“Nunca encontrareis a poesia se não a tiverdes dentro de vós.” Alex andre Pushkin poeta e romancista russo (1799-1837)
Gelado Amor
O amor pode ser Lindo e colorido Porém quando não correspondido O frio invade O coração
Um frio que tortura Para trazer à mão A gelada verdade da ilusão
Esse frio Que não há cura Até que outro venha à tua Mas até lá Você tem que aguentar Com esse frio imenso Em teu peito
Ana Carolina Bobato de Paula
Casaco de pele
Avistei um grande lobo à frente Em meio a tanta neve Será que ele está com frio? Com aquele grande casaco de pele!
O meu é artificial Continuo com frio Já o dele veste bem Com pelos negros que lhe convêm
Os raios de Sol começam a surgir, Mas a rajada de vento me congela
O Lobo a olhar para mim se despede E leva consigo seu grande casaco de pele Então ele vai embora E se camufla na neve.
Ana Laura Brandão
Frio paralisante
Embaixo da chuva Escorrendo pelo meu rosto Um arrepio incontrolável Sobe por todo meu dorso
Uma sensação diferente Como jamais senti Como se me paralisasse, E não pudesse sair dali
Minha única reação Foi o movimento dos meus braços Envolvendo o meu corpo Como um grande abraço
Enfim saí de lá, Do frio que me estremecia Fui correndo me esconder de uma estranha sensação Que nunca mais queria ter.
Ana Laura Fracaroli
Trabalhando no calor
O sol batia na nuca, esquentou a peruca tirou-a para refrescar logo a careca começou a queimar.
Parou de descansar e voltou a trabalhar após alguns minutos o suor começou a pingar.
O trabalho acabou voltou para casa com um pouco de dor e a cabeça queimada.
Demorou a dormir sentiu um frio na barriga pensou no calor que o esperava no dia seguinte.
Arthur Afférri Fernandes Pinto
Ironia da vida Desidratada Morrendo de sede Desesperada Nada pela frente Daria tudo por um gole de água Um suco Qualquer coisa molhada Andava e andava Metros e quilômetros Mas nada achava Até que um dia Avistou um rio Sorriu, correu e caiu Quando caiu Caiu no rio Não sabia nadar Sabia que iria se afogar Então pensou: Que ironia! Achava que morreria de sede Mal sabia que a água a mataria
Beatriz Martins
O frio
Ainda bem que te encontrei Agora sou mais feliz Igual não tem Me sinto bem Do jeito que sempre quis
Lembro te senti Fiquei louco por ti Esqueci o que vivi
Me dediquei Tanto lutei Para te ter perto de mim
Quantas vezes já falei Vá embora sem querer Quantas vezes eu surtei Tentando achar você
Até pensei não sentir isso por mais ninguém Aí você vem E me faz tão bem
Caio Freire Seabra
Será que a sede o venceu? Ora você não viu? Há de ver uma hora Aquela imensa cachoeira Que aparecerá outrora Ah! Esquece era só uma ilusão Minha sede é tanta Que só vejo escuridão Minha boca secou Igual a banana prata quando verde No meio do deserto estou Um homem inocente Ainda não morri Não sei nem como vim parar aqui Agora só resta esperar Minha morte chegar Nem falar consigo mais Minha língua não se mexe Nem saliva eu produzo Ei! Meus olhos estão se fechan... Assim ele morreu O que será que aconteceu? Acho que enfim A sede o venceu!
Emilly Rabano Fornel
Em Julho
Nem as estrelas apareceram O sol não suou o dia inteiro A lua simbolizou o inverno extremo E eu aqui sentada sem fazer nada Assistindo desenhos até a madrugada
Ninguém tem vontade de fazer nada As ruas ficam vazias Todos estão em casa Nesse belo domingo Comendo uma bela feijoada
Quando a dia chega Até o sol se atrasa Brilha pouco Querendo dizer Pode dormir mais um pouco criançada
Fabilli Fernanda Silva
Frio que aquece
ela adora este frio que conforta diz que sente o passado de volta
enche o peito com satisfação sente que o frio aquece o coração
senta à janela procura em si uma frieza acha, volta a sorrir
já eu não entendo o que ela diz: “é este frio que me aquece o que me faz feliz”
Gabriela Damasio
Lamento dos pássaros Me encolho de escanteio pela janela caminha um furioso vento Ao fundo ouço os pássaros Que perderam o seu sol “por onde andas, ó estrela?”
Estrela macia de luz que conforta Por onde andas já que não me guias? Às vezes aparece com preguiça Na luz do meio dia
Digo aos pássaros para se pôr à espera Espera a neve ir, espera o bom verão Descongela tuas asas Congeladas pelo frio Presas em um pequeno corpo febril
Quem dera ser verão O gelo vem como uma combustão Fecho a janela de frio aço O vento agora implora por companhia Faz birra e bate nas árvores Quem dera ser verão Giovanna Biston Facco
Chegou o calor Nesse dia tão quente Ninguém aguenta de calor Dá para ver que sua na gente Sem no mínimo um tremor. As pessoas que moram na rua Sem ter o que comer Não têm a vida sua E passam a falecer Se você tem piscina Que sorte a sua Não tem essa fascina Quem mora na rua Eles sofrem bastante Enquanto têm seu viver Não vão a um baile de debutante Antes de morrer Você vai a festas Tem banho gelado no calor Imagine ele que está nesta Que no frio e no calor Ficam com odor. Giovanna Mascarenhas
Solidão
E ele estava ali Em pleno labirinto E pelo visto estava Muito muito faminto
Seu nome era João Não estava lá à toa Estava à procura de um pão Para este conseguir sair do chão
Não conseguia se levantar Sua fraqueza estava no ar Mas quando viu o trem passar Deu um salto para não se atrasar
Giulia Paneto
Calor divertido, muitas coisas a fazer
Nós estamos com calor Embaixo desse sol Nos divertindo muito E jogando futebol.
Acabando o jogo, Depois do apito final Nós vamos sair Sem nos despedir
Vamos nos refrescar, Onde é a piscina? Só sei de uma coisa A piscina fica lá em cima
Hoje é dia de festança Que legal, Amanhã é dia de mudança Tchau.
Guilherme Queiroz Barberato
Hora de comer
Minha barriga ronca minha boca está cheia d’água perto do meu estômago, há uma dor que me acanha, quase me devora.
Que vontade de comer não consigo aguentar e lá na geladeira, não tem o que cozinhar. Em pouco tempo minha mãe vai chegar para que eu possa almoçar.
Guilherme de Sá Proença
Frio!
Muito estรก nevando me esquento, apenas tento e eu aqui danรงando, pra ver se me esquento.
Peguei humildes velas, imaginei barcos com velas, o que marinheiros passam, quando navegam.
Apesar de muito frio, eles resistem e se imaginam, no calor de sua casa, junto de sua amada. Gustavo Peres de Vasconcellos
Uma luz apareceu
Em uma sala de reunião Lá estava eu Suando como um cão Pensando e agora então
Não sabia se chorava Ou se rezava O medo era tão grande Que até a estante Me olhava
Então uma ideia me apareceu É como se tudo se esclarecesse E uma luz me dissesse Para que nada temesse
Fui ao banheiro Toda feliz E tudo acabou bem Como eu sempre quis
Isabella Bédia
O dia em que parti
Em uma noite de Natal A neve cai sobre a luz da rua As pessoas se aquecendo E eu com frio aqui na rua
O casaco já não me esquenta mais O frio é insuportável Onde eu quero mesmo estar? Ah! Comendo um peru agradável
O frio caçoa da minha cara Não suporto mais isso Para que viver assim? Se posso tomar chá de sumiço
Quando o dia clarear Eu vou seguir Cansei dessa vida Então apenas irei partir.
Julia Sagawa
Necessidade
Uma menina com fome Delira sentada na calçada Carinha de boneca tirando uma soneca Sonhando que se delicia com uma lichia
Acorda com um homem passando Pensando que seria a salvação de sua fome Com ele vai levando Uma lichia enorme
Sua barriga roncava A fome era tanta A menina já estava perdendo a fé De que voltaria a se alimentar Pobrezinha, nem um centavo tinha
Vai caindo pela calçada E de repente Cai em um “sono” profundo
Letícia Lini Gonzales
Obrigado frio!
Que frio que frio exala pela janela toca o meu corpo e me arrepia com criatividade
Esse frio tem um som terrĂvel e me arrepia em cada toque esse som da agonia, me faz continuar escrevendo para fugir dessa agonia incrĂvel
Esse frio podia ser calor mas ele traz criatividade penso mais rĂĄpido com dor nos dedos
Esse frio e essa agonia me deixa acabar essa poesia com extrema agonia
Marcelo Hun Archer
Dia Frio
Neste dia amargo e frio Logo avistei sentado com frio Bem perto de mim um homem com frio, Junto dele havia um bom cão
Chorando sentado ao chão o cão Por que choras meu bom cão, perguntei Porque aqui estou bem de tudo E outros bem mal
Há agora gente com frio vasto E repleto de emoções porém Frios de amor, vazios de sentir Mas também frios
Hoje eu deito aqui Para aquecer quem me cerca Com seu amor
Maria Teresa Barcelos
O que o frio me fez...
O frio dĂĄ a ela arrepios a faz vestir mais roupas quer sentir calor, no frio esquentar sua alma que almeja sua frieza
Mas existem aqueles aqueles esquecidos que nunca sĂŁo aquecidos passam pelo frio, que os faz tremer que os faz doentes
O frio vem devagar vem como uma raposa querendo atacar e quando ataca, mata mas mata lentamente mata as almas que eram quentes e agora tremem esperando o calor voltar.
Mariana Puccini Corsini
Até a hora da minha morte
Os flocos de neve caíam, O sol querendo aparecer Era tanto frio, pensei que iria vir a falecer
Estava tudo congelado E até pensei que o mundo iria acabar, E o gelo viria a congelar
Se o sol aparecesse, Seria a minha maior sorte De não ter que lidar com minha própria morte
Se a neve continuasse, Saberia que era a minha hora Mas pensando na hora das outras
Sabendo que muitas pessoas sofreram, Não tinha nada a reclamar Pois a minha causa era o gelo.
Marina Cardoso
Fome poética
Fome é algo infinito Sempre estará conosco Podendo estar escondido Ou atormentar
Fome é como amor Os dois precisam ser supridos Ambos podem causar dor Se não forem atendidos
Fome é pior que dor Pois dor pode passar Fome há de sempre atrapalhar
Fome não é algo ruim Fome é apenas um instinto De quando você está faminto
Rafael Perroud Sampaio
O frio que lhe consumia
Em uma casa na beira do rio Vivia Ronaldo tomado pelo frio Frio que o perseguia E ia onde ele ia Frio que tinha pernas Andava andava e nunca se cansava Frio esse que batia na porta da casa
Ronaldo ficou perturbado E disse que de viver com frio Estava cansado Ronaldo tentava e tentava Mas o frio o cercava Ronaldo era um menino forte Que aos passos lentos do frio Caminhava para a morte
Rodrigo Diana Miguel
Gato da escuridão
Sou um homem em farrapos não tenho muitos pratos trabalho noite e dia para sustentar a minha cria
Não tenho do que me alimentar só resta-me esperar tudo que tenho vai para meu filhinho coitado, tem apenas um aninho
Engraxo muitos sapatos até dos homens altos que me dão uma moeda “Desgraçado, preciso comprar moela!”
Pois sou um mulato nato triste como um gato que anda pela escuridão fuçando lixo, procurando pão.
Sofia Ricci
O esquecimento
Deitada na rede eu estava morrendo de sede via à minha frente um copo de água reluzente porém, era só coisa da minha mente
Deitei ao lado da janela Esperando vovô e sua caneca Estava muito cansada Esperei muito pela água
Assim, depois de dois dias Vovô voltou da casa da tia Ao voltar Ele viu que eu já não estava mais lá
Tainá Duarte
Qual será a minha solução?
Uma vida sem energia é uma vida sem cor, sem alegria, sem animação.
Qual será a minha solução? Será a fome a minha solução ou o meu problema?
Esse cheiro de comida me atormenta, se não posso tocar, pra que olhar?
Esse som dos talheres batendo, só me atormenta, não sei para onde ir, não sei para onde olhar.
Acho que minha única solução será esperar, até o meu coração parar de funcionar.
Valentina Stecca
Frio desconhecido
Frio que me persegue Frio que me endurece Frio que me conhece A menina sentada no canto da parede.
Ela parece estar sem movimento O que será que ela sente? Frio e calafrio? Mas o que é isso exatamente?
É uma dor que se encontra no quadril? Ou que percorre todo o corpo? Meus pés estão trêmulos.
Será que ele me atingiu? Acho que sim Pois agora sei o que é o frio.
Victoria Agnelo
REALIZAÇÃO POEMAS Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II
PROFESSORES RESPONSÁVEIS Professoras de Português Silvia Maria De Oliveira Amendola Assis Patrícia Souza da Silva
COORDENAÇÃO Coordenação Geral Maura Maria Morais de Oliveira Bolfer Coordenação do Ensino Fundamental II Flávia Juliana Frasseto Siqueira de Proença Patrícia Carneiro Olmedo
DIAGRAMAÇÃO Equipe de Tecnologia Educacional Coordenação Luciane Pakrauskas Vellozo Auxiliar Camila Mattos dos Santos
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