O MAR O Museu de Arte do Rio promove uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar. O MAR está instalado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário. O Palacete abriga as salas de exposição do museu. O prédio vizinho abriga a Escola do Olhar, que é um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino. Como recomenda a UNESCO, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais – sob a forma de exposições, catálogos, programas em multimeios e educacionais. Com sua própria coleção – já em processo de formação por meio de aquisições e doações correspondentes à sua agenda – o MAR conta também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a execução de seu programa. O MAR, inaugurado em março de 2013, funciona como um espaço proativo de apoio à educação e trabalha em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e outras secretarias de Educação. A Escola do Olhar desenvolve um programa acadêmico, construído em colaboração com universidades, para discutir arte, cultura da imagem, educação e práticas curatoriais. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Fundação Roberto Marinho, com a Vale e as Organizações Globo como Patrocinadoras e o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A ARQUITETURA O projeto arquitetônico do MAR é do escritório carioca Bernardes + Jacobsen. O complexo do museu engloba 15 mil metros quadrados e inclui oito salas de exposições e cerca de 2.400 metros quadrados, divididos em quatro andares; a Escola do Olhar e áreas de apoio técnico e de recepção, além de serviços ao público. Os dois prédios que formam a instituição são unidos por meio de uma praça, uma passarela e cobertura fluida, em forma de onda – o traço mais marcante da caligrafia dos arquitetos – transformando-os em um conjunto harmônico.
PORTO MARAVILHA O lançamento do MAR representa um dos marcos do Porto Maravilha, projeto da Prefeitura de revitalização da zona portuária do Rio, com investimentos também da iniciativa privada. A intervenção urbana dessa região da cidade marca uma virada muito importante na história do desenvolvimento urbano do Rio de Janeiro. Sua finalidade é promover a reestruturação local, por meio da ampliação, articulação e requalificação dos espaços públicos da região, visando à melhoria da qualidade de vida de seus atuais e futuros moradores e à sustentabilidade ambiental e socioeconômica da área. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadrados, que tem como limites as Avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho. O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização do patrimônio histórico da região, bem como a promoção do desenvolvimento social e econômico para a população. Além do MAR, a região irá ganhar outro projeto de grande impacto cultural: o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, com previsão de inauguração para 2014. Para coordenar o processo de implantação do Porto Maravilha, foi criada a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP),empresa de economia mista, controlada pela Prefeitura. A CDURP tem como principais funções implementar e gerir a concessão de obras e serviços públicos na região, além da administrar os recursos patrimoniais e financeiros referentes ao projeto.
- Programa Porto Maravilha A Região Portuária guarda muito da história do Rio de Janeiro. Uma caminhada por suas ruas é suficiente para confirmar a riqueza dos patrimônios material e imaterial. Obras de grandes arquitetos, trapiches redescobertos, representações da cultura afro-brasileira, palacetes, sobrados do início do século XX e galpões ferroviários são parte da diversidade que conta a história da cidade e do País. Preservada com a lei que cria a Área de Proteção do Ambiente Cultural dos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo (APAC Sagas), a região em que nasceu o samba tem notória vocação cultural, com manifestações artísticas de todo tipo, marco da identidade desses bairros. Com o Programa Porto Maravilha Cultural os recursos são aplicados na restauração de bens tombados, em ações do poder público e no apoio a iniciativas de valorização do patrimônio da região. Para implementar as ações, a Cdurp trabalha em parceria com instituições públicas, sociedade civil e setor privado.
ACONTECE - Chegança do Almirante Negro no MAR da Pequena África Dia 07 de abril de 2013, 14h | Cortejo saindo do Cais do Porto e chegando em frente ao MAR Grande Cia. De Mystérios e Novidades “Chegança do Almirante Negro no MAR da Pequena África” é baseado no episódio da Revolta da Chibata e seu líder João Cândido. A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos. O episódio culminou em um motim, que se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910, na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto. O espetáculo tem direção geral de Ligia Veiga. A dramaturgia é criada a partir de textos da diretora em parceira com o cordelista Edmilson Santini, e conta com direção de arte de Helio Eichbauer. Os figurinos e adereços foram criados por Domingos de Alcântara. A peça é encenada pelo elenco da Grande Companhia, em parceria com a Orquestra sobre pernas de pau “Gigantes pela própria natureza”. Os músicos, atores e dançarinos atuam sobre pernas de pau, reforçando o aspecto arquetípico e tragicômico dos personagens. A trilha sonora ao vivo, referenciada nos folguedos populares, é composta especialmente para o espetáculo e segue uma linha de pesquisa baseada em melodias e ritmos do auto popular brasileiro: cheganças e marujadas. A história do líder da Revolta da Chibata será contada em forma de Epopéia Marítima, reapresentando nas ruas esse capítulo de significativo valor histórico e cultural.
- Atlas, suite - Exposição, simpósio, conferências Curadoria: Georges Didi-Huberman e Arno Gisinger Organização: Tadeu Capistrano, Stefanie Baumann e Phillipe Farah “Atlas, suíte” é uma exposição de imagens fotográficas acompanhada de um simpósio internacional, que discute sobre o “valor de exposição” num contexto em que proliferam os novos meios de reprodução técnica e sua compreensão pelas mais variadas instituições culturais. O simpósio internacional “Imagens, sintomas e anacronismos” ocorrerá nos primeiros dias da exposição, reunindo pesquisadores e artistas que trabalham conceitualmente com a forma “atlas”, ou a montagem de imagens heterogêneas que serve como um meio de criação de experimentação estética e diferentes formas de conhecimento. A estrutura do simpósio vai seguir quatro linhas principais de discussão (um para cada uma das quatro sessões do simpósio) que surgirem a partir das questões produzidas pela exposição “Atlas, suíte”.
- Conferências de Georges Didi-Huberman 25/05 (sábado) - das 16:00h às 18:30h. Mediação: Ilana Feldman 27/05 (segunda) - das 19:00h às 21:30h. Mediação: Marcelo Jacques
EXPOSIÇÕES ATUAIS - O abrigo e o terreno: arte e sociedade 01/03 - SEXTA-FEIRA 3º Andar Terça a domingo, de 10h às 17h O abrigo e o terreno inaugura o projeto Arte e sociedade no Brasil, dedicado à atuação da arte brasileira no campo da alteridade e das relações sociais. A exposição reúne artistas e iniciativas de diversas regiões em torno de uma questão que – dadas as reformas urbanísticas que hoje transfiguram o Brasil, principalmente o Rio de Janeiro – se faz especialmente urgente: as concepções de cidade e as forças que se aliam e se conflitam nas transformações urbanísticas, sociais e culturais do espaço público/privado. Entrecruzando distintos horizontes políticos e estéticos – como a ideia de cidade do homem nu de Flávio de Carvalho (1930), a constatação de uma cidade de casas fracas (Clarice Lispector em O Mineirinho, 1962), o projeto de urbanização da favela Brás de Pina (escritório Quadra, década de 1960) ou a atuação de artistas (2003-2007) na Ocupação Prestes Maia, em São Paulo –, a mostra problematiza a propriedade, a posse e o usufruto dos espaços sociais –o terreno – e os modos como produzem política e subjetividade, do direito à habitação ao desejo de abrigo. Concebida como um laboratório de diálogos e antagonismos que percorre o século XX e invade a contemporaneidade, O abrigo e o terreno inclui ainda uma programação de atividades com intervenções, debates, palestras e publicações.
- Rio de imagens: uma paisagem em construção 01/03 - SEXTA-FEIRA 3º Andar Terça a domingo, de 10h às 17h Rio de Imagens: uma paisagem em construção descortina um olhar sobre a representação da cidade ao longo de quatro séculos. A partir de cerca de quatrocentas peças — da cartografia ao vídeo, passando por pintura, gravura, desenho, fotografia, escultura e objetos de design —, a exposição enfoca a criação de um imaginário sobre a cidade, seus desdobramentos e transformações. São destacadas obras de arte que contribuíram para formar uma iconografia da paisagem carioca, por meio de uma seleção que vai do início do século 19 até os dias de hoje (sendo a maioria oriunda de coleções particulares, o que torna ainda mais especial a oportunidade de vê-las reunidas). Entre os mais de sessenta artistas participantes, estão nomes formadores da arte brasileira, como Burle Marx, Castagneto, Dall’Ara, Di Cavalcanti, Facchinetti, Goeldi, Iberê Camargo, Ismael Nery, Lívio Abramo, Manabu Mabe, Pancetti, Segall, Tarsila, Taunay, Thimóteo da Costa, Vieira da Silva, Vinet e Visconti, juntamente com representantes de destaque da arte contemporânea. Salas especiais revelam tesouros da produção de panoramas, mapas e artes aplicadas. O percurso conta ainda com três instalações multimídia, criadas especialmente para a exposição, que ajudam o visitante a imaginar a cidade em sua dimensão histórica e afetiva.
ENDEREÇO Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro CEP: 20081-240 Dê preferência ao transporte público. De todas as regiões da cidade, existem 50 linhas de ônibus que passam pelo MAR. Evite ir de carro.
COMO CHEGAR - Barca O visitante de Niterói, Ilha do Governador e Paquetá pode usar a barca, que para na Praça XV. De lá até o MAR há a opção de caminhada (cerca de 20 minutos) ou ônibus (21 linhas ligam a Praça XV à Praça Mauá).
- Metrô Estação Uruguaiana e caminhar 10 minutos até o local. Estação Carioca e caminhar 18 minutos até o local.
- Onibus 123 Praça Mauá – Jardim de Alah 127 Rodoviária – Copacabana 169 Praça Mauá – São Conrado (via Linha Amarela) 170 Rodoviária – Gávea 172 Rodoviária – Leblon (Circular) 177 Praça Mauá – São Conrado 180 Central – Cosme Velho (Via Largo do Machado) 190 Rodoviária - Copacabana 220 Praça Mauá – Usina (via Haddock Lobo) 222 Vila Isabel – Praça Mauá (via Hospital dos Servidores)
2014 Gávea – Praça Mauá 442 Maré – Copacabana (via Praça Mauá) 312 Olaria – Praça Mauá (via São Cristóvão) SP312 Ramos – Praça Mauá (via São Cristóvão) 345 Praça Mauá – Barra da Tijuca (via Furnas) 338 Praça Mauá – Taquara (via Linha Amarela) 341 Praça Mauá – Taquara SP341 Freguesia – Praça Mauá 2331 Santa Cruz – Castelo (via Praça Mauá)
- Trem Central do Brasil e pegar o ônibus linha 225 ou caminhar 15 minutos até o local.
INFORMAÇÕES - Horário das exposições Terça a domingo de 10h ás 17h.
- Valor do ingresso Geral: R$ 8,00 Meia-entrada: R$ 4,00 (Pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, estudantes universitários e pessoas com deficiência)
- Gratuidade As terças-feiras, o MAR é gratuito para todos. Nos demais dias, gratuidade para: Alunos da rede pública de Ensino Fundamental e Médio Crianças com até 5 anos de idade Pessoas com idade a partir de 60 anos Professores da rede pública de ensino Membros do ICOM Profissionais de museus Grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa Vizinhos do MAR Todos os visitantes, às terças-feiras Guias de turismo Em todos os casos, é necessário apresentar documentação comprovativa.