“Nunca encontrareis a poesia se não a tiverdes dentro de vós.” Alex andre Pushkin poeta e romancista russo (1799-1837)
A sede que nunca morre
Essa sede me consome me corrói por dentro, não consigo nem falar de tanta fome que estou.
Nunca me senti assim parece que nunca acaba estou cansada, não quero nem me levantar.
Os dias passam e ainda estou com sede uma coisa interminável que não vejo a hora de terminar.
Matei essa sede, agora posso viver novamente.
Ana Laura Pereira
Inverno
Quando a noite é fria, O gato mia. Quando está frio, Reclama meu tio. Já eu, tenho calor e frio.
Minha avó faz tricô E diz pro gato “xô” O gato sem teto Fica com o neto Que é meu irmão.
Já eu, amo o frio Gosto de usar blusa E ver filme na TV Pensando em você.
Ana Luiza Ohata
A vida com a fome
Comida é algo para desfrutar Comer e comer sem parar Alguns têm a chance de experimentar Outros têm o desprazer de não experimentar Comer e comer sem parar
Alguns não têm a chance de experimentar Pois não têm nem como amamentar Se tivesse a chance deixá-los-ia Comer e comer sem parar
Eu queria que fosse possível Todos poderem experimentar Eu, graças a Deus, Tenho a chance de Comer e comer sem parar
Enrico Costa
O que sou
Estou em um deserto, incerto de onde estou. Imóvel e estático Acho que é assim que sou.
Nada me abala sou como uma estátua mas de pedra não sou pois sinto calor.
Não queima nem fere, mas me desfere a saber o que sou.
Agora sei, com calor como um cacto com apenas uma flor.
Filippo Ferrari
Entre a vida e a água
Sente-se aflita Deixe que sofra Sente perigo Cadê a sopa?
Procura para beber algo que valha. Tinha que se ver Cadê a batalha?
Abatida Necessita Cadê a bebida?
Quem irá ajudá-la? Entre a vida e a morte Cadê a água?
Gabriel Mattucci Domingues Pereira
Lá na África
Os homens lá na África não têm nada para beber, quando cai uma chuvica todos partem a correr.
Lá na África há muitas brigas eu só não sei o porquê só sei que eles não dão água para o bebê.
Lá na África tem um problema não sei se é pela sede mas todos batem a cabeça na parede.
Lá na África o maior problema é a sede, foi por isso que fiz este poema.
Gabriel Vitor de Souza
Características
Todos os seres têm uma temperatura Não sei qual é a sua Mas alguns têm sensações quentes Outros nem sabem o que sentem.
Porém sou diferente da maioria Não importa qual seja o dia Eu estou com calor friorento Que é causado pelo vento.
Quando sinto um pouco de calor Parece que estou doente Ou pelo menos com dor.
Se a alegria retornar Quer dizer que frio irá voltar E o casaco irei colocar.
Giovana Alves Cabral
Fome ao jantar
Sente-se incomodada E com tamanha fome Já não quer fazer mais nada
Vê uma mesa lotada Sente a vontade daquele sabor E fica desesperada
Come, sacia sua vontade Mata-a tão brutamente Em menos de um minuto já se foi metade
Final do jantar A mesa toda destruída Mas agora a fome tarda a voltar
Giulia Dias
Água seca do leito corrente
Na água seca do leito corrente, me afogo na areia das margens da natureza. Nas águas de areia da nascente, aos grãos áridos da correnteza.
Queria gelo, neve, chuva, pingado, ou orvalho nas flores cheirosas. Gotas molhadas caem do céu nublado da dor transparente e feiosa.
Fiz uma loucura, de medo, sangue por todo lado. A água tinha um machado e o sofrimento tinha acabado.
Numa luz de alívio, o sol chegou com um véu. Com asas e penas caindo uma estrela a mais no céu.
Ingrid Bernecker
Morar no gelo
É como estar imerso na neve Sozinho em um gelado mar Sem saber para onde nadar Ser sozinho é algo frio é algo ruim Ser sozinho é como morar no gelo E morrer queimado A diferença entre morrer no frio ou no calor é morrer sozinho é morrer gelado.
Isabela Felippe
O Sorvete
Na estação do verão Ficar sem ventilador não dá não O calor já queimava Então resolvi sair de casa
Não aguentava mais o tempo Então fui visitar Bento Que era um padeiro
Peguei um sorvete Estava melhor do que eu tinha em mente Ele estava tão bom Que me fez esquecer do calor
Isabela Proença
Sonhos nada perfeitos Esse frio Tão frio, Que gela até a alma, Porém tão lindo.
Essa neve Tão branca, Que purifica até a alma, Porém congela os corações.
Sonhar com a neve Parece perfeito, não? Os telhados e ruas Totalmente brancos, Os carros e casas Cobertos de neve, As pessoas Todas agasalhadas, Os chocolates quentes E café ferventes.
Porém, você já parou Para pensar Nos problemas Que se escondem Atrás dessa camada Tão perfeita De neve?
Isabella Reis
Neve áspera
Lábios brancos, pele clara. Respirando flocos de neve. Pés descalços, chão frio.
Ela está sozinha, Por conta própria. Esperando pela luz que ainda não chegou.
Ela continua sua jornada, no escuro vendendo seu amor para qualquer homem
e eles continuam gritando “as piores coisas da vida são de graça” Mas está muito frio para anjos voarem, Para anjos morrerem.
Isadora Machado Gutierres
Suando
É muito calor para pouca terra, É muito calor para poucos corpos. É tanto calor, Que até os desertos estão mortos.
Não chove e está tão quente, O que acontecerá com a gente? Será que vai esfriar, Ou continuaremos a suar?
Cada dia que passa, Me faz transpirar; E eu não paro de suar, suar, suar...
Passa o tempo, e sem vento. É um eterno sofrimento... Quando isso vai acabar?
Izabel Cristina Dionisio Galvão
Sede na praia
Estava na praia Nadando nas ondas Feito uma arraia Com sede de onça
Parei de nadar E fui direto ao bar Pra me refrescar E me hidratar
O coco acabara E só restara coca Então comprei uma garrafa
Fui para casa Para beber mais uma Garrafa de coca
João Luiz Florio de Barros Monteiro Dias Rocha
Simplesmente Amor Amor...Conhece? Aquele que te dá sede de amor no dia que mal amanhece Que dá sede Daquelas que você mal conhece. O Amor.
Amor... Conhece? Aquele amor de mãe daquele que você bebe da antes conhecida. O Amor.
Amor... Conhece? Aquele amor de pai que tem sede de te ensinar a andar de bicicleta que naquele dia gritou “ai!” mas levantou. O Amor.
Amor... Conhece? Aquele amor de irmão que tem sede de te levar ao chão. mas te ama. O Amor.
João Pedro Gierlich
De fome morria
A jovem passava com fome Fome Com fome passava
A jovem passava a fome n達o
A jovem passava passava fome A fome comia a pouco alegria
A jovem passava A fome aumentava Seu corpo parava Parava...
A jovem passava Passava fome Fome Fome passava
Laena Atadaine
A fome dos bons ricos
Sou guloso de passar fome Já que na minha casa Comida é coisa que não falta Apesar de que adianta
Viver rodeado daquilo Que os outros Precisam muitíssimo mais Do que nós
Ao sentir, tocar, experimentar Disso que acabei de falar Sinto que meu corpo
Além de se desintegrar Fica como o de alguém Que implora por uma migalha de pão
Leonardo Bueno Cattani
Sensação que não tem dó
O frio bate na alma Canta e dança Toc, toc, toc! Iá,iá,iá! Com seus flocos de neve Caindo em minha pele Queria que este frio Saltasse e pulasse fora Assim eu poderia Brincar lá fora No rio Com meu navio Mas será difícil acabar Pois acabou de começar
Letícia Lima de Araújo
A Pior Sensação
Calor para quem sente, eu sinto muito Sensação pior que calor não existe nesse mundo
Calor corre e salta por aí, só descansa quando a brisa da madrugada manda ele sair
Mas quando amanhece, o calor já está de volta e eu volto a desejar que ele vá embora
Mas há cura para todo esse calor? Há sim, sorvete e ar-condicionado, meu amor
Livia Reis
Pele arrepiada
Era desde os meus pés, Passava pelo meu pescoço, Chegava à minha cabeça, Até mesmo o meu rosto Tremia. Era aquela sensação, Ver seus pelos arrepiados, Tentando se aquecer, Com os próprios braços, Tremia. Tentava me levantar, Para poder me movimentar, Mas o frio me impedia, Por ali fiquei, mas ainda, Tremia.
Luana Chaves
Fome acompanha a Morte
Aqui estou eu, faminto como é forte a dor deste momento parece que recebi um grande corte em meu ventre.
Em mim apenas me resta A sensação ardente enquanto espero uma fresta para o fim de minha dor.
Meu penar e agonia chegam ao fim agora sinto frio nada me resta além do vazio.
Lucas Bittar de Morais
O menino com fome
Um menino com fome meio cambaleante ele andava um menino sem nome um pobre menino de rua.
Sem pai, sem m達e, a rua era sua casa ele pouco comia por isso tinha fome.
N達o ria ou brincava, pouco sorria ele estava com fome o pobre menino sem nome.
Lucas Lopes
Fonte de calor
Cada um tem seu calor Que aquece Que traz amor Quando esquecido escurece
Todos temos uma fonte Que nos produz calor Então, se puder aponte Onde está sua fonte
Deixe-me ajudá-lo Lado esquerdo do peito Ao tocá-lo Ouvirá direito
Tum-tum, Tum-tum
Descobriu enfim? Quem é o autor? Eu digo sim
Sua fonte de calor é a de amor.
Lucas Vieira Menezes
Não pediu para entrar
O inverno que me congela Acabou de chegar Olho pela janela Crianças a brincar Com seus gorros e luvas Que esquentam de montão E que são necessários Afinal, Já não é mais verão
O inverno que me congela Acabou de chegar Assim como As formigas em meu lar, O frio não pediu para entrar
Maria Eduarda Garcia
A Agonia Da Sede
Estava aqui sentado Quando me deu vontade d’água Pulei mais alto que a lua pra Me buscar um copo d’ água
Andei o quê, mais de ano pra Chegar na tal cozinha Abri a geladeira Mas ela tava toda Cheia de nada e vazia de tudo
Foi aí que começou minha agonia Andei tudo minha casa Saí de dentro de casa Correndo e agoniando
Será, meu Deus, que não Tem copo d’água nesse Nordeste?
Maria Eduarda Monteiro Palone
Almoço é Alegria
E quando a tarde se aproxima E vai passando do meio-dia Passa num piscar de olhos E a sensação aparece
Essa sensação é ruim Mas não ruim de verdade Porque nunca saberemos o que é fome Se comparada com a da África
Não é possível explicar Fica um vazio em nosso interior Mas é vazio de comida E não fome de amor
E o almoço Finalmente se aproxima Primeiro vem o cheirinho E depois o sabor da alegria
Maria Fernanda Fiorenzo
Fome de quê?
Buraco profundo Fora do normal Coisa de outro mundo Simplesmente irracional
Um vazio aqui dentro Dor inigualável Que horrível sentimento Essa fome inacabável
Fome de pavê? Purê? Patê? Você tem fome de quê? Eu tenho fome de quê?
Fome de verdade Fome de calor Fome de amizade Eu tenho é fome de amor
Maria Luiza Camargo
A princesa da rua
A menina de rua Sempre pedia dinheiro Pois tinha fome e Não tinha casa
Sua mãe havia falecido E seu pai sumido Foi abandonada E nunca mais amada
Até que sua vida mudou Um homem bom A levou do “inferno” E a levou para um castelo
Adotou a pequena E cuidou como sua filha Nunca mais sentiria fome Já que seu pai cuidaria dela
A menina cresceu E entendeu Que sem passar fome Sua vida mudaria. Mariana Yukari Shimao Dantas
Arrependimento
Um homem com fome Anda pelas ruas Procurando o que comer
De tanto andar A fome começou a aumentar
Então O homem se passa por ladrão Para tentar Sua fome saciar
Entra na venda do seu Tadeu E pega o que não é seu
Depois de ter se alimentado O homem se sentia culpado
Não mais faminto Porém arrependido
Matheus Zocca
Mulher e calor
Mulher com calor É tudo igual. Uma hora tem pavor, Outra hora é desigual.
Não há nada que faça passar, Você até pode tentar.
Mas sempre o sol aparece E queima a nossa pele.
Minha mulher é assim, sempre reclama. Mas eu sou o marido Que atura tudo isso.
Tenho vários amigos Que passam por isso. Por isso eu digo, Nunca esqueça o fone de ouvido.
Nicole Hingst
Pequena Sonhadora
Era apenas uma garotinha Tímida, mas vívida Tinha o próprio mundinho Vivia meio sozinha
Tiraram ela de lá Caia na realidade, menina Essa é a vida real, menina Você não cansa de sonhar
Pobrezinha, perdeu tudo que tinha Ficou tão fria quanto a neve lá fora Viveu num profundo inverno Viveu num profundo inferno
Tão fria por dentro Tão fria por fora O inverno já havia ficado rigoroso Menina, bem-vinda ao mundo real
Raíssa Bornia Borges
A fome na África
A fome na África é bem grande Onde a fome de uma criança Tem tamanho de um elefante.
Aquelas crianças pequenas, magrelas, novinhas e sem comer Já parou para pensar? Como isso deve ser?
Com tamanhas variedades... Comida chinesa, japonesa, tailandesa... Enquanto aquelas crianças não têm uma cereja
Espero que um dia isso possa mudar Espero pessoas que possam ajudar E que façam a fome dessas crianças passar.
Vitória Maria Camargo Fernandes
REALIZAÇÃO POEMAS Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II
PROFESSORES RESPONSÁVEIS Professoras de Português Silvia Maria De Oliveira Amendola Assis Patrícia Souza da Silva
COORDENAÇÃO Coordenação Geral Maura Maria Morais de Oliveira Bolfer Coordenação do Ensino Fundamental II Flávia Juliana Frasseto Siqueira de Proença Patrícia Carneiro Olmedo
DIAGRAMAÇÃO Equipe de Tecnologia Educacional Coordenação Luciane Pakrauskas Vellozo Auxiliar Camila Mattos dos Santos
GRANDES HISTÓRIAS COMEÇAM AQUI. www.colegiouirapuru.com.br