Director – Mark Deputter \ quadrimestral \ distribuição gratuita
Jornal 3
(Tr
ans
nac
ion
al)
Maio | Julho 2010 no Teatro Maria Matos
Maio 4
terça
7
sexta
8
sábado
22h00
Hildur Guðnadóttir • Without sinking
10h00
Cláudia Andrade, Maria de Vasconcelos, Fernando Mota e Joana Patrício • A terra dos imaginadores
21h30
WHS - Ville Walo & Kalle Hakkarainen • Keskusteluja
16h00
Cláudia Andrade, Maria de Vasconcelos, Fernando Mota e Joana Patrício • A terra dos imaginadores
17h30
Teatro de Ferro • Sexta-feira
21h30
WHS - Ville Walo & Kalle Hakkarainen • Keskusteluja
9
17h30
Teatro de Ferro • Sexta-feira
11
21h30
Teatro de Marionetas do Porto • Wonderland
12
21h30
Teatro de Marionetas do Porto • Wonderland
14
21h30
Hotel Modern • Shrimp Tales
domingo
terça
quarta
sexta
15
Super Disco Hotel Modern • Shrimp Tales
18
22h00
Victor Gama • SOL(t)O
22
21h00
Luís Guerra de Laocoi • Hurra! Arre! Apre! Irra! Ruh! Pum! (Homenagem a Cristina de Pina)
23
21h00
Luís Guerra de Laocoi • Hurra! Arre! Apre! Irra! Ruh! Pum! (Homenagem a Cristina de Pina)
24
21h00
Luís Guerra de Laocoi • Hurra! Arre! Apre! Irra! Ruh! Pum! (Homenagem a Cristina de Pina)
sábado
domingo
segunda
Dood Paard • medEia
27
21h00
Dood Paard • medEia
28
21h00
Dood Paard • medEia
29
17h00
Renzo Martens • Episode III - Enjoy poverty
30
17h00
Renzo Martens • Episode III - Enjoy poverty (+conversa)
sexta
sábado
domingo
20h00
3
18h00
11h00 às
Unipop • O Autor como Produtor Unipop • O Autor como Produtor
quinta
19h00
Edit Kaldor • C’est du chinois
4
19h00
Edit Kaldor • C’est du chinois
18h30
Super Disco
19h00
Edit Kaldor • C’est du chinois
8
21h00
Jorge Léon & Simone Aughterlony • Deserve
9
19h00
Jorge Léon & Simone Aughterlony • Deserve
16
22h00
The Necks
sexta
5
sábado
quarta
quarta
15h00
19
20h00
20
17h30
às
+
aoarlivre Roger Bernat • Domini Públic (+conversa) Roger Bernat • Domini Públic
21
22h00
David Maranha, Manuel Mota & Richard Youngs
24
21h30
Má-Criação • Learning to swim (+ conversa)
25
21h30
Má-Criação • Learning to swim
segunda
21h00
quinta
às
quarta
domingo 21h30
26
quarta
18h00
sábado 21h30
21h30
terça
2
terça
18h30
sábado
Junho
quinta
sexta
11h00
26
sábado
27
+
16h00
Cie ACTA • Debaixo da mesa
17h30
Arena • Patrícia Portela, Francisco Frazão e Tiago Guedes
21h30
Má-Criação • Learning to swim
11h00 +
domingo 16h00
Cie ACTA • Debaixo da mesa
28
21h30
Má-Criação • Learning to swim
29
21h30
Má-Criação • Learning to swim
30
21h30
Má-Criação • Learning to swim
segunda
terça
quarta
Oficinas do mês teatro Cláudia Gaiolas • Transnacional | Educadores, formadores e professores dança Joclécio Azevedo • Vamos dançar? | Escolas e público geral
teatro
projecto educativo
música
encontro
dança
debate
filme
www.teatromariamatos.pt
Julho 1
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
2
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
3
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
4
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
6
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
7
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
8
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas (+ conversa)
10
21h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
11
16h30
Mónica Calle • O ginjal ou O sonho das cerejas
14
22h00
Hanne Hukkelberg • Blood from a stone
16
21h30
Jeremy Xido/Cabula6 • The Angola Project
17
18h30
Super Disco
22
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
24
17h30
Arena • Criadores de Long Distance Hotel
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
26
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
27
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
28
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
29
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
30
21h30
Estúdios • Long Distance Hotel
quinta
sexta
sábado
domingo
terça
quarta
quinta
9
sexta
sábado
domingo
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sexta
sábado
quinta
23 sexta
sábado
segunda
terça
quarta
quinta
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Oficina do mês
Férias de Verão
corpo e voz Filipa Francisco e Isabel Gaivão • Palavras em movimento A partir dos 14 anos
O Teatro Maria Matos e o mmcafé estarão encerrados ao público durante todo o mês de Agosto. Regressamos em Setembro com novos espectáculos, concertos e oficinas.
Boas Férias!
Os festivais
Desde 2008, o Teatro Maria Matos colabora com o Mundo Perfeito na realização do projecto Estúdios, um encontro de criação entre artistas portugueses e estrangeiros, que vai muito além da mera co-produção internacional. O projecto Estúdios é um momento único de investigação de processos artísticos transnacionais, que combina o arrojo experimental com o rigor da criação. Long Distance Hotel, o projecto de 2010, é um espectáculo inteiramente concebido e construído online por seis artistas de cinco países diferentes, onde os conceitos de nacionalidade, identidade regional e diversidade cultural se relacionam criativamente.
são os faróis da cultura transnacional, marcando rotas e tendências, abrindo caminhos e figurando como pontos de referência. Numa paisagem cultural equilibrada e desenvolvida são momentos indispensáveis de encontro e confronto com outras propostas artísticas e visões do mundo. A cidade de Lisboa pode orgulhar-se de vários festivais de grande qualidade e, como teatro municipal, o Teatro Maria Matos apoia-os com convicção: entre Maio e Julho, colabora com quatro festivais internacionais.
FIMFA Lx10
O dossier deste Jornal 3 consiste numa selecção de materiais relevantes do processo de criação virtual do Long Distance Hotel, retirados do site www.longdistancehotel.org
6 a 30 de Maio 2010 10ª edição do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas. Um projecto renovador e aberto a novas tendências, de dimensão internacional, que pretende promover e divulgar uma área específica de expressão artística: o universo das formas animadas.
iniciativa A Tarumba estrutura financiada por Ministério da Cultura / DG Artes parceria estratégica Câmara Municipal de Lisboa e EGEAC co-produtores Maria Matos Teatro Municipal, Museu da Marioneta e Teatro Nacional D. Maria II
Festival Silêncio!
alkantara festival
Um evento internacional dedicado às novas tendências artísticas e novas expressões urbanas que cruzam a música com a palavra: dos concertos à poetry slam, dos debates às conferências, dos audiolivros às leituras encenadas e aos espectáculos transversais e de spoken word.
Um dos maiores festivais dedicado às artes performativas, em formato bienal, aposta numa programação internacional de propostas artísticas contemporâneas, surpreendentes e inovadoras, apresentando artistas com forte visão pessoal e espectáculos que privilegiam o questionamento à resposta e que assumem a complexidade do mundo em que vivemos.
16 a 26 Junho 2010
iniciativa promovida por Musicbox, 101 Noites, GoetheInstitut Portugal e Instituto Franco-Português parceiro Maria Matos Teatro Municipal
21 Maio a 9 Junho 2010
iniciativa alkantara associação cultural estrutura financiada por Ministério da Cultura / DG Artes apoiada por Câmara Municipal de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian parceria EGEAC co-produção São Luiz Teatro Municipal, CCB, Culturgest, Fundação Museu Oriente, Maria Matos Teatro Municipal, Museu Colecção Berardo, Teatro Nacional D. Maria II e Teatro Nacional São João
FestivalInternacional Internacional Festival de Teatro Teatrode deAlmada Almada de 18 Julho Julho2010 2010 44 aa 18
Nasua sua 27ª 27.ªedição, edição,ooFestival FestivalInternacional Internacionalde deTeatro Teatro Na de Almada Almada regressa regressa às às cidades cidades de de Almada Almada ee Lisboa, Lisboa, de com uma uma programação programação variada variada que que inclui inclui teatro, teatro, com música, dança, dança, exposições exposições ee colóquios. colóquios. música,
co-organização Câmara Municipal de Almada e Companhia co-organização Câmara Municipal de Almada e Companhia de Teatro de Almada estrutura financiada por Ministério da de Teatro de Almada estrutura financiada Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes parceirospor Teatro Nacional Cultura DG Artes Teatro Nacional D. Maria Teatro II, São D. Maria/II, São Luizparceiros Teatro Municipal, CCB, Culturgest, LuizCornucópia, Teatro Municipal, Culturgest, Teatro da Cornucópia, da MariaCCB, Matos Teatro Municipal e Instituto Maria Matos Teatro Municipal e Instituto Franco-Português Franco-Português
A actuação internacional do Teatro Maria Matos não se concentra apenas na programação de artistas estrangeiros. Cada vez mais, o Teatro aposta na produção de criações transnacionais, concebidas por artistas portugueses e estrangeiros. Em Junho, a actriz e criadora portuguesa Paula Diogo assina a peça Learning to swim com Alexander Kelly, co-fundador da companhia de teatro britânica Third Angel.
No ciclo de debates arena, dedicado às artes do espectáculo, conversamos sobre dois temas relacionados com a cultura transnacional: o impacto da globalização na vida profissional de artistas do teatro e da dança e a crescente importância da mobilidade virtual no mundo das artes.
Jeremy Xido é um artista americano que descobriu em Lisboa uma realidade africana. O encontro inesperado motivou-o a atravessar o oceano e a chegar a Angola, onde contactou com a comunidade chinesa que está a reconstruir a linha férrea colonial de Benguela. Angola Project é uma palestra-performance de um filme em construção, um road movie sobre os processos de hibridação em curso neste início do século XXI.
O filme Episode III - Enjoy poverty do cineasta holandês Renzo Martens, apresentado no âmbito do alkantara festival, é uma acusação duríssima das relações de poder que continuam a definir um mundo em processo de globalização. Uma provocação que nos obriga a repensar a nossa relação com os chamados países “em vias de desenvolvimento”.
O luso-angolano Victor Gama desenvolve os seus projectos num território exclusivamente seu, aliando conhecimentos ancestrais, recolhidos em áreas rurais de Angola, Cabo Verde, Cuba, Colômbia, África do Sul, Namíbia e Brasil, ao uso de novas tecnologias, desenvolvidas em universidades e centros de design ocidentais. Tem vindo a construir, há mais de quinze anos, uma colecção significativa de instrumentos musicais, dispositivos acústicos e instalações sonoras, chamada Pangeia Instrumentos. No Teatro Maria Matos apresenta um concerto que põe em evidência o alcance sonoro das suas criações.
Desde o início deste ano que David Maranha, Manuel Mota e Richard Youngs têm formalizado o seu novo trio assumindo o espaço que os separa. Trocaram e fortaleceram ideias recusando o lado imediato da internet e deixaram que o tempo e a distância fossem partes integrantes (e importantes) da construção da sua música e das suas cumplicidades, criando um híbrido que, em vez de se situar simultaneamente em Lisboa e Glasgow, desenvolveu-se no território imaterial que existe entre as duas cidades.
A
s empresas transnacionais são um fenómeno relativamente recente, tendo surgido depois da Segunda Guerra Mundial. Mais do que apenas servir um mercado internacional, as empresas transnacionais adquirem o seu capital nos mercados financeiros internacionais e organizam os processos de produção recorrendo a subempreitadas em diversas regiões do mundo. Objectivos recorrentes são a redução de despesas através da implantação em países com salários baixos, a aproximação a novos mercados e a internacionalização do capital. O termo “transnacional” suplanta a denominação anterior “multinacional”, por adequar-se melhor à realidade actual do capitalismo global. Na área da criação e produção artística, processos análogos estão em curso. Se a internacionalização até há pouco tempo era sobretudo uma questão de presença em mercados estrangeiros, hoje o “festival” foi suplantado pela “residência” como paradigma central da programação internacional; artistas não apenas “vendem” o seu trabalho no estrangeiro, mas criam-no em vários países, produzem-no com dinheiros de co-produtores internacionais e colaboram com toda a naturalidade com artistas oriundos dos quatro cantos do mundo. A internacionalização dos processos de financiamento, produção e distribuição tem um grande impacto na criação artística contemporânea. Sobretudo nas artes com maior valor económico, como as artes visuais e o cinema, as implicações comerciais são muitas vezes devastadoras, como se constata, por exemplo, na hegemonia do cinema americano, ou no poder desmesurado dos grandes coleccionadores. O teatro e outras formas de arte “efémeras” ou “periféricas” resistem melhor às forças do mercado global - pela simples razão que não têm valor de investimento - mas não são, obviamente, imunes. Por outro lado, a internacionalização da produção artística é também uma oportunidade sem precedentes. Criar obras em contextos diferentes, colaborar com artistas de culturas distintas e apresentar o resultado a públicos desconhecidos, podem ser experiências cruciais na criação de um mundo globalizado e levantam questões de grande relevância, relacionadas com o interculturalismo, o pós-colonialismo e a negociação cultural. Os processos em curso não são necessariamente novos, mas a sua escala global cria uma enorme responsabilidade e obriga-nos a estar atentos e reflectir sobre as consequências de todos os processos culturais transnacionais.
(Transnacional)
um mapa de afinidades
© Mani Tomasson
música
Hildur Guðnadóttir Without sinking
(Islândia)
Sala principal com bancada terça 4 Maio 22h00 12€ / <30 anos 5€
Não é todos os anos que justiças exemplares caem sobre nós e colocam discos deste calibre nas listas dos melhores álbuns. Without sinking, editado em Março do ano passado, esteve num desses raros momentos de verdade e lucidez da humanidade, e fez com que a sua criadora saísse da penumbra para se banhar um pouco na luz do reconhecimento mediático. Esta sua celebrada obra foi a primeira que assinou em nome próprio, mas há muito que Hildur Guðnadóttir percorre uma ampla estrada de criações e colaborações desde que deixou Berlim, cidade onde aprofundou os estudos musicais que desenvolvera, desde tenra idade, na sua Reiquiavique natal. Foi nesse regresso a casa que integrou o projecto multidisciplinar Kitchen Motors e que fez com que uma miríade de relações atraísse a sua música: com Ilpo Väisänen (Pan Sonic) e Dirk Dresselhaus 6
Jornal
(Schneider TM) montou o trio Angel, foi um dos elementos convidados dos Pan Sonic em concertos e em estúdio, é uma das principais instrumentistas dos múm, participa regularmente no colectivo Storsveit Nix Noltes e tem no seu currículo duelos com BJ Nilsen, Jóhann Jóhannsson, Nico Muhly, Ben Frost ou Andrew McKenzie, bem como variadas composições para dança, filmes, performances e orquestras de câmara. Não se estranhou que depois de tantos anos de altruísmo, Hildur Guðnadóttir tivesse embarcado sozinha em Without sinking, fugindo ao virtuosismo técnico e privilegiando ambientes, emoções e perspicácia cinemática que a colocam bem cedo num panteão de iluminados estetas experimentais dos cordofones, a par dos revolucionários Frances-Marie Uitti, Arnold Dreyblatt ou Tony Conrad.
Many musicians have been called upon to secure the legacy of the second generation of minimalists, but few have been able to keep it updated and make it accessible and emotional. Avoiding the technical display of instrumental virtuosism, Hildur Guðnadóttir concentrates on atmosphere and emotion. Deservedly, her debut album Without sinking went straight to the shortlists of the best albums of 2009.
violoncelo e efeitos Hildur Guðnadóttir
teatro
WHS - Ville Walo & Kalle Hakkarainen Keskusteluja
(Helsínquia)
Sala principal com bancada sexta 7 e sábado 8 Maio 21h30 12€ / <30 anos 5€
Inserido no FIMFA Lx10
Será que podemos acreditar nos nossos olhos? Tudo parece labiríntico e surreal. O palco é um espaço de mudança, de circuitos de imagens. Keskusteluja (discussões) é um espectáculo que combina elementos do circo - como malabarismo acrobático e magia - com dança e teatro de objectos, enquanto explora o tema da comunicação e lembra o direito dos seres humanos de terem um espaço seu, um espaço livre de todas as obrigações… uma viagem coreográfica, singular e alucinante através dos tempos. A projecção de um filme mudo em ecrãs fragmentados de cartão ajuda a criar um território em constante metamorfose, que perturba a percepção do que é real e virtual.
Can we trust our own eyes? In this labyrinthic and surreal performance, circus acts combine with dance, film and theatre in an effort to distort our perception of what is real and unreal. Keskusteluja reminds us that all human beings need a space entirely theirs, free of all obligations.
performers Ville Walo e Kalle Hakkarainen música Kimmo Pohjonen e Samuli Kosminen (Kluster) figurinos e cenografia Anne Jämsä desenho de luz Marianne Nyberg técnico de luz Ainu Palmu desenho de som Heikki Isso-Ahola técnico de som Joonas Pehrsson vídeo Kalle Hakkarainen filme mudo Aelita, dir. Yakov Protazanov, União Soviética, 1924 produção WHS, Kiasma Théâtre, Cirko-Centre for New Circus, Association for New Juggling e Centre des Arts du Cirque de Basse-Normandie Jornal
7
teatro
Teatro de Ferro Sexta-feira Jardim das Estacas sábado 8 e domingo 9 Maio 17h30 Entrada livre | Sem reservas | Levantamento de auscultadores no local, 30 minutos antes do início do espectáculo
Inserido no FIMFA Lx10
“Todos somos ilhas e náufragos e navios salvadores, geometria inabitável de que fugimos.” João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes Espectáculo criado a partir da leitura de Robinson Crusoe. Partindo deste objecto do imaginário colectivo, diversamente revisitado na literatura e no cinema, Sexta-feira situa-se (ou deriva) na confluência das linguagens em que se inscreve. O texto original é transmitido através de auscultadores e é assumido como uma partitura, uma emissão radiofónica e telepática. Nesta emissão-recepção, entre a palavra e o gesto, entre o escutar totalizado e o olhar fragmentado, reinventa-se um processo criativo individual e colectivo, uma construção de narrativas múltiplas entrecruzadas. A marioneta surge praticamente desmaterializada, ou materializada enquanto prática.
Freely based on the novel Robinson Crusoe, this performance uses radio transmission and headphones to communicate with the public. In this play of transmission and reception, word and gesture, multiple narratives arise. The puppet surges in a dematerialised form, or, more accurately, is materialised as a practice. 8
Jornal
encenação Igor Gandra texto João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes música Fernando Rodrigues vídeo Luís Espinheira (versão interior/nocturna) movimento Carla Veloso desenho de luz Rui Maia (versão interior/nocturna) interpretação Ana Gabriel Mendes, José Pedro Ferraz, Julieta Rodrigues, Rodrigo Malvar e Igor Gandra (voz) direcção de montagem Virgínia Moreira oficina de construção Frederico Godinho (coordenação), Gil Rovisco, Nuno Bessa e Inês Mamede fotografia de cena Susana Neves participação especial Ninjas co-produção Teatro de Ferro, Festival Internacional de Marionetas do Porto e Teatro Municipal de Faro/Serviço Educativo O Teatro de Ferro é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/DGArtes
teatro
Teatro de Marionetas do Porto Wonderland Sala principal com bancada terça 11 e quarta 12 Maio 21h30
Inserido no FIMFA Lx10
12€ / <30 anos 5€
“Marco este dia com uma pedra branca.” Diário de Lewis Carroll
O Teatro de Marionetas do Porto volta a abordar o universo fantástico de Lewis Carroll. Wonderland é o sonho de Alice sonhado por nós. Vamos com ela, atravessamos a floresta cheia de segredos, inventamos caminhos que antes lá não existiam e deixamos Alice perdida. Quando Alice pergunta ao Gato: “Como posso sair daqui?”, o Gato responde: “Isso depende muito do sítio para onde queres ir”. Aí sentimos que o sonho da Alice toca ao de leve a nossa realidade. E quando Alice, no seu percurso iniciático, alcança o jardim maravilhoso de rosas brancas da rainha estalamos os dedos para que o seu sonho (e o nosso) acabe no momento certo. Final feliz?
Wonderland is Alice’s dream dreamt by us. When she asks the Cat: “Would you tell me, please, which way I ought to go from here?” the Cat responds: “That depends a good deal on where you want to get to”. And we feel how the dream touches reality. When Alice arrives at the Queen’s Croquet-Ground, we cross our fingers and hope that her dream (and ours) ends at the right moment. Happy ending?
encenação e cenografia João Paulo Seara Cardoso interpretações Edgard Fernandes, Sara Henriques, Sérgio Rolo e Shirley Resende marionetas Júlio Vanzeler música Roberto Neulichedl letra das canções Maria de Noronha tradução para inglês John Havelda figurinos Pedro Ribeiro coordenação de movimento Isabel Barros desenho de luz António Real e Margarida Alves produção Sofia Carvalho assistente de produção Pedro Miguel Castro assistente de encenação Pedro Ribeiro operação de luz e som Margarida Alves operação de legendagem Pedro Castro oficina de construção Rui Pedro Rodrigues (coordenação), Inês Coutinho (pintura) e
Nuno Valdemar Guedes confecção de figurinos Cláudia Ribeiro (coordenação), Celeste Marinho (mestra‑costureira), Esperança Sousa (costureira), Catarina Barros (coordenação de adereços) e Patrícia Mota (assistente de adereços) construção cenográfica Américo Castanheira/Tudo-Faço fotografia de cena Susana Neves ilustração Júlio Vanzeler imagens projectadas fotografias de Alice Liddell por Lewis Carroll e pinturas de Claude Monet (alteradas) estagiária Ângela Ribeiro co-produção Teatro de Marionetas do Porto e Cine-Teatro Constantino Nery O Teatro de Marionetas do Porto é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/DGArtes Jornal
9
teatro
Hotel Modern Shrimp Tales Sala principal com bancada sexta 14 e sábado 15 Maio 21h30 12€ / <30 anos 5€ Espectáculo parcialmente falado em inglês, sem legendagem
Hotel Modern está de volta ao FIMFA com a sua criatividade singular. Desta vez a companhia tenta retratar a fascinante praga que se denomina a si própria de humanidade. Observam a humanidade como se esta fosse uma espécie exótica com características únicas. Praticam desporto, ciência, lutam, fazem amor e perdem a cabeça. Shrimp Tales é um retrato caleidoscópico com momentos significantes e insignificantes: a vida e a morte. Em Shrimp Tales, os humanos são representadas por 300 gambas e 53 cenários em miniatura…
Shrimp Tales portrays the fascinating plague that calls itself Mankind. We observe humanity as if it were an exotic species with unique characteristics. They do sports, practice science, struggle, make love and lose their mind. In Shrimp Tales, the roles of humans are played by 300 shrimps in 53 tiny sets... 10
Jornal
Inserido no FIMFA Lx10
construção e performers Pauline Kalker, Arlène Hoornweg e Herman Helle universo sonoro Arthur Sauer assistente de cenografia e produção Ineke Kruizinga técnicos André Goos e Jorg Schellekens assistentes Heleen Wiemer, Stefan Gross, Jozef van Rossem, Sanne Vaghi, Jan-Geert Munneke e Annette Scheer agradecimentos Els Nieveen van Dijkum, Wilco Kwerreveld e Amnesty International
(Roterdão)
© Niklas Zimmer
música
Victor Gama SOL(t)O Sala principal com bancada terça 18 Maio 22h00 12€ / <30 anos 5€
Na performance Man in the desert, retirada do projecto tectonic: TOMBUA, de onde sai também o acompanhamento vídeo para SOL(t)O, Victor Gama vagueia pelo deserto captando o som amplificado de uma vara que arrasta pelo chão. Em termos sonoros, somos capazes de imaginar o resultado da recolha, mas o verdadeiro significado deste caminho fala mais alto que a gravação: Victor Gama é um viajante telúrico. E o trajecto que se propõe executar, apesar da sua salutar errância, cruza territórios, culturas e linguagens num espaço tão vasto como a superfície da Terra, evitando habilmente a consciência etnográfica ou a ameaça do fusionismo. Não surpreende, por isso, que o músico tivesse necessidade de desenhar e construir os seus próprios instrumentos como legítimos intérpretes desse léxico original onde funde conceitos de design, tecnologia, música e performance. Acrux, Toha e Dino são três desses magníficos instrumentos que iremos escutar nesta noite em SOL(t)O, uma peça que ganhou novo arranjo recente graças ao convite de David Harrington, do Kronos Quartet, para a apresentar no Carnegie Hall em Nova Iorque, em Março passado, juntamente com a estreia mundial
de Rio Cunene, escrito exclusivamente para o quarteto. Composto por três partes elaboradas para cada um dos três instrumentos, SOL(t)O é um monumento singular da música universal, um voo planante sobre uma etnografia inventada e uma belíssima coreografia visual que nos remete para algo ancestral. A eterna dúvida da sua geografia e tempo faz-nos crer que estamos perante a pura definição de música clássica e eterna, algures entre a simplicidade da primitiva mbira e a complexidade da herança revolucionária de Harry Partch.
Last March, Victor Gama was invited by Kronos Quartet to perform SOL(t)O at the Carnegie Hall in New York. This emblematic piece in three parts is played on instruments designed and built by Gama himself and accompanied by video images from his project tectonik: TOMBUA. Music for a culture without borders or geography.
acrux, toha e dino Victor Gama
Jornal
11
dança | co-produção
Luís Guerra de Laocoi Hurra! Arre! Apre! Irra! Ruh! Pum! (Homenagem a Cristina de Pina)
Sala principal com bancada sábado 22 domingo 23 e segunda 24 Maio 21h00 12€ / <30 anos 5€ Inserido no alkantara festival
apresentação no âmbito da rede
co-financiada por
Hurra!
s.m. Grito de entusiasmo ou saudação, sobretudo em brindes;
Arre!
interj. Expressão para incitar as bestas a caminhar.
Irra!
interj. Designa repulsa ou raiva; apre!
Pum!
interj. Que imita estrondo de tiro, explosão ou queda sonora e brusca de um corpo.
Apre! interj. Irra!; Fora!; Vai-te!
Ruh! interj. Designativa de som de desabamento, de desmoronamento, etc.
Seis exclamações de entusiasmo, repulsa ou explosividade marcam o tríptico de Luís Guerra de Laocoi sobre a decadência. A obra é uma homenagem a Cristina de Pina, artista que “impulsionou o surgimento da Geração Final, movimento subversivo da década de 80 em Laocoi”. Tânia Carvalho/Tânia Oak Tree assina a banda sonora.
Hurra! Arre! Apre! Irra! Ruh! Pum! Are exclamations of enthusiasm and repulsion that can be found in any Portuguese dictionary. They mark Luís Guerra de Laocoi’s triptych on decadence. The piece is dedicated to Cristina de Pina, “key figure of the Last Generation, a subversive artistic movement of the 80s in Laocoi”. The soundtrack is signed by Tânia Carvalho/Tânia Oak Tree. 12
Jornal
de Luís Guerra de Laocoi com Bruna Carvalho, Ioana Popovici, Madunna, Luís Guerra de Laocoi, Patrícia Caldeira, Simon Vincenzi, Sofia Dias, Tânia Carvalho/Tânia Oak Tree e Zeca Iglésias banda sonora Tânia Carvalho/Tânia Oak Tree e Ode Frustrada pelos Moliquentos musica ao vivo Moliquentos desenho de luz e som Anatol Waschke produção Bomba Suicida produção executiva Ana Rita Osório co-produção Teatro Maria Matos e alkantara festival co-produção Apre! Irra! O Espaço do Tempo co-produção Ruh! Pum! Teatro Viriato Estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/DGArtes
© Sanne Peper
teatro
Dood Paard medEia
(Amesterdão)
Sala principal com bancada quarta 26 quinta 27 sexta 28 Maio 21h00 12€ / <30 anos 5€
A companhia holandesa Dood Paard reescreve a peça intemporal de Eurípides sobre o amor e as suas muitas verdades e mentiras. Utiliza uma linguagem poética que nos é comum a todos: um inglês simples entrelaçado com letras pop, dos The Doors aos The Cure, passando por Madonna; letras que, como a mitologia grega, fazem parte da memória colectiva da sociedade contemporânea.
The Dutch company Dood Paard rewrites Euripides’ timeless play about love and its many truths and lies. They use a poetic language of common ground, a simple English liberally laced with pop lyrics, from The Doors to The Cure, to Madonna; lyrics that, like greek mythology, are part of modern society’s collective memory.
Inserido no alkantara festival
com Kuno Bakker, Gillis Biesheuvel, Manja Topper e Steven Brys texto Oscar van Woensel, Kuno Bakker e Manja Topper gerência Marten Oosthoek promoção/educação Raymond Querido estrutura financiada por Performing Arts Fund NL, City of Amsterdam apoio Amsterdam Fund for the Arts Jornal
13
documentário
Renzo Martens Episode III:
(Amesterdão/Bruxelas/Kinshasa)
Enjoy poverty Sala principal com bancada sábado 29 e domingo 30 Maio 17h00 Preço único 5€
domingo 30 Maio conversa com convidados após a projecção
Inserido no alkantara festival O cineasta holandês Renzo Martens investiga o valor emocional e económico da pobreza filmada e fotografada, a exportação com maior crescimento e lucro no continente africano. Descobre que os pobres, que são a “matéria-prima” desta economia, beneficiam tão pouco dela como acontece com as exportações tradicionais de ouro, borracha, cacau e petróleo.
Dutch filmmaker Renzo Martens investigates the emotional and economic value of filmed and photographed poverty; Africa’s fastest-growing and most lucrative export. He finds that the poor who deliver the “raw material” benefit just as little from this economy as they do from traditional exports like gold, rubber or cacao. 14
Jornal
argumento, câmara e realização Renzo Martens montagem Jan De Coster assistente de realização Eric Vander Borght serviços online Condor montagem de som Raf Enckels mixing pós-produção Federik Van de Moortel produçao Renzo Martens, Menselijke Activiteiten e Peter Krüger/Inti Films apoios The Netherlands Film Fund, NCDO – Draagvlak voor Internationale Samenwerking, The Netherlands Foundation for Visual Arts, Design and Architecture, Prins Bernard Cultuur Fonds e The Flanders Audiovisual Fund co-produção VPRO e LICHTPUNT em associação com YLE Co-productions, TSR Télévision Suisse Romande e ORF
© Reyn van Koolwijk
teatro
Edit Kaldor C’est du chinois (Budapeste/Amesterdão)
Sala principal com bancada quinta 3 sexta 4 e sábado 5 Junho 19h00 12€ / <30 anos 5€
Em palco, estão cinco cidadãos chineses. A única língua que falam é mandarim, mas estão convictos de que não constitui um obstáculo para uma comunicação frutuosa com o público. Usando o alargado campo de possibilidades da representação teatral, ensinamnos a compreensão oral básica do mandarim, o mínimo necessário para compreender o desenrolar gradual da narrativa - uma família alargada que se confronta com problemas adormecidos, desenlaçando cuidadosamente os nós de uma terrível verdade. There are five performers on stage. They only speak Mandarin, but this doesn’t stand in the way of a fruitful exchange with the audience. Using all theatrical means available, they teach us basic Mandarin, enough to understand the gradual development of a narrative – an extended family confronts hidden ghosts from the past and slowly untangles the knots of an awful truth.
Inserido no alkantara festival
conceito e direcção Edit Kaldor consultor de idioma Xi Zeng assistente Yentsi performers Nucheng Lu, Siping Yao, Aaron Fai Wan, Lei Wang e Qi Feng Shang assessoria dramatúrgica Zhana Ivanova guarda-roupa e adereços Janneke Raaphorst desenho e técnica de luz Ingeborg Slaats assistentes de produção Esther Verhamme e Effie Baert agenciamento Hans Mets, Corine Snijders e Mark Walraven produção Productiehuis Rotterdam (Rotterdamse Schouwburg) e Stichting Kata (Amesterdão) co-produção alkantara festival, Kunstenfestivaldesarts
(Bruxelas), Göteborgs Dans & Teater Festival (Suécia), steirischer herbst festival (Graz) digressão Caravan Production (Bruxelas) projecto apoiado por NFPK+ The Netherlands Fund for Performing Arts, VSBfund e Amsterdam Fund for the Arts pesquisa com o apoio de HUB - Theatre in Motion (Pequim) projecto co-produzido por NXTSTP apoio Programa Cultura da União Europeia agradecimentos Fenmei Hu, Mandy Xia, Frank Theys, Jacqueline Schoemaker, Nicola Unger, Andreas Bachmair, Els Silvrants, Annemarie Montulet, Ivana, Xiang Wang, Lao Tao, Shi Xiaojuan, Pan Yong, Huang Wen, Mr. Yang, Peter Yang e Claude Pan Jornal
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performance
Jorge León & Simone Aughterlony Deserve
(Bruxelas /Zurique)
Sala principal com bancada terça 8 Junho 21h00 quarta 9 Junho 19h00 12€ / <30 anos 5€ Deserve faz parte do tríptico To serve, um projecto que questiona os mecanismos em jogo no acto de servir e ser servido. A figura da criada faz parte da vida doméstica burguesa da história recente, mas continua a alimentar o imaginário, encontrando expressão em representações cinematográficas, literárias e teatrais. Graças à revolução feminista, o estatuto de criada tem evoluido, mas grande parte da realidade permanece escondida atrás de portas fechadas. Deserve integra material performático imaginado e documental, apresentando um relato que combina testemunhos reais e ficcionais. As personagens confrontam reflexões pessoais de empregadas domésticas com um discurso analítico.
Deserve is part of the triptich To Serve, which focuses on the situation of housemaids all over the world. Building on testimonies both real and fictional and an analytical discourse, Deserve questions the mechanisms at play in the act of serving and being served. Also on show at alkantara festival are the film Vous êtes Servis and the installation/performance House without a maid. 16
Jornal
Restante programa To Serve House without a maid instalação/performance 3, 4, 5 e 6 Junho a partir das 15h00 | Fundação Medeiros e Almeida Vou êtes servis documentário 4, 5 e 6 Junho 17h00 | Cinema São Jorge Programa completo To Serve 15€ (apenas disponível na bilheteira central do festival: www.alkantarafestival.pt)
Inserido no alkantara festival
direcção Jorge León e Simone Aughterlony co-criação e interpretação Angelique Willkie, Céline Peret, Fiona Wright, Mieke Verdin e Thomas Wodianka música George van Dam desenho de luz Florian Bach cenografia Nadia Fistarol figurinos Ann Weckx direcção técnica Ursula Degen produção Verein für allgemeines Wohl e Niels asbl co-produção alkantara festival (Lisboa), Dampfzentrale Bern (Suíça), Hebbel am Ufer (Berlim, Alemanha), Kunstenfestivaldesarts
(Bruxelas, Bélgica), Productiehuis Rotterdam / Rotterdamse Schouwburg (Holanda), Theaterhaus Gessnerallee (Zurique, Suíça) apoio Pro Helvetia Swiss Arts Foundation, Fachstelle Kultur Kanton Zürich, Präsidialdepartement der Stadt Zürich, German Federal Cultural Foundation e Ministère de la Communauté Française – Service du Théâtre projecto co-produzido por NXTSTP com o apoio Programa Cultura da União Europeia agradecimentos Damaged Goods, Nicolas Dubois e Anette Ringier
The Necks
© Holimage
música
(Austrália)
Sala principal quarta 16 Junho 22h00 12€ / <30 anos 5€
“The Necks conseguem encontrar a eternidade num grão de areia” The Guardian Mais de vinte anos de existência, centenas de concertos no passaporte e quinze discos editados, continuamos a não saber bem por que género de música os The Necks tecem as suas teias. Talvez seja por vermos e ouvirmos um piano, um baixo e uma bateria que vamos assumindo que carregam o jazz às costas, mesmo que este seja um estilo com muitas caras. Mas a deformação que o trio provoca é mais do que o género consegue aguentar e por isso outros rótulos aparecem à superfície, tal como a música erudita contemporânea, o experimentalismo dos AMM, o krautrock dos Neu! ou o simples conforto de um falso power trio do rock. Muitas direcções e hipóteses mas que raramente se cruzaram nestas duas décadas de uma história sólida e imutável, com todos os takes a serem erguidos sempre da mesma forma: sem regras, sem planos, tudo a partir do zero absoluto, tudo feito a partir da desmaterialização pela repetição.
Uma peça, um concerto ou um disco dos The Necks inicia-se com este princípio de incerteza e improviso, e rege-se pela suprema intuição das cumplicidades entre Chris Abrahams, Tony Buck e Lloyd Swanton, que vão manipulando padrões e clusters com rara disciplina física e mental. Parece tudo demasiado simples para suportar todos os elogios que recebem, mas nesta noite vamos poder testemunhar o quanto este dinâmico ambientalismo nos pode fazer levitar. Restará, depois, juntarmo-nos ao coro imenso de quem nomeia os The Necks como autores das melhores experiências em concerto da actualidade.
The starting point of The Necks never varies: a blank page, total improvisation, no plans, no rules. Repetition is their magic recipe for the creation of an impressive series of masterpieces. And by the end of the night it is guaranteed that we’ll all agree that The Necks are one of the best concert experiences out there.
piano Chris Abrahams bateria Tony Buck baixo Lloyd Swanton Jornal
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© Cristina Fontsaré
teatro
Roger Bernat Domini Públic (Barcelona)
Rua Antero de Figueiredo sábado 19 Junho 21h30 domingo 20 Junho 17h30 e 21h30
Inserido no programa Outras Cenas são Festas de Lisboa
12€ / <30 anos 5€ (levantamento bilhetes e auscultadores na bilheteira do Teatro) sábado 19 Junho conversa após o espectáculo
Domini Públic é um jogo social em tamanho real onde o espectador é mais do que um peão. Roger Bernat junta um grupo de pessoas – o público - numa praça. Quem são? De onde vêm? O que os une? O que os divide? Através de auscultadores recebem uma série de perguntas e instruções, algumas mais inocentes que outras. Consoante os movimentos simples dos participantes, pequenos grupos começam a formar-se. Estas micro-comunidades expõem padrões e hábitos sociais subjacentes. O encenador convida o espectador a ter um papel central na sua criação, sem, no entanto, requerer que se exponha como indivíduo. Escolha um canal (A: Português | B: Castelhano). Siga as instruções…
Domini Públic is a real size social game, in which the spectator is more than just a pawn. Roger Bernat gathers a group of people - the public - on a market place. Who are they? What do they share? What divides them? Equipped with a set of headphones, they receive questions and instructions, some more innocent than others. Micro-communities are formed, telling a story of underlying social patterns and habits. 18
Jornal
de Roger Bernat estudantes colaboradores Adriana Bertran, Aleix Fauró, Anna Roca, Sònia Espinosa, Tonina Ferrer e Maria Salguero música W. A. Mozart, A. P. Borodin, G. Mahler, B. Smetana, J. Williams, E. Grieg e Lole y Manuel selecção musical, versões e editor audio Juan Cristóbal Saavedra Vial figurinos Bàrbara Glaenzel e Dominique Bernat fotografia e direcção técnica Txalo Toloza técnico digital Aleksei Hescht gráficos Marie-Klara González produção Alicia Roselló agradecimentos Víctor Molina e Mia Esteve produção La Mekànica/APAP, Teatre Lliure, Centro Párraga e Eléctrica Produccions com o apoio Generalitat de Catalunya/Entitat Autónoma de Difusió Cultural – Department de Cultura i Mitjans de Comunicació e Comunidade da União Europeia – Direcçãogeral de Educação e Cultural/Programa Cultural 2007-2013 Apresentação em Lisboa apoiada pela Junta de Freguesia de Alvalade
música
David Maranha Manuel Mota Richard Youngs (Portugal/Reino Unido)
Feitas as contas, a matemática não falha: tanto David Maranha como Manuel Mota levam mais de 20 anos de música sem nunca terem trabalhado juntos com cantores. Arnold Dreyblatt, Z’EV, Chris Cutler, Phill Niblock ou Ben Frost já foram cúmplices do primeiro, enquanto Chris Corsano, Noël Akchoté, Tetuzi Akiyama, Terre Thaemlitz ou Sei Miguel já partilharam a sua música com Manuel Mota. Ambos formam, com André Maranha, Patrícia Machás e Francisco Tropa, os Osso Exótico, uma das referências mais duradouras e importantes da música experimental portuguesa; e, com Margarida Garcia e Afonso Simões, os Curia, desde 2007. Nesta pequena constelação de músicos nacionais e internacionais faltava uma voz que, depois de uma pequena e rápida selecção de candidatos dentro do universo da canção, encontrou no nome de Richard Youngs o lado necessário para um triângulo perfeito. Dono de uma discografia extensa - a edição número 100 aproxima-se rapidamente -, Youngs tem construído uma carreira generosa, envolvendo-se com Jandek, Andrew Paine, Neil Campbell, Matthew
Bower, entre muitos outros músicos que valorizam a sua incrível entrega à improvisação, ao rock ou à folk, algumas das vezes com todas estas atitudes em simultâneo. Tem dado particular ênfase à canção, em muitas ocasiões sem qualquer instrumentação, e será com esse trunfo que enriquecerá os ciclos perpétuos de David Maranha e as iluminuras melódicas de Manuel Mota para tornar esta novidade numa enriquecedora aventura, para eles e para nós. Chegam, assim, ao fim, longos meses de ensaios à distância, em que dezenas de peças foram sendo limadas para poderem hoje encaixar na perfeição e dar nascimento a um novo trio.
It took them six months of meticulous and patient collaboration, in which the immediacy of the internet was substituted by the slow ritual of postage, the arrival of the postman and the homework of each one of them. Now it is time to see the results and witness how the perpetual organ of Maranha, the sinuous guitar of Mota and the free poetry of Youngs have influenced each other.
Sala principal segunda 21 Junho 22h00 12€ / <30 anos 5€ Inserido no Festival Silêncio!
órgão e violino David Maranha guitarra Manuel Mota voz Richard Youngs Jornal
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teatro | co-produção
Má-Criação
Learning to swim
Piscina Municipal do Areeiro quinta 24 a quarta 30 Junho 21h30 (excepto domingo 27)
12€ / <30 anos 5€
qunta 24 Junho conversa após o espectáculo
“After we first met, we began writing to get to know each other. Without any particular thought or reason, I asked you, ‘What do you think about when you are looking at the ocean?’ Perhaps I was hoping for something philosophical, or meditative, in response. But your reply was surprising and practical: ‘That it is a shame that I cannot swim.’” Alexander Kelly
Learning to swim parte do acto de aprender a nadar para a criação de uma dramaturgia onde se cruzam diferentes estratos do humano – a aprendizagem, a identidade, a memória, as expectativas, a afectividade. Aqui, a aprendizagem serve como metáfora de um espaço novo, um espaço em branco – o desafio da superação da tarefa e o risco do desconhecido.
Learning to swim investigates different aspects of the human condition – learning processes, identity, memory, expectations, affection. The process of learning serves as a metaphor for a new, virgin space, open to the challenge of the task and vulnerable to the risks of the unknown. 20
Jornal
ideia original Alexander Kelly e Paula Diogo desenvolvido e interpretado por Alfredo Martins, Carlos Alves, Cláudia Gaiolas, Estelle Franco, Masako Hattori e Paula Diogo apoio dramatúrgico Alexander Kelly vídeo Masako Hattori espaço cenográfico F. Ribeiro co-produção Pato Profissional Lda, Teatro Maria Matos, O Espaço do Tempo e Les Bains:: Connective (Bélgica) apoios Instituto Franco-Português e RE.AL Um projecto financiado pelo Ministério da Cultura/DGArtes
© Bruno Simão
teatro | co-produção
Mónica Calle
O ginjal de Anton Tchekov ou O sonho das cerejas Sala principal com bancada quinta 1 a domingo 11 Julho (excepto segunda 5) quinta 1 a sábado 10 21h30 domingo 11 16h30
Inserido no Festival Internacional de Teatro de Almada apresentação no âmbito da rede
co-financiada por
12€ / <30 anos 5€
sexta 9 Julho conversa após o espectáculo
Desde 1992 que Mónica Calle, directora artística da Casa Conveniente, tem vindo a desenvolver um trabalho que procura uma interacção privilegiada com a palavra, visitando autores como Bernhard, Beckett, Handke e Tchekhov. O ginjal ou O sonho das cerejas é a continuação de A última ceia ou sobre O cerejal (2007), onde cinco actrizes e o público partilhavam o texto, à volta da mesa de jantar. O sonho das cerejas. Contar histórias e rir enquanto a casa é destruída. E continuar a viver. “Sabem uma coisa? Eu levanto-me às quatro da manhã. Às vezes quando não consigo dormir, penso: meu Deus, deste-nos florestas enormes, campos infinitos, horizontes sem fim, e por isso tudo, nós, vivendo aqui, devíamos ser autênticos gigantes...” O Ginjal Anton Tchekov
The dream of the cherries. We tell stories and laugh, while the house is being destroyed. And continue to live. “You know, I get up at four every morning. Sometimes, when I can’t sleep, I think: “Oh Lord, you’ve given us huge forests, infinite fields, and endless horizons, and we, living here, ought really to be giants” The Cherry Orchard, Anton Tchekov
direcção artística Mónica Calle com Amândio Pinheiro, Ana Ribeiro, David Pereira Bastos, Hugo Bettencourt, José Miguel Vitorino, Luís Fonseca, Miguel Moreira, Mónica Calle, Mónica Garnel, Rita Só, Rute Cardoso, Tiago Barbosa e Tiago Vieira cenografia Francisco Rocha filme documental Patrícia Saramago fotografia Bruno Simão assistência de encenação Joana Estrela produção executiva Alexandra Gaspar e Catarina dos Santos co-produção Casa Conveniente, Teatro Maria Matos, Centro Cultural Vila Flor, Artemrede e O Espaço do Tempo apoios Relógio d’Água Editores e Útero Jornal
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música dança
Hanne Hukkelberg Blood from a stone Os dois primeiros álbuns - Little things e Rykestrasse 68 - foram minuciosas tapeçarias de insinuações melódicas brilhantemente transpostas para o palco com a ajuda de muitos dos objets trouvés que ajudaram a criar a névoa de fantasia da sua pop. Houve sempre a tentação de aplicarmos alguns adjectivos de inspiração nórdica às suas canções, mas este universo nasceu no coração da Europa, na cosmopolita Berlim, e não na Noruega. Curiosamente, o inverso aconteceu com o disco de 2009, a principal companhia para os seus concertos recentes: Blood from a stone foi escrito e produzido num dos muitos cantos recônditos e isolados da terra natal de Hanne Hukkelberg e mostrou uma preocupação mais directa e clássica ao formato indie da pop. De repente, foi como se o silêncio e a distância a tivessem obrigado a ser mais frontal, como se buscasse uma urgente identificação com o resto do mundo. Mas apesar das diferenças da forma, as suas canções continuaram afiadas e perfeitas, jamais se esgotando em audições repetidas; e ao vivo, em trio, para além de não perderem nada da aura intimista, ganham músculo e um vigor energético transbordante que até aqui desconhecíamos.
With three exceptional albums on her name, Hanne Hukkelberg not only contributes to the myth of the excellence of scandinavian pop, but also confirms her own fame as a gifted song writer and arranger. Blood from a stone, her magnum opus from 2009, is the basis of the breathtaking tour she’s doing with a trio blessed with a rare versatility and abundance of musical resources. 22
Jornal
(Noruega)
Sala principal quarta 14 Julho 22h00 15€ / <30 anos 5€
voz, guitarra Hanne Hukkelberg guitarra, baixo, sampling, voz Ivar Grydeland bateria, percussão, voz Kenneth Kapstad
palestra-performance
Jeremy Xido Cabula6
(Detroit)
The Angola Project Sala principal com bancada sexta 16 Julho 21h30 Em inglês, sem legendagem | Preço único 5€
Jeremy Xido está a escrever um guião. Um guião para um filme. A história arranca debaixo de uma amoreira em Lisboa, atravessa os mares e continua ao longo do caminho-de-ferro de Benguela para chegar ao centro delapidado da planície de Angola, a cidade de Kuito. É um road movie. Promete ser divertido, sentimental e positivo. Sobre estar “aqui” e “ali”e sobre as mudanças num mundo onde europeus são negros e chineses africanos. Uma investigação de eventos globais e do surgimento de identidades híbridas inesperadas, no início do século XXI.
Jeremy Xido is writing a screenplay. For a movie. The story begins under a mulberry tree in Lisbon and winds its way across the ocean and along the Benguela Railway to the battered heart of the high plains of Angola - to the town of Kuito. It’s a road movie. And a funny and moving investigation into the complex unexpected hybrid identities emerging in the 21st Century.
conceito Jeremy Xido e Igor Dobricic performance Jeremy Xido dramaturgia Igor Dobricic filme Jeremy Xido e James Barnard produção Cabula6 - Claudia Heu e Jeremy Xido produção executiva Marlies Pucher apoios Stadt Salzburg e Medina Press (Angola) Jornal
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teatro | um projecto e Mundo Perfeito
Gilles Polet Goran Sergej Pristas Judith Davis Leo Preston Tiago Rodrigues Tónan Quito
Estúdios Long Distance Hotel Projecto Estúdios, encontro anual de criação entre artistas portugueses e estrangeiros
Sala principal com bancada quinta 22 a sexta 30 Julho 21h30 (excepto domingo 25)
criadores Gilles Polet, Goran Sergej Pristas, Judith Davis, Leo Preston, Tiago Rodrigues e Tónan Quito dramaturgia Ana Pais produção Magda Bizarro assistente de produção Mariana Sampaio co-produção Mundo Perfeito e Teatro Maria Matos apoio à criação e manutenção do website Fundação Calouste Gulbenkian
12€ / <30 anos 5€
Ao longo de seis meses, seis artistas de diferentes países criam um espectáculo online, mas vão conhecer-se apenas em palco, três dias antes da estreia. Long distance hotel é um projecto artístico que cria uma comunidade virtual de artistas como processo para conceber um espectáculo, onde os conceitos de nacionalidade, identidade regional e diversidade cultural se relacionam criativamente. Six artists from different European countries create a performance entirely online and will only meet personally for the first time in Lisbon, three days before they present this performance together on stage at Teatro Maria Matos. Distance, both geographical and cultural, is the factor that brings them together rather then keeping them apart. O processo criativo virtual poderá ser acompanhado em www.longdistancehotel.org
Gilles Polet (Bruxelas) licenciado pela escola P.A.R.T.S, em 2008, Bruxelas. Desde então, trabalhou com David Zambrano, Jan Fabre e Alexandra Bachzetsis. Em 2009, o filme Fantasme, de que é co-autor, foi premiado em Montreal. Este projecto de vídeoarte resulta de uma colaboração com os designers Andrew Ly e Kevin Calero.
Judith Davis (Paris) licenciada em Filosofia pela Universidade da Sorbonne. Trabalhou como actriz e colaboradora com a companhia Tg STAN, Anna Teresa de Keersmaeker e com Frank Vercruyssen. Em 2007, fundou o colectivo teatral L’Avantage du doute. O seu percurso passa pelo cinema com L. Boutonnat e S. Laloy e televisão.
Tiago Rodrigues (Amadora) actor, dramaturgo, produtor, encenador e director artístico do Mundo Perfeito. Escreveu, interpretou e dirigiu mais de uma dezena de criações. Desde 1998, colabora com a companhia belga Tg STAN. Lecciona Teatro em Portugal e na Bélgica. O seu percurso também passa pelo jornalismo, guionismo e cinema.
Goran Sergej Pristas (Zagrebe) encenador, coreógrafo, dramaturgo e professor assistente no Departamento de Teatro da Academy of Dramatic Art em Zagrebe, Croácia. No seu trabalho, aposta na construção de espectáculos transdisciplinares, numa pesquisa e provocação constantes das fórmulas performativas.
Leo Preston (Bergen) artista interdisciplinar que aborda a complexidade das questões sociais do nosso tempo. Colabora com os Non-Company, Gadegaleriet, Priya Mistry, Malena Pedersen, Fokuda e muitos outros. Para além da performance teatral, também produz trabalhos nas áreas do cinema, da música e street art.
Tónan Quito (Lisboa) licenciado em Formação de actores/ encenadores pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou com Luís Miguel Cintra, Christine Laurent, Carlos J. Pessoa e muitos outros. No cinema trabalhou com Miguel Angél Vivas, Inês Oliveira, Jorge Silva Melo, Felipe Melo e Joaquim Leitão. Em 2003 fundou a Truta.
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Jornal
www.longdistancehotel.org Seis artistas de diferentes países europeus tentam criar um espectáculo inteiramente online e só vão conhecerse pessoalmente pela primeira vez em Lisboa, quatro dias antes de estrearem esta obra juntos, no palco do Teatro Maria Matos. O site Long Distance Hotel é um lugar utópico onde é tornado público todo o material trocado entre os artistas durante o projecto. Uma vez que esta correspondência se torna por vezes muito intensa e dispersa, Ana Pais edita todo o material, seleccionando o best of de cada semana. Paralelamente, Ana Pais comenta temas, ideias, teorias, emoções e o que mais surgir no decorrer do processo, com o objectivo de o documentar e enriquecer. Deste trabalho resultará a publicação de um catálogo do projecto, mas, entretanto, o site é acessível a todos. Aqui vão alguns fragmentos, em jeito de preview. São publicados no euro-inglês usado pelos participantes no projecto na sua comunicação online; apenas as gralhas mais óbvias foram corrigidas. Six artists from different European countries try to create a performance entirely online and will only meet personally for the first time in Lisbon, four days before they have to show this performance together on stage, at Teatro Maria Matos. The Long Distance Hotel website is a utopian place where all sorts of materials exchanged between the artists during this project are made public. Since these exchanges can often become massive and hard to follow, Ana Pais is editing all the material, selecting the week’s best of. Parallel to that, as a Long Distance Voice, Ana comments on subjects, ideas, theories, emotions and whatever comes along, so as to document and nurture the dialogue. At the end of the project, a catalogue will be published, but, in the mean time, the website is accessible to all. Here goes a preview. All materials are printed in the Euro-English used by the participants of Long Distance Hotel for their online communication; only the most obvious mistakes were corrected.
Walking the line Ana I can’t wait for the actions to take place and get some feedback from them. I guess I am most curious to get some recorded info (images, sounds), but most of all, I am looking forward to know about the personal experience of walking on the edge of time and space. It was supposed to happen on the 17th of March but it was postponed. There are things that cannot be ignored in this kind of process or in any kind of process for that matter: things that happen to people and things that don’t happen. Tiago got sick and people were so busy they could not settle a date to make the joint venture. These things always remind us about the need to make priorities and keeping “in line” with oneself (I mean centered but I thought making a pun would finish this sentence nicely...).
Tiago Hi to you all, A new discovery I did this week about the Long Distance Hotel: it’s the perfect creative process for artists who are hospitalized or sick at home. Since last Sunday, this mail is the first thing I did that you can really call “working”, apart from phone calls and a huge amount of reading. Anyway, the one project I am involved with which was not completely turned upside down by this newly acquired condition, was Long Distance Hotel. And I was realising that this is one of the characteristics of our relation. There is no context to our communication. We can only
deal with the information that one wants to release and we aren’t allowed to observe anything else. There is no context except the one you create yourself in the content you address virtually to the group. We can’t watch the way someone walks, arrives to a place or sits down on a chair. We can’t observe and interpret signs beyond the ones included in what we write and send to each other. This applies to any virtual relation, but I am now actually realising in a very concrete way something we all have thought by now, which is the importance of the physical presence. The fact that we are not working together in the same room, city or country, makes an event as dramatic as the fact that I almost couldn’t move for a few days seem totally irrelevant somehow. Also the way I am moving now, very slowly, is absent from our relations – even if now I tell you that I am moving slowly. They are beams of normality shining into the artistic work. They are reminders of the ground beneath our feet. Pieces of daily life shouting at us that no matter how far you travel in your work, this is another chapter of “Daily Life, the novel”. We won’t have that. Not like this anyway. Maybe there’s some virtual version of reading a newspaper while waiting for someone who’s late, but I still didn’t find it. In the meanwhile, I ask myself why didn’t we communicate for the last week? Are we missing the details that make you feel you belong? Were we too taken by our daily lives? Maybe reading the paper, drinking coffee, having back pain. If that’s the case, let’s just consider it part of this week’s rehearsals.
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In a way, it seems that focusing implies choosing a part of your system, as well. Or when something is about to happen for real in your life and there is something you have to do about it, long distances become overshadowed by immediacy, even if implied in the event that will be taking place? Can you think while you act? Can you walk while you think? Can you pretend to think and act as if you were walking?
Documenting or Performing? Ana Documentation. The fatal word has just come into our online communication. By fatal I mean inevitable and threatening. It is inevitable because documenting and documentation has become such a hot issue in performance art (many pieces have been made as or about documentation projects), performance studies (many essays have been published and research done on how to document performance acts) or the mediatic world for that matter (every event has to be registered and documented somehow to become an event). And it is threatening because in the performing arts there is always this delicate tension between the two poles: preservation and immateriality. Meaning, how can a performance whose nature is to vanish and disappear into thin air be valued for that eventness (and it correlates experience, a word that emerges as a big issue in the project as well) and be actually documented if it relies on immateriality?
Sergej
Tiago Just let me propose a practical thing about the lines in the maps. I think we should all use the same line, taken from one map, in the maps of all our different cities. So, for example, Sergej does a line in his map of Zagreb, and we all take Sergej’s line and just put it over the map of our own city. This way we all walk the same direction and distance, only in different streets. What do you think? Should we set a date for this experience? I propose the 15th of March, starting at 11am in most cities (this means 10am in Portugal).
Ana
score: 1. Google long distance hotel and the name of the city where you live. You’ll get a Google map with number of spots. 2. Print the shortest route between the spot marked by A and the last one suggested (like G or F) 3. Try to match that line with any possible line in the map of somebody else’s city (in my case Zagreb) 4. Send the new route to that person. 5. All of us do the walk given to us in the same starting time. 6. Report the content
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At first it seemed odd. After weeks of intense communication and diverse exchange of materials, mails slowed down dramatically. I wondered if I was missing something, if I was not connected to the same channel as they were. In fact, communication did not stop as in “there is nothing more to say”. It was suspended, dislocated from this medium to an imaginary space where everybody would be meeting on the 17th of March. Surely, I do not have access to that sort of exchange, nor do they for that matter. Yet, it was interesting to realise that when they focused on the action that would happen, on the itinerary their bodies would walk or on how to do that thing with the line and the map the intellectual pace was softly suspended.
Tiago points out that what we are doing in this project is a kind of bilateral activity: concentrating all our communication in written material, we are doing and documenting at the same time; we are both in and out of the process at the same time; we are performing and archiving at the same time, or rather, performing the archive. But, I can’t help myself asking this question: can we really document something that happens or is happening (and/or its experience)? Is that actually possible? Or is that possible in this case because what happens is shaped by written language, therefore, always remaining? Or is there something more to this written events that cannot become material, like everything that happens in our own heads while writing or reading? Is that not part of the happening and, most interestingly, is that not part of the affective connections I witness artists establishing in their communication? All this leads me to think about Allan Kaprow. Ok, ok, everybody in Portugal knows that I am THE Allan Kaprow fan so there is very little things that might not make me think of his work but know I really find a relevant connection here. The one thing that started me thinking about it while reading our emails was the idea of getting everybody doing simultaneous actions and then reporting their experiences in Long Distance Hotel. That was actually one of Kaprow’s visionary ideas. In an interview he said he wished his performances to be performed by people in different places of the USA. I am aware that we are not talking about these actions as performances but as part of a creative process, so as research, but somehow all those will have some kind of performative touch to it, I guess. Then I recalled the recent retrospective
exhibition of his work in Munich, which re-enacted a lot of his happenings and you can check them out here: www.moca.org/kaprow/index.php/category/ giveaway/ and here, when after Kaprow passed away they were curated for the Performa biennale in 2007: http://07.performa-arts.org/artists.php?id=76&detail=true These re-enactments raised a lot of issues, as you can imagine. Would they betray the very reason of existence of such thing as happenings? Would that betray Kaprow’s artistic vision? Would that be a way of documenting them? Would they be a way of paying a tribute to the artist? Would they be rather recreations than re-enactments? And how would they be realized? On the basis of what criteria? Is that different to what Marina Abramovic herself tried to do when she re-enacted several historical performance art pieces in Seven Easy Pieces at the Guggenheim Museum? So, in the end, are we producing events by participating in this project? And if we are, are they coincidental with the process of documenting the very same events which might be also coincidental with our own experience which might be “indocumentable”?
Gilles Coming from running around stressed all day, trying to take the little time I have to catch up with the reading of the mails and then force myself to look for 10 minutes into a little black circle on top of my computer, creates a certain experience. I was overwhelmed with the feeling of being a beast forced into stillness. My mind caged into this little black circle on the top of my computer screen. I’m lost into who’s experience I’m referring to, Judith’s or Sergej’s, Diderot, Deleuze, Plato, Whitehead, Latour’s… But I’m interested in this experience being published within the most unfriendly environment for it, Youtube. What happens when one watches another’s face on the screen doing nothing but looking right at you. I mean, if I would have to watch this video, I just would not be able to not fast forward.
Sergej Ha, it seems we’ll end up in the discussion of differences between qualities, properties that objects have independently of observers and properties that produce sensations… I’d agree again with Whitehead (and Latour). Instead of bifurcating between these two degrees of qualities, instead of building bridges between them, they suggest kayaking between them, taking a flow in-between. That’s how I’m thinking right now, how to find not bridges between us, between distances, but how to flow in-between. I still don’t know, but maybe we should think, instead of matters of facts or fiction, about matters of concern. I still don’t have a proposal, but I’ll come to it. Yes, how to do something in the same time, but not being here and there, but in-between… hm, Have a good night,
Judith Anyway: I just wanted to ask you this question: how do you understand that the one who escapes in Diderot’s parable keeps silent? Why do I have to re tell the whole Plato allegory, which is very well-known, and not the point? It’s very strange to me: As I already told you I don’t like to look for what is true in the stars or in a different “place” or elsewhere, but I don’t know…. I always come back to these stories again, I can’t help telling them again. They are my own ropes that tie me, and sometimes I feel that I’m turning around! I want to be blind again and forget all these Greek allegories and GermainKant-Hegel goggles! (…) I have to say that these old myths I’m fighting with, help me to have experiences, like that what happened to me at Zabriskie Point in Death Valley. It’s 6:30 pm but it’s winter time, so the night has already fallen in the desert. I’m all alone in my car, driving to
Zabriskie point. It’s a very famous point a view, where you can see a wonderful perspective of the valley, different sizes and colours of rocks and very far, the other side ….. Everybody comes here in the sunset or in the sunrise to see all the colours blabla, but now, no one. I take the path by foot. I am all alone, it’s crazy. Night, deep silence like I’ve never heard before, I can feel that the texture of time and space has changed. Is it me? My perception? I am alone, a bit scared, I am the stranger, the silence, the craziness of the architecture of the place… Or on the contrary: is something happening? Am I the witness of an event? Does this event exist just because tonight there is someone to see it, or does this event exist even when there is no eyewitness? I reach the top of the path. The moon is full, thus there is enough light to see pretty far. The moon’s beams make that the light is pale. I pass a coyote. Who is more scared of the other? Then I watch. The rocks are in the calm of just being themselves, accepting the presence of the sky with a self-assurance I’ve never seen. They are the Mountains. The absence of wind, sound or any movement transports me in a kind of eternity that impresses me a lot. Am I on the moon or am I in the very old past? The landscape - it’s not a landscape because I feel I am IN it, it’s an event - the event is so still; it’s a pure presence, it’s alwaysalready. It’s so strong, that I can hardly stay. And suddenly everything comes clear. The simplicity of the stars, hung on the dark-blue sky, which is laid on the rocks, is the simplicity of the very start of everything. I realise why people, a long time ago, wrote Theogonies. Purple comes on my cheeks I guess: I am in front of the most archaic love between the sky and the earth, the sky embracing the earth so that the world can be engendered, can be born. And I remember Hesiode, and the very first act of love he describes. I start crying. I remember my sobs, I couldn’t stop. I guess it’s an experience. Just…I belonged for one hour to an event. Jornal
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Sergej
Tiago One thing that particularly strikes me is that one of the great benefits of this “virtual process” is the fact that everything we say/write becomes a document that can very precisely be placed in time and space, that can be examined and re-examined thoroughly. This idea that you can do an autopsy to every single word being said by each one of us is, I think, the most amazing quality of what we are doing right now. I think that what I mean is, while at first we were dealing with “noise” and realising that this is an unavoidable factor in our way working, at this second level, we can also admit that virtual communication is much more exact than the one we could develop when meeting physically. Because everything is a document, however playfully or lightly we might take it. Everything stays. There are no words said that can be forgotten. We can always trace the exact words each one of us used at any given moment.
Tónan I am here, at home reading all the e-mails about this project, (it’s raining outside, very melancholic) trying to imagine you in front of your computers… and I am trying to give a feedback or answer to questions and … and suddenly… I get lost… Who is who? Who says what? What says who? What is who? Who is what? Who is where? Where are you? Where am I? And… We could get in a Beckett mode…. PS – I’ll take a coffee. I’ll buy some magazines and I’ll try to make an image of you, with the photos and put you on a map, so that I can talk with you easier.
Notes from the future Long Distance Hotel is becoming an ongoing reflexion about distance and communication. These explorations are digging deeply into the way senses are being activated, performed and apprehended, not only in a communicational situation but also in the ways they reveal our participation in the word. The thing is: we are all apart, so what can bring us together in order to extend that experience into a staged presentation? How do we feel and participate in this experience is the first question I reckon we are trying to answer. I am writing this from the place on earth where Europeans can feel geographically more distant from one’s familiar context and actually some hours ahead of one’s “biological” or “cultural” time. Thus, this is a perspective from the other side of the world, upside down, a perspective from the future where, I sense, this project belongs. And for me the future has a name from now on: Australia. 28
Jornal
Music has been a fundamental part of my life. I could not conceive of life without music. But now, I’ve begun to hate it. It is everywhere nowadays, trapping me everywhere. I knew that we had entered the motor age when the noise coming from motors filled space everywhere. There was no space without a motor. Even in the most rural country spots, the chain saw, acute like a dentist’s drill, replaced the grasshoppers. What I mean is that the ant had understood that the ant had understood all the fables. The ant had understood that the producer can seize power only if he takes the place of the parasite as well. Thus the motor, an expansive phenomenon, filled space and was the founding fact of property. Noise is stercoral: it makes the occupation of an expanse intolerable and thus gets it for itself. The grasshopper counter-attacks. At a distance from the anthill, it sings, filling space. The ant cannot get rid of this cry: here is a parasite that it cannot eliminate. The parasite has to find a phenomenon against which the producer can do nothing. A noise is not chased out but covered. From this point on, the ant makes motors that backfire in the streets. The grasshopper counter-attacks with loudspeakers. Hi-fi, full strength, earphones: the motor is beaten. Music culture – that is to say, the culture of communication – has just wiped out the industrial revolution, the revolution of productions. Little packets of energy chase out bigger ones. One parasite chases out another. One power chases out another. One owner chases out another. An expansion chases out the preceding one. What counts is changing environments, having the means to change environments. Alas, I do hate music. http://www.amazon.com/Angels-Modern-Myth-MichaelSerres/dp/2080135716
Leo Suddenly I got a call the night before last. I guy who made a big impression on me when I first arrived in Norway. My best friend over here until he “went mad” and I haven’t had contact with him for about ten years. First he wants to just check that he has never seriously offended me – I confirm he has not. Then he says he has travelled to Bergen (from his very remote home far away) because he needs to give me something. He only needs to meet me for “two minutes”. I go to meet him. He doesn’t take very good care of himself these days, but he’s looking alright in a Robinson Crusoe-kind-of-way. He gives me a silver aluminium brief-case. There are many cryptical instructions. It “might be a curse / it might be a blessing”. His intentions are “only good”. The motivation “is love”. I must open this in private. I should administrate the contents as I see fit. Sort the treasure from the trash. My friend is to remain entirely anonymous. I am very intrigued by this case. I have not opened it. So far I am just enjoying the symbolism of the case – there on my bedroom floor. Also I don’t have the mental capacity to engage with its contents right now. I thought this was a nice story to share with you people because I think about you quite a lot at the moment. There are many ways to communicate and whether we fully understand all the communication or not – we can still make associations. I also believe that we can feel a sense of the personal in spite of all the technological, and this is important.
Judith I went to Vegas a couple of months ago. I remember being in Main Street and I can see the planes landing every 15 seconds, because the airport is in down town, and it’s Friday. The night is falling while the city slowly wakes up, lighting up all its shining froufou. From the Flamingo to the Excalibur, sixty years of money, sex, gambling, cheerleaders, light and shows suddenly come back to life again. But in spite of this tra-la-la coming back to life around me, I feel nothing much. Leaning on a casino’s bar, I order a sour beach with a crystallized cherry on a toothpick because “It’s Vegas youhou!”, and I watch the show of a bunch of fake blonds swaying behind a false Michael Jackson singing Queen. Entire groups of clumsy businessmen are yelling, getting drunk, laughing, and overacting all that, because “hey mate, c’mon we’re in Vegas tonite! Let’s have fun!”. It’s 7 pm. The taste of bizarre remains, and although I’m eager and searching and in spite of the passing hours, I only find people who play they’re in Vegas. An abyss suddenly opens in front of my foot unable to walk anymore: “If all these people are playing/acting/pretending they’re in Vegas, then where is Vegas?”
Tiago Taking Sergej’s reference to Michel Serre’s work on the Parasite and Music (which I don’t know that good – except for the fact that his philosophical work is also very occupied with notions such as translations, borders, in between languages and all that…) I realise that one of his central starting points in many essays is the Greek god Hermes, the messenger between gods. Hermes has many attributes, besides being a messenger of the gods. Carrying messages between gods and humans, he also became a translator. Being a translator, he’s accountable for many tragic and mythic misunderstandings. He is also a protector of travellers. Greeks used to sacrifice to him before travelling. Also protects thieves and was, at moments, a thief himself. Don’t know really how to put it clearly, but somehow this idea of a thief sort of connects to a translator/traveller/artist in my mind. Hermes was so good at crossing borders that he was also one of the few that could visit the Hades (land of the death) and return with no consequences. He is also the origin of the word “hermeneutics”, the skill of interpreting hidden messages. Hermes has wings on his feet. Hermes is very fast. Hermes makes connections between strangers.
O Autor como Produtor oficina de leitura Unipop
Sala de ensaios quarta 2 Junho 18h00 às 20h00 quinta 3 Junho 11h00 às 13h00 e 15h00 às 18h00 Preço único 15€ (2 dias) | Inclui textos em português | Inscrições e mais informações leituras.unipop@gmail.com
As Oficinas de leitura destinam-se a promover a discussão pública de textos influentes mas com pouco eco fora do espaço académico, de modo a realçar a sua relevância para pensar o presente.
2 Junho 18h00 às 20h00 O Autor como Produtor (1934) de Walter Benjamin Com António Guerreiro, Francisco Frazão e Manuel Gusmão
A conferência de Walter Benjamin, O Autor como Produtor (1934), serve de mote a três sessões de leitura e debate que procurarão realçar e repensar os passos mais significativos da sua argumentação. Para Benjamin, o potencial transformador da arte só é pensável à luz dos dispositivos técnicos e políticos em que está inserida. Só através de uma mudança destes, que ultrapasse a inovação formal ou o conteúdo crítico, se poderá cumprir o imperativo de uma produção cultural radicalmente democrática, ou seja, que mine as barreiras entre produtores e consumidores. Escolhemos uma constelação de textos – de Bertolt Brecht, Theodor Adorno, Guy Debord e Jacques Rancière – para ler à luz das problemáticas lançadas por Benjamin, e no confronto com os quais as suas interrogações possam ser alargadas e recontextualizadas. A partir de um olhar crítico sobre as divisões habituais entre produtores e consumidores de cultura, bem como a separação entre as esferas do estético e do político, do lúdico e do produtivo, procuraremos encontrar pontos de entrada para novas interpretações dos textos em causa, bem como do campo cultural contemporâneo.
3 Junho 11h00 às 13h00 Ênfase no Desporto (1926) de Bertolt Brecht Breves considerações acerca da indústria da cultura (1963) de Theodor Adorno Com Pedro Rodrigues e Miguel Cardoso
15h00 às 18h00 A Sociedade do Espectáculo (1967) de Guy Debord O Espectador Emancipado (2007) de Jacques Rancière Com Ricardo Noronha e Manuel Deniz Walter Benjamin’s groundbreaking essay The Author as Producer (1934) is the central object of study in three reading sessions organised by Unipop. Texts by Brecht, Adorno, Debord and Rancière will be used as working materials and ground for discussion. Jornal
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rena
mmcafé
sábado 26 Junho 17h30 sábado 24 Julho 17h30
Um debate mensal sobre o estado do teatro, da dança e da performance. Temos um tema, os convidados e a oportunidade de falar o que se pensa e questionar o que parece duvidoso. Como na arena, procuramos o confronto directo.
Entrada Livre
transnacional Patrícia Portela, Francisco Frazão e Tiago Guedes A internacionalização das artes do espectáculo é uma realidade com grandes implicações económicas e artísticas. Fala-se muito sobre o papel dos festivais internacionais, a importância das residências artísticas e as vantagens das co-produções internacionais, mas como afecta esta nova realidade a vida e as condições de trabalho dos artistas? Será que a presença nos palcos internacionais é mesmo imprescindível? E, caso sim, como prepará-la? Como assegurá-la?
Tão longe tão perto Criadores de Long Distance Hotel Em inglês Uma variedade cada vez maior de ferramentas de comunicação online influencia, de forma determinante, a criação teatral contemporânea. Mais do que apenas uma ferramenta, a internet transforma-se também num sujeito da invenção artística. É o caso de Long distance hotel, espectáculo criado à distância por seis artistas de cinco países diferentes, que só se encontram pessoalmente pela primeira vez no Teatro Maria Matos, um par de dias antes da estreia. Este e outros exemplos recentes confrontam-nos com a necessidade de discutir os limites, o potencial e os caminhos que a internet e a mobilidade virtual abrem hoje às artes performativas.
A monthly debate about the current state of affairs in the performing arts with invited artists from Portugal and abroad. Transnacional questions the common practice of labelling artworks and artists according to their nationality. Tão longe tão perto investigates the potential and limitations of virtual mobility in the arts.
super disco mmcafé sábados, 18h30 15 Maio, 5 Junho e 17 Julho Entrada Livre
Um disco pode funcionar como cápsula do tempo que regista uma determinada época, uma estética a ela associada, a tecnologia disponível e, para quem o compra, um acesso a memórias específicas. É, no entanto, o valor afectivo e de certo modo inexplicável aquilo que procuramos realçar ao falar com os convidados destas sessões mensais.
At our Super Disco sessions, invited guests bring their favourite vinyl records and share with the public what they know about it and what they feel while listening to it. We’re looking for the emotional power of a record, its charisma, and follow its trail at the hand of its owner. Reencounter the pleasure of story telling and listening to music in group.
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Jornal
Super Disco um programa da Flur e do Teatro Maria Matos com os apoios da Rádio Oxigénio e da MK2
..) projecto educativo
Patente U.S. 774250, a primeira ficha elĂŠctrica com relativa tomada.
Jornal
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projecto educativo | espectáculo/oficina
Cláudia Andrade Maria de Vasconcelos Fernando Mota e Joana Patrício
A terra dos imaginadores Sala de ensaios sexta 7 Maio 10h00 sábado 8 Maio 16h00 6 aos 12 anos
a partir de um conto de Joana Patrício concepção e interpretação Cláudia Andrade e Maria de Vasconcelos espaço sonoro Fernando Mota espaço cénico Joana Patrício co-produção CPA (Centro de Pedagogia e Animação do CCB) produção Próxima Estação Associação Cultural 32
Jornal
Criança 2,5€ | Adulto 5€
A terra dos imaginadores é um espectáculo/oficina onde as crianças são desafiadas a habitar um mundo poético, desempenhando um papel activo no desenrolar da história. Duas actrizes partem com o público para um mundo desconhecido onde a imaginação transforma os nossos braços em escorregas. As crianças percorrem territórios que as levam a tomar posições e reflectir sobre o medo e a capacidade de imaginar, de inventar, de criar soluções. This workshop/performance invites children into a poetic and imaginary world, in which our arms can become slides, if we wish so. The children engage situations, in which they are led to take sides, think about their fears and imagine, invent, create solutions.
projecto educativo
aoarlivre Inserido no programa Outras Cenas são Festas de Lisboa
Estamos no início do Verão e por gostarmos muito do sol e do calor regressamos para uma nova edição do aoarlivre. Convidamos todos a ocuparem connosco os jardins do Bairro das Estacas, onde a relva cheira a fresco e apetece sentar e deitar. Estendemos uma manta do teatro até à rua e preparámos uma tarde inteira a pensar nos mais novos, nas suas famílias e nos nossos vizinhos, com espectáculos, performances, oficinas, música e dança que irão, mais uma vez, habitar o nosso bairro.
Um novo bairro vai nascendo
Jardim das Estacas sábado 19 Junho 15h00 às 20h00 Para toda a família | Entrada livre Programa apoiado pela Junta de Freguesia de Alvalade
Meninos
venham à janela
Agri-cultura
No nosso jardim nasce um novo bairro. Um cenário vai crescendo sobre o relvado, com os edifícios, as ruas e as praças inventadas e construídas pelas crianças. Esta escultura será fotografada, para recordar todas as histórias criadas e no futuro, quem sabe, criar outras novas... a partir destas.
Pega-se numa fachada de um prédio do Bairro das Estacas cortam-se orifícios nas janelas e inventam-se habitantes. Através de brinquedos construídos em papel, faz-se com que estes habitantes troquem de casa. Agora é tempo de ver as personagens a moverem-se no nosso prédio de andar em andar e brincar.
Um jardim ganha vida durante um dia. Nele, há zonas para cultivar, recantos para piqueniques, passeios e até banquinhos para namorar… As crianças que nos visitarem podem plantar uma horta de boas ideias e povoar o jardim com sonhos, que qualquer pessoa poderá visitar.
monitores Guida Casella e António Coelho
monitores David Veríssimo e Leonor Clara
monitores Inês Barahona e Maria João Castelo
Impressões do bairro Os tabuleiros da cozinha e outros utensílios, saem ao jardim para dar voz em tom de mil cores, a todos os visitantes do bairro! Com tintas e materiais naturais, criamos Impressões do bairro e partilhamos os nossos sonhos num grande estendal de jardim, onde nada é de ninguém e tudo é para todos! monitoras Patrícia Maya e Viviana Henriques
Peixes Voadores
Com cartão, canetas e recortes as crianças inventam peixes voadores e flores que nadam no céu para pendurarem nas árvores do nosso jardim. monitores Walter Almeida e Irene Cortesão
Ourspace
Um sonho de jardim
Os jardins podem ter casas nas árvores e tendas de índio no chão, ou então, ser um local que convida ao jogo da macaca e ao passeio de bicicleta. Inventa o jardim ideal para ti, criando sinais para incentivar ou permitir certas actividades ou espaços. concepção Manfred Niehus Uma proposta da comunidade de pais vizinhos do Teatro
Jornal
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aoarlivre | teatro
Joana Providência e alunos da Academia
Contemporânea do Espectáculo
Riquete do Topete
16h00
Uma história sobre a beleza, a inteligência e a generosidade. Um espectáculo feito de bonecos gigantes manipulados por actores, com metade do seu tamanho. autor Charles Perrault adaptado por Gabriela Poças direcção Joana Providência Academia Contemporânea do Espectáculo interpretação alunos do 2º ano do curso de interpretação criação e construção de marionetas figurinos e adereços alunos do 2º ano do curso de cenografia, figurinos e adereços
Cadeiras suspensas
Três personagens retiradas de um bairro lisboeta metem conversa com quem passa. Sentados em lugares inusitados prometem conversas, num jogo divertido entre intérpretes e público.
criação Hugo Nobrega intérpretes Ricardo Soares, Márcia Cardoso e João Paulo Reis
Estudo de públicos concepção Cristiana Rocha fotografia Paulo Pimenta
coordenação marionetas Cristóvão Neto coordenação figurinos Carolina Sousa coordenação adereços Catarina Barros apoio execução de guarda-roupa Glória Costa sonoplastia alunos do 2º ano do curso de som, luz e efeitos cénicos coordenador de som Luís Aly produção Glória Cheio
Como é que imaginas uma cidade? Que cor escolherias para um jardim? Todos serão convidados a responder a estas e outras perguntas para criarmos em conjunto uma cartografia de respostas que serão depois estendidas ao sol. produção executiva Núcleo de Experimentação Coreográfica Acção desenvolvida no âmbito do projecto “Apresentação Pública” apoiado pelo Ministério da Cultura/DGArtes
Paredes elásticas
Barraquinha dos contos
Estas paredes têm ouvidos e pés e.... mexem-se! Deixam passar ou simplesmente condicionam o espaço de quem passeia. Uma performance visual feita de silêncios. Num jogo possível entre uma parede e um público. criação Hugo Nobrega intérpretes Andreia Coelho, Bruno Henriques, Joana Colaço e Bruno Vidal
Uma barraquinha com histórias para todos: para clientes pequenos, histórias grandes; para clientes que se acham grandes, histórias curtas e filosóficas; para um cliente solitário, histórias intimistas; e para muitos clientes, histórias divertidas e espampanantes.
concepção Luís Correia Carmelo
música
Rini e Bastollini
17h00
Um dueto composto por um acordeão e um clarinete, que vão encher o jardim de músicas de várias bandas sonoras de filmes.
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Jornal
músicos Rini Luyks e Luís Bastos
aoarlivre | dança
Aldara Bizarro A casa 18h30
A partir dos 5 anos
concepção, direcção e coreografia Aldara Bizarro intérpretes Albana Hall e Constanza Givone colaboração Ulla Janatuinen vídeo João Pinto música Paulo Curado cenografia Patrícia Colunas desenho de luz Carlos Ramos ilustração Margarida Botelho coordenação e produção Andrea Sozzi e Rita Vieira produção Jangada de Pedra co-produção Teatro Maria Matos, Artemrede e A Oficina/ Centro Cultural Vila Flor e Teatro Municipal de Faro A Jangada de Pedra é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/DGArtes
Um espectáculo de dança que gira em torno da casa ideal de cada um. A casa convida-nos a revisitar os diferentes espaços que construímos e nos constroem, transportando-nos simultaneamente para os lotes de terreno da utopia: “Na minha casa ideal, a cozinha tem braços automáticos”; “No meu bairro, a cozinha é de todos, um enorme comedouro popular”. A casa é o resultado do trabalho exploratório de O colhe-histórias, uma recolha de entrevistas no Teatro Maria Matos, no Bairro das Estacas e na Escola EB 101 de Alvalade. A partir de várias questões como “Onde te sentes mais confortável em casa?” ou “Gostas do teu bairro?”, construímos A casa.
What would be the ideal house for each one of us? A casa (The House) is based on interviews with children and invites the spectator to visit possible rooms and spaces. “In my favourite house, the kitchen has automatic arms”; “In my neighbourhood, the kitchen belongs to all, it is an enormous public dining room”. Jornal
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projecto educativo | teatro
Cie ACTA Debaixo da mesa (Villiers-le-Bel/Lisboa)
Palco da sala principal sábado 26 e domingo 27 Junho 11h00 e 16h00 18 meses aos 3 anos
concepção e encenação Agnès Desfosses cenografia Patricia Lacoulonche criação musical Ivan Khaladji participação vocal Odile Dhenain palavras Yves Nilly desenho de luz François Martineau instalação de som Pierre-Jean Horville interpretação Ana Cloe e Miguel Fragata figurinos Maria João Castelo produção e técnica Teresa Miguel 36
Jornal
Criança 2,5€ | Adulto 5€
Neste espectáculo interactivo para bébés, o público é convidado a sentar-se à volta de uma mesa, coberta por uma toalha imensa. Fazemos todos parte do cenário e da história. Debaixo da mesa vivem um sereio e uma sereia. A toalha é o tecto do oceano, e o público é levado até ao fundo do mar. Mas para lá chegar é preciso trepar, escavar, tocar, ouvir, rastejar, olhar e até dançar!
In this interactive performance for toddlers, the spectators are invited to sit around a table with an enormous tablecloth. Under the table live a mermaid and a merman. The tablecloth is the roof of the ocean and we are all invited to travel to the bottom of the sea. But to get there, we all need to climb, dig, touch, listen, crawl, watch and even dance!
projecto educativo | oficina de teatro
Cláudia Gaiolas Transnacional Sala de ensaios segunda 10 a sexta 14 Maio 18h30 às 20h30 Educadores, formadores e professores | Preço 30€ | Inscrições até 3 Maio
Esta oficina é uma abordagem à transnacionalidade no contexto das relações humanas e sociais. Partindo da ideia de que cada um de nós habita um território, propomos questionarmo-nos sobre a nossa fronteira e a do outro. O recurso ao teatro possibilita a permuta de lugar, aqui é permitido experienciar novos territórios, negociar e interpretar diferentes significados. This workshop deals with questions of transnationality applied to the realm of human and social interaction. If each one of us lives in his own private territory, we constantly need to negotiate the borderlines between ourselves and the others. In theatre, we are able to change places and play other roles. A perfect playground to experience new territories, question their validity and find different meanings.
Cláudia Gaiolas estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema. Participou em espectáculos de Tiago Rodrigues, Teatro da Garagem, André Murraças, Joaquim Horta, António Mercado, Madalena Victorino, Jean-Pierre Larroche, Paula Diogo, Pedro Carraca, Àgnes Limbos, Mala Voadora, A Truta, Associação Alkantara. É cofundadora do Teatro Praga e do Grupo SubUrbe.
projecto educativo | oficina de dança
Vamos dançar?
Joclécio Azevedo
Sala de ensaios sexta 21 e sábado 22 Maio Escolas (1º, 2º, 3º ciclo e secundário) - sexta 10h00 às 12h00 Público geral (a partir dos 18) - sábado 10h30 às 13h00 14h30 às 18h00 Grupos escolares 2€ Adulto 12€
Em Vamos dançar?, a dança é protagonista de um espaço de experimentação e descoberta. Uma oportunidade para conhecer e recriar as práticas e metodologias de criação de bailarinos e coreógrafos com percursos relevantes no panorama portugues. A oficina começa com uma conversa, ilustrada por imagens e filmes, seguida de uma série de experiências práticas. Para esta 4ª edição o convidado é o coreógrafo Joclécio Azevedo.
Vamos dançar? is a dance workshop, in which the participants are given the opportunity to discover and experience the creative methodologies of professional choreographers. After an initial talk, illustrated with images and film fragments, the participants are invited to partake in a series of practical exercises.
Joclécio Azevedo é performer e director artístico do Núcleo de Experimentação Coreográfica. Dedica-se a projectos de investigação e residências artísticas em diversos países. O seu trabalho desenvolve-se a partir da vulnerabilidade do corpo perante a exposição face ao olhar do outro e da sua condição de catalisador de imagens. Jornal
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projecto educativo | oficina de corpo e voz
Filipa Francisco e Isabel Gaivão Palavras em movimento © João Pinto
Sala de ensaios segunda 5 a quinta 15 Julho 15h00 às 18h00 (excepto domingo 11) A partir dos 14 anos | Preço 60€ | Inscrições até 28 Junho
férias de verão Os corpos são como palavras e ao escreverem frases, reinventam o espaço a partir da forma como o ocupam. Descobrir as possibilidades infinitas que o corpo e a voz oferecem é o motor desta oficina dirigida a adolescentes. Propomos interpretar as palavras com o corpo e com a voz, ultrapassar as fronteiras da língua e descobrir linguagens plurais. Just like words, bodies can write sentences; they write choreographic sentences that reinvent the space by the way they move in it. The objective of this workshop for adolescents is to discover the infinite possibilities of the body and the voice to express ourselves.
Filipa Francisco é coreógrafa e performer. Estudou Dança, Teatro, Improvisação e Dramaturgia, na Escola Superior de Dança, na Cia de Dança Trisha Brown e com André Lepecki. Trabalhou com Francisco Camacho, Vera Mantero, Lúcia Sigalho, entre outros. É coordenadora de projectos de formação e criação em dança, como “Nu kre bai bu onda” na Cova da Moura e “Rexistir” no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco.
Isabel Gaivão frequentou o Curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Estudou dramaturgia, caracterização e improvisação, entre outros, no Herbert Berghof Studio, Nova Iorque. Em teatro trabalhou com José Abreu, Rui Pisco, José Eduardo Rocha, Luis Castro (Karnart), Alexandre Lyra Leite (Inestética Companhia Teatral), João Carneiro (Vicenteatro) e Sérgio Pelágio. Em cinema trabalhou com Paulo Abreu.
projecto educativo | visitas ao Teatro Maria Matos
Dentro de Cena 3 aos 5 anos | 6 aos 12 anos | a partir dos 13 anos Entrada livre, mediante marcação prévia
Há espaços que são tão especiais que precisam de ser olhados com olhos de sentir. Abrimos as portas do teatro para mostrar o seu interior – o palco, os camarins, os espaços técnicos - e imaginamos como ganham vida, cada vez que há espectáculo. Estão todos convidados! 3 aos 5 anos Nesta visita as pontas dos dedos são olhos para tocar, sentir e conhecer os cantos e palcos do teatro. 6 aos 12 anos Uma viagem ao interior do teatro para descobrir os segredos e as pessoas que se escondem por trás do palco. De quantas partes se faz um teatro? A partir dos 13 anos A história e a arquitectura do edifício num percurso pelo seu interior. As formas e as funções por partes até descobrir o todo. We open the doors of the theatre to show its hidden places and visit the magical world of the stage, the dressing rooms and the technical spaces, imagining how they come to life whenever there is a show on. equipa do Teatro Maria Matos Rafaela Gonçalves, Rosa Ramos e Vasco Correia 38
Jornal
Teatro Maria Matos Co-produções TMM em digressão Maio-Agosto 2010 Bilheteira todos os dias das 15h00 às 20h00 em dias de espectáculo, até 30 minutos depois do início do mesmo 218 438 801 bilheteira.teatromariamatos@egeac.pt Outros locais de venda Fnac | ticketline 707 234 234 | www.ticketline.pt
Descontos* desconto 50% estudantes, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espectáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante)
Patrícia Portela AudioMenus estreia: Maio 2009 Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, 3 a 13 Junho 2010 Viseu, Teatro Viriato, 16, 17, 18 e 19 Junho 2010
Ana Mira e Margarida Bettencourt At once estreia: Janeiro 2010
desconto 30% grupos com 10 ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado)
Torres Vedras, Teatro-Cine Torres Vedras (Festival X), 7 Maio 2010 Torres Vedras, Teatro-Cine Torres Vedras (Festival X), 15 Maio 2010 (Workshop “Corpo - Confiar no Desconhecido”)
5€ preço único para menores de 30 anos
Palmela, FIAR - Festival Internacional de Artes de Rua, 30, 31 Julho e 1 Agosto 2010
projecto educativo - espectáculos 5€ preço único para adultos 2,5€ preço único para menores de 13 anos *descontos não acumuláveis
Projecto Educativo - reservas para escolas Rafaela Gonçalves 218 438 800 projectoeducativo.teatromariamatos@egeac.pt
Reservas Levantamento prévio obrigatório até 30 minutos antes do espectáculo.
Victo Hugo Pontes Vice-versa estreia: Janeiro 2010 Porto, Teatro Campo Alegre, 6 a 9 Maio 2010
Truta Ivanov estreia: Março 2010 Guimarães, Centro Cultural Vila Flor (Festival Gil Vicente), 11 Junho 2010
Classificação Os espectáculos do Projecto Educativo têm classificação “maiores de 4 anos”. Os concertos têm classificação “maiores de 6 anos”. Os restantes espectáculos incluídos neste programa têm classificação “maiores de 12 anos”, excepto quando indicado
Como chegar Teatro Maria Matos Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 1700-213 lisboa comboio Roma-Areeiro metro Roma autocarros 7, 35, 727, 737, 767
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Mónica Calle O ginjal ou O sonho das cerejas (Anton Tchekov) estreia: Junho 2010 Montemor-o-Novo, O Espaço do Tempo, 22 Maio 2010 (antestreia) Guimarães, Centro Cultural Vila Flor (Festival Gil Vicente), 3 Junho 2010 Cartaxo, Centro Cultural do Cartaxo, 5 Junho 2010 Torres Vedras, Teatro-Cine de Torres Vedras, 10 Junho 2010 Alcanena, Cine-Teatro S. Pedro, 12 Junho 2010 Montijo, Cinema Teatro Joaquim d’Almeida, 19 Junho 2010 Almada, Fórum Romeu Correia, 30 Julho 2010
Mala Voadora & Third Angel What I heard about the world estreia: Novembro 2010 Sheffield, Sheffield Theatre (Forge Festival), 29 Maio 2010 (work in progress)
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mm jornal proprietário EGEAC, EEM director Mark Deputter editora Catarina Medina design e fotografia da capa Luciana Fina e Moritz Elbert morada Calçada Marquês de Tancos, 2, 1100-340 Lisboa sede de redacção Rua Bulhão Pato, 1B, 1700-081 Lisboa tiragem 41.500 exemplares periodicidade quadrimestral tipografia Mirandela morada Rua de Rodrigues Faria, 103, 1300 Lisboa
director artístico Mark Deputter programador música Pedro Santos programadora projecto educativo Susana Menezes assistente de programação Laura Lopes gestora Andreia Cunha adjunta de gestão Glória Silva director de produção Joaquim René adjunta direcção de produção Mafalda Santos produtora executiva Ana Gomes produtora do projecto educativo Rafaela Gonçalves estagiário de produção Vasco Correia directora de comunicação Catarina Medina gabinete de comunicação Rita Tomás estagiário de comunicação Tiago Mansilha imagem e design gráfico Luciana Fina e Moritz Elbert directora de cena Rita Monteiro adjunta direcção de cena Sílvia Lé camareira Sandra Ferreira director técnico Zé Rui adjunto direcção técnica André Calado técnicos de audiovisual Félix Magalhães, Rui Mamede e Rui Monteiro técnicos de iluminação/palco Catarina Ferreira, Luís Balola, Luís Duarte e Paulo Lopes bilheteira/recepção Carla Cerejo, Rosa Ramos e Vasco Correia frente de sala Complet’arte - Isabel Clímaco (chefe de equipa), Cristina Almeida, Estevão Antunes, Fernanda Abreu, Marta Dias, Ricardo Simões, Sandra Lameira e Sérgio Torres
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