TCC NOTA 10 ARQ │ CENTRO INCUBADOR DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA EM JOÃO PESSOA │ VITOR CLAUDINO

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VÍTOR GOMES E CLAUDINO I TFG - ARQUITETURA - UFPB I 2018



UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TÉCNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II VITOR GOMES E CLAUDINO

ANTEPROJETO DE UM CENTRO INCUBADOR DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA EM JOÃO PESSOA, PARAÍBA.

Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade Federal da Paraíba, no período 2018.1, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do Prof. Ms. Marcos Aurélio Pereira Santana.

JOÃO PESSOA I 2018


VITOR GOMES E CLAUDINO

CLAUDINO, V. G. Incuba: Centro Incubador de empresas de base tecnológica em João Pessoa, Paraíba


APROVADO EM: _____/_____/_____ MÉDIA FINAL: _____

COMISSÃO EXAMINADORA

MARCOS SANTANA

ORIENTADOR - DAU I UFPB

ANTONIO SOBRINHO

PROFESSOR CONVIDADO - DAU I UFPB

ELIEZER ROLIM

PROFESSOR CONVIDADO - DAU I UFPB

JOÃO PESSOA I 2018



AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a minha família, especialmente minha mãe e minhas irmãs, as mulheres da minha vida, por sempre me apoiarem e estarem comigo em todos os momentos. Nunca conseguirei agradecer o suficiente a vocês por tanto cuidado e amor. A Luana, pela grande paciência nos meus momentos de ausência e prontidão nos momentos de necessidade e desespero. Obrigado por ser tão especial e principalmente por me fazer alguém tão especial. Ao meu orientador, Marcos Santana. Grato pela paciência e por comprar minhas ideias, me permitindo ser livre para criar. A Gaby, minha sócia e amiga, por tanta ajuda durante esses anos de parceria e pela paciência em aguentar minhas grosserias e frieza em momentos difíceis. Sempre serei grato profissionalmente e pessoalmente por tudo que você me ajuda e ajudou. A Mourão e Sofia, amigos especiais, que mesmo distantes estão sempre comigo e se fazem especiais na minha vida, ano após ano. Aos amigos que o curso de Arquitetura e Urbanismo me deu e que espero sempre poder contar, mesmo que a vida nos leve por caminhos distintos, Caio, Rafael, Leandro, Tássia e Carol. Um curso tão desgastante seria impossível sem a companhia de vocês. Aos amigos do intercâmbio, em especial, aos integrantes do nosso amado Jambalaya, Débora, Mariana, Juliane, Jonatha, Helder e Léo, por todas as experiências vividas naquele que foi um dos melhores anos da minha vida. Mesmo estando longe de todos, a nossa proximidade sempre se faz presente nos momentos especiais. Aos meus amigos, sobretudo Karen, Luiz, João e Julieth, por estarem por perto tornando tudo mais leve. Esse trabalho não é só meu, é criado por muitos e por todas a vivências desses anos de graduação. Agradeço a todos.



“Arquitetura deve falar de seu tempo e lugar, porém anseia por ser atemporal.” Frank Gehry



RESUMO As incubadoras de empresas são empreendimentos com grande importância para uma região de base tecnológica; são responsáveis por guiar e impulsionar as pequenas e médias empresas recém-criadas, que são focadas nas inovações tecnológicas, a se manterem atuantes no mercado. As empresas que buscam as incubadoras, recebem apoio gerencial, administrativo, e mercadológico, desde a fase de planejamento até a materialização de suas atividades. Além disso, a instituição oferece “espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente os empreendedores [...], e promovem acesso a serviços que as empresas dificilmente encontrariam agindo sozinhas e sem orientação adequada no mercado.” (SEBRAE) Este trabalho é um estudo sobre o papel que os Centros de Incubação desempenham no surgimento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas, ou seja, o fortalecimento da economia e a contribuição para a evolução social das cidades; associado ao planejamento arquitetônico desses espaços, oferecendo ambientes adequados para o bom funcionamento do local. Estando ciente da necessidade de ações governamentais que busquem cada vez mais uma coordenação para que amplifique o potencial local voltado ao desenvolvimento tecnológico e de modernização de uma cidade, o presente trabalho funciona como uma pequena intervenção isolada, uma centelha local de modernização imediata que depende de combustível para se propagar. Palavras-chave: Incubadora; Tecnologia; Empresas


SUMÁRIO

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01

INTRODUÇÃO

PÁG. 16 - 22

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

1.1 APRESENTAÇÃO

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1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

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1.3 JUSTIFICATIVA

21

1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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04

TERRENO

PÁG. 30 - 35

PÁG. 38 - 43

3.1 CENTRO INCUBADOR DE EMPRESAS - SEVILHA (ESPANHA)

30

3.2 POLO TECNOLÓGICO LA MATANZA - BUENOS AIRES (ARG.)

32

3.3 EDIFÍCIO JOÃO MOURA

34

4.1 LOCALIZAÇÃO

38

4.2 CONDICIONANTES LEGAIS

40

4.3 ENTORNO 4.3.1 FLUXO VIÁRIO 4.3.2 PONTOS DE ÔNIBUS 4.3.3 USO E OCUPAÇÃO

40 41 43

07

CONSIDERAÇÕES

PÁG. 80

7.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

80


02

REFERENCIAL TEÓRICO

PÁG. 24 - 27

2.1 MODELOS DE INCUBADORAS

24

2.2 COWORKING

25

2.3 GENTILEZA URBANA

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05

PROJETO

PÁG. 46 - 65

06

ESPACIALIDADE

PÁG. 68 - 77

5.1 CONCEITO

46

6.1 ENTRADAS E POCKET PARK

68

5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS 5.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES

46

6.2 PRAÇA ELEVADA

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6.3 PÁTIO INTERNO

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5.4 ZONEAMENTO E SETORIZAÇÃO

51

6.4 ROOFTOP

72

5.5 IMPLANTAÇÃO E ACESSO

52

6.5 ESPAÇOS DE TRABALHO

74

5.6 ESTUDO DE VOLUMETRIA

53

6.6 REDE DE PROTEÇÃO

76

5.7 ESPECIFICIDADES DO PROJETO

62

08

REFERÊNCIAS

PÁG. 82 - 84

8.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

82



1

INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 1.3 JUSTIFICATIVA 1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVO GERAL 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1.1 APRESENTAÇÃO Este trabalho é um estudo sobre o papel que os Centros de Incubação desempenham no surgimento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas, ou seja, o fortalecimento da economia e a contribuição para a evolução social das cidades. A globalização vem exigindo cada vez mais prosperidade e desenvolvimento das nações, estados, cidades, bem como dos seus empreendimentos, pois a estes se atribuem papéis importantes quando se refere à geração de renda local. Por isso, o empreendedorismo, inovação, criatividade e o avanço tecnológico se tornam características fundamentais para manter a competitividade e o progresso das empresas dentro do mercado, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. Segundo UTZ (2009, p.11), no Brasil, os micro e pequenos negócios são essenciais para o desenvolvimento econômico. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) relata em seu Manual para Implantação de Incubadoras de Empresas (2000) que o segmento de micro, pequeno e médio porte, de acordo com o SEBRAE, constitui aproximadamente 98% das empresas existentes, empregando 60% da população economicamente ativa. De acordo com os dados fornecidos pelo SEBRAE (2016), a taxa de mortalidade das pequenas empresas com até dois anos, no ano de 2012, foi de 45%, enquanto das grandes empresas, foi apenas 3%. É importante salientar que assim como os grandes negócios, as empresas de pequeno porte desempenham importante papel na economia de um lugar, contribuindo de forma intensa com o seu progresso. (ANHOLON, Rosley 2005)

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Além da falta de incentivo financeiro, identifica-se que a falta de estímulo à inovação e carência de infraestrutura adequadas também prejudicam a prosperidade do negócio.


1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

INTRODUÇÃO

Visando a importância do incentivo a criação de micro e pequenas empresas no país, um ambiente de trabalho integrado que valorize o desenvolvimento do conhecimento e da inovação seria o ideal para estimular esses jovens empreendimentos. Como afirma Barbiere (1994, p.22), é possível perceber a importância da integração do incentivo das empresas, com o auxílio do governo, e a estrutura oferecida pelos centros tecnológicos, é o chamado “tripé governo – instituição de ensino – setor produtivo”. Conforme ENGELMAN e FRACASSO (2012), esses empreendedores precisam de um espaço que aumente as chances de sucesso, evitando a dinâmica natural do mercado, que acarreta grandes riscos de fracasso. E como alternativa para minimizar o fechamento das pequenas instituições, principalmente das recém-criadas, existem os polos, os parques tecnológicos, e as incubadoras. Os polos tecnológicos são espaços para empresas que estão distribuídas pela cidade, organizadas ou não por uma associação previamente estabelecida. Os parques, são empreendimentos implantados dentro de uma grande área pública ou privada, geralmente próximos à Instituições de Ensino e Pesquisa, e responsáveis pela demanda de recursos humanos e laboratoriais. As incubadoras são um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais. (MCT, 2000)

Conforme Spolidoro (1999, p.13) apud Oliveira (2003, p.29), são ambientes inovadores, que favorecem a criação e o desenINCUBA: CENTRO INCUBADOR DE EMPRESAS

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volvimento de empresas e de produtos (bens e serviços), em especial aqueles inovadores e intensivos em conteúdo intelectual. A ANPROTEC (2003), apud ABBADE, CAPELARI E NORO (2011), afirma que as incubadoras buscam crescer o índice de sobrevivência das pequenas empresas, fornecendo um ambiente com oportunidades para os novos empreendedores, rateando os custos, tornando o investimento bem menor do que no mercado, e tendo como objetivo, tornar essas empresas em empreendimentos de sucesso. Afirma ainda que o país conta com 369 incubadoras em operação, nas quais são abrigadas 5125 empresas, e acomodam 53280 postos de trabalho, contribuindo para a geração de um faturamento anual direto de mais de 15 bilhões de reais. A cidade de João Pessoa não possui nenhuma incubadora de base tecnológica, mas se encontra próxima de dois polos de base tecnológica de grande relevância no cenário nacional: o Polo de Recife (PE) e o de Campina Grande (PB). Dentre os vários empreendimentos de apoio tecnológico em Pernambuco, de acordo com Farias (2011), encontra-se o CESAR – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, um instituto privado de inovação que gera produtos, processos e empresas, aplicando tecnologia da informação e comunicação, que opera desde 1996. Em 13 anos, já gerou 900 empregos diretos, mais de 30 empreendimentos e um aumento no faturamento de R$ 12 mil em 1996, para R$ 51 milhões em 2007.

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Em Campina Grande (PB), temos a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, uma entidade sem fins lucrativos, próxima à Universidade Federal de Campina Grande, que busca o avanço científico e tecnológico do estado. Segundo Zouain e Torres (2005, p.07), a fundação consolida a Incubadora Tecnológica do Parque, que, por meio da gestão tecnológica, difusão de informação, capacitação técnico científica, articulação e cooperação tecnológica institucional, apoia o desenvolvimento de novas empresas, promovendo o desenvolvimento socioeco-


INTRODUÇÃO

nômico da região. Diante desses dados, a necessidade de um espaço incubatório para desenvolvimento e compartilhamento de trabalho das micro e pequenas empresas tecnológicas poderia ser beneficiada com edifícios planejados para essa finalidade. Vargas (1995) afirma que a arquitetura empresarial deve estar sempre preocupada com a otimização da produtividade e rentabilidade para os negócios e clientes, e não unicamente para seus funcionários e funções. Compreende-se então, o espaço de trabalho como vetor de interações, que faz com que o edifício seja um elemento necessário nos negócios, se tornando ferramenta para aumentar a aprendizagem e acelerar os projetos e inovações. Edifícios voltados para atividade terciária que apresentam empresas de dimensões distintas, trabalhando em espaço compartilhado, exigem boas soluções arquitetônicas. A flexibilidade do projeto e a influência da tecnologia da informação promoveu transformações nas estruturas dos escritórios onde o local de trabalho passou a ocupar, do ponto de vista funcional, uma posição elevada no processo de integração social. Percebendo a falta de incentivo e suporte tecnológico para suprir as necessidades da população local, alguns condicionantes foram levados em consideração para a escolha de um terreno, para a proposta de um anteprojeto de Incubadora tecnológica em João Pessoa. Os Lotes 271, 82 e 67, da quadra 16, localizado entre as Ruas Empresário João Rodrigues Alves e João Galiza de Andrade no Bairro Jardim São Paulo, mostram-se adequados, por apresentarem características significativas, importantes para o processo de escolha (ver apêndices). A área tem cerca de 1571 m² e se encontra próxima a duas instituições de ensino e pesquisa: Universidade Federal da Paraíba (600 metros) e Centro Universitário de João Pessoa (1,6 quilômetros). Outro fator relevante, foi a sua inserção em uma área que apresenta um grande potencial de moradia, tanto para os trabalhadores quanto para os estudantes universitários. INCUBA: CENTRO INCUBADOR DE EMPRESAS

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OLÁ

esse é um spoiler do resultado de um dos nossos TCCinhos


Se você gostou e quer saber mais sobre o trabalho e o TCC Nota 10, fala com a gente pelo nosso instagram @tccnota10arquitetura


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