PROGRAmmA março e abril 2017

Page 1

PROGRAmmA MARÇO 2017

╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙Æ

MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS Por esse mundo fora ● crianças e jovens qua 01 ↣ 10h qui 02 ↣ 10h sex 03 ↣ 10h sáb 04 ↣ 16h30 dom 05 ↣ 11h e 16h30 qua 08 ↣ 10h qui 09 ↣ 10h sex 10 ↣ 10h @C Lâminas ● música qui 02 ↣ 22h O DIA EM QUE O TEATRO É DAS CRIANÇAS ● crianças e jovens dom 05 ↣ 11h às 18h30 SREĆKO HORVAT A Utopia do Amor: um regresso à política radical? ● debate e pensamento ter 07 ↣ 18h30 VAIVA GRAINYTĖ, LINA LAPELYTĖ, RUGILĖ BARZDŽIUKAITĖ Have a good day! — Opera for 10 cashiers, supermarket sounds and piano ● ópera sex 10 ↣ 21h30 ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE Gatilho da Felicidade ● teatro qui 16 ↣ 15h30 (escolas) sex 17 ↣ 21h30 sáb 18 ↣ 21h30 dom 19 ↣ 18h30

ABR

HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO Um Elefante na Sala ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI SERAFIDE Arte e Participação ● debate e pensamento dom 19 ↣ 16h ╓─── CHANTAL MOUFFE ║ ║ O papel dos afetos ║ ║ na política agonística ║ ║ ● debate e pensamento ║ ╙ Æ qua 22 ↣ 18h30 ╓─── KALEIDER ║ ║ The Money ║ ║ ● performance ║ ║ ★ Paços do Concelho ║ ╟ Æ qui 23 ↣ 21h30 ║ ╟ Æ sex 24 ↣ 21h30 ║ ╟ Æ sáb 25 ↣ 17h30 e 21h30 ║ ╙ Æ dom 26 ↣ 15h e 18h30 ╓─── CLÁUDIA DIAS ║ ║ Terça-feira: Tudo o que ║ ║ é sólido dissolve-se no ar ║ ║ ● dança ║ ╟ Æ qua 29 ↣ 21h30 ║ ╟ Æ qui 30 ↣ 21h30 ║ ╙ Æ sex 31 ↣ 21h30 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL


EQUIPA diretor artístico Mark Deputter diretora executiva Andreia Cunha programador música Pedro Santos programadora crianças e jovens Susana Menezes assistentes de programação Laura Lopes e Liliana Coutinho adjunta gestão Glória Silva diretora de produção Mafalda Santos

segurança Securitas António Simões, António Oliveira, Mário Fernandes, Filipe Tomé e Valter Julião PROGRAmmA proprietário EGEAC, E.M. diretor Mark Deputter editora Catarina Medina tradutor John Elliott

adjunta direção de produção Rafaela Gonçalves

morada Avenida da Liberdade, 192 1250-147 Lisboa

produtoras executivas Catarina Ferreira e Maria Ana Freitas

sede de redação Rua Bulhão Pato, 1B 1700-081 Lisboa

diretora de comunicação Catarina Medina

periodicidade bimestral

gabinete de comunicação Rita Tomás

tiragem 11 mil exemplares

imagem e design gráfico barbara says…

O PROGRAmmA foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990. Foi impresso em papel de produção nacional.

diretora de cena Rita Monteiro adjunta direção de cena Sílvia Lé camareira Rita Talina diretor técnico João Alves adjunta direção técnica Anaísa Guerreiro técnicos de audiovisual Félix Magalhães, João Van Zelst e Miguel Mendes técnicos de iluminação/palco Luís Balola, Nuno Samora, Paulo Lopes e Manuel Martins bilheteira/receção Diana Bento, Mafalda Cabrita e Rosa Ramos frente de sala Luridima Isabel Clímaco (chefe de equipa), Afonso Matos, Ana Paula Santos, Francisco Tavares e Raquel Alexandra Luís limpeza Astrolimpa Hermínia Santos, Celeste Jesus, Maria Figueiredo, Maria Edmar, Matilde Reis, Simona Aconstantinesei, Lucinda Oliveira e Engrácia Rodrigues

2


ÍNDICE CRIANÇAS E JOVENS

Æ MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS: Por esse mundo fora Æ O DIA EM QUE O TEATRO É DAS CRIANÇAS Æ LEONOR KEIL: Bianca Branca

MÚSICA

Æ @C: Lâminas Æ QUEST + ORQUESTRA DE GUIMARÃES At the still point of the turning world Æ LUCIANO CHESSA & THE ORCHESTRA OF FUTURIST NOISE INTONERS: Intonarumori

DEBATE E PENSAMENTO

Æ SREĆKO HORVAT A Utopia do Amor: um regresso à política radical? Æ HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO Um Elefante na Sala Æ ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI SERAFIDE: Arte e Participação Æ CHANTAL MOUFFE O papel dos afetos na política agonística Æ ANTÓNIO ALVARENGA Como colocar as coisas no seu devido lugar errado? Æ FELWINE SARR, MONIKA GINTERSDORFER, ROCH BODO, HAUKE HEUMANN E ERIC PARFAIT FRANCIS TAREGUE Afrotopias — economias e desenvolvimento humano no plural

ÓPERA

Æ VAIVA GRAINYTĖ, LINA LAPELYTĖ, RUGILĖ BARZDŽIUKAITĖ: Have a good day! — Opera for 10 cashiers, supermarket sounds and piano

TEATRO

Æ ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE: Gatilho da Felicidade Æ GINTERSDORFER/KLASSEN Diálogo Direto Kinshasa Lisboa

PERFORMANCE

Æ KALEIDER: The Money

DANÇA

Æ CLÁUDIA DIAS: Terça­‑feira: Tudo o que é sólido dissolve­‑se no ar Æ JONAS&LANDER: Adorabilis

04 08 48

06 38 42

20 26 26 28 36 44

22

24 46

32

34 50


CRIANÇAS E JOVENS ★ +4 anos 18 a 26 fevereiro (exceto 20 e 21) e 1 a 10 março (exceto 6 e 7) encomenda mm ● reposição

MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS Por esse mundo fora Márcia e Nuno são exploradores sempre prontos para uma próxima aventura. Atentos ao inesperado e amantes do desconhecido, desta vez deparam­‑se com um lugar cheio de caixas. Intrigados, questionam­‑se. O que fazem ali todas aquelas caixas? O que contém cada uma delas? O que se pode fazer com todas essas caixas? Por vezes a curiosidade leva­‑nos a superar os nossos limites. Quantas histórias já viveste, em que mesmo com medo, abriste portas, janelas, cofres, armários? Quantas vezes já foste levado pela necessidade de saber, de conhecer, de desvendar? Cada vez que abrimos uma caixa, um mundo de possibilidades é criado. Cada gesto desencadeia uma onda de descoberta e de espanto. Até onde nos leva a nossa curiosidade? semana ↣ 10h / sábado ↣ 16h30 / domingo ↣ 11h e 16h30 sessões especiais do Dia em que o Teatro é das Crianças (mais informações na página 11) performance ● sala de ensaios criança: 3€ / adulto: 7€ ● duração: 35 min ● M/3 Márcia Lança and Nuno Lucas are explorers who are always ready for their next adventure. Alert to the unexpected and lovers of the unknown, this time they find themselves in a place full of boxes. After last year’s great success, they return to our theatre to show us just how far our curiosity can take us.

criação: Márcia Lança e Nuno Lucas interpretação: Márcia Lança, Nuno Lucas e Jin Young Park
 composição sonora: Nuno Morão
 apoio figurinos: Benedetta Maxia

direção técnica: Tasso Adamoupolus residências: 30 da Mouraria, Rua das Gaivotas 6, Maria Matos Teatro Municipal 
 coprodução: VAGAR e Maria Matos Teatro Municipal

4


19 fevereiro ↣ 16h30

sessão descontraída O que é uma sessão descontraída? É uma sessão de teatro, dança ou música que decorre numa atmosfera mais descontraída e acolhedora e com mais tolerância no que diz respeito ao movimento e ao barulho na plateia. Destina­‑se a todos os indivíduos e famílias que prefiram um ambiente com reduzidos níveis de ansiedade. Famílias com crianças pequenas; pessoas com condições do espectro autista (ASD), incluindo síndrome de Asperger; pessoas com deficiência intelectual; crianças com défice de atenção; pessoas com síndroma de Down; pessoas com síndroma de Tourette; seniores em estados iniciais de demência; pessoas com deficiências sensoriais, sociais ou de comunicação. mais informação em acessocultura.org


MÚSICA ★ 2 março quinta ↣ 22h coprodução mm

@C Lâminas Operando do Porto desde a sua criação em 2000, os @c têm criado um corpo de trabalho notável que tem garantido álbuns, concertos e instalações sonoras de importância vital no nosso panorama artístico. A frequência dos convites para atuarem fora de portas sanciona igualmente a relevância das suas obras num contexto internacional bem mais alargado e exigente. Three­‑Body Problem, a última criação em disco, é o fruto da transformação de uma banda sonora para teatro de marionetas, e caracteriza­‑se pela inclusão de um leque alargado de músicos convidados que abrem o campo de interações possíveis entre a eletrónica e o mundo acústico — diálogo cada vez mais atraente para o trabalho de @c, seja em dispositivo musical ou expositivo, dentro ou fora do palco. É a partir de e dentro destes largos parâmetros que Miguel Carvalhais e Pedro Tudela respondem a um convite do Teatro Maria Matos, propondo um concerto de conceitos amplos, com som e visuais circulantes, mostrando como o mundo eletroacústico de @c pode ser feito de muitas colaborações e vozes, explicando aos nossos sentidos como ele se movimenta, contagia e multiplica. sala principal com bancada 6€ a 12€ ● M/6

6


Their most recent album, Three­‑Body Problem, presented Miguel Carvalhais and Pedro Tudela with the unprecedented challenge of working with a wider range of musicians, many of whom played acoustic instruments, causing this duo to act and react to a greater complexity of sounds and proposals. It was based on this experience and working process that @c put together their new work, which is now set to be premièred at Teatro Maria Matos. eletrónica: Miguel Carvalhais eletrónica: Pedro Tudela harpa: Angelica V. Salvi percussão: João Pais Filipe violoncelo e eletrónica: Ricardo Jacinto vídeo: Lia coprodução: GNRation e Maria Matos Teatro Municipal


CRIANÇAS E JOVENS ★ 5 março domingo ↣ 11h às 18h30

A I D O E U Q M E O R T A E OT S A ÉD S A Ç N A I R C 8


Uma vez por ano, mudamos as regras e fazemos do Teatro Maria Matos um espaço dedicado só às famílias e crianças. Reinventamos a função dos espaços através da apresentação, reposição e criação de propostas artísticas de diferentes artistas que com as suas ideias nos desafiam todos os dias a olhar para o mundo com outros olhos. Neste dia, o Teatro vai­‑se mostrar para além do que normalmente podemos observar porque neste dia o Teatro é das crianças e porque há coisas que só elas conseguem ver. entrada livre (sujeita à lotação) inserido no programa Lisboa Dentro Once a year, we change the rules and turn Teatro Maria Matos into a space dedicated to families and children. On this day, all of the Theatre’s hidden nooks and crannies are occupied by different proposals and projects. With the help of different artists, the corridors, dressing­‑rooms and the more unusual areas are themselves turned into theatrical stages. A great day that is made up from the sum of various small parts.

★ mm café ★

horário especial ↣ 10h30 às 02h Neste dia, visite o MM café e descubra o menu pensado especialmente para os mais novos


O DIA

INSTALAÇÃO ★ famílias 11h às 18h30

ANA PÊGO E VANDA VILELA Plasticus maritimus

Plasticus maritimus é uma espécie exótica que tem invadido todas as praias do mundo e outros locais mais inesperados, podendo apresentar uma infinidade de formas, cores e tamanhos. Juntos, trataremos de dominar esta espécie invasora feita de plásticos encontrados nas praias próximas de Lisboa, aplicando­‑os numa instalação que vai ocupar todo o foyer. foyer

OFICINA ★ +5 anos 11h, 12h30, 15h e 17h30

HOMEM DO SACO Impressão de manifestos

Há ideias que apenas se concretizam nas zonas mais “clandestinas” de um Teatro. Locais a que poucos têm acesso e por isso é aí que vamos inventar um novo manifesto com os nossos desejos. Construindo uma pequena oficina de tipografia, daremos largas à imaginação. O Homem do Saco é um atelier coletivo de tipografia, edições e impressões que mistura técnicas de impressão como a tipografia de caracteres móveis, a serigrafia e a gravura. zona técnica ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 10h30 ● última entrada às 12h20 e às 17h20

OFICINA ★ +4 anos 11h às 13h e 14h às 17h

MARIA REMÉDIO O que veem os teus olhos?

Com o olhar cansado de ecrãs e de imagens que passam por nós como uma flecha, vamos parar e olhar para o que está ao nosso lado, para o que podemos tocar e criar! E com a ajuda de umas lentes especiais encontradas nos filtros dos projetores de luz do Teatro criar uns óculos super especiais de ver o mundo! O que conseguiremos ver?

O O R T A E T

mm café criação: Maria Remédio orientação: Maria Remédio e Teresa Cortez

10


OFICINA ★ +6 anos 11h às 12h30 e 15h às 17h30

ALUNOS DA PÓS­‑ GRADUAÇÃO EM PRÁTICAS ARTÍSTICAS E PROCESSOS PEDAGÓGICOS Metateatro

EM QUE

Partiremos de uma questão geral — o que é o teatro? — para propor um conjunto de actividades que cruzam a arte, o lúdico e a pedagogia, para experimentar e pensar: O que é preciso para haver teatro? Atores, espectadores, máscaras, fatos, textos, gestos, palco, plateia? E se os lugares se inverterem? Como e quem faz teatro? O que está por detrás dos cenários? E antes da cena? camarins ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 10h30 ● última entrada às 12h20 e às 17h20 conceção e desenvolvimento: Ana Carolina Galtarossa Chainho Coelho, Ana Cláudia do Couto Ferreira, Ana Maria Cabral Cordovil Wemans, Ana Maria de Abreu Fernandes, Clarissa

Lyra Guimarães, Filipa Maria Marques Fernandes de Assis, Nuno do Carmo Barros Lopes de Almeida, Maria Remédio e Teresa Cortez (Pós­‑Graduação

em Práticas Artísticas e Processos Pedagógicos, da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich em parceria com a Fund. Calouste Gulbenkian)

+4 anos 11h30 e 16h

MÁRCIA LANÇA E NUNO LUCAS Por esse mundo fora

Márcia e Nuno são exploradores sempre prontos para uma próxima aventura. Neste dia especial, vão marcar presença em dose dupla com o espetáculo Por esse mundo fora. sala de ensaios ● duração: 35 min entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 10h30 criação e interpretação: Márcia Lança e Nuno Lucas

11

É DASAS Ç N A I R C


O DIAISABEL MINHÓS MARTINS, TEATRO ★ +6 anos 12h30 e 14h30

BERNARDO CARVALHO, SUZANA BRANCO E BERNARDO DEVLIN Daqui vê­‑se Melhor!

Vamos ver e ouvir como surgiu e cresceu o teatro, num diálogo entre um narrador, uma atriz, um músico e um ilustrador, que desenhará esta história em tempo real. Depois da sua estreia, no Teatro Maria Matos, em 2010, voltamos a apresentar o nosso primeiro projeto com os autores do Planeta Tangerina, porque há histórias que têm de ser contadas muitas vezes. Os acontecimentos do mundo sempre influenciaram o Teatro. Sabem porquê? Porque a História do Teatro confunde­‑se com a História do Mundo. E por isso é tão difícil contá­‑la em quarenta resumidíssimos minutos. Ainda assim, atrás deste palco, conseguimos montar uma potentíssima máquina do tempo que nos levará a viajar através dos séculos. Vamos começar por onde se começa sempre (pelo princípio!) e chegar aos nossos dias, chamando ao palco as personagens e os cenários que fazem parte desta empolgante História.

O O R T A E T

12


EM QUE

sala principal ● duração: 40 min entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 10h30 texto: Isabel Minhós Martins desenho: Bernardo Carvalho coordenação e interpretação: Suzana Branco música: Bernardo Devlin produção: Maria Matos Teatro Municipal

13

É DASAS Ç N A I R C


O DIA

MÚSICA ★ famílias 17h30

PEDRO RAMOS DJ set para crianças e alguns adultos

Depois de nos por a dançar no aoarlivre 2016, Pedro Ramos regressa ao Teatro Maria Matos neste dia especial. Com o seu carácter inventivo e inspirado este pai, DJ e radialista vai desenhar a sessão a pensar nas crianças e também, mas apenas um pouco, nos pais, para que possamos dançar todos juntos. Aos pares, aos saltos, ao colo, em roda, sem mãos e com os pés no ar. Danças comigo? palco da sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 10h30

O O R T A E T

14


EM QUE

15

É DASAS Ç N A I R C


setembro ↣ outubro 2016

6 Arquipélago

da Resiliência olhou para o regresso da imaginação política nos movimentos sociais que têm irrompido um pouco por todo o mundo nos últimos anos.

março 2017

> Arquipélago

dos Afetos dá a palavra aos muitos que estão a repensar a política como uma atividade também afetiva.

março ↣ abril 2017 novembro ↣ dezembro 2016 6 Arquipélago

das Diversidades partiu da crise dos refugiados para revisitar os problemas e as oportunidades da sociedade diversa.

janeiro ↣ fevereiro 2017 6 Arquipélago

Comum revisitou os muitos projetos utópicos surgidos dos comunismos e anarquismos que nasceram no início do século xx.

> Arquipélago

Capital centra­‑se nas forças imaginativas e destrutivas do capitalismo.

maio ↣ julho 2017

6 Arquipélago

Verde foca­‑se no imaginário utópico mais influente da atualidade, surgido da necessidade incontornável de manter o planeta viável.


O ciclo UTOPIAS oferece um programa alargado que atravessa toda a temporada 2016­‑2017 do Teatro Maria Matos com espetáculos, instalações, palestras, encontros e eventos no espaço público, trazendo convidados que fazem do agir crítico e da imaginação política uma tarefa diária. As UTOPIAS da temporada estão organizadas em seis arquipélagos, seis territórios para conhecer possibilidades que estão já em curso, e de imaginar outras. UTOPIAS offers an extensive program that crosses the entirety of Teatro Maria Matos’s 2016­‑2017 season featuring performances, installations, talks, meetings, and events in public space with guests that make critical action and political imagination a daily activity. This season’s UTOPIAS are organized in six archipelagos, six territories to learn the possibilities already underway, and imagine future ones.


UTOPIAS

ARQ U I PÉ LAG O


março 2017 As emoções e os afetos são aquilo pelo qual nos identificamos de forma mais intensa como seres humanos. Apesar disto, esta dimensão é normalmente relegada para um segundo plano de atenção na forma de pensarmos a nossa vida política, arrastada pelo pragmatismo necessário à gestão da vida comum. Esta desatenção não faz com que os afetos sejam menos relevantes, afinal, falando de política estamos também a falar de nós e dos outros; da legitimidade que damos a mim, a ti e a eles. Os afetos estão sempre presentes em qualquer fazer político, seja pelas paixões viscerais que o encontro entre diferentes posições pode desencadear, seja pela adesão emocional a ideias e práticas que reconhecemos como válidas, ou que simplesmente nos reconfortam. São diversos os agentes no fazer político que reconhecem esta relevância dos afetos na política e usam­‑na, até mesmo de forma demagógica. Com o Arquipélago dos Afetos decidimos dar atenção a esta dimensão da experiência humana no fazer político e na vida em comunidade. Com Chantal Mouffe olhamos para o que nos afeta e tentamos descobrir a validade das paixões intensas que marcam posições políticas e ideológicas diferentes na vivência democrática. Com Srećko Horvat, perguntamo­‑nos, sem a desconfiança dos cínicos nos dias que correm, se o amor é uma utopia viável ou uma necessidade urgente.

D O S AFETO S


DEBATE E PENSAMENTO ★ 7 março terça ↣ 18h30

SREĆKO HORVAT A Utopia do Amor: um regresso à política radical? Se alguma vez houve uma utopia desejada, até por cínicos e por quem nelas não acredita, foi a do amor. No entanto, parece que ninguém está a falar sobre isso. Há cem anos, no começo da Revolução de Outubro, o amor foi um dos campos de batalha mais importantes da política radical — não era possível então imaginar uma mudança social séria sem uma transformação na esfera emocional. Por outro lado, uma mudança na esfera mais íntima — apaixonar­‑se — era já um ato político genuíno, um terramoto capaz de mudar todas as coordenadas sociais. Nos dias de hoje, esta noção da radicalidade do amor parece estar ausente da esfera política. Será uma utopia pela qual ainda vale a pena lutar? É esta a interrogação na base do livro The Radicality of Love (2015) do filósofo Srećko Horvat. Nesta conferência, o amor e os afetos afirmam­‑se como meios essenciais para um regresso a uma política radical. Srećko Horvat nasceu na Jugoslávia, mas não tem morada permanente. Tem­‑se debruçado sobre a questão europeia, através dos livros What does Europe want (2014) e Welcome to the Desert of Post­‑Socialism (2015), e com Yanis Varoufakis, com quem fundou o Movimento Democracia na Europa (DiEM25). em inglês ● palco da sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt If there was ever a utopia that is desired even by cynics and by those who don’t believe in it — it must surely be love. At the beginning of the October Revolution, love was one of the most important battlegrounds of radical politics — no serious social change could occur without a change in the emotional sphere. Likewise, a change in the most intimate sphere — falling in love — is already a genuine political act. Nowadays, is this a utopia that is still worth fighting for?

20


foto: Oliver Abraham apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


O

“Um espetáculo inteligente, fascinante e discretamente subversivo. Qualquer que seja a crítica ao capitalismo e à obsessão consumista que possa estar implícita é subtil e perspicaz.” Steve Smith, The New York Times

O que está realmente por detrás dos “Boa tarde!”, “Obrigada!”, “Tenha um bom dia!” mecanizados e dos sorrisos das empregadas de caixa dos supermercados? Have a good day! [Tenha um bom dia!] conta a história por detrás desses sorrisos automatizados. Normalmente sem rosto, assemelhando­‑se quase a robots, os empregados de lojas que encontramos no dia­‑a­‑dia são nesta ópera transformados em personagens vivas e únicas.

22

S

IA T

P E

F

T A

U

Opera for 10 cashiers, supermarket sounds and piano

O

VAIVA GRAINYTĖ, LINA LAPELYTĖ, RUGILĖ BARZDŽIUKAITĖ Have a good day!

S

ÓPERA ★ 10 março sexta ↣ 21h30


Os seus pensamentos secretos e histórias de vida materializam­‑se em dramas pessoais sobre uma música que serve os seus pensamentos e facilita as suas vozes. A atmosfera do supermercado é criada através de uma brilhante e vibrante instalação de lâmpadas de luz do dia e sons ambientais. Com humor, ironia e sentido poético, um mosaico de destinos distintos transforma­‑se num poema sobre o capitalismo e o prazer do consumo. Logo após da estreia na Lituânia, em 2013, Have a good day! foi selecionado para a prestigiada competição Music Theatre NOW na Suécia, na qual recebeu o prémio Globe Teana­‑Theatre Observation. Nas palavras do realizador Jonas Mekas, “É como uma pequena obra­‑prima (…) muito sólida, muito simples e muito real.” em lituano com legendagem palco da sala principal ● 7€ a 14€ ● duração: 55 min classificação etária: a classificar pela CCE Have a good day! focuses on the inner lives of cashiers in a shopping centre: showing what lies behind their mechanical “Good afternoon!”, “Thank you!” and “Have a nice day!”. Their secret thoughts and biographies are turned into brief personal dramas. Embodying universal archetypes, the characters of the different sales clerks convey the predominant social landscape. The libretto is a revealing mosaic of spoken literary language and documentary.

libreto: Vaiva Grainytė composição e direção musical: Lina Lapelytė encenação e cenografia: Rugilė Barzdžiukaitė caixas: Indrė Anankaitė­‑ ­‑Kalašnikovienė, Liucina Blaževič, Vida Valuckienė, Veronika Čičinskaitė­ ‑Golovanova, Lina Valionienė, Rima Šovienė, Milda Zapolskaitė, Rita Račiūnienė, Svetlana Bagdonaitė e Kristina Svolkinaitė guardas: Kęstutis Pavalkis (piano) e Lina Lapelytė (eletrónica) desenho de luz: Eugenijus Sabaliauskas adereços: Daiva Samajauskaitė engenheiro de som: Arūnas Zujus

produção: OPEROMANIJA esta produção faz parte de EUROPOLY, um projeto europeu para teatro e cinema do Goethe­ ‑Institut, em cooperação com Münchner Kammerspiele, Onassis Cultural Centre Athens, Sirenos Vilnius International Theatre Festival, Maria Matos Teatro Municipal Lisboa e Tiger Dublin Fringe com a colaboração da Allianz Cultural Foundation

apresentação no âmbito da rede IMAGINE2020 com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


TEATRO ★ 16 a 19 março quinta ↣ 15h30 / sexta e sábado ↣ 21h30 domingo ↣ 18h30 encomenda mm

ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE Gatilho da Felicidade Um jogo mortal em busca da felicidade. O jogo como fonte de discurso. A festa e o jogo como elementos potenciadores de alegria, desgraça, intimidade e fuga à solidão. Um jogo de realidades entre a tristeza e a alegria. Qual o momento mais feliz da tua vida? O que é que vês quando te olhas ao espelho? O que é que te faz sentir pequenino? Preferias uma semana sem internet, 4G, smartphone, computador ou um ano sem sexo e masturbação? O que é que está a bloquear a minha entrada no mundo? Será possível gostar demais de alguém? Porque é que não te matas hoje? Sentes­‑te feliz quando te levantas de manhã? Porque é que não me deixam em paz? Será que vês o que eu vejo? É inevitável repetir o comportamento dos nossos pais? Não seria a Terra um lugar mais feliz sem nós? Não tinhas em mente qualquer coisa mais radical? Não é uma tristeza nossa, que na tentativa de sermos realmente nós, não consigamos deixar felizes todos aqueles que não somos? O que é vocês sabem sobre mim? 6€ a 12€ ● sala principal com bancada ● duração 1h40 classificação etária: a classificar pela CCE este espetáculo também se destina a adolescentes em contexto familiar e a escolas secundárias ESCOLAS ★ +15 anos quinta ↣ 15h30 / preço único para escolas: 3€

U

After the great national and international success enjoyed by Atlas, Ana Borralho and João Galante’s new creation, Trigger of Happiness, brings together a group of youngsters in a game of questions and answers about happiness. Exploring the phase of life when identities are defined and risks are taken, this performance questions whether we can really be ourselves, while enabling all those that we are not to be happy.

A

T F

I AO PT OE S

S

24


conceito, direção artística: Ana Borralho & João Galante desenho de luz: Thomas Walgrave som: Coolgate, Pedro Augusto colaboração dramatúrgica: Fernando J. Ribeiro assistência de encenação e assistência de ensaios: Alface (Cátia Leitão), Antonia Buresi assistência de encenação, assistência de ensaios e assistência técnica: Tiago Gandra performers em Lisboa: Diogo Cadete, Adriana Melo, Augusto Amado, Beatriz Garrucho, Beatriz Pires, Daniela Casimiro, David Andrade, Eduardo Molina, Fábio Anunciação,

Fernando Couto, Filipa Nascimento, João Reis Moreira, Lídia Alves, Maria Matos, Mariana Sá Marques, Marina Leonardo, Melanie Marques, Nuno Violante, Rafaella Theodoro, Raquel de Lima, Rita Rocha Silva, Sara Jardim, Soraia Sampaio Dos Santos, Teresa Roxo e Vera Lagoa direção de produção: Mónica Samões produção e difusão: Andrea Sozzi produção executiva: Joana Duarte produção: casaBranca coprodução: Maria Matos Teatro Municipal, Jonk — ny internationell scenkonst

för unga, Nouveau Théâtre de Montreuil — centre dramatique nationale, Le phénix — scène nationale Valenciennes pôle européen de création, Le Boulon Centre National des Arts de la Rue de Vieux­‑Condé apoios: Câmara Municipal de Lagos, Espaço Alkantara, LAC — Laboratório de Actividades Criativas, SIN Arts and Culture Centre foto: Ana Borralho & João Galante apresentação no âmbito da rede Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


DEBATE E PENSAMENTO ★ 19 março domingo ↣ 16h filme ↣ 16h / Gatilho da Felicidade ↣ 18h30 debate ↣ 20h15

S

O

IA T

P E

O F

T A

U

ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E ROBERTO FRATINI Arte e participação

S

HELENA INVERNO E VERÓNICA CASTRO Um Elefante na Sala (2016)

Habitantes de Lisboa e de Helsínquia revelam o poder da arte para a transformação pessoal e social. Em 2011, o Ministério da Cultura português foi desmantelado pela segunda vez, coincidindo com a estreia nacional de ATLAS, uma performance de Ana Borralho & João Galante inspirada na filosofia do artista Joseph Beuys que afirma “Nós somos a revolução” e “Todos somos artistas”.

26


Esta performance mistura o pessoal, o político, o profissional e o artístico, convidando 100 lisboetas de diferentes profissões a subirem ao palco para desempenharem uma coreografia de resistência. A performance ATLAS foi catapultada para os palcos internacionais onde, inevitavelmente, os participantes de cada país acrescentam as suas nuances culturais a esta escultura social. Depois da projeção do filme, e da performance Gatilho da Felicidade, segue­‑se um debate sobre o impacto social e político de propostas artísticas que chamam para os palcos pessoas estranhas à criação artística. sala principal com bancada entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento do bilhete no próprio dia a partir das 15h duração: 77 min (filme) + 60 min (debate) Atlas premièred at Teatro Maria Matos in October 2011, when social movements rise up in cities all over the world. Inspired by the writings of Joseph Beuys (“We are the revolution/ We are all artists”), Ana Borralho & João Galante create a performance which they call “a choreography of resistance”. The film An Elephant in the Room documents the preparation and presentation of the performance in Lisbon and Helsinki. Its projection is followed by a debate about the social and political impact of this brand of artistic creation.

filme: Helena Inverno e Verónica Castro baseado na performance: Atlas de Ana Borralho & João Galante performers: 100 habitantes de Lisboa e 100 habitantes de Helsínquia participação extra: Ministro da Cultura da Finlândia, Paavo Arhinmaki vozes das crianças: Pedro e Marta Guerreiro dos Santos entrevistas e som: Verónica Castro

música: Coolgate imagem e montagem: Helena Inverno assistente de realização: Pia Parjanen­‑Aaltonen traduções: Ana Sophie Salazar e Eeva Tuuhea produção: casaBranca apoio: Entre Imagem, Câmara Municipal de Lagos, Alkantara, Junta de Freguesia da Estrela coprodução Atlas Lisboa: Maria Matos Teatro Municipal

27

coprodução Atlas Helsínquia: Zodiak — Center for New Dance financiado pela República Portuguesa | Cultura / Direcção Geral das Artes foto: Helena Inverno apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


DEBATE E PENSAMENTO ★ 22 março quarta ↣ 18h30

U A

T F

I AO PT OE

CHANTAL MOUFFE O papel dos afetos na política agonística

S

S

Chantal Mouffe é professora de Teoria Política no Centro para o Estudo da Democracia, na Universidade de Westminster, em Londres. Tem trabalhado extensamente sobre a importância dos afetos na política. Dos livros que publicou, destacam­‑se The Return of the Political (Verso, London, 1993) The Democratic Paradox (Verso, London, 2000) e Agonistics: Thinking the World Politically (Verso, 2013).

"Nesta conferência, apresentarei o meu modelo agonístico de política democrática, pondo especial ênfase no papel dos afetos. Vou esclarecer qual é a minha posição na atual “inclinação afetiva” que ocorre nas ciências sociais, explicando porque prefiro falar de “paixões” em vez de “emoções”. A minha conceção de política afirma que neste campo tratamos sempre de identidades coletivas e da construção de uma relação nós/eles. A construção do “nós” exige a mobilização de “afetos comuns” e é isso que eu entendo por “paixões”. O que está em jogo numa democracia agonística é a construção de uma relação entre nós e eles em termos de adversários." Chantal Mouffe

em francês com tradução simultânea ● sala principal entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt In The Role of Affects in Agonistic Politics, philosopher Chantal Mouffe will present her agonistic model of democratic politics emphasizing the role of affects. Her conception of politics asserts that in the field of politics one always deals with collective identities and with the construction of an us/them relation. The construction of the ‘us’ requires the mobilization of ‘common affects’ and this is what Mouffe understands by ‘passions’. What is at stake in an agonistic democracy is the construction of us/them in terms of adversaries.

28


apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


U TO PI AS

arquipélago


mar > abr 2017

O neoliberalismo apresenta­‑se como o estado natural das coisas. É o sistema que se instala quando o governo deixa de intervir e o mercado se organiza livremente. Os neoliberais são realistas; os sonhadores são os outros. Não têm ilusões e sabem que o homem é intrinsecamente egoísta. Acreditam que a sociedade encontra espontaneamente o seu equilíbrio quando cada um faz por si próprio. Mas não é bem assim, diz o filósofo holandês Hans Achterhuis no seu livro A Utopia do Mercado Livre: o neoliberalismo reinante é a utopia mais influente das últimas décadas. Tal como o comunismo, é um sistema que se quer universal, baseado numa visão simplificada e altamente ideológica do mundo. Surgindo como a promessa de um mundo melhor, através da mão invisível que geriria a bondade de todas as iniciativas privadas para o bem comum, a economia e política do capitalismo neoliberal são forças imaginativas que se tornaram eficazes, se edificaram em sistema e se estenderam pelo mundo fora. No Arquipélago Capital, convidamos a olhar para até onde vai essa eficácia; o que provoca nalguns terrenos para os quais se tem estendido; que relação de parentesco mantém com o colonialismo; o que acontece quando deixamos nas mãos de privados um desígnio comum; se existe nesta forma de organizar o mundo e a economia, a possibilidade de reverter efetivamente para o bem comum as vantagens do crescimento que promove, desfazendo as desigualdades e os abusos de recursos que tem gerado.

C A P I T A L


PERFORMANCE ★ 23 a 26 março quinta e sexta ↣ 21h30 sábado ↣ 17h30 e 21h30 domingo ↣ 15h e 18h30

KALEIDER The Money “Brilhante. Um espetáculo pujante e urgente que demonstra a nossa complexa, possessiva e, muitas vezes, conflituosa relação com o dinheiro.” Lynn Gardner, The Guardian

U S IA l Pi t a T Oa p

c

32

diretor artístico: Seth Honnor com: Olivia Winteringhham e Gemma Paintin produção: Kaleider


Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa ● inserido no programa Lisboa Dentro ● 10€ (preço único para Testemunha Silenciosa) ou 5€ (preço mínimo para Jogador/a) ● bilhetes apenas à venda no local (pagamento em numerário) ● lotação limitada em português ● duração: 1h30 classificação etária: a classificar pela CCE The Money is a cross between a game and a theatrical performance. You can choose to be either a Silent Witness and watch or a Player and take part in coming to a decision about how to spend a pot of real cash. The playful premise of this renowned work sets the stage for one of the most memorable conversations you’ll ever have or witness, as altruism butts heads with personal interests, personalities clash and hierarchies are upended.

33

apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia

The Money [O Dinheiro] é um jogo e uma performance teatral na qual o público pode assumir dois papéis distintos. Pode optar por ser uma Testemunha Silenciosa, que não intervém e apenas observa, ou pode escolher ser um/a Jogador/a que decide, em conjunto com os restantes Jogadores, o destino das receitas de bilheteira do próprio espetáculo. Antes que a contagem do tempo termine, e dentro da legalidade, os jogadores deverão chegar a um acordo acerca de como dar uso ao dinheiro disponível. Se essas condições não forem cumpridas, o dinheiro passa para o próximo jogo. Em qualquer momento, as Testemunhas Silenciosas podem decidir comprar o seu lugar e passar a jogadores, transformando o rumo do jogo. The Money abre o palco a uma conversa memorável, na qual o altruísmo entra em confronto com interesses pessoais, personalidades colidem e hierarquias são invertidas. Os resultados podem ser tão tensos como num thriller ou tão ridículos como numa farsa, mas motivarão sempre perguntas essenciais: existem realmente valores acerca dos quais podemos concordar? O terreno comum é a coisa mais incomum de todas? Qual a coisa mais interessante que podemos fazer juntos e que não conseguiríamos fazer separados?


DANÇA ★ 29 março a 2 abril quarta a sábado ↣ 21h30 / domingo ↣ 18h30 coprodução mm

CLÁUDIA DIAS Terça­‑feira: Tudo o que é sólido dissolve­‑se no ar

Quando era criança assistia fascinada, como muitas pessoas da minha geração, aos programas televisivos do Vasco Granja e ficava deliciada com aqueles desenhos animados que criavam mundos a partir de plasticina, cartolina ou de uma só linha. Cerca de trinta e tal anos depois convoco esse universo, nomeadamente o trabalho de Osvaldo Cavandoli, para esta segunda criação do projeto Sete Anos Sete Peças. Tendo em conta que uma linha reta é a linha mais curta que se pode traçar entre dois pontos, este é o ponto de partida escolhido por mim e pelo Luca Bellezze para a criação de uma espécie de cartoon ao vivo urdido a partir de um fio. Numa lógica de frame a frame, vai sendo construída uma narrativa visual e sonora que retrata, de forma sintetizada, aspetos particulares da realidade contemporânea. Num tempo em que as linhas divisórias, as fronteiras, as barreiras, as linhas da frente e de mira dos conflitos bélicos, as fileiras

34


e as linhas de identificação do drama dos refugiados, as linhas de respeito dos limites marítimos das nações, as linhas duras das fações radicais de organizações políticas e religiosas estão na ordem do dia, pretendemos trabalhar (n)uma linha unificadora, capaz de juntar o que se encontra separado. Cláudia Dias

sala principal ● 6€ a 12€ ● duração: 60 min classificação etária: a classificar pela CCE Tuesday is the second show in the project Seven Years Seven Plays and is based on the lines that draw the children’s world of cartoons. The play involves the live construction of a visual and sound narrative that portrays the dividing lines and frontiers of the contemporary age, seeking, at the same time, to create a unifying line that is capable of joining together what is separated.

conceito e direção artística: Cláudia Dias artista convidado: Luca Bellezze intérpretes: Cláudia Dias e Luca Bellezze olhar crítico — Sete Anos, Sete Peças: Jorge Louraço Figueira cenografia e desenho de luz: Thomas Walgrave

animação: Bruno Canas direção técnica: Nuno Borda De Água produção: Alkantara coprodução: Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto residências artísticas: Teatro Municipal do Porto, O Espaço do Tempo agradecimentos: Ângelo Alves,

Ilda Figueiredo, José Goulão, Paulo Costa fotos: Tiago Coelho O projeto Sete Anos, Sete Peças é apoiado pela Câmara Municipal de Almada Alkantara — A.C. é uma estrutura financiada pela República Portuguesa |  Cultura / Direção­‑Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa


DEBATE E PENSAMENTO ★ 5 abril quarta ↣ 18h30

ANTÓNIO ALVARENGA Como colocar as coisas no seu devido lugar errado? Um debate performativo sobre o futuro do capitalismo Num mundo normativo, onde as nossas ações se medem pela eficácia, pela capacidade de amplificação de escala e pela procura de valor acrescentado, multiplicam­‑se as posições de resistência. No entanto, as alternativas otimistas, que nos permitissem mudar continuando juntos, permanecem desativadas. Colocando em discussão a lógica do modelo de capitalismo que saiu vitorioso do século XX — economia “financeirizada”, corporativa, global, industrial e massificada —, propõe‑se uma descoberta partilhada de “deslizamentos” concetuais, programáticos e metodológicos deste sistema económico. O debate ele próprio refletirá algumas das dinâmicas­‑chave da economia de mercado livre e possibilitará a participação da audiência através de um dispositivo de intervenção. Nesta conferência performativa de António Alvarenga, professor universitário e investigador nas áreas da inovação, planeamento por cenários e estratégia, procuraremos o “devido lugar errado”. Um lugar que estando perto da norma lhe confere um novo uso, uma recolocação. Uma possibilidade que aponta para um outro mundo possível, para uma outra continuidade (e não uma rutura). palco da sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt How to put things duly in the wrong place? is a performative debate with António Alvarenga, economist and researcher in the field of Foresight and Strategy. Especially devised to enable the participation of the audience, the debate will focus on the future of the financialized, corporative and global capitalist economy of the early 21st century. What to expect: continuation, disruption or reconfiguration?

36


S a

l

IA t

P

i

p

TO a

c

U

Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


MÚSICA ★ 8 abril sábado ↣ 22h

QUEST + ORQUESTRA DE GUIMARÃES At the still point of the turning world Quest, agora promovido a nome próprio, representa uns dos trajetos mais determinados — e, por conseguinte, promissores — a que temos assistido na música feita em Portugal. Joana Gama e Luís Fernandes iniciaram a colaboração em 2014, com um disco elegantíssimo, raro nos seus cruzamentos entre piano e eletrónica, abençoado por inspiração cageana e propondo novas ideias para um ambientalismo fecundo que nos inundou de imagens e sensações — foi, por isso, que Quest forneceu matéria preciosa para as bandas sonoras dos premiados A Glória de Fazer Cinema em Portugal de Manuel Mozos e Penúmbria de Eduardo Brito. A solidez do duo encontrou retorno igualmente fora de portas, com concertos no Rio de Janeiro ou Nova Iorque, por exemplo. Na nossa memória recente, está ainda Harmonies, a proposta do duo em torno da música de Satie, agora em inspirada cooperação com o músico e artista plástico Ricardo Jacinto. E, se depressa percebemos que o duo estava continuamente a desafiar­‑se para altos propósitos, nada nos preparou para este segundo passo em que colaboram com a Orquestra de Guimarães. Neste novo trabalho, original, com a ajuda de José Alberto Gomes na orquestração e arranjos, ir­‑se­‑á amplificar e complexificar a sonoridade Quest, na qual todos os jogos e contaminações habituais entre o piano e eletrónica se multiplicarão por cordas, sopros e percussão, permitindo que Quest se expanda, por reforço e contraponto ao ensemble. Em apenas três anos, Joana Gama e Luís Fernandes mudaram parte do nosso mundo sonoro e ainda parecem querer dizer que o irão fazer à custa de pequenas, inesperadas e constantes revoluções. Muito apropriadamente, o nome Quest parece servir e inspirar toda a música que daí virá. sala principal 6€ a 12€ ● M/6

38


In 2014, we hosted the musical duo Joana Gama and Luís Fernandes, who presented their beautiful Quest; in 2017, they will be returning to our theatre, now using Quest as their own name and performing an ambitious new work designed to make the most of the multiple colours of the strings and wind instruments of the Orquestra de Guimarães.

piano: Joana Gama eletrónica: Luís Fernandes ORQUESTR A DE GUIMAR ÃES maestro: Vítor Matos violinos: Álvaro Pereira e Filipa Abreu viola: Emídio Ribeiro violoncelo: Carina Albuquerque contrabaixo: Jorge Castro flauta: Patrícia Reis oboé: Luís Alves clarinete: Domingos Castro

fagote: Pedro Martinho trompete: Ângelo Fernandes trombone: David Silva trompa: Bruno Rafael percussão: Vítor Castro e André Araújo composição: Joana Gama e Luís Fernandes arranjos e orquestração: José Alberto Gomes coprodução: Câmara Municipal de Guimarães e Centro Cultural Vila Flor foto: Eduardo Brito


10 ↣ 14 abril

PROJECTO P! Performance na esfera pública No centenário da conferência futurista de Almada Negreiros, que podemos considerar o marco inaugural da performance arte portuguesa, o Projecto P! promove um programa de pensamento crítico e de curadoria a partir da questão: como se constrói, recria e participa a performance arte na esfera pública? Este programa inclui a publicação do livro Performance na Esfera Pública (Orfeu Negro), uma conferência internacional e performances. Sintomaticamente, a performance arte irrompe em Portugal em configurações de mudança (Implementação da República, Revolução dos Cravos, adesão à Comunidade Europeia) e em diferentes artes (poesia, música, artes visuais, artes performativas). Abordá­‑la a partir do prisma da esfera pública enquanto espaço discursivo permite­‑nos, por um lado, equacionar a força mobilizadora da performance arte nos diferentes momentos socioeconómicos de emergência e, por outro lado, pensar a forma como cada campo artístico ativa uma participação específica na esfera pública, por via da performance.

coordenação e curadoria: Ana Pais cocuradoria: Pedro Rocha, Levina Valentim gestão de projeto: Ana do Rosário de Bragança produção: Culturproject apoio: República Portuguesa | Cultura / Direção­‑Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa


10 abril Fundação Calouste Gulbenkian ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 10h Æ CHRISTINE GREINER, IDALINA CONDE E JEN HARVIE: Conferência Pode a performance arte participar, construir e reconfigurar a esfera pública? ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 14h30 Æ CHRISTINE GREINER, IDALINA CONDE E JEN HARVIE: Desconferência As três conferencistas moderam três sessões de debate cujos temas serão votados na hora pelos participantes ● LANÇAMENTO DE LIVRO ★ 18h30 Æ PERFORMANCE NA ESFERA PÚBLICA (ed. Orfeu Negro) Conferência de Rebecca Schneider (Brown University, EUA) seguido de beberete

11 abril Pólo Cultural das Gaivotas ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 21h30 Æ O PÚBLICO E O PRIVADO São Luiz Teatro Municipal ● PERFORMANCE ★ horário a definir Æ DAVID HELBICH: Partituras para o Corpo, o Edifício e a Alma Casa Fernando Pessoa ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 18h30 Æ SANDRA GUERREIRO DIAS, FERNANDO ROSA DIAS, MARIANA PINTO DOS SANTOS E SÍLVIA LAUREANO COSTA Debate sobre a conferência futurista

13 abril Æ Æ

Æ

Æ

Pólo Cultural das Gaivotas ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 15h INTERVENÇÃO E ÉTICA São Luiz Teatro Municipal ● PERFORMANCE ★ horário a definir DAVID HELBICH: Partituras para o Corpo, o Edifício e a Alma Maria Matos Teatro Municipal ● MÚSICA ★ 22h LUCIANO CHESSA & THE ORCHESTRA OF FUTURIST NOISE INTONERS Intonarumori Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado: MNAC ● PERFORMANCE DURACIONAL 13h ↣ 18h KOVÁCS/O’DOHERTY: Increments

14 abril São Luiz Teatro Municipal ● PERFORMANCE ★ horário a definir Æ Artistas confirmados: AMÉRICO RODRIGUES, ANTÓNIO OLAIO, BEATRIZ BRÁS & SÉRGIO CORAGEM, FERNANDO AGUIAR, ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE, DIANA COMBO, HOMEOSTÉTICOS, MANOEL BARBOSA, MARTA BERNARDES, NOVA ORQUESTRA FUTURISTA DO PORTO, POGO TEATRO, RAQUEL ANDRÉ, SÓNIA BAPTISTA Reinvenções: 100 anos da conferência futurista de Almada Negreiros seguida de Festa­‑futurista­‑e­‑tudo

12 abril Æ Æ

Æ

Æ

Pólo Cultural das Gaivotas ● DEBATE E PENSAMENTO ★ 21h30 PERFORMANCE ARTE E MEMÓRIA São Luiz Teatro Municipal ● PERFORMANCE ★ horário a definir DAVID HELBICH: Partituras para o Corpo, o Edifício e a Alma Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado: MNAC ● PERFORMANCE ★ 19h VÂNIA ROVISCO: Reacting to Time — Portugueses na Performance ● PERFORMANCE DURACIONAL 13h ↣ 18h KOVÁCS/O’DOHERTY: Increments

6 ↣ a 11 abril Pólo Cultural das Gaivotas ● WORKSHOP TRANSMISSÃO ★ 19h ↣ 23h VÂNIA ROVISCO


MÚSICA ★ 13 abril quinta ↣ 22h

LUCIANO CHESSA & THE ORCHESTRA OF FUTURIST NOISE INTONERS Intonarumori Habituámo­‑nos a ouvir ruído — ou noise music — vindo de instrumentos convencionais alterados e adaptados, ou, nos casos mais extremos, em objetos estranhos à música, amplificados para escutarmos o seu comportamento físico e acústico. Mas há pouco mais de 100 anos, encapsulado pelo seu manifesto futurista A arte dos ruídos, Luigi Russolo desenhou e construiu os primeiros instrumentos destinados a emitir ruído, criando novas ferramentas e conhecimentos que refletissem as novas paisagens sonoras que a realidade pós­‑industrial tinha gerado. Com grande parte desses instrumentos destruída durante a Segunda Guerra Mundial, foi só em 2009, nas comemorações do centenário do futurismo italiano, e a convite da bienal Performa de Nova Iorque, que se construíram fiéis réplicas com base nos desenhos originais, num processo meticuloso supervisionado pelo maestro Luciano Chessa. Além do repertório original, esta orquestra de 16 instrumentos tem criado um fantástico acervo de novas composições, elaboradas por nomes fundamentais do experimentalismo contemporâneo como Pauline Oliveros, Ellen Fullman, Elliott Sharp, Blixa Bargeld ou Mike Patton, mostrando afinidades entre duas épocas e histórias tão distantes. Estes são alguns dos autores que iremos escutar esta noite, num palco repleto de músicos — um generoso ensemble de agentes provocadores locais dirigidos pelo próprio Luciano Chessa —, repleto de instrumentos — os 16 instrumentos de Russolo e alguns convidados especiais —, e repleto de belos ruídos. sala principal ● 7€ a 14€ ● M/6

direção: Luciano Chessa diretor técnico: Joshua Howes The Orchestra Of Futurist Noise Intoners: Adriana Sá, Bruno Silva, Carlos Santos, Diana Combo,

Diana Policarpo, Diogo Alvim, Joana da Conceição, Joana Gama, Joaquim Albergaria, Luís Lopes, Pedro Sousa, Ricardo Jacinto, Riccardo Wanke, Shela, Travassos e Vítor Rua

42

apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


100 years ago, as encapsulated in his futurist manifesto The Art of Noises, Luigi Russolo designed and built the first noise­‑generating devices. Destroyed during the Second World War, these instruments, known as noise intoners, ended up being faithfully reconstructed by Luciano Chessa in 2009 and, since then, have been used to produce new compositions by some of the most avant­‑garde and important musicians of the last few decades. This evening, we will be playing host to some of these compositions, Russolo’s 16 instruments and 16 intrepid local noise­‑making musicians.


t

i

c

U

a

p

TO

P

a

l

IA

FELWINE SARR, MONIKA GINTERSDORFER, ROCH BODO, HAUKE HEUMANN e ERIC PARFAIT FRANCIS TAREGUE Afrotopias — economias e desenvolvimento humano no plural

S

DEBATE E PENSAMENTO ★ 19 abril quarta ↣ 18h30

África é ainda o território prometido de sistemas económicos e sociais concebidos fora dela, um local olhado pela estrutura económica do capitalismo como um fértil terreno de exploração e crescimento. No entanto, este não é um terreno virgem. É um espaço geográfico múltiplo — África tem de se conjugar no plural —, onde foram criadas e subsistem ainda, apesar de todas as formas de colonização às quais foram sujeitas, formas de organização comunitária e económica que diferem daquelas que o mundo projeta para elas. Para debater o encontro entre os objetivos que o mundo tem para África e o potencial político das realidades locais, convidámos a equipa de artistas da peça de Gintersdorfer/ Klaßen, que em Diálogo Direto Kinshasa Lisboa se debruçam sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas no contexto africano, e o economista, filósofo e artista senegalês Felwine Sarr. Em 2016, Sarr publicou o livro Afrotopia (2016), um apelo à descolonização do pensamento e à reapropriação por parte dos africanos das possibilidades de configurar o seu próprio futuro, apresentando uma visão alternativa económica e social para África. em francês com tradução simultânea sala principal com bancada ● entrada livre (sujeita à lotação) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● duração: 2h live streaming acessível em teatromariamatos.pt

44


In order to talk about the meeting between the objectives that the world has for Africa and the political potential of the continent’s local realities, we have invited the team from Direct Dialogue Kinshasa Lisbon, to debate these questions with economist, artist and philosopher Felwine Sarr, who has called for the decolonisation of thought and the reappropriation by Africans of the possibilities of shaping their future, presenting an alternative economic and social vision for Africa.

Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia Apoio streaming


TEATRO ★ 20 a 22 abril quinta a sábado ↣ 21h30 encomenda mm

GINTERSDORFER/KLASSEN Diálogo Direto Kinshasa Lisboa Em 2013, Monika Gintersdorfer, Knut Klaßen e a sua companhia arrebataram Lisboa com a sua “revisão radical do conceito de interculturalidade” (PÚBLICO) presente nos espetáculos The End of the Western, Breaking performance e La jet Set apresentados no Teatro Maria Matos. De regresso a Lisboa, apresentam Diálogo Direto Kinshasa Lisboa, um espetáculo exuberante e radical, que continua a refletir a sua visão pouco comum da realidade africana. Diálogo Direto Kinshasa Lisboa analisa criticamente os aparentemente apolíticos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, justapondo o universalismo do programa da ONU à realidade local do desenvolvimento urbano e artístico em Kinshasa na última década. Com artistas congoleses, alemães e costa­‑marfinenses, Gintersdorfer/Klaßen percorrem a cidade de Kinshasa, criando séries fotográficas que dão uma noção do “progresso” — real e falso ­— que tem acontecido. Em palco, os intérpretes, uma combinação ímpar de atores, bailarinos e estrelas de showbiz, entram em diálogo com essas imagens, através de comentários cantados, falados e dançados desafiando o que é e o que deveria ser.

Gintersdorfer/Klaßen create exhilaratingly physical and radical performance theatre with an unusual view of African reality. Direct Dialog Kinshasa Lisbon critically examines the United Nations’ ostensibly apolitical Millennium Development Goals, juxtaposing the universalism of the UN programme with the local reality of urban and artistic development in Kinshasa between 2000 and the present day.

i

c

U

a

p

TO

t

P

a

l

IA

S

sala principal com bancada 7€ a 14€ ● duração: 1h40 classificação etária: a classificar pela CCE

criação: Gintersdorfer/Klaßen com: Roch Bodo, Hauke Heumann, Eric Parfait Francis Taregue aka SKelly, entre outros

coprodução: Kaaitheater Brussels, HAU Hebbel am Ufer Berlin, Maria Matos Teatro Municipal fotos: Lydia Schellhammer

46

apoio:


uma coprodução House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia


CRIANÇAS E JOVENS ★ +3 anos 21 a 30 abril (exceto 24 a 26) encomenda mm

LEONOR KEIL Bianca Branca A partir do conto Bianca de Fausto Gilberti, Leonor Keil apresenta o seu primeiro espetáculo coreografado para crianças. Branco é a cor preferida de Bianca. Há quem diga que branco é uma cor sem cor. Numa empolgante e envolvente confissão, Bianca desvenda­‑nos os seus sonhos, medos e desejos, todos eles de cor branca. Quando menos esperamos podemos ser surpreendidos por um sentimento muito forte e bonito e, de repente, o mundo fica de pernas para o ar, mas muito mais humano e principalmente mais colorido.


dança ● sala de ensaios semana: 10h / sábado: 16h30 / domingo: 11h e 16h30 criança: 3€ / adulto: 7€ ● duração: 35 min classificação etária: a classificar pela CCE Based on the short story Bianca by Fausto Gilberti, Leonor Keil presents her first choreographed show for children. In the course of an exciting and gripping confession, Bianca reveals her dreams to us, her fears and desires, all of them white in colour. When we least expect it, we can be surprised by a very powerful and beautiful feeling, and suddenly the world is turned completely upside down, although it becomes much more human and, above all, more colourful.

29 abril ↣ 16h30

sessão descontraída O que é uma sessão descontraída? É uma sessão de teatro, dança ou música que decorre numa atmosfera mais descontraída e acolhedora e com mais tolerância no que diz respeito ao movimento e ao barulho na plateia. Destina­‑se a todos os indivíduos e famílias que prefiram um ambiente com reduzidos níveis de ansiedade. Famílias com crianças pequenas, pessoas com condições do espectro autista (ASD), incluindo síndrome de Asperger; pessoas com deficiência intelectual; crianças com défice de atenção; pessoas com síndroma de Down; pessoas com síndroma de Tourette; seniores em estados iniciais de demência; pessoas com deficiências sensoriais, sociais ou de comunicação. mais informação em acessocultura.org

coreografia: Leonor Keil a partir de: Bianca de Fausto Gilberti interpretação: Marta Cerqueira cenografia: Henrique Ralheta luzes: Wilma Moutinho

49

produção executiva: Nuno Pratas / Culturproject uma encomenda: Maria Matos Teatro Municipal coprodução: Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto foto: Daniel Blaufuks


DANÇA ★ 27 a 29 abril quinta a sábado ↣ 21h30 coprodução mm

JONAS&LANDER Adorabilis


Jonas&Lander descobriram recentemente uma nova espécie de polvo. Ele é pequeno, e o seu aspeto inofensivo e frágil torna­‑o inevitavelmente empático. Aliás, a sua imagem é tão adorável que a ciência pondera chamar­‑lhe Octopus Adorabilis. Este nome, contraditório com o comportamento empírico da ciência, impulsionou Jonas&Lander a investigar a incoerência como génese do discurso humano e as tensões entre o rigor vs. escatologia encontrados na natureza. Pensando no polvo enquanto símbolo de multiplicidade, Jonas&Lander decidem criar uma dança­‑polvo com o objetivo de ingerir, digerir e regurgitar distintas referências culturais e naturais. Possuindo um cérebro em cada tentáculo, Adorabilis trabalha o corpo, a luz e o som como elementos autónomos que afetam o comportamento e a reação dos intérpretes, tal como a fome, a temperatura ou o instinto sexual afetam as decisões dos animais. Adorabilis tem um olho gigante, é barulhento, as suas ventosas têm um poder de sucção invulgar e ao invés de tinta preta esguicha champanhe como estratégia de defesa. Ele dispõe de uma extraordinária capacidade de camuflagem, adquirindo a um ritmo alucinante várias formas que podem remeter a figuras de um quadro de Hieronymus Bosh. Os Adorabilis são observados maioritariamente numa movimentação em uníssono rigoroso como estratégia de defesa (ou será de ataque?). Indivíduos que estiveram em contacto com Adorabilis no seu habitat natural relataram efeitos secundários de natureza existencial. sala principal com bancada ● 6€ a 12€ ● duração: 60 min classificação etária: a classificar pela CCE Jonas&Lander use the richness of cultural and natural biodiversity to create in Adorabilis a labyrinthine dance. Light, sound and scenery are autonomous elements that affect the behaviour and reaction of performers, in much the same way that rain, night or spring define the rhythm of animal life.

criação: Jonas&Lander interpretação: Jonas Lopes, Lander Patrick, Lewis Seivwright figurinos: Carlota Lagido a partir de ideias de Jonas&Lander desenho de luz: Carlos Ramos sonoplastia: Lander Patrick animação digital: Web4Humans gestão: [PI] Produções

Independentes | Tânia M. Guerreiro coprodução: Maria Matos Teatro Municipal e Centro Cultural Vila Flor residências artísticas: O Espaço do Tempo, Alkantara, Centro Cultural Vila Flor, Centro de Experimentação Artística no Vale da Amoreira/ Câmara Municipal da Moita, Artemrede/Projeto Odisseia, DeVIR/CAPa, Câmara Municipal de Lisboa/

51

Pólo Cultural | Gaivotas Boavista, PACT Zollverein, Sín Culture Centre Budapeste, Graner/Mercat de les Flors, Nave apoio à internacionalização: Fundação Calouste Gulbenkian [PI] Produções Independentes é uma estrutura financiada pela República Portuguesa | Cultura / Direção­‑Geral das Artes Jonas&Lander são Artistas Aerowaves 2017


OPEN CALL 1.ª EDIÇÃO CONCURSO

HOJE É O DIA OBSERVAR, DISCUTIR E CONSTRUIR UM TEATRO NA ESCOLA COM O TEATRO MARIA MATOS

QUERES ARTISTAS NA TUA ESCOLA? ● consulte o regulamento do concurso a partir de 27 março 2017, Dia Mundial do Teatro, em www.teatromariamatos.pt

● candidaturas até 1 junho 2017 ● projeto a realizar em maio 2018 ● apenas uma escola será selecionada


a

. .. ir gu se

MÚSICA ★ 3 MAIO

JOSHUA ABRAMS & NATURAL INFORMATION SOCIETY Simultonality

Tornou­‑se omnipresente na cena jazz de Chicago com o seu contrabaixo antes de abraçar o mundo inteiro com o exotismo do seu gimbri — um pequeno baixo acústico de três cordas da tribo Gnawa de África, feito de madeira e pele de camelo. Nesse abraço, confluem jazz, rock, folk, psicadelismo e minimalismo, tudo pensado como se se inventasse uma nova cultura, inebriante e ritualística, que nos ataca a mente e o corpo como um vírus hipercontagiante. Nesta noite, Norberto Lobo e Yaw Tembe, outros dois solidários viajantes deste mundo, serão recebidos pela sociedade, fortalecendo uma aliança feita de poderes especiais. 7€ a 14€ ● M/6


05 a 07 maio e 26 a 27 maio

E

A

Integrado em Utopias — Arquipélago Verde, através do qual regressamos ao tema da ecologia, um intenso programa de debates, seminários e projeções de filmes aproxima­‑nos da experiência dos povos indígenas da América do Sul. Com a contribuição de Eduardo Viveiros de Castro, José Bengoa, Ailton Krenak, Luisa Elvira Belaunde e outros antropólogos, líderes indígenas, linguistas e historiadores oriundos do Brasil, Chile, Equador, Peru, Portugal e Venezuela, iremos ao encontro de perspetivas e modos de viver diferentes das que foram impostas ao território ibero­‑americano pelo projeto colonial. Veremos como são relevantes para discussões que estão a decorrer ao nível global, tanto no que diz respeito à ecologia, como aos nossos sistemas político e de valores. Um encontro cujos temas principais são evocados também no espetáculo Pájaro, a terceira obra escrita pela dramaturga chilena Trinidad González, apresentada no final do mês.

D

I P R

O E

T V

U

Maria Matos Teatro Municipal Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero­‑Americana 2017

S

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios


. . . r i u g e s a MAIO

╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙─── ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║Æ ╙ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║Æ ╙

EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO Os involuntários da pátria — sobre o conceito e a condição de “indígena” no mundo atual, com especial atenção para o caso brasileiro ● debate e pensamento sex 05 ↣ 18h30 RODRIGO LACERDA Vídeo nas aldeias: Espírito da TV + Bicicletas de Nhanderú ● filme sex 05 ↣ 21h30 ALEJANDRO REIG, ELISA LOCON ANTILEO E LUISA ELVIRA BELAUNDE Da relação das tribos ameríndia com a terra ● debate e pensamento sáb 06 ↣ 15h AILTON KRENAK Do sonho e da terra ● debate e pensamento sáb 06 ↣ 17h e 21h LUISA ELVIRA BELAUNDE Ética do Bem Viver ● debate e pensamento dom 07 ↣ 10h e 17h TRINIDAD GONZÁLEZ Pájaro ● teatro qui 25 ↣ 21h30 sex 26 ↣ 21h30 7€ a 14€ APARECIDA VILAÇA A humanidade e a animalidade do universo indígena amazónico ● debate e pensamento sex 26 ↣ 18h30 JOSÉ BENGOA, FELIPE MILANEZ E RAUL LLASAG FERNANDEZ Resistência Política Ameríndia ● debate e pensamento sáb 27 ↣ 17h


Coproduções do Maria Matos Teatro Municipal em digressão em março e abril 2017 Æ ANA BORRALHO E JOÃO GALANTE: Atlas Estreia outubro 2011 Espanha, Madrid, Matadero Madrid ↣ 8 e 9 abril Æ RIMINI PROTOCOL: Europa em casa Estreia outubro 2015 EUA, Santa Barbara, MCA Museum of Contemporary Art ↣ 16 março e 20 abril 2017 Æ MARLENE MONTEIRO FREITAS em colaboração com ANDREAS MERK: Jaguar Estreia outubro 2015 França, Grenoble, Le Pacifique — CDC Grenoble ↣ 30 janeiro 2017 Æ França, Dijon Bourgogne, Art Danse — CDC Dijon Bourgogne, ↣ 1 fevereiro 2017 França, Nord­‑Pas de Calais, Le Gymnase, CDC Roubaix ↣ 27 março 2017 Æ ANA LÚCIA PALMINHA & SUZANA BR ANCO: Saia de Roda Estreia outubro 2016 Faro, Teatro das Figuras ↣ 1 março 2017 Æ LUÍS GUERRA: A tundra Estreia fevereiro 2017 Coimbra, Teatro Académico Gil Vicente ↣ 20 abril 2017 Ovar, Centro das Artes de Ovar ↣ 22 abril 2017 Açores, São Miguel, Teatro Micaelense ↣ 29 abril 2017 Æ ANA BORRALHO E JOÃO GALANTE: Gatilho da Felicidade Estreia março 2017 França, Vieux­‑Condé, Festival cabaret de Curiosités, Le Boulon Centre National des Arts de la Rue ↣ 1 e 2 março Suécia, Nassjo, Kulturhuset Pigalle ↣ 2 e 3 abril Æ @C: Lâminas Estreia março 2017 Braga, GNRation ↣ 3 março 2017 Æ CLÁUDIA DIAS: Terça­‑feira Estreia abril 2017 Porto, Festival Dias da Dança ↣ 29 abril 2017 Æ GINTERSDORFER / KLASSEN: Diálogo Direto Kinshasa Lisboa Estreia abril 2017 Bélgica, Bruxelas, Kaaitheater ↣ 25 e 26 abril 2017 Alemanha, Berlim, HAU ↣ 28 a 30 abril 2017


www.lisboacapitaliberoamericana.pt www.lisboacapitaliberoamericana.pt


BILHETEIRA terça a domingo das 15h às 20h em dias de espetáculo das 15h até 30 minutos após o início do mesmo ● horário especial 5 março ↣ 10h30 às 20h 218 438 801 • bilheteira@teatromariamatos.pt bilheteira online: www.teatromariamatos.pt outros locais de venda: ABEP / CTT / Fnac / São Luiz Teatro Municipal / Worten KALEIDER: The Money 10€ (preço único para Testemunha Silenciosa) e 5€ (preço mínimo para Jogador/a) bilhetes à venda no local (pagamento em numerário)

mm café

terça a domingo ↣ 18h às 02h ● horário especial 5 março ↣ 10h30 às 02h

DESCONTOS* PREÇO ÚNICO 5€ menores de 30 anos (apenas válido para espetáculos mencionados) DESCONTO 50% portadores do cartão Maria & Luiz, estudantes, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espetáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) DESCONTO 30% grupos de dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado) GRUPOS ESCOLARES Mais informação na bilheteira CARTÃO MARIA & LUIZ cartão que garante acesso a desconto de 50% em todos os espetáculos assinalados do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz para maiores de 30 e menores de 65 anos durante 12 meses. Preço 10€. www.mariaeluiz.pt • mariaeluiz@egeac.pt Condições: Válido durante 12 meses a partir do momento da compra. Desconto mediante apresentação do cartão, apenas válido na bilheteira física e online do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz. Não acumulável com outros descontos e não extensível a espetáculos de preço único, passes e outros selecionados. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. *descontos não acumuláveis


RESERVAS

levantamento prévio obrigatório até 30 minutos antes do espetáculo.

PROGRAMAÇÃO CRIANÇAS E JOVENS FAMÍLIAS ESPETÁCULOS 7€ preço adultos 3€ preço crianças / adolescentes (exceto no espetáculo Gatilho da Felicidade. Por favor, consulte o preçário na página 23) RESERVAS levantamento prévio obrigatório nas 48h após a reserva não se aceitam reservas nas 48h antes do espetáculo ESCOLAS ESPETÁCULOS 3€ preço único para aluno em contexto escolar professor acompanhante não paga RESERVAS pagamento parcial obrigatório nas 48h após a reserva

COMO CHEGAR?

Teatro Maria Matos Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 1700-213 Lisboa comboio: Roma — Areeiro ● metro: Roma autocarros: 727, 735 e 767 bicicletas: Ciclovia e parque de bicicletas junto ao Teatro Maria Matos

RECEBER INFORMAÇÃO DO TEATRO MARIA MATOS Para receber o nosso programma em casa ou informação por email, por favor escreva-nos para: comunicacao@teatromariamatos.pt Teatro Maria Matos faz parte das seguintes redes de programação

House on Fire e Create to Connect são redes financiadas pelo Programa Cultura da União Europeia

Teatro Maria Matos nas redes sociais

Imagine 2020 é uma rede apoiada pelo programa Europa Criativa da União Europeia

Parceiros

Apoio à divulgação


PROGRAmmA

ABRIL 2017 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙Æ

CLÁUDIA DIAS Terça-feira: Tudo o que é sólido dissolve-se no ar ● dança sáb 01 ↣ 21h30 dom 02 ↣ 18h30 ANTÓNIO ALVARENGA Como colocar as coisas no seu devido lugar errado? ● debate e pensamento qua 05 ↣ 18h30 QUEST + ORQUESTRA DE GUIMARÃES At the still point of the turning world ● música sáb 08 ↣ 22h LUCIANO CHESSA & THE ORCHESTRA OF FUTURIST NOISE INTONERS Intonarumori ● música qui 13 ↣ 22h FELWINE SARR, MONIKA GINTERSDORFER, ROCH BODO, HAUKE HEUMANN E ERIC PARFAIT FRANCIS TAREGUE Afrotopias — economias e desenvolvimento humano no plural ● debate e pensamento qua 19 ↣ 18h30 GINTERSDORFER / KLASSEN Diálogo Direto Kinshasa Lisboa ● performance qui 20 ↣ 21h30 sex 21 ↣ 21h30 sáb 22 ↣ 21h30

LEONOR KEIL Bianca Branca ● crianças e jovens sex 21 ↣ 10h sáb 22 e 29 ↣ 16h30 dom 23 e 30 ↣ 11h e 16h30 qui 27 ↣ 10h sex 28 ↣ 10h ╓─── JONAS&LANDER ║ ║ Adorabilis ║ ║ ● dança ║ ╟ Æ qui 27 ↣ 21h30 ║ ╟ Æ sex 28 ↣ 21h30 ║ ╙ Æ sáb 29 ↣ 21h30 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╟Æ ║ ╙Æ


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.