, que não pode ser colocada de lado: “Não podem esquecer que, na sua origem, o mestre Jigoro Kano não preconizava a competição para seus adeptos e, sim, o princípio do progresso mútuo e contínuo, em que a solidariedade estava acima de qualquer interesse em vencer, buscando o aprimoramento do judoca como homem e cidadão. Esta é diferença do judô para qualquer outra
modalidade de luta. Os princípios ji-ta-kyo-ei e sei-ryoku-zen-yo, progresso mútuo e eficiência máxima com mínimo de esforço, respectivamente, são os paradigmas da ascensão e da difusão desta arte tanto no Japão quanto no resto do mundo. Para mim, judô não é arte marcial, não é luta, não é competição; é educação, é formação, é cidadania e um instrumento de contribuição eficaz na edificação de uma sociedade justa com cidadãos de bem. A competição é apenas um canal pequeno dentro da abrangência desta modalidade. É só verificarmos o judô oficioso, não federado, informal, de prática espontânea. Nada no mundo volta a ser o que foi em épocas anteriores, nenhuma modalidade será a mesma das décadas passadas. Nenhum atleta de hoje pode ser comparado aos atletas do passado, cada um deve ser avaliado no seu tempo, no seu momento, com seus resultados apropriados”, destaca Dornelles. O professor Floriano de Almeida também chamou a atenção para um ponto negativo específico na mudança da regra: a não marcação das penalidades no placar. “Assisti a várias lutas das últimas competições internacionais, nas quais atletas brasileiros foram beneficiados ou prejudicados por ela, já que qualquer atleta que pontua com
uma técnica praticamente muda sua forma de competir. Ele deixa de procurar nova pontuação com projeção, pois vencerá a luta mesmo recebendo até três shidos, caso não tenha sido projetado. A luta pode ficar menos plástica quando o atleta para de pensar em projetar, preferindo esperar o tempo passar. Entendo que o público leigo, aquele que vê pela TV, tem dificuldade de entender como uma falta pode ter o peso de uma técnica, mas não sei se essa é a melhor forma de fazê-lo entender a modalidade. Quem sabe se a falta fosse assinalada como ponto no placar, nos minutos finais, a luta não ganhasse outra dinâmica. Isso é apenas um exemplo, como alternativa.”
O que deve mudar no treinamento dos atletas para adaptação às novas regras? Alguns técnicos dizem que não mudarão nada no treinamento, pois já trabalhavam seus atletas para não segurarem na perna. É o caso do sensei Uichiro Umakakeba, de Bastos: “Nós, em Bastos, te-
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mos a sorte de sempre ter feito o judô original e tradicional, não tivemos problemas com as mudanças. Apenas temos de acompanhar os pequenos detalhes para poder competir. Temos de estar espertos para os detalhes”. Outro professor que não sentiu muito as alterações foi o sensei Hatiro Ogawa: “Acho que nós estamos conseguindo resgatar o judô técnico, tradicional e de postura ereta. O judô estava parecido com outras modalidades, como luta olímpica, sambo, kurachi, e com isso perdendo parte de suas características”. Para o técnico da Seleção Brasileira, Mário Tsutsui, é necessário mudar algumas coisas no fundamento dos atletas que vão participar de grandes competições de alto nível: “Após muita conversa, começamos a trabalhar com três elementos importantes: a pegada, a postura e a movimentação. Este trinômio tem de estar bem sincronizado, pois, se o judoca tiver boa pegada, também deve ter boa postura, caso contrário não vai adiantar nada e não será eficiente. Acho que temos de voltar principalmente para a base, acertar a postura, lutar em pé, sem ficar retrancado e fugindo. O judô ficou muito dinâmico. O atleta que recuar leva shido, ele tem de ser agressivo e esse deve ser o princípio de todo combate”. Assim como Mário Tsutsui, o professor Paulo Duarte entende que é necessário reforçar o treinamento dos fundamentos, mas vai além e chama a atenção para a formação dos novos professores: “Os atletas que não tiverem uma condição básica boa vão sofrer. Mas aqueles que já tiverem uma condição técnica boa só precisarão se aprimorar para continuar crescendo. Isso serve de alerta para os novos professores que, no meu entender, poderão dedicar-se mais àquilo que nós mais estamos necessitando, que é a base do judô”. Paulo Duarte preocupa-se com a falta de novos professores de judô e o excesso de professores de educação física: “Tínhamos grandes mestres de judô aqui no Brasil e muitos deles, hoje, já não se encontram entre nós, dando lugar a uma nova geração. Entretanto, sabemos que o judô é transmissão empírica. Pode-se aprender a preparar um atleta academicamente, mas a técnica não tem como vir da educação física. A base do judô é completamente diferente disso. Hoje nós temos mais professores de educação física do que de judô, e isso é uma temeridade. Acho que esta matéria da Revista Budô veio a calhar neste momento que nós estamos passando para que se amplie a discussão do que precisamos fazer”. Paulo Duarte chama a atenção para o futuro do judô a partir destas mudanças: “Fazer ajustes para competir agora é só um passo. Isso foca apenas os competidores.
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Temos de mexer lá atrás, senão o atleta não vai chegar com o nível que o judô mundial exige”. Na opinião dele, países como a Rússia, que foi o grande sucesso em Londres 2012, já não faz judô só baseado na condição física: “Eles mostraram um judô muito bom porque estão preocupados em fazer um judô técnico. A vida não tem volta, o judô não tem volta ao passado. Hoje são novos caminhos”. O campeão olímpico Aurélio Miguel é outro que reforça a necessidade do trabalho de fundamentos: “A base do judô são os fundamentos, acho muito importante todos os professores priorizarem isso”. Aurélio aproveitou a presença das seleções francesa e holandesa no Brasil para um período de treinamento com a seleção brasileira e voltou a vestir o judogi e pôde perceber na prática a nova realidade com as novas regras: “Acho que as mudanças vão beneficiar quem tem golpe forte, quem sabe usar o corpo para defender e principalmente usar a movimentação. Ainda é muito cedo para falar alguma coisa definitiva, mas acho que as mudanças foram extremamente positivas”. Um ponto polêmico nestas mudanças propostas pela FIJ é a pesagem no dia anterior à disputa. Atletas como Bruno Mendonça, medalha de prata no Grand Slam de Paris, primeira competição com as novas regras, à primeira vista gostou das mudanças: “Particularmente para mim foi bom, mas eu sei que muitos vão enfrentar problemas”. A maioria dos atletas não gostou, como o medalhista Felipe Kitadai: “Eu sempre fui muito disciplinado com meu peso, sempre mantive meu peso muito perto da categoria. Então, para mim não foi benéfico. Não acho justo. Acho que a pesagem tem de ser feita o mais próximo possível do horário da competição”. Apesar de não fazer diferença em sua categoria, que só tem limite mínimo de peso, Rafael Silva, bronze em Londres 2012, também não concorda com a pesagem antecipada: “Acho que isso foi um retrocesso porque os atletas vão perder muito peso e depois recuperar tudo até a hora da competição. Acho que isso deverá mudar após o mundial”. Leandro Guilheiro subiu de categoria de peso após conquistar duas medalhas de bronze olímpicas (Atenas 2004 e Pequim 2008) e preocupa-se com esta mudança na pesagem: “Acho que não é muito saudável para o atleta em geral. Isso vai fazer com que o atleta perca mais peso, e não sei até que ponto isso pode afetar a saúde dos atletas. Acho que a pesagem perde um pouco de sentido porque o atleta vai pesar-se 13 horas antes da luta, e ainda terá uma noite de sono. Isso fará o competidor ficar
acima do limite de peso de sua categoria na hora de competir”. A Revista Budô ouviu Rodolfo Gonzalez Camargo, que é farmacêutico-bioquímico formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e desde o início de sua formação deu ênfase aos estudos de bioquímica do exercício e bioquímica dos alimentos. É mestre pela Universidade de São Paulo (USP), pelo laboratório de metabolismo de lipídeos. Atualmente faz doutorado pela Universidade de Potsdam (Alemanha) no laboratório de bioquímica dos alimentos num programa de parceria com a USP e a Universidade Texas A&M (Estados Unidos). É também professor na pós-graduação em lutas e artes marciais da Universidade Gama Filho em São Paulo, na qual aborda o problema da pesagem nas lutas. Para o experiente pesquisador, a pesagem feita no dia anterior permite que atletas se utilizem de métodos rápidos de perda de peso para descer de categoria, e assim ter uma vantagem extra sobre seus adversários no momento da luta. Gonzales destacou os riscos que a perda de peso rápida oferece aos atletas. “A rápida perda de peso também não é bem-vinda do ponto de vista da saúde dos atletas, uma vez que causa diminuição dos estoques de glicogênio, além dos efeitos deletérios, como comprometimento da função cardíaca e redução da capacidade renal, entre outros”. Os atletas já estão adaptando-se rapidamente às novas regras da luta e poucos sentiram a diferença, como Leandro Guilheiro que, recuperando-se de uma cirurgia no joelho, ainda não teve tempo de competir com as novas regras: “De certa forma, todo mundo terá de adaptar-se porque todos faziam alguma coisa que hoje é proibido na regra. Eu, particularmente, sou contra essa mudança tão constante nas regras porque o judoca mal se adaptou a uma mudança e logo em seguida já vem outra. Na minha cabeça já tenho algumas coisas que precisam ser feitas. Ainda não voltei a treinar, mas já estou promovendo algumas adaptações em minha estrutura de treinamento; tudo é uma questão de tempo. Basicamente, a mudança que mais afeta é a pegada mais rápida, e temos de criar alguns exercícios para isso”. Tiago Camilo acha que as mudanças foram boas para o judô: “Tudo é uma questão de adaptar-se, mas o judô técnico está sendo resgatado. O judô ficou mais bonito”. Rafael Baby entende que o fato de não poder estourar a pegada obrigará todos a mudarem o treinamento: “Acho que as mudanças foram um avanço para caracterizar mais o judô, para ficar mais dinâmico e termos mais ippons”. O vice-campeão olímpico em Sidney
2000 Carlos Honorato também destacou o kumi-kata como fundamento básico a ser trabalhado para o sucesso dentro de uma luta: “Hoje não se pode mais desligar a pegada com as duas mãos, e acho que ficou mais fácil lutar com as duas e aplicar a técnica do que tentar desligar um braço para entrar com a própria técnica. Agora é necessário trabalhar as técnicas o máximo de tempo possível, sem soltar do judogi”. Para Henrique Guimarães, bronze em Atlanta 2006, a principal mudança tática é o aumento do volume de luta, em razão de não ser possível soltar a pegada do oponente: “Hoje o atleta tem de ter uma força de isometria muito forte na mão para sustentar e conseguir segurar”. Henrique ressalta que isso obriga o atleta a fazer um treinamento de desenvolvimento de força para poder suportar esta pegada por mais tempo. O professor Floriano chama a atenção para a questão do treinamento físico: “Em função de a pontuação das penalidades sair do placar, o tempo de luta será mais exato e, portanto, mais fácil de dosar a preparação física específica. Mesmo sabendo que o golden score tem tempo ilimitado, acredito que ele quase não acontecerá”. O sensei Fragoso entende que o treino físico, por sua vez, deve continuar com a mesma atenção, porém o esporte vai ficar mais plástico, mais bonito, e será difícil anular o atleta hábil e exímio: “Acredito também que o judô se tornará mais vendável para o leigo, o que engrandecerá o espetáculo”. As mudanças não são definitivas e poderão permanecer ou não, após o mundial do Rio de Janeiro. O importante é que o judô não está parado no tempo, preso a convenções antigas ou modismos atuais e busca desenvolver-se de acordo com o que apontam os estudos. Está massificado como queria Jigoro Kano e a única coisa que não se pode perder com qualquer tipo de mudança é a essência da sua técnica da máxima eficiência com o mínimo esforço.
VeJA As pRIncIpAIs MudAnçAs pROMOVIdAs pelA FIJ Golden score A partir do ano que vem o Golden Score não terá nenhum limite de tempo. Ou seja, caso a luta termine empatada no tempo normal, os atletas não terão nenhuma restrição no relógio para conquistar a primeira pontuação, que determina o vencedor. Com isso, a decisão nas mãos dos juízes (com bandeiras) está banida. Árbitros Em relação à arbitragem, as lutas de judô contarão somente com um juiz na área da luta. Os outros dois serão deslocados para fora do tatami – ficando responsáveis por acompanhar o combate em vídeo e interferindo, caso necessário, por meio de um ponto eletrônico com o árbitro principal. punições Outra mudança significativa refere-se às punições (shidos), que não valerão mais pontos para o adversário. Antes, a partir da segunda punição, o oponente já era premiado com um yuko, além de wazari e ippon na sequência. Mas, a partir de agora, o atleta poderá receber até três shidos sem que seu adversário ganhe qualquer pontuação. A quarta punição, no entanto, resultará em sua desclassificação imediata (hansoku-make). Vale ressaltar ainda que o número de shidos também será usado como critério de desempate. pegada na perna A partir de agora, estão banidos todos os tipos de ataque ou bloqueio com as mãos abaixo da cintura. Antes, era possível que os judocas fizessem o ataque se o oponente estivesse com a pegada cruzada, mas agora qualquer técnica com a mão na perna não será mais permitida. pesagem Os judocas não terão mais de pesar-se no mesmo dia da competição. A partir de agora, a pesagem será feita às 19h na véspera do dia das lutas, nos mesmos moldes do que ocorre no boxe e no UFC. Com isso, os atletas poderão aparecer bem acima do limite da categoria na hora de lutar. novas ações passíveis de punição A FIJ também anunciou que uma série de medidas normalmente utilizadas pelos lutadores serão punidas com um shido, como: arrancar a pegada do oponente com as duas mãos, qualquer tipo de pegada cruzada sem um ataque imediato e abraçar o oponente para jogá-lo (abraço de urso). Imobilização com tempo reduzido Para se conquistar o ippon, era necessário imobilizar o oponente por 25 segundos. Agora, serão necessários apenas 20 (10 segundos valerão um yuko e 15 valerão um wazari). O judoca também poderá dar continuidade à imobilização (osae-komi) fora da área de luta, se ele tiver começado dentro.
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Ministério do Esporte
OPEN CIDADE MARAVILHOSA
“OS MELHORES DO BRASIL JÁ PASSARAM POR AQUI” Por Carla Sofia Flores/Imprensa CBTKD Fotos Marcos Roberto
Rio de Janeiro (RJ) - A Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) realizou de 22 a 24 de março a 15ª edição do Open Cidade Maravilhosa (OCM), tradicional evento carioca que é referência para os taekwondistas de todo o Brasil. Nos três dias de competição passaram cerca de 500 atletas de vários Estados, que disputaram todas as categorias da modalidade, em poomsae e kiorugui. Dos faixas coloridas infantis aos faixas pretas máster, destacaram-se as categorias juvenil, sub 21 e adulto, as mais disputadas na competição, representadas por atletas brasileiros de grande destaque e integrantes da seleção brasileira. Houve também a estreia da categoria cadetes, composta por atletas de 12 a 14 anos. O atleta olímpico Diogo Silva prestigiou o evento com a sua presença e afirmou que o OCM acaba funcionando como “uma vitrine para muitos atletas” e uma fonte de inspiração para aqueles que estão dando os primeiros passos no mundo da competição. “Todos os que já representaram o Brasil em Olimpíadas, mundiais ou pan-americanos já passaram por este campeonato aberto. Eu mesmo já competi aqui. Então, acredito que os atletas iniciantes ou medianos que estão participando têm o objetivo de crescer tecnicamente e ganhar o ritmo de competição. É óbvio que vimos aqui muitos talentos de todo o Brasil. Neste evento temos a possibilidade de lutar com pessoas do Brasil inteiro e isso é uma grande experiência para todos”, declarou.
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Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
William Lima, líder da equipe Superar, a campeã geral do OCM 2013, reforçou o pensamento de Diogo Silva, dizendo que “todos os atletas da seleção brasileira já lutaram neste campeonato, por isso desfruta carisma tão grande entre os competidores”. “É um orgulho muito grande para nós ter conquistado este título no Rio de Janeiro. É a prova de que os projetos sociais, como é o nosso caso e a base da nossa equipe, dão resultados e que todo o esforço é válido. Estamos muito felizes”, disse. William acredita que o OCM pode ser disputado por taekwondistas de todas as faixas etárias. “Trouxemos uma aluna de 50 anos, a Valéria. Ela é o exemplo vivo de que não há idade para fazer esporte e que qualquer pessoa, se tiver força de vontade, pode entrar na quadra para lutar e mostrar um bom desempenho”, afirmou. Por outro lado, o técnico campeão também trouxe atletas iniciantes, para que fossem apresentados ao mundo da competição. “A nossa equipe veio com garotos mais novos, para começarem a
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Equipe Superar do Distrito Federal a campeã geral do evento
Premiação da seletiva de Poonsae
ter experiência, saber como é a vida de atleta e projetarem o seu futuro. Este campeonato vai abrir a mente de nossas crianças, que agora vão despertar para a realidade da competição”, afirmou o mestre de taekwondo de Samambaia. De Rolândia, no Paraná, veio outra equipe de campeões, liderada por Silvano Mello. Todos os seus atletas conquistaram medalha de ouro, exceto um, que foi prata. “Dois dos nossos lutadores foram bicampeões. A galera já conhece bem o evento, pois vem todo ano e gosta muito de participar. É uma grande experiência para todos eles”, revelou o técnico. Do time rolandiense, na categoria cadetes faixa colorida, -41 kg, destacou-se o pequeno Leonardo Silveira, que conquistou o bicampeonato e falou que a competição foi muito boa. “Consegui um bom resultado e minhas lutas foram muito boas. Agora quero continuar a treinar para tornar-me um atleta de seleção daqui a alguns anos.” Na opinião do mais experiente Marcelo Santos – que foi campeão no US Open 2013, na categoria máster II -68 kg, e conquistou o bicampeonato no OCM –, o evento evoluiu muito nos últimos tempos. “Eu já participo há muitos anos neste aberto e vejo que tem havido grandes mudanças. A estrutura e a organização estão muito boas atualmente e os atletas não têm do que reclamar, pois tudo está em um nível muito elevado”, destacou. Diogo Silva concordou com o campeão máster, afirmando que
a organização melhora a cada ano. “Este ano tivemos um formato de cinco quadras, que é muito interessante e funcionou muito bem. Deu mais dinâmica ao campeonato e os atletas não têm de esperar muito. As quadras também estão muito bem equipadas, seguindo os padrões internacionais, e a organização foi realmente muito boa.” Marcelo Santos concluiu dizendo que a participação de todo o Brasil neste evento só enriquece a competição. “Tendo em conta tudo isso, eu acho que o OCM acaba sendo quase um campeonato brasileiro aberto, visto que é uma competição de alto nível.”
José da Mota Leal Filho, secretario geral da CBTKD, Valdemir Medeiros superintendente da CBKT e Alberto Cavalcante Maciel Júnior, coordenador da seleção juvenil
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Denilson Nicodemos, preseidente da federação paraense premiando sua atleta
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Seminário de Arbitragem de Poonsae Interesse dos praticantes está aumentando O Rio de Janeiro recebeu mais um Seminário de Arbitragem de Poomsae, com o objetivo de capacitar os praticantes e fazer com que a modalidade cresça cada vez mais no Brasil. Esta segunda edição do seminário aconteceu no CEFAN, na véspera da competição do Poomsae do Open Cidade Maravilhosa e Seletiva Nacional de Poomsae, e contou com a participação de vários atletas que participaram em ambos os eventos. De acordo com o palestrante César Valentim, este Seminário não se dirige apenas a quem pretende ser árbitro, mas também aos competidores que, com maior conhecimento da arbitragem, poderão aperfeiçoar seu desempenho. Com os dois seminários que realizou em 2013, a CBTKD já conseguiu atualizar mais 39 árbitros de Poomsae, só este ano. Este incremento da modalidade e capacitação de participantes, segundo César Valentim, “gera mais interesse de atletas e técnicos em participar em eventos e de apostar na formação”.
Participantes do seminário de Poonsae
INTERVIEW
Por Paulo Pinto Foto Revista Budô
YASUTAKA TANAKA
O SHIHAN DO BRASIL Nascido no dia 8 de outubro de 1936, em Tóquio, sensei Yasutaka Tanaka, 9º dan, viveu no Japão até os 6 anos, quando emigrou com sua família para a China. Após o fim da segunda guerra mundial, regressou ao Japão, onde fez faculdade e posteriormente veio para o Brasil, sendo um dos pioneiros na Arte das Mãos Vazias. Conheça um pouco mais da história desta lenda viva do karatê mundial, já que hierarquicamente sensei Tanaka é hoje, o número 1 da International Traditional Karatê Federation (ITKF). 26
Foi na faculdade de Takushoku que sensei Tanaka conheceu o karatê-dô, diretamente com sensei Nakayama, um dos fundadores da JKA. Segundo Tanaka, naquela época o karatê era diferente, enfatizava-se o budô, e o foco era voltado para a formação das pessoas. Não se treinava para ganhar títulos, e sim para desenvolver a mente, o corpo e o espírito. Antes de vir para o Brasil, formou-se em comércio na Universidade de Takushoku, em Tóquio.
De que forma chegou ao karatê?
Comecei aos 7 anos. Naquela época o karatê era mal visto no Japão porque era muito violento, e as crianças não o praticavam.
Quem foi seu sensei?
Meu principal instrutor foi Nakayama, que era professor da universidade Takushoku. Lá cada universidade tem uma espécie de clube que representa a instituição nas mais variadas competições.
Por que veio para o Brasil?
Eu queria muito sair do Japão. Em função do trabalho de meu pai, sempre mudávamos e na época da guerra estávamos na China. Quando acabou a guerra voltamos para o Japão, em 1946. E no pós-guerra o Brasil era o único País que permitia a entrada de japoneses.
Em que ano veio para o Brasil?
Em 1959, e fui para São Paulo, na região de Mogi das Cruzes, onde a colônia japonesa era muito grande. Entrei no Brasil por Santos, e vim no navio Argentina Maru.
Veio com outros professores?
Vim sozinho. Todos os meus amigos vieram antes. Primeiro veio o professor Sagara, depois Higashino e Uriu, nesta ordem. Todos eles karatecas formados em Takushoku.
E vocês vieram com planos traçados para o karatê? Não. Cada um veio porque quis. Ninguém sabia se o karatê iria acontecer aqui, pois naquela época quase ninguém fora do Japão, conhecia karatê.
Mas existe uma lenda de que a JKA orquestrou a vinda de vocês para desenvolver o karatê no Brasil. Isso não é real? Não, isso não procede. Cada um veio por sua conta. O único que veio a mando da NKK foi o Okuda, mas isso foi muitos anos depois.
De que forma aconteceu o desenvolvimento do karatê no Brasil?
Quando cheguei ao Rio de Janeiro em 1962, ninguém sabia o que era karatê, mas em pouco tempo a coisa estourou. Tive muita sorte porque quando cheguei ao Rio comecei a ensinar pessoas de um nível social mais elevado e ao mesmo tempo houve uma grande divulgação por meio de filmes que despontaram, e estes dois fatores deram grande impulso ao nosso trabalho. Minha sorte foi que esse pessoal de nível social mais elevado reconheceu o potencial do karatê. Mesmo que mal explicado por mim, eles perceberam a adequação que existia na modalidade para o biotipo brasileiro.
Quem montou a primeira escola de karatê do Brasil? Do nosso grupo foi o Sagara, mas antes dele vieram e se estabeleceram aqui os professores Akamine e Harada, este último também da shotokan.
Como foi parar no Rio de Janeiro?
Primeiro fui para São Paulo treinar na academia do professor Sagara, e um dia visitei o Rio de Janeiro, onde conheci o professor Lirton Monassa, que já tinha uma academia. Ele disse que já me conhecia de São Paulo. Fizemos uma amizade e com isso ele acabou me convidando para treinar no Rio de Janeiro, na academia Kobukan.
Como se chamava e onde foi fundado seu primeiro dojô? Ginásio Brasileiro de Cultura Física, na praia de Botafogo.
Sensei Tanaka com seu aluno Ugo Arrigone também membro do shihan-kai da CBKT
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“
O karatê foi criado para você competir consigo mesmo, e vencer seu maior inimigo que é você mesmo.” Quando ocorreu o primeiro campeonato brasileiro?
Cheguei ao Rio em 1962 e já em 1963 fiz o primeiro torneio, mas não era oficial. Havia karatê apenas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, além de Brasília Aos poucos começamos a oficializar o karatê, que em pouco tempo obteve sucesso e assim vieram Goiás, Minas Gerais e muitos outros Estados.
Quais eram os professores que atuavam no começo? Em São Paulo, o sensei Sagara; em Brasília, o professor Higashino; na Bahia estava o sensei Uriu; e no Rio de Janeiro, eu. Em 1968 a Confederação Brasileira de Pugilismo fez um convite para nos filiarmos, e foi ai que começamos a estruturação do karatê. Até que em 1969 fizemos o primeiro Campeonato Brasileiro no Ginásio Mourisco, do Clube Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em que ano o Brasil participou do primeiro mundial? Na verdade, o primeiro Campeonato Mundial de Karatê realizou-se em Tóquio, em 1970, mas foi uma competição por equipes. O segundo mundial foi realizado em 1972, em Paris, e este foi individual e absoluto. Foi nesta edição que a seleção brasileira estreou.
O Brasil pegou alguma medalha neste mundial? Sim, claro. O Brasil foi campeão absoluto.
Como assim?
O sensei Tasuke Watanabe foi campeão mundial. Ele foi o primeiro campeão mundial individual de karatê no mundo. Naquela época não havia categoria de peso, era absoluto, assim como o judô também era absoluto. Na disputa por equipes ficamos em 5º lugar. A equipe foi formada por Caribe, que era o capitão, Ugo Arrigoni Neto, Watanabe, Paulão, Fernando Soares e Dorival. Eu fui o técnico, e o chefe de delegação foi o general Cintra.
O Watanabe é brasileiro?
Ele é japonês, mas se naturalizou brasileiro e até serviu o Exército.
Quais foram os primeiros brasileiros que mais se destacaram tecnicamente?
Nos primeiros três anos os cariocas foram campeões em tudo.
Quais deles se destacaram no kumitê?
Tivemos muitos atletas bons, entre os quais destaco o Ugo Arrigoni, Ronaldo Carlos e o Paulão. Cada um com seu estilo.
E no kata?
Quem se destacou mais naquela época foi o Ugo Arrigoni. Todos que citei tinham nível internacional.
Em sua análise, os professores que vieram do Japão obtiveram sucesso na implantação da modalidade na cultura brasileira? Acho que sim, porque o brasileiro se adaptou muito bem. O biotipo do brasileiro é parecido com o do japonês. Os brasileiros possuem muito jogo de cintura e geralmente são corajosos. Com isso se adaptaram bem. Hoje o Brasil desponta no topo de várias modalidades de luta.
Após a morte de Nakayama, quem passou a ser o número 1 do hombu dojô?
Para mim foi o professor Nishiyama, porque quando o professor Nakayama faleceu não existia um sucessor. Havia um sucessor que era o professor Miyata, mas ele acabou falecendo antes do Nakayama.
Qual é a sua definição do termo budô?
A tradução simples é o caminho do guerreiro. Mas acho que representa o espírito da pessoa, é muito difícil explicar. Nós não somos apenas músculos, temos a mente e, o budô tem estes dois lados: o físico e o mental. Para nós, no Japão, quer dizer dentro do sangue, e tem também o cultivo da disciplina.
De que forma surgiu a ITKF?
Bem, essa historia é antiga. O primeiro campeonato mundial foi realizado no Japão, em 1970, sob a sigla da World Union of Karate-Do Organization (WUKO). No segundo mundial, realizado em Paris, houve uma briga enorme que acabou dividindo a modalidade. Não foi uma briga política ou por poder, foi uma questão ideológica e técnica. Basicamente foi porque na WUKO o golpe não é completado, ou seja, não entra de verdade. Aí aconteceu a separação e o professor Nishiyama montou a International Amateur Karate Federation (IAKF) e posteriormente a Internacional Traditional Karate Federation (ITKF). Com isso, em 1973 o karatê foi dividido em dois grupos. Em 1973 o professor Nishiyama organizou seu grupo, que estreou no Campeonato Pan-Americano, realizado aqui no Brasil.
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Quais países participaram deste pan de 1973?
Brasil, Argentina, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, México, Uruguai, Chile e Canadá.
Quem liderava a WUKO?
Os europeus, mas não lembro ao certo quem era o presidente.
Por que seguiu o sensei Nishiyama?
Na verdade, por uma questão técnica, pois o karatê do Nishiyama era infinitamente superior, já que o outro grupo só visava à competição, e mais nada.
Mas onde está a verdadeira origem de tudo?
A origem remonta a muitos anos, e foi no kendô e na espada. Toda a arte marcial japonesa é fundamentada nos samurais e na espada. Budô de verdade não é karatê contra karatê, e sim karatê contra outra modalidade de luta. Treinava-se para enfrentar situações de risco, e tudo partiu da espada.
O que vai acontecer com o karatê-dô tradicional sem Nishiyama?
Esta resposta é muito difícil, porque depende de muitas variantes. Há muita gente que segue os passos dele, mas tudo vai depender da articulação política dos dirigentes da ITKF. Lembro apenas que não podemos mudar e nem esquecer a essência de sua obra.
Nishiyama também trabalhava a questão energética? Ele pesquisava golpes e movimentos cientificamente, e a partir daí comprovava a eficiência de cada golpe de forma científica. Isso passa inclusive pela aplicação de mais ou menos energia na obtenção dos objetivos.
Funakoshi priorizou a técnica do karatê?
O sensei Funakoshi foi o criador do karatê shotokan, e queria divulgar sua modalidade num país onde as artes marciais eram a grande paixão da população. Para isso contou com a ajuda imprescindível do sensei Jigoro Kano, que o apresentou à cúpula da Universidade de Tóquio. Kano fazia parte da nata da sociedade científica japonesa, que, mesmo não conhecendo karatê, não simpatizava com a modalidade. Sem a participação de Jigoro Kano, dificilmente sensei Funakoshi teria tido acesso ao círculo erudito universitário. A partir deste apoio o karatê passou a ser visto como uma modalidade nobre.
Qual foi o legado que sensei Nishiyama deixou para o futuro do karatê?
Na verdade nunca falei sobre isso, mesmo porque eu sempre pedi a ele que não morresse antes de mim. Cansei de pedir isso a ele, pois sou muito ruim de karatê, e preciso de meus colegas para
Os shihans Tasuke Watanabe e Yasutaka Tanaka sempre atentos ao desenvolvimento do tradicional verde e amarelo
seguir adiante nisso. Mas ele não atendeu ao meu pedido. A obra de Nishiyama é fantástica, e seu legado é toda a pesquisa que resultou no embasamento técnico fantástico que só o karatê-dô tradicional possui, entre as artes marciais. Suas pesquisas e o livro Os Segredos do Karatê proporcionaram uma nova perspectiva sobre os movimentos e golpes de nossa modalidade. Até então apenas fazíamos aquilo que nos ensinavam. Após sua vasta pesquisa, soubemos o porquê de cada movimento e golpe. Ele nos mostrou o bunkay real, ou seja, a aplicação do kata.
Até então isso não existia no universo do karatê?
Nunca existiu nada antes dele. O costume e a tradição no karatê do Japão são diferentes, e lá não nos ensinam nada. Ninguém explica nada, e se errar você apanha. Enquanto estamos apanhando é porque estamos errando e não sabemos karatê.
Faça uma análise de Nishiyama sensei e de sua obra.
Não posso falar sobre seu caráter, mas posso falar sobre sua pesquisa, do aporte técnico e científico que proporcionou ao karatê. Ninguém pesquisou tanto quanto ele. Acho que o conjunto de sua obra dá luz a um enfoque totalmente inovador para as artes marciais.
Após estes 50 anos de Brasil, o senhor acha que conseguiu transmitir as coisas que aprendeu com seus professores?
Sim. Felizmente pude transmitir grande parte do que aprendi a vários professores do Brasil. Mas isso eu devo ao professor Nishiyama, pois foi ele que nos mostrou a importância de estar fazendo esta transmissão, e mais, ele nos ensinou como fazer esta transmissão e apontou caminhos para isso, já que ensinar e fazer a transmissão demanda um preparo específico.
O senhor acredita em projetos sociais?
Os shihans Tasuke Watanabe, Yasutaka Tanaka e Hiroyasu Inoki formam o tripé técnico e filosófico do karatê-dô tradicional brasileiro
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Sim. Penso que hoje o crescimento de todas as modalidades esportivas passa necessariamente pelos projetos sociais, que na verdade são o maior celeiro de atletas do Brasil.
Vocês participam direta ou indiretamente de projetos sociais?
Sim. Participamos de um projeto social no Rio de Janeiro e acho que, se bem administrados, os projetos criarão novos conceitos para todas as modalidades esportivas.
Como aconteceu o resurgimento da JKA?
Não simpatizo com questões políticas, mas a meu ver, após o falecimento do sensei Nakayama, houve uma disputa interna na entidade pelo simples fato de ele não ter deixado um sucessor. Em função disso, houve o racha, e com o tempo a ala política da NKK acabou vencendo as disputas internas. A partir daí houve uma vontade maior de fazer a entidade crescer, e este movimento fez com que a JKA retomasse alguma forma de crescimento. Mas, a meu ver, eles passaram a focar muito a questão esportiva, deixando a essência de lado. Com o sensei Nishiyama aprendi muito sobre o corpo humano e aprendi a valorizar ainda mais os aspectos científicos do karatê. O budô é a realidade, e a realidade do karatê não é a competição. E o grupo que assumiu a JKA, lamentavelmente, priorizou a competição.
E no Brasil, o senhor participou deste movimento?
Não. Quando aconteceu este movimento pedi aos senseis Sassaki e Machida que levassem isso adiante, e preferi ficar ao lado do sensei Nishiyama. Não participei oficialmente de nada, pois tinha compromisso com o tradicional.
Como viu o paradigma criado, já que de certa forma houve um racha e estas duas grandes lideranças acabaram se afastando do tradicional?
Não vejo a coisa dessa forma, mas entendo que toda divisão promove perdas que muitas vezes são irreparáveis. Mas não poderia parar um movimento que partia diretamente de minha origem, pois fui aluno direto do sensei Nakayama. Mesmo tendo todo o compromisso que tive com Nishiyama, não poderia virar as costas para minha própria origem. Foi por isso que pedi a ambos que tocassem este projeto, mesmo porque o Machida é muito amigo do Tanaka do Japão. Na verdade, não entro nesta briga, e oficialmente não participei do movimento de fundação da JKA no Brasil.
Existe a possibilidade de fusão entre a JKA com a ITKF?
Acho que não, porque a JKA é uma escola que representa um estilo de karatê, enquanto a ITKF congrega vários estilos de karatê e representa um estilo de treinamento com embasamento científico.
Este ano comemoramos 50 anos de fundação de sua escola no Brasil. O que sente quando vê tudo que construiu nestes 50 anos?
Acho que tudo passou muito rápido. Tive muitas alegrias e tris-
Os senseis Iko Trindade, Ugo Arrigoni e Tanaka exibem foto histórica de 1960 que registra o ínicio do Karatê no Rio de Janeiro
tezas, mas acho que fiz o certo. Penso que tudo foi válido e fiz a escolha certa quando decidi vir para o Brasil.
Qual é a importância de sua obra na manutenção dos princípios criados por Gichin Funakoshi?
Penso que não posso estabelecer uma ligação direta entre meu trabalho no Brasil e a obra do sensei Funakoshi. Mas tenho certeza de que ajudei a difundir aqui grande parte da obra dos senseis Nakayama e Nishiyama.
O senhor é hoje é o número 1 da ITKF. O que isso representa para o senhor?
Não sei nada disso. Sou apenas o mais antigo de todos e me sinto honrado por esta longevidade, e pela deferência que me é feita, mas nunca pretendi ser Deus. Prefiro ser um ser humano normal sem maiores pretensões.
E na vida pessoal, quais foram suas principais conquistas?
Fui casado e há aproximadamente quatro anos fiquei viúvo. Este casamento me deu um filho nascido e criado no Brasil. Minha esposa chamava-se Toyoko Tanaka Guaracy Ken Tanaka.
Valeu a pena ter migrado para o Brasil?
Com certeza. E mesmo sendo ruim de karatê consegui formar grandes campeões e, como já disse, ajudei a disseminar os preceitos filosóficos e técnicos de nossa modalidade.
Como avalia o momento atual do tradicional no Brasil?
Minha avaliação é muito boa. O karatê tradicional nunca esteve tão bem organizado e administrado em nosso País como hoje. Além disso, esta nova administração deu outro formato para nossa modalidade. No campo técnico também evoluímos muito, e no último mundial a seleção brasileira obteve um número recorde de medalhas.
Qual é mensagem que deixa para os karatecas do Brasil?
Gostaria que as pessoas entendessem que competição é competição, e que o karatê arte marcial é algo totalmente diferente. O karatê não é show, e é muito mais do que isso. O karatê essência foi criado para você competir internamente consigo mesmo e vencer seu maior inimigo, que é você mesmo. Com o carisma e naturalidade, há 50 anos Yasutaka Tanaka comanda o tradicional no Brasil
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Por Rodolfo Gonzalez Camargo Foto Paco Lozano
NUTRIÇÃO DESPORTIVA
PRÓS E CONTRAS DA PESAGEM NO DIA ANTERIOR À COMPETIÇÃO
A pesagem nos esportes de luta é utilizada comumente como um critério de divisão dos atletas em categorias determinadas por faixas de peso, e muito se tem discutido sobre o melhor momento para a realização dela. Muitos defendem que a pesagem deve ser feita no dia da competição, e outros que ela deve ser realizada no dia anterior. Atualmente, nos esportes de luta, verifica-se uma tendência em adotar a pesagem no dia anterior à competição. Esta prática permite, porém, que atletas se utilizem de métodos rápidos de perda de peso para que possam descer de categoria, e assim ter uma vantagem extra sobre seus adversários no momento da luta. Entre as estratégias utilizadas, a desidratação e o jejum são as mais comuns, além do uso de fármacos diuréticos, laxantes e sauna, entre outros (Naghii MR, 2000). Devido ao tempo entre a pesagem no dia anterior e a luta (aproximadamente 14 a 24 horas), a recuperação destes atletas é possível de ser realizada. Ao término da pesagem, lutadores frequentemente orientados por nutricionistas, educadores físicos e médicos tratam de reidratar-se e reestabelecer seus estoques de glicogênio, a fim de não haver um comprometimento no desempenho durante a luta no dia seguinte. Desta forma, durante as competições, encontramos atletas inscritos em categorias abaixo da real, criando uma desvantagem para os adversários que estão na faixa de peso correta. Assim, no momento da luta esses lutadores enfrentarão oponentes muitas vezes cinco ou seis quilos acima do peso máximo permitido para aquela categoria. Além disso, a rápida perda de peso também não é bem-vinda do ponto de vista da saúde dos atletas, uma vez que causa diminuição dos estoques de glicogênio, além de efeitos deletérios, como comprometimento da função cardíaca e redução da capacidade renal, entre outros (Naghii MR, 2000). Tais alterações podem causar queda no desempenho, que pode ser observada a partir da redução de 2% a 3% do peso corporal por desidratação (Shirreffs et al, 2007), além de perda de concentração, como consequência da diminuição de 1,5% a 2% de água corporal (Edwards et al, 2007). E ainda, a ocorrência de redução nos estoques de glicogênio pode afetar drasticamente o desempenho dos atletas, principalmente em atividades realizadas acima de 75% VO2máx (Spriet LL., 2011). Considerando que o ideal é que os lutadores estejam com os estoques de glicogênio cheios no momento da competição, após a pesagem são necessárias 20 horas para a completa recuperação desta fonte de glicose (taxa média de recuperação do glicogênio em torno de 5% por hora) (Shoaib Bin Aleem, et al, 2009). Treinadores, comentaristas e especialistas no assunto, que defendem o ponto de vista da competição em igualdade de condições, posicionamse contra a pesagem no dia anterior, justificando que muitos destes atletas não pertencem à categoria em que estão inscritos e têm uma vantagem sobre os ditos honestos, que estão no peso correto, além de não considerarem uma prática saudável. Outro grupo de estudiosos, porém, defende uma visão mais realista, ou seja, a pesagem no dia da competição não evita que muitos atletas se utilizem de estratégias de rápida perda de peso para entrar na categoria em que estão inscritos. Dessa forma, não há tempo hábil para a recuperação dos competidores, sendo comum a presença de lutadores desidratados e com estoques de glicogênio abaixo do necessário durante as lutas, o que não é recomendado tanto do ponto de vista da saúde quanto da qualidade da competição.
O que preservar então? O direito do atleta que está dentro da faixa de peso de sua categoria de enfrentar um oponente nas mesmas condições ou a saúde daqueles que se utilizam de estratégias para a rápida perda de peso? Esta questão vem sendo amplamente discutida e está longe de ser unanimidade entre os especialistas no assunto.
Rodolfo Gonzalez Camargo é
Farmacêutico-Bioquímico formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e desde o início de sua formação deu ênfase aos estudos de bioquímica do exercício e bioquímica dos alimentos. É mestre pela Universidade de São Paulo (USP), pelo laboratório de metabolismo de lipídeos. Atualmente é aluno de doutorado pela Universidade de Potsdam (Alemanha) no laboratório de bioquímica dos alimentos em um programa de parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e com a Universidade Texas A&M (Estados Unidos).
Referências
Edwards, A.M., Mann, M. E., Marfell-Jones,M. J., Rankin, D. M., Noakes, T. D., & Shillington, D. P. (2007). The influence of moderate dehydration on soccer performance: Physiological responses to 45 min of outdoors match-play and the immediate subsequent performance of sport-specific and mental concentration tests. British Journal of Sports Medicine, 41, 385 – 391 Naghii MR. The significance of water in sport and weight control. Nutr Health. 2000;14(2):127-32. Shirreffs SM, Casa DJ, Carter R 3rd; International Association of Athletics Federations. Fluid needs for training and competition in athletics. J Sports Sci. 2007;25 Suppl 1:S83-91. Shoaib Bin Aleem, Muhammad Mazhar Hussain, Yasir Farooq. Role of Skeletal Muscle Glycogen in Exercise. Pakistan armed forces medical journal. 2009;3: June. Spriet LL. Metabolic regulation of fat use during exercise and in recovery. Nestle Nutr Inst Workshop Ser. 2011;69:39-53; discussion 53-8.
Fotos Arquivo
25 anos
da conquista dourada Conquista olímpica de Aurélio Miguel foi divisor de águas para o judô brasileiro
Não há duvida, o principal fato da história do judô brasileiro foi a conquista da medalha de ouro por Aurélio Miguel nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988 e que este ano completa 25 anos. O pódio do judoca paulistano da Vila Sônia não foi o primeiro da seleção brasileira do esporte em uma Olimpíada, mas foi de longe o mais marcante. Um exemplo: foi a única medalha de ouro da delegação do Brasil que foi aos Jogos de Seul com 170 atletas. Foi também a primeira dourada do judô olímpico nacional que até hoje tem apenas mais duas do mesmo nível (Rogério Sampaio, Barcelona-92, e Sarah Meneses, Londres 2012). Daquele 30 de setembro em diante o esporte criado pelo japonês Jigoro Kano ganhou uma nova força no Brasil. Milhares de crianças começaram a praticar judô. As academias viram seus tatames ganharem centenas de alunos. A
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exposição do judô no país atingiu um novo patamar. Jornais, revistas, programas de TV começaram a encarar a modalidade com outros olhos. No campo competitivo, a conquista em Seul deu a autoconfiança necessária aos atletas do País para fazer frente a europeus e asiáticos. Hoje o país figura entre as principais forças da modalidade no mundo. Ao se comemorar os 25 anos da final na qual Aurélio Miguel derrotou o alemão Marc Meilling na decisão olímpica dos meio-pesados (até 95 quilos) é preciso dar crédito também a Chiaki Ishii, japonês naturalizado brasileiro que em 1972, nos Jogos de Munique, colocou o Brasil pela primeira vez no pódio olímpico ao chegar à medalha de bronze. Justo também recordar que em Los Angeles, quatro anos antes de Seul, o Brasil fez bonito nas Olimpíadas ao conquistar uma medalha de prata (Douglas Vieira) e duas de
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bronze (Luiz Onmura e Walter Carmona). Mas pela importância dos Jogos de Seul, pela presença das grandes forças do esporte, não há como negar a importância do ouro de Aurélio Miguel. “Mas ninguém consegue nada sozinho. Tenho muito a agradecer aos técnicos, companheiros de treino demais membros da seleção brasileira que me ajudaram muito. É preciso
frisar que apesar de o judô ser um esporte individual, é fundamental que exista uma equipe. É impossível treinar sozinho”, ressaltou Aurélio. A medalha de ouro olímpica que Aurélio Miguel colocou no peito aos 24 anos de idade foi um feito importante não só no campo do esporte de alto rendimento. O judoca que teve em Massao Shinohara o
seu primeiro técnico de competição sempre apresentou uma destacada atuação política no judô. Desde muito cedo ficou conhecido por suas reivindicações que sempre buscavam melhorar as condições de trabalho dos atletas do judô e que acabaram refletindo no esporte brasileiro em geral. Isso ajuda a entender os episódios que se seguiram à sua conquista olímpica,
como por exemplo, o seu rompimento com a Confederação Brasileira de Judô em 1989, gesto que foi seguido pela elite do esporte naquela ocasião. Nada que o impedisse de retornar aos tatamis e subir ao pódio olímpico novamente, desta vez conquistando a medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Ao encerrar sua carreira de atleta em 2001, Aurélio Miguel deixou como legado, além de uma das trajetórias esportivas mais impressionantes do esporte nacional, lições imprescindíveis aprendidas no judô: disciplina, determinação e honradez.
GATA DOS TATAMIS Por Paulo Pinto Fotos Flรกvio Sampaio
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Nome: Rafaela Ruiz Nucci de Morais Local e data de nascimento: 9/12/1996 - São Paulo (SP) Formação escolar: Ensino médio Graduação: Faixa marrom Tokui waza: Seoi-nage Judogi preferido: Dragão Série Ouro - Branco Tênis preferido para passeio: Adidas Tênis preferido para atividade física: Mizuno Peso: 48 kg Altura: 1,60 m Categoria: Meio-leve Sensei: Rafael Chiavinato Técnicos: Rafael Chiavinato e Sidnei Silva Ídolo nos tatamis: Leandro Guilheiro Ídolo fora dos tatamis: “Meu maior ídolo é Jesus” Maior judoca da atualidade: Kayla Harrison Maior judoca de todos os tempos: Toshihiko Koga Clube: Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) Meta fora dos tatamis: “Fazer faculdade de Direito e me tornar juíza”
Paulo Wanderley é reeleito Presidente da
Confederação Brasileira de Judô
Rio de Janeiro (RJ) - Paulo Wanderley Teixeira foi reeleito presidente da Confederação Brasileira de Judô pelos próximos quatro anos. A eleição foi realizada no dia 26 de janeiro, durante a Assembleia Geral Ordinária, no Hotel Windsor Plaza Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A chapa liderada pelo atual presidente, única concorrente, foi eleita por aclamação pelas 27 federações estaduais. Os campeões olímpicos Aurélio Miguel e Rogério Sampaio acompanharam a assembleia. Segundo Paulo Wanderley, a votação expressiva reflete a unidade em torno de sua candidatura. “Essa reeleição por aclamação reflete um momento inédito no judô brasileiro: uma unidade em torno de um objetivo maior, que é o sucesso da modalidade”, comentou o dirigente. “Sinto-me no alto do pódio da gestão com essa reeleição. Estou muito feliz por poder dar prosseguimento a projetos importantes que estamos conduzindo, com foco na excelência. Tenho confiança de que, ao final do próximo ciclo olímpico, teremos muito mais motivos para comemorar”, afirmou Paulo Wanderley, que tomará posse no dia 9 de março em local ainda a definir. Com Paulo Wanderley à frente da CBJ, o judô tornou-se o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil em Olimpíadas (foram conquistadas duas em Atenas 2004, três em Pequim 2008 e quatro em Londres 2012). Também foi conduzida uma política importante de descentralização do esporte, especialmente por meio do Programa de Auxílio às Federações (PAF), que está melhorando a estrutura de treinamento e competição em todo o Brasil. Pela primeira vez, uma assembleia geral contou com a presença de medalhistas olímpicos. Os campeões Aurélio Miguel e Rogério Sampaio prestigiaram o evento. “Essa reeleição por aclamação mostra que estamos vivendo um momento de maturidade administrativa muito grande. Temos de enaltecer o trabalho de Paulo Wanderley, de toda sua equipe e das federações que o têm apoiado”, disse Aurélio Miguel. Para Rogério Sampaio, o ponto alto da administração atual foi a transparência. “Vejo que o judô vive um
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Por Paulo Pinto Fotos Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NET e Everton Monteiro/FPJ
Antonio Viana cumprimenta o colega reeleito
momento que há 20 anos era um sonho. Um dos pontos que podemos exaltar dessa administração é a transparência do trabalho em todas as áreas”, disse. Compõem a chapa eleita até 2017: Marcelo França Moreira, primeiro vice-presidente; João Batista da Rocha, segundo vice-presidente; Francisco de Carvalho Filho, terceiro vice-presidente; Paulo Roberto Figueira de Almeida, Gilmar Cotrim Camerino e Roberto David da Graça, membros efetivos do conselho fiscal; tendo como suplentes Humberto Camargo Brandão Filho, Renan Sales Vanderlei e Ralciney Márcio Carvalho Barbosa.
Análise Pela primeira vez na era Paulo Wanderley Teixeira, uma eleição da Confederação Brasileira de Judô apresentou chapa única. Em nossa análise, isso representa um grande retrocesso político para a modalidade, já que foi justamente a pressão exercida
Paulo Wanderley ladeado por seus vices João, Marcelo e Francisco
Delfino Batista, Francisco de Carvalho, Tom Pacheco e Luiz Martins
Os campeões olímpicos prestigiam a reeleição de Paulo Wanderley
Rogério Sampaio, Alessandro Puglia, Tom Pacheco, Eduardo Pinho, Delfino Batista, Francisco de Carvalho, Luiz Iwashita e Luiz Augusto Martins
permanentemente pela oposição que garantiu as benesses e o clientelismo que proporcionaram alguma estrutura às federações que formaram a base da situação. Vamos ver como as coisas acontecerão daqui por diante e quais serão os desdobramentos do acordo ora firmado entre a oposição e Paulo Wanderley, que após 12 anos à frente do judô verde e amarelo conquistou o direito de perpetuar-se no poder até o inicio de 2017. Semanas antes da assembleia que reelegeu Paulo Wanderley para mais um mandato à frente da CBJ, o dirigente havia sido reeleito para a presidência da CPJ, na qual, devido ao excesso de poder auferido pelo dirigente continental, o judô está se arrastando e é gerido ditatorialmente. Desejamos vida longa ao todo poderoso dirigente do judô das Américas e esperamos que não aconteçam no Brasil, os mesmos equívocos e abusos cometidos na Confederação PanAmericana de Judô. Os presidentes que elegeram Paulo Wanderley por inanimidade
FPRJ REALIZOU
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
Credenciamento Técnico 2013
Ponta Grossa (PR) - A Federação Paranaense de Judô (FPrJ) realizou seu credenciamento técnico no dia 16 de fevereiro, no auditório principal do Colégio Marista Pio XII, na cidade de Ponta Grossa. Foram credenciados 287 professores e técnicos vindos de todo o Estado. As maiores autoridades do judô paranaense marcaram presença em Ponta Grossa, entre as quais os kodanshas Liogi Suzuki, Yoshihiro Okano, Ney de Lucca Mecking, Roberto Nagahama, Walter Kazunori Babata, Jorge Luís Meneguelli e Luiz Iwashita, e os delegados regionais Celso Duarte, Washington Toshihiro Donomai, Helder Marcos Faggion, Lauro Azuma e Marcos Roberto da Veiga. Os trabalhos foram iniciados com a palestra de Luiz Iwashita, presidente da FPrJ, que apresentou um balanço geral da temporada passada, quando o dirigente comemorou mais um ano de crescimento no número de atletas e clubes federados. Ao todo, 2.343 atletas e 75 entidades se federaram em 2012.
A principal atração do CT deste ano foi a palestra do professor Floriano de Almeida, técnico do Minas Tênis Clube/MG, ex-técnico da seleção brasileira e do Projeto Futuro de São Paulo. O tema central da palestra do experiente 1º - Academia Hobby Sports e laureado treinador minastenista foi O trei2º - Judô Tonietto nador e seu papel educacional. Além das 3º - AMCF Academia questões técnicas, sua palestra enfatizou 4º - Judô Lemanczuk Júnior a qualidade da formação não só dos novos 5º - Judô Iwashita judocas, mas também dos novos professo6º - AJAM Maringá res, com destaque especial na atuação dos Luiz Iwashita finalizou sua participação treinadores como líderes, educadores, técdestacando o importante apoio recebido nicos e psicólogos. O programa contou ainda com a pados patrocinadores do judô paranaense: Nutrimental, Yama Kimonos e Original Tata- lestra do professor Edilson Hobold, árbitro mis, o mais novo apoiador da FPrJ. FIJ A e coordenador de arbitragem da FPrJ, Na sequência, a programação do CT que expôs as novas regras de arbitragem 2013 houve a excelente palestra de Antônio apresentadas no seminário internacional de Eduardo Branco, presidente do CREF do realizado recentemente pela Confederação Paraná, que falou sobre a importante atua- Pan-Americana de Judô (CPJ), na Cidade ção da entidade na proteção aos profissio- do México. Após sua palestra, o árbitro paranaense nais graduados e provisionados, registrados mais graduado falou sobre as dificuldades no CREF9/PR. Após as observações de início de temporada, o dirigente paranaense divulgou o ranking geral de equipes paranaenses, e os seis primeiros colocados foram:
Seis primeiros classificados no ranking estadual
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Por Matheus Luiz
Marcos Veiga
Helder Faggion
Yoshihiro Okano
Vitor César Moreira
Ney Mecking
Liogi Suzuki
Roberto Nagahama
Jorge Meneguelli
Lauro Azuma
Walter Babata
que a arbitragem enfrentará nesta temporada. “Anualmente a Federação Internacional de Judô promove mudanças pontuais nas regras, porém, este ano tivemos um número enorme de alterações e certamente este processo demandará certo tempo para que atletas, técnicos e árbitros possam assimilá-las”, previu o coordenador da arbitragem do Paraná. Bastante emocionado com a receptividade dos judocas paranaenses, Floriano de Almeida ressaltou o interesse dos participantes. “Fiquei bastante surpreso com o que vi aqui. Primeiro porque não esperava quase 300 professores e técnicos, mas o que mais me motivou foi o interesse deles em saber e querer aprender mais. Isso mostra que o judô do Paraná está com sede de aprender e crescer. Eles estão em ebulição e se houver maior união e coesão, em pouco tempo o Paraná pula para a ponta.” O técnico minastenista finalizou destacando que a troca de informação é ferramenta fundamental no processo de crescimento técnico. “As pessoas pensam que os palestrantes apenas ensinamos nos cursos que ministramos, mas este é um grande erro. A troca que acontece quando nos deparamos com um público focado e interessado em nosso trabalho é enorme. Digo isso porque cada pergunta que me foi feita teve de ser processada e todas elas mostraram o nível técnico dos professores paranaenses. Sempre aprendo muito nas palestras, e fico
feliz por somar no crescimento de cada professor participante. Posteriormente todos farão a transmissão daquilo que vivenciaram aqui, e este é o nosso objetivo principal.” Para Luiz Iwashita, o credenciamento técnico de 2013 foi um divisor de águas. “Ficamos surpresos com os números atingidos neste ano, e isso mostra o comprometimento dos técnicos, filiados e dirigentes do Paraná com o crescimento do judô. Buscamos sempre oferecer o melhor conteúdo nos credenciamentos e fincamos um marco neste evento.” O dirigente destacou a importância das palestras apresentadas no programa. “Pude assistir à palestra do Branco e parte da apresentação do Floriano, e ficamos satisfeitos com o conteúdo apresentado por ambos. Tenho certeza de que agregamos conhecimento para nossos filiados”, disse Iwashita,
Edilson Hobold
Floriano com o anfitrião Azuma
que finalizou enfatizando a importância da manutenção de crescimento em todas as áreas. “Tivemos um crescimento razoável em 2012, e temos uma projeção de crescimento ainda maior para este ano. Para que estes objetivos sejam atingidos é preciso que todos participem e somem esforços no busca do crescimento de todos. Temos orgulho de ter no Paraná uma grande família de judocas, que cresce e se fortalece a cada ano.”
Avaliação de autoridades e técnicos Após a realização de todas as palestras, ouvimos kodanshas, técnicos e delegados regionais para saber como viram a palestra proferida por Floriano de Almeida, e todos fizeram uma avaliação extremamente positiva
Floriano de Almeida
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do conteúdo exposto pelo técnico minastenista. Sensei Liogi Suzuki, 9º dan, destacou o profundo conhecimento do professor Floriano. “Mais uma vez pudemos constatar o profundo conhecimento que o Floriano possui de nossa modalidade. Ele vem de uma das melhores escolas de São Paulo, a Academia Lapa Judô Clube, do saudoso sensei Fuyuo Oide, o primeiro kodansha 9º dan das Américas e um dos maiores formadores de atletas do Brasil. Orgulho-me de ter tido a oportunidade de estar aqui e aprender um pouco mais com o sensei Floriano de Almeida.” Na visão de Yoshihiro Okano, 8º dan, mesmo sendo um dos mais renomados técnicos do Brasil, o palestrante paulista prioriza a formação do ser humano. “Pudemos perceber claramente o caráter formacional do trabalho apresentado pelo professor Floriano. Mesmo sendo um dos técnicos mais destacados do Brasil, ele da ênfase à formação e à educação de seus atletas e alunos. Isso me deixa muito feliz, já que hoje estes aspectos estão sendo relegados a um segundo plano.” Para Ney de Lucca Mecking, 7º dan, o palestrante minastenista mostrou que acima de tudo é educador e formador. “O Floriano mostrou-se profundo conhecedor dos temas abordados e, da forma como expôs seus pensamentos, deixou claro que é um treinador educador e formador. Mostrou muita humildade, e isso é um fator fundamental no processo educativo, já que estar sempre predisposto a aprender e a somar esforços vem contribuir sobremaneira no processo de formação de pessoas e de atletas. Tenho certeza de que após a fala do Floriano, aqui em Ponta Grossa, muitos professores repensarão suas atitudes e procedimentos.” Roberto Nagahama, 6º dan, parabenizou a FPrJ por viabilizar uma palestra tão importante para seus filiados. “Pela experiência que possuo como docente, técnico e treinador, acho que trazer o Floriano de Almeida foi uma escolha extremamente feliz. Parabenizo a diretoria de nossa entidade pelo conteúdo que nos foi oferecido. Atuando como técnico, já fui adversário do colega minastenista, e sabia que aprenderíamos muito com ele. Foi exatamente isso que aconteceu. Ele falou muito sobre judô científico e deixou claro que hoje não há mais espaço para o empirismo. Acima de tudo, mostrou caminhos importantíssimos que devem ser seguidos por todos que buscam evolução.” Walter Babata, 6º dan, enfatizou a utilização de equipes multidisciplinares no alto rendimento. “Só a experiência dele dentro do Minas Tênis Clube já nos ofereceu uma visão totalmente distinta do judô que fazemos aqui. Mas o conteúdo da palestra do Floriano é muito interessante, pois ele tem uma visão macro de todo o processo, ou seja, da iniciação ao alto rendimento. Mas o que mais me impressionou foi o tema das equipes multidisciplinares e multiprofissionais. Foram estes os tópicos que mais me impressionaram.” Jorge Luís Meneguelli, 6º dan, classificou a palestra do ex-técnico da seleção brasileira como excelente. “O Floriano é um judoca excepcional. Já o conheço há muito e sei de seu potencial como técnico e formador. Parabenizo a federação por ter tido esta ini-
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ciativa importantíssima e afirmo que todos nós pudemos aprender muito com nosso colega Floriano.” Para Vítor César Moreira, coordenador de eventos da FPrJ, o credenciamento técnico 2013 superou todas as expectativas. “Superamos aqui todos os recordes obtidos anteriormente, principalmente no referente a números. Sobre a palestra do Floriano, me surpreendi pelo seu conteúdo formacional, pois quando pensamos em alto rendimento deixamos de lado conceitos que aqui foram amplamente valorizados pelo técnico do Minas Tênis Clube.” Celso Ogawa, técnico da Academia Hobby Sports, destacou os valores éticos pregados pelo palestrante paulista. “Fiquei surpreso com a importância que o Floriano da às questões éticas e, em especial, à questão do respeito entre os professores e também entre professores e alunos. Achei isso muito importante, pois entendo que a confiança e o respeito entre professores e alunos sejam fundamentais na evolução de uma relação que exige total comprometimento e cumplicidade.” Lauro Azuma, delegado e anfitrião do evento, enfatizou o crescimento do judô paranaense. “Presenciamos um evento que superou tudo que havia sido feito até hoje, seja no tocante a números, seja na questão técnica. O Floriano deu um show de humildade e conhecimento técnico. Acho que todos nós aprendemos muito com ele e tenho certeza de que o Floriano somará no crescimento do judô do Paraná.” Washington Toshihiro Donomai, delegado da região Oeste, afir-
Luiz Iwashita
Floriano de Almeida
mou que a palestra do minastenista foi muito produtiva. “A meu ver, esta palestra foi bastante produtiva e aprendemos muito com ele. Principalmente para os professores que, além de dar aulas, atuam como técnicos, pois ele fala de alto rendimento sem tirar o foco da questão formacional e educacional do judô.” Para Marcos Veiga, delegado da região Sul, o ex-técnico da seleção brasileira possui conceitos totalmente distintos daquilo que conhecia. “Gostei muito do que vi aqui hoje. Além de toda a sua vivência pessoal, o Floriano fala com propriedade e muito conhecimento sobre conceitos e formas de ensinar alunos e atletas a darem o melhor de si. Além de inovador, ele é um excelente didata.” Helder Marcos Fagion, delegado da região Norte, enfatizou
Pedro Dias
Celso Ogawa
Carlos Santos
Washington Donomai
Túlios Dallagassa
Lemanczuk Júnior
Alan Vieira
Rodrigo Tonietto
Antônio Eduardo Branco
a importância do credenciamento técnico para o crescimento do judô em todo o Estado. “Indubitavelmente, o professor Floriano é um dos maiores formadores de atletas do Brasil, e temos certeza de que, por intermédio dele, pudemos oferecer grande conhecimento aos nossos técnicos e professores. Isso atende cem por cento à nossa proposta, que é oferecer mais conhecimento técnico aos nossos professores.” Para Alan Leandro Vieira, técnico da Sociedade Morgenau de Judô, a palestra do sensei Floriano foi fundamental para o desenvolvimento do judô do Paraná. “Em minha análise, a palestra do Floriano foi excelente. Ele é uma pessoa vitoriosa e tudo que disse aqui certamente vai somar no crescimento do judô do nosso Estado.” Lemanczuk Júnior, coordenador de seleções da FPrJ, afirmou que todos os técnicos e professores puderam aprender muito com a palestra do ex-técnico da seleção. “Ele é um dos principais técnicos do Brasil e não podemos esquecer que sua atleta, Ketleyn Quadros, foi a primeira judoca a conquistar uma medalha olímpica. O nome dele dispensa qualquer apresentação, já que ele é referência mundial na modalidade. Certamente todos os professores ganharam muito com o seminário apresentado por ele, aqui no Paraná. Todos, sem exceção, desde a base ao alto rendimento, foram beneficiados com a sua palestra.” Rodrigo Tonietto enfatizou a troca de conhecimento promovida por Floriano. “Em termos de rendimento e qualidade, tenho certeza de que esta palestra foi muito boa para nossa modalidade. Toda troca de conhecimento é fundamental, principalmente quando nos deparamos com um profissional diferenciado e acima dos padrões, como é o caso do professor Floriano.” Ricardo Santos destacou a importância da transmissão feita pelo ex-técnico da seleção. “Acho que a vinda do professor Floriano ao Paraná foi muito importante. Acompanho o trabalho dele desde a época do Projeto Futuro, e conheço muito bem sua capacidade. Nosso Estado só tem a ganhar com a vinda de técnicos com nível tão elevado. Esta palestra focou desde o praticante até o atleta do alto rendimento, e o Floriano nos deu dicas importantes no sentido de obtermos maiores resultados nos dois segmentos.” Tullius Dallagassa enfatizou a experiência de vida do palestrante minastenista. “Foi uma palestra superinteressante, motivadora e inovadora. A experiência de vida dele nos tatamis é algo surpreendente e nos motiva a seguir adiante em nossa dura jornada diária.” Pedro Dias destacou a importância da realização do credenciamento técnico. “É sempre muito importante participar de atividades que disponibilizem informação e conhecimento para os professores. Conheço o Floriano há muitos anos e foi um enorme prazer vê-lo de novo. Em minha análise, o credenciamento técnico é de suma importância, tanto que em Portugal há dois por ano. O conhecimento não ocupa espaço e informação nunca é demais.” Eidi Kawazoe destacou o conteúdo educacional no trabalho do treinador minastenista. “Ao contrario daquilo que estamos acostumados a ouvir, o professor Floriano prioriza o aspecto educacional do treinador, e este é um enfoque diferente daquilo que conhecemos, já que desta forma ele humaniza e estreita ainda mais a relação entre técnico e atletas.”
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RIO GRANDE DO NORTE SEDIARÁ O BRASILEIRO NORTE-NORDESTE DE KARATÊ-DÔ TRADICIONAL
Por Paulo Pinto Fotos Arquivo FKTRN
Por meio da parceria entre a Federação de Karatê-Dô Tradicional do Rio Grande do Norte (FKTRN) e a Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional (CBKT), Natal será a sede do Campeonato Brasileiro Norte-Nordeste 2013. O certame vai realizar-se de 11 a 13 de julho, no ginásio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A chegada das delegações está marcada para o dia 11 de julho, e as disputas começarão no dia 12. Alexsandro Jobson, presidente da FKTRN, pretende usar a competição regional como vitrine de uma administração participativa e fundamentada na responsabilidade social. “Vejo na realização do Campeonato Brasileiro Norte-Nordeste, uma excelente oportunidade para mostramos nosso trabalho como entidade que proporciona total apoio aos nossos professores, às academias filiadas e principalmente aos projetos sociais existentes em nosso Estado. Trabalhamos sempre com o intuito de colaborar na formação dos nossos jovens, pois a nossa filosofia de trabalho é educar por meio do esporte.”
Particularidades do evento A arquibancada do ginásio será setorizada e organizada de forma a reservar lugares para atletas que estejam competindo e para os que não irão competir imediatamente, e haverá uma área de aquecimento próxima às áreas de competição. Haverá também lugar especial
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para técnicos, delegados e torcidas, o que permitirá melhor visualização das mais variadas disputas e maior compreensão por parte dos espectadores. Segundo Nilton Aurimar, membro da comissão organizadora do evento, a categoria sub 14 terá atenção especial. “Daremos atenção especial aos atletas da categoria até 13 anos, pois entendemos que esta faixa etária representa o futuro do Brasil no contexto geral e, também, no karatê. Temos de preservar os jovens karatecas, promovendo uma inclusão cuidadosa e paulatina no circuito competitivo.” Iara Soares, que também pertence à comissão organizadora do brasileiro Norte-Nordeste, explicou que o certame contará com disputas de atletas especiais. “No dia 12 de julho faremos uma competição específica para atletas especiais. Já para as demais categorias temos a expectativa de receber 300 atletas dos Estados que compõem as regiões Norte e Nordeste, que, somados aos 200 karatecas potiguares, deverão totalizar 500 competidores aproximadamente. Contamos com grande participação dos demais Estados, e para isso deixaremos o ginásio da UFRN bem aconchegante para juntos lotarmos toda a arquibancada.” A comissão organizadora também está preparando uma confraternização para todos os atletas, professores, técnicos e familiares, durante a festa de encerramento, que contará com a presença de uma banda musical regional. Pelo visto o forró vai correr solto no tatami potiguar. Edinaldo Bezerra de Brito, diretor de rela-
ções públicas da FKTRN, afirmou que vai receber todos os atletas e visitantes de braços abertos. “O povo de Natal tem a tradição de ser hospitaleiro e acolhedor. Tenho certeza de que toda a comunidade do karatê tradicional de nosso Estado estará de braços abertos para acolher todos os nossos amigos.” A FKTRN está organizando uma série de eventos internos para alavancar o Norte-Nordeste, e uma destas ações será o Campeonato Estadual, nos dias 20 e 21 de abril, no ginásio Nélio Dias. O evento servirá de seletiva para os atletas que formarão a seleção potiguar e de treinamento para os árbitros que vão atuar na competição. Haverá também o sorteio de brindes para arrecadar fundos que serão destinados ao evento. Em maio, será realizado o curso técnico, com a verba destinada ao evento. Nos dias 16 e 17 de junho vai realizar-se na cidade de Mossoró a segunda etapa do campeonato estadual, que repetirá os objetivos da primeira etapa.
Comissões responsáveis pelo evento A comissão organizadora é composta por Nilton Aurimar, Alexsandro Jobson, Edinaldo Brito, Iara Soares, Anniara Márjore e Mariluzia Fagundes. Já a comissão de arbitragem é formada por Franklin Fernandes e Antônio Pereira. À frente da comissão organizadora de mesários e logística está Davi Bezerra.
Parceria fortalece o karatê-dô potiguar A FKTRN está realizando uma gestão inovadora, fundamentada em conceitos administrativos modernos e de participação, que estão proporcionando maior crescimento à modalidade em todo o Estado. Um exemplo forte da pujança do karatê norte-rio-grandense é a parceria com o SESC, instituição que acreditou no potencial da modalidade na formação e socialização de crianças e jovens. O resultado da união de forças entre a instituição e a FKTRN tem proporcionado um crescimento qualitativo e quantitativo sem precedentes na modalidade. Os Jogos dos Comerciários de Karatê é um evento do SESC em parceria com a FKTRN, que reuniu na última competição 439 atletas, pertencentes a 36 entidades de todo o Estado. Ao todo 35 árbitros, 20 mesários e seis oficiais atuaram no evento, que atraiu um público superior a 1.100 espectadores. O campeão do desfile foi a Liga Budokan, e as equipes finalistas foram: Shotokan Ceará-Mirim, campeã; Budokan, vice-campeã, e SESC Centro, terceira colocada. Edinaldo Bezerra de Brito, relações públicas da federação, destacou a inovação promovida neste certame. “A inovação desta competição foi a premiação oferecida às crianças inscritas. Com base numa proposta lúdica, todos receberam lancheiras, sorvetes e medalhas. Priorizamos premiar a participação e não a competição, como forma de estímulo para os futuros atletas. Queremos instituir outros conceitos para o karatê, e isso passa por um melhor estilo de vida, baseado no respeito ao próximo e na atividade física funcional. A proposta é manter nossas crianças ativas fisicamente e mentalmente, porém, de forma mais pedagógica e saudável.” Nilton Aurimar, diretor técnico da entidade, prevê um crescimento de 50% nesta temporada. “Com base nas filiações e no movimento das escolas e dojôs, neste início de temporada, nossa estimativa é receber mais de 600 atletas nos Jogos Comerciários de Karatê deste ano.” O dirigente finalizou enaltecendo a parceria com a instituição. “Este ano a competição será nos dias 28 e 29 de setembro, e temos a expectativa de promover um evento gigantesco. A parceria com SESC é uma iniciativa vencedora e temos certeza de que ainda vamos crescer muito mais. Este projeto está sob a responsabilidade dos professores Antônio Pereira, 5º dan, Renato Belsser, 2º dan, e Clarice Leão, coordenadora de esportes do SESC/RN.” O presidente da FKTRN, Alexsandro Jobson, agradeceu ao presidente da CBKT, Gilberto Gaertner, e demais Estados pela confiança depositada na organização e realização deste evento.
Alecssandro Jobson presidente da FKTRN discursando em abertura de evento
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Por Bernardino Santi Foto Paco Lozano/Spain
MEDICINA ESPORTIVA
VENCER A QUALQUER PREÇO? Fiquei estarrecido, perplexo e indignado, quando recebi a notícia da morte de um atleta de jiu-jitsu, durante um campeonato mundial realizado no Rio de Janeiro. O diagnóstico foi infarto agudo do miocárdio, mas exames e histórico clínico posteriores confirmaram que o atleta utilizara anabolizantes aplicados em cavalos, de nomes Ponetai e Equipoise. Guardem bem os nomes destas substâncias, pois sua utilização tem sido difundida no meio dos esportes de combate de forma assustadora. Como se não bastassem as drogas que já têm sido largamente empregadas, os atletas ultrapassaram todos os limites do racional e utilizam um medicamento que serve para potencializar o organismo de animais de grande porte. Este fato nos faz refletir, e algumas perguntas ficam no ar: 1 Será que o atleta se dopou sozinho? Não terá havido conivência de algum treinador, médico, dirigente ou mesmo de outro atleta que “ouviu falar dos efeitos desta droga”, e a “indicou” para o jovem em questão? 2 Os organizadores do evento tinham conhecimento de que alguns atletas se dopam? 3 Havia regulamentação para a coleta de exames antidoping? 4 Havia estrutura médica para o atendimento de urgência, como paradas cardíacas, por exemplo? 5 Havia meio de transporte médico adequado? 6 Havia um médico especializado em medicina esportiva, ou mesmo com experiência em artes marciais? Para essas perguntas aguardamos respostas, mas a pergunta que ninguém pode responder é por que um jovem atleta, tido como bom caráter, pai de um filho, esperançoso no futuro, se submete a utilizar uma substância que, além de ser sabidamente perigosa para a saúde, é exaustivamente combatida pelos especialistas? É inacreditável que, apesar de todos os alertas e mesmo estando próximos ao terceiro milênio, alguns atletas e técnicos ainda duvidem dos estudos e das provas científicas que pesquisadores e médicos trazem a público constantemente. Com todo o respeito ao atleta falecido, este tipo de atitude é uma verdadeira imbecilidade. Um atleta fazer uso de substâncias destinadas ao uso de equinos é, no mínimo, uma atitude insana. Meu apelo é para que você, jovem, atleta ou dirigente, entenda de uma vez por todas que o preço a ser pago é muito alto. Vale a pena sacrificar sua vida e sua
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saúde por um título no esporte? Vale a pena sacrificar tudo que conquistou por causa de dinheiro ou glória? O coração humano possui propriedades elétricas (automatismo e excitabilidade) e mecânicas (contratilidade e elasticidade). É uma máquina maravilhosa, que funciona de forma harmônica, criada pelo grande arquiteto do universo para funcionar em média 75 anos ininterruptamente. Sua estrutura é primordialmente muscular, alimentada por um mecanismo circulatório próprio. Mas, apesar de este artefato ser tão engenhoso, existem limites a serem respeitados. O anabolizante tem por objetivo agir exatamente no metabolismo muscular, levando à potencialização de suas funções. Esquecem os irresponsáveis que utilizam ou estimulam a utilização desta droga que ocorrerá também uma potencialização das propriedades cardíacas e, quando os limites não são respeitados, o prejuízo será muito grande para o organismo, que entrará em colapso. As funções se desencontrarão, levando a consequências geralmente fatais. Além de tudo o que aqui foi dito, pode haver outras lesões graves, como câncer de fígado, insuficiência renal e atrofia de pênis e testículos, levando à impotência sexual e à infertilidade. Portanto, caro leitor, cabe a todos nós fazermos a nossa parte, promovendo um verdadeiro mutirão, utilizando todas as armas existentes para vencer este cancro degenerativo da sociedade. Faço uso deste veículo de comunicação para – como pai, médico, esportista e praticante de artes marciais – exigir que as autori-
dades criem medidas sérias para banir definitivamente o uso de anabolizantes no esporte. Já existe um núcleo de pessoas ligadas ao esporte, como o INDESP, ministros, médicos e dirigentes, que se mobiliza para formar comissões com o intuito de criar uma legislação rígida para coibir o uso e punir todos os envolvidos com o doping. Algumas destas medidas levarão à obrigatoriedade da coleta de amostras em toda e qualquer competição esportiva no País. As confederações e federações que não se enquadrarem não terão ajuda governamental e poderão até ser punidas. Atletas, médicos, treinadores e dirigentes envolvidos com o doping devem ser banidos do desporto. Existe também a possibilidade de ampliar a legislação para empresas, sindicatos, associações e para toda a sociedade, pois é um mal que vem-se alastrando, e deve ser combatido em todos os níveis. Enfim, complemento meu clamor num tom de desabafo. O verdadeiro vencedor, o verdadeiro homem, aquele que é corajoso, é o que compete de cara limpa, usando sua técnica, sua capacidade física e psicológica, sem medo de perder. Ganhar ou perder não é o mais importante, e sim respeitar seu adversário e, principalmente, a si mesmo.
Bernardino Santi é Professor universitário Ortopedista especializado em medicina do esporte Médico das confederações brasileiras de boxe, taekwondo e esgrima Faixa preta de judô bsanti@cbboxe.com.br
Filiada a International Traditional Karate Federation – ITKF
Karatê-Dô Tradicional - Filosofia - Arte Marcial - Educação Presidente de Honra – Yasutaka Tanaka Presidente – Gilberto Gaertner Vice-presidente e Diretor Técnico – Sérgio Bastos Vice-presidente – Hiroyasu Inoki Diretor Secretário – João Cruz Erbano Filho Diretor Administrativo Financeiro – Rui Francisco Martins Marçal Diretor de Arbitragem – José Humberto de Souza Diretor de Graduações – Ugo Arrigoni Neto Diretor de Eventos – Alfredo Aires Diretor Jurídico – Antonio Sérgio Palú Filho Diretor Médico – Admar Moraes de Souza Diretor de Projetos Sócioeducativos - Guilherme Carollo Coordenador de Seleções - Nelson Santi Consultor Técnico - Tasuke Watanabe Rua Iapó, 1225 - Curitiba (PR) - CEP 80215-223 - Fone 55 41 3027-7007 - www.cbkt.org - cbkt@cbkt.org
Alagoas - Maceió
Goiás – Rio Verde
Drausio Valentim karatecenter-org@hotmail.com
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Santa Catarina – Blumenau Ademar Rulenski ademrul@ibest.com.br
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Rio Grande do Sul Porto Alegre Paulo Cesar Rodrigues Martins fsrkt@fsrkt.org.br
Rondônia - Porto Velho Fabio Marconso de Holanda Sales marconsosales@hotmail.com
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Pernambuco Jaboatão dos Guararapes
Rio Grande do Norte – Natal
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Alexsandro Jobson M. de Souza fktrn-potiguar@hotmail.com
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
BRASIL
É UNÂNIME E ELEGE CARLOS FERNANDES PRESIDENTE DA CBTKD Com projeto inovador e foco em ciclo olímpico vitorioso, Carlos Fernandes é o primeiro brasileiro a assumir o comando do Taekwondo no Brasil. Pragmático e inovador, Carlos Fernandes foi eleito para presidir a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) para o quadriênio 2013/2017. Responsável pela quebra de um ciclo pernicioso que manteve estrangeiros à frente da entidade nacional desde a sua fundação, e fundamentado em princípios democráticos, o dirigente promete fomentar o desenvolvimento da modalidade em todos os Estados e focar sua gestão em um ciclo olímpico vencedor. Fundada em 21 de fevereiro de 1987, pela primeira vez em 26 anos a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) elege um presidente de origem brasileira. Todos os eleitos anteriormente eram asiáticos de origem sul-coreana. Aos 49 anos, Carlos Fernandes fará seu primeiro mandato como presidente eleito, já que no fim de 2010 assumiu a presidência da CBTKD em função do afastamento de Jung Roul Kim. Fernandes deu os primeiros passos na modalidade ainda jovem e aos 15 anos já tinha conquistado títulos estaduais e nacionais. Em 2007 iniciou sua trajetória como dirigente, assumindo a presidência da Federação de Taekwondo do estado do Rio de Janeiro, na qual fez excelente gestão. Após dois anos no cargo foi convidado para compor a chapa como vice-presidente da CBTKD, e teve de deixar a entidade estadual.
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No fim de 2010 ocorreu o afastamento do então presidente da CBTKD, e Fernandes assumiu a gestão da entidade que, desde a sua fundação, jamais havia sido presidida por um brasileiro. Algumas de suas principais ações neste curto período foram: a reformulação administrativa da entidade e a reestruturação do departamento técnico da CBTKD, que, além da implantação de novo trabalho na seleção brasileira, priorizou investimentos na base em todos os Estados. Nestes dois anos à frente da CBKTD Fernandes impulsionou e alavancou a modalidade, estabelecendo uma gestão democrática e participativa, jamais vista no taekwondo brasileiro. Com base numa administração moderna e transparente, recuperou a credibilidade do taekwondo brasileiro obtendo o importante apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, Ministério do Esporte e de empresas como a Petrobrás, e com isso projetou a modalidade a níveis nunca atingidos antes.
Presidentes estaduais exaltam administração Um processo eletivo transparente, somado a uma administração extremamente positiva e inovadora, culminou em sua eleição por aclamação. Dessa forma, os 25 dirigentes estaduais presentes na assembleia geral ratificaram a confiança num futuro mais democrático e participativo para toda a comunidade taekwondista do Brasil. Após a eleição da chapa intitulada Estamos Juntos e da apresentação de plataforma de gestão, todos os presidentes de federações estaduais se manifestaram e parabenizaram o trabalho realizado pelo presidente da CBTKD nestes dois primeiros anos de gestão. “Carlos Fernandes promoveu a nacionalização do taekwondo, descentralizando o esporte. Ele soube trazer vários benefícios para os Estados, de uma forma nunca antes vista, por meio do patrocínio da Petrobrás e dos projetos junto ao Ministério do Esporte, promovendo a igualdade de tratamento para todos. Ele trouxe uma elevação do nível administrativo e técnico do Taekwondo, e por tudo isso, com certeza, esta reeleição será profícua e democrática. Nós confiamos em Carlos Fernandes e queremos toda esta mudança que ele está fazendo”, declarou Ademar Lamoglia, presidente da Federação de Taekwondo Olímpico do Distrito Federal. Por sua vez, o presidente da Federação Piauiense de Taekwondo, Ricardo Paraguassu, ressaltou “o respeito que a nova CBTKD tem demonstrado pelas federações estaduais”, acrescentando que “em outras épocas, parecia que muitas federações não existiam, pois não eram respeitadas nem considera-
Dirigentes em foto histórica após a ago que elegeu o primeiro brasileiro para a presidência da CBTKD
Carlos Fernandes, Denilson Nicodemos e Fernando Madureira
Eduardo Gonçalves e Carlos Fernades
José Carlos e Olzemir Machado
Fernado Madureira e Júnior Maciel
Valdemir Medeiros, superintendente da CBTKD
João Gabasi que apresentou a palestra liderando com entusiasmo
Pedro Araújo cumprimenta o amigo Carlos Fernandes
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das. Hoje, além do respeito da CBTKD, todas as federações estão se respeitando umas às outras, e isso traz união e muito sucesso”. Num discurso emocionado, José Carlos Teixeira, presidente da federação do Estado da Bahia, também mencionou as oportunidades abertas pela nova CBTKD para os atletas da sua região. “Hoje, a Bahia tem cinco atletas na seleção, o que nunca havia acontecido antes e só foi possível com esta nova gestão, e graças à implementação do Ranking Nacional. Esta e outras medidas fizeram com que o taekwondo se expandisse por todo o País”, declarou o dirigente baiano. Eliezer Dantas, que preside a Federação Potiguar de Taekwondo, também se manifestou, sublinhando a democracia trazida por Carlos Fernandes para o taekwondo: “No meu Estado se vivia um sistema político antidemocrático e foi este novo presidente que mudou isto. Hoje a CBTKD é democrática e aposta nos talentos de todo o País, na juventude de todas as regiões, sem esquecer ou preterir ninguém”. O presidente da Federação de Taekwondo do Estado de Sergipe, Eduardo dos Santos, fez questão também de frisar que nesse pouco tempo e com coragem, Carlos Fernandes fez muito pelo taekwondo brasileiro. “Acreditamos que irá fazer muito mais, pois ele não se vendeu e fez o que a maioria dos taekwondistas sempre quis: virou a pagina do passado e deu novo rumo ao nosso esporte.” Pedro Araújo, presidente da Federação Tocantinense de Taekwondo, destacou a transparência, o equilíbrio e o profissionalismo da administração atual. “Estamos reconduzindo nosso presidente ao cargo pela excelente gestão desenvolvida nestes dois anos. Se fosse destacar todas as suas virtudes, certamente me estenderia muito, mas, sintetizando, posso apontar a transparência, o tratamento homogêneo que os Estados passaram a ter em sua administração e, principalmente, o profissionalismo que o taekwondo está alcançando.” Para Olzemir Antônio Machado, presidente da Federação Gaúcha de Taekwondo, o uso de novas tecnologias e o fomento da modalidade são a marca desta gestão. “A principal marca dos dois primeiros anos do presidente Carlos Fernandes foi o suporte e o fomento do nosso esporte em todas as regiões do Brasil, além da igualdade no tratamento aos Estados e da inovação no uso de tecnologias e do apoio do governo brasileiro.”
Eduardo Gonçalves deseja sucesso ao colega Carlos Fernandes
Sung Jang Hong cumprimenta o presidente CBTKD
José Carlos Teixeira
Eduardo Gonçalves
Olzemir Machado
Ricardo Paraguassú
Euripides Luiz Coelho
Pedro Araújo
Fernado Madureira
Adelino da Silva
Ademar Lamoglia
Denilson Nicodemos
José de Souza
Roberto Elias
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Um dos últimos intervenientes foi o presidente coreano da federação espírito-santense, Sung Jang Hong. Ele afirmou que, ao longo dos 37 anos em que vive no Brasil, nunca viu uma mudança tão rápida quanto aquela realizada pelo presidente reeleito. “Hoje estou alegre. O presidente Carlos teve pouco tempo, mas o trabalho já aconteceu. Agora, espero que o taekwondo cresça ainda mais”, disse. Manifestaram ainda as suas opiniões os presidentes das federações do Pará, Denilson Nicodemos; Paraná, Fernando Madureira; Amapá, Júnior Maciel; São Paulo, José Souza Júnior; Paraíba, Thomaz Silva; Maranhão, Ivonaldo Gomes Lima; Mato Grosso do Sul, Roberto Elias; Santa Catarina, Adelino da Silva, Mato Grosso, Hélio Ribeiro; Rio de Janeiro, Gilson Baracho; Goiás, Eurípides Luiz Coelho; Roraima, Nailto Carneiro; Rondônia, Franck Lopes Franco; Alagoas, Gilberto da Silva; Acre, Itassi Camargo; e o vice-presidente de Pernambuco, Harlan Barcelos, sendo que todos ratificaram o apoio a Carlos Fernandes e elogiaram o trabalho desenvolvido até aqui. Carlos Fernandes fechou a assembleia mostrando-se muito feliz pelo novo voto de confiança plena de todas as federações filiadas e pela oportunidade de continuar o árduo processo de trabalho para a modernização e moralização do taekwondo brasileiro, iniciado há dois anos. “Acreditamos neste projeto, acreditamos no poder da mudança e da união, por isso não desistimos de lutar por um taekwondo mais justo, igual e digno. Provaremos, até 2016, que nenhum minuto dedicado ao nosso esporte e ao seu desenvolvimento foi perdido. Os resultados já estão à vista, mas muito mais está chegando”, concluiu o presidente, agradecendo a todos os presentes pela confiança.
Nailto Carneiro
Gilberto Silva
Itassi Camargo
Fabio Ronin
Olzemir Martins cumprimenta o presidente eleito
José Carlos cumprimenta Carlos Fernandes
Franck Lopes Franco
Sung Jang Hong
Ivonaldo Lima
Raimundo Lima Gomes
Harlan Barcelos
Tomaz Andre
Gilson Baracho
Eliezer Dantas
José dos Santos, vice-presidente da CBTKD
Jadir Figueira, coordenador técnico da CBTKD Hélio Ribeiro
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Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
Reunião dos delegados marca fim da era
FRANCISCO DE CARVALHO São Paulo (SP) – A calendário paulista deu seu pontapé inicial prematuramente nesta temporada, e já no dia 19 de janeiro o Pampas Palace Hotel, de São Bernardo do Campo, recebeu o primeiro evento da Federação Paulista de Judô (FPJ) em 2013: a reunião dos delegados regionais. Como ocorre tradicionalmente, esta reunião precede os demais eventos do calendário bandeirante, pois é nela que são discutidas e apresentadas as novidades e mudanças promovidas pela Federação Internacional de Judô (FIJ) na área de arbitragem e pela diretoria técnica da FPJ. Neste encontro define-se também o calendário anual da entidade. A reunião de 2013 contou com a
Alessandro Puglia
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Aurélio Miguel
presença de todos os 16 delegados regionais, membros das diretorias técnica e executiva da entidade, além dos tesoureiros da FPJ e algumas delegacias regionais. O grande destaque da reunião desta temporada foi a presença de dois campeões olímpicos: Aurélio Miguel e Rogério Sampaio. O vereador de São Paulo jamais havia participado de uma reunião de delegados, que sempre se realiza no período de férias, mas este ano o campeão olímpico prestigiou o evento dos delegados paulistas. Uma das novidades desta temporada foi a volta do campeão olímpico Rogério Sampaio ao comando da 11ª Delegacia Regional do Litoral, que desde o falecimento
Dante Kanayama
de João Carlos Ribeiro Manso Júnior estava sendo dirigida interinamente por Gerardo Siciliano. Outro fato marcante foi a indicação de Joji Kimura para o cargo de coordenador técnico da FPJ, cargo que nos últimos oito anos havia sido ocupado por Alessandro Puglia. No âmbito das alterações promovidas nas regras pela FIJ, o sensei Dante Kanayama explicou quais foram as mais emblemáticas e adiantou que nesta temporada elas vieram para valer. Além da quantidade enorme de mudanças, muitas demandarão muito trabalho e treino para serem assimiladas por todos. Um fato inusitado e inesperado surpreendeu e causou comoção em todos
Francisco de Carvalho
os delegados regionais presentes no encontro anual: Francisco de Carvalho anunciou oficialmente que este será seu último ano à frente da entidade que comandou por quase duas décadas. Com seu tradicional otimismo e objetividade, Chico explicou que havia chegado o momento de mudar, até mesmo para oxigenar o comando da maior entidade estadual do judô brasileiro. “Esta transição já vem sendo trabalhada há algum tempo e nossa proposta é fazer uma passagem tranquila dentro daquilo que São Paulo anseia e precisa.” O mandatário paulista anunciou também que foi convidado para assumir a vice-presidência da Confederação Brasileia de Judô, e que completaria este mandato ao lado de Alessandro Puglia, seu sucessor natural, já que há oito anos Puglia vem trabalhando e assumindo cada vez maior número de funções na entidade. Chico explicou que sua ida para a CBJ foi algo trabalhado por Aurélio Miguel. “Quero adiantar que minha ida para a CBJ foi trabalhada diretamente por Aurélio Miguel, que, acompanhando meu quadro no pós-operatório, achou por bem buscar uma solução pacífica para o judô nacional e acabamos nos entendendo com o Paulo Wanderley Teixeira.” O vereador e campeão olímpico Aurélio Miguel explicou por que fez esta aproximação entre os dirigentes. “Fico feliz por estar aqui com todos vocês, e antes de tudo quero registrar minha admiração e gratidão ao Francisco de Carvalho. Além do grande gestor de nossa modalidade, ele é um exemplo de vida e coragem. Mesmo envolvido no processo do pós-operatório, estava articulando sua candidatura à presidência da CBJ e discutindo o futuro do judô. Sabedor da gravidade da cirurgia e da importância de recuperar-se, achei por bem interceder e aproveitar a oportunidade para pacificar o judô nacional.” O campeão olímpico reiterou o apoio ao dirigente indicado pelo presidente da entidade. “Parabenizo o Chico pela indicação do Puglia para sua sucessão, já o conheço há muitos anos, ele é uma pessoa corretíssima e comprometida com o judô. Ele vem da escola japonesa e em todos estes anos à frente da FPJ mostrou capacidade para assumir esta responsabilidade.” Aurélio Miguel explicou por que alinhavou esta trégua entre os líderes de São Paulo e do Brasil. “Mesmo atravessando um momento difícil lá no Rio Grande do Sul, onde foi operado, Chico se manteve lutando e pleiteando lançar uma chapa para concorrer à CBJ. Por
Aurélio Miguel, Cláudio Calasans e Rogério Sampaio
Os delegados regionais
Mateus Sugizaki
Rogério Sampaio
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Reunião entre contadores da FPJ e delegacias
Os tesoureiros da FPJ Valdir Meleiro e Inácio Hirayama
Inácio Hirayama Dirigentes do Judô Paulista
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José Jantália
outro lado, desde a Olimpíada de Londres, eu vinha costurando algo para tentar harmonizar definitivamente o judô nacional, mesmo porque o Brasil vai sediar os Jogos Olímpicos em 2016, e precisamos fazer de tudo para a seleção brasileira ter um resultado ainda melhor do que o obtido em Londres. Não podemos permitir que algumas rusgas maculem o desempenho do Brasil nos jogos do Rio de Janeiro.” O vereador paulistano explicou quais serão as atribuições de Francisco de Carvalho na entidade nacional. “Senti que o Paulo Wanderley estava bastante interessado neste processo de pacificação e conseguimos formatar uma proposta que foi apresentada ao Chico, e felizmente as coisas acabaram dando certo. Com esta vice-presidência o Chico passa a administrar a Região Sul do País, já que dividir o Brasil em áreas é uma proposta antiga do Chico, que agora estará à frente dos interesses desta região.” Na sequência foi a vez do outro campeão olímpico falar sobre a trajetória de Francisco de Carvalho. “Ouvindo toda esta guinada no judô paulista, não posso deixar de lembrar o momento em que o Chico assumiu a FPJ, pois eu ainda era atleta e, ouvindo o Chico falar sobre sua saída, comecei a reviver todas as conquistas que São Paulo obteve em sua gestão. Lembro-me daquela ação incrível quando da importação de milhares de tatamis sintéticos da Alemanha, quando nem a CBJ possuía este tipo de equipamento. Lembrei-me daquela caravana com mais de 100 técnicos e professores que foram a Atlanta. Lembro quando o Chico levou centenas de professores a Paris para vivenciar o mundial de 1997. Aquilo promoveu uma mudança de conduta em todos os professores que foram à França. Toda a administração do Chico foi pautada na lisura, na transparência e no engrandecimento do judô de nosso Estado. O crescimento ordenado foi sua marca registrada, e penso que é assim que ele sempre será lembrado.” Rogério também endossou a indicação de Puglia para o cargo deixado por Francisco de Carvalho. “Quero destacar também as qualidades do Alessandro, que possui características muito parecidas com as do Chico, como a transparência e a retidão. Assim como você, Chico, ele vai poder contar com todos nós, mesmo porque ele está pegando a casa totalmente arrumada e na liderança do judô nacional. Fico feliz por participar
de todo este processo, e tenho certeza de que juntos vamos trabalhar para obter um resultado ainda mais expressivo nos jogos de 2016.” Na sequência Alessandro Puglia informou que a parceria com a MKS Adidas foi renovada para esta temporada. “Renovamos nossa parceria com a MKS Adidas, e conseguimos ampliar o pacote que tínhamos com a empresa. Por meio de uma negociação direta com o Murilo Saba, diretor da empresa, esta parceria agora oferecerá maiores propriedades para a FPJ. Com isso estaremos disponibilizando mais material aos atletas de nossas seleções.” O palestrante seguinte foi Matheus Sugizaki, que explicou quais são os propósitos da tão falada comissão de ética do judô paulista. “Assumi a incumbência de ser coordenador da comissão de ética de São Paulo a convite do professor Francisco de Carvalho. Já idealizamos e redigimos a primeira minuta da comissão, e formamos um grupo de trabalho que vêm atuando nesse sentido. Lembro que já na época do sensei Watanabe nós estávamos focados neste propósito, e fundamentamos nosso trabalho, hoje, num documento que havia sido produzido por uma comissão naquela época. Agora o estamos apresentando a vocês, para que seja avaliado e levado a votação oportunamente.” Após o encerramento dos trabalhos, Arnaldo Queiroz, delegado da capital, falou sobre a ida de Francisco de Carvalho para a CBJ. “Em minha avaliação acho que não poderíamos perder a terceira ou quarta eleição seguida na CBJ, já que poderia haver uma desmoralização. Às vezes é melhor dar um passo para trás, para depois seguirmos avançando. Eu não sei detalhes desta negociação, pois fui pego de surpresa e estou me inteirando disso agora. Vou conversar com o Chico, mas de qualquer forma esclareço que estou junto porque faço parte do time. Se for para fazer a guerra faremos a guerra, se for para fazer a paz eu estou aqui para fazer a paz. Em determinados momentos eu acho que a paz é muito importante também. Vamos continuar trabalhando juntos para manter São Paulo na liderança do judô do Brasil.”
Luis Alberto dos Santos
Rogério Sampaio disse para a Budô quais são as expectativas para este segundo mandato na delegacia do litoral. “Fui delegado uma vez e fiquei quase cinco anos no cargo. Foi uma experiência extremamente enriquecedora porque pude ver o judô sob outro prisma, que é o prisma da organização e político. Infelizmente há pouco mais de um ano perdemos o João Carlos, que era o nosso delegado,
Joje Kimura
e com isso o Chico e o Alessandro me convidaram para reassumir a delegacia. Resolvi aceitar o convite e estou bastante animado, otimista e com muito fôlego para manter o judô do litoral com a força e a pegada que sempre teve. Tenho certeza de que, com a ajuda e a participação de todos os judocas de nossa delegacia, vamos conquistar muito títulos e medalhas para a nossa região.”
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Treinamento de campo das seleções da França, Holanda e Brasil
REUNIU MEDALHISTAS OLÍMPICOS E MUNDIAIS O encontro realizou-se nos tatamis do Centro de Excelência de São Paulo, antigo Projeto Futuro, situado no complexo esportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, e contou com grandes nomes do judô das três potências olímpicas da modalidade. Fonte Assessoria de Imprensa CBJ Fotos Gaspar Nóbrega / FOTOCOM.NET
O treinamento conjunto das seleções nacionais da França, Holanda e Brasil foi realizado de 7 a 16 de março, em São Paulo, e reuniu grandes nomes do judô na atualidade. Sarah Menezes, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar, Rafael Silva, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Ketleyn Quadros, Luciano Correa e Rafaela Silva, que subiram ao pódio em edições recentes de Jogos Olímpicos ou campeonatos mundiais, receberam atletas como os holandeses Guillaume Elmont, Dex Elmont e Henk Grol e as francesas Gevrise Emane, Audrey Tcheumeo e Automne Pavia. Além dos integrantes das três seleções, muitos judocas de São Paulo e de
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outros Estados puderam participar dos treinamentos. Atletas que estão afastados dos treinos do alto rendimento voltaram a vestir o judogi e compartilharam experiências com os demais judocas, como o campeão olímpico Aurélio Miguel, que fez questão de treinar com Rafael Silva e Renan Nunes. O presidente da Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia, que recebeu os judocas no primeiro dia de treinamento, dando-lhes boas vindas, também visitou a arena olímpica do Ibirapuera para treinar. “Reunimos no tatami duas das principais forças do judô na Europa, ao lado do Brasil, que também é uma grande escola.
Como no curto prazo não nos enfrentaremos, já que a próxima competição de cada seleção é seu campeonato continental, temos um treino bem franco. Além disso, damos oportunidade a um número grande de atletas de treinar com judocas de altíssimo nível”, avaliou o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson. A delegação do Brasil foi composta por 80 pessoas, entre judocas, comissão técnica e apoio administrativo. Os estrangeiros somaram 55 pessoas. O treinamento foi uma parceria entre a CBJ, o Comitê Olímpico Brasileiro e a Federação Paulista de Judô.
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Ministério do Esporte
ALEXANDRIA OPEN Melhor seria quase impossível!
O Brasil encerrou sua participação no Alexandria Open com 100% de aproveitamento, ao conquistar cinco medalhas, sendo três de ouro e duas de bronze. Os cinco atletas da Seleção Brasileira que viajaram para o Egito tiveram um desempenho excepcional no certame, que contou com a participação de 15 países, entre os quais o Azerbaijão e a Tunísia, que levaram suas equipes nacionais completas visando ao preparo para o Campeonato Mundial que se realizará em Puebla, no México, de 16 a 21 de julho. Os resultados por equipes também foram muito bons, graças ao excelente aproveitamento dos atletas e à boa distribuição de medalhas entre os países participantes. No feminino o time brasileiro conquistou o terceiro lugar e, no masculino, foi garantida a quarta posição no aberto. A estreia na competição foi marcada pela conquista de duas medalhas de ouro, por Fernanda Matos e Josiane Lima (-57 kg), e dois bronzes, por Íris Tang Sing (-49 kg) e João Pedro Chaves (-80 kg). A categoria de João Pedro Chaves foi considerada uma das mais disputadas, pois nela competiram dois atletas olímpicos, um do Azerbaijão – Azizov, que venceu o norte-americano Steven Lopez na estreia dos Jogos Olímpicos de Londres – e outro da Armênia, Arman Yeremyan.
Por Carla Sofia Flores Assessoria de Imprensa da CBTKD
Equipe brasileira no evento
No último dia de competição, foi a vez de Felipe Kenji brilhar, sagrando-se campeão na categoria -63 kg contra o experiente lutador da Tunísia Waheed Elbreky, com um placar de 8 x 7. Sua primeira luta foi contra um atleta do Azerbaijão, Parvin Alyev, vencendo-o por 7 x 3. Antes de chegar à final, o brasileiro passou ainda por dois egípcios: Samy Osama, que foi derrotado por 10 x 9, e Ismail Farag, que perdeu a semifinal para Kenji por 4 x 1. A diretoria técnica da CBTKD parabenizou toda a equipe pelo excelente trabalho desenvolvido e bom desempenho na competição.
Fernanda Matos, João Pedro Chaves, Íris Tang Sing e Josiane Lima
Felipe Kenji campeão no -63kg
Equipe Brasileira Masculino
Felipe Kenji - 63kg João Pedro Chaves - 80kg
Feminino
Iris Sing -49kg Fernanda Matos -49kg Josiane Lima -49kg
Comissão Técnica Belmiro Giordani Junior Maciel Gustavo Baltazar Paulo Rocha
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
COMPETIR OU COOPERAR,
Eis a Questão!
Por Anderson Dias de Lima Fotos Revista Budô
Pensando a iniciação e a prática desportiva, pelo ponto de vista educacional e formativo, temos o elemento da competição como um tema controverso, quando se trata da sua real contribuição com o processo em questão. A hipercompetitividade estimulada, especialmente nas primeiras faixas etárias, pode ser considerada um bom instrumento de promoção da educação global dos praticantes? Sem considerar que o processo da competição de alto rendimento, geralmente, vem acompanhado de tantos vícios contrários aos princípios relacionados à educação, formação e socialização adequados, defendidos pelos estudos pedagógicos ao longo de sua história. Dentro desse contexto, estudos fundamentados pela ciência e pedagogia do esporte, inclusive resgatando práticas comuns promoção do bem-estar comum de vários povos do passado, que se utilizavam dos jogos, da dança e das expressões
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corporais como instrumento de, serviram de base para o desenvolvimento de uma proposta alternativa que tomou força, especialmente na década de 90, chamada de Jogos Cooperativos. Um dos pioneiros do estudo dessa proposta no Brasil, Fábio Otuzi Brotto, em sua tese de mestrado em 1999, pela Universidade de Campinas (Unicamp), apresenta as seguintes descrições comparativamente para a proposta competitiva e a cooperativa: Cooperação: é um processo de interação social, cujos objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos. Competição: é um processo de interação social, cujos objetivos são mutuamente exclusivos, as ações são isoladas ou em oposição umas às outras, e os benefícios são concentrados somente para alguns. Considerando essas duas propostas de
aplicação da prática desportiva, competitiva e cooperativa, como instrumentos de formação e educação global da criança, em muitas das vezes, temos observado uma discussão em que cada segmento tenta validar o seu ponto de vista de forma radical e excludente. Os partidários da competição defendem que a vida é um processo competitivo desde a sua formação, passando pela seleção natural das espécies, na qual sempre se sobressaem os mais adaptados ao ambiente. Para essa linha de pensamento, será importante que o processo de educação e formação do indivíduo contemple sempre a competição como meio de prepará-lo para tornar-se forte e bem adaptado aos desafios que irá enfrentar pelos caminhos da vida cotidiana. Alegam, ainda, que os Jogos Cooperativos não exercem o mesmo poder de atração e de interesse da competição, como proposta de atividade esportiva agradável, eficiente e desafiadora para a prática infantil. Por outro lado, outros profissionais do esporte defendem um processo de mais cooperação e menos competição, como instrumento para contribuir com a construção de uma sociedade mais solidária. Argumentam que a atração e o interesse dos praticantes dependem muito da forma como se apresentam as atividades e os desafios contidos nos referidos jogos e que a hipercompetitividade serve apenas para seleção dos talentos, excluindo os menos adaptados. Apesar das considerações acima apresentadas, será que poderíamos realmente considerar as duas propostas totalmente excludentes, uma em relação à outra? Não haveria uma forma de aproveitarmos os aspectos positivos de cada uma delas e montar um processo intermediário entre ambas? Logicamente, o processo da competitividade humana não pode ser tratado de forma simplista, pois a sua compreensão envolve fatores de difícil análise, com estudos complexos e dependentes de diversos campos da ciência, tendo as suas raízes inseridas no seio da humanidade, tanto biológica quanto sociologicamente falando, desde os seus primórdios.
Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
Segundo a Wikipédia (Enciclopédia Eletrônica), competição tem o seguinte conceito: “Competição é a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam algo. Esta disputa pode ser pelo alimento, pelo território, pela luminosidade, pelo emprego, pela fêmea, pelo macho etc. Logo, a competição pode ser entre a mesma espécie (intraespecífica) ou de espécie diferente (interespecífica). Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um processo seletivo que culmina, geralmente, com a preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com baixo poder adaptativo”. Entretanto, ao analisarmos o processo da competição na espécie humana, temos de considerar a questão racional do homem, o que lhe proporciona a consciência de si próprio, dos seus semelhantes, do passado, presente e futuro, assim como do meio em que vive e dos seus sentimentos afetivos e sociais. Logicamente, esta faculdade humana, que o diferencia dos outros seres vivos, lhe dá o poder de escolha em suas ações, gerando aí uma necessidade de instrumentos, também racionais, para regular as relações interpessoais, bem como com o ambiente em geral. Dessa maneira, o processo de competição entre seres humanos necessita de uma análise muito mais criteriosa, no sentido de que o seu resultado possa ser benéfico a todos, e não somente aos vencedores dos confrontos ou, pior ainda, em muitos casos, ser prejudicial a todos, vencedores, perdedores e ambiente em geral. Não vejo diferença desse raciocínio, quando falamos das competições desportivas, pois é justamente nos discursos dentro desse ambiente específico que sempre tivemos um conteúdo que apregoa um propósito educacional, defendendo o esporte como meio de socialização e integração dos povos. Especialmente quando tratamos a atividade esportiva como prática para crianças e adolescentes, penso que a sua maior contribuição seja realmente a formação física saudável, assim como a
educação global e a boa integração social de seus praticantes. Logicamente, dentro desse raciocínio de se utilizar a competição desportiva como instrumento de educação e socialização, o papel do professor, instrutor ou do técnico desportivo toma um significado muito importante dentro do processo. Cabe a ele, especialmente, ser o elemento mediador para que o resultado final, independentemente da vitória ou da derrota, seja orientado para o aspecto positivo da formação e educação global do praticante. Isto implica, logicamente, um profissional que esteja realmente bem formado e qualificado para compreender e aplicar, de forma positiva e eficiente, todos os conceitos do conhecimento científico, não somente da modalidade foco, no nosso caso o judô, mas também da ciência e pedagogia do esporte, assim como das diversas áreas correlacionadas. Assim sendo, penso que podemos aproveitar os pontos positivos tanto da prática competitiva quanto da prática dos Jogos Cooperativos, aliados aos conceitos pedagógicos, sociológicos e afins, para orientarmos os nossos esportistas mirins na construção de uma sociedade mais justa e perfeita, em todos os aspectos da evolução humana.
Referências Bibliográficas 1 - Brotto, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, 1999. 2 - Kunz, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: UNIJUÍ, 1994. 3 - Wikipédia, a enciclopédia livre. (http:// pt.wikipedia.org/wiki/Competição). Consulta: 04/01/2013. Anderson Dias de Lima é
• Graduado em Educação Física PUC-CAM - 1986 • Pós-graduado Latu Sensu – Universidade Castelo Branco (RJ) - 1989 • Kodansha 6º dan FPJ/CBJ - 2004 • Delegado Regional 8ª Região Oeste de São Paulo desde 2005 • Diretor de Ensino e Credenciamento Técnico da FPJ desde 1998 • Membro da Comissão de Estudos da FPJ nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 • Membro da Comissão de Estudos da FPJ no Campeonato Mundial de Paris de 1996 • Membro da Comissão de Cursos da FPJ desde 1995 • Membro da Banca Examinadora da FPJ desde 1999 • Professor da Disciplina Princípios da Educação Física Infantil e Conceitos Pedagógicos Aplicados à Iniciação Esportiva no curso para provisionados • Articulista da Revista Budô desde 2010
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cReDenciAMento técnico PAuliStA BATE NOVO RECORDE
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
São Paulo (SP) - A diretoria técnica da Federação Paulista de Judô (FPJ) realizou o credenciamento técnico de 2013 no dia 23 de fevereiro, no auditório principal do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o Palácio do Trabalhador. Este ano o credenciamento para treinadores e técnicos paulistas será feito em três etapas, devendo atingir novo recorde de participantes. O evento da capital reuniu mais de 800 técnicos e, segundo a diretoria da entidade, eram esperados ainda aproximadamente 200 técnicos nos dois credenciamentos que se realizariam no interior do Estado. Mas o ponto alto do CT 2013 não foi apenas a quantidade de treinadores e técnicos participantes, mas também a quantidade de kodanshas e autoridades esportivas presentes. Ao todo, 41 kodanshas abrilhantaram o evento que anualmente visa a contribuir para melhorar o nível técnico dos treinadores de todo o Estado. Rogério, Aurélio, Paulo e Puglia exibem camiseta do judô paulista Compuseram a mesa gestora os professores Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ); Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJ; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ; Joji Kimura, coordenador técnico da FPJ; Cláudio Calazans Camargo, delegado regional e parlamentar de São José dos Campos; Aurélio Miguel, campeão olímpico e vereador por São Paulo; Rogério Sampaio, campeão olímpico e palestrante; Carlos Honorato, vice-campeão olímpico; Valdir Melero, tesoureiro da FPJ; Henrique Guimarães, medalhista olímpico; Odair Borges, membro da comissão de graus da CBJ; e Dante Kanayama, diretor de arbitragem da FPJ.
Presidente da cbJ destaca pujança do judô paulista Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô, marcou Paulo Wanderley e Francisco de Carvalho se compôem em prol do judô nacional
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presença pela primeira vez no credenciamento técnico paulista e se disse surpreso com o número de participantes. “Fico muito contente por estar aqui, e honrado com o convite. Declaro-me surpreso pelo número expressivo de técnicos presentes. Sei da pujança do judô paulista, que é o motor central do judô brasileiro, mas realmente é surpreendente participar de uma ação como esta promovida pela FPJ e ver a quantidade de pessoas deste Estado que, juntas, contribuem para a hegemonia do judô brasileiro no continente americano e para sermos, hoje, referência no judô mundial.”
Rogério Sampaio falou sobre sua trajetória O judoca santista, campeão olímpico de Barcelona em 1992, Rogério Sampaio, foi um dos palestrantes do credenciamento técnico paulista e abordou o tema Como chegar a um título olímpico. Muito aplaudido por todos, Rogério Sampaio falou sobre as dificuldades e o comprometimento exigido dos técnicos, atletas e familiares durante o processo de treinamento e preparo para um ciclo olímpico.
Dante Kanayama apresentou as mudanças da arbitragem Dante Kanayama expôs e explicou todas as mudanças da arbitragem implantadas recentemente pela Federação Internacional de Judô (FIJ). Entre as principais mudanças destacamos os temas de procedimento e postura dos técnicos, judogi, shidô, hansoku-make, atendimento médico, etiqueta, pegadas e agarres. Devido à quantidade enorme de mudanças impostas pela Federação Internacional de Judô, a comissão técnica da FPJ achou por bem copiar um vídeo produzido pela FIJ e disponibilizá-lo a todos os participantes do credenciamento técnico.
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Destaques Judocas de renome e prestígio, que há muito tempo não eram vistos no circuito da modalidade, marcaram presença nos eventos do judô paulista. Entre eles destacamos Soraya André, a primeira judoca brasileira a disputar uma Olimpíada; Moacir Ciro, proeminente jornalista do judô verde e amarelo; Roberto Canassa, ex-vice-presidente da FPJ; e Carlos Bortole, ex-atleta da seleção brasileira e chefe de gabinete do vereador Aurélio Miguel.
Dirigente falou em defesa de Aurélio Miguel Em seu esperado depoimento, Francisco de Carvalho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô, falou sobre sua ida para a entidade. “Estamos num momento de transição do judô de São Paulo e do País. Nesse sentido, atendi a um pedido do Aurélio Miguel para que houvesse uma pacificação do judô nacional e fizéssemos uma composição com a CBJ, e aceitei o convite feito por Paulo Wanderley para ocupar a vice-presidência. Todos sabem que meu mandato vai até o fim deste ano, e, até mesmo para iniciarmos um processo de transição de forma mais democrática e harmoniosa, resolvi deixar o Alessandro no comando da FPJ. Tenho certeza de que exercerá sua função com a devida humildade e competência que o cargo de presidente da FPJ exige.” O dirigente encerrou destacando a importância de toda a comunidade judoística e das demais modalidades de luta apoiarem o difícil momento vivido pelo campeão olímpico e vereador Aurélio Miguel. “Lembro a todos que hoje o Aurélio luta contra um inimigo invisível e num primeiro momento devemos sair em sua defesa, pressupondo que seja inocente, até que nos provem o contrário. Não podemos partir do princípio de que já esteja condenado. Quem está fazendo isso é a imprensa. Nós, da modalidade, temos de aguardar o desfecho, pois ele é o nosso ídolo assim como os demais medalhistas olímpicos. Por tudo que construiu pelo desporto nestes anos como parlamentar de São Paulo, hoje o Aurélio é uma instituição para o esporte do nosso Estado e não só para o judô. Peço que lute com todas as suas forças, pois nós da comunidade acreditamos nele e estaremos lutando ao seu lado. Acho até que deve contra-atacar, lançando sua candidatura para deputado federal, mostrando a força que o judô e o esporte como um todo possuem hoje no cenário político nacional.” Paulo Wanderley Teixeira
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Paulo Wanderley agora mais próximo dos técnicos paulistas
Máster conquista maior espaço O judoca máster Denison Soldani pediu a palavra e reivindicou que os pontos da categoria grand master, na Copa São Paulo, valessem na contagem geral de pontos das associações, e Alessandro Puglia validou o pedido de seu filiado. “O professor Denison já havia feito este pedido anteriormente e recentemente discutimos sua solicitação. Todos viram coerência e até mesmo a necessidade de corrigirmos esta distorção. Não tivemos tempo de divulgar nossa resposta, mas aproveito a oportunidade para ratificar que a partir de agora todos os pontos conquistados pela categoria grand master, na Copa São Paulo, valerão na contagem geral de pontos das associações”, disse o dirigente. A atitude do novo presidente da FPJ mostra que a diretoria da entidade é sensível aos apelos de seus filiados e que a cada dia Francisco de Carvalho e Nelson D’elaquilla o judô máster conquista maior espaço no cenário competitivo da bou enveredando para este lado, mas acho que a comunidade modalidade. precisava deste esclarecimento. Por outro lado, lembro que atacaram nosso ídolo e, quando se ataca um ídolo, se ataca centenas Dirigentes fazem avaliação final de milhares de praticantes de uma modalidade. Penso que nesse momento devemos apoiar nosso campeão, pois foi ele que conEm seu balanço final Francisco de Carvalho destacou a im- quistou o primeiro ouro olímpico para o judô brasileiro. Como diportância da atividade política no credenciamento técnico desta rigente, espero que em pouquíssimo tempo tudo seja esclarecido temporada. “Por conta dos últimos acontecimentos em torno do pelo Ministério Público, e que o Aurélio saia desta situação ainda Aurélio Miguel, um evento que seria eminentemente técnico aca- mais fortalecido.”
Alessandro Puglia destacou a dimensão e a abrangência política do credenciamento técnico desta temporada O novo presidente da FPJ, Alessandro Panitiz Puglia, destacou a importância política que o credenciamento técnico do judô paulista atingiu. “O judô paulista teve um crescimento de 18% no número de filiados na temporada passada e este crescimento se reflete em todos os níveis de nossa modalidade. Este ano deveremos bater novo recorde no número de participantes, já que esperamos mais de 500 técnicos nos dois credenciamentos que faremos no interior do Estado. Contudo, o que mais nos impressionou foi a projeção política que o evento alcançou. Contamos com a participação inédita do presidente do CBJ, de numerosos medalhistas olímpicos, dois parlamentares judocas e uma quantidade expressiva de kodanshas que respaldaram o trabalho desenvolvido por nossa diretoria.” O dirigente bandeirante enfatizou a interação promovida entre os palestrantes e participantes. “Neste ano resolvemos inovar e acabamos trazendo este evento para o centro de São Paulo. Assim, o auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, além de estar num local muito mais estratégico e de fácil acesso, abrigou confortavelmente os mais de 800 participantes que aqui estiveram. Inovamos também no sistema de identificação e recadastramento dos participantes, que receberam crachás de identificação e os respectivos certificados. A meu ver, um dos pontos principais do evento foi a explanação do Murilo Saba, diretor da MKS/Adidas, que divulgou a todos as propriedades que a empresa disponibiliza aos atletas da seleção paulista. Além do judogi, hoje os atletas de nossas seleções recebem um kit com uma bolsa e camisetas da Adidas Kimonos, e a isso é um diferencial enorme para nossos atletas, que agora viajam para todo o Brasil devidamente uniformizados.” Puglia finalizou sua avaliação destacando a excelente palestra proferida pelo sensei Kanayama. “Nossa leitura é que houve muita mudança nas regras da FIJ, e que apenas uma palestra não seria suficiente para esclarecer todas as dúvidas dos técnicos de todo o Estado. Em função disso, copiamos um CD trazido pelo professor Minakawa, contendo todas as informações sobre as novas regras da FIJ. Com isso acredito termos evitado maiores dúvidas e transtornos para todos.”
Alessandro Puglia
Rogério Sampaio
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Aurélio Miguel
Dante Kanayama
AlexAnDRe lee é DeStAque no cReDenciAMento técnico De São JoSé Do Rio PReto A palestra do atleta olímpico de Atenas 2004 Alexandre Lee foi o ponto alto do segundo credenciamento técnico promovido pela Federação Paulista de Judô nesta temporada. O evento foi realizado no dia 9 de março, no salão de festas do Rio Preto Automóvel Clube, em São José do Rio Preto. Com excelente didática, ótima fluência verbal e clareza na transmissão de conhecimento, Lee abordou temas que prenderam a atenção de 79 professores presentes. Falou da formação do iniciante até a especialização, com ênfase no trabalho de base do sub 13 ao sub 18. As mudanças na regra foi o tema da palestra do sensei Takeshi Yokoti, que desenvolveu seu o tema de forma ilustrativa, esclarecendo várias dúvidas que surgiam a todo instante. O segundo CT da Federação Paulista de Judô em 2013 contou com a presença de Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô; Valdir Melero, tesoureiro da CBJ; Joji Kimura, diretor técnico da FPJ; Dedé Bueno, gerente de esportes do Rio Preto Automóvel Clube; Rogério Conte, que representou a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo de São José do Rio Preto; e Paulo Estevam, diretor de esportes de competição da SEJEL de São José do Rio Preto. Participaram ainda os delegados regionais Takeshi Yokoti (16ª Delegacia), Celso de Almeida Leite (15ª Delegacia), Júlio César Jacopi (9ª Delegacia), Osmar Aparecido Feltrim (6ª Delegacia), Wilmar Shiraga (5ª Delegacia) e Raul Senra (4ª Delegacia), além dos professores kodanshas Goro Kosaihira (7º dan), Walter Farath (6º dan), Luiz Sérgio Ferrante (6º dan), Osmar Aparecido Feltrin (6º dan), Roberto Luís Fuscaldo (6º dan), Antônio César Fuscaldo (6º dan), Jorge Siqueira (6º dan), Raul Senra Bisneto (6º dan) e Kanefumi Ura (6º dan). Alexandre Lee começou destacando sua dificuldade inicial na transição da carreira de atleta para treinador, que não é feita com judocas no Brasil. Por isso os brasileiros demoram para entender suas necessidades e obrigações como sensei. “Acho muito importante enfatizar as responsabilidades do técnico como formador, como educador, como líder e como referência.” Lee destacou também que seu trabalho com categorias de base tem obedecido a uma estrutura de desenvolvimento, juntamente com uma hierarquia, muito fun-
Celso de Almeida Joji Kimura
Raul Senra, Osmar Feltrin e Francisco de Carvalho
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damento, parte dinâmica, kumi-kata –que hoje é muito importante dentro de uma luta –, e o desenvolvimento do tokui-waza. Segundo ele, esse golpe é de responsabilidade do atleta, mas não deve ser o seu preferido e sim o mais eficiente em diferentes tipos de adversários. Lee explicou que tem buscado constantemente o aperfeiçoamento. “Tenho procurando muito conhecimento com professores do Brasil, acadêmicos, para fazer uma introdução ao judô de forma mais atrativa. Tenho procurado também pessoas com mais experiência, buscando aplicar estes conhecimentos e ver na prática o que pode dar certo e o que precisa de correções.” Alexandre Lee acha que o saldo tem sido positivo nestes três anos como técnico. Para ele, o desenvolvimento de base não é só investir financeiramente, colocando os atletas da base para realizar intercâmbio. Isso, no seu entendimento, é o foco secundário. “O primário é você desenvolver o seu atleta nas questões técnicas, principalmente nos fundamentos. Depois disso se começa o intercâmbio. Hoje tem ocorrido justamente o contrário. O atleta muito jovem já é colocado em situação de competição alta sem ter recursos técnicos para tanto.” Na palestra sobre as regras, com a utilização de vídeos e demonstrações, procurou-se esclarecer dúvidas dos presentes, e o professor Yokoti foi bem didático e elucidativo. Mesmo assim, como já era esperado, as mudanças levarão um tempo para serem assimiladas por todos. Na abertura do CT, após cumprimentar os presentes e enaltecer a continuidade do trabalho da FPJ, agora com Alessandro
Puglia, o vice-presidente da CBJ, Francisco de Carvalho Filho, destacou a importância de poder contar com o conhecimento de Alexandre Lee ao lado daqueles que lapidam o produto, ou seja, o atleta. O dirigente alertou sobre a responsabilidade que todos os professores de judô devem ter. “Muitos entram no judô, mas, ao longo do tempo, o judô não entra nas pessoas. O judô precisa entrar na vida do professor. O professor de judô tem uma responsabilidade maior do que em qualquer outra modalidade. Não dá para ser igual. Tem de ter o mínimo de moral e respeito para trabalhar com uma modalidade em que meninos e meninas praticam juntos o esporte.” Ressaltou que campeão é consequência: “Não se inventa o diamante, só se lapida. O diamante, que é o atleta, já existe”. Falando à reportagem da revista Budô, Francisco fez um resumo dos credenciamentos técnicos já realizados ao longo dos anos: “O histórico deste credenciamento técnico surgiu primeiro da necessidade de saber quais são os técnicos que estão atuando e credenciá-los antecipadamente, para que não se formassem filas durante as competições. No segundo momento, adaptou-se ao modelo francês (de onde surgiu a ideia deste credenciamento) e decidiu-se que era preciso passar mais informações do departamento técnico, como o Lee está fazendo. Em outra ocasião já trouxemos o Floriano e no último credenciamento realizado em São Paulo tivemos o Rogério Sampaio. É preciso também trazer alguém que fale sobre a organização, e para o próximo ano a novidade é que teremos alguém para falar da parte motivacional, para que os professores possam
Takeshi Yoki falou sobre as mudanças nas regras
Takeshi Yoki falou sobre as mudanças nas regras
também trabalhar esse aspecto em suas atividades.” Ao final, Joji Kimura declarou que foi altamente positiva a realização do credenciamento. “Com certeza a contribuição do Alexandre Lee foi muito importante para o evento, pois ele foi muito enfático e didático com relação aos fundamentos. Passou uma visão muito real do dia a dia dos técnicos, de forma didática e tranqüila, e gostei muito da forma como ele abordou o tema proposto pela equipe técnica. Acho até que deveremos aproveitá-lo para ministrar clínicas nas regionais, aprofundando mais o tema desenvolvido hoje.” O presidente Alessandro Puglia destacou o afinamento com diretor técnico Joji Kimura em procurar difundir conhecimentos técnicos aos professores: “Para nós da FPJ fica muito fácil, devido à quantidade não só de grandes atletas no Estado, mas também de técnicos que possam contribuir com seu conhecimento, como fez o Lee hoje. Graças a Deus, outros Estados estão seguindo o mesmo caminho, como Rio Grande do Sul, Paraná e Maranhão. Tudo começou aqui em São Paulo e por isso nós temos de estar sempre correndo na frente. A referência do Brasil hoje é São Paulo em todos os aspectos: o atleta, a administração e a parte técnica. Na nova gestão que faremos a partir de 2014 focaremos com maior contundência o desenvolvimento das questões técnicas.” O dirigente finalizou destacando a importante presença dos kodanshas. “A presença dos nossos kodanshas ratifica o pensamento de que informação e conhecimento nunca são demais.”
Alexandre Lee foi ovacionado pelo excelente trabalho exposto
O delegado regional Mazinho recepcionou os amigos da capital
RibeiRão PReto fechA cReDenciAMento técnico eM São PAulo Foi a última oportunidade de professores se atualizarem e se habilitarem para acompanhar seus atletas nos eventos A Federação Paulista de Judô proporcionou a professores e técnicos mais um credenciamento técnico, no qual atualizou os profissionais sobre as novas regras, normas de conduta durante os eventos e a possibilidade de acompanhar de perto seus atletas nas competições oficiais para a temporada 2013. O evento realizou-se em Ribeirão Preto, no anfiteatro da Unidade Central do Centro Universitário Barão de Mauá, no Jardim Paulista, no dia 16 de março. Cerca de 100 professores de várias cidades da região e demais localidades do Estado, que não puderam participar dos outros credenciamentos, estiveram presentes Na abertura, o presidente da Federação Paulista de Judô, Alessandro Puglia, destacou a importância do encontro: “São Paulo mais uma vez está à frente, no sentido do aprimoramento dos seus professores quanto à atualização. Estou feliz pela presença de todos, em especial, dos kodanshas”. Na sequência, o delegado regional da 12ª Região – Mogiana, Francisco Aguiar Garcia, destacou a importância do credenciamento para se conseguir uma harmonia no trabalho dos técnicos: “O técnico mal preparado pode atrapalhar a participação do seu atleta na competição. Por isso o credenciamento é tão importante para adquirir mais conhecimento atualizado”. Ele agradeceu à FPJ pela iniciativa de ter levado o encontro para Ribeirão, facilitando a participação dos professores não só da região, mas também dos que não puderam participar dos outros credenciamentos. Assim como nos outros dois credenciamentos, as novas regras da FIJ chamaram a atenção dos presentes. A palestra sobre o tema coube à árbitra da FIJ A Marilaine Ferranti, que esclareceu as dúvidas quanto ao shido e sobre o que é yuko, wazari e ippon. A conduta dos técnicos durante os eventos mereceu especial atenção. Assim como no segundo credenciamento realizado em São José do Rio Preto, coube ao agora técnico do Paineiras do Morumbi, Alexandre Lee, atleta olímpico, falar sobre sua metodologia de trabalho, principalmente com os atletas de base, sem deixar de destacar os de alto nível. Lee deu ênfase ao desenvol-
vimento dos fundamentos dos atletas, pois, um judoca sem fundamentos sólidos e bem preparado dificilmente obterá bons resultados quando chegar ao alto rendimento. “Minha experiência competitiva é que me tornou um técnico, para mostrar aos meus atletas o melhor caminho a seguir.”
O professor da Barão de Mauá Rogério Quintela sentiu-se gratificado por receber professores e amigos de diversos equipes de São Paulo no evento: “É muito importante mostrarmos para o judô nacional que cidades como Ribeirão Preto, entre outras, têm condições de realizar um credenciamento técnico de altíssima qualidade”.
Alexandre Lee, Rogério Quintela, Alessandro Puglia, Francisco Aguiar e Marilaine Ferranti
Rogéirio Quintela
Mesa Gestora
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Ministério do Esporte
BRASIL TRAZ QUATRO MeDALHAS DO US OPEN
Este ano a seleção brasileira não manteve a escrita da temporada anterior, mas mesmo assim marcou boa presença nos pódios do US Open 2013. A 22ª edição do evento realizou-se nas dependências do las Vegas Hotel & Cassino, em Las Vegas (EUA), de 19 a 23 de fevereiro. O torneio tem o nível G-2 e soma 20 pontos no ranking da World Taekwondo Federation (WTF). Os brasileiros conquistaram quatro medalhas, sendo uma de prata e três de bronze. A atleta Rafaela Araújo (-57 kg) chegou ao vice-campeonato na final contra a porto-riquenha Emely Cartagena. Já Diego Ramos Azevedo (-80 kg) e Diogo Silva (-68 kg) foram bronze, assim como Rafaela Souza (-73 kg), que conquistou o terceiro lugar. Dezenas de atletas olímpicos marcaram presença na competição que serve também de preparo para os taekwondistas que estão em busca de mais experiência, preparo físico e ritmo de luta. As categorias em disputa foram o sênior, júnior, cadete, juvenil, ultra, poomsae individual e por equipes. Cerca de 2.700 atletas, oriundos de 75 países, participaram desta edição do US Open, que foi disputado em 12 áreas. O número de atletas inscritos nesta edição surpreendeu os organizadores do evento, que na edição de 2012 reuniu cerca de 1.800 atletas vindos de 64 países. Baseado nos números expressivos desta edição, Eric Parthen, presidente da Federação Norte-Americana de Taekwondo, já propôs à WTF uma nova classificação do evento, que futuramente poderá tornar-se uma competição da classe G-3. Pela terceira vez consecutiva a diretoria técnica do evento utilizou equipamento e sistema Daedo PSS (Protector e Scoring System), para decidir os combates. O time verde e amarelo embarcou para a terra do Tio San com a equipe formada
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Por Carla Sofia Flores Assessoria de Imprensa da CBTKD
US Open pelos seguintes atletas: Michael Soares, Guilherme Dias, Marcel Wenceslau, Diogo Silva, Gustavo Almeida, Thiago Simões, Diego Azevedo, Kátia Arakaki, Talisca Reis, Rafaela Araújo, Júlia Santos, Karen Santos, Rafaela Souza, Natália Falavigna e Helorraine Paiva. A comissão técnica foi composta por Jadir Fialho (chefe de equipe), Alysson Yamagutti, Fernando Madureira e Carmen Silva (treinadores), Danilo Malafaia (analista de desempenho), Emmanuel Sampaio (fisioterapeuta) e Gustavo Johnen (médico).
México foi campeão geral no sênior Com três medalhas de ouro cada, México e França dominaram a categoria sênior do aberto dos EUA. Entretanto, o México conseguiu assumir a primeira posição geral da categoria faturando mais quatro medalhas de prata e oito de bronze. A França teve de contentar-se com o segundo lugar, com uma medalha de prata e seis de bronze. Eslovênia e Alemanha ficaram com dois ouros cada, enquanto Canadá, Gabão, Tailândia, EUA, Porto Rico e Suécia obtiveram um ouro. Antes do embarque da seleção brasileira a expectativa era muito boa, em função do excelente resultado obtido em 2012, quando foram conquistadas cinco medalhas: um ouro com Márcio Wenceslau, uma prata com Diogo Silva (que não disputou a final por estar lesionado), e três bronzes com Marcel Wenceslau, Talita Fernandes e Henrique Precioso.
Seleção BraSileira Masculino Michael Soares -54 kg Guilherme Dias -58 kg Marcel Wenceslau -63 kg Diogo Silva -68 kg Gustavo Almeida -68 kg Thiago Simões -74 kg Diego Azevedo -80 kg Feminino Kátia Arakaki -46 kg Talisca Reis -53 k kg g Rafaela Araújo -57 kg Júlia Santos -62 kg Karen Santos -62kg Rafaela Souza -73 kg Natalia Falavigna -73 kg Helorrayne Paiva +73kg Comissão Técnica Jadir Fialho – Chefe de equipe Fernando Madureira - Treinador Carmen Silva - Treinadora Alyson Yamagutti - Treinador Emmanuel Sampaio - Fisioterapeuta Gustavo Johnen - Médico Danilo Malafaia - Analista de desempenho
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FPJ PROMOVE CURSO PARA PADRONIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE PALESTRANTES
O departamento de cursos da Federação Paulista de Judô iniciou os trabalhos da temporada 2013 promovendo o curso Padronização de Qualificação para Palestrantes. O curso realizou-se nos dias 26 e 27 de janeiro, no Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT) da Federação Paulista de Judô. Os trabalhos ficaram a cargo do professor Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos da FPJ. Dezesseis representantes de todas as delegacias regionais do Estado de São Paulo foram capacitados para atuar em suas regiões como palestrantes do curso de fundamentos técnicos e nage-no-kata. Além dos representantes das delegacias regionais, mais 28 professores foram capacitados para preparar os futuros candidatos à faixa preta em suas regiões. O kodansha 6º dan Luís Alberto dos Santos explicou a importância deste curso. “O principal motivo é dar autonomia para as delegacias regionais ministrarem cursos de fundamentos técnicos e de nage-no-kata, e para isso a unidade é fundamental. A padronização entre os cursos ministrados pelas delegacias regionais e os cursos oferecidos no CAT deve
Rioiti Ichita
ser absoluta. Minha maior preocupação é com o federado, que procura um curso para se preparar para os exames de graduação e busca adquirir um conhecimento mais aprofundado.” Luís Alberto destacou a importância do constante intercâmbio técnico. “Neste tipo de encontro, em que os professores geralmente possuem muita qualidade técnica e se reúnem para discutir detalhes do judô, sempre são oferecidas propostas e visões diferentes, que contribuem para a evolução do grupo. Posteriormente tudo isso é compartilhado com os filiados de todas as regiões do Estado.” O coordenador de cursos da FPJ explicou por que este curso teve participação de poucos professores. “Na verdade, pedi que os delegados regionais indicassem até no máximo três professores com graduação mínima de san dan, com boa qualidade técnica e física, já que o curso é 100% prático. Estes professores serão responsáveis por ministrar os mesmos cursos em suas delegacias regionais.” Para o professor Luís Alberto, todos os objetivos do curso foram atingidos. “A maioria
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Luis Alberto dos Santos
dos participantes demonstrou muita qualidade técnica e capacidade física. Acredito que o alto nível dos participantes facilitou a absorção do conteúdo programático do encontro. Na função de coordenador, disponho de uma equipe que me auxilia nos cursos programados pela FPJ, composta pelos professores Rioiti Uchida, Hissato Yamamoto e Vinicius Erchov.” O coordenador de cursos da FPJ elencou os cursos programados para esta temporada. “Nesse encontro foi passado todo o conteúdo programático do curso de fundamentos técnicos: gokyo, renraku-henka-waza, kaeshi-waza, katame-waza, nage-no-kata até uchi-mata.” Estes cursos são obrigatórios para candidatos ao exame de graduação e são os cursos que as delegacias regionais participantes deste encontro poderão ministrar. Os cursos programados para este ano são: história e filosofia; terminologia do judô; fundamentos técnicos; nage-no-kata; katame-no-kata; ju-no-kata; kime-no-kata e kodokan goshin jutsu. Os cursos de arbitragem são programados pelo diretor, professor Dante Kanayama,
e os de oficias de mesa, pelo diretor Marcos Utida. Luís Alberto dos Santos finalizou destacando a importância do recém-criado curso de terminologia. “Acho importante ressaltar a criação do curso de terminologia do judô, que foi desenvolvido recentemente e será ministrado pelo professor Hatiro Ogawa. Houve também um grande avanço no que diz respeito ao curso de filosofia, que antes era ministrado horas antes do exame de graduação, no próprio local das apresentações técnicas e sem o mínimo conforto. A partir de agora este curso será ministrado junto com o de terminologia do judô, em data distinta do exame prático. Esta medida vai proporcionar mais tranquilidade e tempo de preparo para todos os judocas inscritos nos exames de graduação da FPJ.”
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Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
GOSHIN-DÔ 2013 O GRANDE MOMENTO DE ENCONTRO E INTERCÂMBIO DO KARATÊ-DÔ TRADICIONAL BRASILEIRO
Setiba (ES) – A Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional (CBKT) realizou a décima primeira edição do Goshin-Dô, evento que todos os anos abre oficialmente o calendário da entidade. O tradicional encontro dos karatecas da ITKF realizou-se de 22 a 24 de março, na praia de Setiba, no Espírito Santo, onde as principais lideranças e os Estados mais representativos do Brasil da modalidade realizaram várias atividades. Para aqueles que foram a Setiba em busca de conhecimento técnico, o ponto alto do Goshin-Dô 2013 foi o treinamento técnico realizado no interior da reserva de Setiba, que é formada por uma densa floresta tropical, onde sob um clima de total descontração realizaram-se vários treinamentos e muita discussão sobre aspectos técnicos e fundamentos do karatê desenvolvido pelo mestre Nishiyama. Além dos trabalhos na área técnica, foram apresentadas palestras que compuseram a jornada científica. Gilberto Gaertner falou sobre neurônios espelho; Iko Trindade apresentou o método kodomô de karatê; e o dr. Carlos Nunes falou sobre a importância do uso de protetores bucais nas artes marciais. Na manhã de sábado também foi realizado um trabalho de meditação nas pedras da praia de Setiba. Mas o ponto alto do evento, segundo a maioria dos participantes entrevistados, foi o intercâmbio, a troca de conhecimento e informações pertinentes ao karatê-dô tradicional. Em paralelo ao goshin-dô houve a assembleia geral da Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional, na qual foram discutidas e aprovadas várias mudanças para esta temporada. A Assembleia Geral e o Congresso Científico foram realizados na casa de praia do empresário capixaba Ricardo Senz, que já há 10 anos cede sua casa para a realização das atividades do Goshin-dô.
Jornada científica O período da noite foi reservado aos trabalhos científicos e filosóficos, quando foram apresentadas várias palestras. Na abertura dos trabalhos, Gilberto Gaertner, presidente da CBKT, falou sobre a importância dos mestres que permanecem na ativa no Brasil. “Quero resaltar que hoje o Brasil é o único país que possui três mestres japoneses em atividade, no âmbito da International Traditional Karatê-Dô Federation (ITKF). Além de ser um dos pioneiros no Brasil, sensei Tanaka foi aluno direto do mestre Nakayama, que, juntamente com Hidetaka Nishiyama e Isao Obata, fundou a Nihon Karate Kyokai. O shihan Tanaka é hoje o número 1 na hierarquia da ITKF. Espero que desfrutem e absorvam ao máximo todo o conhe-
cimento que eles estão disponibilizando a vocês.” Antes da primeira palestra, sensei Watanabe, um dos idealizadores do goshin-dô, explicou quais são os principais propósitos do encontro, mas antes, porém, falou de forma lúdica sobre a sua saúde, arrancando muitas gargalhadas dos ouvintes. “A tradução de goshin é você, enquanto dô é caminho. A nossa proposta aqui é levar vocês para dentro de vocês mesmos, mediante um trabalho de imersão fundamentado no karatê-dô. Na academia vocês aprendem o básico, o fundamental. Nossa proposta aqui é aprofundar um pouco mais esses princípios, por meio da transmissão dos fundamentos técnicos e filosóficos do karatê-dô.” Sensei Watanabe finalizou evocando a troca de informações e experiências. “Quando criamos o goshin, nossa proposta era ir além dos aspectos técnicos e filosóficos do karatê e proporcionar aos participantes um ambiente que promova a integração e o intercâmbio, fundamentado na troca de ideias, informações e experiências. Aqui não existe clima de competição ou hostilidade, sendo assim desejo que aproveitem o máximo possível para trocar informações e conhecimento com seus colegas e amigos.” O primeiro palestrante foi o sensei Gilberto Gaertner, que falou sobre Neurônios Espelho e o Processo Ensino-Aprendizagem no Karatê Tradicional. “Lembro que no ano passado falamos sobre a Neuroplasticidade, que está diretamente relacionada ao ensino e aprendizado do karatê. Hoje vamos falar sobre um tema que é bem atual, já que os avanços das neurociências estão sendo muito rápidos e estamos tendo muitas informações que consolidam algumas coisas que já fazemos, abordando o tema dos neurônios espelho.” Leia artigo de autoria deste pesquisador publicado nesta edição e conheça um pouco mais sobre este interessante estudo sobre o funcionamento cerebral. Outro palestrante foi o dr. Carlos Nunes, do Paraná, que discorreu sobre a importância da utilização de protetores bucais no campo esportivo, e em especial nas artes marciais. “A proteção bucal é imprescindível em toda e qualquer prática esportiva, mas estamos tentando tornar obrigatório o uso deste tipo de proteção para todos os competidores de karatê tradicional. A meu ver, esta obrigatoriedade deveria estender-se até mesmo aos praticantes das academias e escolas, pois o risco de uma lesão mais grave nesta modalidade é bastante elevado. No Brasil não existem estudos específicos na área, mas nos Estados Unidos ocorre a perda de mais de 3 mil dentes diários em atividades esportivas em geral. Penso que no karatê o uso é imprescindível. Sou praticante de karatê e por isso estou empenhado em mostrar esta necessidade a todos os praticantes da modalidade.”
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O grupo fazendo meditação na praia de Setiba
A última palestra da Jornada Científica 2013 foi proferida pelo professor Iko Trindade, de Fortaleza (CE), que apresentou o método kodomô de karatê, que é desenvolvido em seu dojô. “Desenvolvemos na Escola de Karatê do Ceará (ASKACE) uma metodologia de ensino com uma abordagem para crianças abaixo da linha de inserção esportiva. No karatê esta proposta não existe em nenhum lugar do mundo, e só encontramos um trabalho semelhante ao nosso na natação. As pessoas pensam que o karatê está focado apenas em técnicas de luta e defesa, e o que percebemos foi que esta estimulação dentro de um dojô de karatê adaptado a esta faixa etária permite uma estimulação motora muito rica, já que as crianças de hoje têm perdido isso em função do nosso novo estilo de vida. A vida nos apartamentos cada dia menores, os videogames, a falta de segurança que inibiu as brincadeiras ao ar livre, de alguma forma estão causando certa atrofia motora. Usamos a psicomotricidade como base, mas outros elementos são utilizados, como a música, os sons, as cores, o meio ambiente e a natureza. Pesquisas sobre o método têm sido publicadas e naturalmente, como é um processo, nunca vai parar de evoluir.”
Meditação Além de presidente da CBKT, Gilberto Gaertner é psicólogo esportivo e professor de yoga, e o dirigente explicou quais são os objetivos deste trabalho de meditação. “A meditação trabalha basicamente com o aquietamento mental e com a otimização das capacidades atencionais. Desenvolve a habilidade de focalização no momento presente, o que é extremamente importante na prática do karatê. Trabalhamos técnicas de meditação específicas voltadas para o karatê. A fixação mental é dirigida ao processo respiratório, pois quando se faz um trabalho de meditação há necessidade de uma fixação mental, a mente tem de estar ancorada em algum lugar para se conseguir acalmar os pensamentos. A respiração con-
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trolada reduz a frequência cardíaca e equilibra e modula o estado emocional.” O dirigente finalizou explicando onde a meditação e o karatê se cruzam neste contexto. “Para a prática do karatê é preciso um nível de atenção muito aprimorada e desenvolvida. Quando se tem uma capacidade atencional maior, a prática de qualquer técnica de karatê fica muito mais refinada, pois se consegue estar inteiro no gesto técnico e sua intencionalidade é diferenciada. A plena atenção, que é uma busca do trabalho meditativo, é obtida quando a pessoa consegue estar totalmente imersa no próprio ato motor que ela está executando, ou seja, não existe o pensamento e a ação. Existe apenas a ação pura integrada.”
Treinamento técnico Nos três dias do Goshin-Dô 2013 houve treinamento técnico no interior da reserva natural de Setiba, coordenado pelos senseis cariocas Yasutaka Tanaka, Hiroyasu Inoki e Ugo Arrigoni, que trabalharam exaustivamente, focando a transmissão técnica e filosófica aos participantes. Tradicionalmente este treinamento também é ministrado pelo sensei Tasuke Watanabe, que em função da recente cirurgia, extremamente delicada, teve de limitar-se a recepcionar o encontro e proferir uma aula teórica. O sensei Ugo Arrigoni explicou que um os pontos focados nos treinamentos foi a questão do relaxamento articular. Entre outras coisas, o sensei Tanaka destacou a importância do relaxamento das articulações como fator primordial para o aumento da potência no final dos golpes. Este relaxamento, principalmente dos ombros e cotovelos, faz com que os golpes fiquem parecidos com o movimento de um chicote. Esta técnica é desenvolvida principalmente quando o praticante já está numa fase evoluída e/ou numa idade avançada, na qual a musculatura e as articulações já não permitem aquela contração final e uma rigidez maior. Os praticantes mais ex-
perientes treinam karatê de forma mais relaxada, o que lhes proporciona uma potencialização dos golpes e redução de lesões. A diretor de graduações da CBKT explicou também parte do trabalho apresentado pelo sensei Inoki no primeiro dia de treinos na mata de Setiba. O professor Inoki fez uma dissertação sobre a movimentação das pernas e do quadril, na qual a velocidade dos braços é completamente diferente da velocidade das pernas. Com isso um oi-zuki, gyaku-zuki ou kizame-zuki se torna bem mais eficiente, ou seja, as técnicas não são realizadas somente com o corpo, mas também com a energia mental e a intencionalidade. “Os movimentos começam nos músculos do corpo e com as pernas, e terminam com o quadril e os braços. Quando damos um golpe, a perna se projeta antes do quadril para depois o quadril se projetar e fazer a conclusão do golpe. Mas o ponto crucial de tudo isso é a compreensão destes fundamentos”, explicou o sensei Arrigoni.
Assembleia geral Em paralelo ao goshin-dô a CBKT realizou a assembleia geral, que teve a participação dos seguintes Estados: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Bahia, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Os shihans Yasutaka Tanaka, Hiroyasu Inoki e Tasuke Watanabe acompanharam atentamente, como observadores, os trabalhos que definiram as principais ações para esta temporada. Entre os participantes estavam Sérgio Bastos, vice-presidente e diretor técnico da CBKT; Ugo Arrigoni Neto, diretor de graduações; Adriana Avagliano, representando o Estado de São Paulo; Carlos José de Oliveira Matos, presidente do Espírito Santo; Francisco Maciel Lima, presidente do Ceará; Newton Aurimar, representando o Rio Grande do Norte; Nélson Góes, presidente da Bahia; Adairce Castanheti, presidente de Mato Grosso; José Humberto de Souza, diretor de arbitragem da CBKT; Clóvis Ravagnani, representando
o Estado de Goiás; Antônio Walger, presidente do Paraná; Alfredo Aires, representando o Estado de Mato Grosso do Sul e diretor de eventos da CBKT; Rui Marçal, diretor administrativo-financeiro da CBKT; e João Cruz, diretor secretário da CBKT. Foram aprovados por unanimidade: a prestação de contas referente ao exercício de 2012, as taxas e emolumentos para o ano de 2013 e as datas para recolhimento das anuidades. As principais mudanças para esta temporada estão relacionadas às formas de competição até 13 anos, as quais terão um enfoque mais lúdico, assim como ao calendário de 2014 , no qual ocorrerá a divisão do campeonato brasileiro em duas etapas. Outra inovação importante está relacionada ao marketing da CBKT. Foi aprovada a parceria com um fabricante de kimonos que produzirá e fornecerá exclusivamente para a CBKT kimonos, hakamas, protetores e demais acessórios. Com isso, a partir de agora o karatê-dô tradicional terá uma padronização e uma identidade visual diferenciada.
Reunião do shihan-kai Durante o XI Goshin ocorreu a tradicional reunião anual do shihan-kai da CBKT. O grupo formado por mestres a partir do 7º dan visa a manter a orientação técnica, baseada nos ensinamentos e princípios estabelecidos pelo mestre Nishiyama. Segundo Gilberto Gaertner, presidente da CBKT, serão justamente estes ensinamentos e princípios que nortearão os passos da Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional no médio e no longo prazos. A reunião contou com a participação dos mestres Yasutaka Tanaka, Hiroyasu Inoki, Tasuke Watanabe, Ugo Arrigoni, Gilberto Gaertner e Sérgio Bastos. O assunto que norteou a pauta de 2013 foi o fortalecimento dos aspectos budô e educativo, no âmbito do karatê tradicional brasileiro.
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Mestres puxando treino com professores na reserva de Setiba
Avaliação de participantes e dirigentes sobre o Goshin-dô 2013 Para Nelson de Araújo Góes Filho, presidente da Federação Baiana de Karatê-dô Tradicional, a abrangência do Goshin-dô 2013 foi contundente. “Minha avaliação é a mais positiva possível. Acho que o goshin nos proporciona algo especial, num ambiente familiar, já que nestas 48 horas consegue tratar de vários temas que passam pelas áreas técnica, administrativa e científica. Existe uma dinâmica enorme, e o melhor de tudo é que mantemos contato direto com a natureza. A abrangência dos trabalhos este ano foi grande e contundente. Sou praticante há 36 anos e profissional da área de educação física. Trabalho na área de coordenação da excelência esportiva do Estado da Bahia e certamente aprendi muito aqui, pela qualidade dos palestrantes e dos professores Tanaka e Inoki. Tivemos exemplos de toda ordem, não só da área técnica, mas também na questão de humildade, na qual vimos na aula sobre tekki nidan os senseis construindo com o grupo e dirimindo as dúvidas de todos. Em momento algum se colocaram numa condição superior, e esta é uma lição de humildade. Quem pôde captar tudo isso saiu com uma lição a mais.” Francisco Trindade, 4º dan, professor de educação física, pós-graduado em treinamento esportivo, com mestrado em saúde pública e doutorando em medicina do esporte, afirmou que o goshin é uma experiência fantástica. “Esta é minha primeira vez aqui e ela foi fantástica. É uma experiência indescritível. Faço karatê há 40 anos e treinar na mata ao lado dos grandes mestres que foram sempre nossos ídolos é de arrepiar. Vou levar esta
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experiência para o resto de minha vida. As discussões científicas no fim de cada dia e a integração que vivemos aqui são extremamente importantes. Isso mostra que o karatê é uma ferramenta muito maior do que as competições. Poder vivenciar toda esta troca foi uma experiência única.” Nelson Kano Júnior, 2º Dan, que é ex-professor de karatê e hoje atua na área do direito civil, disse que a parte científica agregou bastante conteúdo ao goshin. “Esta foi a minha primeira participação e minha avaliação foi muito boa, já que era justamente isso que esperava encontrar aqui. Aprendemos muito sem a interferência das questões competitivas e o que aprendemos em Setiba nos proporciona muita criatividade nas questões didáticas e práticas, do karatê. A parte científica foi excelente e agregou bastante conteúdo ao goshin. Estou satisfeito com toda esta experiência, mas o ponto alto foi a união entre os participantes. Este espírito de união nos proporciona uma nova visão e me permite afirmar que esta foi uma experiência fantástica.” Para Paulo de Barros, 1º dan, engenheiro e músico, estar em contato direto com mestres como Tanaka, Inoki e Watanabe é o ponto alto do goshin. “Este é meu segundo goshin. Vim no ano passado a convite do sensei Watanabe, gostei muito e agora não tem mais como deixar de participar. Em minha análise o ponto alto de Setiba é estar em contato com o alto nível do karatê, sem ter de estar numa competição. Aqui não existe rivalidade
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e tudo é muito informal. Faço karatê pela questão corporal, para enfrentar meus medos, meus inimigos e principalmente a mim mesmo. Poder estar em contato direto com mestres como Tanaka, Inoki e Watanabe e com suas lições de humildade foi o ponto alto do goshin.” Expedito Borges, 5º dan, professor e coordenador de um projeto social que abriga aproximadamente 8 mil crianças em Apucarana (PR), destacou o intercâmbio do evento. “Esta foi a minha quarta vez em Setiba e achei esta edição muito boa. Eu não ia vir, mas acabei vindo para rever e alegrar o sensei Watanabe, que merece a atenção e o carinho de todos nós. O ponto alto do goshin é a troca e o intercâmbio que acontece aqui. Esta experiência nos ajuda inclusive dar melhores aulas, já que sempre aprendemos algo novo aqui.” Clóvis Ravagnani, 5º dan e árbitro ITKF Classe A, disse que um número maior de instrutores e palestrantes daria uma dinâmica maior ao evento. “Desde 2004 tenho participado de todas as edições e achei que esta edição foi muito boa, mas poderíamos ter um número maior de instrutores e palestrantes. Penso também que os temas deveriam ser previamente determinados e divulgados, pois com isso certamente o número de participantes seria muito maior. Aprendi algumas coisas na área técnica, mas o mais importante do goshin é o que aprendemos nos bastidores e na troca com os demais professores e praticantes. Todos vêm aqui com o espírito desarmado e em busca de informação. Com isso o tradicional ganha e cresce muito no sentido de unidade e coesão.” Newton Aurimar, o dirigente do Rio Grande do Norte, que é 6 dan, afirmou que sempre se aprende algo novo em Setiba. “Vim aqui para participar do Goshin-Dô 2013 e representar oficialmente o Rio Grande do Norte na assembleia geral da CBKT. Minha avaliação é que esta edição foi muito melhor do que a anterior porque usou uma metodologia de trabalho superior. As palestras e o treinamento na mata foram excelentes, mas o ponto alto deste ano foi o trabalho apresentado pelo sensei Inoki, fundamentado na linha do sensei Nishiyma, na qual fundamento todo o meu trabalho técnico. O sensei Tanaka mostrou um trabalho
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de soltura muito bom e a participação direta destes mestres agregou muita qualidade a esta edição.” Sérgio Bastos, vice-presidente e diretor técnico da CBKT, avaliou o evento positivamente. “Esta edição foi uma das mais tranquilas. O número de participantes não foi recorde, mas acho que a razão disso foi o alto custo das passagens aéreas este ano. Na Bahia mesmo tivemos vários praticantes que não puderam vir devido a este problema. Mas no geral esta foi uma das melhores edições do goshin, no qual pudemos contar com a participação efetiva dos senseis Tanaka e Inoki, que mostram cada vez mais
entusiasmo em participar e transmitir todo o conhecimento que possuem. Os temas científicos abordados foram bastante interessantes. Em nível administrativo as coisas também fluíram muito bem, já que na AGO obtivemos aprovação de todas as propostas feitas para esta temporada. Tudo isso mostra que nosso trabalho está obtendo total aprovação dos filiados.” Para Juarez Silva, de Marau (RS), o aspecto pedagógico foi o ponto alto em Setiba. “O goshin vem suprir as necessidades de muitos professores, promovendo um intercâmbio e principalmente padronizando o tradicional no Brasil. Este
Sensei Inoki um dos ministrantes do treinamento técnico
aspecto pedagógico de ensino e aprendizado que está sendo oferecido pelos professores é de suma importância para a padronização deste conteúdo. Para o Rio Grande do Sul isso é muito importante, porque estamos sendo inseridos neste padrão nacional. Minha avaliação de tudo que nos foi oferecido, desde a parte técnica até a logística, é a melhor possível.” Walkyria Fernandes, 2º dan e atual número 1 do ranking feminino do Brasil, destacou a proximidade com os grandes mestres. “Esta é a minha quarta experiência em Setiba e acho que aqui renovamos todas as nossas energias. O ambiente é totalmente diferente daquele que vivemos nas competições, onde a vivência com os mestres e os demais praticantes é fantástica. Sempre aprendemos muito, pois saímos daquele velho padrão de treinar ataque e defesa, em que não absorvemos nada novo porque temos o nosso jeito de treinar. Aqui ampliamos nossos horizontes na questão técnica e também nos fundamentos. Tudo que aprendemos e treinamos aqui certamente fará diferença lá na frente. A meu ver, o ponto alto de Setiba é esta relação próxima e mais profunda com os grandes mestres do karatê.” Para Alfredo Aires, presidente da comissão técnica da federação gaúcha e diretor de eventos da CBKT, o goshin-dô talvez venha a tornar-se uma forma de praticar o karatê-dô do futuro. “Como praticante de karatê-dô e responsável pelo ensino na instituição que dirijo, gostaria de salientar que goshin-dô é uma disciplina complementar do karatê-dô. Baseando-se na aplicabilidade combinada com o estudo
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e a redescoberta dos aspectos originais e mais antigos do karatê-dô, o shihan Watanabe formalizou por meio do goshin-dô sua própria interpretação da evolução do karatê tradicional como caminho de uma vida saudável. Tal doutrina faz com que o karateca busque, mediante a prática objetiva e lógica das técnicas, desenvolver seu karatê como um todo, voltando sua prática para a saúde, o autoaprimoramento e o desenvolvimento pessoal ao longo da vida. A meu ver, talvez esta seja a forma de prática do karatê-dô do futuro.” José Humberto de Souza, diretor técnico da FKTMT e diretor de arbitragem da CBKT, destacou a humildade e o comprometimento dos mestres Tanaka e Inoki. “Até hoje só faltei a uma edição do goshin-dô e o destaque desta edição foram a humildade dos mestres Tanaka e Inoki e a boa vontade e a motivação que demonstraram. Nas vezes anteriores as aulas eram feitas por vários professores e sempre fui um deles, mas achei a atitude dos nossos professores espetacular, pois o conhecimento de ambos é enorme. Outro destaque foi a integração que houve este ano. Tivemos aqui um número enorme de professores e profissionais de nossa modalidade, e esta troca foi fantástica. Tecnicamente tivemos aqui a definição do kata que será utilizado no Campeonato Brasileiro e pela primeira vez houve uma padronização neste aspecto. Mas a meu ver a ênfase maior foi a humildade dos nossos mestres.” Adriana Avagliano, 4º dan e representante de São Paulo, enfatizou a troca de experiências que ocorre neste evento. “Estar em Setiba sempre soma no crescimento técnico e pessoal dos participantes, e acho que o goshin-dô planta uma semente em todos que vêm aqui. Cabe a cada um de nós seguir estudando as coisas que aprendemos e vivenciamos. Na questão técnica este ano tivemos mais contato com os senseis Tanaka e Inoki, e este foi um diferencial muito grande. Minha análise é que o aspecto mais importante do goshin-dô é o intercâmbio que ele proporciona. Aqui trocamos experiências e discutimos soluções para problemas e dificuldades comuns a todos nós.” Adairce Castanheti, presidente da KKTMT, destacou as aulas ministradas pelos senseis Inoki e Tanaka. “Incluindo esta edição, é minha nona participação no goshin-dô, e neste senti uma energia muito melhor do grupo. Acho que o problema de saúde do sensei Watanabe uniu muito mais o grupo. O treino feito na mata foi excelente e houve uma união muito grande de todos. O sensei Inoki tem uma facilidade enorme de transmitir, ensinar, e o conteúdo de suas aulas foi excelente. Até o sensei Tanaka, que é um pouco mais
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Gilberto Gaertner
José Humberto e Adairce Castanheti - MT
Nelson Góes e Sergio Bastos - BA
Adriana Avagliano - SP
Clóvis Ravagnani - GO
Antônio Carlos Walger - PR
Nilton Aurimar - RN
Sergio Góes - BA
Rui Marçal - CBKT
Mesa de trabalho
Alfredo Aires - RS
Sergio Bastos - CBKT
Gilberto Gaertner
fechado, conseguiu soltar-se e nos ensinou coisas incríveis. O conteúdo técnico foi muito bom. Mas este não é o objetivo principal de estarmos aqui, pois a proposta de Setiba é a integração e o crescimento pessoal. Aprendemos coisas novas e dividimos momentos muito bons com nossos amigos. Foi tudo muito bom.” Gilberto Gaertner, presidente da CBKT, fez um balanço altamente positivo. “Em termos de aproveitamento e participação, nossa avaliação final do Goshin-Dô 2013 é a melhor possível, já que todos os professores mais qualificados do Brasil marcaram presença no evento. Tivemos também a participação dos Estados verdadeiramente representativos do karatê tradicional brasi-
Tasuke Watanabe
Carlos Nunes
leiro, e este foi um aspecto muito importante para todos nós. A grande peculiaridade desta edição na área técnica foram as aulas ministradas pelos senseis Tanaka e Inoki. Conjugado a isso tivemos o evento científico, que comportou outras temáticas, e também a parte de meditação como complemento do próprio trabalho. Trabalhamos as partes técnica, filosófica, científica e meditativa e isso tudo compõe o treinamento do karatê-dô tradicional. Com isso fechamos o primeiro evento desta temporada com um balanço extremamente positivo.” O dirigente finalizou fazendo uma avaliação do evento sob um ponto de vista administrativo. “Em nível de CBKT, creio que o nosso grupo saiu muito fortalecido
desta assembleia, porque constatamos a presença dos Estados mais representativos no cenário nacional, e todos trouxeram propostas e ideias. Tivemos definições claras e quase tudo foi aprovado por aclamação. A grande novidade foi a aprovação da parceria da CBKT com um grande fabricante de kimonos de São Paulo, que a partir de agora fornecerá os karate-gis, hakamas, protetores e acessórios que nossos filiados irão utilizar. Com isso o tradicional passará a ter uma identidade e um padrão visual que há muito era desejado por nossa diretoria. Este é um marco importante para todos nós no sentido de estarmos desenvolvendo parcerias sólidas, que fortaleçam ainda mais a marca do karatê-dô tradicional brasileiro.”
Iko Trindade
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AlessAndro PugliA iniciará nova era no judô paulista Com a ida de Francisco de Carvalho Filho para a vice-presidência da Confederação Brasileira de Judô, o judô paulista deflagrou o processo de transição. Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
O judô paulista iniciou 2013 dando sequência ao modelo administrativo austero e vencedor implantado há anos por Francisco de Carvalho, porém, sua diretoria executiva já pôs em andamento o processo de transição. Alessandro Puglia, faixa preta 6º dan, com longo currículo como atleta e dirigente, deixa a vice-presidência e o cargo de coordenador técnico da entidade para assumir interinamente a presidência e abrir caminho para os novos dirigentes que dividirão com ele a responsabilidade de dar continuidade ao crescimento e à pujança que caracterizaram sempre o judô paulista. A Budô entrevistou Puglia para saber quais são seus planos e metas na gestão da maior entidade estadual do judô brasileiro.
Como surgiu a ideia de usar ano de 2013 para acelerar a transição do comando?
O Chico e eu vínhamos conversando sobre isso já há algum tempo. Pensávamos criar a forma de transição mais harmoniosa possível. Como o Chico sempre vê as coisas com antecedência, resolveu iniciar este processo logo no começo do ano. Sua proposta é fazer com que eu me prepare melhor, já que no dia 31 de dezembro ele não vai mais estar na administração. Penso que ele quis aproveitar este ano para me preparar melhor, me sabatinar e me mostrar todos os caminhos. Quer acertar os detalhes finais para que eu possa fazer a melhor gestão possível na federação.
Neste último ano do Chico haverá significativas na administração?
Alessandro Puglia
e vamos focar isso. Sei que o Chico está me passando uma entidade 100% saudável e autossustentável, mas, se quisermos desenvolver maiores projetos, teremos de conquistar parceiros que acreditem no judô enquanto mercado e um segmento que envolve diretamente centenas de milhares de praticantes e mudanças aficionados.
Não. Acho que temos de caminhar da forma como vínhamos Dentro deste quadro, quais serão as mudanças fazendo nos últimos anos. Se formos promover mudanças, elas emergenciais ou primordiais? acontecerão em minha gestão. Não vejo nenhuma. Já houve várias mudanças nestes últimos anos que, a meu ver, sanearam as questões administrativas e O Chico assumiu a FPJ mergulhada no maior caos técnicas. Tivemos uma grande evolução no credenciamento administrativo de sua história. Felizmente, você vai técnico, foi criada a Copa São Paulo, houve a mudança nos receber a casa totalmente ajustada. Mas quais serão exames de graduação, e as coisas caminham bem. De qualquer forma, estamos analisando tudo com um grupo de trabalho e as principais mudanças em gestão? Antes de tudo, está provado que o Chico é um grande gestor, e vendo o que precisa ser feito. penso que, além de sua administração ter sido muito técnica, ele é uma pessoa que efetivamente é do judô. Com isso, a história Você tem um sonho para o judô paulista? do judô paulista nos últimos 20 anos foi totalmente diferente Um dos meus sonhos é construir um centro de treinamento da anterior. Sua gestão foi e está sendo um marco. Minha ideia e um ginásio de médio porte próprios. Isso nos daria grande é orientar a gestão futura nesse mesmo caminho. Precisamos autonomia e isenção. Quem sabe num futuro próximo possamos continuar evoluindo e mudar em alguns setores. Temos de ter nosso ginásio para realizar eventos de um determinado porte. profissionalizar a administração em algumas áreas, para que a Penso que tudo é possível quando focamos objetivos concretos FPJ cresça de acordo com o aumento do número de atletas. e fundamentados. Tenho em mente também criar uma escola Uma gestão ágil e moderna depende muito de recursos externos, para preparação de professores de judô.
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Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
Há oito anos Puglia e Chico lideram a equipe do judô de São Paulo
O Chico é um grande gestor e um político extremamente treinamentos que tivemos antes da competição. Teremos outra alteração em 2013 nos exames de graduação, nos quais a partir hábil. Como pretende nivelar esta questão? Primeiro, quero dizer que, independentemente do lado político, de agora todos os candidatos que fizerem exames até o 5º dan o Chico fez efetivamente uma excelente administração. Se terão obrigatoriamente de fazer o curso de kata. compararmos com outros Estados, veremos que ninguém fez nada próximo ao que ele realizou aqui. A FPJ atingiu este nível porque ele alavancou a modalidade, instituindo uma gestão empresarial. Tudo que estava ao seu alcance ele fez. Trouxe os tatamis da Alemanha quando nem a CBJ sonhava trazer. Hoje temos mais de 2800 peças de tatamis no padrão FIJ. Ele oxigenou e fortaleceu as delegacias, que expandiram o judô do interior do Estado. É muito difícil dimensionar sua obra, que já está registrada e ninguém vai esquecer. Ele vem me apresentando como futuro presidente e pedindo o apoio de todos, e tenho certeza de que a comunidade sempre se lembrará dele. Nós, judocas, temos uma coisa que, além de princípio, é quase um fundamento: a gratidão. São Paulo terá sempre eterna gratidão pelo Chico.
O que você criou nestes oito anos de administração?
Não gosto de ficar falando do que fiz, porque formamos um grupo que trabalha de forma coesa pelo crescimento de nossa modalidade. Mas fui o responsável pela criação do Campeonato Estudantil, da Copa São Paulo e do credenciamento técnico. A ideia do credenciamento não é instruir os professores e, sim, reuni-los e pô-los a par das coisas que estão acontecendo, já que anualmente surgem mudanças e inovações. Isso passa pelas regras da arbitragem e os mais variados procedimentos técnicos. Além disso, era comum vermos pais de atletas sentados no shiai-jo, o que geralmente criava muitos problemas. Agora isso não ocorre mais. Hoje só temos técnicos e professores nas áreas. Promovemos também uma alteração no campeonato paulista sênior, buscando formar atletas cada vez mais fortes e competitivos. Com isso o campeão regional e o campeão da Copa São Paulo vão diretamente para o paulista. O campeão e o vice do campeonato estadual também vão para o paulista. Mas aqueles que não conseguirem uma vaga podem voltar a disputar por outra região. Esta mudança deu tanto resultado que no último brasileiro sênior nós conquistamos 12 medalhas de ouro das 16 que estava em disputa. O grande número de medalhas obtidas no brasileiro foi reflexo dessa alteração e dos
“O Chico possui o espírito do judô”
A comissão de ética não foi uma iniciativa sua?
A comissão de ética é uma iniciativa do Chico. Esta é uma coisa que ele guardava desde a gestão do sensei Watanabe. O Chico sempre quis levar este projeto adiante e sei que isso será algo muito importante para mantermos os princípios que tornam o judô uma modalidade diferenciada. Ele pediu para o Mateus Sugizaki organizar e coordenar os trabalhos e felizmente estão avançando bem. Tenho certeza de que este tema será outro grande marco da gestão do Chico, já que futuramente deverá ser adotado também pela CBJ.
Hoje a CBJ nada a braçadas na administração. Você tem projetos específicos para o marketing?
Para darmos um salto qualitativo precisamos de marketing, e a FPJ precisa capacitar-se neste aspecto. Priorizaremos o marketing em nossa gestão. Hoje a FPJ possui três parceiros: o governo do Estado de São Paulo, a Adidas Kimonos e a Nutry, que desenvolveu uma ação pontual na Copa São Paulo. Recentemente tivemos aprovado o nosso projeto do ICMS e pretendemos agora captar recursos por meio dele.
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Você está preparado para assumir este novo desafio?
Sou empresário, e sei que a administração financeira é muito complicada, ainda mais quando envolve recursos de terceiros. Contudo, lembro que sou judoca e vivo há muito tempo nos tatamis. Nestes oito anos na FPJ aprendi e conheci cada particularidade do judô de São Paulo. Estou preparado e sei muito sobre o judô de nosso Estado. Espero que o grupo que está formado e é responsável pelo sucesso que estamos obtendo me dê suporte para elevar ainda mais o judô paulista.
Falando em grupo, não haverá mudanças? As mudanças são sempre necessárias, mas serão detalhes pontuais.
Por questões ideológicas, nos últimos 12 anos São Paulo liderou a oposição. Podemos dizer que a partir de 2014 a conta estará zerada?
Penso que o fato de o Chico estar dentro da CBJ é uma grande vitória para o Brasil. Tenho certeza de que o Paulo Wanderley saberá proporcionar ao Chico condições de implantar projetos de interesse nacional, já que, com toda a sua experiência, ele ser decisivo para o crescimento do judô nacional. Se o presidente da CBJ der espaço para o Chico trabalhar no mesmo sentido que trabalhou aqui, o judô do Brasil vai ganhar muito.
Então, a partir de agora acabou a oposição?
Esta conversa acabou. Agora somos parceiros.
Alguns membros de sua equipe já estão trabalhando na federação. Até o fim deste mandato você pretende estar com toda a sua equipe atuando na entidade?
Até o fim de 2013 todos os cargos administrativos são ocupados por pessoas da confiança do presidente atual, que é o Chico. Isso passa pela secretaria, delegados regionais e tesoureiro. Vamos manter tudo como está até o fim do ano, mas já estamos colocando algumas peças novas para ir adequando algumas áreas. Já coloquei o Joji como coordenador técnico porque tive de deixar efetivamente
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essa função. Trouxe o Júlio para trabalhar na secretaria junto com o Celso, para ele se familiarizar com a administração. O Adib Bittar será o tesoureiro da FPJ, e ele já está acompanhando tudo com o sensei Valdir Meleiro. Aos poucos as peças estão sendo mudadas, mas não é porque eu quero, e sim porque existe esta necessidade. As pessoas que estiveram com o Chico nestes 20 anos também se preparam para passar o bastão para outras pessoas, e acho isso tudo muito nobre. Estou me preparando e formando uma equipe para assumir, mas não serei eterno aqui. Sinto-me orgulhoso pela confiança do Chico, estou convicto de que estou preparado para assumir o cargo, mas vou colocar as pessoas que eu achar que são necessárias para executar aquilo que for preciso.
O Chico está conseguindo desligarse gradativamente do cargo?
Brinquei com ele outro dia que, quando ele se aposentar, o contratarei para ser meu assessor. Ele deu muita risada e disse: “Estarei aqui só até o dia 31”. Mas tenho certeza de que, se precisar de ajuda, ele vai me ajudar. Sei que ele vai desacelerar, mas sempre estará por perto. Da forma como está transmitindo o cargo, por sua satisfação e confiança, sei que poderei sempre contar com sua visão e conhecimento. Vou pedir para ele me dar assessoria principalmente na área burocrática.
Você manterá iniciativas como o conselho de ética e os treinos no CAT?
Estas são referencias de nossa administração. Os treinos no CAT, os estudos do kata e o conselho de ética serão mantidos. Tenho nova proposta para os exames de graduação, e daremos outra roupagem a eles. Penso que São Paulo tem de sair sempre na frente, e servir de modelo para os demais Estados. Renovar e modernizar é preciso, sempre.
Mas como pretende modernizar sem perder a essência?
A federação atingiu um nível muito bom e, no geral, cresceu o que tinha para crescer. Agora temos de lapidá-la e melhorar pontualmente o que precisa ser aprimorado. Vou dar um exemplo: os eventos de judô têm de mudar sem perder a questão filosófica e a tradição, mas temos de fazer o judô virar show. As pessoas que ainda não o conhecem
precisam ter uma boa referência, e não será com competições que duram 12 horas que isso vai acontecer. Os tempos mudaram, e precisamos entender estas mudanças. Se quisermos patrocinadores, temos de mudar o formato e trazer a mídia para os tatamis.
Na verdade, nesta temporada o Chico está avaliando seu trabalho?
Além da questão da amizade, penso que ele já me avaliou há muito tempo. Ele já me testou várias vezes, e penso que me indicou quando teve certeza absoluta de que havia encontrado alguém para substituí-lo e que daria continuidade ao trabalho que desenvolveu na entidade. Na gestão de uma federação é preciso fazer algo mais. É como estar numa competição e ter de render 110%. Temos de abdicar de muita coisa na sua vida pessoal, e o Chico melhor do que ninguém sabe que, para ocupar seu lugar, teria primeiro de preparar alguém que fosse comprometido com o judô e com tudo que ele mesmo implantou na entidade.
Como você avalia a gestão do Chico? Sou suspeito para avaliar sua gestão, mas vamos lá. Conheci o Chico quando tinha 12 anos, e ele era delegado regional do ABC. Eu era atleta e até competi com ele. Sempre foi uma pessoa com postura diferenciada, e nunca mudou seu perfil. Continua sendo aquela pessoa que luta pelo judô e que tem uma verdadeira paixão pelo nosso esporte. É um dirigente abnegado e, se tiver de acordar à 1 hora da manhã para resolver alguma coisa do judô, ele o faz sem reclamar. Minha avaliação é a seguinte: acho que eu e toda a comunidade do judô paulista temos enorme gratidão por tudo que fez pelo judô. Sei que ele vai continuar trabalhando na CBJ e em São Paulo, porque sua vida está intrinsecamente ligada ao judô.
Qual foi a maior lição que aprendeu com ele?
Ter humildade e garra. Passar pela cirurgia pela qual ele passou e manter o foco nos tatamis, só o Chico. Mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida ele nunca nos abandonou. A doença o levou a fazer um transplante e em nenhum momento ele baixou a guarda. O Chico possui o espírito do judô.
Ministério do Esporte
PROJETO INOVADOR
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
CBTKD EM PARCERIA COM MINISTÉRIO DO ESPORTE CONTEMPLA FEDERAÇÕES ESTADUAIS SANTA CATARINA É MAIS UMA CONTEMPLADA COM KIT DE MATERIAIS Florianópolis (SC) - Depois da Bahia, chegou a vez de a Federação Catarinense de Taekwondo (FCTKD) ser contemplada com kit de equipamentos esportivos do projeto promovido pela CBTKD e o Ministério do Esporte para capacitar todas entidades estaduais com recursos materiais, visando a alavancar o taekwondo, em pé de igualdade em todo o Brasil. De acordo com Adelino da Silva Filho, presidente da FCTKD, o projeto da entidade é um marco na história do esporte. “Estamos muito felizes com o recebimento do kit. Somos muito carentes de apoio e a iniciativa da CBTKD e do Ministério do Esporte mostra a visão da nova gestão no que diz respeito ao desenvolvimento de nossa modalidade. Acredito que este projeto alavancará
ainda mais o nível técnico dos atletas em todos os Estados, tornando o taekwondo brasileiro muito mais competitivo. Este é um marco de mudança na gestão do taekwondo do Brasil”, disse o dirigente catarinense. Segundo Adelino Silva, o equipamento ofertado certamente elevará o nível das competições e oferecerá melhor condição de treinamento para os atletas nos Estados. “Acredito que o kit proporcionará competições locais no mesmo padrão de qualidade das nacionais e internacionais. Vamos melhorar o treinamento de nossa seleção estadual, possibilitando maior crescimento técnico dos nossos atletas”, acrescentou. O presidente catarinense enalteceu a iniciativa do Ministério do Esporte e da CBTKD. “A comunidade taekwondista de Santa Catarina sente-se honrada e prestigiada por esta iniciativa. Felizmente temos no Carlos Fernandes e no ministro Aldo Rebelo gestores que compreendem a importância do trabalho desenvolvido na base e nos Estados. Com esta ação o taekwondo catarinense e brasileiro ficam ainda mais fortalecidos.”
O Kit ofertado às federações
Adelino da Silva Filho, presidente da FCTKD
O kit que a CBTKD, através do Ministério do Esporte está fornecendo às federações estaduais é composto de 300 placas de tatamis, que permitirão a montagem de duas áreas de luta com 100 placas cada uma e uma área de aquecimento com as restantes 100 placas. Além disso, cada Estado receberá dois conjuntos transmissores (um para cada área), quatro laptops (dois por área, um para sistema de placar e outro para sistema de
vídeo), quatro HDs (será usado um em cada área para armazenamento de placar e outro para armazenamento de vídeo, necessário para acervo e relatório técnico), duas telas de TV LED, dois tripés para telas de TV, quatro tripés para filmadoras e duas licenças de programa de vídeo Dartfish. Quanto ao equipamento de proteção para atletas, serão ofertados 20 protetores de cabeça, sendo dez para cada área, tendo em vista que, nas competições no formato tag team (equipes), cada time tem cinco atletas, o que totaliza 20 atletas competindo em duas áreas simultaneamente. Serão entregues 32 coletes eletrônicos por Estado, com cinco tamanhos diferentes (também para 20 atletas). Os 12 coletes excedentes são para luta em espera e substituição de danos, que são frequentes. Além disso, os atletas em espera vestidos com coletes agilizam o andamento da competição. Serão entregues também cinco pares de radiotransmissores.
COPA MURILO DE KARATÊ TEVE A PARTICIPAÇÃO DE 826 ATLETAS
Por Maurício Borges/Superintendente de comunicação/PMA. Fotos André Veronez
A copa presta homenagem ao karateca Murilo Araújo de Vasconcelos, uma das maiores promessas do karatê-dô paranaense, que faleceu tragicamente aos 19 anos, em janeiro de 2012, num acidente automobilístico.
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Apucarana (PR) - O Centro da Juventude de Apucarana sediou no dia 6 de abril a 2ª Copa Murilo de KaratêDo Tradicional e o Festival de Karatê das escolas municipais de Apucarana. O evento, que reuniu cerca de 1.400 pessoas, entre atletas, professores, pais e público em geral, foi realizado pela Academia de Karatê Caminho Livre (AKCL) e Prefeitura de Apucarana, com apoio da Federação de Karatê-Do Tradicional do Estado do Paraná e da Associação Educacional de Desenvolvimento Humano e Social (Addes), além da colaboração de diversas empresas. O prefeito Beto Preto, o vice Júnior da Femac, o secretário da Juventude, Paulo Kisner, e o presidente da Câmara, José Airton de Araújo, o Deco, além de outros secretários municipais e vereadores prestigiaram o concorrido evento. A copa presta homenagem ao karateca Murilo Araújo de Vasconcelos, que faleceu aos 19 anos, em janeiro de 2012, num acidente automobilístico. Murilo integrou a seleção brasileira, em Santiago, no Chile, conquistando medalhas de prata e bronze em sua categoria. O prefeito Beto Preto mostrou-se entusiasmado com o evento esportivo. “Trata-se de uma competição que nos deixa empolO prefeito Beto preto presta homenagem ao atleto Murilo Araújo na abertura do evento
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gados pelo envolvimento de um expressivo número de atletas e que destaca a importância do esporte, na medida em que incentiva cada vez mais nossas crianças e adolescentes e aponta um caminho seguro e sadio”, avaliou Beto Preto. O secretário da Juventude, professor Paulo Kisner, disse que a estrutura do Centro da Juventude ficou pequena para receber tantos atletas e visitantes. Ele fez questão de agradecer o trabalho realizado pelo professor Borjão. A Copa Murilo de Karatê teve a participação de 570 atletas de Apucarana e 256 que vieram de dez cidades: São Pedro do Ivaí, Paranavaí, Goioerê, Fênix, Barbosa Ferraz, Tamarana, Ivaiporã, Carambeí, Maringá e Cambira. Na competição por cidades, Apucarana foi a campeã, com 452 pontos. Em segundo fico Maringá, com 175 pontos, seguida por Goiorê, com 166 pontos; Paranavaí, com 142 pontos; Barbosa Ferraz; com 85 pontos; e Fênix com 84 pontos. “As escolas municipais com os atletas do projeto Karatê na Escola participaram na modalidade festival, valendo como ranqueamento no quesito revelação de talentos para composição da equipe que disputa o campeonato paranaense”, explicou o professor Expedito Borges, o Borjão, coordenador do evento.
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ClassifiCação final por assoCiação 1º - AKCL – Apucarana 2º - Corpo e Alma – Maringá 3º - Academia Souza 4º - Paranavaí 5º - Barbosa Ferraz 6º - Fênix
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UNIP OctacamPeã das OlImPíadas UNIversItárIas - JUBs Universidade Paulista finaliza os dois ciclos olímpicos como a maior medalhista em todas as edições dos jogos.
As Olimpíadas Universitárias – JUBs tiveram seu início em 2005, sendo organizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro – COB em parceria com a Confederação Brasileira do Desporto Universitário – CBDU, Ministério do Esporte e Organizações Globo. O evento contou com a participação média de mais de 200 Instituições de Ensino Superior – IES do País e 3.000 atletas por edição, com período de realização de dois ciclos olímpicos (quatro anos), totalizando oito anos de atividades estaduais e nacionais. Desde sua primeira edição em 2005, as Olimpíadas Universitárias foram realizadas sempre no mesmo formato, com a disputa nas modalidades de futsal, vôlei, basquete, handebol, natação, judô, atletismo e xadrez, nos naipes masculino e feminino. A UNIP manteve 100% de aproveitamento em todas as oito edições do evento obtendo o maior número de medalhas nas edições de Recife-PE (2005), Brasília-DF (2006), Blumenau-SC (2007), Maceió-AL (2008), Fortaleza-CE (2009), Blumenau-SC (2010), Campinas-SP (2011) e Foz do Iguaçu - PR (2012). O Prof. Dr. Fábio Romeu de Carvalho, Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças da UNIP ressaltou a importância do comprometimento dos atletas no título. “Um agradecimento
especial e nossa gratidão aos atletas que, além de nos honrarem com a escolha da UNIP para a sua Universidade, tão bem souberam representá-la, com amor, dedicação e galhardia; a eles ainda os nossos votos de que o sucesso obtido nas competições se repita no decorrer de toda a vida, como profissionais competentes e como cidadãos honrados e respeitados”. As Olimpíadas Universitárias, realizadas apenas em dois ciclos olímpicos, tiveram sua última edição em 2012. A partir de 2013 o campeonato nacional volta a ser organizado apenas pela CBDU, como Jogos Universitários Brasileiros - JUBs, mas o legado deixado pelo Comitê Olímpico Brasileiro - COB e Ministério do Esporte permanecerá para que o desporto universitário nacional continue ocupando lugar de destaque dentro do cenário esportivo brasileiro. Roberto Toledo (Prof. Roba) sobre a importância da conquista ressaltou “Os alunos da Universidade, durante esse período, subiram ao lugar mais alto do pódio e obtiveram uma conquista sem precedentes no desporto universitário nacional. A grandeza do feito permanecerá na história, pois mostrou que a UNIP obteve êxito na missão mais difícil no esporte: manter-se no topo, ano após ano”.
s
O Prof. Roba também enalteceu que essa conquista só foi possível devido a contribuição de muitas pessoas. “É necessário agradecer à reitoria da UNIP, que acreditou nesse projeto desde o início, aos técnicos, diretores de modalidades e aos nossos atletas protagonistas dessa conquista, que representaram a UNIP com garra e amor, construindo uma história repleta de jogos, lutas e corridas inesquecíveis”. Os dirigentes esportivos da Universidade Paulista também ressaltaram a contribuição dos parceiros nesta conquista. O Esporte Clube Pinheiros, o Club Athletico Paulistano, o Sport Club Corinthians Paulista e às Secretarias de Esportes de Osasco, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo e São José dos Campos também foram decisivas ao longo desse período, para a obtenção deste resultado. Além dos clubes e secretarias de esporte também fizeram parte do projeto o grupo Qualitat, distribuidor da linha Objetivo Line que patrocinou todo o material esportivo dos atletas da delegação esportiva e também à Alfa Formaturas, que marcou presença em todas as edições do octacampeonato contribuindo muito para que a UNIP tivesse a melhor estrutura nos eventos esportivos.
Com essas conquistas, a Universidade Paulista é a única Instituição de Ensino Superior no Brasil octacampeã das Olimpíadas Universitárias – JUBs (2005-2012). Quadro Geral de Medalhas 2005 a 2012 ANO
LOCAL
OURO
PRATA
BRONZE
TOTAL
2005 2006
Recife-PE
23
Brasília-DF
30
20
9
52
22
15
2007
Blumenau-SC
67
27
15
10
2008
52
Maceió-AL
28
15
8
51
2009
Fortaleza-CE
29
23
7
59
2010
Blumenau-SC
47
28
10
85
2011
Campinas-SP
49
12
13
74
2012
Foz do Iguaçu-PR
50
21
18
89
283
156
90
529
TOTAL
m ea a o
os
o s, e ro
ta im o a
Apesar do término do evento a expectativa é que nos próximos anos, novos talentos sejam revelados tal como diversos alunos da UNIP que, após brilharem nas Olimpíadas Universitárias, conquistaram medalhas representando o Brasil nos Jogos Olímpicos, Pan-Americanos e Mundiais.
Olimpíadas Universitárias - JUBs
PSICOLOGIA DO ESPORTE
NEUROPLASTICIDADE APLICADA ao ensino e ao treinamento de artes marciais
Por Gilberto Gaertner Foto Paulo Pinto
O cérebro, diferente do que se concebia até há pouco tempo, mantém a possibilidade de alterar-se e modificar-se ao longo da vida. Portanto, o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas não está restrito à infância e à juventude. Esta capacidade plástica do cérebro é conhecida como neuroplasticidade. A neuroplasticidade é um conceito relativamente novo dentro das neurociências e tem um significado muito amplo, que perpassa a área da saúde, da educação, do desporto e da filosofia. De acordo com Lent (2008, p. 112) a neuroplasticidade pode ser definida como “a propriedade do sistema nervoso de alterar a sua função ou sua estrutura em resposta a influências ambientais que o atingem”. E complementa: “A neuroplasticidade deriva dos fenômenos do desenvolvimento ontogenético, mas pode se estender até a maturidade”. Nessa mesma direção, Muszkat (2005, p. 26), ao exaltar o avanço das neurociências e da ciência cognitiva, afirma que o cérebro atualmente “mais se assemelha a um ecossistema do que a uma máquina”. A respeito do efeito da neuroplasticidade sobre o cérebro adulto, Begley (2008, p. 24) pontua que este “mantém grande parte da plasticidade do cérebro em desenvolvimento, inclusive o poder de consertar regiões danificadas; (…) de rearranjar regiões que antes desempenhavam outra função”. Muszkat (2005, p. 32) corrobora esta visão, quando sugere que “há produção de novas células neuronais, mesmo durante a vida adulta, em algumas áreas cerebrais específicas”. Em uma pesquisa atencional de dupla tarefa com jovens e adultos idosos, Beher et al. (2008) evidenciaram que o treinamento levou à evolução das habilidades para respostas assertivas, em ambos os grupos. Os autores concluíram que a plasticidade cognitiva pode contribuir no desenvolvimento de habilidades atencionais, mesmo em pessoas idosas. O desenvolvimento de habilidades específicas e as experiências existenciais também produzem o fortalecimento dos circuitos neurais mais empregados e o enfraquecimento dos menos utilizados. Begley (2008, p. 24) descreve esse proces-
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Shihan Tasuke Watanabe
so, enfatizando que “o cérebro aumenta a atividade em algumas regiões e a diminui em outras, forma conexões mais fortes e circuitos que apoiam um comportamento ou pensamento e enfraquecem conexões em outros”. Estudos com imagens cerebrais de violinistas experientes, por exemplo, identificaram áreas expandidas
no córtex motor, fruto da sua atividade artística continuada (Danucalov & Simões, 2006). A plasticidade neuronal também fica evidenciada com múltiplas possibilidades na área da saúde. A questão fica bem expressa nas palavras de Ratey (2002), quando sintetiza que “a capacidade dos
neurônios para executarem mais de uma função pode ter implicações significativas para ajudar pessoas com danos cerebrais e medulares a reverterem a perda motora” (p. 189). Abordando a área de recuperação, Antier (2002) descreve o exemplo de um programa de recuperação de bebês hipotrofiados: A capacidade de modulação do cérebro (dizemos que permanece plástico) permite, felizmente, o estabelecimento das redes entre neurônios que podem, pelo menos parcialmente, compensar a função perdida. Assim, foi demonstrado que um programa de 3 anos de estimulação de bebês que nasceram hipotrofiados fazia-os ganhar 13 pontos de quociente intelectual. Em nível de motricidade, foi igualmente estabelecido que o estímulo dos membros permite a estabilização dos axônios motores supranumerários normalmente destinados a desaparecer (Antier, 2002, p. 110). A plasticidade cerebral aplicada à área emocional também foi estudada por Davidson, Jackson e Kalin (2000) quando enfocam os efeitos de estados mentais positivos sobre os circuitos neurais ligados à emoção. Na área emocional, outros trabalhos, como o de Eldar e Bar-Haim (2009) e Bar-Haim, Morag e Glickman (2011), sobre atenção e ansiedade em crianças, também discorrem sobre a emoção, processos atencionais e plasticidade cerebral. Especificamente sobre atenção e plasticidade cerebral, Begley (2008, p. 173) faz as seguintes inferências: “A atenção estimula a atividade neuronal, (…) assume uma forma física capaz de afetar a atividade física do cérebro”. O mesmo investigador complementa: “A atenção é também, como se vê, indispensável para a plasticidade”. Lutz et al. (2009, p. 13418), por sua vez, acompanham esta linha de pensamento por meio de um estudo sobre treinamento mental da atenção ao constatar que “o treinamento mental pode afetar significativamente a atenção e a função cerebral”. Continuando no contexto da plasticidade neural e atenção, Palladino (2008) reflete sobre uma zona de foco de atenção ideal, onde a efetividade atencional é otimizada. Discute também os hábitos de poder manter o foco de atenção ou não e suas consequências. Se para você é um hábito encontrar-se na sua zona de foco, está fortalecendo as regiões cerebrais responsáveis pela atenção de que necessita, para assim permanecer em sua zona e apren-
der. (…) Se para você é um hábito estar fora da sua zona de foco, está enfraquecendo as regiões cerebrais responsáveis pela atenção de que necessita para permanecer na sua zona e aprender (Palladino, 2008, p. 72). Outro aspecto importante é o impacto da neuroplasticidade sobre a educação e o aprendizado. Purves et al. (2010, p. 203), discorrendo sobre a plasticidade sináptica de longa duração, relatam que esta “pode funcionar como um mecanismo neural para muitas formas de plasticidade do encéfalo, como o aprendizado de novos comportamentos ou a aquisição de novas memórias”. Green e Bavelier (2008), a partir de investigações sobre o funcionamento cerebral, sugerem a implantação de novos paradigmas para o processo de ensino-aprendizagem que levem em consideração a plasticidade. Relvas (2009, p. 107) afirma que “as alterações plásticas são as formas pelas quais se aprende”. Para os autores Lazar et al. (2005) e Slagter et al. (2007), a plasticidade cerebral pode ser influenciada pelo meio ambiente e por estímulos externos de várias fontes, mas pode também sofrer influências de estímulos autogerados, ou seja, pelos pensamentos, treinamento mental, visualização e meditação. No campo das artes marciais, a repetição continuada das diferentes técnicas ao longo do tempo também vai construindo caminhos neurais bem definidos no córtex motor, assim como nos violinistas supracitados. Estes caminhos bem definidos proporcionam, em situações de necessidade, um desencadear de respostas motoras automáticas, ou seja, o corpo reage de forma instantânea a partir de um programa que já está gravado e armazenado no cérebro. Uma possibilidade no treinamento das artes marciais, que pode contribuir para aumentar esta rede de caminhos neurais, é a ampliação do repertório motor. Para os praticantes que possuem um bom domínio da sua modalidade, é possível trabalhar a inversão da lateralidade e a utilização de sequências integradas de técnicas com diferentes graus de coordenação e exigência motora. O resultado das variações e da integração de técnicas, além do padrão largamente repetido no dia a dia das aulas, gera uma estimulação cerebral mais ampla, que, por sua vez, pode ter ação profilática frente a doenças degenerativas do cérebro, como é o caso da doença de Alzheimer. Desta breve discussão podem ser pontuados alguns aspectos significativos
para os professores e praticantes de artes marciais: (i) a idade não é impeditivo para a prática; (ii) deve-se levar em conta a ampliação do repertório motor nas aulas; (iii) a estimulação da coordenação motora afeta diretamente a cognição. Em suma, crianças e jovens podem ser beneficiados com a prática de artes marciais que possuam um suporte ético-filosófico, não só no aspecto físico, mas também no rendimento intelectual e no aproveitamento escolar. Já os adultos e idosos, além do benefício direto para a saúde física, têm na prática um preventivo para doenças degenerativas do cérebro.
Gilberto Gaertner é Faixa preta 7º dan de karatê tradicional Professor de Psicologia na Universidade Positivo É doutorando em Estudos da criança com enfoque em educação física e recreação Presidente da Confederação Brasileira de Karatê-dô Tradicional (CBKT) Psicólogo esportivo do Clube Atlético Paranaense
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Fotos Marcelo Lopes e Mauricio Rummens
SÃO PAULO TERÁ MAIS 10 CENTROS PARA
ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO O governador Geraldo Alckmin anunciou também aumento no programa Bolsa Talento Esportivo. Para reforçar o apoio ao esporte, o governo de São Paulo vai criar mais dez centros de excelência para atletas de alto rendimento no Estado. O anúncio foi feito em 18 de março pelo governador Geraldo Alckmin. Além da capital, as cidades de Bastos, Guarulhos, Taubaté, Osasco, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Sorocaba, Atibaia, São Caetano do Sul e Barretos serão beneficiadas com os centros. As prefeituras vão ceder os terrenos. Os prédios e os equipamentos ficam a cargo do governo do Estado. Alckmin também anunciou o aumento no programa Bolsa Talento Esportivo, que contará com 592 bolsas e 2.532 atletas. Além disso, os recursos da lei de incentivo ao esporte passarão de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões. “O esporte educa para o convívio social. Você aprende a perder e a ganhar, a ter disciplina e a conduta em sociedade. Por isso, este investimento que o governo esta fazendo é para estimular a prática esportiva”, afirmou o governador. Para participar do programa, o aluno deve estudar em escola pública, não ter nenhum tipo de patrocínio e fazer parte de uma família com renda de até três salários mínimos por mês. O evento dos anúncios contou com a presença do ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres nas argolas, da ginasta Daiane dos Santos e da saltadora Maurren Maggi, ouro nos Jogos de Pequim, além de dirigentes esportivos, entre os quais Francisco de Carvalho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô. O governador destacou a importância dos incentivos, ao lembrar que Zanetti fez parte do programa. “Arthur é resultado do bom trabalho do Bolsa Talento Esportivo.”
Virginia Pereira, José Anastázi, Francisco de Carvalho, prof Luiz, Umakakeba e Nelson Gil
Governador Geraldo Alckimin
Governador Geraldo Alckimin, Mauren Maggi e José Aurichio
Daiane dos Santos e Geraldo Alckimin
Osmar Aparecido Feltrin e Franciso de Carvalho
Geraldo Alckimin com a comitiva de judocas
Francisco de Carvalho e Nelson Gil
Na avaliação do vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô, programas como o Bolsa Talento são imprescindíveis na utilização do desporto como ferramenta de desenvolvimento social. “O governador Alckmin fez o anúncio do aumento de projetos importantíssimos para o desporto, o Bolsa Talento Esportivo e a lei de incentivo ao esporte. Para todos os judocas que estão nos centros de excelência de Bastos, Santos e São Paulo, esta ajuda governamental é imprescindível”, disse Francisco de Carvalho. O dirigente ressaltou que com esta ajuda oficial muito clubes e projetos hoje podem manter seus atletas nas equipes. “Sem esta participação do governo do Estado, os atletas ficam mais vulneráveis às contratações das grandes equipes espalhadas pelo País. Infelizmente, hoje vemos com muita frequência a figura do treineiro, o sujeito que fica puxando treino e que, por não possuir base cultural, formação e embasamento técnico e moral, não é capaz de formar e de revelar talentos para a modalidade. Nesse sentido o Bolsa Talento tem importância gigantesca, pois mantém os chamados talentos por muito mais tempo próximos ao seu mentor, e esta possibilidade certamente lhe proporcionará melhor preparo e experiência. ” Outra representante do judô paulista na cerimônia foi a prefeita de Bastos, Virgínia Pereira da Silva Fernandes, que explicou a Budô por que foi ao Palácio dos Bandeirantes. “Vim representar o centro de excelência do judô, sediado em nosso município. Desde dezembro ele não recebe os recursos do governo do Estado, e vim cobrar uma solução para este problema, já que toda a comunidade é comprometida com o judô de Bastos.” A prefeita mostrou-se bastante comprometida com os destinos do centro de excelência. “São quatro meses sem receber, e os atletas não podem ficar tanto tempo parados. No esporte não existe isso. Eles estão sem técnico até agora, porque a lei não permite que se contrate antes de ter a verba empenhada. Estamos esperando a resposta, o governador vai fazer uma ata e prometeu nos dar retorno o mais depressa possível. Infelizmente, não posso calcular este prazo, mas vamos cobrar uma resposta imediata.”
Por Paulo Pinto Fotos Augusto Semprebom
PARANÁ REALIZA
Seminário de arbitragem 2013 Ibiporã (PR) - A Federação Paranaense de Judô (FPrJ) promoveu, em parceria com a Delegacia Regional Norte, o seminário e o exame estaduais de arbitragem desta temporada. O evento realizou-se nos dias 2 e 3 de março, no Teatro Padre José Zanelli, de Ibiporã, enquanto o exame de arbitragem aconteceu no Ginásio de Esportes Pedro Dias. Os trabalhos foram dirigidos pelo professor Edilson Hobold, 5º dan, coordenador de arbitragem da FPrJ e árbitro FIJ A. O experiente sensei teve a difícil tarefa de explicar as várias mudanças efetuadas pela Federação Internacional de Judô nesta temporada. O seminário estadual contou com a presença de 217 professores e praticantes oriundos de todas as regiões e delegacias regionais do Estado do Paraná. Os tópicos do seminário foram: Regula-
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mento do quadro estadual e nacional de arbitragem; Evolução da arbitragem de judô; Regra – alterações constantes; Quem é o árbitro atual (perfil); e Busca da excelência na arbitragem. Sobre as novas regras: Atuação dos árbitros; Avaliação técnica; Quedas em ponte; Penalidades (shidô e hansoku-make); Ênfase ao ataque direto abaixo da linha da cintura; Osae-waza, shime-waza e kansetsu-waza; Visualização e debate sobre os vídeos fornecidos pela FIJ.
Quinze árbitros foram aprovados Considerando os regulamentos dos quadros estadual e nacional de arbitragem, no dia 26 de fevereiro, o conselho estadual de arbitragem da Federação Paranaense de Judô analisou os nomes indicados para pres-
tar exame e homologou os candidatos abaixo relacionados. Candidatos a árbitro estadual A: Felipe Marcon de Brito, Jorge Alan Glass e Luciano Rodrigues Ferreira. Candidatos a árbitro estadual B: Antônio J. S. Sluzarczuk, Gustavo Alexandre Blank e Renato A. A. de Oliveira. Candidatos a estadual C: Andreia Becker, Bernardo Dallagassa, Danielle Borsato Moreira, Diogo Yamashiro, Fernanda Sobrinho Cardoso, Gabriela Camotti Montanha, Gabriella Carioca, Gustavo Sobrinho Cardoso, Hugo Miguel Lins de Carvalho, Lucas Gabriel Teixeira Costa, Marcel Gabardo do Valle, Marco Antônio Romagna, Marcos Farina Schnekenberg, Matheus da Silva Nascimento Góes, Matheus Moraes Salles de Assis, Otávio Augusto Maciel Camargo, Rafaela Leinig Franchini, Raphael Pereira de Araújo, Renan Miguel Michalowski e Waldemar Crispim.
Qual é a sua avaliação do nível Edilson Hobold candidatos? explicou os novos critérios dos Entendo que os candidatos que estão prestando exame estão preparando-se adequade avaliação O número de candidatos esteve dentro do normal?
De forma geral, o número de inscritos no exame estadual deste ano foi menor do que nos anos anteriores e isto já era esperado. Destaco que neste ano adotamos o critério de exigir, para o candidato inscrever-se no exame para árbitro estadual, que ele já tivesse sido avaliado e aprovado como árbitro regional no ano anterior. Vínhamos divulgando que este seria o processo há mais de dois anos, mas sempre existem aqueles que descuidam das informações e, sendo assim, não puderam inscrever-se neste exame.
E no tocante ao número de aprovados?
Dos 25 inscritos apenas 15 realizaram a prova prática, que era a avaliação final. Um deles foi reprovado e os demais (14) foram aprovados. Os outros dez candidatos foram aprovados na avaliação teórica e realizarão a prova prática em futuras competições, por escolha deles. Destaco que o Conselho Estadual de Arbitragem (CEA) deu esta oportunidade devido às recentes mudanças nas regras que foram repassadas no seminário internacional, do qual participei, na cidade do México, no fim de janeiro. Considerando que o seminário estadual foi o contato oficial de todos com as recentes mudanças, o CEA achou por bem dar a oportunidade para aqueles que não se achavam em plenas condições de ser avaliados de concluir seu exame em outra oportunidade. Uma das mudanças decisivas para os candidatos é que, já na avaliação prática, adotamos o sistema de um único árbitro na área com o ponto eletrônico. Este fato gerou certa insegurança e por isso vários candidatos aproveitaram a oportunidade de agendar a avaliação prática para outros eventos. Na seletiva em Curitiba, no dia 23 de março, um deles, Bernardo Dallagassa, realizou sua prova prática e foi aprovado para estadual C, sendo o 15º aprovado. Acredito que num futuro bem breve os demais também estarão concluindo suas avaliações.
damente, melhor do que em anos anteriores, relembrando que já tivemos índices bem maiores de reprovação. Muitos, no passado, nem conseguiam passar pela avaliação teórica, que é eliminatória, e na avaliação teórica deste ano todos os 25 candidatos foram aprovados. Isto já mostra que os candidatos estão mais bem preparados para as avaliações. Excepcionalmente, este ano, creio que pairou certa insegurança sobre alguns candidatos, mas entendo isto como parte integrante de um processo de mudanças.
De que forma é feita a avaliação dos candidatos?
Nossas avaliações são feitas em dois momentos: 1º dia - Avaliação teórica, eliminatória para aqueles que não atingirem a nota 70; 2º dia Avaliação prática, em que para ser aprovado o candidato também precisa atingir a nota final 70, sendo que cada candidato é avaliado por dois examinadores diferentes e em várias lutas.
diretamente, e com as regras de judô não é diferente. Muitas vezes fui questionado, ainda nos meses de novembro e dezembro, sobre as novas mudanças nas regras, mas tenho seguido rigorosamente as recomendações da FIJ e da CBJ, ou seja, falar sobre estes assuntos somente depois de autorizado pelas entidades oficiais. E isto ocorreu no fim de janeiro, quando tive a oportunidade de participar do seminário promovido pela FIJ e pela Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ), na cidade do México. Desde então, sempre que possível, tenho realizado palestras e cursos e esclarecido as dúvidas que muitos ainda têm sobre as mudanças nas regras. Acredito que apenas a leitura da regra não dá condições para se atuar de forma coerente e com segurança. Por isso, sempre sugiro aos nossos árbitros que leiam muito a regra toda, e não apenas as mudanças, mas que também participem de cursos, clínicas e seminários, buscando entender de forma bem clara a aplicação das regras.
Qual seria sua nota de fosse avaliar os candidatos deste ano? Baseado nas respostas anteriores, e olhando para os resultados finais, não vejo os candidatos com nível médio e sim com um ótimo nível. Nove dos aprovados conseguiram alcançar o conceito A, que corresponde a uma nota entre 90 e 100; cinco alcançaram o conceito B, que corresponde a nota entre 80 e 89; apenas um candidato foi aprovado com conceito C, ou seja, nota entre 70 e 79, e um foi reprovado, pois atingiu conceito D (50 a 69). Como pode ser observado, as médias finais dos aprovados foram altas, o que mostra a ótima qualidade destes árbitros. Temos ainda de aguardar os demais concluírem suas avaliações, mas por enquanto estou extremamente satisfeito com o nível de arbitragem apresentado pelos candidatos.
A FPrJ desenvolve cursos específicos visando ao preparo destes árbitros?
Hoje em dia, com o grande desenvolvimento da internet, muita coisa é acessada
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Em sua análise, os árbitros paranaenses já assimilaram as mudanças nas regras?
Até o momento realizamos aqui no Paraná duas competições com as novas regras. A primeira foi no Campeonato Paranaense Marrom e Preta, com mais ou menos 160 atletas. A segunda foi a seletiva estadual, que reuniu mais de 500 judocas e teve número de lutas bastante grande. Avaliando o desempenho de nossos árbitros, vejo que a assimilação é bastante satisfatória. Precisamos melhorar alguns pontos bem específicos, mas entendo que isto é uma questão de tempo e que naturalmente ocorrerá, pois a maioria destes ajustes diz respeito à segurança do árbitro em aplicar as mudanças de forma clara e objetiva, e isto ocorre somente com a prática cotidiana.
Toda palestra foi ministrada por você?
Desta vez ministrei o seminário sozinho, mas devido à nossa preocupação com a aprendizagem e assimilação das novas regras o Conselho Estadual de Arbitragem realizará ainda neste semestre cursos em todas as regionais do Estado. No mês de abril já esta marcado curso regional de arbitragem na Regional Noroeste e será ministrado pelo professor Jorge Yokoyama, na cidade de Maringá. Ainda este mês teremos o curso de arbitragem na Regional Sul, que será ministrado pelo professor Francisco de Souza e será realizado em Curitiba. Brevemente agendaremos cursos nas regionais Oeste, com o professor Vítor César Moreira e o professor Reinaldo Francisco; na Centro-Sul, com o professor Lauro Azuma; e na Norte, com o professor Roberto Okano.
Qual é o universo de árbitros do Paraná, hoje?
Estimamos que com estes cursos regionais somados ao seminário estadual já realizado atingiremos mais de 500 pessoas de nosso Estado capacitadas a fornecer importantes informações neste momento de implantação das novas regras.
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Casanova explica por que fundou a World Judo Federation
Jaime Casanova Martinez, engenheiro industrial dominicano nasceu em 14 de agosto de 1952, em Santo Domingo, dirigiu a o judô pan-americano por 11 anos, até que em março de 2010, a FIJ deixou de reconhecer a UPJ - União Pan-Americana de Judô como a representante legal da modalidade no continente. Após ver naufragar todas as tentativas legais para manter viva a entidade que há 50 anos fazia o judô acontecer nas Américas, e ver todo o grupo que trabalhou décadas pelo desenvolvimento do judô, à margem da modalidade, Jaime decidiu que havia chegado o momento de fundar uma nova organização mundial.
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Nesta entrevista o dirigente caribenho conta os verdadeiros motivos que causaram a fundação da World Judo Federation (WJF), fala do momento atual e das perspectivas de crescimento da organização criada por seu grupo, em agosto de 2011. Entre outras declarações, Jaime Casanova explicou que não foi a sua diretoria que fundou a WJF, e sim Marius Vizer e Paulo Wanderley. “Não fomos nós que fundamos a World Judô Federation (WJF), e sim os senhores Marius Vizer e Paulo Wanderley, que ilegalmente desenvolveram todos os esforços necessários para nos expulsar da Federação Internacional de Judô (FIJ), à qual pertencíamos legitimamente há mais de 50 anos. Assim
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
como nós, existem centenas de ex-dirigentes insatisfeitos com o quadro atual do judô mundial e, por uma questão de honra e de comprometimento com a modalidade, fundamos uma nova organização baseada naquilo que sempre existiu antes destes senhores tomarem o judô mundial de assalto para transformá-lo em um grande negócio, para eles é claro.” Antes de radicalizar, porém, os dirigentes da UPJ recorreram ao tribunal arbitral internacional, em Lauzane na Suíça, e ganharam o processo, mas a FIJ não respeitou a decisão do órgão internacional. “Em dezembro de 2009 o tribunal internacional proferiu sentença a nosso favor, mas a diretoria executiva da
“Marius Vizer jamais foi eleito para o cargo que ocupa.”
FIJ não respeitou e nem acatou esta decisão. Fizeram pior, habilmente mudaram os estatutos da entidade, criaram a Confederação Pan-americana de Judô, e em março de 2010 nos desfiliaram sumariamente. Quando entramos com o segundo pedido junto ao tribunal, perdemos, pois eles haviam readequado o estatuto da entidade. Com isso os países e as pessoas que representávamos entenderam que não podíamos mais pertencer a uma organização que nos negava espaço, e através de mecanismos repressivos fazia uso de manobras ditatoriais, e ai decidimos sair. Não fomos nós que criamos nada. Foram eles que fazendo uso da ilegalidade nos expulsaram e nos levaram a tomar esta decisão.” O dirigente centro-americano explicou porque Marius Vizer arquitetou este plano maquiavélico. “Eles partiram nesta direção porque em setembro de 2005 a União Pan-Americana de Judô votou no Park, que foi reeleito para o cargo de presidente da FIJ, derrotando a Marius Vizer. Temos de lembrar que posteriormente Vizer obrigou Park renunciar em 2007, para se autoproclamar presidente da entidade por 6 anos violando tudo que está escrito e estabelecido no estatuto da entidade, quando o que lhe correspondia seria completar o período de mandato que restava a Park, ou seja, até 2009 e ai promover uma eleição.” Casanova explicou que Vizer está presidente interino da FIJ desde 2007. “Com o apoio de Lassana Palenfo, o senegalês que é presidente da AJU - União Africana de Judô, ele fez com que o congresso da FIJ aprovasse a proposta de mantê-lo no poder por seis anos. Esta é apenas uma das inúmeras ilegalidades promovidas por Vizer, pois até hoje ele jamais foi eleito para o cargo que ocupa desde 2007.” Perguntamos ao dirigente o que de fato está por atrás de tudo isso e Casanova foi
enfático. “Está muito claro que a razão de tudo isso é dinheiro. O interesse essencial de Marius Vizer e Paulo Wanderley em todo este processo é a questão econômica, ou seja, como ganhar mais dinheiro com o judô. Cito como exemplo as atividades realizadas no Brasil que têm custo majorado de forma exorbitante. Eles superfaturam todo e qualquer serviço que contratam, e se você diz que não vai ao hotel que eles determinam, te dizem que não poderá competir. No último grand slam realizado no Rio de Janeiro, uma noite no hotel oficial da competição custou mais de 200 euros. Mas o que nos preocupa não é quanto estes senhores estão faturando com a nova fórmula adotada por eles, e sim que dessa forma eles estão na contramão. Este grupo não está trabalhando pela massificação e expansão do judô no mundo. Este grupo está fazendo dinheiro com o judô mundial.” Sobre a postura do dirigente sul-americano Casanova tem certeza que o mesmo tem fixação pelo poder. “Minha análise sobre o presidente da CBJ é que ele possui uma forma de fixação pelo poder. Ele queria ter uma entidade pan-americana abaixo de seus pés, e ascender à vice-presidência da entidade mundial. Como jamais conseguiu eleger-se para o cargo, mancomunou este plano com o Vizer, e apagaram os mais de 50 anos de história do judô do nosso continente. Ele tem afã de poder e de figurar no alto escalão. Tenho a impressão que sua fixação é tornar-se rei do judô e sua próxima meta certamente será a presidência da FIJ, mas para nossa felicidade o Vizer tem plena consciência disso.” Profundo conhecedor dos meandros da administração do judô continental, Casanova elencou as vantagens que goza um vice-presidente da FIJ. “Na verdade ele agora goza de uma serie de vantagens como, por exemplo, ser convidado para todos os eventos da entidade com todas as despesas pagas e tudo
com padrão 5 estrelas. Hotéis e viagens, tudo em primeira classe. Ele ainda recebe o pagamento de diária por estar a serviço da entidade Mas isso é apenas perfumaria, o mais importante é que hoje ele administra todos os recursos provenientes da FIJ, inclusive os milhões de euros recebidos do COI - Comitê Olímpico Internacional. Aliás, Vizer ainda deve à UPJ cerca de U$ 800 mil, referentes aos Jogos Olímpicos de Beijing, e até onde sabemos este dinheiro já foi entregue a Paulo Wanderley, através da CPJ. Informamos esta irregularidade ao COI, mas até hoje, não tivemos resposta. Este dinheiro foi subtraído da UPJ, e ninguém responde por isso.” Casanova falou sobre o momento atual da organização que preside. “Nosso momento atual é extremamente positivo. Temos atualmente 20 países filiados a World Judo Federation. No ano passado realizamos o mundial sênior e este ano fizemos nosso primeiro mundial juvenil. O mais importante é agora somos filiados a Tafisa, entidade que promove o Esporte Para Todos. São uma entidade internacional que desenvolve o desporto de forma democrática e sem discriminação. Em nossa organização qualquer atleta pode competir e, qualquer árbitro pode atuar. Recebemos todos indistintamente e sem nenhuma forma de discriminação. Estamos trabalhando muito forte nas regras que serão bastante diferentes do que temos hoje, no mundo. Temos um enfoque distinto e bem mais abrangente para o kata e a defesa pessoal. Mas estamos ainda na fase estrutural e creio que em breve teremos uma grade de eventos anual que imprima o crescimento que todos nós ansiamos.” Lembramos Casanova que numa entrevista que nos foi concedida, Jorge Armada, ex-vice-presidente da CPJ o classificou como ditador. “Em nossa entidade nunca houve ditadura. Realizamos congressos e assembleias eletivas sistematicamente. Todos que ocupam cargos foram conduzidos para tanto democraticamente, e através do voto. Oportunizamos a todos o direito de participar e emitir seus pontos de vista. Talvez minha liderança tenha incomodado demais a este senhor, da mesma forma que incomodou Paulo Wanderley e Marius Vizer. Alias, pergunto onde está este senhor, hoje? A quem ele serve? Já que foi degolado e deposto, por seus pares da entidade que ele mesmo ajudou a criar para neutralizar minha liderança e tentar aniquilar a UPJ? A traição geralmente é paga com traição e, tanto ele quanto o Paulo Wanderley se merecem. Fomos democráticos na UPJ e somos democráticos na WJF, e não exigimos que ninguém seja filiado exclusivamente à nossa entidade. Não exigimos nada a ninguém, por-
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que venho de um país democrático e acredito que a democracia seja a única forma de levar as coisas de forma justa e duradoura.” Perguntamos ao dirigente centro-americano por que Jorge Aramada havia caído na CPJ e o mesmo foi enfático. “O Armada caiu por ansiar poder e Paulo Wanderley não da poder a ninguém. Tanto é que depois de conceder aquela entrevista a você, em Paris, ele escreveu uma carta se retratando publicamente e se desculpando. Por que ele não processou a Budô? Por que ele sabia que você gravou tudo o que disparou contra seu próprio presidente. Este é o velho Armada de sempre. Ele sempre tem um discurso contrario a quem esta no poder, mas depois recua, retrata-se e fica de joelhos para que lhe cortem o pescoço, assim como foi feito agora. Mas, a quem ele serve hoje? Qualquer criança percebe claramente que trabalha para Vizer, na vã tentativa de parar Paulo Wanderley. Busca estabelecer um equilíbrio entre estas duas forças aparando as asas de Paulo, em defesa de Vizer, pelo menos para que Paulo não voe tão alto em nosso continente e no cenário internacional.” Sobre o nível que o judô alcançou sob a administração Vizer, o presidente da WJF concordou que houve ganho, mas frisou que quem pagou a conta foram os países pobres. “Não posso deixar de concordar que houve um grande avanço na modalidade, mas o judô hoje se tornou uma modalidade elitista. Os pobres não podem mais fazer judô, ou melhor, estão fazendo um judô com os pobres para que se beneficiem os ricos. Todos nós queremos um judô top, mas não podemos esquecer os países pobres da África, América, Ásia e Oceania e, da forma que foi feito o ranking, os países pobres foram naturalmente eliminados do jogo. Cuba subsiste possui porque uma política de Estado que garante uma participação mínima, no circuito mundial do grand slam, sem contar que muitos países os convidam e pagam suas despesas. O presidente da FIJ controla tudo com mão de ferro. Toda e qualquer negociação do judô mundial passa diretamente por ele. Não se move um dedo sem autorização dele, e com a arbitragem acontece o mesmo. Estive num torneio em Roterdã, onde houve uma luta entre um usbeque e um russo. Aconteceu um lançamento e os árbitros fizeram uma determinada marcação. O Vizer ficou em pé e determinou a Juan Carlos Barcos, que havia sido ippon, Barcos levantou da mesa e disse aos árbitros que era ippon e ponto final. Ele simplesmente determina e é lei. Não foi ippon e mesmo que fosse, esta não é uma atribuição dele, já que para isso a FIJ possui um diretor de arbitragem. Podemos dizer que no caso do Armada é o mesmo. Vizer o utiliza como uma espécie de quinta coluna para mostrar ao Paulo que possui na América, alguém de olho nele.” Aproveitando o gancho deixado pelo assunto do Jorge Armada, questionamos sobre a administração da CPJ. “Não é preci-
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“Fundamos uma nova organização baseada naquilo que existiu antes destes senhores tomarem o judô mundial de assalto para transformá-lo emum grande negócio, para eles é claro!” so tecer nenhuma avaliação sobre esta entidade, já que seu vice-presidente declarou a você, que a mesma é uma caixa vazia e que em três anos não realizaram absolutamente nada. Tudo isso causa uma revolta enorme. Perceba a que níveis os inquisitores do judô pan-americano levaram a modalidade, para conquistar o poder? Veja a que níveis o judô pan-americano foi lançado, em função da ambição de um homem inescrupuloso que mente e não cumpre acordos. Um homem que trai seu povo, seu País e seu continente, por interesses pessoais. Hoje tudo se traduz em benefícios para Europa. Penso que os europeus deveriam agradecer ao Vizer pelo trabalho que desenvolve a favor deles, em detrimento do judô mundial. Devem agra-
decer também a Paulo Wanderley por impor este retrocesso técnico e administrativo à toda América. Estamos cada vez mais pobres tecnicamente e competitivamente. Iniciamos 2013 assistindo o trio de ferro da Confederação Pan-Americana de Judô implodir a estrutura arbitral do continente através da degola inexplicável e injustificável, de Júlio Clemente que antes de pertencer aos quadros da CPJ fez história na arbitragem da UPJ. Eles não respeitam nada e são desprovidos de qualquer tipo de comprometimento e sentimento.” Perguntamos ao dirigente qual havia sido sua maior inovação na área técnica na UPJ, e ele explicou que foi o circuito pan-americano sênior. “Cada país apresenta uma realidade estrutural e técnica diferente. Em nível de países que não praticam judô, o que importa é você instituir de fato o judô, e atuamos constantemente nesse sentido em alguns países do continente. Quando você fala em alto rendimento o foco é outro, e nesse sentido nossa maior criação foi o circuito pan-americano de judô sênior, que era realizado em cinco etapas consecutivas e durava cinco semanas. Os atletas apenas adquiriam as passagens, e faziam um circuito que saia do México, ia para Cuba, República Dominicana e Colômbia. Todas as despesas terrestres corriam por nossa conta. Chegamos até a receber países da Europa para participar do circuito. Sinto muita pena e revolta pelo abandono que nossa modalidade enfrenta hoje.” Inconformado com as negociatas existentes na modalidade, Casanova usou o Japão como exemplo de retrocesso e destruição. “Os japoneses baixaram para o 4º lugar em Londres, por que Uemura vendeu o judô japonês. Preferiu apoiar as negociações em troca de um cargo na FIJ, já que hoje ele é um dos quatro diretores esportivos da entidade. Paradoxalmente os russos que não haviam conquistado uma só medalha em Beijing, miraculosamente ficaram em 1º lugar em Londres. Uemura fez parte da trama que Vizer armou em Londres, passando a ignorar
os princípios do mestre Jigoro Kano. Já os demais japoneses são extremamente submissos e não protestam. Aliás, o judô mundial está numa espécie de limbo. Permitem que Vizer faça tudo o que bem entender, e ninguém protesta com medo da repressão. Absurdamente no comitê executivo da FIJ são eleitos apenas três dirigentes: o presidente, o secretário e o tesoureiro. Depois o presidente aponta com o dedo quem ocupará cada cargo na entidade. Onde está o princípio universal de eleição? Onde está a democracia na FIJ? Sem contar que praticamente todo comitê diretivo é da Europa, e isso influi sobremaneira na competição, quando é preciso produzir resultados. Casanova fez questão de falar sobre seu antecessor na UPF. “Sergio Bahi não foi apenas meu chefe, foi um grande amigo de todos os momentos. Acima de tudo era um democrata que não tomava nenhuma decisão sem me consultar, mesmo não sendo preciso, já que era o presidente. A qualquer hora ligava e dividia comigo a responsabilidade das decisões. Carismático e transparente sempre tinha um sorriso e uma piada, para fazer todos sorrir.” Para o dirigente Centro-americano o atual presidente da FIJ blindou sua permanência eterna no cargo. “As coisas que ele faz na gestão do judô mundial são inimagináveis. Certamente será reeleito este ano e perpetuará no poder. Comete equívocos e abusos primários, mas ninguém diz absolutamente nada. Contrata parentes dos líderes que o apoiam, como é o caso da filha de Juan Carlos Barcos que ocupa um cargo de confiança em sua administração.” Casanova afirmou que o judô está encolhendo na era Vizer. “Paradoxalmente na administração Vizer o judô dos países ricos saiu fortalecido e imagino até que haja ocorri-
do alguma forma de crescimento, mas nossa modalidade desabou nos países pobres. A possibilidade de medalhar e subir no ranking não existe mais, em função do alto custo das constantes viagens do calendário. O judô não é a Fórmula 1. Nossos atletas não têm a indústria automobilística bancando suas despesas.” Sobre a criação da WJF, Casanova afirmou ter certeza que fez a melhor escolha. “Eles fizeram a escolha deles e eu fiz a minha. Estou muito feliz por estar onde estou. Relaciono-me muito bem com quase todos os dirigentes que partiram para o outro lado, inclusive com Jorge Armada, com quem sempre me dei muito bem. Nunca tivemos problemas pessoais. Ele fez a escolha dele e eu fiz a minha. Aliás, se hoje me convidassem para voltar a FIJ com as pessoas que estão no comando, certamente diria não, pois não compactuo com seus propósitos e ideais. Estou feliz onde estou e temos certeza que vagarosamente conquistaremos grande espaço no canário mundial, pois estamos trabalhando de forma correta. A dissidência na FIJ é cada dia maior, já que eles não param de derrubar dirigentes e de conspirar contra os verdadeiros interesses do judô.” Temos dificuldade em definir quem entre Paulo Wanderley e Marius Vizer, é a marionete e o manipulador, mas para Casanova o business está acima de tudo. “Minha leitura é que ambos se necessitam, porém Vizer dirige com muita habilidade a questão de manter o Paulo onde está, de forma que não cresça e ocupe maior espaço no cenário mundial, já que o brasileiro é hoje, o dirigente que move a maior quantidade de dinheiro em todo o planeta. Nesse contexto pessoas como Armada e outro importante dirigente sul-americano que prefiro não citar, estão fazendo o trabalho que Marius Vizer não pode fazer de forma
David Gordge, da Austrália que é vice-presidente da Oceania, Jaime Casanova, da Republica Dominicana, presidente da WJF, Paul Hoglund, da Suécia, vice-presidente da WIF e presidente da Europa, Paulo Dubois, do Brasil vice-presidente e tesoureiro.
direta. Mas o dirigente mundial necessita de Paulo para fomentar os grandes negócios que mantém no Brasil. E nesse sentido não existe a figura do manipulador e sim a do business, do lucro e da geração de riquezas.” Já há muito tempo Cuba e Brasil dividem a liderança técnica do judô continental, e Jaime fez sua análise deste quadro. “Em minha análise o judô feminino cubano é superior ao brasileiro, enquanto que o judo masculino brasileiro é bem superior do cubano. Mas este quadro evolui pouco e gera uma acomodação perniciosa para o desenvolvimento do judô nas Américas. Precisamos crescer e atrair a mídia para a modalidade, e só conquistaremos isso com as medalhas que o Vizer insiste em manter nas mãos dos países ricos.” Aproveitando que o tema era olimpíada, Casanova fez outra grave acusação. “Mais uma vez dois atletas cubanos foram ostensivamente prejudicados, da mesma forma que aconteceu em Beijing. Eles sabem previamente para onde vão as medalhas. Tenho certeza absoluta disso. Nunca havia ouvido os treinadores cubanos do masculino e feminino, protestarem de forma técnica e precisa, como fizeram esta vez em Londres. As medalhas têm endereço prévio. E em minha opinião mais uma vez os cubanos foram extremamente prejudicados pela arbitragem. Para piorar houve o agravante que Justo Noda, técnico cubano, pediu para mostrarem o vídeo, e eles negaram. A FIJ usa o vídeo retardo, mas não tem uma política definida para esta utilização. Eles se beneficiam deste recurso, mas proíbem que a imprensa e os interessados tenham acesso ao mesmo. Esta é mais uma atitude ditatorial e constrangedora, adotada pela diretoria executiva da entidade, e o COB está sendo omisso.” Sobre o futuro Jaime Casanova vê tudo com grande otimismo. “Penso que com o tempo as pessoas e países que hoje não podem mais alcançar as coisas que lhes foram subtraídas, agradecerão Marius Vizer e Paulo Wanderley, por tudo que fizeram a UPJ e a Jaime Casanova, já que este processo nos permitiu fundar uma organização onde estes pequenos serão muito bem representados e terão espaço. Estarão numa entidade onde todos cabem, porque nosso lema é judô para todos. Quem sabe no futuro aquilo que todos disseram que foi mau, dê resultados positivos e passe a ser visto como certo? Quem sabe as pessoas avaliem melhor a atitude equivocada dos dirigentes da FIJ, que fizeram com que fundássemos uma nova organização. Não guardo rancor e nem ódio. Tenho pena dos dois, pois são absolutistas e vivem apenas para si mesmos. Tenho certeza que no dia em que o judô mundial romper com Vizer, tudo que ele criou vai servir para tirá-lo do lugar onde ele mesmo se colocou. A Word Judô Federation crescerá muito, já que as anomalias e os erros desta dupla de dirigentes nos garantem este crescimento.”
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CONCEITO
JUDÔ COMO JIGORO KANO
SONHOU
Ao criar o judô, Jigoro Kano almejava que seu novo método de ensino da arte de ataque e defesa não só se tornasse útil dentro do dojô, mas também beneficiasse a vida diária de seus praticantes em todas as áreas. Kano ensinou que, qualquer que seja o objetivo, ele é mais facilmente alcançado por meio do uso da máxima eficiência da mente e do corpo, levando-nos a uma vida melhor e mais racional. Acima de tudo, que haja ordem e harmonia entre as pessoas e que o judô alcance o maior número de praticantes em todo o mundo. O judô cada vez mais se alia à educação e mantém o seu caráter formativo, sendo apontado recentemente pela Unesco como o melhor esporte para formação inicial de crianças e jovens de 4 a 21 anos. Já o Comitê Olímpico Internacional considerou o judô o esporte mais completo, por promover valores da amizade, participação, respeito e esforço para melhorar. Com este desejo de mudar a realidade de muitas crianças, surgiu em 2003 o Instituto Reação, no Rio de Janeiro, idealizado pelo medalhista olímpico Flávio Canto.
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Atuando em comunidades de baixa renda, o projeto abrange cinco polos, com quase 1.500 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade sócio-educacional. O judô é uma importante ferramenta de desenvolvimento humano e ação complementar de educação. Além da prática esportiva, os alunos são encaminhados para atividades sociais e culturais e aprendem noções de meio ambiente e profissionalização. A coordenação do projeto conta com a experiência do professor Geraldo Bernardes, técnico da seleção brasileira em quatro Olimpíadas. Foi do polo da Cidade de Deus que surgiu Rafaela Silva, que representou o Brasil em Londres 2012 e conquistou medalha de prata no Mundial de Paris. Investindo alto no esporte educacional, o município de Praia Grande, no litoral de São Paulo, é um bom exemplo de parceria entre o esporte e a educação. Várias modalidades esportivas são praticadas em locais equipados para atender à demanda. Por meio do Projeto Super Escola, Praia Grande hoje mantém mais de 800 crianças praticando judô no contraturno escolar, diariamente,
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
por três horas, em atividades que seguem um planejamento didático-pedagógico: • Uma hora para atividades que envolvam valores e conceitos voltados à teoria e reflexão. • Uma hora para atividades mais voltadas à modalidade esportiva em questão. • Uma hora para atividades lúdicas gerais (brincadeiras e jogos). Os alunos praticam judô em Praia Grande em seis polos, centro de treinamento e complementação educacional em escolas municipais. Os alunos do Programa Super Escola que se destacam esportivamente e se interessam pela modalidade em caráter competitivo ainda podem migrar para a equipe de competição da cidade, que atualmente abriga vários alunos federados. O maior destaque da cidade surgido no projeto é Tawany Silva, de 17 anos, campeã mundial sub 17 e, atualmente, integrante das seleções brasileiras sub 18 e sub 21. Um bom exemplo do interesse do poder público no desenvolvimento da modalidade
na cidade é que Praia Grande emprega dez técnicos pedagógicos desportivos de judô, todos efetivos e aprovados em concurso público, que trabalham diariamente oito horas com a modalidade na cidade. Outros projetos espalhados por todo o Brasil seguem os mesmos princípios, como o Instituto Aurélio Miguel, na capital paulista; o Projeto Sócio-Educativo de Atibaia, que tem 15 núcleos com o apoio de verba pública por meio de lei de esporte participativo; o Projeto Branco Zanol, com metodologia própria de ensino e que atende a diversas cidades do interior de São Paulo; e mais recentemente, entre outros, o Projeto Esporte sem Fronteiras, do campeão mundial Luciano Corrêa, com um núcleo em Belo Horizonte e outro na cidade de Piranhas, interior de Alagoas. Sem contar com o Projeto Avança Judô, promovido e coordenado pela Confederação Brasileira de Judô em parceria com a Infraero, atendendo a cerca de 1.800 crianças no entorno de aeroportos brasileiros. O judô tornou-se um esporte muito competitivo. E, de modo geral, a partir de um determinado momento, a ênfase dos
Tawany Silva expoente do programa super escola da Praia Grande professores passou a focar eminentemente a formação de atletas, esquecendo um pouco do judô criado por Jigoro Kano, que se preocupava com o bem-estar e o benefício mútuo. Muitos jovens, sem o dom da competição, deixaram de praticar judô, perdendo o interesse e o estímulo, sim-
plesmente por não serem competitivos. Desejamos que esta nova realidade possa devolver ao judô o seu caráter formativo e inclusivo, e que de alguma forma dirigentes e gestores esportivos compreendam a importância de fomentar o judô social, e não apenas o desportivo.
Outra gigante dos tatamis e proveniente de projetos é a judoca olímpica Rafaela Silva
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PARANAENSES FARÃO INTERCÂMBIO COM O JAPÃO Em abril um grupo de quatro professores da capital paranaense vai ao Japão em busca de atualização técnica e intercâmbio. Curitiba (PR) – Soubemos que um grupo de judocas paranaenses vai ao país do sol nascente, e fomos à capital do Estado saber quais são os propósitos do grupo. Luiz Iwashita, presidente da Federação Paranaense de Judô (FPrJ), explicou que o grupo vai a cinco cidades japonesas em busca de vários objetivos. “Na verdade, somos em quatro professores: Makoto Yamanouchi, 7º dan, ex-presidente da FPrJ, que esteve à frente da entidade por dois mandatos; o Daniel Laurindo, que além de fabricante de judogis, é um grande incentivador e apaixonado pelo judô; o Carlos André Kussumoto, que faz parte da nova geração de professores do Estado; e eu”. O dirigente disse que cada um tem seus próprios objetivos. “Temos uma agenda que foi planejada a oito mãos, porém cada um de nós tem seus próprios objetivos na viagem. Alguns focam mais a questão técnica; outros, a questão federativa e administrativa, enquanto outros estão focando mais o judô universitário. Meu objetivo é estabelecer intercâmbios com as federações estaduais.” Sensei Iwashita enumerou as cidades e instituições que já estão agendadas. “Vamos desembarcar na província de Hyoto, mas vamos a Kyoto, Kobe, Okayama, Tenry Toki e Tóquio. Seremos recebidos pelos dirigentes da modalidade em cada uma destas cidades.” O gestor paranaense explicou que o grupo visitará universidades, federações, escolas de judô, o Kodokan, é claro, e assistirá ao Campeonato Nacional da Budokan. Luiz Iwashita finalizou explicando quais são seus principais objetivos na viagem. “Meu propósito principal é melhorar o nível técnico do judô paranaense. Espero também trazer ideias e novidades na área de gestão, e com isso todo o Estado será beneficiado. Outra meta é estabelecer parcerias que permitam a ida de judocas ao Japão para treinamento.” Para Daniel Laurindo, diretor da Yama Kimonos, o foco principal é a atualização. “Penso que cada um de nós tem seus objetivos nesta viagem, e vou em busca de atualização. Quero estar a par do
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Por Paulo Pinto Foto Arquivo FPrJ
Os professores Iwashita, Daniel, Makoto e Carlos André
momento atual do judô no Japão. Buscamos estabelecer um intercambio entre a FPrJ e a Universidade de Tenri, associações de Tokyo e Osaka”, explicou Daniel que falou sobre sua expectativa nos campo pessoal. “Meu principal objetivo é conhecer a cultura do Japão. Este é um sonho que guardo desde quando dei meus primeiros passos nos tatamis. Quero conhecer mais sobre a origem do judô, e consequentemente sobre o país que lhe deu origem.” O diretor da Yama Kimonos falou sobre seus interesses comerciais. “Também tenho interesses comerciais, e vou em busca de conhecimento e tecnologias que nos permitam desenvolver produtos melhores e com mais qualidade.” Daniel vê interesses no campo da gestão esportiva. “Anos atrás, um grupo de professores foi ao Japão e formou-se uma geração de grandes mestres que ajudaram a difundir ainda mais o judô no Brasil. Ainda que esta delegação seja muito menor, a intenção é abrir caminho para que atletas e
professores possam treinar e aperfeiçoar seu judô no Japão.” O empresário finalizou explicando detalhes de sua relação com o grupo que vai ao Japão. “Sou judoca desde 1974. No próximo ano completarei 40 anos nos tatamis, e mesmo não estando mais em atividade acompanho todos os eventos da FPrJ. Este ano estarei mais presente ainda, para auxiliar meu filho, que busca conseguir sua faixa preta. Nesta viagem estarei acompanhado do sensei Makoto Yamanouchi, meu primeiro professor; do sensei Luiz Ywashita, meu primeiro técnico no campeonato paranaense, em Londrina, 1980; e do sensei Carlos André Kussumoto, meu primeiro aluno faixa preta, que hoje é professor do meu filho. Estarei com pessoas com as quais tenho uma relação muito próxima, e todos viajarão focados no desenvolvimento do judô paranaense. Na verdade, esta viagem está me motivando bastante e proporcionando muita alegria.”
COPA SÃO PAULO ABRE 2013 COM CHAVE DE OURO
Maior campeonato pan-americano aberto de clubes abriu o calendário oficial de eventos da Federação Paulista de Judô da temporada 2013 e premiou todos os atletas olímpicos e paralímpicos de São Paulo. Por Luiz Aquino Fotos Cristiane Ishizava/Budô
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Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo recebe homenagem de Alessandro Puglia
Todos os medalhistas olímpicos e paralímpicos de São Paulo foram homenageados
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São Paulo (SP) - Com 2.600 atletas de 152 entidades esportivas de 13 Estados, e disputada do sub 11 ao grand master, além de disputas no kata, a Copa São Paulo foi sucesso em organização e competitividade. Ao abrir a temporada de 2013 em altíssimo nível, consolidou sua condição de maior competição pan-americana interclubes da modalidade. Foram três dias de disputa no Ginásio Poliesportivo Adib Moyses Dib, em São Bernardo do Campo, diante de atletas olímpicos, presidentes de federações estaduais e autoridades políticas. O torneio também serviu de cenário para as gravações do filme Aprendiz de Samurai. Ao fim de três dias de disputa, o Palmeiras/Mogi conquistou o tricampeonato da competição ao somar 151 pontos, seguido do Rio Preto Automóvel Clube, com 70, Esporte Clube Pinheiros (52), SESI/SP (51), A Hebraica de São Paulo (45) e Associação Marcos Mercadante (44). A competição teve início da sexta-feira, às 13 horas, com as disputas do nage-no-kata, katame-no-kata, ju-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jitsu. O coordenador de cursos da Federação Paulista de Judô (FPJ), Luiz Alberto dos Santos, destacou a iniciativa da federação de incluir estas disputas na Copa São Paulo. “Foi uma grande iniciativa da federação, principalmente por incluir cinco modalidades de disputa do kata, o que é fato inédito, a não ser nas disputas em São Paulo. Hoje, vimos duplas muito bem preparadas para competir, que treinam semanalmente ou quase diariamente, elevando o nível do kata, que está cada vez melhor”. Luiz Alberto chamou atenção para a falta de interesse de alguns professores em divulgar e ensinar o kata aos seus alunos. “O interesse parte de quem conhece. Quem não conhece acaba de alguma maneira boicotando, até inconscientemente, por falta de conhecimento”. Na sequência do kata, deu-se início ao shiai do máster, que contou com a participação de mais de 200 competidores, entre os quais o tetracampeão paralímpico Antônio Tenório, que destacou a importância da competição. “É um evento muito importante para os judocas do Estado de São Paulo porque traz os melhores atletas de todas as categorias, e isso é muito bom para elevar o nível. Por isso, fiz questão de competir. Acabei ficando em terceiro lugar e achei muito bom para início de temporada. A maioria dos atletas está saindo do sênior e eu acabei não sentindo muita diferença.” O segundo dia de competição começou com a distribuição de muitos prêmios ao público, antecedendo a apresentação dos grupos de taikô kiendaiko da União Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo e Shinkyodaiko de São Caetano do Sul. Com a presença de diversas autorida-
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des, realizou-se a cerimônia de abertura na qual o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, deu boas vindas aos participantes e reafirmou o compromisso de estar sempre à disposição da Federação Paulista de Judô para a realização de grandes eventos no município. O vice-presidente da FPJ, Francisco de Carvalho Filho, fez um breve resumo do crescimento da competição ao longo dos anos, destacou seu trabalho à frente da federação e afirmou ter plena confiança na continuidade do bom trabalho na entidade, que a partir de 2014 estará sob a responsabilidade de Alessandro Puglia. Estavam presentes também na cerimônia de abertura Emílio Moreira, representante da federação do Maranhão; Georgetown Pacheco, presidente da federação de Tocantins; Delfino Batista da Cunha Filho, presidente da federação do Acre; Francisco Grosso, presidente da federação do Estado do Rio de Janeiro; e Antônio Viana, presidente da federação do Amapá; além dos atletas olímpicos Aurélio Miguel, Henrique Guimarães, Tiago Camilo, Leandro Guilheiro, Carlos Honorato, Maria Suellen Altman, Antônio Tenório, Felipe Kitadai, Rafael Silva, Luís Onmura, Daniele Bernardes e Carlos Alberto Cunha. Os medalhistas olímpicos foram homenageados e agraciados pela FPJ. Todos
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agora fazem parte de um baralho confeccionado pela entidade com a foto e conquistas de todos. A diretoria da federação distribuiu baralhos para os atletas inscritos na competição, e esta ação foi um verdadeiro sucesso.
Aprendiz de samurai O grande público presente dividiu suas atenções entre as lutas e as gravações do filme Aprendiz de Samurai, estrelado por Caio Castro (ator da Rede Globo), que vive o papel do judoca Max Trombini. Entre uma gravação e outra, o ator posava para fotos ao lado de fãs e vibrava a cada queda do oponente no filme. Também presente às gravações estava Tato Gabus Mendes. Vários judocas foram convidados a participar da gravação deste que será o primeiro filme de judô nacional, com lançamento previsto para o período de realização do Mundial de Judô do Rio de Janeiro. Quem está no Brasil para um período de estágio para conhecer melhor o judô brasileiro e marcou presença na abertura da Copa São Paulo foi a bicampeã mundial 2009/ 2010 e medalha de bronze em Londres 2012, a japonesa Yoshie Ueno. Segundo o sensei Hatiro Ogawa, que acompanhava a atleta, ela ficou impressionada com o número de participantes e estava anotando tudo na sua agenda particular. A organização e a quantidade de atletas foi uma surpresa para Ueno, que ficará no Brasil até agosto, visitando diversas academias, principalmente no Estado de São Paulo, seguindo depois para outras cidades e Estados brasileiros.
Medalhistas olímpicos avaliam a Copa São Paulo Medalhista de bronze em Londres, Rafael Silva destacou que já participou da Copa São Paulo e é tricampeão da competição. “É a maior competição do Brasil, e São Paulo tem avançado muito com este evento, que é uma das competições mais fortes do Estado.” Tiago Camilo disse que nunca chegou a participar da Copa São Paulo, mas apoiou sua realização. “Acho que nunca se deve pular etapas. Existe tempo para tudo. Participei de campeonatos municipais, regionais, estaduais e todos tiveram importância em minha formação como atleta. Por isso acho mais do que certo a FPJ estimular este tipo de competição.” Leandro Guilheiro aprovou o novo modelo de disputa da Copa SP. “Principalmente para outros Estados, que não possuem muita competitividade, a Copa São Paulo é muito importante. De certa forma o judô de São Paulo está fomentando o judô do Brasil, e é uma oportunidade de os atletas realizarem intercâmbio, já que ao longo do ano alguns não terão muitas ocasiões para segurar no kimono.”
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O campeão olímpico Aurélio Miguel classificou a organização da Copa São Paulo como fantástica, sendo referência para o judô nacional. “A expectativa agora é que outras federações possam organizar competições do mesmo porte. No passado existia a Copa Rio (não sei se ainda é realizada), pois essas grandes competições possibilitam intercâmbio e sem dúvida alguma isso fortalece o judô brasileiro. Parabéns à FPJ e a todos os professores, atletas e pais, que contribuíram para a grandiosidade desta competição.” Elogiando a copa, o vice-campeão olímpico Carlos Honorato destacou o crescimento da competição a cada ano. “Acho que este evento, daqui para a frente, terá de ser realizado em mais um dia ou mais um fim de semana, porque está cada vez mais repleto de atletas. De qualquer forma, a FPJ está de parabéns pela organização deste ano, porque tudo está fluindo muito bem.” Medalhista olímpico em Londres, Felipe Kitadai destacou também a participação de mais Estados, elevando o nível de importância da competição. “Antigamente ela era disputada apenas pelos atletas de São Paulo, e hoje é muito legal abrir a participação para todo o País. Disputei no passado e cheguei a ser campeão uma vez.” Henrique Guimarães também realçou a importância do evento. “Gostaria de ter tido, na época em que competia, a oportunidade de lutar num evento deste nível, tão bem organizado e com muita gente de vários Estados. Hoje, podemos dizer que é um campeonato brasileiro, apesar de se chamar Copa São Paulo.” O técnico da Seleção Brasileira, Mário Tsutsui prestigiou o evento e destacou a importância de sua realização. “Sempre digo que aqui é o pré-sal da modalidade, porque daqui saem nossas pérolas e nossos diamantes que, daqui a algum tempo, serão a riqueza do judô do nosso País. Acho importante a FPJ realizar eventos desse tipo. A massificação também é importante para fazer surgirem as revelações.” No terceiro dia de competição foi a vez dos atletas do sub 15, sub 18 e sub 21, que realizaram disputadas acirradas, proporcionando belos ippons e empolgando o grande público presente. O sensei Felipe Quadros, da Sogipa, mostrava-se satisfeito pela participação dos seus atletas. “Para nós, é uma honra participar deste evento tão bem organizado; por isso, a cada ano procuramos trazer um número maior de atletas para poder prestigiar o evento”. Em 2013, a Sogipa participou com 25 atletas, que conquistaram quatro medalhas de ouro, uma de prata e seis de bronze. “Infelizmente, no Rio Grande do Sul não existe uma competição deste porte, mas estamos por lá numa briga para ter um evento desta magnitude e ampliar o intercâmbio com os outros Estados”, concluiu Quadros.
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A delegação do Projeto Caminho Suave, da cidade de Campo Verde, Mato Grosso, veio a São Bernardo, em busca de experiência, como destacou o técnico da equipe, Cleberson Oliveira: “É uma competição de nível elevado em relação às competições das quais nós estamos acostumados a participar. A quantidade de atletas é muito grande, e mesmo assim a competição fluiu bem. Vemos competições com um número bastante inferior de participantes e a coisa não funciona assim, deixando áreas paradas. Aqui tudo flui muito rápido e de forma organizada”. Emílio Moreira, presidente da comissão de graduação da Federação Maranhense de Judô, ressaltou o orgulho dos maranhenses de poderem participar da Copa São Paulo. “É o maior evento da América Latina e, como consequência disso, o Maranhão estar presente só tem como objetivo crescer cada vez mais, tanto do ponto de vista de organização quanto do ponto de vista técnico. O judô maranhense, como o de todo o Nordeste, tem crescido disputando os primeiros lugares com os grandes centros como São Paulo na base.” O presidente da Federação do Estado do Acre, Delfino Batista da Cunha Filho, estava bastante entusiasmado com a competição. “Sob a administração de Francisco de Carvalho Filho o judô paulista sempre deu grandes exemplos. Ele é um expoente de nossa modalidade no que diz respeito a desenvolvimento técnico. Estamos satisfeitíssimos com a recepção que tivemos em São Paulo. A organização deste evento é sem dúvida uma das melhores do País. Agradeço o convite do amigo e irmão Francisco de Carvalho Filho por esta participação, já que nos conhecemos há muitos anos e São Paulo é minha segunda terra natal, onde conquistei diversos títulos em minha carreira. Ter vindo representar meu Estado, o Acre, aqui foi uma satisfação enorme.” Georgetown Pacheco, presidente da federação de Tocantins, não só representou seu Estado fora dos tatamis, mas dentro também. “Este é um evento de magnitude inimaginável. Sem dúvida alguma é a maior competição de judô das Américas. Tivemos uma arbitragem com padrão internacional, pontualidade do começo ao fim. Enfim, todos os colaboradores da FPJ foram muito solícitos e todos estão de parabéns. Iremos organizar-nos para voltar no próximo ano com uma equipe ainda maior”, destacou. Pacheco também explicou o sacrifício de seus atletas para estar presentes no evento: “Viemos em 13 atletas, e foi uma odisseia. Dois pais trouxeram seus filhos e deram a chance de mais quatro atletas participarem. O Fred Guerra trouxe mais cinco, e um veio de avião com o pai. Tivemos duas pratas e um bronze. A prata foi minha. Perdi de shido para o Marcos Trinca, atual campeão mundial da FIJ. Minha aluna foi prata no juvenil e outra atleta foi bronze no júnior. São Paulo
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alojou os alunos em academias para eles não gastarem com hospedagem. Cada um pagou a sua alimentação. O restante foi muito aprendizado e só alegria”. Antônio Viana, presidente da Federação Amapaense de Judô, elogiou a organização da Copa São Paulo, além da recepção e a atenção dispensada aos seus atletas. “Novamente, o amigo Francisco de Carvalho e o Alessandro mostraram por que o judô paulista é o maior e melhor do Brasil. Organização e profissionalismo marcaram o evento. Um toque especial foi a inclusão da classe grand master, mais uma jogada de mestre que valorizou essa classe. Quanto ao Amapá, nessa primeira participação viemos com uma equipe pequena, mas retornaremos em 2014 com força total. Viemos com cinco atletas e conquistamos duas medalhas de bronze. O Amapá está crescendo muito e participar dos principais eventos do judô brasileiro, em vários Estados, é fundamental nesse momento. Incluiremos a Copa São Paulo em nosso calendário, a partir de agora.” ClassifiCação por Clubes Copa são paulo Entidade
Pontos
1º PALMEIRAS/Mogi
151
2º RIO PRETO AUTOMOVEL CLUBE
70
3º ESPORTE CLUBE PINHEIROS
52
4º SESI SP
51
5º ASSOC. BRAS A HEBRAICA DE SP
45
6º ASSOC. MARCOS MERCADANTE DE JUDO
44
7º ASS MOACYR DE JUDO
40
8º SOGIPA - RS
29
9º SAO JOAO TENIS CLUBE
29
10º SESI -SP
29
11º JUDO CLUBE MOGI DAS CRUZES
29
12º ASS DE JUDO VILA SONIA
23
13º GREMIO NAUTICO UNIAO - RS
21
14º ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA GUARUJA
20
15º TENIS CLUBE S JOSE CAMPOS
20
16º ASSOC. DESPORTIVA SAO CAETANO
19
17º ADPM-REG SJC
18
18º ASSOC. BUSHIDO PAIS E AMIGOS
16
19º ASSOC. KIAI KAM
16
20º ADC SANTANA PEDREIRA
15
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O vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô, licenciado da presidência da Federação Paulista de Judô, Francisco de Carvalho Filho, o Chico do Judô, comemorou o sucesso de mais um ano da Copa São Paulo e entende ser este o modelo ideal de estrutura para o evento, não sendo possível crescer mais para não perder qualidade e excelência na organização. “Tivemos um número próximo ao do ano anterior, coisa de 2.600 inscritos. Houve a inclusão do kata e creio que a disputa do máster e do kata aumente e ocupe um espaço cada vez maior na competição, mas acho que não podemos ter muitos atletas mais, para não tornarmos o evento inviável ou termos de aumentar os dias de disputa. Elevar o número de áreas é impossível porque administrar 12 áreas simultaneamente exige enorme complexidade. Realizamos o evento em três dias e não vemos como aumentar mais.” Chico destacou os diferenciais da Copa São Paulo 2013. “Programamos algumas mudanças que melhoraram a organização e deram mais dinâmica à competição. A premiação foi diferenciada, o patrocínio que tivemos foi pequeno, mas contribuiu para a grandiosidade da competição, apresentando algo diferenciado. A Nutry distribuiu barras de cereais para todos os atletas, tivemos a Adidas oferecendo kimonos para serem sorteados, e com estas ações conseguimos expandir nosso mailing com os dados de mais 4 mil novos judocas.” Um fator que pode ter influenciado no número de inscritos foi a realização, no mesmo fim de semana, dos campeonatos sul-americano e pan-americano na Argentina. Em Minas Gerais e no Paraná houve a seletiva para o brasileiro regional. Mesmo com esta coincidência de datas, Francisco de Carvalho entende que o balanço foi positivo. Se não fossem estes eventos a competição teria somado mais de 3 mil atletas tranquilamente, já que tradicionalmente o Paraná e Minas Gerais vêm em peso para a competição. “Houve muitos eventos nesse fim de semana, mas ficamos contentes porque algumas pessoas vieram para nos prestigiar. Gostaria de destacar a presença do Francisco Grosso, que mesmo tento evento no Rio de Janeiro veio prestigiar nossa competição. Fiquei muito feliz com a presença dele em São Paulo.” Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô, mostrou-se satisfeito ao fim do certame. “Foi o melhor e maior evento que a Federação Paulista de Judô realizou até hoje. Desde a organização, passando pela estrutura física, parte técnica, premiação, pontualidade, participação, enfim, saiu tudo dentro do estabelecido. Outra coisa que me deixou bastante feliz foi a oportunidade de homenagear os medalhistas olímpicos que fazem parte da historia do judô de São Paulo, do Brasil e do mundo. A meu ver este foi o suprassumo do evento, foi um sucesso. Espero manter o nível nos próximos anos, já que este é um evento muito complexo. Esta-
mos preparando tudo desde outubro passado, pensando no que iríamos precisar. É uma competição que exige muito espaço técnico, estacionamento para os visitantes, banheiros, enfim tudo é muito grande. Já estamos pensando em 2014 e nossa proposta é surpreender sempre”, destacou Puglia. Joji Kimura, atual coordenador técnico da FPJ, lembrou que, mesmo sendo um evento aberto, a competição é muito acirrada, já que define a seleção paulista que disputará o brasileiro da Região V. “Tivemos o prazer de ver este ano mais atletas de outros Estados e isso nos deixou muito felizes. Porém, internamente o bicho pegou feio, pois usamos a Copa São Paulo como seletiva para o Campeonato Brasileiro da Região V. É por isso que as pessoas que vêm de fora se impressionam com o nível técnico da competição e com a pegada dos nossos judocas em todas as categorias. Esse clima de brasileiro fortalece ainda mais a Copa São Paulo, que na verdade fecha a pré-temporada a cada ano. De qualquer forma, a tendência é termos uma competição cada vez mais aguerrida e competitiva.”
APRENDIZ DE SAMURAI No segundo dia de competição, o grande público dividiu suas atenções entre as lutas e a gravação do filme Aprendiz de Samurai, estrelado por Caio Castro (ator da Rede Globo), que vive o papel do judoca Max Trombini. Entre uma gravação e outra, o ator posava para fotos ao lado das centenas de fãs extasiadas com a presença do astro global, que vibravam a cada queda de seu oponente no filme. Também presente às gravações estava Tato Gabus Mendes. Vários judocas foram convidados para participar da gravação deste que será o primeiro filme de judô nacional, com lançamento previsto para o período de realização do Mundial de Judô que acontecerá entre os dias 26 de agosto a 1 de setembro, no Rio de Janeiro.. Raphael Luís Moura dos Santos Silva, o Juquita, atuou como o uke do personagem central na trama do filme. Falou sobre a nova experiência. “Além da experiência e do contato com um universo totalmente distinto, esta participação me possibilitou conhecer um pouco sobre a complexidade técnica que envolve uma produção cinematográfica, e confesso que gostei muito.” Apesar das dificuldades causadas no andamento da competição, a direção da prova acertou em cheio permitir o uso de um espaço tão importante para competição, já que a modalidade requer mídia e visibilidade. Nesse sentido, a Copa São Paulo e o judô brasileiro só vieram a ganhar.
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Classificação individual Feminino Sub 11
3º Fernanda Costa - Hebraica
Super-ligeiro
3º Luana Costa - Sogipa
1º Juliana Neper - Equilibrium
Meio-leve
2º Laura Malta Bushikan - Dojô
1º Ana C. dos Santos - Hebraica
3º Nicoli Caetano - Judô Clube Mogi
2º Larissa Morales - Assoc. Nery
3º Giovanna Oliveira - Clube Concórdia
3º Layna Alves - Assoc. Moacyr
Ligeiro
3º Luiza Nogueira - Ass. Okinawa
1º Sarah Vieira - Assoc. Mercadante
Leve
2º Natalia Barreto - Assoc. Mercadante
1º Kailany Carlis - Palmeiras/Mogi
3º Ana V. Haraguth - Judô Clube Mogi
2º Gabriella Oliveira - Ass. Moacyr
3º Rafaela Rezende - Equilibrium
3º Kethlyn Farias - Hebraica
Meio-leve
3º Maythe Del Rosso - UNIMES
1º Thauanny Dias - Sogipa
Meio-médio
2º Sarah de Melo - Judô Pissarra
1º Aline Cruz - Hebraica
3 Kaillany Cardoso - ADREARMAS
2º Tatiane Hespanhol - Palmeiras/Mogi
3 Giulia Hatano - Assoc. Registrense
3º Tauane Gonçalves - Hebraica
Leve
3º Camila Ferreira - Assoc. na Faixa
1º Giovana Shimada - Judô Clube Mogi
Médio
2º Julia Delfino - Judô Clube Mogi
1º Gabrielle Gonzaga – Cía. Atlética
3º Renata Fernandes - Ass. Belarmino
2º Catarina Barbara - Palmeiras/Mogi
3º Bianca Barbosa – Sed. Praia Grande
3º Maria E. Diniz - ADPM-Reg. SJC
Meio-médio
3º Yasmin Botelho - ADREARMAS
1º Rubia Romão - Ass. Hortolandense
Meio-pesado
2º Iasmin Pereira - Judô Clube Mogi
1º Eduarda V. Rosa - Grêmio União
3º Ana Laura Franco - Assoc. Matsumi
2º Sarah Lafuen - Judô Pissarra
3º Julia Barbosa - UNIMES
3º Rafaella Souza - Palmeiras/Mogi
Médio
3º Isabela Oliveira - São João T C
1º Suzanny Fernandes - Ass. Guarujá
Pesado
2º Bruna C. Silva - Palmeiras/Mogi
1º Julia Andrade - Assoc. Moacyr
3º Maria L. Oliveira - Judô Clube Mogi
2º Leticia Estewart - Assoc. Pessoa
3º Ana C. Maciel - Associação Mirai
3º Beatriz Ramos - Centro Olímpico
Meio-pesado
3º Vitoria Nascimento - Judô Pissarra
1º Nauana Lopes - Cerejeira Votuporanga
Sub 15
2º Mariana Yonemura - Judô Taboão
Super-ligeiro
3º Leticia Piazza - Centro Olímpico
1º Maria Costa - ADPM-Reg. SJC
3º Yasmin Bertoncini - SEMEL Amparo
2º Kenia Astrom - Hebraica
Pesado
3º Giovanna Monteiro - Palmeiras/Mogi
1º Julia Flores - Hombu Budokan
3º Jasmine Martin - Assoc. Guarujá
2º Julia Rissato - Assoc. Aleixo
Ligeiro
3º Helena Valdeger – S. Praia Grande
1º Jessica Carvalho - São João T C
3º Nicole Gonzatti - Judô Mar - Sul
2º Talila Santana - Judô Pissarra
Super-pesado
3º Luana Santos - General Motors SJC
1º Lívia Dal Poz - Academia Equilíbrio
3º Yohana Santos - Assoc. Trajano
2º Julia Pontes - Assoc. Juquiá - A
Meio-leve
3º Maria Lucato - Calasans Camargo
1º Larissa Pimenta - Equilibrium
3º Maria E. Lourenço - Assoc. Nery
2º Tainá Oliveira - Palmeiras/Mogi
Sub 13
3º Amanda Nayara Costa - Hebraica
Super-ligeiro
3º Giovanna Zillig - Budokan Peruíbe
1º Manuela Lima - C. A. Tremembé
Leve
2º Beatriz Neves - Assoc. Messias
1º Mariana Bueno - Hebraica
Ligeiro
2º Luana do Valle - Assoc. Moacyr
1º Carolina Barusso - Assoc. Nery
3º Jessica Oliveira - Centro Olimpico
2º Vitoria Bagatela - Judô C. Mogi
3º Giseli Anjos - Palmeiras/Mogi
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Meio-médio
3º Lais Helena Miranda - SESI - SP
1º Gabrielly Rodrigues - A. Tucuruvi
3º Julia Vaz Rosa - Grêmio União
2º Franciele Terenzi - Santana Pedreira
Pesado
3º Nathalia Silva - Assoc. Pessoa
1º Beatriz Rodrigues - Palmeiras/Mogi
3º Ryanne Couto - Tênis Clube SJC
2º Agatha Martins - Seduc Praia Grande
Médio
3º Loraine Cristina Dia - Rio Preto AC
1º Sandy Vieira - Assoc. Mercadante
3º Thais Suzuki - Palmeiras/Mogi
2º Isabela Sommer - A. Mercadante
Sub 21
3º Taynara Feitosa - A D Santo André
Super-ligeiro
3º Ana Julia Mariano - Judô Clube Mogi
1º Bruna da Silva - SESI SP
Meio-pesado
2º Lívia Yamashita - Assoc. Vila Sonia
1º Gabriela Costa - ADPM-Reg. SJC
3º Amélia Souza - Lins/Morimoto
2º Luana do Prado - Judô Clube Mogi
3º Isamara Pereira - Rio Preto AC
3º Giovanna V. Fontes - SESI SP
Ligeiro
3º Lavínia Santos - Judô Terazaki
1º Agueda de Arruda - São João T C
Pesado
2º Vitoria Camargo - Mesc São Bernardo
1º Erika Thalita Pereira - Hebraica
3º Luana Barbosa - Tênis Clube SJC
2º Meire Souza - A. Santana Pedreira
3º Nathalia Mercadante - A. Mercadante
3º Viviane Motta - Palmeiras/Mogi
Meio-leve
3º Marina Santucci - Assoc. Germano
1º Rebeka Santos - Fed. Pernambucana
Sub 18
2º Yara Ferreira - São João T C
Super Ligeiro
3º Thais Borges - Tênis Clube SJC
1º Caroline da Costa - Rio Preto A. C.
3º Carolina Batista - SESI - SP
2º Karla Aryana Jonas - Assoc. Nery
Leve
3º Isis Beatriz Vieira - Vargem Grande
1º Gilmara Prudêncio – Praia Grande
Ligeiro
2º Amanda Valério - Santana Pedreira
1º Bruna da Silva - SESI SP
3º Marilia G. Souza – Ass. Bushido
2º Bruna Teixeira - As. Cacocal – Naec.
3º Ellen Rodrigues - Palmeiras/Mogi
3º Rafaela de Toledo - Assoc. Moacyr
Meio-médio
3º Jhennifer Ernandes – Praia Grande
1º Manoella Braga- Sogipa
Meio-leve
2º Laisa Oliveira - Assoc. Kiai Kam
1º Gabriela Clemente - Palmeiras/Mogi
3º Leticia R. Barreto - SESI - SP
2º Carolyne Hernandes - Grêmio União
3º Ennilara Lisboa - Dom Bosco
3º Vitoria Camargo - Mesc São Bernardo
Médio
3º Gabrielle Anjos - Palmeiras/Mogi
1º Tharrere Ap. Reis - Judô Makoto
Leve
2º Beatriz de Oliveira - SESI - SP
1º Paola Marques - A. São Caetano
3º Leticia Laurêncio - AD São Caetano
2º Mariana Minakawa – A Hebraica
3º Mariana Braga - Sogipa
3º Nayara Leandro - SESI SP
Meio-pesado
3º Anne Karoline Alves - São João T C
1º Pamella Pastorello - A. Mercadante
Meio-médio
2º Julia Cristina Bueno - SESI - SP
1º Sabrina Rosseto - Rio Preto AC
3º Tainá Almeida - Mun. de Itupeva
2º Barbara Faria - Tênis Clube SJC
Pesado
3º Daise Maria Locatelli - Paineiras
1º Tainá C. Nery - A. D. São Caetano
3º Giovana Pernoncini - Sogipa
2º Juliette Santos – S. Caraguatatuba
Médio
3º Sibilla Faccholli - A. São Bernardo
1º Karoline Babeirotti - Rogério Sampaio
3º Gabriela Mattioli - Seduc Praia Grande
2º Ennilara Lisboa - Dom Bosco
Sênior
3º Karol Bueno - Assoc. Bushido
Super-ligeiro
3º Bianca Braga - Sogipa
1º Patrícia Marques - APAJ
Meio-pesado
2º Amanda Santos - Palmeiras/Mogi
1º Ello Anny Santos - Assoc. Bastos
3º Ana P. Cunha - ADPM-Reg.SJC
2º Pamella Barbosa - Hombu Budokan
3º Isamara Pereira - Rio Preto AC
126
O Palmeiras/Mogi foi o campeão geral dessa edição
Ligeiro
Meio-médio
1º Agueda C. Arruda - São João TC
1º Rosangela Oliveira - Jean Piaget
2º Catiere Moya - E C Pinheiros
2º Denise Gonçalves - Sion
3º Luana Barbosa - Tênis Clube S JC
Pesado
3º Natalia Melo – Ass. Desp. Itapema
1º Rogéria Conzendey - S. São Sebastião
Meio-leve
2º Fatima Delboni - Assoc. Messias
1º Milena Mendes - Palmeiras/Mogi
3º Cristiana Pallavicini – Niitsuma & Andrade
2º Priscylla Santos - Palmeiras/Mogi 3º Renata Zyman – A Hebraica 3º Roselaine Carmo - Palmeiras/Mogi Leve 1º Tamara Santos - Palmeiras/Mogi 2º Amanda Drezza - Paineiras 3º Fabiana Oliveira - E C Pinheiros 3º Jessica do Amaral - Assoc. Mauá Meio-médio 1º Dione Barbosa - E C Pinheiros 2º Keyla R. Dias - Assoc. Kiai Kam
3º Ednaura Oliveira - SEMEL Francisco Master 2 Meio-médio 1º Kelly C. Cruz - Assoc. Messias
A MKS Adidas premiou judocas que participaram do evento
2º Ivani C. Labres - Grêmio União 3º Laura Meirelles - Calasans Camargo 3º Andrea Moraes - Itapira A. Clube Pesado 1º Romina Noma – C. A. Juventus 2º Caroline Bicudo - Assoc. na Faixa
3º Dayana Neves - Rio Preto AC 3º Isabella Moura - Americana Médio 1º Anne C. Barbosa - E C Pinheiros 2º Tharrere Ap. Reis - Judô Makoto 3º Adriana Leite – Rogério Sampaio 3º Helena Romanelli - A. Kiai Kam Meio-pesado 1º Kelly Silva - Rio Preto AC 2º Samarita Santagnello - Rio Preto AC 3º Fernanda Parmejani - AD Santo André 3º Pámela Ventura - Assoc. Kiai Kam Pesado 1º Riva Coelho - Palmeiras/Mogi 2º Richele Ferreira - Edinho Company 3º Marilia Vieira - AD Santo André 3º Manoela Facho - Assoc. Kiai Kam Master 1 Meio-leve 1º Rosanne Aguiar - Rio Preto AC Meio-médio 1º Munique Camargo - Calasans Camargo 2º Vanessa C. Billard - Assoc. Kyoei 3º Lucia Araujo - Assoc. Moacyr Pesado 1º Kelly C. Silva - Rio Preto A. C. 2º Tabata Bonfante - Assoc. Aleixo 3º Silmara Vedoveli - Ateneu Mansor 3º Angélica da Silva - São João T C Master 3 Meio-leve 1º Nadia Hissako - Assoc. Vila Sonia 2º Edneia Carvalho - Judô Taboão
Parte da arbitragem que atuou na Copa São Paulo 2013
127
Classificação individual Masculino Sub 11
3º Guilherme Biscalchin - A. Bushido
Super-ligeiro
3º Gabriel Shimada - Palmeiras/Mogi
1º Júlio Correia - Assoc. Mercadante
Ligeiro
2º João Vitor da Luz - Sogipa
1º Nicolas Dias - Assoc. Guarujá
3 Rafael Chibana - S C Corinthians
2º Gian Sousa - Hebraica
3 Murilo Bernardeli - Assoc. Trajano
3º Lucas L. Ramos - C. Tremembé
Ligeiro
3º Jhonatas Marques - A. Amaro
1º João Spreafico - Assoc. Bastos
Meio-leve
2º Samuel Machado - Rio Preto A. C.
1º Ithalo Preza - Assoc. Guarujá
3º Danilo Gonçalves - Palmeiras/Mogi
2º Gustavo Brait - São João T C
3º João Pedro Greco - São João T C
3º Vinicius Santos - Judô Clube Mogi
Meio-leve
3º Cristopher Moreira - Judô Nippon
1º Vitor Santos - U. Esp. e Cul. Mir
Leve
2º Lucas Nardin – Santana Pedreira
1º João Vitor Souza - UNIMES
3º Felipe Rezende - Clube Rodoviário
2º Vinicius Agiessi - Assoc. Trajano
3º Marcos Kajiyama - Assoc. Bastos
3º Marcio Andreoleti - Rio Preto AC
Leve
3º Igor Machado - Sogipa
1º Juliano Vontobel - Sogipa
Meio-médio
2º Victor Sambatti - Palmeiras/Mogi
1º Luis Rodrigues Neto - Kiai Ass.
3º Rhian Santos - Judô Pissarra
2º João V. Souza - Judô Terazaki
3º Matheus Davi - Assoc. Ippon
3º Marcelo Prates - Liga Litoral
Meio-médio
3º Lucas I. Aramaki - Judô Ação
1º Gabriel Bondezan - Palmeiras/Mogi
Médio
2º João Vitor Oliveira - Assoc. Tucuruvi
1º Marcos Soares - SESI SP
3º Pedro Peichim - Assoc. Belarmino
2º Guilherme Borges - A. Trajano
3º Gustavo Fabricio - Palmeiras/Mogi
3º João Tavares - Assoc. Bushido
Médio
3º Isaque Silva - Judô Clube Mogi
1º Vinnicius Roveroni - A. Mercadante
Meio-pesado
2º Victor Esquibel - Pirituba F C
1º Vinicius Silva - Hebraica
3º Gabriel dos Santos - Assoc. Bastos
2º Natã Oliveira - Assoc. Trajano
3º João Carlos Barizon - Assoc. Itapira
3º Guilherme Nobilo - A. Vila Sonia
Meio-pesado
3º Victor Nascimento - A. Colossus
1º Felipe Donatti - Assoc. Itapira
Pesado
2º Luigi Bellucci - Judô Terazaki
1º Luis Vieira - Dom Macário Schmitt
3º Pedro Michilini - Clube Concórdia
2º Rogério Neto - Hombu Budokan
3º Vinicius Marcony - Judô Ação
3º Gabriel Tomazini - Assoc. Bushido
Pesado
3º Matheus Campos - Lins/Morimoto
1º Iago Do Valle - Pirituba F C
Sub 15
2º Brenno Hilario - Assoc. Bushido
Super-ligeiro
3º Arthur Gonçalves - Assoc. Moacyr
1º Diogo Rocha - Assoc. Yamazaki
3º Henrique Do Vale - Assoc. Bastos
2º Anthony Kashima - Lins/Morimoto
Super-pesado
3º Felipe Geronimo – A. Divinolândia
1º Rafael dos Santos - Sogipa
3º Gabriel Hernades - Grêmio União
2º Lucas Florêncio - A. Registrense
Ligeiro
3º João Camargo - Assoc. Juquiá - A
1º João P. Correia - A. Mercadante
3º Guilherme Nietto - Clube Concórdia
2º Renan Tsutsumi - Circulo Militar
Extra Pesado
3º Ronald Santos - Assoc. Pessoa
1º Marco Henrique - Palmeiras/Mogi
3 Tiago Passos - Assoc. Guarujá
2º Everton dos Santos - Assoc. Itapira
Meio-leve
3º Yuri Costa - Sind. São Sebastião
1º Gabriel Ap. Dias - E C Pinheiros
3º Raphael Teixeira – C. Votuporanga
2º Sergio Escudeiro - Assoc. Guarujá
Sub 13
3º Leonardo Watanabe – Venceslauense
Super-ligeiro
3º Leonardo de Macedo - São João T C
1º Robert Hitler - Assoc. Moacyr
Leve
2º Luiz Oliveira - Judô Clube Mogi
1º Felipe Carvalho - Assoc. Tucuruvi
128
2º Leonan Gomes - Rio Preto A. C.
1º Euler Gonçalves - SESI - SP
3º Guilherme Fernandes - Tênis C SJC
2º Luiz Santos - Centro Olímpico
3º Willian de Sousa - Palmeiras/Mogi
3º Glauber Silva - Assoc. na Faixa
Meio-médio
3º Caíque Bento - São João T C
1º Michael Marcelino - Tênis Clube SJC
Pesado
2º Lucca Malaquini - Assoc. Mercadante
1º João Vitor Castro - SESI - SP
3º Matheus Barbosa - A. Mercadante
2º João M. Cesarino - Palmeiras/Mogi
3º Renan Torres - Palmeiras/Mogi
3º Raul Almeida - A. D. São Caetano
Médio
3º Arthur Santana - SESI - SP
1º Madson Gonçalves - Hebraica
Sub 21
2º Caio Sommer – Associaç. Mercadante
Super Ligeiro
3º Caio A. de Cillo - Assoc. Hinode
1º Diego A. Rocha - SESI - SP
3º Francisco Álvares - Rogério Sampaio
2º Gabriel Moreira - Palmeiras/Mogi
Meio-pesado
3º Luiz C. de Lima Jr - Tênis Clube SJC
1º Jéferson Santos - ADPM-Reg. SJC
3º Carlos Oliveira - ADC Santana Pedreira
2º Gabriel Palone Silva - Palmeiras/Mogi
Ligeiro
3º Ricardo de Oliveira - Assoc. Moacyr
1º Vitor Hugo Delgado - Palmeiras/Mogi
3º Victor Fernandes – A. Santana Pedreira
2º Gustavo Quadros - Grêmio União
Pesado
3º Matheus Uchoa - SESI - SP
1º Igor Morishigue - Palmeiras/Mogi
3º Renan Puglia - Mesc São Bernardo
2º Leonardo Lopes - Clube Concórdia
Meio-leve
3º Lucas A. Lima - Budokan Peruíbe
1º Lucas Nascimento - SESI - SP
3º Pablo Tessarolo - Associação Yamate
2º Yago Santos - A D Santo André
Sub 18
3º Guilherme Minakawa – Hebraica
Super Ligeiro
3º Bruno Martins - SESI - SP
1º Douglas Sena - Assoc. Araçatuba
Leve
2º Marcos A. Batista Jr. - SESI - SP
1º Willian Pereira - Paineiras
3º Mike Pinheiro - São João T C
2º Lucas Monticelli - Ass. na Faixa
3º Bruno Watanabe - São João T C
3º Dirceu Locatelli - Palmeiras/Mogi
Ligeiro
3º Igor Galvão - Assoc.Kiai Kam
1º Rodrigo Makiyama - A. Vila Sonia
Meio-médio
2º Guilherme Nascimento - SESI - SP
1º Anderon Primo - Assoc. Bushido
3º Eric A. Gonçalves - E C Pinheiros
2º Ricardo Serrão - SESI - SP
3º Eduardo Nicolas Krug - Sogipa
3º Jose Moraes - A D São Caetano
Meio-leve
3º Paulo de Araujo - SESI - SP
3º Carlos Silvestre - SEMEL Francisco
Médio
1º Caio Andreoli - E C Pinheiros
Médio
Ligeiro
1º Raphael Magalhães - AD São Caetano
2º Caio H. Santos - Assoc. Bushido
1º Lucas Canalle - Ateneu Mansor
1º Allan Eiji Kuwabara - E C Pinheiros
2º Rubens Inocente - Palmeiras/Mogi
3º Bruno Viana - Assoc. Registrense
2º Caio Perondi - SESI - SP
2º Phelipe André Pelin - E C Pinheiros
3º Vinicius Nunes - E C Pinheiros
3º Luis Felipe Zanini - Grêmio União
3º Caio Ferreira - Grêmio Barueri
3º Cristian Cesário - Assoc. Moacyr
3º Maykon Souza - Budokan Peruíbe
Leve
3 Lucas Samir Duran - Corpo Arte
3º Bruno Nascimento - Rogério Sampaio
Meio-pesado
1º Michel Baptista - Palmeiras/Mogi
Meio-pesado
Meio-leve
1º Rogério Valeriano - Associação Mauá
2º Hiago Del Rosso - SESI - SP
1º Pedro Marques – F. Araraquara
1º Lincoln M. Moreira - Palmeiras/Mogi
2º Jonas Facho - Mesc São Bernardo
3º Bruno Loverdos - Paineiras
2º Francisco Lima - SESI - SP
2º Renan Pereira - Rio Preto AC
3º Luis de Farias - Tênis Clube S. J. C
3º Maxwell W. Silva - SESI - SP
3º Kaio Gomes - AD Ateneu Mansor
3º Adriano Lima - Osasco/Yanaguimori
3º Atila Arrivabene - Palmeiras/Mogi
Meio-médio
3º Gustavo Vitorino - Hortolandense
3º Fernando da Silva - Palmeiras/Mogi
Pesado
1º Giuliano Machado Jr. - SESI - SP
Pesado
Leve
1º Leandro Gonçalves - Rogério Sampaio
2º Luis E. Ozeias - Palmeiras/Mogi
1º Luis Nunes – Pindamonhangaba
1º Adriano Santos - E C Pinheiros
2º Josué Bragança Jr. - Assoc. Moacyr
3º Lucas Lima - A. Santa Bárbara
2º Leandro Morais - Ass. Kiai Kam
2º Emanoel Ferreira - E C Pinheiros
3º Marcel Pavanello - Assoc. Piracicaba
3º Felipe Machado - Grêmio União
3º Rômulo Ferraz - São Paulo F. C.
3º Willian Roberto Pereira - Paineiras
3º Daniel Plácido - SESI–SP
Médio
3º Cleber Machado – A. Reg. SJC
3º Eduardo Katsuhiro - A D São Caetano
Master 1
1º Henrique Francini - E C Pinheiros
Sênior
Meio-médio
Ligeiro
2º Victor Luiz Correia - SESI - SP
Super-ligeiro
1º Diogo H. Coutinho - Palmeiras/Mogi
1º Rodrigo Gonçalves - Rio Preto AC
3º Iuri Priolo Rocha - SESI - SP
1º Luiz Lima Jr - Tênis Clube S. J. C
2º Leandro Ferrante - A D Ateneu Mansor
2º Cristian Cesário - Assoc. Moacyr
3º Pedro Nomura - Rio Preto A C
2º Rodrigo Jacintho - Assoc. Aleixo
3º Murilo Trevizan - Edinho Company
3º Sidnei Lima - Ass. Alfredo Contatto
Meio-pesado
3º Carlos Oliveira – A. Santana Pedreira
3º Rubens Martins Jr- A. G. C. M. de R.C
3º Francisnei Sperandio - Ass. Waza
Mais uma vez Fatima Delboni de Camargo marcou presença no pódio, e para atingir este objetivo contou com o apoio da Dragão Kimonos, Studio Garbo, Localfrio, Ebikestore, Grupo GIAP, Energy Sports, Laborgras, Mar a Vista, Ethosclin, Esfiha Árabe Premium e Restaurante Família Dinóca.
129
Meio-leve
3º Hideraldo Spinelli - SEMEL Amparo
3º Marcos R. Pinto - Judô Pissarra
1º Filipe Terada - Assoc. Vila Sonia
Pesado
Meio-pesado
2º Alexandre Martins – Bebedourense
1º Leonardo A. Arashiro - Arashiro
1º Acácio Lorenção - Grêmio Barueri
3º Marcus H. Bastazini - Sayão F. C.
2º Victor Pastrello - Assoc. Kenshin
2º Marcos Benador - Assoc. Moacyr
Leve
3º Douglas V. da Silva - AABB
3º Marco Pereira - Judô Clube Mogi
1º Rodrigo Braiani - Assoc.Kenshin
3º Junior Ribeiro - Budokan Peruíbe
3º Sergio Coltre - SEMEL Amparo
2º Danilo Pietrucci - Ass. Divinolândia
Master 3
Pesado
3º Tiago Watanabe - Assoc. Vila Sonia
Ligeiro
1º Marcelo Zanetti - Academia Heisei
3º Jacques Halter - Calasans Camargo
1º Alexandre Nogueira - Ass. Kenshin
2º Arnaldo Burian - Palmeiras/Mogi
Meio-médio
Meio-leve
3º Wilson Shinoda - Ribeirão Pires FC
1º Julio Jacopi - Mesc São Bernardo
1º Leandro Borges - Calasans Camargo
3º João C. Felipe - SEMEL Amparo
2º Daniel Telles – Assoc. Hinode
2º Edson Assakawa - Assoc. Vila Sonia
Master 5
3º Everton Ambrosio - Pirituba F C
3º Fabio D. Lenci - S C Corinthians
Meio-leve
3º Tiago A. Leite - Grêmio Barretos
3º Rogerio de Moraes - Jean Piaget
1º Julio Kawakami - Palmeiras/Mogi
Médio
Leve
2º Magdiel Granado – Acad. Personal
1º Robson Foriato - SEMEL Francisco
1º Cesar Oliveira - Assoc. Yamazaki
Meio-médio
2º Jose A. Barbosa - Clube Concórdia
2º Rodrigo Motta - Assoc. Alto da Lapa
1º Mauricio Neder – Curitiba/PR
3º Ricardo Moreira - Assoc. Unijudô
3º Jose Gonçalves - Judô Pissarra
2º Nelson Grandini - Palmeiras/Mogi
3º Willian Lima - Assoc. Catanduvense
3º Roberto Teixeira - Assoc. na Faixa
3º Celso Kimura - Colégio Cermac
Meio-pesado
Meio-médio
3º Wagner Vettorazi – General Motors
1º Ricardo Hossepian - Palmeiras/Mogi
1º Denison Soldani - ADREARMAS
Pesado
2º Rafael Facanali - Assoc. Shiroma
2º Wadson Pinheiro - Butantã Budokan
1º João de Souza - Assoc. Moacyr
3º Romiro S. Ribeiro - São Paulo F. C.
3º Willian Arruda - Assoc. Kanayama
2º Dinei Coutinho - Assoc. Pessoa
3º Leandro Said - Judô Clube Mogi
3º Alessandro Oliveira - Palmeiras/Mogi
3º Francisco Andrade - Osvaldo Cruz
Pesado
Médio
3º Erasmo Luis Firmino - Ass. Tigre
1º Gustavo Rodrigues - Rio Preto A. C.
1º Vagner V. Pereira - C. E. Penha
Master 6
2º Fabio Oliveira - Floresta A. C.
2º Marcelo A. Correia - Judô Makoto
Meio-leve
3º Marcio T. Suzuki - A. Santa Isabel
3º Douglas Duarte - Assoc. Fernandes
1º Sumio Tsujimoto - E C Pinheiros
3º Alexandre de Carvalho - A. Itapira
3º Carlos A. Koloszuk - Assoc. Hinode
Meio-médio
Master 2
Meio-pesado
1º Nelson Onmura – Taboão da Serra
Ligeiro
1º Mario R. de Marchi - Assoc. Mito
2º Paulo Ferreira - Palmeiras/Mogi
1º Rubens Costa - SEMEL Amparo
2º Uatila Ferreira - Sin. São Sebastião
3º Fernando Ferreira - Alto da Lapa
2º Ronaldo Ribeiro - Assoc. Mauá
3º Sergio Lex - Assoc. Alto da Lapa
3º Artemio Caetano Filho - SESI-SP
3º Éderson Ramos – Praia Grande
3º Lairton C. Mansor - Rio Preto AC
Pesado
Meio-leve
Pesado
1º Samuel Bastos - Budokan Peruíbe
1º Lucas Oliveira - Palmeiras/Mogi
1º Elton Fiebig - Rio Preto AC
2º Niverci Ferreira - Palmeiras/Mogi
2º Roberto Tanahara - Vila Carrão
2º Joannis Panayotis - Ass. Moacyr
Master 7
3º Alvaro Borges – Calas. Camargo
3º Antonio Tenório - Rio Preto AC
Meio-médio
3º Bruno da Silva - Assoc. Yamate
3º Leo Mansor - A D Ateneu Mansor
1º Irahy Tedesco - Assoc. Borges
Leve
Master 4
2º Jose da Silva – Niitsuma & Andrade
1º Milton Marques - Rio Preto AC
Meio-leve
3º Kiichi Watanabe - Ass. Indaiatubana
2º Marcio Moraes - Grêmio União
1º Mitsuo Tengan - S C Corinthians
Pesado
3º Ronaldo Andrade - SC Corinthians
2º Dalton da Silva Assoc. Kiai Kam
1º Manoel Almeida - Judô Terazaki
3º Raimundo Paes - Ass. Paraense
3º Sergio Noda - Judô Clube Mogi
2º Luís de Araújo - Assoc. Messias
Meio-médio
Leve
3º Giorgio E. Buoro - Assoc. Moacyr
1º Stefanio Stafuzza - Rio Preto AC
1º Paulo Castelanos - Assoc. Hinode
2º Alex Sandro Russo - Harmonia
2º Vagner Sandes - Assoc. Hinode
3º Jairo Andrade – Niitsuma & Andrade
3º Osmar Alves - A D Santo André
3º Sebastião Nonato - AEP- Nissi
3º Eduardo Vicente - Palmeiras/Mogi
Médio
Meio-médio
1º Fabio Spinoza - Primeiro de Maio
1º Marco A. Trinca - Palmeiras/Mogi
2º Ícaro A. Menezes - A. Gambatê
2º Georgton Pacheco - SESC Palmas
3º Peterson de Mello - Americana
3º Edgar Yoshioka – Assoc. Hinode
3º Saulo Ferreira - Sam Judô Clube
3º Antonio Viana – Acad. Integrada
Meio-pesado
Médio
1º Wilson Caldeira - Assoc. Araçatuba
1º Ediwaldo Fazzolari - Assoc. Mito
2º Cleiton Chrisoste - Ribeirão Pires
2º Candido Assis - Assoc. Yamazaki
3º Francisco T. Tiba - Acre Clube
3º Giocondo Trinca - Judô Kimura
Pará Premia melhores de 2012
Por Antônio Cícero
A Federação Paraense de Judô premiou os melhores de 2012 em todo o Estado, e o destaque especial foi Lorrany Pastana, 31 kg, da academia Veleiro, campeã pan-americana da categoria sub 13. Belém (PA) - A Federação Paraense de Judô (FPAJU) realizou a cerimônia de premiação dos melhores atletas da temporada 2012 no dia 15 de março, no auditório do IFPA. Vários jornalistas, desportistas, dirigentes e convidados participaram do evento. Seis categorias foram premiadas no feminino e no masculino. A FPAJU contemplou também os destaques do interior e do desporto paralímpico, melhor treinador, melhor árbitro, melhor associação e árbitro revelação. Para Eduardo Pinho, presidente da Federação Paraense de Judô, a temporada passada foi muito especial. “O ano de 2012 foi especial para o judô paraense, pois conseguimos mandar atletas para todos os campeonatos brasileiros e algumas competições internacionais. Conquistamos medalhas importantes e realizamos o Campeonato Brasileiro da Região I, que reuniu 600 atletas da Região Norte. Estamos conseguindo promover a cada ano maior intercâmbio técnico e quem ganha com isso são os nossos atletas”, disse o dirigente. Uma das grandes estrelas da noite foi a jovem Lorrany Brito Pastana, destaque na categoria sub 13 feminino, levando ainda a premiação de destaque geral de 2012 por ter conquistado o ouro no pan-americano, reali-
zado no México. O principal destaque do interior do Estado foi Mayara de Oliveira da Silva, da academia Rio Caeté. Por outro lado, Thiego Marques da Silva, da academia Girão, conquistou o prêmio de destaque paralímpico. O melhor treinador da temporada 2012 foi Alam dos Reis Saraiva, do IFPA. Já o IFPA, que tem como técnicos os senseis Alam Saraiva e Rosângela Ribeiro, foi eleito como a melhor associação do Estado. A judoca Rosângela Ribeiro, 63 kg, do IFPA, foi outro destaque da noite, faturando duas premiações: uma como destaque da categoria sênior e outra no máster F1. Outro destaque da categoria máster foi Alam Saraiva, também da IFPA. Rosângela Ribeiro comemorou a premiação em duas categorias. “Fiquei feliz por ter sido destaque em duas classes diferentes - sênior e máster. Para mim isso representa o resultado de um ano produtivo e especial, que foi coroado com a conquista da medalha de bronze no Troféu Brasil.” Na arbitragem, Oscar Bary Duarte Caranza ganhou com árbitro destaque. Já a revelação foi Tatiany Vanessa Nunes Leão. Na cerimônia, a FPAJU aproveitou para reconhecer o apoio dos veículos de comunicação que sempre divulgam a modalidade, como os jornais Amazônia e O Liberal, TV Record e TV RBA, além de Francileno Lima Mendes, homenageado como amigo do judô, e Manoel Alves, repórter do Diário do Pará. Para Alam Saraiva as premiações ratificam a força de sua equipe. “Estas premia-
Rosângela Ribeiro exibe premiação
ções representam o reconhecimento do excelente trabalho realizado durante toda a temporada. Conquistamos a maioria dos prêmios, e com mais este resultado expressivo nossa equipe mantém a escrita que vem desde 2007 e torna-se pentacampeã estadual no masculino e no feminino, do sub 13 ao máster.”
Melhores do Ano Categoria Sub 13
Lorrany Brito Pastana (feminino) Rodrigo Liebold (masculino)
Categoria Sub 15
Loise Maxiene Santos dos Santos (feminino) Ageu David Del Castillo (masculino)
Categoria Sub 17
Kamille Carla Trindade Dias (feminino) João Marcos Brandão Lourinho (masculino)
Categoria Sub 20
Adriana Cardoso Angelim (feminino) Luiz Augusto da Silva Nogueira Filho (masculino)
Categoria Sênior
Rosângela Maria Soares Ribeiro (feminino) Milton Rafael Ribeiro de Miranda (masculino)
Categoria Máster
Rosângela Maria Soares Ribeiro (feminino) Alam dos Reis Saraiva (masculino)
Alam Saraiva posa com os troféus conquistados por sua equipe
Lorrany Pastana recebendo premiação
131
Mato Grosso, o maior celeiro de campeões do
KARATÊ-DÔ TRADICIONAL
Fotos FKTMT/JHS
Em 2003 realizou-se mais um grande evento em Cuiabá, o Brasileirão Adulto, Júnior e Juvenil. Foram dias de disputas acirradas, grandes apresentações, e uma grande estrutura para ficar na memória de todos como um dos melhores eventos nacionais já realizados até hoje. Foi também a despedida da dupla Rodrigo e Vilda, que fecharam com chave de ouro uma parceria de muitos anos de vitórias e glórias. Outro grande destaque foi o título de campeão no fuku-go masculino conquistado por Vladimir Zanca, que venceu em casa mostrando toda sua garra na luta contra Roberto Pestana (RJ). No mundial realizado em 2004, em Davos (Suíça), houve outro grande momento de emoção para o Brasil e para Mato Gros- Seleção mato-grossense - 21 vezes consecutivas campeã brasileira júnior/juvenil e 16 so. Mais uma grande conquista, quando, vezes campeã brasileira adulto após dois vice-campeonatos, um em 1996 e outro em 2000, no kumitê equipe masculino, o Brasil conquistou o título de campeão mundial de kumitê equipe, ao vencer na final a forte equipe da Itália, com uma equipe formada por Vladimir Zanca, Ricardo Buzzi, Vinícius Santanna e Clóvis Ravagnani. Foi histórico e emocionante. Em 2006 veio outro grande título para Zanca, para Mato Grosso e para o Brasil. No mundial realizado em Saskatoon, no Canadá, com a fama do karatê brasileiro, dois países desistiram de disputar o kumitê equipe, restando apenas nas eliminatórias a equipe da Alemanha. E o Brasil passou fácil. Na final repetiu-se o Brasil x Itália de 2004, e na na prorrogação desempatou com waza-ari de Ronaldier Rodrigues. Além dele a equipe contava com Vladimir Zanca, Ricardo Buzzi e Vinícius Santana. Era o bicampeonato de uma equipe que firmava o kumitê do Brasil como um dos melhores do mundo. Pódio Mundial Itália/2010 - kata individual feminino – Adairce (bra) 3º lugar
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Pódio Mundial Brasil/96 - en-bu misto - Rodrigo e Vilda (bra) 2º lugar
Em 2009 um feito até então inédito para o karatê-dô tradicional de MT se repetiria por mais duas vezes em anos posteriores. O título de campeão brasileiro de kumitê equipe masculino veio com a time renovado formado por Thiago Lima, Vinícius Moreno, Gilberto Sales e Rony Maik. No ano seguinte Mato Grosso defendeu o título, sendo bicampeão vencendo o Paraná, só que no lugar de Rony Maik entrou Kleyber Moreno. Em 2011 Mato Grosso ficou com o bronze e, em 2012, Marcos Henrique de Amorim entrou para a equipe e MT voltou a conquistar o título, sagrando-se tricampeão brasileiro de kumitê equipe, Ainda em 2009, Cuiabá sediou mais um grande evento, desta vez de cunho internacional, que reuniu o 15º Campeonato Pan-Americano de Karatê-Dô Tradicional e o 2º Torneio Internacional Interclubes nas categorias júnior, juvenil, adulto, servindo de modelo para a implantação dessas categorias de base nos mundiais. Este evento foi considerado o melhor campeonato pan-americano realizado até hoje, sendo organizado somente em quatro meses, após a desistência da Argentina, que seria o país sede, mas não pôde realizá-lo. Mato Grosso, sob o comando do sensei José Humberto, conseguiu realizar este evento continental com êxito, tendo apoio do governo do Estado de Mato Grosso e da Assembleia Legislativa, além de vários segmentos da sociedade cuiabana e mato-grossense. Na seleção brasileira houve a estreia do sensei Nelson Santi, como técnico, que comandou a seleção de forma primorosa, atingindo o melhor índice técnico em pan-americanos até hoje. O Brasil conquistou 90% das categorias que disputou. Um recorde. Entre as categorias disputadas pelos mato-grossenses, destaque para o título inédito de Rodrigo Lúcio de Souza, campeão de kata individual masculino. Até então nenhum brasileiro havia conquistado
Pódio Mundial Brasil/2010 – kumitê equipe masculino – Thiago, Vinícius, Buzzi e Vina (bra) – campeões
Delegação De Mt – Brasileirão São Paulo/SP – 1992
esse título no tradicional, Vladimir Zanca ficou em 3º no kata e no fuku-go. Houve também o já mencionado título de fuku-go masculino de Thiago de Lima Antônio. Adairce Castanhetti manteve a hegemonia no kata individual e venceu novamente, além de kata equipe feminino com Arlene Benedita e Caroline Laura. A dupla de en-bu misto Rodrigo e Caroline Laura obteve mais uma vitória expressiva, enquanto os estreantes Bruno Siqueira e Wender Amarante garantiram o ouro no en-bu masculino. Rodrigo e Thiago ainda venceram no kata por equipe masculino em parceira com Jardson (AC). Tivemos ainda o título de campeão pan-americano de kumitê equipe com Vinícius Moreno, acompanhado por Ricardo Buzzi, Alexsandro Jobson e Helton Aragão. O ano de 2010 também foi marcado pela conquista do título de campeão de kumitê individual da série A do Brasileiro em Goiânia (GO), quando Vladimir Zanca retornou ao lugar mais alto do pódio na modalidade, após a conquista de 1996.
Em 2010 foram realizados no Brasil, mais precisamente em Curitiba, o 16º Campeonato Mundial e o 3º Torneio Internacional Interclubes. Foi considerado um dos melhores mundiais realizados até hoje, pela organização, participação, estrutura e até transmissão ao vivo em canal de TV por assinatura. Este evento pôde contar com a expressiva presença da seleção brasileira, que em 2008 não havia participado com uma delegação muito forte por falta de patrocínio (somente oito atletas brasileiros foram ao mundial realizado na Lituânia). Zanca ficou em 4º no Kata Equipe Masculino com Buzzi e Vinicius Santana. No Brasil foi diferente, e a equipe verde e amarela foi a maior de todos os tempos. Com o retorno do sensei Watanabe ao comando da seleção brasileira e de Nelson Santi, agora como coordenador geral de seleções, os brasileiros puderam juntar forças para formar uma equipe vencedora. E com isso o Brasil obteve um resultado extremamente satisfatório e vários títulos vieram. Após uma eliminatória tensa no
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Seleção Brasileira 1998 – Varsóvia/Polônia
kumitê equipe masculino, contra Portugal e depois contra a rival Polônia, que sempre reencontra o Brasil nas semifinais, a seleção brasileira chegou mais uma vez à final, quando enfrentou a Itália. E graças a um wazari e um hansoku, na luta de Ricardo Buzzi contra Baccilega, o Brasil conquistou o tricampeonato mundial no kumitê equipe. Esse time foi formado pelos dois mato-grossenses Thiago de Lima Antônio e Vinícius José Moreno Silva, além dos paranaenses Ricardo Buzzi e Vinicius Santana. Além deste título importantíssimo, o Brasil ficou com o bronze no fuku-go masculino, com Rodrigo Lúcio de Souza, que ainda faturou o bronze no en-bu misto com Adairce Castanhetti. Além desta medalha, Adairce ficou com bronze no kata equipe com Lélia Batista e Giordana de Souza. O último pan-americano, realizado no Chile em 2011, foi a consagração de vários atletas e alguns deles da nova geração. Adairce Castanhetti foi octacampeã pan-americana, vencendo mais uma vez no kata individual e no kata equipe, ao lado de Arlene Amarante e Wildlayne Amarante que também despontou como grande destaque no kata individual. Vladimir Zanca ficou com o bronze no fuku-go masculino. Vinícius Moreno foi o grande campeão de kumitê individual masculino e o grande destaque de Mato Grosso na competição
continental, ao lado de Adairce, pois venceu uma difícil semifinal com o experiente brasileiro Jayme Sandall, que lhe garantiu uma final bem mais tranquila. Em 2011 houve o campeonato brasileiro em Joinville (SC), no qual o atleta Rodrigo Souza foi campeão em cinco categorias: fuku-go masculino, kata individual, en-bu masculino, en-bu misto, kata equipe e mais um bronze no kumitê equipe. Nesse mesmo ano ele foi convocado para disputar a Copa do Mundo (World Cup) em Gdynia, na Polônia, e ficou em 5º lugar na classificação geral. Já no brasileirão realizado em 2012, em Fortaleza (CE), Mato Grosso pôde reafirmar seu favoritismo em todas as cate-
Delegação Do Chile – Vice-Campeã Do Torneio Amistoso Internacional Cuiabá/Brasil 2012
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gorias, desde o infantil até o adulto. O time mato-grossense sagrou-se campeão geral pela 21ª vez no infanto-juvenil e pela 16ª vez no adulto. Nesse mesmo ano houve o 16º Campeonato Mundial e o grande destaque brasileiro ficou por conta da categoria juvenil (16-17 anos). Estreando no evento, dois mato-grossenses e um paranaense trouxeram os títulos de campões mundiais para o Brasil. Luckas Silvéster (MT) conquistou três medalhas de ouro num só evento, feito inédito para o Brasil. Luckas foi campeão no fuku-go masculino, en-bu masculino e kata equipe, igualando-se em quantidade de títulos ao seu conterrâneo Vladimir Zanca. Outro grande destaque mato-grossense na Polônia foi Jesse Parente, que arrebatou dois ouros, sendo um no kata equipe e outro no en-bu masculino. Lucas Erbano, do Paraná, conquistou um ouro no kata equipe e um bronze no en-bu misto. Vários atletas mato-grossenses marcaram presença no pódio na Polônia, entre eles Vinícius Moreno, prata no kumitê equipe após disputar final eletrizante com um atleta polonês. As estreantes que marcaram presença no pódio do kata equipe feminino e ficaram com o bronze são Wildlayne Amarante, Nayara Amarante e Lauriany Karine, que mostraram a força da nova geração. Adairce
Castanhetti ficou com o 4º lugar no kata individual feminino. Rodrigo e Wender ficaram em 4º no en-bu masculino, e disputaram ainda o kata equipe masculino, com Thiago Lima, ficando em 5º lugar.
Estadual e Torneio Amistoso Internacional Tradicionalmente, dezembro é marcado por dois grandes eventos no calendário mato-grossense do karatê-dô tradicional. Podemos dizer nos níveis regional, nacional e internacional. O Campeonato Estadual (que está em sua 23ª edição) reúne atletas de todo o Estado e o Torneio Amistoso Internacional cresce a cada ano, estando aberto à participação de atletas filiados à CBKT e à ITKF de todo o Brasil e do mundo. Trata-se de uma disputa em que todos os participantes recebem premiação, como um festival. As chaves do internacional são montadas de acordo com o número de participantes, por isso é solicitado que todas as equipes enviem com antecedência a relação detalhada de atletas. Sendo assim, a organização pode sempre montar chaves de acordo com a graduação e premiações de até no máximo seis colocações, individuais e por equipe. Temos as mesmas modalidades individuais dos eventos oficiais: kata, kumite e, quando houver demanda, fuku-go e kata por equipe, kumite equipe e en-bu. Em 2012 tivemos a participação maciça da delegação do Chile, comandada pela sensei Verônica Mora. O sensei Richard, da Venezuela, participou do curso de arbitragem e atuou no evento, assim como seus alunos. No caso da seletiva nacional, são escolhidos os campeões do estadual para disputar as categorias propostas no internacional. Caso venham atletas de outros Estados, como já aconteceu em edições anteriores, com a participação de Goiás e São Paulo, entre outros, há uma eliminatória nacional antes da final internacional com os convidados de outros países, fazendo justiça àqueles que vieram de tão longe para prestigiar o evento. São oferecidos ainda passeios turísticos aos participantes do evento (visitantes do exterior ou que não são de MT) para que possam conhecer as belezas naturais do Estado. Em 2013 a FKTMT pretende organizar um evento ainda maior, com a presença de mais países. Lembramos que a participação é aberta a todas as asso-
Delegação De Mt Com Sensei José Humberto A Frente – Brasileiro Júnior/Juvenil – Cuiabá/MT – 1995
Seleção Brasileira 2004 – Davos/Suíça
ciações filiadas à CBKT e à ITKF, sendo mais uma grande opção de evento dentro do calendário do karatê-dô tradicional de fim de ano.
Próximos desafios Para a próxima temporada está sendo focada a preparação para o brasileirão 2013, que se realizará no Rio Grande do Sul em setembro, e para o pan-americano que haverá na Argentina em novembro. Hoje Mato Grosso conta com uma equipe vencedora, que mantém um projeto definido em nível de esporte de rendimento. Tudo isso fundamentado numa base sólida que vem sendo construída há mais de duas décadas pelo sensei José Humberto e sua equipe. Anualmente eles
conseguem formar atletas de ponta para grandes disputas nacionais e internacionais, mantendo sempre o time pronto e em condições de disputa, o que é mais importante e difícil. Para o sensei Rodrigo Lúcio, diretor de arbitragem da FKTMT, o principal é manter a chama acesa. “O mais importante em uma arte marcial, e em especial no karatê, é lembrar e vivenciar os princípios ensinados pelo mestre Funakoshi, e manter sempre a chama acesa. Não podemos deixar apagar a chama que nos impulsiona a seguir adiante, mesmo que às vezes tenhamos de deixá-la em fogo baixo. Seja ela um pequeno fagulho ou uma enorme fogueira incandescente, haja o que houver não podemos deixar que ela se apague, jamais.”
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KODANSHA EM FOCO
Por Paulo Pinto Fotos Arquivo
MASAHIKO MORI São Paulo perde outra referência
O mês de fevereiro trouxe luto para o judô paulista, que perdeu mais uma referência ética e moral na condução da modalidade, quando no dia 11 faleceu o sensei Masahiko Mori, kodansha 7º dan, que durante 30 anos esteve no comando da 5ª Delegacia Regional Noroeste. Nascido em 6 de janeiro de 1941, em Araçatuba, Masahiko Mori dedicou sua vida ao judô. Filho de Massao Mori e Yuki Mori, que nasceram em Gumma-shima Ken, Hokkaido, no Japão, Mori praticamente nasceu em um dojô. Mas só deu os primeiros passos nos tatamis em 1948, quando seu pai fundou o Judô Clube Araçatuba Mori. Nos tatamis destacou-se pela grande habilidade, e nesse contexto compunham seu tokui-waza o tai-otoshi e o uchi-mata. Competiu até entrar para o Exército brasileiro em Alta Vista, na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Quando retornou, em 1962, passou a auxiliar o sensei Massao no dojô da família. Cursou a Faculdade de Educação Física em Araçatuba, mas não chegou a concluir o curso. Posteriormente casou com Taeko Mori, com quem teve os filhos Luci Yukie Mori e Flávio Yukio Mori, que praticou judô federativo até os 17 anos, quando ingressou na Faculdade de Medicina de Botucatu, mas defendeu sua instituição de ensino nos Jogos Universitários, até formar-se em 1991. Desde 1970 sensei Mori fez parte da diretoria da 5ª Delegacia Regional, até que em 1977 assumiu a administração da entidade. Sistemático, discreto e de poucas palavras, sensei Mori brincava pouco, buscava estar sempre muito bem informado e fazia questão de manter a delegacia com muita qualidade. Concomitantemente à delegacia mantinha seu dojô, o Judô Clube Araçatuba Mori, que herdou de seu pai. Também ministrou aulas de judô em escolas e clubes da cidade. O judô foi sua vida, porém seu trabalho no dojô não visava apenas a forjar judocas campeões, mas formar cidadãos com caráter e valores dignos para se destacarem pessoal e profissionalmente. Entre os judocas formados por ele figuram Mário Lívio Frioli, Antônio J. Lenarduzzi, Milton Gottardi Abujamra, Omar Miquinioty Jr., Marinho Esteves e Vítor Guarinon. Focado no desenvolvimento da modalidade, atuou também na organização e consolidação do judô em toda a região Noroeste de São Paulo, por intermédio de sua delegacia regional. Para seu filho Flávio Mori, o que mais o agradava no judô era a possibilidade de formar bons cidadãos. “O que meu pai mais gostava no judô era que a sua prática podia contribuir na formação de inúmeros indivíduos oriundos dos mais diferentes segmentos da sociedade, baseados sempre nos fundamentos do judô. Ele sempre dizia que a competição existe como um meio e não um fim. Segundo Flávio Mori seu pai primou sempre pela formação. “O sensei Mori tinha um perfil eminentemente formador. Este foi sempre seu grande objetivo. Preparava seus alunos para serem grandes vencedores na vida, mas focados na ética e com valores nobres.” Em sua avaliação final sobre a obra e a trajetória de seu pai, Flávio Mori traçou o perfil claro de um judoca que assimilou a essência dos princípios criados por Jigoro Kano. “Como pai ele foi um grande amigo, que me mostrou o verdadeiro caminho da
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vida, apoiando-me em todas as grandes fases, principalmente nas mais difíceis. Como professor me ensinou que, por melhor que alguém seja ou se torne, nunca deve desgarrar-se da simplicidade e da humildade. Como dirigente acredito que à sua maneira, sem formação específica, mas com sinceridade, humildade e um trabalho árduo e desprovido de vaidades, ele contribuiu muito para o desenvolvimento do judô em nossa região e também no Estado de São Paulo.”
Dirigentes exaltam integridade do amigo Mori Wilmar Terumiti Shiraga, delegado da 5ª Delegacia Regional Noroeste, destacou a retidão de Masahiko Mori. “Antes de suceder
Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
A competição existe como um meio e não um fim.” o sensei Mori, o auxiliei por quatro anos, e acabei assumindo a delegacia quando ele teve um problema de saúde. Como professor sempre foi muito educado e preocupado com a formação do homem. Como delegado foi sempre muito correto, íntegro, rigoroso e cumpridor de suas obrigações.” Shiraga lembrou outras virtudes do amigo. “Ele era muito sincero, procurava atender a todos com extrema humildade. Foi defensor do judô essência, e seu comprometimento com o judô era total. Sou muito grato pela confiança que sempre me dedicou e pela oportunidade que me deu de assumir a 5ª delegacia. Não posso deixar de homenagear sua esposa, dona Taeko, pela dedicação e auxílio ao sensei, quando ele estava à frente da delegacia e também na fase final de sua vida. Meus sentimentos aos familiares: dona Taeko Mori, Flávio Yukio Mori e Luci Yukie Mori.” Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô, lembrou que sensei Mori pontuou sua vida no judô. “Sentimos muito a perda do sensei Mori, já que foi uma pessoa que representou muito bem o judô em toda a Região Noroeste do Estado de São Paulo. Ingressou no judô por meio de sua família, e formou grandes atletas que, mesmo não competindo mais, estão sempre presentes na região de Araçatuba. Ele foi um dos maiores responsáveis pela difusão do judô naquela região. Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente porque morei um tempo em Birigui e treinava em seu dojô. Foi uma pessoa muito dedicada, que pontuou sua vida no judô. Participamos de sua missa de sétimo dia e vimos que a comunidade do judô da região não o esqueceu, e que será sempre uma referência no judô de toda a região.” Em sua avaliação do amigo e colega de gestão, Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô, disse que Masahiko Mori foi um homem exemplar. “O sensei Mori já veio de uma família de judocas, e culturalmente sempre esteve inserido no judô por intermédio da família. Herdou e expandiu o legado deixado por seu pai e o defino como um homem exemplar.” O dirigente enfatizou a dedicação do dirigente do interior. ”Para fazer uma definição adequada e abrangente do sensei Mori preciso responder em etapas. Como judoca ele foi um sujeito exemplar, que deu o seu melhor para nossa modalidade. É uma pessoa que reverencio como atleta, judoca, professor e como cultivador do judô, ou melhor, ele foi um produtor do judô, já que uma coisa é produto e outra é produtor. Se você pegar o curriculum do sensei Umakakeba, não vai encontrar grandes títulos, mas ele é um grande produtor de talentos, e o Mori foi um produtor que fez muitos atletas bons em sua região. Como dirigente sempre ajudou a federação, e às vezes bem mais do que podia. Estava sempre pronto a ajudar, e foi um dirigente que tocou sua delegacia com o coração. Nunca teve alguma vantagem na FPJ, nunca pediu benefícios e nunca viajou às custas da federação. Sempre viveu tranquilo em Araçatuba, tocando sua vida e sua escola de judô. É uma pessoa a quem o judô do Estado de São Paulo deve muito, por tudo que criou e fomentou para a modalidade em toda a região. Acima de tudo é um judoca ao qual dedico profunda admiração, carinho e respeito, pelo trabalho e pelo dirigente que foi na Federação Paulista de Judô, finalizou Francisco de Carvalho.”
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Palmeiras
inaugura centro de treinamento
Por Daniel Romeu Fotos Revista Budô
São Paulo (SP) - Em grande evento realizado na sede social do Palestra Itália, foi inaugurado no dia 25 de fevereiro o novo Centro de Excelência Técnica de Judô da Sociedade Esportiva Palmeiras, o Dojô Mestre Zaqueu Rodrigues do Nascimento, em homenagem ao fundador do judô alviverde, em 1968, ao lado do mestre Nakano. Apresentado pelo diretor de judô do clube, Edson Puglia, o evento homenageou também numerosos mestres e parceiros da modalidade. O diretor de esportes olímpicos, Ronaldo Faria, cortou a fita simbólica de inauguração dos novos tatamis, acompanhado do também diretor Osimar Morais. O judô palmeirense comemorou também uma marca histórica: 1.250 dias de invencibilidade em campeonatos gerais por pontos, em âmbito nacional, desde a categoria sub 11 até a sênior. “O judô do Palmeiras, com a história vitoriosa que tem desde a sua fundação, merecia um dojô dessa qualidade. Foi com muito esforço nosso e da diretoria que pudemos proporcionar ao atleta um centro de treinamento como este. São atletas da seleção de base, que vão para o ciclo olímpico e precisam de estrutura. O Palmeiras está de parabéns, é muito merecido”, disse Edson Puglia. Um grande pôster também presta homenagem ao mestre Zaqueu, entre outros membros do judô e da atual diretoria executiva do Palmeiras. Henrique Guimarães, coordenador do judô alviverde e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, torce para que novos medalhistas olímpicos e pan-americanos possam surgir no Palmeiras pelos próximos anos.
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“O dojô faz jus a toda a história e a grandeza que o judô tem no clube, é um dos espaços mais modernos do Brasil. O judô do Palmeiras é muito vencedor, e agora é só dar continuidade ao trabalho para, quem sabe, formar mais medalhistas olímpicos”, declarou Henrique. Atletas de destaque e dirigentes participaram da cerimônia que apresentou um dos mais modernos e bem equipados dojôs do Brasil. Na cerimônia foram premiados todos que contribuíram para a história do judô palmeirense. Entre eles destacamos: Francisco de Carvalho, vice-presidente da CBJ; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Ronaldo Faria, diretor de esportes olímpicos; Hugo Oyama, membro da equipe olímpica de tênis de mesa; Ronaldo Faria, diretor de esportes olímpicos; Osimar Moraes, diretor do departamento social; Paulo Buosi, diretor de coordenadoria; Gilson Marques, diretor de segurança da SEP; Massao Shinohara, kodansha 9º dan; Fernando Ikeda, diretor de oficiais de mesa da FPJ; Akira Yamamoto, ex-professor do Palmeiras; Davi Trinca, ex-professor do Palmeiras; Marcos Trinca, campeão mundial máster em 2012; Dayvid Alves, secretário de esportes de Mairiporã; Marco Aurélio Bertaiolli, prefeito de Mogi das Cruzes; Nilo Guimarães, secretário municipal de Esporte e Lazer de Mogi das Cruzes; Marcos Teixeira, da Probiótica; Antônio Dias, diretor executivo da Kimonos Shihan; Isabela Silvestrini, atleta do Palmeiras; Gaspar Puglia, conselheiro vitalício do Palmeiras; André Sá, representante do departamento de obras da SEP; Carla Barbosa, atleta do Palmeiras; Makoto e Martinho, ex-atletas da
Kodanshas e homenageados no Centro de Excelência Técnica do verdão
SEP; Nelson Onmura e Luiz Onmura, ex-atletas olímpicos do clube; Rubens Pereira, diretor da Associação Colossus de Judô; e Gilberto Freitas, diretor da Academia de Judô Piçarras. Mas o grande homenageado da noite foi o sensei Zaqueu Rodrigues que, junto com o mestre Nakano, fundou em 1968 o departamento de judô do Palmeiras e emprestou seu nome para o centro de excelência, que a ver a surpresa que haviam lhe preparado ficou muito emocionado. O diretor de judô do palestra agradeceu o apoio de sua diretoria. “O judô alviverde tem uma história que começou há muito tempo. História vencedora, que hoje materializa nosso sonho de possuir o mais moderno centro de treinamento do Brasil. Agradeço o apoio de nossa diretoria, que sempre acreditou e segue acreditando na força do trabalho que desenvolvemos aqui.” O dirigente palmeirense finalizou agradecendo a parceira feita com a Federação Paulista de Judô, em cujas instalações toda a equipe palmeirense treinou no período em que a dojô estava sendo reconstruído. “Agradeço de coração o apoio que a FPJ nos deu. Foram dois anos e meio treinando diariamente no CAT da FPJ, e sem este apoio nossa equipe teria sido muito prejudicada.” Ronaldo Faria cortando a fita do novo dojô palmeirense
Os kodanshas presentes no lançamento do dojô
Francisco de Carvalho e Hugo Oyama
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SELETIVA PARANAENSE DEFINE EQUIPE QUE DISPUTARÁ O BRASILEIRO DA REGIÃO V
Por Paulo Pinto Fotos Felipe Medeiros
Curitiba (PR) - A Federação Paranaense de Judô (FPrJ) realizou a seletiva anual estadual classificatória para o Campeonato Brasileiro da Região V, disputado pelas seleções de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. A disputa ocorreu no dia 23 de março, nas dependências do Centro Esportivo Bagozzi, em Curitiba, e contou com a participação de 486 atletas vindos de associações, clubes e escolas de judô pertencentes às cinco delegacias regionais do Estado. Os melhores atletas paranaenses da atualidade brigaram para conquistar uma vaga no Brasileiro Regional, competição classificatória para campeonato nacional de todas as categorias, que se realizará de 19 a 21 de abril, em Porto Alegre (RS). Atuaram na competição 52 árbitros, e pela segunda vez o Paraná realizou um evento com as novas regras da Federação Internacional de Judô (FIJ). Para Luiz Iwashita, presidente da FPrJ, a seletiva apresentou este ano um nível muito mais elevado. “Vamos a Porto Alegre com um time bastante aguerrido, pois esta foi a tônica da competição. Sem dúvida o Paraná trará muitas medalhas, já que o nível técnico da equipe este ano subiu consideravelmente.”
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Daniel atendendo no stand da Yama
Lemanczuk passando coordenadas
Na avaliação do professor José Luís Lemanczuk Júnior, coordenador do departamento estadual de seleções, o time paranaense saiu bastante fortalecido da seletiva estadual. “Vimos hoje um equilíbrio muito grande entre as categorias menores que vão a Porto Alegre. Esperamos conquistar muitas medalhas e promover um grande intercâmbio com os demais Estados da Região V.”
Arbitragem apresenta bom desempenho
Luiz Iwashita discursa na abertura do evento Edilson Hobold com os filhos Gabriel, Ariane e Ana Luíza
Apesar do pouco tempo e prática, Edilson Hobold classificou a atuação dos árbitros paranaenses como positiva. “Trabalhamos com seis áreas de competição e mais de 50 árbitros atuaram na seletiva. A grande maioria deles já de nível nacional e internacional. Apesar de ser a segunda competição em nosso Estado com as novas regras, avalio o desempenho destes árbitros de forma positiva, pois mostraram ótima adaptação e corresponderam ao esperado. Por ser uma equipe bem experiente, não observamos pontos fracos em nenhuma das mudanças específicas. Apenas pequenos ajustes ainda se tornam necessários, mas isto certamente virá com o tempo.” O coordenador estadual de arbitragem enfatizou o uso do ponto eletrônico. “Adotamos o uso do sistema de ponto eletrônico e observamos grande facilidade
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na comunicação entre o árbitro que conduz a luta e os árbitros do vídeo retardo. Esta nova estrutura é muito interessante, pois a atuação dos árbitros do vídeo retardo é a mesma dos antigos árbitros laterais, com a vantagem de verem a mesma situação em duas ou mais oportunidades, no momento da ação e logo em seguida no vídeo. A comunicação entre os dois árbitros do vídeo é imediata e eles tomam decisão rapidamente. Em caso de discordância com o árbitro principal, manifestam sua opinião imediatamente, ou seja, hoje é muito mais difícil de ocorrerem situações que antes passavam despercebidas pelos três árbitros. Outro ponto importante é que, além destes três árbitros atuando em cada luta, tínhamos mais um membro do Conselho Estadual de Arbitragem em cada área, supervisionando todo este trabalho e intervindo imediatamente em caso de necessidade.” Edilson finalizou afirmando que o novo formato na arbitragem diminui consideravelmente a margem de erro. “Toda esta estrutura tecnológica facilita muito o trabalho da arbitragem e, do meu ponto de vista, em situações de punição ou de pontuação acredito que os erros de arbitragem foram significativamente reduzidos. Tenho a firme convicção de que em cada luta venceu realmente o melhor atleta.”
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Resultado Individual Sênior Feminino
Médio -90kg
Super-Ligeiro -44kg
1º. Rodrigo Neca - Juventus
1º. Thais Travain - Paranavaí
2º. Fernando Ogata - Hobby Sport
2º. Luciana Bereza – Tonietto
3º. Renato Constantino - Amcf
Ligeiro -48kg
4º. Luiz Muller - Paraná Clube
1º. Mirelly Santos - Prosport
Meio-Pesado -100kg
Meio-Leve -52kg
1º. Brunno Ferreira - Iwashita
1º. Suellen Senna - Morgenau
2º. Felipe Brito - Morgenau
2º. Thais Oliveira - Tonietto
3º. Vanderlei Cardoso - Palmeira
3º. Viviane Ferreira - Hobby Sport
4º. Gilberto Godar - Godar
4º. Joceli P. Lima - Palmeira
Pesado +100kg
Leve -57kg
1º. Robson Vieira - Parana Clube
1º. Ariane Pichoz - Guairaca
2º. Carlos Volochati - Guarapuava
2º. Andressa Oliveira - Iwashita
3º. Rodrigo Torres - Bom Jesus
3º. Andreia Becker - Schmidtke
4º. Washington Cruz - Canadá
Meio-Médio -63kg
Sub 21 Feminino
1º. Letícia Sakiyama - Juventus
Super-Ligeiro -44kg
2º. Thaise Martins - Superação
1º. Tainara Costa - Tonietto
Médio -70kg
2º. Thais Travain - Paranavaí
1º. Débora Silva - Amcf
Ligeiro -48kg
2º. Raissa Cury - Amcf
1º. Ana Ferreira - Tonietto
Meio-Pesado -78kg
2º. Jessica Lopes - Tonietto
1º. Mychellen Silva – Araucária
Meio-Leve -52kg
Pesado +78kg
1º. Thais Oliveira - Tonietto
1º. Mayara Oishi - Nintai
2º. Lais Carvalho - Juventus
2º. Rafaela Franchini - Amcf
3º. Cristye Boas - Kawazoe
3º. Sionara Moraes – Sionara
4º. Uliana Kachenski - Tonietto
Sênior Masculino
Leve -57kg
Super-Ligeiro -55kg
1º. Bruna Nesi - Tonietto
1º. Paulo Batista - Cor. Procópio
2º. Jéssica Rocha - Juventus
2º. Davi Taura - Cssex
3º. Andreia Becker - Schmidtke
3º. Daniel Bispo - Paranavai
Meio-Médio, -63kg
4º. Rodielson Faria - Tonietto
1º. Letícia Sakiyama - Juventus
Ligeiro -60kg
2º. Jacqueline Silva - Araucária
1º. Guilherme Coelho - Iwashita
3º. Isabely Gomes - Canadá
2º. Cassio Paris - Guairaca
Médio, -70kg
3º. Douglas Josefi - Laranjeiras
1º. Fernanda Mazaia - Amcf
4º. Eutimio Deusdiante - Araucaria
2º. Débora Silva - Amcf
Meio-Leve -66kg
3º. Raissa Cury - Amcf
1º. Pedro Tonello - Afij
4º. Mychaellen Silva - Araucária
2º. Igor Bueno Santos - Nintai
Meio-Pesado -78kg
3º. Renan Michalowski - Marista
1º. Alexia Lima - Guairaca
4º. Luiz Barros - Santa Monica
2º. Camilla Pedroso - Alj
Leve -73kg
3º. Mychellen Silva - Araucária
1º. Eduardo Russo - Alj
4º. Amanda Batista - Juventus
2º. Luiz Ribas - Marista
Sub 21 Masculino
3º. Thiago Correa - Iwashita
Super-Ligeiro -55kg
4º. Jean Marchese - Canadá
1º. Felipe Soares - Tonietto
Meio-Médio -81kg
2º. Guilherme Neder - Nintai
1º. Mauricio Neder - Nintai
3º. Paulo Batista - Cor. Procópio
2º. Ademir Rickli - Afij
4º. Arthur Correia - Hobby Sport
3º. Juan Silva - Prosport
Ligeiro -60kg
4º. Carlos E Silva - Santa Monica
1º. Marlon Kurosawa - Canadá
143
2º. Douglas Josefi - Laranjeiras
2º. Lívia Kawazoe - Kawazoe
1º. Anny Ribeiro - Procopense
1º. Rodrigo Vasconcellos - Morgenau
3º. Murilo Santos - Kussumoto
Ligeiro -44kg
2º. Amanda Batista - Juventus
2º. Pedro Jorge - Alj
4º. Caio Ogawa - Kawazoe
1º. Gabriela Caposse - Hobby Sport
3º. Ana Marchiotto - Hobby Sport
3º. Guilherme Rocha - Nintai
Meio-Leve -66kg
2º. Jessica Santos - Guarapuava
4º. Leticia Santos - Cssex
4º. Humberto Neto - Lemanczuk
1º. Victor Luvizotto - Morgenau
3º. Andressa Gobeti - Godar
Sub 18 Masculino
Meio-Pesado -90kg
2º. Andre Josefi - Laranjeiras
Meio-Leve -48kg
Super-Ligeiro -50kg
1º. Raphael Marinho - Canadá
3º. Igor Bueno - Nintai
1º. Kathleen Silva - Guarapuava
1º. Lucas Benck - Kawazoe
2º. Matheus Lima - Tonietto
4º. Matheus Assis - Amcf
2º. Ana Ferreira - Tonietto
2º. Breno Kawazoe - Kawazoe
3º. Aurélio Silva - Hobby Sport
Leve -73kg
3º. Fernanda Jacoboski - Guarapuava
3º. Hugo Carvalho - Amcf
4º. Jose Lara Neto - Ffr
1º. Bernardo Dallagassa - Nintai
4º. Luana Lima - Guarapuava
4º. Gabriel Costa - Lemanczuk
Pesado +90kg
2º. Murilo Vasconcelos - Morgenau
Leve -52kg
Ligeiro -55kg
1º. Rafael Palomares - Amcf
3º. Felipe Libório - Afij
1º. Lais Carvalho - Juventus
1º. Victor Kaminari - Bom Jesus
2º. Alan Gatto - Iwashita
4º. Lucas Santos - Hobby Sport
2º. Martinelli Lima - Araucária
2º. Tales Y O Kawazoe - Kawazoe
3º. Talisson Alves - Godar
Meio-Médio -81kg
3º. Ellen Vorpagel - Fujiyama
3º. Guilherme M Neder - Nintai
Sub 15 Feminino
1º. Arthur Oliveira - Lemanczuk
4º. Juliana Kachenski - Tonietto
4º. Christopher Vieira - Tonietto
Super-Ligeiro -36kg
2º. Jean Santos - Guairaca
Meio-Médio -57kg
Meio-Leve -60kg
1º. Marina Kawazoe - Kawazoe
3º. Yuri R. Dias - Nintai
1º. Bruna Nesi - Tonietto
1º. Caio Ogawa - Kawazoe
2º. Maria Helena - Superação
Médio -90kg
2º. Camilla Deusdiante - Araucária
2º. Matheus Ribeiro - Nintai
3º. Laura Moura - Tonietto
1º. João Pires - Nintai
3º. Clarice Araujo - Afij
3º. Kenzo Fujisaki - Imk
4º. Carolina Deusdiante - Araucária
2º. Fernando Ogata - Hobby Sport
4º. Sandy Rocha - Marista
4º. Obner Junior - Hobby Sport
Ligeiro -40kg
3º. Paulo Mercedes - Cianortense
Médio -63kg
Leve -66kg
1º. Ana Perin - Santa Monica
4º. Jonatas Shikay - Cianortense
1º.Naomy Paes - Tonietto
1º. Andre Josefi - Laranjeiras
2º. Leticia Kawazoe - Kawazoe
Meio-Pesado -100kg
2º. Katiele Oliveira - Guarapuava
2º. Lucas Lupatini - Juventus
Meio-Leve -44kg
1º. Bruno Ogata - Hobby Sport
3º. Natalia Silva - Alj
3º. Dhenyel Batista - Lemanczuk
1º. Natasha Ferreira - Morgenau
2º. Rapahel Miamoto - Bom Jesus
4º. Isabely Gomes - Canadá
4º. Lucas Ogawa - Kawazoe
2º. Bianca Benck - Kawazoe
Pesado +100kg
Meio-Pesado -70kg
Meio-Médio -73kg
3º. Beatriz Oliveira - Lemanczuk
1º. Henry Oliveira - Morgenau
1º. Viviane Donomai - Juventus
1º. Jullyan Ferreira - Bom Jesus
Leve -48kg
2º. Luiz Honesko - Palmeira
2º. Haydée Soares - Juventus
2º. Matheus Campos - Nintai
1º. Ana Kemczenski - Lemanczuk
Sub 18 Feminino
3º. Fernanda Mazaia - Amcf
3º. Ireno Santos - Superaçao
2º. Jaqueline Cruz - Superação
Super-Ligeiro -40kg
4º. Gabriele Ramos - Morgenau
4º. Ricardo Junior - Cssex
3º. Silvia Andrade - Guarapuava
1º. Tainara Costa - Tonietto
Pesado +70kg
Médio -81kg
4º. Thais Gonçalves - Tonietto
144
Meio-Médio -53kg
4º. Lucas Carvalho - Alm
Meio-Leve -34kg
1º. Eduarda Darmieli - Tonietto
Pesado +64kg
1º. Lucas Luis Lopes - Kussumoto
2º. Emanuelle Caposse - Hobby Sport
1º. Arthur Caldeira - Prosport
2º. Dylan Peterson - Lemanczuk
3º. Mariana Batista - Iwashita
2º. Lucas Correa - Iwashita
3º. Vitor Carneiro - Nintai
4º. Emily Rabelo - Iwashita
3º. Lucas Ferreira - Prosport
4º. Rafael Martins - Hobby Sport
Médio -58kg
4º. Felipe Nascimento - Fujiyama
Leve -38kg
1º. Alexia Alves - Kussumoto
Sub 13 Feminino
1º. Matheus Almeida - Carvalho Alm
2º. Hemanuelly Sper - Tonietto
Super-Ligeiro -28kg
2º. Victor Ursi - Bom Jesus
Meio-Pesado -64kg
1º. Gabriela Baesso - Tonietto
3º. Samuel Barbosa - Kussumoto
1º. Luana Oliveira - Iwashita
2º. Gisele Lima - Santa Monica
4º. Enzo Hayami - Bom Jesus
2º. Bruna Oliveira - Tonietto
3º. Gabriela Teles - Nintai
Meio-Médio -42kg
3º. Arielle Madruga - Tonietto
Ligeiro -31kg
1º. Lucas Lemanczuk - Lemanczuk
4º. Rebeca Silva - Superação
1º. Sabrina Gomyde - Curitibano
2º. Kelvin Silva - Paraná Clube
Pesado +64kg
Meio-Leve -34kg
3º. Arthur Sienel - Nintai
1º. Ana Camargo - Morgenau
1º. Ana Langner - Lemanczuk
4º. Bruno Menonm - Lemanczuk
2º. Daniele Streski - Superação
2º. Arissa Fujisaki - Imk
Médio -47kg
3º. Larissa Lima - Cssex
3º. Maria Silva - Lemanczuk
1º. Eder Siqueira - Paraná Clube
4º. Clara Teixeira - Fujiyama
Leve -38kg
2º. Rafael Seifert - Sagrada Fami
Sub 15 Masculino
1º. Sara Santos - Tonietto
3º. Vinicius Lemos - Guairaca
Super-Ligeiro -36kg
2º. Hevelyn Amado - Tonietto
4º. Pedro Souza - Hobby Sport
1º. Joao Darmieli - Tonietto
3º. Luana Matsugaki - Vila Izabel
Meio-Pesado -52kg
2º. Felipe Suemitsu - Nintai
4º. Keila Souza - Santa Monica
1º. Raisson Czelusniak - Palmeira
3º. Thiago Santos - Superação
Meio-Médio -42kg
2º. Dylan Borba - Lemanczuk
4º. Felipe Staub - Bom Jesus
1º. Bruna Bereza - Tonietto
3º. Pedro Donini - Fujiyama
Ligeiro -40kg
2º. Julia Silva - Lemanczuk
4º. Juan Gonçalves - Iwashita
1º. Thiago Guidette - Kussumoto
3º. Leticia Lima - Cssex
Pesado +52kg
2º. - Guilherme Balabuch - Morgenau
4º. Maria Farias - Cianortense
1º. Lucas Kompatcher - Bom Jesus
3º. Roberto Werlang - Tonietto
Médio -47kg
2º. Thiago Vieira - Lemanczuk
4º. Renan Moron - Lemanczuk
1º. Ayessa Teixeira - Fujiyama
3º. Giovani Fernandes - Hobby Sport
Meio-Leve -44kg
2º. Luiza Laska - Lemanczuk
4º. Leonardo Conto - Iwashita
1º. Marco Teles - Nintai
3º. Bianca Araujo - Hobby Sport
4º. Leonardo Conto - Iwashita
2º. Gustavo Campara - Morgenau
4º. Camila Penter - Kussumoto
3º. Kanji Ujita - Procopense
Meio-Pesado -52kg
4º. Matheus Kaminari - Morgenau
1º. Monica Tortato - Lemanczuk
Leve -48kg
2º. Nicolly Stec - Tonietto
1º. Leonardo Neder - Nintai
3º. Larissa Luz -Tonietto
2º. Herus Neto - Bom Jesus
4º. Vitoria Santos - Kussumoto
3º. Arthur Dallagassa - Nintai
Pesado +52kg
4º. Victor Silva - Lemanczuk
1º. Ana Paesani - Sionara
Meio-Médio -53kg
2º. Polyana Silva - Kussumoto
1º. Giovanni Mangini - Morgenau
3º. Brendha Fiaux - Prosport
2º. Matheus Faria - Amcf
4º. Beatriz Pimenta - Hobby Sport
3º. Gustavo Oliveira - Kawazoe
Sub 13 Masculino
4º. Joao Rodrigues - Lemanczuk
Super-Ligeiro -28kg
Médio -58kg
1º. Pedro Souza - Paraná Clube
1º. Gabriel Adriano - Lemanczuk
2º. Frederico Kemczensk
2º. Vitor Santos - Hobby Sport
3º. Gabriel Duarte - Vila Izabel
3º. Victor Vidotto - Nintai
4º. Antonio Tanahashi - Bem-Fecam
4º. Valmor Junior – Superação
Ligeiro -31kg
Meio-Pesado -64kg
1º. Luigi Silva - Kussumoto
1º. Luiz Neto - Morgenau
2º. Joelson Lima - Tonietto
2º. João Lemes - Procopense
3º. Alvaro Vianna - Lemanczuk
3º. Roberto Winter - Kussumoto
4º. Bruno Turkot - Bom Jesus
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Ministério do Esporte
MAURO SILVA
É REELEITO POR ACLAMAÇÃO Itupeva (SP) – Em assembleia realizada no dia 2 de março, na sala Raposo Tavares do Quality Resort Convention Center, Mauro José da Silva, presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), foi reeleito para seu segundo mandato. A eleição teve chapa única – Dedicação – para o quadriênio 2013/2016, que tem sua diretora executiva formada por Luedy Silveira de Oliveira, diretor financeiro; Marcos Cândido de Brito, vice-presidente; e Mauro Silva, presidente. Thosiharo Lara, Fabiano Silva e Ricardo de Andrade são os membros efetivos do conselho fiscal da CBBoxe. Eleito por aclamação, em seu discurso Silva destacou a coesão existente hoje no boxe brasileiro. “Agradeço primeiramente a Deus, que nos proporcionou dividir este momento histórico do boxe brasileiro. Agradeço a todos vocês por terem dividido comigo a condução de nossa modalidade neste primeiro mandato. Agradeço também a todos os atletas e técnicos espalhados por nosso País, já que juntos estamos elevando o boxe verde e amarelo a patamares jamais atingidos. Fizemos uma gestão democrática, focada no desenvolvimento técnico e estrutural do boxe, e o segredo do sucesso obtido são justamente a união e a coesão existentes hoje em nossa modalidade.” Após a excelente campanha realizada pela seleção brasileira em Londres 2012, o Brasil desponta entre as principais forças no cenário mundial da modalidade. Atualmente 19 Estados possuem federações filiadas à CBBoxe. Catorze entidades estiveram presentes em Itupeva (SP), por seus dirigentes ou representantes que consolidaram o trabalho da equipe responsável pela maior transformação que o boxe brasileiro experimentou até hoje. Os Estados representados por dirigentes na assembleia geral foram: Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Tocantins, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Goiás, Sergipe, São Paulo, Roraima, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Dirigentes posam para foto após o fim da assembléia
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Por Paulo Pinto Fotos Arquivo
Dirigentes exaltam a liderança do dirigente reeleito
Atletas olímpicos marcam presença na assembleia
Todos os dirigentes estaduais destacaram a força do trabalho realizado pela presidência da CBBoxe neste primeiro mandato, e enfatizaram a consistência técnica e política das ações desenvolvidas pelo dirigente. Um dos depoimentos mais expressivos foi o de Valter Duarte, presidente sergipano, que detalhou ações e resultados obtidos recentemente. “Não apoiei o Mauro Silva na última eleição, pois estava comprometido com outras lideranças. Mas assumo que estava equivocado, pois jamais havia convivido com um dirigente tão dinâmico, visionário e objetivo quanto o nosso presidente. Ele está revolucionando o cenário da modalidade e obtendo do poder público em todos os Estados o apoio que jamais havíamos recebido. Crescemos vertiginosamente e este resultado é fruto de uma gestão dinâmica e participativa.”
Quatro atletas da seleção brasileira de boxe participaram dos trabalhos realizados na assembleia geral. Entre estes estavam o peso pesado Juan Nogueira; o meio-médio Mike Carvalho; a peso leve Aline Santana e a também peso leve, Bárbara Santos. Para João Carlos Barros, técnico da seleção brasileira masculina, a participação de atletas do alto rendimento neste evento é de suma importância. “Pela primeira vez tivemos a participação de membros da seleção brasileira numa assembleia da CBBoxe. A meu ver esta postura dos nossos dirigentes está correta, pois permite que nossos atletas conheçam um pouco da questão administrativa da modalidade. A simples presença de nossos atletas aqui, ratifica a importância que hoje é dada aos atletas e a toda comissão técnica.”
Luedy de Oliveira - diretor financeiro, Mauro Silva presidente e Marco de Brito - vice-presidente
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
FPJ CRIA VICE-PRESIDÊNCIA DE HONRA São Paulo (SP) - A diretoria executiva da Federação Paulista de Judô realizou no dia 26 de março a assembleia geral ordinária e extraordinária, na qual participaram associações filiadas e membros da diretoria. Na mesma foram tratados assuntos como a alteração estatutária, aprovação do relatório anual do exercício de 2012 e aprovação do balanço financeiro do exercício de 2012, apresentado pela presidência. Na abertura da AGO Francisco de Carvalho voltou a elencar os motivos que o levaram a deixar a presidência da FPJ, e mais uma vez avalizou seu vice, Alessandro Puglia que a partir de 2013 assumirá o posto de mandatário paulista. A seguir Francisco de Carvalho convidou Julio Sakae Yokoyama, procurador do tribunal de justiça da FPJ, para presidir a AGO. O procurador iniciou a assembleia elencando as associações presentes e, em seguida explicou que em função de Francisco de Carvalho ter aceitado o convite para ocupar uma vice-presidência da CBJ, alguns professores reivindicaram a criação do cargo de presidente de honra na entidade. Segundo o procurador do tribunal de justiça, a principal razão da criação deste cargo seria manter de alguma forma Francisco de Carvalho próximo à entidade, não permitindo que São Paulo perdesse o poderio político e não se privasse também de todo o conhecimento e a experiência daquele que é considerado por muitos, o maior dirigente que o judô paulista teve até hoje. Dessa forma ficou estabelecido que ocupará este cargo o ex-presidente que tiver permanecido o maior número de mandatos à frente da entidade. Em seguida a proposta de alteração estatutária foi colocada em aprovação e foi aprovada por unanimidade. A seguir foi feita a apresentação do relatório anual do exercício de 2012, e o balanço financeiro do exercício de 2012, apresentado pela presidência e ambos foram aprovados também, por unanimidade. Julio Sakae finalizou agradecendo a presença e a confiança de todos e encerrou a última assembleia geral da era Francisco de Carvalho Filho. Compareceram e firmaram a ata desta assembleia os seguintes clubes e associações: Sayão Futebol Clube, Mesc de São Bernardo,
Francisco de Carvalho fala aos presentes
Associação Itapetininga Kodokan, Associação de Judô Mauá, Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Marília, Rio Preto Automóvel Clube, Associação Catanduvense de Judô, Associação Real União de Judô, Associação Educacional e Esportiva Nintai, Associação de Judô Morimoto de Lins, Associação de Judô de Bastos, Associação de Judô Ombros de Gigante, ADUC – Associação Desportiva União da Comarca, Associação de Judô Guararapes e Associação de Judô Vila Isabel.
Alessandro Puglia
Julio Sakae Yokoyama
Francisco de Carvalho
Antonio Carlos Mesquita e Julio Sakae
NDU bUsca Novo camiNho para o Desporto UNiversitário paUlista Após o polêmico processo eletivo visando à presidência da Federação Universitária Paulista de Esportes (Fupe), a revista Budô ouviu Ricardo Bochicchio, presidente do Novo Desporto Universitário (NDU). A entrevista apurou detalhes sobre o pleito, a história do dirigente no cenário esportivo nacional e sua atividade nos segmentos universitário e de alto rendimento.
Por Paulo Pinto Foto Arquivo NDU
Com diversas atribuições profissionais na área da educação e acumulando desde 1997 o cargo de coordenador de esportes da Universidade Paulista (Unip), Ricardo Bochicchio idealizou e encabeçou, em 2010, o processo de fundação do Novo Desporto Universitário (NDU), entidade que em 2013 conta com 45 instituições filiadas e realizará o maior campeonato universitário do Estado de São Paulo nas modalidades coletivas.
O que é o NDU?
O NDU surgiu no início de 2010, reunindo algumas lideranças do esporte universitário paulista, em consequência do superado modelo de competições praticado em São Paulo pela Fupe e outras ligas que mantinham o monopólio das ações esportivas entre as universidades. A partir daquele momento, criamos um novo conceito de competições para o público universitário, com a premissa, sempre, do bom atendimento para todos. Além disso, os pilares que norteiam a entidade são: todas as decisões são tomadas integralmente pelas instituições participantes por meio do voto aberto em sistema democrático; inserção dos jogos em excelentes praças esportivas; equipes de oficiais de arbitragem que atuam efetivamente no esporte de alto rendimento; planejamento e calendário esportivo anual; grande quantidade de jogos ao longo de toda temporada; baixo custo para participação em todas as atividades; uma política voltada para investimentos que tragam benefícios para seus participantes.
Em outubro de 2012 houve nova eleição na Fupe, que manteve o judoca Aurélio Miguel no cargo. O que aconteceu nesse processo?
Em setembro de 2010, a antiga diretoria executiva da Fupe, capitaneada pelo ex-presidente Alexandre Marcelino, promoveu a eleição no Hotel Lorena Flat, num formato completamente irregular. Desde a organização das primeiras assembleias para condução do processo eleitoral, foram constatados vários problemas de falta de lisura por parte dos que comandavam, na época, a entidade. A comissão eleitoral renunciou no dia do pleito por obscuridade no processo; votaram entidades sem direito a voto (como escola de bombeiros e sargentos); colocaram seguranças na porta, impedindo o acesso dos veículos de imprensa no começo do pleito – que foram impedidos de presenciar a forma arbitrária com que a votação foi conduzida, pedindo para que os “aptos” a votar gritassem do fundo da sala o nome dos candidatos. Um processo completamente maculado. Ricardo Bochicchio entregando o troféu de melhor atleta para Vínicius Pini do Mackenzie
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O que aconteceu depois?
Nosso grupo entrou com uma ação na Justiça comum, solicitando o cancelamento da assembleia para que todo o processo pudesse ser refeito de forma correta.
A justiça acolheu o pedido de vocês?
Após diversos recursos e agravos, a Justiça nos deu ganho de causa, entendendo que o processo foi feito de forma irregular, e determinou que a Fupe realizasse novas eleições em 60 dias, mediante ação criminal caso houvesse descumprimento da decisão. Mesmo com a ordem judicial determinando a realização de novo pleito, a atual diretoria atrasou o processo de novas eleições e adotou o expediente de informar a comunidade universitária que essa segunda eleição nunca seria realizada. Mas em outubro de 2012, mais de um ano após a primeira eleição, a Fupe foi obrigada a realizar novo pleito - demonstrando que tudo que foi realizado anteriormente foi ilegal - e o atual presidente, Aurélio Miguel, foi reeleito.
Por que você não se candidatou desta vez?
Eu me considero vencedor do primeiro pleito, porém aconteceu o famoso, “ganhamos mas não levamos” é o que de fato aconteceu. Após a primeira eleição, que foi completamente irregular, apostávamos em uma intervenção externa promovida pela CBDU ou pelo Ministério Público, que resultaria na nomeação de um indivíduo isento que pudesse garantir a lisura do processo. Quando percebemos que as coisas seriam feitas pela própria Fupe, ou seja, novamente quem estava no poder organizaria tudo para novamente manter-se na presidência, percebi que não conseguiríamos a lisura necessária novamente e que não teríamos condições de manter a candidatura com chances de êxito.
Esta nova eleição também foi irregular?
Houve várias situações a serem analisadas neste novo processo. Após a Justiça determinar um novo pleito, a Fupe protelou o máximo possível essa eleição. O estatuto da entidade permite que as associações atléticas se filiem em qualquer momento do ano. Todavia, a Fupe lançou um edital numa quinta-feira à noite, para realizar a assembleia sobre o pleito no sábado, e marcou as novas eleições para a quarta-feira seguinte, ou seja, em menos de uma semana fizeram todo o processo. Além disso, dois dias antes desta eleição nós conseguimos uma liminar impedindo a realização sem a devida divulgação, mas um dia antes essa liminar foi cassada. Em minha análise, um processo novamente maculado e conduzido de forma irregular. Eu acredito na linha de que o ideal seria chamarmos todas as atléticas no Estado de São Paulo, oferecer a oportunidade de todas se filiarem, como consta o estatuto social, e deixar que a coisa fluísse de forma democrática, com o público universitário escolhendo sua própria liderança.
Mas esta segunda eleição foi ilegal ou não?
Desta segunda vez não foi ilegal. Em minha opinião, foi imoral. Depois de alguns meses de grande batalha nos tribunais, o que realmente esperávamos era que o processo fosse feito da forma correta, com a divulgação necessária para que toda a comunidade universitária pudesse participar. Todavia, acho realmente difícil isso acontecer quando quem está no poder é o respon-
sável por organizar o pleito que tem como objetivo perpetuar o candidato na presidência. Para que tenhamos um parâmetro, na primeira eleição anulada, no Lorena Flat, a minha candidatura de oposição teve 11 votos (mais três que foram impugnados no momento da eleição) em um colégio eleitoral de 24 atléticas aptas a votar. Nesta segunda eleição não houve nem condições de inscrever chapa. Como tudo foi feito em cinco dias, e ainda no final do ano, as atléticas tiveram muitas dúvidas, principalmente sobre a necessidade de pagar apenas para votar, pois os campeonatos já haviam terminado.
O que você espera das entidades que organizam o desporto universitário nos próximos anos?
Existe uma grande necessidade da mudança do estatuto da Fupe, que hoje permite que a diretoria executiva possa fazer o que bem entender sem a anuência de seus filiados. Acredito que sempre deva existir a mobilização estudantil, pois quem ganha uma eleição não é a Justiça e sim o voto dos filiados. Independente de que lado vença, o fomento pelas questões conceituais deve existir sempre de forma salutar e construtiva. Eu não trabalho contra a federação local ou demais ligas existentes, ao contrário, respeito o trabalho desenvolvido por todas, pois é assim que eu gostaria de ser tratado também, como dirigente e pessoa física. Vale destacar que a Fupe vem adotando normas e resoluções que remetem os mais velhos a lembrarem dos tempos do regime militar, de atitudes despóticas e sem nenhum tipo de critério para que exista harmonia entre as entidades existentes. De longe, tenho a impressão de que essas medidas desesperadas têm o objetivo único de novamente estabelecer um monopólio no segmento, sem nenhuma preocupação com o fomento das modalidades, com a prática esportiva e com o bem-estar dos atletas e dirigentes. Como já falei anteriormente em jornais e programas de rádio, não conheço pessoalmente o Aurélio Miguel, não tenho base nenhuma para avaliá-lo como gestor esportivo, pois nunca conversamos antes sobre o segmento e tampouco discutimos os assuntos ligados à área. Além de nunca ter ouvido minha voz, ele, que exerce a vereança na cidade onde sou munícipe, nunca conversou ou tomou conhecimento das minhas contribuições para o esporte universitário. Quem sabe, um dia, ele reflita, como homem público que é, e me procure para me conhecer e saber mais sobre todo o trabalho que já desenvolvemos para o esporte de alto rendimento e educacional no Brasil.
A Budô é uma revista especializada em artes marciais. Existem projetos para a realização de campeonatos de judô ou outras lutas no NDU?
Temos uma grande meta, que é realizar a competição de judô neste semestre, envolvendo somente as associações atléticas acadêmicas, ou seja, o aluno que é atleta de judô, sem misturar com o atleta de rendimento, que é aluno por consequência. Estamos estudando todas as questões a fim de realizarmos, com a mesma qualidade e comprometimento, uma competição grandiosa para nossos filiados no primeiro semestre de 2013. Temos projetos também para o taekwondo, karatê-dô e jiu jitsu, mas estas modalidades devem entrar na pauta no 2º semestre de 2013.
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FEJET PREMIA
MELHORES DO ANO NO TOCANTINS
Pelo terceiro ano consecutivo a Federação de Judô do Estado do Tocantins premiou os melhores do ano no judô tocantinense. O evento realizou-se no auditório da Assembleia Legislativa, no dia 14 de dezembro, e contou com a presença de judocas, familiares, apoiadores e autoridades políticas e esportivas, entre as quais Raimundo Moreira, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, e Ton Pacheco, presidente da Federação de Judô do Estado do Tocantins. Para Ton Pacheco, presidente da Fejet, a premiação estimula o crescimento do judô no Estado. “Esse evento é muito importante, já que nele premiamos os atletas e associações que se destacam na temporada, além de agradecer e homenagear todos os apoiadores da modalidade”, explicou o dirigente.
Recordes O judô tocantinense quebrou vários recordes na temporada passada, e isso passou pelo número de praticantes, competidores, núcleos de judô, associações e vitórias fora do Estado, além das participações em eventos interestaduais e nacionais. Segundo Celso Galdino, coordenador técnico da Fejet, o Tocantins está formando uma geração de campeões. “Estamos formando uma safra completa de judocas, em que não apenas um ou outro consegue destacar-se”, disse Galdino, referindo-se aos importantes resultados nacionais, distribuídos entre pelo menos seis associações filiadas. “A Secretaria de Educação está levando o judô às escolas e a Secretaria da Juventude e Esportes nos ajudando a viajar para treinos e competições. Essa é a receita que dá certo”, complementou.
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Por Fred Guerra Fotos Renato Klein/SESC-TO
Georgton Pacheco presidente da FEJET ao lado de todos os premiados
O coordenador lembrou que pelo terceiro ano consecutivo será montada banca examinadora para promoção superior, e explicou: “Assim, não deixamos ninguém que merece usar a faixa preta ou ser promovido de dan esperar tempo a mais para realizar seu sonho”. Falando nisso, este ano a CBJ conferiu a Luiz Sérgio Papa e Celso Galdino o quinto dan, igualando-os a Ton Pacheco, único com tal graduação até então. Mais uma enorme vitória do Tocantins.
Estrutura Um importante item a ser comemorado foi a aquisição de materiais de ponta para abertura de novos núcleos e competições de grande porte. Cerca de 300 competidores de quatros estados (TO/GO/DF/SP) participaram da Copa Antônio Tenório, em junho. Tocantins recebeu o tetracampeão paraolímpico Antônio Tenório, o técnico do Projeto Futuro/SP, sensei
Hatiro Ogawa, e o multicampeão Joseph Kleber, de Goiânia. Para isso foi montada uma estrutura com quatro áreas oficiais. Segundo o presidente da Fejet, isso é fruto de emendas orçamentárias concedidas pelo deputado Raimundo Moreira e de um projeto nacional desenvolvido pela Confederação Brasileira de Judô. “O deputado já mostrou que é um entusiasta da nossa modalidade e por meio de sua emenda orçamentária pudemos abrir novos centros na UFT e Tênis SESC, além de montar áreas em Dianópolis, Paraíso e previsão de Porto Nacional no ano que vem. Para 2013, essa parceria deverá crescer ainda mais”, prevê o dirigente.
Competições Nos últimos três anos, o Ranking Tocantinense contou com 23 etapas estaduais, oito só em 2012, e sempre com medalhas e troféus de excelente qualidade.
Nunca se competiu tanto no Tocantins. Segundo o coordenador de arbitragem da Fejet, professor Luiz Sérgio Papa, esse ritmo de competições foi fundamental para a assimilação das novas regras do judô pelos técnicos e atletas. “As regras estão em constante evolução, com previsão de sofrer novas alterações em 2013. Portanto, é fundamental uma atualização constante, que é exercitada com a participação nos torneios”, diz o coordenador. Houve muitas competições fora do Estado também – na realidade, em todos os campeonatos oficiais do calendário da CBJ, tais como Brasileiro Regional, Campeonato Brasileiro de várias categorias, Olimpíadas Escolares e Universitárias, Sul-Americano Máster e até para a seletiva para a seleção brasileira de base. Para quem acha exagero um tocantinense numa competição neste nível, Ennilara Lisboa, 16 anos, depois de vencer duas paulistas e uma capixaba, perdeu a vaga na seleção por apenas uma vitória! A mesma Ennilara que recentemente conquistou sua segunda medalha nas Olimpíadas Escolares, desta vez um bronze, diferente do ouro de 2010, mas suficiente para lhe valer mais um ano de bolsa atleta do Ministério do Esporte e o título de Atleta Destaque 2012, dos Melhores do Ano do Judô Tocantinense.
Ranking Apesar de ser apenas o terceiro ano de seu projeto social, este foi realmente o ano da A. D. Guerra. Para começar, uma parceria que mudou seu nome para A.D. Guerra/SESI e a incluiu no Programa Atleta do Futuro, presente em todos os Estados brasileiros. Ao longo do ano, fez sua primeira medalha no Brasileiro Regional. Foi a associação tocantinense com maior número de medalhas de ouro no interestadual em Goiás, oito no total. Foi campeã geral da Copa Antônio Tenório, maior competição que o Tocantins já viu. Fez 28 campeões do ranking por categoria e três campeãs gerais em suas classes de idade. E para coroar o trabalho, estará no topo do Ranking Tocantins 2012, como associação campeã geral. “É incrível como nossa turma se desenvolve rapidamente, e olha que nosso foco nem é a parte competitiva”, conta Fred Guerra, presidente e professor da associação. “Mas o sentimento de família foi tanto, que todo mundo abraçou a vontade de ser campeão nesse ano e, mesmo competindo contra associações mais estruturadas, conseguimos este resultado tão importante”, conclui.
Luana Bruna Cândida Basílio da Silva
Sub 20 Geral Feminino
Rafael Carvalho de Aguiar
Sub 20 Geral Masculino
Jakeline Fragoso de Souza
Sênior Geral Feminino
Espedito Pereira Lima
Sênior Geral Masculino
Maristela Basílio da Silva
Máster Geral Feminino
Imprensa Organização Jaime Câmara - TV Anhanguera Globo Esporte Tocantins Thalita Tavares Alexandre Alves Evandro Mendes Redesat Tocantins Jornal do Tocantins Reinaldo Cisterna Site Alô Esporte Anfitriões de Competições Escola de Tempo Integral Padre Josimo Tavares Tênis SESC Centro de Atividades do SESC Escola Técnica Federal - IFTO Escola de Tempo Integral Eurídice Ferreira de Mello Apoiadores Associação Cultural Nipo-Brasileira do Tocantins ACNBT Ortodontia Landgraf Centro-Oeste Distribuidora Integrisis Unicom SESC Wizard Apoiadores Públicos e Institucionais Deputado estadual Raimundo Moreira Deputado estadual Eduardo do Dertins Deputado estadual Marcelo Lelis Olyntho Garcia de Oliveira Neto - Secretario estadual do Esporte Danilo de Melo Sousa - Secretario estadual da Educação e Cultura Hugo de Carvalho - Presidente do Sistema Fecomércio
Georgenton Pacheco
Máster Geral Masculino
Marco Antônio Monteiro - Diretor geral do SESC.
Campeões por Classe
Ranking das Associações 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª
A.D. Guerra/SESI SESC Eti-Sul Giacomini Dom Bosco Palmas Judô Samuray Blindado’s Ulbra Judô Brasil
Homenagens Especiais
Atleta
Classe de Idade
Lorraine Soares da Silva
Sub 13 Geral Feminino
Luiz Augusto Oliveira Costa
Sub 13 Geral Masculino
Wysleylane Ferreira Da Silva
Sub 15 Geral Feminino
Mateus Gomes Pereira
Sub 15 Geral Masculino
Luana Bruna Cândida Basílio da Silva
Sub 17 Geral Feminino
Johnny Magalhães Aragão
Sub 17 Geral Masculino
Por Paulo Pinto Fotos Augusto Semprebom
PARANÁ TEM
30 NOVOS FAIXAS PRETAS
Os novos faixas pretas paranaenses
Ibiporã (PR) – A Federação Paranaense de Judô realizou seu exame anual estadual para faixas pretas nos dias 1º e 2 de dezembro no ginásio de esportes do Centro Esportivo Bagozzi, em Curitiba. Foram examinados 35 candidatos para shodan, e uma candidata foi avaliada para promoção de nidan. Trinta candidatos foram promovidos a shodan e a candidata promovida a nidan. Os exames foram monitorados pelos membros da comissão estadual de grau, que neste evento estava formada por Helder Marcos Faggion, 5º Dan; Jorge Luís Meneguelli, 6º dan; Liogi Suzuki, 9º dan; Sidnei Pereira de Lima, 6º dan; Adauto Domingue, 7º dan; Washington T. Donomai, 5º dan; Luiz H. Iwashita, 6º dan; e Francisco de Souza, 4º dan. Esteve presente também o membro do Conselho Nacional de Grau da CBJ Yoshihiro Okano, 8º dan, e o representante junto à CBJ foi Luiz H. Iwashita, 6º dan e presidente da Federação Paranaense de Judô. A entrega de faixas ocorreu no dia 4 de março em Ibiporã, na abertura do Campeonato Paranaense Marrom e Preta.
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Aprovados para shodan Andressa Lopes Oliveira - A. J. Iwashita Bruno Yoji Ogata - Canadá C. Club Christopher A. Vieira - Judô Tonietto Débora Aline de Souza - Canadá C. Club Edna Maria do Camargo - Judô Tonietto Eduardo Augusto Borba - Paraná Clube Fábio Gustavo M. Oliveira - A. J. Iwashita Felipe Fernandes Soares - Judô Tonietto Gabriel Lopes Miara - Soc. Morgenau Gustavo Alexandre Blank - A. J. Fujiyama Heitor Meneguette - AJAM Henrique Stremel - A. J. Iwashita Igor Bueno dos Santos - Judô Nintai Josmar Gouveia Couto - Judô Foz Juan Carlos Biazoto - AJAM Luiz Carlos Pires - CSSEX Marcelo Hiroyuki Horiuti - A. Kawazoe Mariana Lopes Miara - Soc. Morgenau Márcia Cristina Silva - Ricardo Santos Marcos Paulo C. Pereira - A. J. Iwashita Paulo Alves Batista - C. C. C. Procópio Paulo Airton Bartz - Soc. Morgenau Pedro Felipe Tonello - A. J. Laranjeiras Rafael Gustavo Hashimoto - AMJ Rafael Henrique Lobo - Hobby Sport Renato Antenor Oliveira - A. J. Fujiyama Rodrigo Zini - A. D. Juventus Roger Correia Oliveira - Soc. Morgenau Tales Yudi O. Kawazoe - A. Kawazoe Yargo Andrews Oliveira - A. J. Iwashita
Aprovada para nidan Mayara Kaori Oishi - Judô Nintai
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TREINAMENTO ESPORTIVO
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Por Matheus Luiz Fotos Revista Budô
OMBRO
DE CAMPEÃO O ombro tem funções importantes por possibilitar movimentos em várias direções e amplitudes. Como o judô é um esporte no qual se tem de fazer a pegada, puxar e afastar constantemente o oponente, e atacar e defenderse de uma queda, o ombro é a articulação mais requisitada nesse processo, já que auxilia na extensão, flexão, abdução e adução dos braços, além de fazer rotação interna e externa. Mas, se estiver bem condicionado fisicamente, o judoca poderá aumentar a resistência de seu ombro e suportar o combate sem maiores problemas, Não poderíamos deixar de falar das lesões que comumente ocorrem devido ao trabalho exaustivo dos ombros. Dois exemplos são o pinçamento e a luxação, problemas mais frequentes nos praticantes de judô e jiujitsu. Os músculos estabilizadores desta articulação são o supra-espinhal, subescapular, infra-espinhal e redondo menor, que formam o manguito rotador, que servem também como reforço anterior e posterior da escápula. Os movimentos do ombro se dão por meio de duas articulações distintas: glenumeral e escapulotorácica. Ocorrendo uma situação que exija força, ambas devem estar fortalecidas, caso contrário o movimento não poderá ocorrer naturalmente e de forma adequada, prejudicando o rendimento e aumentando o risco de lesões na região. Desta forma, objetivando saúde, rendimento ou a prevenção de lesões, o treinamento com peso deve priorizar exercícios que fortaleçam os músculos em todos os ângulos e amplitudes dos movimentos do ombro. Vale lembrar que, de forma geral, é importante manter o foco no movimento articular do exercício e não na mobilização do peso, não se importando com a carga, mas com a forma mais adequada, e não fazendo a famosa roubada, compensando o movimento com outras articulações.
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Exercícios para o fortalecimento da musculatura que envolve a articulação do ombro Elevação lateral O executante deve permanecer em pé e elevar os braços lateralmente até a altura dos ombros, voltando à posição inicial, que deve ser feito com a mão afastada do tronco para evitar que o tríceps e o serrátil embalem o movimento. Uma dica importante é evitar flexionar muito os cotovelos, pois desta forma a carga estará mais próxima do eixo de rotação, sobrecarregando outras estruturas e desviando o foco do exercício.
Músculos atuantes com ênfase: Abdução de ombros: deltoide (clavicular e acromial) e supraespinal. Rotação superior de escápulas: serrátil anterior e trapézio (descendente).
Dica de treino - Série combinada linear Executar dois exercícios seguidos sem intervalo para o mesmo grupamento muscular. Executar os dois exercícios com uma carga próxima a 80% de 1EM (execução máxima), fazer a recuperação com o mínimo de tempo possível, sendo que nas primeiras séries o intervalo será menor do que o das últimas séries, já que a musculatura estará mais fatigada.
Matheus Luiz é Especialista em fisiologia do exercício e prescrição do exercício Universidade Gama Filho 2010 Especializando em biomecânica, cinesiologia e treinamento físico Universidade Gama Filho Graduado em Educação Física na UNC 2008 e-mail: matheustrainer@hotmail.com Cref: 011620-G/SC
Nossos agradecimentos a Cleber Martins e Academia Impacto de Caçador (SC)
Desenvolvimento com alteres Com o tronco e cabeça alinhados e ligeiramente inclinados para trás, elevar os braços acima da cabeça até a extensão do cotovelo, e retornar à posição inicial, mantendo os cotovelos na altura dos ombros. Pode-se também executar uma variação chamada de desenvolvimento Schwarzenegger, na qual o executante, no final do movimento do desenvolvimento convencional, realiza uma adução de ombros no plano frontal. Ou seja, com os cotovelos na linha dos ombros, aproxima as mãos em frente ao rosto, mantendo a palma voltada para ele. Isso estimula ainda mais as partes posterior e anterior do deltoide.
Músculos atuantes com ênfase: Abdução de ombros: deltoide (clavicular e acromial) e supraespinal. Rotação superior de escápulas: serrátil anterior e trapézio (descendente).
Remada alta Em pé, fazer a pegada na barra com as mãos próximas. O movimento de subida deve ocorrer até os cotovelos ultrapassarem a altura dos ombros; retornar à posição inicial.
Músculos atuantes com ênfase: Elevação de ombros: deltoide parte média e supraespinal. Elevação e retração das escápulas: romboides, elevadores das escápulas e trapézio parte descendente.
Flamengo
Por Paulo Pinto Fotos Revista Budô
ENCERRA DEPARTAMENTO DE JUDÔ Rio de Janeiro (RJ) - Após fechar seu departamento de natação em dezembro de 2012, no dia 5 de março a diretoria rubro-negra pôs fim ao sonho de toda a comunidade judoísta carioca, que esperava ter na Gávea um time que resgatasse a tradição do Rio nos tatamis. As atividades na ginástica olímpica também foram encerradas e, segundo a diretoria do clube, o fim das equipes de alto rendimento das duas modalidades é fruto do rombo financeiro gerado pelo departamento de esportes olímpicos. “Diante de um déficit de R$ 14,5 milhões em 2012, só no departamento de esportes olímpicos, a nova diretoria do Flamengo decidiu descontinuar temporariamente as equipes profissionais de ginástica olímpica e judô, mantendo os times de ponta do basquete, nado sincronizado e polo aquático. Desta forma, passam a ser foco principal da vice-presidência de esportes olímpicos as categorias de base e escolinhas, inclusive as de ginástica olímpica e judô, fundamentais na formação de atletas”, explicou a assessoria do clube. Tentando justificar a total falta de planejamento do clube, a diretoria finalizou seu comunicado cobrando investimento governamental e da iniciativa privada, em ações futuras. “O Clube de Regatas Flamengo reforça seu apoio aos esportes olímpicos do Brasil e ressalta que mantém sua importante missão de formador de atletas e incentivador das modalidades, não somente para os Jogos Olímpicos Rio 2016, como também para futuros ciclos olímpicos. Para isto estamos reestruturando cada modalidade de forma a torná-las economicamente viáveis a médio e longo prazos, contando com o apoio fundamental dos órgãos esportivos e de patrocinadores privados.” Dirigente minastenista destaca a inversão no investimento Para Carlos Henrique Martins Teixeira, diretor do departamento de judô do Minas Tênis Clube, a crise internacional afetou o desporto no Brasil e no mundo. “Os investimentos no esporte caíram bastante no Brasil, pois os patrocínios de empresas privadas estão minguados e as captações em face das leis de incentivo também, porquanto dependem da iniciativa privada, cujo cenário mundial e nacional é de crise. A crise econômica
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o Flamengo, que deu provas da atual maturidade empresarial ao abrir mão de modalidades, em troca da preservação de sua integridade administrativa e financeira. Este episódio lamentável deve servir para que haja uma revisão de postura em relação à política governamental para o esporte, enquanto há tempo. A tendência é que outros clubes sigam o mesmo caminho, na medida em que não podem comprometer sua receita condominial, que também deve ser revertida em prol de seus associados. A conta deve ser feita, uma vez constatado que o esporte de ponta, embora seja uma vala de gasto sem fim, exige investimento público por se configurar como uma missão social e nacional. Penso que o Flamengo honrará os contratos em curso, já que a postura da atual diretoria é de ética. Oxalá este quadro possa se reverter, Carlos Henrique Martins diretor do departamento de o que acredito possível somente com maior Judô do Minas Tênis Clube investimento governamental. Caso contrário, atingiu o esporte. Além do mais, existem hoje poderemos ter, à véspera das Olimpíadas, muitos projetos sociais que disputam o mes- uma acentuada desmobilização dos grandes mo filão, ocasionando a pulverização dos re- clubes, os quais, friso, sempre foram o grancursos, viabilizando, talvez, apenas objetivos de celeiro de atletas. Um melhor compartipolíticos e não esportivos.” lhamento dos investimentos que hoje são O dirigente vê inversão de papéis no carreados às confederações por meio das fomento das modalidades. “Os clubes que empresas públicas ajudaria, já que a verba sempre foram incentivadores do esporte, em destinada hoje aos clubes é pífia.” véspera de Olimpíada ou não, estão tendo dificuldade em fomentar as modalidades, Nacif Elias e Érika Miranda especialmente aqueles que mantêm uma dicompunham o time rubro-negro versidade maior de modalidades olímpicas. Algumas são autossustentáveis e se pagam Há pouco mais de um ano, Nacif Elias com verbas de patrocínio, enquanto outras, trocou o Minas Tênis Clube pelo Flamengo. não. Como cada modalidade representa um Em busca do sonho olímpico, o judoca cacentro de custos altos, não se consegue pixaba mudou-se para o Rio de Janeiro e foi manter todas, e creio ser este o caso do recebido de braços abertos na Gávea. AgoFlamengo. Um clube com várias modalida- ra, a lua de mel chegou ao fim. des, em que algumas não se sustentam, ou Outros destaques dos tatamis na mesmelhor, se mantêm à custa da arrecadação ma situação são Érika Miranda, que também condominial dos associados, havendo furo trocou a excelente estrutura do Minas Tênis no caixa é necessário concentrar investi- por esta aventura na Gávea, além de Juliene mentos onde está sendo viável. O Flamengo Aryecha e Mauro Moura. optou por zelar por sua solidez financeira e Sem contar Rosicléia Campos, técnica abrir mão de algumas modalidades. A ver- da seleção brasileira feminina, que também dade é que o fato deve servir para chamar não terá seu contrato renovado. No ano pasa atenção governamental para os equívocos sado, a equipe rubro-negra feminina de judô da atual política do esporte, que concentra conquistou o título inédito do Grand Prix Ininvestimentos nas confederações, penalizan- terclubes. do os clubes, que sempre foram celeiros de Outros gigantes do olimpismo foram atletas.” prejudicados pela irresponsabilidade dos Carlos Henrique vê a necessidade de dirigentes da Gávea, e entre estes destacamaior investimento público. “Em minha opi- mos Diego Hypólito, Jader Barbosa e Daniele nião, deve ter sido uma decisão difícil para Hypólito.