NOTAS SELETAS DE diário: topografia de um ser íntimo Laura Berbert
NOTAS SELETAS DE diário: topografia de um ser íntimo Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Colegiado de Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Artes Visuais.
Habilitação: Artes Gráficas Orientador: Prof. Marcelo Drummond Laura berbert ferreira albino Escola de belas artes da ufmg Belo Horizonte, 2013
NOTAS SELETAS DE diário1: topografia de um ser íntimo
Laura Berbert
[1] Título frequentemente usado nos capítulos que apresentam trechos do diário pessoal de Louise Bourgeois no livro Destruição do pai Reconstrução do pai.
(*) As palavras aqui destacadas comportam-se como palavras-valise, carregam em si significados que estĂŁo para alĂŠm deste texto e encontram-se listadas no capĂtulo Verbetes .
nota prévia
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NOTA PRÉVIA Constituir cuidadosamente esta seleta foi exercício de me localizar e reconhecer como mulher-artista no mundo. A escolha do espaço doméstico como campo de atuação e pesquisa se deu como necessidade.
G.B. |
É fato de que as notas que seguem são baseadas em uma experiência pessoal íntima intransferível, mas ainda assim penso que elas possam transformar o olhar de quem entre em contato. Entrar em contato aqui é dispor-se a olhar desde dentro.
Devo lembrar também que nesta busca encontrei-me acompanhada de outras vozes. Elas serviram de alerta e fôlego. Reconhecendo sua beleza e importância, trago-as comigo. Este é um texto polifônico.
J.C. |
Outras vozes
J.C.
C.L. Clarice Lispector
J.C.M.N. João Cabral de Melo Neto
G.B. Gaston Bachelard
L.B.
G.S. Georges Spyridaki
M.A. Marina Abramovic
H.B. Henri Bosco
R.M.R. Rainer Maria Rilke
I.N. Isaac Newton
W.B. Walter Benjamin
1. Ardendo assim, sem tréguas, suportando a queimadura central que avança como o amadurecimento paulatino do fruto, ser o pulso de uma fogueira neste emaranhado de pedra interminável, caminhar pelas noites da nossa vida com a obediência do sangue no seu cego circuito.
Falo agora desde um lugar diferente do que estava quando comecei este ajuntamento. Ele pode se dar como carta geográfica para quem queira encontrar um novo lugar dentro de si e de sua casa, mas não posso dar as coordenadas exatas. Devo apenas dizer que no caminho que segue, todos os lados são norte.
1. O que comunicamos aos outros não passa de uma orientação para o segredo, sem, contudo, jamais poder dizê-lo objetivamente. O segredo nunca tem objetividade total.
Julio Cortázar
Louise Bourgeois
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agradecimentos A Gustavo, pelos cafés animadores nos dias de cansaço dos últimos meses. À Lu, pela companhia e compreensão nos dias difíceis. A Ricardo Reis, pela disposição e delicadeza em ajudar com o projeto gráfico.
DEDICATÓRIA Compreendendo a importância de se caminhar junto, dedico: Aos meus pais, por possibilitarem que eu empreendesse esta busca por um lugar no mundo. À Paula, pela primeira experiência com a alteridade. Ser tão parecida e por isso tão diferente. À Vale, por me ajudar a compreender e reconhecer a responsabilidade de ser uma mulher-artista. A João, companheiro leal que encontrei nestes quatro anos de formação. A Marcelo Drummond, pela dedicação, parceria e orientação nestes tempos de encontrar-se. Aos que fizeram em mim nascer poesia.
MAIS SOBRE ESCADAS J.C. |
2. Em algum lugar da bibliografia que não quero lembrar foi explicado uma vez que há escadas para subir e escadas para descer; o que não foi dito na ocasião é que também pode haver escadas para ir para trás. Os usuários desses úteis artefatos entenderão sem esforço excessivo que qualquer escada vai para trás se a gente sobe de costas, mas o que resta saber nesses casos é o resultado de tão insólito processo. Faça-se o teste com qualquer escada externa; superado o primeiro sentimento de incômodo e mesmo de vertigem, se descobrirá em cada degrau um novo âmbito que, embora faça parte do âmbito do degrau precedente, ao mesmo tempo o corrige, critica e amplia. Pense-se que pouquíssimo tempo antes, na última vez em que se subiu nessa escada da maneira usual, o mundo de trás era abolido pela própria escada, sua hipnótica sucessão de degraus; mas basta subi-la de costas para que um horizonte a princípio limitado pelo tabi-
que do jardim pule agora até o campinho dos Peñaloza, depois abarque o moinho da turca, estoure nos álamos do cemitério e, com um pouco de sorte, chegue até o horizonte de verdade, o da definição que a professorinha da terceira série nos ensinava. E o céu, e as nuvens? Conte-as quando estiver no topo, beba o céu que lhe cai em plena cara por seu imenso funil. Quem sabe depois, quando der meia-volta e entrar no andar alto da sua casa, em sua vida doméstica e diária, perceba que também ali é preciso olhar muitas coisas dessa forma, que também numa boca, num amor, num romance, é preciso subir para trás. Mas tome cuidado, é fácil tropeçar e cair; há coisas que só se deixam ver quando se sobe para trás e outras que não querem, têm medo dessa subida que as obriga a despir-se tanto; obstinadas em seu nível e em sua máscara, vingam-se cruelmente de quem sobe de costas para ver outra coisa, o campinho dos Peñaloza ou os álamos do cemitério. Cuidado com essa cadeira; cuidado com essa mulher.
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A mulher e a casa J.C.M.N. | 1. Tua sedução é menos de mulher do que de casa: pois vem de como é por dentro ou por detrás da fachada.
Louise Bourgeois. Femme Maison, 25,2x18 cm, 1947.
pelo que dentro fizeram com seus vazios, com o nada; pelos espaços de dentro, não pelo que dentro guarda;
Mesmo quando ela possui tua plácida elegância, esse teu reboco claro, riso franco de varandas,
pelos espaços de dentro: seus recintos, suas áreas, organizando-se dentro em corredores e salas,
uma casa não é nunca só para ser contemplada; melhor: somente por dentro é possível contemplá-la.
os quais sugerindo ao homem estâncias aconchegadas, paredes bem revestidas ou recessos bons de cavas,
Seduz pelo que é dentro, ou será, quando se abra; pelo que pode ser dentro de suas paredes fechadas;
exercem sobre esse homem efeito igual ao que causas: a vontade de corrê-la por dentro, de visitá-la.
índice
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Estudo para Acúmulo II, 7,5x10,3 cm, 2012.
20 O canto 24 domésticas 28 domésticos 31 Da coleção 44 Sobre os dias 46 Topometrias das intercorrências 54 Desdobrar-se 56 Verbetes 60 Bibliografia 69
Da necessidade Coreografias ou
O
livro
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Corpo-casca, casa-carapaça
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Presente QUASE ausente
da necessidade
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DA NECESSIDADE R.M.R. |
C.L. |
1. Há apenas um meio. Volte-se para si mesmo. Investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele se estende as raízes até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a si mesmo se o senhor morreria caso fosse proibido de escrever. Sobretudo isto: pergunte a si mesmo na hora mais silenciosa de sua madrugada: preciso escrever? Desenterre de si mesmo uma resposta profunda. E, se ela for afirmativa, se o senhor for capaz de enfrentar essa pergunta grave com um forte e simples “preciso”, então construa sua vida de acordo com tal necessidade, sua vida tem que se tornar, até na hora mais indiferente e irrelevante, um sinal e um testemunho desse impulso. 1. E – e não esquecer que a estrutura do átomo não é vista mas sabe-se dela. Sei de muita coisa que não vi. E vós também. Não se pode dar uma prova da existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando.
Estudo para catalisadores. 2012.
Um caminhante que encontra na paisagem, imagens nas junções de quinas de construções, e percebe então que esses felizes encontros acontecem só quando se está atento, pois a medida de um passo determina o que se vê. É com esse olhar que tenho me colocado no espaço da casa, um olhar deslocado. Algum dia, na eterna rotina dos cuidados domésticos, percebi que a todo cuidado meu, a casa respondia imediata. Que feliz descoberta. A essência das pequenas coisas só se mostra a partir de um ângulo muito certo. Para ver é preciso aprender a escala dos milímetros, um passo a frente e tudo está perdido. Para ouvir, aprender o silêncio, pois a voz da casa sussurra. Na minha obsessiva dedicação e reclusão ao espaço da casa, eu aprendi. E que felicidade esse aprendizado. Uma delicadeza. Aprendi que com a mesma força que habito a casa, ela me habita. Entendendo que a minha forma de ser e estar no mundo se dá em camadas, constatei que a relação que estabeleço com o espaço
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Julião Sarmento. 1) Nothing of the Darker Aspects of my Detestable character, 90x115 cm, 1995 / 2) Beja (2), 24x32 cm, 1993 / 3) Beja (7), 24 x 32 cm, 1993. / 4) The house with the upstairs in it (11), 66x53 cm, 1996
que habito é o primeiro nível que está para fora do núcleo-eu. Núcleo este de natureza dual. Em um primeiro momento sou Lauravivente-e-sobrevivente, bailarina nestas coreografias domésticas. Laura que organizando a casa organiza a si mesma, Laura objeto para um sujeito casa. Depois sou Laura-artista, coreógrafa, que olha, compreende, ressignifica, e transmite essa simbiose entre o ser e o espaço. Do lugar de artista me sinto incumbida, então me responsabilizo, em transmitir essa dança inventada na qual o ser duplo e o espaço doméstico deslocam-se entre os lugares de sujeito e objeto, constantemente.
R.M.R. | 2. Por isso, prezado senhor, eu não saberia dar nenhum conselho senão este: voltar-se para si mesmo e sondar as profundezas de onde vem a sua vida; nessa fonte o senhor encontrará a resposta para a questão de saber se precisa criar. Aceite-a como ela for, sem interpretá-la. Talvez ela revele que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse caso, aceite sua sorte e a suporte, com seu peso e sua grandeza, sem perguntar nunca pela recompensa que poderia vir de fora. Pois o criador tem que ser um mundo para si mesmo e encontrar tudo em si mesmo e na natureza, da qual se aproximou.
corpo-casca, casa-carapaça
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CORPO-CASCA, CASA-CARAPAÇA Reconhecer-me como sujeito que é e está no mundo foi também reconhecer-me como sujeito-passivo neste espaço. Em um momento altero a espacialidade que me cerca. Em outro, ela me transforma. O meu corpo é meu primeiro limite, o primeiro plano de organização espacial com o qual tenho que lidar. Ser estes cinquenta e poucos quilos de matéria, constituintes de um corpo feminino é o primeiro nível exterior e determinante sobre a minha condição de ser no mundo. Porém sinto este corpo-casca em estado de emergência. Reconhecêlo como recipiente de um sujeito-núcleo duplo, me faz pensá-lo como exoesqueleto, sempre em mutação, tendo sempre que crescer, estender-se para abrigar estas Lauras: mulher-vivente e artista. A partir do momento que me reconheço como ser dual, um ser passa a reverberar o outro. O pensamento do ser habitante não mais se separa do pensamento do ser que olha o habitar. Os dois passam a se configurar como uma fita de moebius; um cada vez mais dentro do outro. Um ser que em sua individualidade é duplo.
Frida Kahlo. As Duas Fridas, 173x173 cm, 1939.
C.L. |
2. Assassinato o mais profundo: aquele que é um modo de relação, que é um modo de um ser existir o outro ser, um modo de nos vermos e nos sermos e nos termos, assassinato onde não há vítima nem algoz, mas uma ligação de ferocidade mútua. Minha luta primária pela vida.
Olhar para o espaço doméstico a partir desta perspectiva dupla me mostrou que para além do meu corpo e da arquitetura que habito, existe um outro lugar. Um lugar subjetivo que se dá entre a derme e o revestimento. Mas que só se mostra a partir de uma intermediáriaretina: a intimidade, o dispor-se a estar dentro, a cuidar. C.L. |
3. Eu, corpo neutro de barata, eu com uma vida que finalmente não me escapa pois enfim a vejo fora de mim – eu sou a barata, sou minha perna, sou meus cabelos, sou o trecho de luz mais branca do reboco
da parede – sou cada pedaço infernal de mim – a vida em mim é tão insistente que se me partirem, como a uma lagartixa, os pedaços continuarão estremecendo e se mexendo. Sou o silêncio gravado
Still do vídeo presente QUASE ausente, dimensão variável, 2012.
às vezes, deixo as paredes de minha casa se expandirem no espaço que lhes é próprio, que é a extensibilidade infinita.
numa parede, e a borboleta mais antiga esvoaça e me defronta: a mesma de sempre.
Não podendo abandonar este corpo que me limita, atribuo ao espaço íntimo que me cerca a capacidade de volubilidade. É como uma segunda pele que reveste o que não me cabe, e que tem às vezes a função de ser superfície tátil no encontro com o outro que me visita. G.B. |
2. Ele compreenderá que o cosmos forma o homem, transforma um homem das colinas em um homem da ilha e do rio. Perceberá que a casa remodela o homem.
G.S. |
1. Minha casa é diáfana, mas não é de vidro. Teria antes a constituição do vapor. Suas paredes condensam-se e se expandem segundo o meu desejo. Por vezes, aperto-as em torno de mim, como uma armadura de isolamento...Mas,
C.L. |
4. A grandeza infernal da vida: pois nem meu corpo me delimita, a misericórdia não vem fazer com que o corpo me delimite. No inferno, o corpo não me delimita, e a isso chamo de alma? Viver a vida que não é mais a de meu corpo – a isto eu chamo de alma impessoal? E minha alma impessoal me queima.[...] E porque minha alma é tão ilimitada que já não é eu, e porque ela está tão além de mim – é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro.
A casa-carapaça é então uma extensão do meu corpo. Conferir a ela o papel de carapaça é atribuir ao meu corpo o lugar do ser íntimo, de ser abrigado. A casa se dispõe como eu mesma estou disposta. Ela é espelho. Côncavo para o meu corpo convexo.
22 de maio de 1969 Vi ontem na TV um documentário sobre o escor-
ela fica letárgica, imóvel, e os filhotes saem
pião. Era o meu retrato. Nunca vi um bicho mais
aos montes, subindo pelo corpo da mãe, de cima
solitário: dentro de sua casca que cai, de
abaixo, brancos, mas mesmo assim terrivelmente
quando em quando, sendo o processo horripilan-
sinistros. Tomei consciência de que, na medida
te e belo. Uma enorme crosta permanece parada,
em que quase todos os artistas hoje se vomitam
quieta no tempo, e a fera sai de dentro, pouco
a si mesmos num processo de grande extroversão,
a pouco, num processo lento como o nascimento.
eu solitária engulo, cada vez mais num processo
Depois disso a fera tem uma casca tão fres-
de introversão, para depois fazer a ovulação que
ca e vulnerável, que ela fica imóvel até o sol
é miseravelmente dramática, um ovo de cada vez.
endurecê-la. Ele vive só entre pedras, areia
Depois é o engolir novamente, introverter-se até
ou lixo. Quando aparece outro escorpião, há uma
quase a loucura, para botar um único ovo que nada
luta entre os dois, que é horripilante de fero-
tem de inventado mas sim de gorado... Loucura?
cidade, e eles soltam um barulho mais sinistro
Não sei. Só sei que é minha maneira de me amarrar
que o de duas cascavéis quando armam o bote.
ao mundo, ser fecundada e ovular. Sozinha nesse
Antenas ou braços, sei lá, que curvos se apro-
processo vou eu e por isso também é que a minha
ximam do outro que recua, mas que contra-ataca
comunicação não pode ser feita por meio do espe-
depois, a cauda sempre levantada com uma grande
táculo a priori, manifestações de grupos como nos
ampola de veneno, o primeiro que a experimenta
outros, mas é uma experiência tão biológica, ce-
é morto no ato. Quando aparece a fêmea há também
lular, que só é comunicável também de uma maneira
uma espécie de luta, dança nupcial terrível, e
celular e orgânica. De um a dois, a três ou mais,
não se sabe se é para matar ou gozar. Essa luta
mas sempre uma coisa sai da outra, e é uma comu-
ou dança pode durar horas, sempre acompanhada
nicação extremamente intimista de poro a poro, de
do chocalho dos dois. Quando a fêmea desova,
pêlo a pêlo, de suor a suor. Lygia Clark
corpo-casca, casa-carapaça
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Presente QUASE ausente Há quase quatro anos encontrei nas aulas de tipografia da Belas Artes quem seria o meu amigo, e parceiro de futuros trabalhos. A cumplicidade e companheirismo em um momento tão efervescente da vida (a juventude e o
percurso na universidade) nos comprometeu para além da amizade. Chegando o tempo de encerrar esta etapa de formação enquanto artistas decidimos que era hora de trabalhar em um projeto juntos. O João, sempre interessado no que diz respeito ao outro, iniciou no semestre passado um trabalho que ele entitulou Eu me convido ao outro. Ele visitava outros, semelhantes à ele. Ao retratar estes outros, para mim, ele constituía o seu próprio retrato. Foi neste mesmo semestre que desenvolvi o trabalho domésticos. Tendo estas duas pesquisas como eixo, pensamos em um exercício poético: nos visitar semanalmente. Fizemos destas visitas a matéria da
nossa experimentação. Porque não me colocar no lugar do outro para o João? Ou então fazer da casa dele o lugar da minha investigação? Partimos sempre de afazeres cotidianos. Caminhar pelo jardim, organizar o quarto bagunçado.
Imagens da série presente QUASE ausente, 50x75 cm, 2012.
Observando esses afazeres a partir de experimentações vídeo-fotográficas, nos atentamos para a presença efêmera das coisas na casa. Constatamos que a casa era constituída de corpos presentes, logo ausentes. Corpos que somos nós e os objetos. Corpos que se formam pelo nosso caminhar repetitivo em alguns trechos domésticos. Corpografias na casa. Presença forma, ausência contra-forma. A casa é marcada pelo corpo que está, e logo não está mais.
o canto Recolher-se ao silêncio. Recolher-se ao espaço da casa. Duas ações de um mesmo tempo: por isso o canto – confluência de duas linhas, dois estados. Procurando localizar-me em um tempo em que tudo fala alto, encontrei em mim a necessidade de estar sozinha. Não como condição de quem está desacompanhado ou só, mas antes, como estado de espírito. R.M.R. |
3. O que é necessário é apenas o seguinte: solidão, uma grande solidão interior. Entrar em si mesmo e não encontrar ninguém durante horas, é preciso conseguir isso.
O amor pelo o que é pequeno me doutrinou em calar a voz imperativa. Para encontrar a delicadeza nas coisas diminutas tive que me colocar no lugar de quem pacientemente espera para receber algo. Calar-se e esperar. Até que os pormenores da vida cotidiana apresentem-se como um universo. E quando apresentam – que generosidade. Aprender com, e por eles. Estudo para silêncio I, 2012.
Alcançar este estado de consentimento para com as coisas requer serenidade, e pode ser um processo irreversível. R.M.R. |
4. Pense, meu caro, no mundo que o senhor leva dentro de si, então dê a esse pensamento o nome que quiser; pode ser lembrança da própria infância ou anseio do próprio futuro – apenas preste atenção no que surge a partir de dentro e eleve-o acima de tudo o que o senhor percebe em torno. Se um acontecimento mais íntimo é digno de todo o seu amor, é nesse acontecimento que o senhor deve trabalhar de algum modo, sem perder muito tempo nem muito esforço para esclarecer sua posição em relação aos outros homens.
G.B. |
3. As paixões cozinham e recozinham na solidão. Todos os espaços das nossas solidões passadas, os espaços em que sofremos a solidão, desfrutamos a solidão, desejamos a solidão, comprometemos a solidão, são indeléveis em nós.
Há algum tempo encontrei-me digerindo vivências cotidianas ao infundí-las com o chá antes de dormir. R.M.R. |
5. Que o senhor ganhe mais e mais confiança para aquilo que é difícil, para a sua solidão em meio aos outros.
corpo-casca, casa-carapaça
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Depois de longo tempo acompanhada do meu próprio silêncio, ouvindo-o ecoar no espaço que circunscrevo, aprendi eu mesma a falar baixo. Menos autoritária com o que digo, me percebi acompanhada de outras vozes. L.B. |
1. O importante não é tanto de onde veio minha motivação, mas como conseguiu sobreviver. A tarefa básica do artista é a concentração – conquistar um silêncio total e amigo.
M.A. |
1. A relação entre o artista e o silêncio: o artista deve compreender o silêncio o artista deve criar um espaço para que o silêncio adentre sua obra o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento o silêncio é como uma ilha no meio de um oceano turbulento
Edward Hopper, Morning Sun, 102x71,5 cm, 1952.
coreografias domésticas
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COREOGRAFIAS DOMÉSTICAS A oportunidade de ser dona de uma casa me pareceu um tanto atraente quando me vi em uma nova cidade. Neste novo espaço que me cabia, a atividade de organizar e escolher um lugar adequado para cada coisa se deu, inicialmente, como forma de compensar a sensação de não pertencimento nesta urbe até então desconhecida. O que no começo era fuga de um incômodo, passou a ser depois uma potência serena. Eu e o novo apartamento nos pertencíamos. As tarefas do dia-a-dia que, na casa dos pais, eram obrigação e me tomavam o tempo, renasceram nesta nova casa como cuidado e sobrevivência plena. Eu entregava com felicidade o meu tempo a elas. H.B. |
1. Essa vocação para a felicidade, longe de ser nociva à sua vida prática, alimentava-lhe os atos. Enquanto ela lavava um lençol ou uma toalha, enquanto passava cuidadosamente o pano que cobria o pão ou polia um candelabro de cobre, subiam-lhe do fundo da alma esses pequenos movimentos da alegria que animava seus trabalhos
Notas autobiográficas Ago 84 - Mar 81.
domésticos. Ela não esperava que o trabalho tivesse terminado para mergulhar em si mesma e contemplar à vontade as imagens sobrenaturais que a habitavam. Era enquanto fazia os trabalhos mais banais que as figuras desse mundo lhe apareciam familiarmente. Sem parecer sonhar nem um pouco, ela lavava, espanava e varria em companhia dos anjos.
Com um olhar amoroso para as pequenas coisas, as banalidades cotidianas passaram a ser por mim vistas e vividas como potência criativa. Estar em casa não era mais uma mera questão funcional. Eu me tornava corpo-doméstico. E por isso, o espaço habitado transformava-se em um novo lugar. G.B. |
4. Quando um sonhador reconstrói o mundo a partir de um objeto que ele encanta com seus cuidados, convencemo-nos de que tudo é germe na vida de um poeta.
Nas ocorrências rotineiras eu via agora coreografias domésticas. Guardar não era mais apenas guardar, mas guardar da melhor forma. Conformar com carinho.
Henri Matisse. Mesa de jantar (Os preparativos), 100x131 cm, 1897.
E entendendo que a toda ação minha a casa reagia com a mesma intensidade, ao cuidar eu passava a me sentir também cuidada. I.N. |
1. A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.
Os objetos passaram a ser co-habitantes, e em alguns deles eu via agora algo de curativo. Com este novo olhar, as atividades mais mecânicas da casa passaram a ser rituais de purificação. A casa ocupa um lugar vital nos meus ciclos de vida. Eu era agora Laura-objeto para um sujeito-casa.
DOMÉSTICOS O quarto já está claro pela ausência da cortina na janela. Caminho até o banheiro e, quase sem olhar, levo a mão até o registro da torneira. De rosto lavado sigo para a cozinha e o encontro é certo: todas as manhãs ele me espera acima da boca mais potente do fogão. O tempo de fervura da água é o suficiente para eu alcançar o pó e o açúcar na estante e prepará- los junto ao coador e a garrafa térmica. O bule apita e me avisa; já posso passar o meu café. Recolho-me no sofá para acabar de acordar enquanto aqueço as mãos junto à caneca ainda quente. O roçar da vassoura no chão do jardim do prédio diz que a zeladora já chegou. Minha casa é arquitetura que me habita, e ao habitá-la, não o faço sozinha. Co-habito com objetos que acolhem, catalisam e purificam; todos os dias. Mas para assim vê-los é preciso atentar às delicadezas das pequenas coisas - vividas e revividas cotidianamente, que assim acabam por se fazerem grandes. Me responsabilizo então por fazê-las visíveis também aos olhos dos outros. A casa é habitada por objetos que cuidam.
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1) Sobre o guardar I, 35 x 40 cm, 2012 2) Sobre o guardar II, 35 x 40 cm, 2012 3) Sobre o guardar III, 20 x 30 cm, 2012
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1) Sobre o varrer I, 35 x 40 cm, 2012 2) Sobre o varrer II, 20 x 30 cm, 2012 3) Sobre o varrer III, 20 x 30 cm, 2012 4) Still do vídeo Sobre o varrer, 4’ 34”, 2012 5) Still do vídeo Sobre o varrer II, 2’ 22”, 2012
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1) Catalisadores I, 35 x 40 cm, 2012 2) Catalisadores II, 20 x 30 cm, 2012 3) Still do vídeo Catalisadores, 3’ 9”, 2012
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1) Sobre aberturas e passagens I, 35 x 40 cm, 2012 2) Sobre aberturas e passagens II, 20 x 30 cm, 2012 3) Sobre aberturas e passagens III, 20 x 30 cm, 2012 4) Sobre aberturas e passagens IV, 35 x 40, 2012
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1) Acolhedeiros ou receptรกculos I, 35 x 40 cm, 2012 2) Acolhedeiros ou receptรกculos II, 20 x 30 cm, 2012 3) Acolhedeiros ou receptรกculos III, 35 x 40 cm, 2012 4) Acolhedeiros ou receptรกculos IV, 20 x 30, 2012
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1) Lavadeiros I, 35 x 40 cm, 2012
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2) Lavadeiros II, 20 x 30 cm, 2012 3) Lavadeiros III, 35 x 40 cm, 2012 4) Lavadeiros IV, 20 x 30, 2012 5) Still do vídeo Lavadeiros, 2’29”, 2012 6) Still do vídeo Lavadeiros II, 2’11”, 2012
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da coleção
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DA COLEÇÃO Em meio a obstinada ordenação da casa percebi que organizar o espaço era forma de organizar a mim mesma. Saber o lugar de cada coisa tornou-se forma de apropriação. Cada coisa sabida me pertencia, e por isso eu me reconhecia nelas.
W.B. |
Saber de cada livro, cada item da louça, quina ou fresta passou a ser uma fixação. Conhecer cada parte da casa fez de mim um ser menos disperso. Listar os objetos e categorizá-los segundo a sua função no meu cotidiano foi um exercício vital. Fiz disso um método aplicado. Talvez conhecendo cada uma destas frações domésticas, eu aprendesse um tanto mais sobre o meu corpo até então fragmentado. Assim se dava a simbiose entre eu e a casa. A arquitetura fazia de mim uma construção mais firme.
Estudo para Acúmulo I, 7,5x10,3 cm, 2012.
1. Talvez o motivo mais recôndito do colecionador possa ser circunscrito da seguinte forma: ele empreende uma luta contra a dispersão. O grande colecionador é tocado bem na origem pela confusão, pela dispersão em que se encontram as coisas no mundo.
Sobre os dias L.B. |
2. O movimento repetitivo de uma linha, acariciar um objeto, lamber feridas, o vaivém de um balanço, a infinita repetição das ondas, embalar uma pessoa para dormir, limpar alguém de quem você gosta, um gesto infinito de amor.
24 de outubro de 2012
sobre a contagem dos dias Quando a organização dos dias não mais obedece a estrutura da semana, há de se encontrar outra forma de riscar os números no calendário. Agora eles são contados assim, a cada vez que arrumo a cama. Depois de esticada a ausência no lençol, para novembro só restam 7.
da coleção
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25 de outubro de 2012
um olho aberto para a noite 02:25 da madrugada. Do outro lado da janela, luz acesa. Insone, não durmo por calor e sede. Há quase um mês vazia, lá a luz brilha em vigília. Espera.
26 de outubro de 2012
por que cebola faz chorar Elogio das lágrimas. CHORAR. Propensão particular do sujeito amoroso a chorar: modos de aparição e função das lágrimas nesse sujeito. 1.[...]Entregar-se às lágrimas poderia ser uma disposição própria do sujeito amoroso?[...]Liberando suas lágrimas sem nenhuma repressão, o amante segue as ordens do corpo amoroso, que é um corpo banhado, em expansão líquida[...]De onde o amante tira o direito de chorar, senão de uma reviravolta dos valores que coloca o corpo como primeiro alvo? Ele aceita recuperar o corpo criança.[...] 2. Talvez “chorar” seja por demais abrangente; talvez não se deva reduzir todas as lágrimas a uma mesma significação; talvez haja, no mesmo enamorado, diversos sujeitos que assumem modos semelhantes, mas diferentes, de “chorar. Quem é esse “eu” que tem “lágrimas nos olhos”? Quem é aquele outro que, tal dia, esteve “à beira das lágrimas”? Quem sou eu, eu que choro “todas as lágrimas de meu corpo”? p.59 Fragmentos de um discuro amoroso – Roland Barthes
26 de janeiro de 2012
filtro de barro da importância de manter limpo o que purifica. para isso mãos cuidadosas e açúcar.
TOPOMETRIAS OU O LIVRO DAS INTERCORRÊNCIAS Tal como um topógrafo que mede e descreve minuciosamente o relevo de um terreno, me coloquei no espaço da casa. Ao encará-la como relevo doméstico, compreendi: não estava lidando apenas com a disposição dos móveis ou objetos em cada cômodo. Lidava também com as relações criadas em cada espaço, com as memórias que faziam deste ou daquele lugar recipiente. Pensá-la como relevo implicou em reconhecer que ela é espaço constantemente configurado, desenhado e redesenhado pelo corpo que a habita. Corpo este que é agente endógeno e exógeno. Como a chuva ou o vento, que criam e modificam o relevo com o qual entram em contato. Um ser duplo: ora atua de dentro para fora, deformando a superfície habitada, outrora, de fora para dentro, conformando-a com cuidados. Para conhecer o relevo era preciso primeiro medí-lo, saber de cada coordenada. Como artista-topógrafa fiz da minha câmera fotográfica o meu teodolito, aparelho usado para medir as distâncias e elevações de um terreno de forma precisa. Para isso, estendi ao máximo o tripé, no qual instalei a câmera programada para disparar uma sequência de fotografias de cinco em cinco segundos. Desejando que a casa se revelasse como superfície autônoma, tentei exercer o mínimo de controle possível sobre o
Mulher com teodolito.
da coleção
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que estava sendo fotografado. Assim constitui as imagens que chamei de topometrias – primeiro registro deste relevo doméstico. Depois parti para a revelação e cópia das imagens registradas digitalmente. Por ampliá-las no formato copião, surgiram imagens duplas, que chamei de duplos. Entre os registros do espaço, surgiram espaços-entre, que considerei como as primeiras intercorrências. Assim entendidas por destoarem de alguma forma da rotina habitual. Ainda que sejam parte da conhecida paisagem doméstica, nestas imagens percebi encontros que me levaram para um outro lugar. Da memória, da intimidade. Desvios nas ocorrências cotidianas. A terceira etapa do trabalho foi a triagem, manipulação destas imagens. Para ordená-las, escolhi como suporte um livro ata – livro destinado ao registro de fatos ou ocorrências. Ordenar as imagens nas páginas do livro foi exercício de construção de um outro espaço. O livro aconteceu como tentativa de reconstituição do lugar que se dá entre eu e a casa, ou seja, um novo espaço-entre. Após ordenar as fotografias nas páginas, parti para a elaboração de anotações – um novo agente exógeno nestes relevos domésticos.
A cópia do Topometrias ou O Livro das Intercorrências encontra-se em edição anexa à presente monografia.
Desdobrar-se Empreender esta investigação sobre a minha relação com o espaço íntimo foi, sobretudo, um chamado a calar a voz e ouvir-se (treinar o ouvido para o essencial). À medida que eu percebia este espaço de uma nova forma, aprendi sobre a importância do olhar a partir de outras perspectivas. Problematizar a casa como espaço simbólico disparou o desejo de repensar outros espaços por mim vividos. Para além disso, propiciou uma potente discussão sobre o lugar de ser artista. Apresento aqui uma prova de estado da questão. Das ocorrências da vida cotidiana, intercorrências da vida do artista: - Da importância de consentir. - Ver em todos os lados norte. - Um olhar amoroso para as pequenas coisas. - Estar sozinho. - Ser acompanhado. - Da capacidade de resistir. Insistir. - Exercer a volubilidade. Estender-se. Desdobrar-se. No decorrer da trajetória da pesquisa, uma nova rotina emergiu.
Se deu, assim, um tempo de muda. Passando um tempo ao sol, faço esta nova pele pronta para um novo. Exoesqueleto. L.B. |
3. É preciso ter a coragem de enfrentar o risco. É preciso ter independência. Todas essas coisas são dons.
J.C. |
3. Por que entregar-se ao Grande Costume? É possível escolher a tura, a invenção, ou seja, o parafuso ou o automóvel de brinquedo.[...]Arde-nos um fogo inventado, uma tura incandescente, um artifício da raça, uma cidade que é o Grande Parafuso, a horrível agulha com seu olho noturno pelo qual corre o fio do Sena, máquinas de torturas como farpas, agonia numa gaiola cheia de andorinhas enfurecidas. Ardemos em nossa obra, fabulosa honra mortal, alto desafio da fênix. Ninguém nos curará do fogo surdo, do fogo sem cor que corre, ao anoitecer, pela rue de la Huchette. Incuráveis, perfeitamente incuráveis, escolhemos por tura o Grande Parafuso, inclinando-nos sobre ele, entramos nele, voltamos a inventá-lo todos os dias, com cada mancha de vinho na toalha, com cada beijo do
Montagem do trabalho domésticos na exposição Termo.
Exposição Memória da casa: de dentro e de fora, Espaço Experimental de Arte.
mofo nas madrugadas da Cour de Rohan, inventamos o nosso incêndio, ardemos de dentro para fora, enfim, talvez a eleição seja isso, talvez as palavras envolvam isto como o guardanapo de papel rodeia o pão, e dentro está a fragrância, a farinha empolando-se, o sim sem o não, o não sem o sim, o dia sem Manes, sem Ormuz ou Arimán, de uma vez por todas e em paz e já chega.
Quase ausente e domésticos fazem parte do projeto, que foi aprovado no edital de exposições - 2013 do MUnA (Museu Universitário de Arte) em Uberlândia. A exposição acontecerá no mês de julho de 2013.
Aconteceram como desdobramentos práticos desta pesquisa:
- A participação no laboratório coletivo de produção artística Memória da casa: de dentro e de fora, organizado pelas artistas Sylvia Amélia e Rosa Unda Souki. Durante três meses houveram encontros semanais para discussão dos trabalhos. O trabalho Topometrias ou O livro das intercorrências foi desenvolvido neste laboratório, que resultou em uma exposição coletiva no EXA – Espaço Experimental de Arte durante janeiro de 2013.
- A elaboração de um projeto de exposição em parceria com o artista e companheiro de percurso João Viegas. Outro corpo, outra casa é um projeto que trata da junção e interseção das nossas poéticas. presente
- A participação na exposição Termo - Coletiva dos alunos da habilitação de Artes Gráficas da Escola de Belas Artes da UFMG, realizada no Centro Cultural da UFMG durante janeiro e fevereiro de 2013.
desdobrar-se
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Projeto expogrรกfico de Outro corpo, outra casa, MUnA.
verbetes Seleta
se.le.ta 1 Coleção de trechos literários ou científicos, selecionados de várias obras e reunidos em livro. 2 Antologia, florilégio.
por um corpo; o espaço dentro de uma esfera oca; um espaço de dez metros cúbicos); volume. 3 Extensão limitada em três dimensões.
Necessidade
ex.tra.to 1 Produto da extração. 2 Substância extraída de outra. 3 Resumo de um escrito. 4 Cópia resumida; excerto, fragmento, trecho.
ne.ces.si.da.de 1 Aquilo que é absolutamente necessário. 2Indispensabilidade. 3 Inevitabilidade. 4 O que não pode ser de modo diverso do que é. 5 O que tem de ser. 6 Impulso orgânico. 7 Precisão instante e urgente.
Mulher-artista
Intransferível
Extrato
mu.lher ar.tis.ta 1 Ser artista feminino. Aplicador da arte. 2 Pessoa adulta do sexo feminino (opõe-se a menina ou rapariga), engenhosa. 3 Indivíduo que se dedica às belas-artes. 4 Aquela que faz da arte meio de estar no mundo. 5 A que revela sentimento artístico. 6 A que se dispõe a ver o mundo desde um outro lugar.
Espaço
es.pa.ço 1 Extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos. 2 Porção dessa extensão em dado instante (como o espaço ocupado
Coordenada
co.or.de.na.da 1 Cada um de um conjunto de números usados na especificação da localização de um ponto sobre uma linha, no espaço ou sobre um plano ou superfície dados.
Norte
in.trans.fe.rí.vel 1 Que não se pode transferir. 2 Que não posso dar a ninguém.
nor.te 1 Um dos quatro pontos cardeais da rosa-dos-ventos. 2 Ponto cardeal que fica em frente do observador que tem a sua direita o nascente. 3 Direção conhecida; guia, rumo. 4 Que procede do norte ou a ele se refere. Perder o norte: ficar sem direção, desatinado, desorientado. 5 Direção tomada por aqueles que buscam seu lugar no mundo.
Dentro
Polifônico
den.tro 1 Interiormente. 2 Na parte interior. 3 Da alma, do íntimo, do coração.
Carta geográfica
car.ta ge.o.grá.fi.ca 1 Escrito, fechado em envelope, que se dirige a alguém; epístola, missiva. 2 Mapa geográfico ou topográfico. 3 Lista, catálogo, relação, quadro sinóptico.
po.li.fô.ni.co 1 Relativo à polifonia. 2 Em que há polifonia. 3 Relativo a, ou que consiste em duas ou mais vozes ou melodias distintas combinadas em uma composição. 4 Que tem ou consiste em muitos sons ou vozes.
Caminhar
ca.mi.nhar 1 Percorrer caminho a pé. 2 Pôr-se em movi-
verbetes
mento; rodar, seguir. 3 Ir em busca de algo. 4 Viver o transcorrer da vida.
Lugar
lu.gar 1 Espaço, independentemente do que possa conter. 2 Espaço ocupado por um corpo. 3 Residência. 4 Local, sítio. 5 Ponto conveniente ou próprio para alguma coisa (no espaço ou em terra). 6 Circunstâncias especiais, situação de uma pessoa. 7 Passagem particular de um livro. 8 Posição que uma pessoa ocupa por direito, nomeação etc. 9 Ensejo, motivo. 10 Ponto em que reside ou se supõe residir algum sentimento, qualidade, defeito. 11 Dimensão construída entre o corpo e o espaço habitado.
Alteridade
al.te.ri.da.de 1 Estado ou qualidade do que é outro, distinto, diferente.
Responsabilidade
res.pon.sa.bi.li.da.de 1 Qualidade de responsável. 2 O dever de dar conta de alguma coisa que se fez ou mandou fazer, por ordem pública ou particular. 3 Capacidade de responder por uma nova imagem colocada no mundo.
Leal
le.al 1 Conforme às leis da probidade e da honra. 2 Digno, honesto. 3 Fiel. 4 Qualidade da pessoa com quem se pode contar tanto nos dias de alergia intensa, quanto nos dias de parceria ao elaborar um projeto conjunto.
Orientação
o.ri.en.ta.ção 1 Ato ou arte de se orientar. 2 Determinação dos pontos cardeais a partir do lugar em que estamos. 3 Direção, guia, regra. 4 Disposição que se dá às velas e vergas para receberem o impulso do vento. 5 Ato de dizer ao outro como chegar ao segredo, sem jamais contá-lo.
Poesia
po.e.si.a 1 Caráter do que desperta o sentimento do belo; inspiração. 2 Elevação nas idéias, no estilo. 3 Atrativo, graça, encanto 4 Maneira de ver o mundo a partir de um outro prisma, linguagem que estende as raízes até o coração.
Epígrafe
e.pí.gra.fe 1 Inscrição por cima. 2 Sentença ou divisa posta
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no frontispício de um livro ou capítulo, no começo de um discurso ou de uma composição poética; tema. 3 Nota preparatória para o que segue. Índice ín.di.ce 1 Lista detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos, acontecimentos etc., com a indicação de sua localização no texto. 2 Catálogo. 3 Relação alfabética. Introdução in.tro.du.ção 1 Ato ou efeito de introduzir. 2 Importação. 3 Pequeno trecho que se antepõe à exposição temática de uma peça musical. 4 Parte inicial de um livro, localizada após o prefácio, onde se expõem o argumento, os objetivos da obra e o modo de tratar o assunto. 5 Modo de entrar.
Paisagem
pai.sa.gem 1 Extensão de território que se abrange num lance de vista. 2 Desenho, quadro que representa um lugar campestre. 3 Trecho literário de assunto campestre. 4 Tudo que está a vista.
Casa
ca.sa 1 Nome comum a todas as construções destinadas a moradia. 2 Moradia, residência, vivenda. 3 Família. 4 Lugar de sentir-se firme. 5 Lugar conhecido em cada parte.
Deslocado
des.lo.ca.do 1 Que está fora do lugar. 2 De uma nova perspectiva.
Rotina
ro.ti.na 1 Caminho habitualmente seguido ou trilhado; caminho já sabido. 2 Hábito de fazer as coisas sempre da mesma maneira, maquinal ou inconscientemente, pela prática, imitação; desídia etc. 3 Costume antigo.
Cuidado
cui.da.do 1 Pensado, meditado, refletido. 2 Bem trabalhado, bem feito, apurado. 3 Desvelo, diligência, solicitude, atenção. 4 Conta, incumbência, responsabilidade. 5 Forma de tratar ao que se tem amor.
Essência es.sên.cia
1 Natureza íntima das coisas; aquilo que faz que uma coisa seja o que é, ou que lhe dá a aparência dominante; aquilo que constitui a natureza de um objeto. 2 Existência no que ela tem de mais constitucional. 3 Significação especial. 4 A natureza primeira das coisas que se opõe ao que nelas seja acidental.
Silêncio
si.lên.cio 1 Ausência completa de ruídos; calada. 2 Estado de quem se cala ou se abstém de falar; recusa de falar. 3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamentos. 4 Taciturnidade. 5 Descanso; estado calmo; estado de paz, de inação. 6 Estado de consentimento. 7 Suspensão que faz no discurso o orador ou a pessoa que fala.
Delicadeza
de.li.ca.de.za 1 Qualidade do que, ou de quem é delicado. 2 Brandura, ductilidade, macieza. 3 Doçura, suavidade, ternura. 4 Mimo. 5 Delícia, voluptuosidade. 6 Apuro, esmero, perfeição, primor. 7 Atenção minuciosa, cuidado, discrição. 8 Qualidade daquilo que se sente e exprime de maneira delicada.
Simbiose
sim.bi.o.se 1 Vida em comum ou reunião de dois ou mais organismos dessemelhantes, como no helotismo, parasitismo, mutualismo e comensalismo.2 Vida em comum de dois animais ou vegetais de espécies diferentes em qualquer uma de várias relações mutuamente vantajosas ou necessárias; mutualismo. 3 Cooperação mútua entre pessoas ou grupos em uma sociedade. 4 Qualidade de ser juntos.
Incumbida
in.cum.bir 1 Dar a comissão, encarregar de; cometer. 2 Encarregar-se. 3 Estar a cargo, ser da obrigação ou do dever; caber. 4 Sentir-se responsável. 5 Ganhar um presente.
Sujeito
su.jei.to 1 Que pode dar lugar, ocasião ou ensejo a alguma coisa. 2 Que tem disposição ou tendência para; atreito. 3 Que está naturalmente disposto, inclinado ou habituado a alguma coisa. 4 Que é de natureza a produzir certos efeitos. 5 Exposto a qualquer coisa, pela sua natureza ou situação. 6 O ser que conhece.
Objeto
ob.je.to 1 Tudo que se oferece aos nossos sentidos ou à nossa alma. 2 Coisa material. 3 Motivo, causa. 4 Assunto, matéria. 5 Fim a que se mira ou que se tem em vista. 6 Aquilo que espera.
Corpo
cor.po 1 Tudo o que tem extensão e forma. 2 A estrutura física do homem ou do animal. 3 Porção de matéria. 4 Existência real e sensível. 5 Parte principal e central. 6 Primeiro limite espacial com o qual o ser deve lidar. 7 Primeiro mundo de cada ser.
Feminino
fe.mi.ni.no 1 Próprio de mulher ou de fêmea. 2 Relativo ao sexo caracterizado pelo ovário, nos animais e nas plantas. 3 Relativo às mulheres. 4 Qualificativo do gênero que indica os seres fêmeos ou considerados como tais. 5 Da delicadeza de ser forte.
Condição
con.di.ção 1 Maneira de viver que resulta das circunstâncias em que cada um se acha. 2 Caráter, gênio, índole.
3 Estado, modo de ser (das coisas). 4 Circunstância indispensável para um resultado; requisito.
Ser
ser 1 Ente. 2 Ente humano. 3 Existência, vida. 4 Coisa que tem realidade no mundo dos sentidos. 5 Figura, forma; estado, modo de existir. 6 Forma de estar no mundo.
1 Relativo a dois; duplo, dobrado. 2 Diz-se do número que, em algumas línguas, como a grega e a sanscrítica, designa duas coisas ou duas pessoas. 3 Ser duplo.
Moebius
Corpo-casca
mo.e.bi.us 1 Uma fita de Möbius ou banda de Möbius é um espaço topológico obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia volta numa delas. 2 Estrutura infinita.
Exoesqueleto
Derme der.me 1 Tecido que forma a camada da pele subjacente à epiderme.2 Pele, couro. 3 Superfície tátil que cobre o corpo.
cas.ca 1 Invólucro externo de plantas, frutos, ovos, tubérculos, sementes etc. 2 Concha. 3 Exterioridade, aparência. 4 Recipiente para um eu-núcleo.
exo.es.que.le.to 1 Estrutura protetora que está para fora do corpo do homem e demais vertebrados; arcabouço, carcaça, ossada, ossamenta, ossatura. 2 Estrutura suportadora ou protetora de uma planta. 3 Armação suportadora de qualquer obra; armadura, gaiola. 4 Estrutura do corpo que está sempre em mutação para abrigar o seu núcleo.
Dual du.al
Revestimento
re.ves.ti.men.to 1 Ação ou efeito de revestir ou revestir-se. 2 Aquilo que reveste ou serve para revestir. 3 Cobertura de argamassa; reboco. 4 Camada de material, como argamassa, pedra etc., que se coloca sobre uma parede ou piso para consolidar ou apresentar melhor aspecto. 5 Capa, cobertura, invólucro, proteção.
Intermediária-retina
in.ter.me.di.á.ria re.ti.na 1 Maneira de ver, olhar. 2 O que se coloca entre o que olha e o olhado.
Volubilidade
vo.lu.bi.li.da.de 1 Qualidade de móvel ou volúvel. 2 Articulação rápida e fácil. 3 Propensão para mudar, inconstância, instabilidade, variabilidade, versatilidade.
Tátil
tá.til 1 Pertencente ou relativo ao tato. 2 Que se pode tatear.
Outro
ou.tro 1 Que não é o mesmo; diferente, diverso. 2 Idêntico, igual, segundo, semelhante. 3 Mais um; novo, segundo. 4 Distinto de outra pessoa ou coisa especificada. 6 Aquele que me visita.
Casa-carapaça
ca.ra.pa.ça 1 Cobertura óssea, córnea ou quitinosa que, como um escudo, protege o dorso ou parte do dorso de um animal. 2 Qualquer cobertura
protetora dura. 3 Maneira, atitude ou estado de espírito do ser abrigado.
prime ação que está sendo feita; estado ou fenômenos atuais. 5 O tempo presente; o tempo atual.
Íntimo
Quase
ín.ti.mo 1 Muito de dentro, profundo. 2 Da alma, do coração. 3 Doméstico, familiar. 4 Muito cordial ou afetuoso. 5 Que penetra ou atua no interior dos corpos e nas suas moléculas. 6 Vestido diretamente sobre a pele, sob outra roupa. 7 A parte mais interna; o âmago.
Côncavo
côn.ca.vo 1 Que tem superfície ao mesmo tempo cavada e esférica. 2 Cavado, escavado. 3 Sinuoso. 4 Concavidade. 5 Cavidade.
Convexo
con.ve.xo 1 Curvo ou arredondado para a parte externa.
Presente
pre.sen.te 1 Que existe ou sucede no momento de que se fala; atual. 2 Diz-se da pessoa ou coisa que está num dado momento diante dos olhos 3 Que está a ponto de se realizar; iminente. 4 Diz-se do tempo que ex-
qua.se 1 Perto, proximamente, no espaço e no tempo. 2 Com pouca diferença. 3 Pouco mais ou pouco menos. 4 Por um pouco que não, ou por um triz que não. Quase que: como se; por assim dizer. Quase sempre: muitas vezes, poucas vezes não.
Ausente
au.sen.te 1 Que não está presente. 2 Afastado do lugar em questão.3 Distante. 4 Que não está mais.
Retrato
re.tra.to 1 Imagem de uma pessoa, reproduzida pela fotografia, pela pintura ou pelo desenho; fotografia. 2 Cópia exata das feições de alguém. 3 Pessoa muito parecida com outra, moral ou fisicamente.
Cotidiano
co.ti.di.a.no 1 De todos os dias. 2 Que, ou aquilo que se faz ou sucede todos os dias.
verbetes
Efêmero
e.fê.me.ro 1 Que dura um só dia. 2 Passageiro, transitório. 3 Diz-se das flores que murcham no mesmo dia em que desabrocham.
Corpografias
cor.po.gra.fi.as 1 Cartografia realizada pelo e no corpo. 2 Memória inscrita no e pelo corpo.
Sozinha
so.zi.nha 1 Absolutamente só. 2 Única. 3 Acompanhada de uma outra pessoa somente. 4 Consigo mesmo. 5 Acompanhada apenas de si.
Amor
a.mor 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. 6 Culto, veneração. 7 Tendência da alma para se apegar aos objetos. 8 O objeto amado.
Diminutas di.mi.nu.to
1 Reduzido a pequenas dimensões. 2 Muito pequeno; minúsculo. 3 Pequenas e ainda assim grandes.
Universo
u.ni.ver.so 1 Conjunto de todas as realidades criadas; mundo. 2 Terra habitável; o planeta Terra. 3 Um todo composto de partes, harmonicamente dispostas.
Consentimento
con.sen.ti.men.to 1 Ato de consentir; anuência; asquiescência, permissão.2 Concordância de idéias. 3 Acordo. 4 Tolerância.
Organizar
or.ga.ni.zar 1 Criar, preparar e dispor convenientemente as partes de um organismo. 2 Dispor para funcionar; estabelecer com base. 3 Constituirse, formar-se; tomar organização definitiva. 4 Arranjar, ordenar, preparar.
Potência
po.tên.cia 1 Qualidade de potente; poder, força, eficácia. 2 Vigor. 3 Aptidão para se realizar, ou capacidade para o ato; força ativa. 4 Faculdade da alma. 5
65
Trabalho efetuado na unidade de tempo.
Sobrevivência
so.bre.vi.vên.cia 1 Estado ou qualidade de sobrevivente; supervivência.
Carinho
ca.ri.nho 1 Afago, carícia. 2 Meiguice. 3 Cuidado.
Curativo
cu.ra.ti.vo 1 Que cura. 2 Relativo a cura. 3 Ação ou meio de curar. 4 Tratamento.
Curar
cu.rar 1 Restabelecer a saúde. 2 Fazer perder algum defeito moral ou hábito prejudicial. 3 Remediar. 4 Fazer a cura. 5 Cuidar, tratar.
Purificação
pu.ri.fi.ca.ção 1 Ato ou efeito de purificar. 2 Revitalizar.
Vital vi.tal
1 Pertencente ou relativo à vida. 2 Que serve para conservar a vida. 3 Que dá força e vigor; fortificante. 4 Essencial, fundamental, constitucional.
Coleção
co.le.ção 1 Reunião de objetos da mesma natureza. 2 Compilação. 3 Ajuntamento.
Disperso
dis.per.so 1 Que se dispersou; espalhado, disseminado. 2 Desordenado.
Método
mé.to.do 1 Conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim e especialmente para chegar a um conhecimento científico ou comunicá-lo aos outros. 2 Ordem ou sistema que se segue no estudo ou no ensino de qualquer disciplina. 3 Maneira de fazer as coisas; modo de proceder. 4 Circunspecção, prudência.
Fragmentado
frag.men.to 1 Partícula isolada do todo. 2 Pequena fração. 3
Cada uma das pequenas partes em que se dividiu um todo. 4 Estilhaço.
Topometrias
to.pó.gra.fo 1 Indivíduo que se ocupa de topografia. 2 Autor de cartas topográficas.
to.po.me.tri.a 1 Conjunto de operações baseadas na Geometria, necessário ao traçado de uma carta topográfica. 2 Medição de distâncias e ângulos de modo que permita reproduzir as feições do terreno o mais fielmente possível.
Topografia
Intercorrências
Topógrafo
to.po.gra.fi.a 1 Descrição ou delineação minuciosa de uma localidade. 2 Configuração do relevo de um terreno com a posição de seus acidentes naturais ou artificiais. 3 Descrição anatômica e minuciosa de qualquer parte do organismo humano.
Agente exógeno
e.xó.ge.no 1 Que cresce exteriormente ou para fora. 2 Que se encontra à superfície. 3 Que modifica pelo lado de fora.
Endógeno
en.dó.ge.no 1 Que cresce de dentro de. 2 Que se desenvolve dentro da parede de célula. 3 Originado dentro do organismo. 4 Que modifica pelo lado de dentro.
in.ter.cor.rên.cia 1 Ação ou efeito de sobrevir ou de se meter em permeio. 2 Ocorrência que interrompe. 3 Alternativa, variação. 4 O que surge entre.
Ocorrências
o.cor.rên.cia 1 Ato de ocorrer; acaso, acontecimento fortuito, sucesso. 2 Encontro, circunstância. 3 Habitual.
Diário
di.á.rio 1 De todos os dias; cotidiano. 2 Que se faz ou sucede entre o sol nado e o sol posto. 3 Relação do que se faz ou do que sucede em cada dia. 4 Sobre os dias. Para saber das frestas, 7,5x10,3 cm, 2012.
bibliografia
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bibliografia BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo, Martins Fontes, 2008.
CORTÁZAR, Julio. Último round, tomo II / Julio Cortázar; tradução Paulina Wacht, Ari Roitman. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso / Roland Barthes ; tradução Márcia Valéria Martinez de Aguiar. - São Paulo: Martins Fontes, 2003.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
BENJAMIN, Walter. Passagens. (Org.: Wille Bolle) São Paulo: IMESP, 2006. BOURGEOIS, Louise/ Marie-Laure Bernadac/ Hans-Ulrich Obrist: Louise Bourgeois, Destruição do Pai, Reconstrução do Pai. São Paulo, Cosac & Naify Edições, 2000.
LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. MALARD, Maria Lucia. As aparências em arquitetura / Maria Lucia Malard. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. NETO, João Cabral de Melo. Poesia completa. Editora Nova Fronteira.
CANTON, Katia. Narrativas enviesadas. São Paulo, Editora WMF Martins Fontes, 2009.
PERROT, Michelle. História dos quartos. São Paulo, Paz e Terra, 2011.
CORTÁZAR, Julio. O jogo da amarelinha / Julio Cortázar; tradução de Fernando de Castro Ferro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta/Rainer Maria Rilke; tradução de Pedro Süssekind. Porto Alegre: L&PM, 2011.
lista de citações Clarice Lispector 1- LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 10. 2- LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 82. 3- LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 65. 4- LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. / Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 122. gaston bachelard 1- BACHELARD, Gaston. A poética do espaço tradução Antonio de Pádua Danesi. – 2ª ed. – Fontes, selo Martins, 2008. p.32. 2- BACHELARD, Gaston. A poética do espaço tradução Antonio de Pádua Danesi. – 2ª ed. – Fontes, selo Martins, 2008. p.63. 3- BACHELARD, Gaston. A poética do espaço tradução Antonio de Pádua Danesi. – 2ª ed. – Fontes, selo Martins, 2008. p.29.
/ Gaston Bachelard; São Paulo: Martins / Gaston Bachelard; São Paulo: Martins / Gaston Bachelard; São Paulo: Martins
4- BACHELARD, Gaston. A poética do espaço / Gaston Bachelard; tradução Antonio de Pádua Danesi. – 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, selo Martins, 2008. p. 82.
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bibliografia
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belo horizonte janeiro 2013