PROGRAmmA MAIO 2015 ╓─── GROUPER ║ ║ ● música ↣ 22h ║ ╙ Æ dom 03
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CRISTIANA PENA / FRANCESCA RAYNER ● debate e pensamento ↣ 18h30 ter 05 HOTEL MODERN & ARTHUR SAUER The Great War ● teatro ↣ 21h30 qui 07 sex 08 sáb 09 JOÃO FAZENDA: Retrato Falado ● crianças e jovens sex 08 ↣ 10h sáb 09 ↣ 11h e 16h30 dom 10 ↣ 11h e 16h30 ter 12 ↣ 10h ANA GABRIELA MACEDO / JOÃO FLORÊNCIO ● debate e pensamento ↣ 18h30 ter 12 CECILIA BENGOLEA & FRANÇOIS CHAIGNAUD: altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK ● dança ↣ 21h30 qui 14 LANDER PATRICK: Cascas d’OvO ● oficina ↣ 10h30 às 13h30 sáb 16 e dom 17 ALEKSANDRA OSOWICZ, FILIPE PEREIRA, HELENA MARTOS, INÊS CAMPOS E MATTHIEU EHRLACHER Hale — estudo para um organismo artificial ● performance ↣ 19h sáb 16 dom 17 XAVIER LE ROY: Sans Titre ● dança ↣ 21h30 sáb 16 dom 17
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JUN/JUL
SHAHD WADI / CARLOS MOTTA ● debate e pensamento ↣ 18h30 ter 19 MARGARIDA MESTRE Poemas para bocas pequenas ● crianças e jovens qua 20 ↣ 10h qui 21 ↣ 10h sex 22 ↣ 10h sáb 23 ↣ 11h e 16h30 dom 24 ↣ 11h e 16h30 LANDER PATRICK: Cascas d’OvO ● dança ↣ 21h30 qui 21 PERE FAURA: Striptease e Bomberos con grandes mangueras ● dança ↣ 21h30 sáb 23 VÍDEO & GÉNERO ● vídeo ↣ 15h às 20h30 dom 24 ANN PELLEGRINI ● debate e pensamento ↣ 18h30 ter 26 SENSIBLE SOCCERS & LAETITIA MORAIS: Paulo música ↣ 22h qui 28 M EN CONFLICTO: Drag King ● workshop ↣ 11h às 17h sáb 30 ROSANA CADE: Walking:Holding ● performance ↣ 11h30 às 13h30 e 15h30 às 17h30 sáb 30 dom 31 MARIANA TENGNER BARROS: Après le Bain VERA MANTERO: uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings ● dança ↣ 21h30 dom 31
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
EQUIPA
PROGRAmmA
diretor artístico Mark Deputter
proprietário EGEAC, E.M.
diretora executiva Andreia Cunha
diretor Mark Deputter
programador música Pedro Santos
editora Catarina Medina
programadora crianças e jovens Susana Menezes
retroversões Nuno Ventura Barbosa
assistente de programação Laura Lopes
morada Avenida da Liberdade, 192 1250-147 Lisboa
adjunta gestão Glória Silva diretora de produção Mafalda Santos adjunta direção de produção Rafaela Gonçalves produtores executivos Bruno Reis e Maria Ana Freitas diretora de comunicação Catarina Medina gabinete de comunicação Rita Tomás imagem e design gráfico barbara says… diretora de cena Rita Monteiro adjunta direção de cena Sílvia Lé camareira Rita Talina diretor técnico Manuel Martins adjunta direção técnica Anaísa Guerreiro técnicos de audiovisual Félix Magalhães, João Van Zelst e Miguel Mendes técnicos de iluminação/palco Luís Balola, Nuno Samora, Paulo Lopes e Sara Garrinhas bilheteira/receção Diana Bento, Rosa Ramos e Vasco Correia frente de sala Letras & Partituras Isabel Clímaco (chefe de equipa), Afonso Matos, Ana Paula Santos, Francisco Tavares e Rita Resende
sede de redação Rua Bulhão Pato, 1B, 1700-081 Lisboa periodicidade bimestral O PROGRAmmA foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990 Foi impresso em papel reciclado de produção nacional
ÍNDICE MÚSICA
Æ GROUPER Æ SENSIBLE SOCCERS & LAETITIA MORAIS: Paulo Æ MATMOS Æ Æ Æ Æ Æ
DEBATE E PENSAMENTO
CRISTIANA PENA / FRANCESCA RAYNER ANA GABRIELA MACEDO / JOÃO FLORÊNCIO SHAHD WADI / CARLOS MOTTA ANN PELLEGRINI JUDITH BUTLER
CRIANÇAS & JOVENS
Æ JOÃO FAZENDA: Retrato Falado Æ MARGARIDA MESTRE: Poemas para bocas pequenas Æ AOARLIVRE + COMER LISBOA
TEATRO
Æ HOTEL MODERN & ARTHUR SAUER: The Great War Æ KARNART: Hermaphrodita Æ ALEX CASSAL, FELIPE ROCHA E ALUNOS DA ESTC: Tornados
DANÇA
Æ CECILIA BENGOLEA & FRANÇOIS CHAIGNAUD: altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK Æ XAVIER LE ROY: Sans Titre Æ LANDER PATRICK: Cascas d’OvO Æ PERE FAURA: Striptease e Bomberos con grandes mangueras Æ MARIANA TENGNER BARROS: Après le Bain VERA MANTERO: uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings
PERFORMANCE
Æ ALEKSANDRA OSOWICZ, FILIPE PEREIRA, HELENA MARTOS, INÊS CAMPOS E MATTHIEU EHRLACHER: Hale — estudo para um organismo artificial Æ ROSANA CADE: Walking:Holding Æ METTE INGVARTSEN: 69 Positions Æ BENDER‑MENTE NO LUXFRÁGIL
VÍDEO
Æ VÍDEO & GÉNERO
OFICINAS, WORKSHOPS E MASTERCLASSES
Æ LANDER PATRICK: Cascas d’OvO Æ M EN CONFLICTO: Drag King Æ AKELARRE CYBORG: The body as a sound post‑ ‑gender instrument Æ MATMOS: Poetics or Practicalities of Electronic Sound / Music
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MÚSICA ★ 3 maio domingo ↣ 22h
GROUPER Considerado por muitos como um dos discos do ano que passou, Ruins continua a ser um dos faróis mais intensos para 2015. Porque só assim se pode encarar música que nasce da imersão em pensamentos desconfortáveis mas essenciais para a sobrevivência. Liz Harris refugiou‑se em Aljezur logo depois do ambicioso disco A I A. O convite para uma residência artística partiu da Galeria Zé dos Bois, mas Liz já confessou que esta fuga para a Costa Vicentina representou um isolamento numa altura de uma profunda crise emocional que ecoava o mergulho mais vasto do mundo noutro tipo de crise que principiou no impossivelmente distante ano de 2011. As ruínas mencionadas no título do trabalho que resultou desse período de isolamento — canções de piano, voz e ruídos de máquinas, grilos, sapos… — são as ruínas das memórias, das emoções, mas também da história que tudo faz desabar. Neste regresso a Lisboa, pela mão da Galeria Zé dos Bois e do Teatro Maria Matos, Liz Harris apresenta um concerto único na sua tournée. Apenas munida de piano, guitarra e fitas pré ‑gravadas, trar‑nos‑á não só as canções de Ruins, mas também um desejo de futuro materializado em novas composições que seremos os primeiros a ouvir. em colaboração com a Galeria Zé dos Bois sala principal ● 7,5€ a 15€ ESGOTADO ● M/6
We were already familiar with some of her other moments of genius, but in 2014 Liz Harris reached the sublime as Grouper. In Ruins, recorded in Aljezur during a residency promoted by Galeria Zé dos Bois, she devised songs in perfect environmental balance with the nature surrounding her. That is why we celebrate this return to Teatro Maria Matos in a special way, as a return to a familiar place, providing us with a rare concert where she also plays the piano, a unique and exclusive occasion in her tour.
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piano, voz, guitarra, fitas pré‑gravadas: Liz Harris • fotografia: © Dustin Aksland
PERFORMANCE, PERFORMATIVIDADE E POLÍTICA DE GÉNERO 5 maio a 24 junho
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Vinte e cinco anos após a sua publicação, em 1990, o livro Gender Trouble. Feminism and the Subversion of Identity da filósofa Judith Butler continua a marcar não só a investigação académica, e os movimentos feministas e LGBTQI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trangénero, Queer e Intersexo), como também a criação artística. Gender Trouble reconfigura o pensamento e as formas de ação em torno do género e das sexualidades, revolucionando os Estudos de Género, os feminismos contemporâneos, os Estudos de Performance e o desenvolvimento da teoria queer, pelo reposicionamento conceptual do género como performatividade. Butler afirma que o género não é uma categoria ontológica, mas que “se faz”, que “se constrói”, que é, em última análise, performance. Significa isto que o género não exprime uma “verdade” interior, sendo antes o resultado de um conjunto de atos e gestos reiterados, cuja cristalização confere uma aparência de um núcleo interno, de substância. Butler parte da análise de performances drag, e da imitação de género aí em jogo, para pensar as performances de género, sugerindo que qualquer processo de assunção de uma identidade de género implica uma imitação de gestos em que não há original que possa ser imitado. Daí que a autora acrescente que, além de performática, existe uma dimensão paródica nos processos de aquisição de expressões de género. Ao definir o género como performatividade, Butler mina a distinção entre género e sexo, afirmando que o próprio corpo é já uma construção cultural, na medida em que os discursos sobre o corpo, a sexualidade e o género definem o que é considerado corpo, os seus limites e o seu significado. Com este conceito, Butler questiona as normas institucionais, legais e culturais que estabelecem uma coerência discursiva entre sexo, género e desejo. Por outras palavras, Butler desafia o pressuposto de que existe uma correspondência entre um sexo específico, uma determinada identidade
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de género e um desejo pelo “sexo oposto”. Segundo a filósofa, essa coerência não é mais do que uma ficção, disfarçada de lei natural, criada no quadro de uma heterossexualidade hegemónica que legitima e aprova a heterossexualidade através da desaprovação da homossexualidade. A forma de resistir às normas de género faz‑se por via de performances subversivas de género, que desestabilizam esta equação sexo / género / desejo; por exemplo, performances em que o sexo e o género não correspondam ou em que a hegemonia da heterossexualidade é contestada. Através das performances podemos observar como os géneros são produzidos e reconhecidos como corpos e, em simultâneo, perceber o modo como artistas criticam a criação de corpos dóceis e a ficção do binarismo hegemónico de género. Assim, o Teatro surge como um espaço privilegiado para observar e debater a performatividade de género mas também para experimentar performances subversivas de género, algo que esperemos que seja proporcionado pelo leque diversificado de debates, espetáculos, intervenções artísticas e workshops incluídos neste ciclo dedicado aos 25 anos de Gender Trouble. Salomé Coelho
curadoria: Salomé Coelho e Mark Deputter com Andreia Cunha, Laura Lopes e Sezen Tonguz
Twenty‑five years after the publication of Gender Trouble. Feminism and the Subversion of Identity, by Judith Butler, Teatro Maria Matos offers itself as a place for discussing, observing and experiencing gender performativity in a cycle with debates, shows, artistic interventions and workshops over the course of one and a half months.
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PERFORMANCE, PERFORMATIVIDADE E POLÍTICA DE GÉNERO 5 maio a 24 junho
MAIO ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ╙Æ ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ
CRISTIANA PENA / FRANCESCA RAYNER ● conferência 5 maio ↣ 18h30 ANA GABRIELA MACEDO / JOÃO FLORÊNCIO ● conferência 12 maio ↣ 18h30 CECILIA BENGOLEA & FRANÇOIS CHAIGNAUD: altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK ● dança 14 maio ↣ 21h30 LANDER PATRICK: Cascas d’OvO ● oficina 16 e 17 maio ↣ 10h30 às 13h30 SHAHD WADI / CARLOS MOTTA ● conferência 19 maio ↣ 18h30 LANDER PATRICK: Cascas d’OvO ● dança 21 maio ↣ 21h30
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Gender Trouble é um projeto House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
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PERE FAURA: Striptease e Bomberos con grandes mangueras ● dança 23 maio ↣ 21h30 VÍDEO & GÉNERO ● vídeo 24 maio ↣ 15h às 20h30 ANN PELLEGRINI 26 maio ↣ 18h30 ● conferência M EN CONFLICTO: Drag King ● workshop 30 maio ↣ 11h às 17h ROSANA CADE: Walking:Holding ● performance 30 e 31 maio ↣ 11h30 às 13h30 e 15h30 às 17h30 MARIANA TENGNER BARROS: Après le Bain VERA MANTERO: uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings ● dança 31 maio ↣ 21h30
JUNHO ╓─── JUDITH BUTLER ║ ║ ● conferência ║ ╙ Æ 2 junho ↣ 18h30
AKELARRE CYBORG: The body as a sound post‑ ‑gender instrument ● workshop 6 e 7 junho ↣ 11h às 17h ╓─── METTE INGVARTSEN: ║ ║ 69 Positions ║ ║ ● performance ║ ╙ Æ 6 e 7 junho ↣ 21h30 ╓─── KARNART: Hermaphrodita ║ ║ ● teatro ║ ║ Æ 18 a 24 junho ╙ (exceto 22) ↣ 21h30 ╓─── Bender‑mente no LuxFrágil ║ ║ ● performance e festa ║ ╙ Æ 18 junho ↣ 23h30 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ
Livraria Marcel
A Livraria Marcel está presente no Teatro Maria Matos durante o ciclo Gender Trouble, apresentando os títulos publicados pelos oradores presentes e disponibilizando ainda um leque de livros dedicados ao tema. A Livraria Marcel nasce da ideia de reunir num só espaço obras de duas áreas diferentes e tão presentes na sociedade contemporânea que se cruzam há décadas — Artes Performativas e Estudos do Género. A Marcel, naturalmente proustiana, dedicar‑se‑á também à literatura, clássica e contemporânea, com uma coleção que privilegie as minorias dentro e fora do armário. ● foyer Em dias de espetáculos: 20h30 até ao início do espetáculo Em dias de conferências: 17h30 às 21h Excecionalmente no dia 24 maio: 14h30 às 21h
DEBATE E PENSAMENTO terças ↣ 18h30
Conferências Este ciclo procura traçar uma paisagem, necessaria mente parcial, das práticas artísticas que têm contribuído para a transformação social, cultural e política das representações de género, dos corpos e das sexualidades. A fim de proporcionar uma discussão complexa que articula “género” com outras categorias como etnia ou classe, e conscientes das especificidades geoculturais, reunimos olhares de artistas e académicos de várias geografias, expressões artísticas e disciplinas. À visão panorâmica e crítica das práticas artísticas que desafiam, na Europa e Estados Unidos da América, a representação dominante do género, juntam‑se olhares da arte de mulheres, feminista e queer produzida no exílio, no Médio‑Oriente ou na América Latina. Partindo de exemplos das artes performativas e visuais, debate‑se política e performatividade de género, a par de outros questionamentos que marcam a contemporaneidade, como o da categoria “humano” ou a possibilidade das categorias produzidas pelo ocidente serem novas formas de imposição colonial. ● sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação da sala) mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 15h ● as conferências serão transmitidas em direto em streaming em live.fccm.pt/tmm/conferenciasgendertrouble
Apoio
Throughout these five debates, one will try to outline a landscape of the artistic practices that have contributed to the social, cultural and political transformation in the representation of gender, bodies and sexualities. Necessarily biased, this landscape points out clues to discuss the connection between performing arts, gender performativity and politics. In order to provide a complex discussion that takes into account the articulation of the gender category with other categories as ethnicity or social class, and aware of the geocultural specificities, we summoned different looks, from artists to scholars, from various geographies, disciplinary fields and artistic expressions.
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DEBATE E PENSAMENTO 5 maio ↣ 18h30
Cristiana Pena
Corpos que se Movem. Da Fanzine à Praça Vermelha
Francesca Rayner
Performance e performatividade A primeira conferência do ciclo Gender Trouble conta com as apresentações da investigadora e ativista feminista Cristiana Pena e da investigadora da Universidade do Minho em Teatro e Performance Francesca Rayner. A primeira vem apresentar Corpos que se Movem. Da Fanzine à Praça Vermelha, uma palestra em que aborda a evolução dos estudos, políticas e práticas artísticas feministas desde o surgimento nos Estados Unidos da América, nos anos 1970, até à atualidade e às profundas mudanças que as novas tecnologias e formas de comunicação introduziram. Por sua vez, Francesca Rayner apresenta Performance e performatividade, um olhar sobre o trabalho performativo de Mónica Calle, artista que tem desafiado consistentemente construções de identidade sexual, família, sociedade e cânone teatral. ● em português ● moderador: João Pereira
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DEBATE E PENSAMENTO 12 maio ↣ 18h30
Ana Gabriela Macedo
Enquadrar, Desenquadrar, Reenquadrar / Resistir – Mulheres, Arte e Feminismos, modos de ver diferentemente
João Florêncio
Das Rochas, Apesar de Serem Rochas: Performance e Política Queer para Além do Humano Ana Gabriela Macedo, professora e diretora do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, abre a segunda conferência do ciclo, analisando questões fulcrais que “enquadram” as estratégias de mulheres artistas, no diálogo com os Feminismos contemporâneos, no tocante à representação do corpo. Confrontam‑se exemplos de discursos oriundos na arte e cultura ocidentais face à arte de mulheres do Médio ‑Oriente, a arte no exílio e as comunidades migrantes. Por sua vez, João Florêncio, investigador e professor de História da Arte e Cultura Visual Moderna e Contemporânea na Universidade de Exeter (Reino Unido), fala sobre a viragem nas artes e humanidades para o “não‑humano”, procurando perturbar a suposta rigidez do binómio Cultura / Natureza através da extensão das noções de “performance” e “política queer”, além do domínio do humano e da sua excecionalidade. ● em português ● moderadora: Ana Lúcia Santos
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DEBATE E PENSAMENTO 19 maio ↣ 18h30
Shahd Wadi
Borders trouble: o lugar em jeito de corpo
Carlos Motta
From Queer Theory to the Decolonization of Knowledge A palestiniana Shahd Wadi, doutorada em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra, apresenta uma intervenção no seguimento da tese de doutoramento intitulada Corpos na trouxa: Histórias‑artísticas‑de ‑vida de mulheres palestinianas no exílio, em que aborda as narrativas artísticas produzidas no contexto da ocupação israelita da Palestina. Este espaço de reflexão (e conflito) é um lugar de encontro com a história dos corpos que habitam a fronteira entre o exílio e a Palestina ocupada. A procura da (re)construção do corpo é tentada através da imaginação e da criatividade neste espaço flutuante a que podemos chamar de “Borders trouble”. O artista multidisplinar Carlos Motta parte do seu trabalho Nefandus Trilogy e do de outros artistas da América Latina para refletir sobre a imposição violenta da sexualidade, enquanto categoria de conhecimento, às culturas nativas do continente americano durante o período de colonização espanhola e portuguesa. Questiona ainda se a categoria queer será uma extensão aos dias de hoje desta imposição colonial. ● em português e inglês ● moderadora: Andreia Borges
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DEBATE E PENSAMENTO 26 maio ↣ 18h30
Ann Pellegrini
Sex, Sacrilege, and the Trouble with Performance Ann Pellegrini é professora de Estudos de Performance e Análise Social e Cultural na Universidade de Nova Iorque, onde também dirige o Centro de Estudos de Género e de Sexualidade. Na sua obra, destacam‑se Performance Anxieties: Staging Psychocanalysis, Staging Race e Love the Sin: Sexual Regulation and the Limits of Religious Tolerance (coescrito com Janet R. Jakobsen). O seu livro mais recente em parceria com Michael Bronski e Michael Amico, You can tell just by looking and 20 other Myths about LGBT Life and People, foi nomeado para o prémio literário Lambda para melhor obra de não ‑ficção LGBTQI em 2014. Nesta conferência, Ann Pellegrini aborda a relação entre a religião e a legislação sobre o género e o sexo nos EUA, que tem gerado debates e controvérsias nas quais a performance é um dos “problemas” centrais. ● em inglês ● moderadora: Ana Bigotte Vieira
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DEBATE E PENSAMENTO 2 junho ↣ 18h30
Judith Butler
Why Bodies Matter Publicado em 1990, o livro Gender Trouble. Feminism and the Subversion of Identity é uma marca não só na história dos Estudos do Género e do feminismo contemporâneo, mas também nos Estudos da Performance, pela ligação que estabelece entre o género e a performance, através do conceito da performatividade do género. Ao longo dos últimos 25 anos, Judith Butler nunca deixou de marcar presença no debate acerca do género e da sexualidade e continuou a inspirar académicos, feministas, artistas e ativistas pelos direitos das comunidades LGBTQI com publicações como Bodies that Matter: on the Discursive Limits of Sex (1993), Excitable Speech: A Politics of the Performative (1997), Antigone’s Claim (2000) e Undoing Gender (2004). Judith Butler é professora do Departamento de Literatura Comparada e do programa de Teoria Crítica da Universidade da Califórnia, em Berkeley. ● em inglês ● moderador: Nuno Carneiro
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WORKSHOP ★ 30 maio sábado ↣ 11h às 17h
M EN CONFLICTO (Madrid) Drag King Neste workshop, os participantes exploram a masculinidade, descobrindo a sua construção e brincando com ela, na perspetiva de ocupação desse lugar no espaço público. Numa primeira parte do workshop, M en conflicto, psiquiatra, psicoterapeuta, ativista (trans)feminista e investigadora nas áreas de identidade de género, teoria queer / crip, transgenderism e intersetorialidade, vai introduzir a teoria performativa do género, a história do significado do Drag King e fazer uma reflexão coletiva sobre a construção da masculinidade. De seguida, os participantes vão criar os seus próprios Drag Kings e experimentá‑los no Teatro e também no espaço público. sala de ensaios ● em espanhol ● preço único: 7€ excecionalmente não se aceitam reservas venda disponível até 48h antes do início do workshop ● máximo 20 participantes os participantes devem trazer roupa que associam com a masculinidade
At Drag King workshop, one explores and plays with the construction of masculinity in a parodic way. Each participant is asked to develop a performance of masculinity, regardless of his gender or sexual orientation, and to experience it collectively in the public space.
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WORKSHOP ★ 6 e 7 junho sábado e domingo ↣ 11h às 17h
AKELARRE CYBORG (Barcelona) The body as a sound post‑gender instrument Neste workshop de dois dias, os participantes são introduzidos na arte da performance enquanto instrumento político, através da modificação dos corpos com recurso a diferentes tipos de próteses e da criação de identidades híbridas, que procuram ultrapassar dicotomias como natural / artificial, homem / máquina, humano / animal, homem / mulher, hetero / homo, arte / vida, ciência / pré‑tecnologia, entre outras. Akelarre Cyborg é um projeto de dois laboratórios artísticos, Transnoise e Quimera Rosa, que investigam e experimentam questões de género e sexualidade e as suas relações com as artes e a tecnologia. O seu trabalho centra‑se na criação coletiva de artefactos do‑it‑yourself enquanto ferramenta de re‑significação da nossa relação com a tecnologia e no seu papel na produção de subjetividade. Ao mesmo tempo, tenta criar um espaço recreativo através do desenvolvimento de organismos híbridos (cyber drag) num processo simbólico de mutação de objetos quotidianos. Através da manipulação de pequenos circuitos eletrónicos serão construídas exoesculturas que serão usadas numa performance final. sala de ensaios ● em inglês ● preço único: 10€ excecionalmente não se aceitam reservas venda disponível até 48h antes do início do workshop ● máximo 20 participantes não é necessária experiência prévia os participantes podem trazer os seus próprios materiais
At The body as a sound post‑gender instrument workshop, the proposal is to think about gender not only as performative, but also as a prosthesis, on the path of the theories by Paul B. Preciado (formerly known as Beatriz Preciado), through the creation of new organs and functions, or different ways of being and doing.
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TEATRO ★ 7 a 9 maio quinta a sábado ↣ 21h30
HOTEL MODERN & ARTHUR SAUER (Roterdão) The Great War Na abertura da 15.ª edição do FIMFA Lx15, apresentamos The Great War, o maior êxito da companhia holandesa Hotel Modern. Em palco, é instalado um décor de cinema em miniatura e o público torna‑se testemunha da reconstituição das paisagens da Frente Ocidental numa escala em miniatura. The Great War recria a atmosfera da Primeira Guerra Mundial com recurso a maquetes, soldadinhos de chumbo, salsa, terra, pregos enferrujados e espetaculares efeitos especiais e sonoros. O compositor Arthur Sauer, autor da banda sonora, manipula os efeitos utilizados ao vivo, acompanhando a leitura de excertos de cartas que soldados escreveram aos seus entes queridos desde as trincheiras. Nas imagens projetadas num ecrã, estes campos de batalha em miniatura transformam‑se em cenas hiperrealistas de guerra. Um espetáculo deslumbrante com visões dolorosas e poéticas, onde o ser humano parece ser um mero joguete nas mãos de poderes que pouco se importam com a sua existência. inserido no FIMFA Lx15 sala principal ● 6€ a 12€ excecionalmente não se aceitam reservas classificação etária: a classificar pela CCE em inglês ● duração: 60 min
At the opening of FIMFA Lx15 — International Festival of Puppetry and Animated Forms —, The Great War recreates World War I using models, tin soldiers, parsley, dirt, rusty nails and spectacular sound and special effects. In the images projected on a screen, the miniature battlefields turn into hyper‑realistic war scenes.
Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
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conceção: Herman Helle e Arthur Sauer cenografia e construção: Pauline Kalker, Arlène Hoornweg, Herman Helle conceito visual: Herman Helle universo sonoro e música ao vivo: Arthur Sauer performers: Maartje van den Brink, Menno Vroon e Laura Mentink textos e cartas: Soldado Prospert Eyssautier, Max Beckmann, Erich Maria Remarque et al. modelação de marionetas (cavalo e veteranos): Cathrin Boer técnico: Joris van Oosterhout, agradecimentos a Edwin van Steenbergen apoios: Dutch Performing Arts Fund, City of Rotterdam fotografia: © Joost van den Broek
6↦9 anos ★ CRIANÇAS E JOVENS 8 a 12 maio (exceto 11) ↣ sexta a terça encomenda mm
JOÃO FAZENDA Retrato Falado O Jorge vive dentro de uma moldura, numa casa feita de álbuns de fotografias. O Jorge também já foi uma fotografia, mas isso foi antes de encontrar aquela moldura. Bem, na verdade, não foi ele que a encontrou, foi a mãe, porque ele não parava quieto. Mas como é que ele foi ali parar? E já ouviram falar de uma máquina de “desfotografar”? Pois, parece que o pai dele anda, sem grande sucesso, a tentar inventar uma. Mas para que é que quererá ele uma máquina assim? Depois da estreia de sucesso em outubro passado, voltamos a partilhar a incrível aventura do Jorge que nasceu feito de papel e tinta e se transformou em alguém que gosta mesmo é de desenhar. semana: 10h / sábado e domingo: 11h e 16h30 sala de ensaios ● criança: 3€ / adulto: 7€ duração: 30 min ● M/6
Jorge lives inside a frame, in a house made of photo albums. Jorge also used to be a photo, but that was before he found a very special frame. By means of projection and manipulation of drawings made by award winning illustrator João Fazenda, we’ll get to know the incredible story of the boy who was born made of paper and ink and then became a flesh‑and‑blood person who likes to draw! direção artística e manipulação de imagens e recortes: João Fazenda autoria: João Fazenda e Pedro da Silva Martins texto: Pedro da Silva Martins narração e sonoplastia: Bruno Humberto produção e difusão: Stage One coprodução e encomenda: Maria Matos Teatro Municipal ilustração: © João Fazenda
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DANÇA ★ 14 maio quinta ↣ 21h30
CECILIA BENGOLEA & FRANÇOIS CHAIGNAUD altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK
Desde a adolescência que Cecilia Bengolea e François Chaignaud frequentam discotecas, de Londres a Nova Iorque, andando de clube em clube como se de centros de pesquisa antropológica se tratassem. Foi deste modo que se familiarizaram com novas formas de dança, como o jamaican dancehall, o krump, o house ou o split & jump. Formas distintas, mas que conservam em comum um espírito de diálogo com a música e com as técnicas e as ideias que as determinam. Em altered natives’ Say Yes To Another Excess — TWERK, partem de uma intensa pesquisa sobre a música grime — género nascido nos anos 2000 em Londres a partir dos sons do dancehall, hip hop e UK garage — para criar um espectáculo que subverte as normas do género e da interação humana, numa dança feroz e incessante, que parece oscilar entre a abstração dos sons sintéticos e a emergência sensual dos MCs. Um espetáculo que traz para o palco do teatro o cenário de um clube, em que bailarinos contemporâneos interagem com Elijah e Skilliam, DJs da cena grime da editora londrina Butterz. sala principal com bancada 7€ a 14€ ● duração: 50 min classificação etária: a classificar pela CCE
Since adolescence, Cecilia Bengolea and François Chaignaud have been going from nightclub to nightclub, as if they were centres for anthropological research. Retrieving the results of those experiences, they bring to the stage the setting of a club, in which contemporary dancers interact with grime DJs.
criação: Cecilia Bengolea e François Chaignaud interpretação: Elisa Yvelin, Alex Mugler, Ana Pi, Cecilia Bengolea e François Chaignaud música: DJ Elijah, DJ Skilliam (Butterz, Londres) luz: Dominique Palabaud, Jean‑Marc Segalen, Cecilia Bengolea e François Chaignaud figurinos: Cecilia Bengolea e François Chaignaud gestão e produção: Garance Roggero / Leslie Perrin difusão: Sarah de Ganck/Art Happens consultadoria: Alexandre Roccoli aconselhamento musical: Miguel Cullen produção: Vlovajob Pru coprodução: Biennale de la danse de Lyon, Les Spectacles Vivants — Centre Pompidou, Festival d’Automne à Paris, Centre de Développement Chorégraphique Toulouse/Midi‑Pyrénées; Centre Chorégraphique National de Franche‑Comté à Belfort, Centre Chorégraphique National de Grenoble, Le Vivat d’Armentières — Scène conventionnée danse et théâtre e Centre Chorégraphique National de Caen/Basse ‑Normandie produção financiada por: Arcadi, Chez Bushwick — NYC, FUSED: French U.S. Exchange in Dance, Serviços Culturais da Embaixada Francesa nos Estados Unidos da América e FACE (French American Cultural Exchange) Vlovajob Pru é financiado por DRAC Rhône Alpes e é apoiado pelo Institut Français Cecilia Bengolea e François Chaignaud são artistas associados de La Ménagerie de Verre fotografia: © Emile Zeizig
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PERFORMANCE ★ 16 e 17 maio sábado e domingo ↣ 19h
ALEKSANDRA OSOWICZ, FILIPE PEREIRA, HELENA MARTOS, INÊS CAMPOS E MATTHIEU EHRLACHER Hale — estudo para um organismo artificial
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Hale é o encontro entre cinco jovens criadores, 23 kg de plástico e 1710 W de potência de ventiladores. O corpo coletivo, em transformação constante, parte da matéria inanimada e ganha vida num encontro entre o naturalmente artificial e o artificialmente orgânico. Hale vive da hibridez entre a dança, a performance e as artes plásticas. O interesse dos seus criadores reside ainda na ideia paradoxal de animar um corpo inerte, de dar vida e personalidade a uma matéria produzida industrialmente, observando as suas características e limitações de movimento, potenciando a sua organicidade e propondo novas formas para a imaginação. Este corpo, que respira e ganha vida, vai‑se desdobrando e multiplicando em paisagens que aludem a seres vivos, matérias orgânicas, formas abstratas e desconhecidas, numa constante e surpreendente transformação. inserido no FIMFA Lx15 sala principal com bancada ● preço único: 5€ classificação etária: a classificar pela CCE duração: 35 min
Hale puts together five young creators, 23kg of plastic and 1710W of power in a show that intersects dance, performance and plastic arts. Pursuing the paradoxical notion of animating an inert body, they keep on bringing the set to life, turning it into landscapes that remind us of living beings and organic matter.
criação: Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher interpretação: Filipe Pereira, Flora Detraz, Helena Martos, Inês Campos, Joana Leal e Matthieu Ehrlacher aconselhamento de luz: Carlos Ramos sonoplastia: João Bento aconselhamento artístico: Patrícia Portela
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residências artísticas: Espaço Alkantara, O Espaço do Tempo e Forum Dança/Edifício apoio: Départs Hale — estudo para um organismo artificial é um projeto iniciado no contexto do PEPCC/Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica ministrado pelo Forum Dança (Lisboa 2010/12) fotografia: © Inês Campos
DANÇA ★ 16 e 17 maio sábado e domingo ↣ 21h30
XAVIER LE ROY (Montpellier) Sans Titre O coreógrafo Xavier Le Roy é considerado uma das figuras centrais da chamada dança conceptual. Metódico, Le Roy persegue um tema pelo qual está obcecado: a necessidade de regras e as suas transformações. Quando pensamos num espetáculo, pensamos num grupo de pessoas reunidas numa sala, sentadas nos seus lugares a assistirem, em silêncio, no escuro, a um ou mais indivíduos a agir em palco. Sans Titre é um espetáculo triplo — conferência, concerto e peça de dança — que altera as regras do jogo (social ou estético) e observa quão lentamente se constrói um novo equilíbrio. Nas três peças que compõem o espetáculo, um elemento essencial para o seu desenrolar é alterado, invertido ou omitido. Estas novas regras induzem os espectadores e os atores a negociarem as suas relações com o que tomam por convencionado. O que é que vai acontecer se a conferência não tiver texto, se a música perder a sua voz, e se, tal como cadáveres, os bailarinos estiverem inertes? inserido no FIMFA Lx15 sala principal com bancada ● 6€ a 12€ classificação etária: a classificar pela CCE em inglês ● duração: 70 min
When we think of a show, we think of a group of people gathered in a room, sitting in their places, and watching silently and in the dark to one or more individuals acting on stage. In Sans titre [Untitled] there’s a triple show: conference, concert and dance piece, in which choreographer Xavier Le Roy changes the rules of the game into — and observes the building of — a new balance.
conceção e interpretação: Xavier Le Roy direção técnica: Bruno Moinard manequins: Coco Petitpierre assistente de ensaios: Scarlet Yu organização: Vincent Cavaroc e Fanny Herserant — Illusion & Macadam produção: Le Kwatt
coprodução: Théâtre de la Cité Internationale, Festival d’Automne à Paris, PACT Zollverein, Kaaitheater e Festival Theaterformen Hanover Le Kwatt é apoiado pela Direction Régionale des Affaires Culturelles d’Ile‑de‑France fotografia: © Jamie North
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3↦5 anos ★ CRIANÇAS E JOVENS 20 a 24 maio ↣ quarta a domingo encomenda mm
MARGARIDA MESTRE Poemas para bocas pequenas Poemas para bocas pequenas é construído a partir de poemas de autores portugueses, de visitas ao cancioneiro popular e de pequenas pontes verbais que guiarão a linguagem, o corpo, o pensamento e a imaginação numa viagem plena de experiências musicais e sensoriais. Centrado em questões importantes da vivência entre os 3 e os 5 anos, como a família, a casa, a rua, o tempo, a terra, o ar ou o medo, Poemas para bocas pequenas explora as potencialidades musicais da linguagem e propõe que sintamos a poesia, orientando‑nos por formas sonoras, espaciais e visuais simples que, ora enquadram, ora escondem, ora revelam as palavras. semana: 10h / sábado e domingo: 11h e 16h30 sala de ensaios ● criança: 3€ / adulto: 7€ duração: 30 min ● M/4 23 maio ↣ 18h lançamento do livro e CD Poemas para Bocas Pequenas com um concerto e apresentação de Carla Maia de Almeida, Oriana Alvez, Susana Menezes e Vítor Belanciano
Based on poems by Portuguese authors and on the Portuguese popular songbook, and giving greater importance to references of children this age, such as family, home, weather, land or fear, Poemas para bocas pequenas [Poems for little mouths] explores language’s musical potential, guiding us through simple sonorous, spatial and visual forms.
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conceção, escrita e interpretação: Margarida Mestre cocriação, direção musical e interpretação: António ‑Pedro espaço cénico e figurinos: Inês de Carvalho consultadoria para a escrita: Dina Mendonça — especialista em Filosofia com e para crianças participação especial: crianças do Jardim de Infância da Voz do Operário (Lisboa) vídeo promocional: Helena S. Inverno produção: Companhia Caótica direção de produção e difusão: Stage One poemas: Sidónio Muralha, Luísa Ducla Soares, António Torrado, Fernando Manuel Bernardes, Cancioneiro Popular Português, Margarida
Mestre e António‑Pedro encomenda: Maria Matos Teatro Municipal coprodução: Centro Cultural Vila Flor, Centro de Artes de Ovar, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Micaelense, Teatro Nacional São João, Teatro Municipal da Guarda, Teatro Virgínia, O Espaço do Tempo e Teatro Viriato apoio: MAPA, Casa do Povo de Ferreira do Alentejo e Entre/Imagem imagem: © fotografias de António‑Pedro e composição gráfica de Sónia Vieira uma coprodução no âmbito da rede 5 sentidos
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DANÇA ★ 21 maio quinta ↣ 21h30
LANDER PATRICK Cascas d’OvO “Peça para encaixar.” Em Cascas d’OvO, Lander Patrick explora a comunicação não‑verbal entre dois elementos num relacionamento. Usando o teatro como microcosmos da sociedade, explora uma nova dimensão de diálogo nas relações. Dois homens de olhos vendados encaixam‑se na execução de uma coreografia baseada em movimentos precisos ditados pelo metrónomo. O risco de os dois homens se perderem nesta coreografia e quebrarem a sua comunicação é real. Um espetáculo que convida o público a esquecer o quotidiano frenético e a repensar as relações sociais e as suas formas de expressão a partir do silêncio e da música de dois corpos que comunicam. Lander Patrick é um jovem criador nascido no Brasil e radicado em Portugal que tem apresentado o seu trabalho internacionalmente. Com Jonas Lopes, criou Cascas d’OvO, espetáculo galardoado com o segundo lugar no prémio No Ballet International Choreography Competition, na Alemanha. palco da sala principal ● 6€ a 12€ duração: 45 min ● M/16
In Cascas d’OvO [Eggshells], Lander Patrick, a young creator born in Brazil and based in Portugal, explores non‑verbal communication between two elements within a relationship. A show that invites the audience to forget the frantic everyday life, and to rethink social relations and the way they express themselves based on silence and on the music of two communicating bodies. direção e coreografia: Lander Patrick cocriação e interpretação: Jonas Lopes e Lander Patrick desenho de luz: Lander Patrick e Rui Daniel produção e difusão: Tânia M. Guerreiro/Produções Independentes coprodução: Festival Materiais Diversos fotografia: © Günter Krämmer
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OFICINA 16 e 17 maio sábado e domingo
Oficina Cascas d’OvO
A par do espetáculo Cascas d’OvO, Lander Patrick e Jonas Lopes orientam uma oficina de movimento, no qual se experimentam técnicas, ferramentas utilizadas ao longo deste processo de criação. Os participantes integrarão os últimos momentos do espetáculo. Não é necessária experiência prévia, mas é requerida disponibilidade para participar nos últimos ensaios e no espetáculo. OFICINA sábado 16 e domingo 17 ↣ 10h30 às 13h30 ENSAIOS quarta 20 ↣ 20h quinta 21 ↣ 20h ESPETÁCULO quinta 21 → 21h30 Entrada livre sujeita a inscrição obrigatória para anafreitas@egeac.pt até 12 maio. Máximo 20 participantes.
DANÇA ★ 23 maio sábado ↣ 21h30
PERE FAURA (Barcelona) Striptease e Bomberos con grandes mangueras O bailarino e coreógrafo catalão Pere Faura traz ao Teatro Maria Matos as suas peças Striptease, de 2008, e Bomberos con grandes mangueras, de 2010. Striptease compara de maneira irónica e divertida o acontecimento teatral com a arte de despir‑se. O que esperamos ver quando vamos ao teatro? E quando assistimos a uma sessão de striptease? A performance de Faura trata dessas expectativas, do mecanismo de geração do desejo nestas situações convencionadas e da relação de sedução entre o performer e o espectador. Por sua vez, Bomberos con grandes mangueras revisita o imaginário pornográfico como prática coreográfica. Uma masturbação sem solidão que o público presencia no Teatro entre a posição de espectador e de voyeur, entre o público e o privado, entre o explícito e o erótico. Uma reflexão nua, suada e bruta sobre a ginástica da excitação e a fisicalidade do desejo.
Striptease criação e direção: Pere Faura intérpretes: Pere Faura e Demi More música: Carlos Jobim e Annie Lennox, com mistura de Ivo Bol desenho de luz: Paul Schimmel técnico: Israel Quintero
Bomberos con grandes mangueras coreografia e interpretação: Pere Faura música: Vivaldi + Actors “on fire” produção: CUVO — curadoria de Álex Brahim
textos (excertos): Undressing the First Amendment and Corsetting the Striptease Dancer, de Judith Lynne Hanna; Striptease. The Art of Spectacle and Transgression, de Dahlia Schweitzer; Narrative Striptease in the Nightclub Era, de Ben Urish produção e digressão: Frascati Producties
sala principal com bancada ● 6€ a 12€ duração: 45 min + 15 min sem intervalo em espanhol sem legendagem classificação etária: a classificar pela CCE
Catalan dancer and choreographer Pere Faura brings to Teatro Maria Matos his performances Striptease, from 2008, a show in which he ironically and amusingly likens the theatrical event to the art of undressing, and Bomberos con grandes mangueras [Firemen with long hoses], from 2010, in which he revisits porn imagery as a choreographic practice.
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VÍDEO ★ 24 maio domingo ↣ 15h às 20h30
Ana Pérez‑Quiroga, Cabello / Carceller, Hans Scheirl, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Suzie Silver, Tejal Shah
Vídeo & Género O vídeo, cuja génese remonta aos anos 1960, período de lutas profundas dos movimentos feministas, de gays, de lésbicas, bem como a reivindicações de outras minorias discriminadas, trouxe a possibilidade a numerosos artistas de darem visibilidade às suas experiências de vida em sociedades em que a norma vigente é o relacionamento heterossexual e a chamada família nuclear. O programa Vídeo & Género, compilado pela professora da Universidade de Évora, artista e investigadora em estudos de Género e de Videoarte Teresa Furtado, junta oito artistas de renome internacional cujo trabalho no vídeo e no cinema experimental é influenciado pelo pensamento butleriano, ao questionar, subverter e recriar as normas, representações e práticas de género e sexualidade, fazendo emergir novos discursos culturais identitários de subjetivação e autodeterminação. Todas as obras serão apresentadas pelos próprios artistas, havendo amplo espaço para encontro e debate. curadoria: Teresa Furtado
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sala principal com bancada preço único: 5€
15h ↣ Teresa Furtado 15h30 ↣ Ana Pérez‑Quiroga 16h ↣ Cabello / Carceller 17h15 ↣ Teresa Furtado 17h30 ↣ Hans Scheirl 18h ↣ João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira 18h45 ↣ Teresa Furtado 19h ↣ Suzie Silver 19h30 ↣ Tejal Shah 5 maio a 15 junho ↣ mostra contínua no foyer
The Video & Gender programme, compiled by artist, University of Évora professor and Gender Studies and Video art researcher Teresa Furtado, brings together eight internationally renowned artists, whose work with video and experimental cinema is influenced by Butler’s thinking when questioning, subverting and recreating gender and sexuality’s rules, representations and practices, bringing about new identity cultural discourses of subjectivation and self‑determination. All works will be presented by the artists themselves, and there will be plenty of space opportunities for meeting and debating with the authors.
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Ana Pérez‑Quiroga
Inventário‑Diário#1 Cair a seus pés (2009) Inventário‑Diário#1 Cair a seus pés integra um conjunto de trabalhos / diários que abordam assuntos que interessam particularmente a Ana Pérez‑Quiroga, artista visual portuguesa, cujo trabalho, em instalação e fotografia, remete frequentemente para um universo pessoal e intimista. Este trabalho parte do fascínio da artista pela possibilidade de descer um poste de bombeiros e, ao mesmo tempo, pelo interesse em explorar a cultura clássica e a forma como os Gregos pensaram o mundo dos homens e das mulheres, a virilidade e a fertilidade.
Cabello / Carceller
Dancing Gender Trouble (2013‑2014) Dancing Gender Trouble é o registo de uma performance coletiva em que se traduzem fisicamente os conteúdos do livro icónico de Judith Butler. Integrando participantes sem experiência em dança e as palavras do livro Gender Trouble no lugar de música, esta ação do coletivo Cabello / Carceller procura reclamar a performance como uma prática artística feminista dos anos 1960 e 1970 e ligá‑la à teoria da performatividade de género. Cabello / Carceller é um coletivo artístico formado em 1992 por Helena Cabello e Ana Carceller com um trabalho interdisciplinar focado na criação de alternativas críticas à representação da hegemonia.
Hans Scheirl
Summer of 1995 (1995) Summer of 1995 é um registo do verão de Hans Scheirl há vinte anos. Cruzando uma série de eventos significativos desse momento, o filme mostra‑nos acontecimentos públicos relevantes, como a conferência de (Judith) Jack Halberstam sobre Female Masculinities ou o concurso de Drag King que marcou a edição desse ano do Gay&Lesbian Filmfestival de Londres, mas também as histórias de Hans e dos seus amigos Svar, Jason e Cathy. Hans (anteriormente Angela) Scheirl é um artista transdisciplinar transgénero austríaco conhecido pelo seu filme Dandy Dust, de 1998, em que desafia radicalmente as normas da identidade sexual e de género, assim como o próprio meio do cinema. Uma figura proeminente na cena internacional queer e transgénero, Hans leciona atualmente na Academia de Belas‑Artes de Viena.
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João Pedro Vale Festa Brava (2005)
Em Festa Brava, o artista visual João Pedro Vale regista uma performance realizada por oito homens vestidos de forcados que se passeiam na beira da estrada do parque de Monsanto, uma antiga zona de prostituição, e confrontam os ocasionais automobilistas com os movimentos característicos de uma pega, como se os carros fossem o touro. O traje de forcado foi alterado e, em vez dos calções e sapatos característicos, os homens vestem collants e calçam sapatos de salto alto.
Suzie Silver The Sausage (2015)
The Sausage narra a história de Klarybel e Berta, duas irmãs perdidas pela Europa que recebem de um estranho três desejos com consequências hilariantes e calamitosas. The Sausage é o primeiro episódio de Fairy Fantastic!, uma série de vídeos para famílias não‑normativas e seus aliados. Todas as histórias de Fairy Fantastic! reúnem características que crianças, queers e personagens imaginárias têm em comum: o amor pela quimera, a escatologia e o faz‑de‑conta. Suzie Silver é uma artista de performance e vídeoarte queer que se tem focado no desejo de romper fronteiras sociais, criando espaço para as questões queer dentro da cultura popular.
Tejal Shah
Chingari Chumma / Stinging Kiss (2000) Chingari Chumma é um conto de fadas que aborda os recantos do desejo que não são habitualmente representados na cultura popular que Bollywood alimenta. Neste trabalho, realizado em colaboração com Anuj Vaidya, Tejal Shah recorre à linguagem destes filmes e da pornografia tradicional dominante para tornar mais complexas as fórmulas narrativas e desestabilizar as relações arquetípicas que lhes são características. Artista visual de origem indiana, Tejal Shah questiona as expectativas do género e da sexualidade.
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MÚSICA ★ 28 maio quinta ↣ 22h
SENSIBLE SOCCERS & LAETITIA MORAIS Paulo
Andaram nas bocas do país durante todo o ano 2014. Foram apelidados de “furacão”, declarados descendentes do kraut dos Amon Düül, reminiscentes dos universos de Mike Oldfield e Jean ‑Michel Jarre e alternativa a substâncias alucinogénias. A verdade é que os Sensible Soccers obrigaram imprensa e ouvintes a encontrar novas categorias e denominações para a sua música. 8, o disco de estreia, colocou a fasquia alta, mas, de certo modo, os Sensible Soccers parecem ser agora guardiães de todas as respostas. Por isso mesmo, o Teatro Maria Matos, o GNRation e o Curtas de Vila do Conde endereçaram à banda de Vila do Conde um convite para juntar à sua música previsivelmente cinematográfica um contraponto visual da responsabilidade da artista plástica Laetitia Morais.
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direção artística: Sensible Soccers e Laetitia Morais baixo: Emanuel Botelho guitarra: Filipe Azevedo teclados: Hugo Alfredo Gomes teclados, voz: Manuel Justo visuais: Laetitia Morais técnico de som: João Moreira produção: GNRation, Maria Matos Teatro Municipal, Curtas Vila do Conde — Festival Internacional de Cinema. fotografia: © Dinis Santos
O resultado, em estreia nesta noite, é Paulo, palavra que aqui perde as suas funções de nome próprio e se assume como um vírus da linguagem ilustrado pelas imagens reunidas e manipuladas ao vivo por Laetitia Morais. sala principal 6€ a 12€ ● M/6
After the terrestrial quake of 8, in 2014, outer space seems to have become the only limit for Sensible Soccers. In a special commission from Teatro Maria Matos, GNRation and Curtas de Vila do Conde, the band from Vila do Conde calls visual artist Laetitia Morais to present Paulo, enigmatic play of images.
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PERFORMANCE ★ 30 e 31 maio sábado e domingo ↣ 11h30 às 13h30 e 15h30 às 17h30 (de 15 mins em 15 mins)
ROSANA CADE (Glasgow) Walking:Holding “Todos reconhecem a forma astuta como Cade promove, com um conceito aparentemente simples, um desafio aos preconceitos e uma homenagem à individualidade e às diferenças de cada um.” The Telegraph
Rosana Cade, artista sedeada em Glasgow, pretende romper com ideias hegemónicas sobre género e poder no seu trabalho performático, convidando os espectadores a desafiarem os seus preconceitos ao colocarem‑se na posição de outras pessoas. Walking:Holding é uma experiência social sob a forma de um passeio nas ruas da cidade pela mão de estranhos. Durante 30 minutos, cada espectador é levado a passear pela cidade de mãos dadas com várias pessoas, cuja idade, género e aparência é sempre diferente. Walking:Holding é uma experiência única desafiante, que explora preconceitos, ligações pessoais espontâneas e as reações do público à expressão de diferentes tipos de sexualidade.
ponto de encontro: Teatro Maria Matos preço único: 5€ excecionalmente não se aceitam reservas lotação reduzida ● duração: 30 min classificação etária: a classificar pela CCE
Walking:Holding is a social experiment where each spectator is taken on a tour through the city streets hand in hand with strangers, whose age, gender and appearance is always different. A unique, challenging experience that explores prejudices, spontaneous personal connections and the audience’s reactions to the expression of different types of sexuality.
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DANÇA ★ 31 maio domingo ↣ 21h30 Numa única apresentação, juntamos dois solos de duas coreógrafas, bailarinas e atrizes portuguesas de gerações diferentes: Après le Bain, de 2011, um dos primeiros trabalhos de Mariana Tengner Barros, e uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings, uma das peças fundamentais de Vera Mantero, criada em 1996 no âmbito de Homenagem a Josephine Baker, cantora e atriz afro‑americana da primeira metade do século XX. sala principal com bancada ● 6€ a 12€ duração: 20 min + 20 min com intervalo classificação etária: a classificar pela CCE
MARIANA TENGNER BARROS Après le Bain
“O corpo está constantemente em mudança, células morrem a cada segundo, há processos infinitos de reconfiguração e adaptação. No entanto, temos uma enorme tendência a querer congelá‑los, numa tentativa de atrasar um fim e manter uma determinada aparência, que vai de encontro a um modelo de beleza pré‑estabelecido para a época. Tenho uma obsessão e uma grande curiosidade em observar a representação do corpo na arte, o corpo nos media, na publicidade, a sua relevância no culto da ‘fama’ e no fenómeno do ‘ícone’.” Mariana Tengner Barros Après le Bain conceção, direção e interpretação: Mariana Tengner Barros assistência de criação/ apoio dramatúrgico: Elizabete Francisca direção técnica e luzes:
Nuno Patinho música: versão de In Heaven de David Lynch por Mariana Tengner Barros produção: EIRA coprodução: buda kunstencentrum kortrijk apoios: Forum Dança,
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O Espaço do Tempo A EIRA é uma estrutura apoiada pelo Governo de Portugal/Secretário de Estado da Cultura — Direção‑Geral das Artes
In a single presentation, we bring together two solos by two Portuguese choreographers, dancers and actresses from different generations: Après le Bain [After bathing], from 2011, one of Mariana Tengner Barros’ first works, and uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings [one mysterious Thing, said e.e.cummings], one of Vera Mantero’s key plays, created in 1996, as a tribute to Josephine Baker.
VERA MANTERO uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings * * o que ele disse de facto sobre a Josephine: “uma misteriosa Coisa, nem primitiva nem civilizada, ou para além do tempo, no sentido em que a emoção está para além da aritmética”.
“É uma coisa que eu gostava de encontrar ou de criar, um amplo território em que a riqueza de espírito reinasse. (Será educação massiva a resposta?). Este espírito de que falo não tem vontade nenhuma de anular o corpo, nem vergonha nenhuma do seu desejo e do seu sexo, o que este espírito de que falo tem vontade de anular é a boçalidade, a assustadora burrice, a profunda ignorância, a pobreza de horizontes, o materialismo, etc. (infelizmente a lista tem ar de ser longa...).” Vera Mantero
uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings conceção e interpretação: Vera Mantero caracterização: Alda Salavisa (desenho original de Carlota Lagido) adereços: Teresa Montalvão desenho original de luz:
João Paulo Xavier adaptação e operação de luz: Rui Daniel produção executiva: Forum Dança apoio: Casa da Juventude de Almada, Re.al, Amascultura produção: Culturgest O Rumo do Fumo é uma
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estrutura apoiada pelo Governo de Portugal/Secretário de Estado da Cultura – Direção‑Geral das Artes fotografia: © Jorge Gonçalves
PERFORMANCE ★ 6 e 7 junho sábado e domingo ↣ 21h30
METTE INGVARTSEN 69 positions Em 69 positions, a coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvarsten usa o seu próprio corpo como território para explorar questões não resolvidas sobre a sexualidade nas práticas artísticas contemporâneas. Procurando abordar a relação entre a esfera íntima e o espaço público, a coreógrafa dinamarquesa convida o público a uma visita guiada por um arquivo de performances, livros, filmes, textos e imagens da libertação sexual. Evocando as expressões da utopia sexual que caracterizou a contracultura e as performances experimentais dos anos 1960, o acervo de Ingvartsen documenta o excesso, a nudez, o erotismo orgíaco, o prazer ritualístico, a participação e o engajamento político. Ao fazê‑lo, o seu corpo transforma‑se num campo de experimentação, de onde práticas sexuais pouco habituais emergem em relação com o ambiente que o rodeia. Com este solo, criado em 2014, Mette Ingvartsen inicia um novo ciclo de trabalho, centrado na sexualidade e na ligação entre a política do corpo e as estruturas da sociedade. palco da sala principal (lotação reduzida) 7€ a 14€ ● em inglês sem legendagem duração: 1h45 classificação etária: a classificar pela CCE
In 69 positions, Danish choreographer Mette Ingvartsen uses her own body as a territory to explore unresolved issues on sexuality in contemporary artistic practices. With this solo, created in 2014, Ingvartsen begins a new work cycle, focused on sexuality and on the connection between body policy and society’s structures. conceito, coreografia e interpretação: Mette Ingvartsen luz: Nadja Räikkä cenário: Virginie Mira som: Peter Lenaerts dramaturgia: Bojana Cvejic direção técnica: Nadja Räikkä / Joachim Hupfer técnico de som: Adrien Gentizon
gestão de produção: Kerstin Schroth produção: Mette Ingvartsen/ Great Investment coprodução: apap/szene, Musée de la Danse/Centre Chorégraphique National de Rennes et de Bretagne, Kaaitheater, PACT Zollverein, Les Spectacles vivants — Centre Pompidou, Kunstencentrum
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BUDA e BIT Teatergarasjen apoio: Théâtre National de Bretagne, Festival d’Automne à Paris, DOCH — University of Dance and Circus financiamento: The Flemish Authorities e The Danish Arts Council programa financiado com o apoio da Comissão Europeia fotografia: © Fernanda Tafner
Apresentação no âmbito da rede House on Fire com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
TEATRO ★ 18 a 24 junho (exceto 22) quinta a quarta ↣ 21h30 coprodução mm
KARNART Hermaphrodita — «Ó Deuses! attendei esta súpplica ardente: «Se é verdade que ouvis as vozes que vos chamam, «Os nossos corações, fundi‑os n’um sómente, «Fundi n’um corpo só nossos corpos que se amam!» Chegou ao vasto Olympo a rogativa louca; E Zeus, o grande Zeus cuja fôrça é infinita, As duas bôcas transformou n’uma só bôca, E dos dois corpos fez um só: HERMAPHRODITA!
Eugénio de Castro escreve, em 1894, um imenso poema inspirado no mito de Hermafrodito, que publica na coletânea de poesia Salomé e outros poemas e que, anos mais tarde, Natália Correia inclui na sua Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica. É por este meio que o poema chega às mãos da KARNART que, em 2005, o inclui no seu espetáculo Satirotic e que, dez anos depois, a ele regressa para esta nova criação em estreia no Teatro Maria Matos. Se HERMAPHRODITA, o poema, acolhe na alma do seu autor, separados pelo suicídio do único, os dois feros e hostis irmãos, HERMAPHRODITA, o espetáculo, expõe dos mesmos a alma una, em corpos, despojados, nus — também pelo direito à dignidade de todas as minorias de género. Uma variante desta criação será apresentada no Gabinete Curiosidades Karnart (Av. da Índia, 168) de 20 a 31 julho. Mais informações em www.karnart.org palco da sala principal ● 6€ a 12€ classificação etária: a classificar pela CCE
Hermaphrodita marks the return of Karnart C. P. O. A. A. to the poetry of Eugénio de Castro, ten years after a first foray into his universe for the show Satirotic. In this show, the collective reflects upon and amplifies the history of the poem, while also raising questions concerning the right of all gender minorities to dignity.
poema: Eugénio de Castro conceito e direção artística: Vel Z codireção artística e narração: Luís Castro interpretação: Catarina Códea, Marcos Marques e Pedro Mendes filmagem e montagem: Nuno Bernardo edição de som: Sérgio Henriques assistência de produção: Cristina Cortez produção: Karnart C. P. O. A. A. coprodução: Maria Matos Teatro Municipal financiamento: Câmara Municipal de Lisboa A Karnart C. P. O. A. A. é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal — Secretário de Estado da Cultura/Direção‑geral das Artes apoios: Forum Dança, Made‑2‑Wear e Regiestúdio imagem: © Vel Z
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PERFORMANCE ★ 18 junho quinta ↣ 23h30
Bender‑mente no LuxFrágil A fechar mais de um mês e meio de espetáculos, debates e workshops dedicados ao tema Gender Trouble, celebramos uma noite de performance e festa fora de portas, em associação com a estrutura de criação e programação interdisciplinar ‑ mente e o LuxFrágil, e na companhia da incontornável instalação SexyMF de Ana Borralho & João Galante. A convite do Teatro Maria Matos, o ‑ mente preparará a noite Bender‑mente, baseada num formato de programação já testado e realizado noutros contextos (Criativa‑mente, Queer‑mente, Bairro‑mente) desafiando oito artistas a criar um objeto artístico de oito minutos dedicado ao tema do ciclo que agora encerra. Cada artista responde num formato à sua escolha, sujeito apenas às condições do espaço e aos desafios do tema. O LuxFrágil trata da festa com DJ à medida. LuxFrágil
To close over a month and a half of shows, debates and workshops dedicated to the issue of Gender Trouble, we celebrate a night of performance and party, in association with the interdisciplinary programming structure ‑mente and LuxFrágil, in the company of the installation SexyMF by Ana Borralho & João Galante, and of eight artists who create eight artistic object in only eight minutes.
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imagens: Š Francisco Elias, Ana Borralho & João Galante
MÚSICA ★ 26 junho sexta ↣ 22h
MATMOS
computador, sintetizador, percussão, objetos: Drew Daniel sintetizadores, percussão, objetos: Martin Schmidt fotografia: © James Thomas Marsh
Nascidos em plena afirmação do computador como instrumento musical em meados dos anos 1990, os norte‑americanos Matmos cedo encararam as ferramentas digitais como um mero utensílio para as suas composições, parecendo mais interessados na sua potencialidade de sampling do que na criação dos sons iminentemente eletrónicos. Foi por isso que o mundo que interessava, e ainda interessa, a Drew Daniel e a Martin Schmidt está mais relacionado com a visão da música concreta e da colagem sonora do que qualquer corrente contemporânea da eletrónica, na qual os “instrumentos” estão no nosso corpo, na água, em comboios, na respiração, em balões, em cigarros, em insetos, nas páginas da Bíblia ou em cirurgias plásticas.
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Matmos is one of the most original electronic music acts of the last 20 years, challenging themselves and us with each new project. Their strength lies in using electronics as both a sound source and composing tool, along with creating an orchestra of exemplary sound samples‑‑trains, our breathing, insects, or our skin. Matmos skillfully mixes the scholarly conventions of Musique concrète and contemporary electronics’ post‑techno bleep joy.
MASTERCLASS ★ 25 junho quinta ↣ 14h30 às 19h30
Poetics and Practicalities of Electronic Sound/Music
Matmos falam da sua música e história, demonstram como e por que fazem música e sons, em termos conceptuais e práticos, fazem demonstrações interativas e falam de técnicas que se confundem com conceitos. Ouvir‑se‑á a música dos participantes e discutir‑se‑á tudo o que fizer sentido discutir. masterclass dirigida ao público em geral em inglês Entrada livre sujeita a seleção, máximo de 15 participantes. Inscrição obrigatória com carta de motivação (1 página) para brunoreis@egeac.pt até 15 junho.
Instrumentos ou objetos formam uma rede inesperada de sons que encaixam em libretos únicos e originais, lúdicos e experimentais, e que têm seduzido coreógrafos, encenadores ou artistas visuais. Depois da aventura sensorial telepática em The Marriage of True Minds e a participação em The Life and Death of Marina Abramovic de Robert Wilson, eis finalmente a estreia dos Matmos no nosso país, num concerto em que veremos como se fabricam, peça a peça, as suas composições. sala principal ● 7,5€ a 15€ excecionalmente não se aceitam reservas ● M/6
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TEATRO ★ 2 a 5 julho quinta a sábado ↣ 21h30 / domingo ↣ 18h30 coprodução mm
ALEX CASSAL, FELIPE ROCHA E ALUNOS DA ESTC Tornados Como tem sido hábito nos últimos anos, os alunos finalistas da licenciatura em Teatro (ramos de Atores, Design de Cena e Produção) da Escola Superior de Teatro e Cinema apresentam ao público os seus espetáculos finais. Neste ano, o Teatro Maria Matos volta a associar‑se à escola para a produção e apresentação de um destes espetáculos, sob direção dos brasileiros Felipe Rocha e Alex Cassal, da companhia Foguetes Maravilha.
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Um projeto Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europeia
“Elas e eles chegaram juntos, cada um de um lugar diferente. Ocuparam quartos, corredores, varandas e banheiras. Traziam o que puderam trazer: não o que havia de mais útil, nem de mais valioso. Mas o que cabia nas maletas, nos bolsos, nos dedos. Muita coisa foi caindo pelo caminho e, atrás deles, formou‑se um rasto de livros e jogos, embrulhos e presuntos, macacos e crocodilos, paixões e tabefes, violas e canecos, avós e matraquilhos, carnavais e calmarias, filmes americanos e música pimba, relógios‑de‑cuco e chapéus‑de‑coco, valentes e pereiras, flores e jacintos, cruzes e leais, gomes e molinas, silvas e gonçalves, baptistas e godinhos, mendonças e fonsecas.” Alex Cassal e Felipe Rocha
inserido no programa das Festas de Lisboa 2015 sala principal ● entrada livre (sujeita à lotação da sala) mediante levantamento prévio de bilhete no próprio dia a partir das 15h classificação etária: a classificar pela CCE
As has become a habit in recent years, students attending the final year of the degree in Theatre at Escola Superior de Teatro e Cinema [Lisbon Theatre and Film School] present their graduation project to the public. Teatro Maria Matos has invited the Brazilian theatre directors, actors and dramaturges Felipe Rocha and Alex Cassal to co‑create the performance with the students. direção e dramaturgia: Alex Cassal e Felipe Rocha alunos atores: Ana Valente, Beatriz Baptista, Beatriz Godinho, Eduardo Molina, Joana Cruz, Joana de Brito Silva, João Pedro Leal, Madalena Flores, Marco Mendonça, Mariana Fonseca, Mariana Gomes, Rafaela Jacinto, Rita Silva, Sandra Pereira, Tiago Mendonça e Victor Gonçalves alunas design de cena: Catarina Pereira e Olga Pavlovska alunas produção: Catarina Pinheiro e Joana Carvalho professores responsáveis: Francisco Salgado (interpretação), Marta Cordeiro e Mariana Sá Nogueira (design de cena), Miguel Cruz e Andreia Carneiro (produção) professores de apoio: Jean Paul Bucchieri (corpo) e Maria Repas Gonçalves (voz) coprodução: Escola Superior de Teatro e Cinema e Maria Matos Teatro Municipal
FAMÍLIAS ★ 12 julho domingo ↣ 15h às 22h
O encerramento da temporada do Teatro Maria Matos faz‑se sempre com ar fresco na cara e pés descalços na relva. Neste ano, voltamos a ocupar a rua Antero de Figueiredo, a rua Bulhão Pato e o Jardim do Bairro das Estacas com oficinas, instalações e espetáculos para famílias e vizinhos, mas, desta vez, fazendo tudo girar à volta da comida. Uma festa para todos que encerra com o Comer Lisboa, um evento no qual construímos um modelo da cidade em comida para que todos a possam saborear. entrada livre
Teatro Maria Matos always ends its season with fresh air in the face and bare feet on grass. This year, we once again take over Rua Bulhão Pato and Jardim do Bairro das Estacas with workshops, installations and shows for families and neighbours, only this time making it all revolve around food. A party for all, which ends with Comer Lisboa [Eat Lisbon], an event where we build a miniature of the city using food so that everyone can savour it.
apoio: Junta de Freguesia de Alvalade e Pelouro dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa
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INSTALAÇÕES 15h às 18h30
PONTOS DE VER
Com os Pontos de Ver vamos observar e aproximar alguns detalhes visuais e pequenas acções do quotidiano do Bairro das Estacas que habitualmente passam despercebidos, escondidos ou camuflados. criação: projeto do curso de Design de Ambientes da ESAD.CR parceria: Instituto Politécnico de Leiria e Maria Matos Teatro Municipal
JARDINS VESTIDOS
Além das árvores e dos arbustos que já ocupam o jardim, vamos “vesti‑lo” com roupas próprias de festa e criar nele um novo desenho feito de espaços coloridos. criação: Susana Santos e Julieta Quintas (Comunidade Pais Vizinhos do Teatro)
SONHÁRIO (FÁBRICA DE SONHOS)
Neste dia, queremos semear sonhos. Espalhamos seis estruturas junto às árvores do jardim na esperança de colher sementes para depois semear sonhos. Este projeto nasceu a partir da proposta Fábrica de Sonhos criada no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2013. criação: Astrid Bois D’Enghien, Catarina Vasconcelos, Clio Capeille, Margarida Rêgo, Simon Kinneir, Rain Wu.
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OFICINAS 15h às 18h30
O MUNDO PODERIA SER UMA GRANDE REFEIÇÃO
Se o céu fosse feito de couve e iluminado por uma rodela de limão, podíamos mergulhar num rio de peixes‑pimento e descansar à sombra de uma couve‑flor. Propomos uma viagem da descoberta pelas formas e texturas dos alimentos. criação: Beliza Sousa e Pedro Vilaça
INSTRUÇÕES PARA UMA COZINHA
Na cozinha das engenhocas, os parafusos, madeiras e fios dão origem a preciosos utensílios: batedeiras, desidratadores e fornos improvisados resultarão em deliciosos cozinhados. *
COZINHA AO AR LIVRE
No jardim, como podemos fazer gelado sem frigorífico? Folhas de árvores que se comem? Queijo fresco instantâneo? *
BRINCADEIRAS DE SE COMER
Se conseguíssemos transformar os ingredientes em jogos e brincadeiras, a que saberiam os alimentos? De que formas e de que cores os pintarias? *
CIÊNCIA NA COZINHA
O que acontece quando a ciência se junta à gastronomia? Será que podemos fazer esparguete de sumo, copos comestíveis ou esferas flutuantes? *
CONSULTÓRIO GASTRONÓMICO
Nesta oficina, vamos vestir a bata de nutricionistas e aprender a comer como deve ser. Consultando a roda dos alimentos, perceberemos do que é feito aquilo que comemos. * * criação: Mundo Científico
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NATUREZA… ONDE ESTÁS TU? (KIT EXPLORADOR)
Vamos criar kits exploradores dignos de um Charles Darwin para explorar o jardim a partir de materiais que existem em todas as nossas cozinhas. coordenação: Vera Ferreira com os alunos da Pós‑Graduação em Educação de Infância parceria: ESEI Maria Ulrich e Maria Matos Teatro Municipal
DESCOBRINDO
Aqui, vais descobrir tudo o que há para saber sobre os alimentos e a alimentação utilizando invulgares técnicas da expressão visual, musical e dramática. coordenação: Cecília Moreira, Isabel Gerardo, Luísa Toscado, Patrícia Limpo e Teresa Meireles com os alunos da licenciatura em Educação Básica parceria: ESEI Maria Ulrich e Maria Matos Teatro Municipal
FAZER PARA COMER CARROS E ANIMAIS
Inspirados pelo Comer Lisboa, convidamos todas as crianças a criarem carros, autocarros e bicicletas de comida para circularem na nossa cidade comestível. criação: Ali&Cia Food Art
MNHAM MNHAM (convite romântico para um lanche ajantarado)
Conto contigo esta tarde. Conto contigo para comermos os dois. Os dois à volta desta travessa, Dando dois dedos de conversa, Servindo‑nos disto e aquilo E saboreando sem pressa
Alcachofras gratinadas Espargos de pernas delgadas Cogumelos bonitinhos Folhas de beldroega e hortelã Pequenos bagos de romã Tomates cherry, minha querida [...]
criação: Madalena Matoso e Isabel Minhós
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NOVO CIRCO
★
17h
RUI HORTA E JOÃO PAULO DOS SANTOS Contigo Contigo nasce em 2006, a convite do Festival de Avignon, e marca o encontro entre dois artistas portugueses, o acrobata do mastro chinês João Paulo Santos e o coreógrafo Rui Horta e os seus universos singulares que se alimentam um do outro. João está sozinho em cena e domina com virtuosismo o mastro chinês, numa fascinante luta que tem lugar entre o céu e a terra, capaz de encantar todos os que o acompanham, mas que põe igualmente a nu a exaustão e a solidão do artista. duração: 30 min
criação: Rui Horta e João Paulo dos Santos coreografia: Rui Horta interpretação: João Paulo dos Santos figurinos: Pedro Pereira dos Santos música Tiago Cerqueira e Victor Joaquim direção de cena: Renaud Daniaud produção: O Último Momento coprodução Festival d’Avignon 2006 — SACD Le Sujet A Vif e O Espaço do Tempo apoio: Centro Cultural Olga Cadaval
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MÚSICA
★
18h30
NUNO REBELO Música no Bairro No final da tarde, uma orquestra acústica inventada especialmente para especialmente para o evento Comer Lisboa vai tocar composições originais e conhecidas. Invadiremos o jardim com música e seguiremos pelas ruas juntamente com os elementos do Comer Lisboa dando início à construção final da maquete comestível da cidade em grande escala.
Um projeto Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europa
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PERFORMANCE COMESTÍVEL ★ 12 julho domingo ↣ 19h às 22h
ALI&CIA
entrada livre
Um projeto Create to Connect com o apoio do Programa Cultura da União Europa
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Comer Lisboa é um evento que o coletivo espanhol Ali&Cia, de Alicia Ríos e Barbara Ortiz, tem vindo a reproduzir por várias cidades, de Londres a Melbourne passando por Segóvia, representando a diversidade das mesmas através da cultura gastronómica. Sob a forma de uma performance pública interativa, cada edição deste evento conta com a colaboração de dezenas de voluntários de diferentes comunidades e associações da cidade. Em Lisboa, as comunidades locais trabalham em conjunto com o coletivo para criar um mapa da cidade completamente comestível: dos monumentos aos parques, passando pelas ruas e transportes. Neste dia, testemunharemos a monumentalidade do feito e poderemos, pela primeira vez e de forma literal, saborear Lisboa. Eat Lisbon is an event that the Spanish collective Ali&Cia has been reproducing in several cities in the form of an interactive public performance. Each edition of the event relies on the collaboration of dozens of volunteers from several communities and associations within the city, to create an entirely edible city map: from the monuments to the parks, to the streets and transports.
TEATRO ★ 10 a 19 setembro (exceto 14 e 15) semana e sábado ↣ 21h30 domingo ↣ 18h30
TRUTA Uma Mulher sem Importância de Oscar Wilde
A abertura da temporada 2015‑2016 marca o regresso da companhia lisboeta Truta ao Teatro Maria Matos com a sua nova criação, Uma Mulher sem Importância. A partir da obra de 1892 de Oscar Wilde, a Truta recupera o espírito de crítica social mordaz que a peça originalmente teve para questionar as representações tradicionais do género feminino. 6€ a 12€
a seg uir .. .
classificação etária: a classificar pela CCE
N O V A T E M P O R A D A 2 0 1 5 ‑ 2 0 1 6
BILHETEIRA terça a domingo das 15h às 20h em dias de espetáculo das 15h até 30 minutos após o início do mesmo 24 maio excecionalmente a partir das 14h30 30 e 31 maio excecionalmente a partir das 11h 218 438 801 • bilheteira@teatromariamatos.pt bilheteira online: www.teatromariamatos.pt outros locais de venda: ABEP / CTT / Fnac São Luiz Teatro Municipal / Worten
mm café
terça a sexta ↣ 18h às 02h sábado e domingo ↣ 15h às 02h
DESCONTOS* PREÇO ÚNICO 5€ menores de 30 anos (apenas válido para espetáculos mencionados) DESCONTO 50% portadores do cartão Maria & Luiz, estudantes, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espetáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) DESCONTO 30% grupos de dez ou mais pessoas (com reserva e levantamento antecipado) GRUPOS ESCOLARES mais informação na bilheteira CARTÃO MARIA & LUIZ cartão que garante acesso a desconto de 50% a todos os espetáculos assinalados do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz para maiores de 30 e menores de 65 anos durante 12 meses. Preço 10€. www.mariaeluiz.pt • mariaeluiz@egeac.pt Condições: Válido durante 12 meses a partir do momento da compra. Desconto mediante apresentação do cartão, apenas válido na bilheteira física e online do Teatro Maria Matos e do Teatro São Luiz. Não acumulável com outros descontos e não extensível a espetáculos de preço único, passes e outros selecionados. A utilização do cartão é pessoal e intransmissível. *descontos não acumuláveis
RESERVAS
levantamento prévio obrigatório até 30 minutos antes do espetáculo.
PROGRAMAÇÃO CRIANÇAS & JOVENS FAMÍLIAS ESPETÁCULOS 7€ preço adultos • 3€ preço menores de 13 anos RESERVAS levantamento prévio obrigatório nas 48h após a reserva. não se aceitam reservas nas 48h antes do espetáculo. ESCOLAS ESPETÁCULOS 3€ preço único aluno em contexto escolar professor acompanhante não paga RESERVAS pagamento parcial obrigatório nas 48h após a reserva
COMO CHEGAR?
Avenida Frei Miguel Contreiras, 52 / 1700-213 Lisboa comboio: Roma – Areeiro • metro: Roma autocarros: 727, 735 e 767 bicicletas: Ciclovia e parque de bicicletas junto ao Teatro Maria Matos
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para receber a nossa informação consulte o nosso site www.teatromariamatos.pt
Teatro Maria Matos faz parte das seguintes redes de programação
House on Fire e Create to Connect são redes financiadas por
Teatro Maria Matos nas redes sociais
Parceiros
Apoio à divulgação
PROGRAmmA JUNHO
╓─── ╓─── JUDITH BUTLER ║ ║ ║ ● debate e pensamento ↣ 18h30 ║ ║ ║ ║ ╙ Æ ter 02 ║ ╟Æ ╓─── AKELARRE CYBORG ║ ║ ╟Æ ║ The body as a sound post║ ║ ╟Æ ║ -gender instrument ║ ║ ╙Æ ║ ● workshop ↣ 11h às 17h ║ ╓─── ╙ Æ sáb 06 e dom 07 ║ ║ ╓─── METTE INGVARTSEN ║ ║ ║ ║ 69 Positions ║ ║ ╙Æ ║ ● performance ↣ 21h30 ║ ╓─── ╟ Æ sáb 06 ║ ║ ║ ╙ Æ dom 07 ║ ║ ╓─── KARNART: Hermaphrodita ║ ║ ╙Æ ║ ● teatro ↣ 21h30 ║ ╟ Æ qui 18 ║ ╟ Æ sex 19 ║ ╟ Æ sáb 20 ║ ╟ Æ dom 21 ║ ╟ Æ ter 23 ║ ╙ Æ qua 24 ╓─── Bender-mente no LuxFrágil ║ ║ ● performance e festa ↣ 23h30 ║ ╙ Æ qui 18
MATMOS: Poetics and Practicalities of Electronic Sound/Music ● masterclass ↣ 14h30 às 19h30 qui 25 ╓─── MATMOS ║ ║ ● música ↣ 22h ║ ╙ Æ sex 26 ╓─── ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ║ ╙Æ
JULHO 2015 ALEX CASSAL, FELIPE ROCHA E ALUNOS DA ESTC: Tornados ● teatro qui 02 ↣ 21h30 sex 03 ↣ 21h30 sáb 04 ↣ 21h30 dom 05 ↣ 18h30 AOARLIVRE ● crianças e jovens ↣ 15h às 22h dom 12 COMER LISBOA ● performance comestível ↣ 19h às 22h dom 12