Roberto Caiafa
Sumário
18 Esquadrão Poker
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O paradoxo da BID Base Industrial de Defesa e Segurança
América do Sul 27 Especial Caças e helicópteros
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VF-1 Voando com os Falcões Navais
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O futuro das forças blindadas do Exército Brasileiro
| REGISTRO |
Torpedos F21 para a Marinha do Brasil Naval Group
Guilherme Wiltgen
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Fotos do autor
CARACTERÍSTICAS E INTELIGÊNCIA O F21 tem um diâmetro padrão OTAN (533 mm), um comprimento de seis metros e pesa 1.550 kg. Sua velocidade é superior a 50 nós e possui alcance de mais de 50 km (27 milhas náuticas), ou até 1 hora. Sua profundidade de ataque operacional está entre 33 pés (10 m) e 1.630 pés (500 metros), sendo inicialmente guiado por fio e, na sequência, utiliza o retorno acústico. Seu motor elétrico é acionado por uma bateria de óxido de prata de alumínio (AgO-Al). O back-end do torpedo é fornecido pela Atlas Elektronik, isso permitiu que os engenheiros franceses da DGA (Direction générale de l’armement) e do Naval Group concentrassem todos os seus esforços na fase de pesquisa e desenvolvimento da inteligência, orientação e recursos de rastreamento do F21. Equipado com um “conjunto de sonar” completo e um avançado sistema de missão, aliado a uma capacidade de computação extremamente alta, permitindo sinal complexo combinado em tempo real e processamento de dados, mantém uma imagem tática clara, mesmo nas áreas costeiras mais confinadas e contra os mais sofisticados sistemas de defesa de torpedos, qualquer que seja a sequência operacional
Cerimônia de entrega dos seis primeiro torpedos pesados F21 para a Marinha Francesa, em novembro de 2019, na fábrica de torpedos do Naval Group, em St Tropez Naval Group
elecionado como o torpedo pesado que irá equipar os novos submarinos da Marinha do Brasil (MB), o Naval Group realizou entrega do primeiro lote do F21 brasileiro em janeiro deste ano. Um lote inicial de seis torpedos também foi entregue à Marinha Francesa (Marine Nationale) em novembro de 2019. No caso brasileiro, o número exato de torpedos não foi divulgado. O Brasil é o primeiro cliente de exportação do F21, que será empregado a bordo dos novos submarinos da Classe Riachuelo, do tipo Scorpéne, também de fabricação do Naval Group, através da Itaguaí Construções Navais (ICN). De acordo com o Naval Group, o F21 apresenta desempenhos excepcionais, cumprindo os rigorosos requisitos da Marinha Francesa, tais como modo autoguiado avançado, capacidade de operar em águas rasas e/ou confinadas, resistência a contramedidas de última geração e em conformidade com as normas de segurança de submarinos nucleares. Graças à sua inteligência, alcance e poder de fogo, o F21 vai oferecer à MB uma vantagem tática incomparável, aumentando o espectro de cenários operacionais.
Modelo do torpedo F21 em exposição durante a Euronaval
Tubos de torpedo 1, 3 e 5 na seção de proa do submarino Riachuelo (busca, perseguição ou ataque). O F21 se beneficia de um alto nível de discriminação, identificação, ACCM (Acoustic Counter-Counter-Measures) e homing. O F21 está programado para substituir o F17 na Marinha Francesa, e será empregado a bordo dos SSBN da Classe Le Triomphant, do novo SSN da Classe Suffren (Programa Barracuda) e no futuro SSBN francês, conhecido como SNLE 3G.
Os atuais SSN da Classe Rubis também deverão ser armados com o novo torpedo, já que um submarino dessa Classe foi utilizado para realizar os testes de validação e qualificação do F21 nos últimos anos. O requisito inicial da Marinha Francesa é para 93 torpedos pesados F21, que serão conhecidos como “Artémis”. TECNOLOGIA & DEFESA 11
| ATUALIDADES |
Em contagem
regressiva
A chegada da primeira aeronave, a campanha de ensaios em voo, o início da produção de peças estruturais no País e a continuação dos acordos de transferência de tecnologia são alguns dos temas mais importantes do Saab Gri pen E/F no âmbito do programa F-X2 para o ano de 2020 João Paulo Moralez
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Fotos: Saab
programa binacional entre o Brasil e a Suécia tem avançado com importantes marcos no desenvolvimento do caça multimissão Gripen E/F da Saab. O mais recente foi alcançado em 10 de setembro de 2019, quando o primeiro exemplar da Força Aérea Brasileira (FAB) foi apresentado nas instalações da Saab, em Linköping, na Suécia. Sendo o quarto avião do programa a decolar, num voo inaugural conduzido em 26 de agosto de 2019, o Gripen E de matrícula 4100 (designado 6001 pela fabricante), está desde então na campanha de certificação que inclui a expansão do envelope de voo, os testes dos sistemas específicos da variante brasileira, de sistemas táticos e de armamentos e do sistema de controle de voo. Ao todo, a aeronave brasileira deve fazer aproximadamente 50 horas de voo na Suécia, antes de partir com destino à Gavião Peixoto, interior paulista, na Embraer, onde deve continuar os testes a partir do último trimestre de 2020. Mas até lá, há muito trabalho pela frente.
ENSAIOS EM VOO A Saab já iniciou a transferência de tecnologia relacionada aos ensaios em voo para a Embraer e para a FAB através do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) em Linköping. Em Gavião Peixoto, no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN), estará instalado no final de 2020 o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (Gripen Flight Test Centre – GFTC) que será capaz de receber, em tempo real, as informações criptografadas de telemetria proveniente dos voos, com-
partilhando os dados obtidos entre a Embraer e a Saab para posterior análise, uma vez que esse material é fundamental para a campanha de ensaios em voo como um todo. Um time de aproximadamente 20 funcionários da fabricante sueca se dedica a padronizar os procedimentos buscando a máxima eficiência e sinergia no compartilhamento dessas informações com os parceiros brasileiros. A campanha de ensaios em voo, assim com a produção do Gripen E/F, será feita tanto na Suécia, como no Brasil. É previsto que a campanha de ensaios em voo das duas variantes no Brasil possa chegar a cerca de 900 voos.
SAAB AERONÁUTICA MONTAGENS Para meados de 2020 também está previsto o início da fabricação dos componentes estruturais na Saab Aeronáutica Montagens (SAM) em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. A instalação da fábrica teve início em 2018 e produzirá o cone de cauda, os freios aerodinâmicos, o caixão das asas, a fuselagem dianteira do Gripen E e do Gripen F e a fuselagem traseira. Ao todo, aproximadamente 60 funcionários trabalharão na SAM, sendo a maior parte treinada na Suécia por períodos que variam de 12 a 24 meses dependendo da área de atuação do profissional. Em janeiro, o grupo formado por engenheiros e montadores da SAM, entregou, a primeira fuselagem traseira de produção seriada do Gripen E sueco, como parte do programa do treinamento prático (on-the-job) em Linköping. Os brasileiros que estão aprendendo e trabalhando na produção da fuselagem traseira do caça serão os mesmos que darão início à produção de aeroestruturas quando retornarem ao Brasil, na SAM, com o suporte dos especialistas suecos.
Em Linköping, a primeira fuselagem traseira de produção seriada do Gripen E sueco produzida com a participação de engenheiros e montadores da Saab Aeronáutica Montagens foi entregue em janeiro passado TECNOLOGIA & DEFESA 15
Entre la necesidad y el presupuesto La aviación de caza latinoamericana se encuentra desde hace años en la encrucijada entre lo que las fuerzas necesitan y lo que los gobiernos pueden pagar. Mientras algunos logran cierto reequi pamiento, otros no tienen opción más que abandonar sus aspiraciones 28 TECNOLOGIA & DEFESA
H
asta fines del siglo pasado, la aviación de combate latinoamericana se encontraba con cierto nivel de equilibrio en cuanto al equipamiento y capacidades de la mayoría de las fuerzas, mientras que muchas de ellas se aprestaban a una necesaria modernización, reemplazando aeronaves incorporadas, en su mayoría, en los años 70, como
las de la familia Mirage, los F-5, A-4 y otros modelos. Sin embargo, en la mayoría de los casos esta renovación no fue posible y en otros no fue en la medida en la que deseaban las fuerzas. Algunos optaron por la modernización y otros debieron resignarse a mantener lo que tenían hasta que esos equipos fueran dejando el servicio. Otras fuerzas aún esperan poder convencer al
sector político para que les asigne el presupuesto necesario para la compra de nuevo material. Las fuerzas más pequeñas, que en el pasado intentaron mantener una flota pequeña de aviones de combate, hoy apuntan a tener aunque sea el remanente de viejos aviones como los Cessna A-37 o sino algunos turbohélices para control del espacio aéreo, pero sin real capacidad de caza.
ARGENTINA El país que llegó a tener la mayor fuerza de aviación de caza de la región ha debido sufrir desde 1983 las malas políticas internas y una constante presión británica para impedir cualquier reequipamiento de sus Fuerzas Armadas. A esto se han sumado recurrentes crisis económicas en 1989, 2001 y desde 2011 hasta la actualidad, que han servido de justificativo al sector político para frenar cualquier compra de equipamiento. Esto afecta especialmente a la aviación de caza, que no ha logrado el reemplazo a la flota de aviones Mirage, retirados del servicio a fines de 2015, ni de los A-4AR Fightinghawk, de los que apenas queda un puñado operativos, sobre una dotación de 32 aeronaves. Tras analizarse una amplia serie de propuestas por equipos usados, como Mirage F.1, IAI Kfir y Mirage 2000, además de equipos nuevos como los chino-paquistaníes Chengdu FC-1/ JF-17 y el Leonardo M346FA, en 2019 finalmente se optó por el coreano KAI FA-50, negociándose un lote de entre 8 y 12 unidades para reemplazar en un primer paso a los A-4AR Figthinghawk. Sin embargo, el gobierno del presidente Mauricio Macri, a pesar de tener el contrato listo para la firma, por unos 600 millones de dólares, prefirió dejar la firma para luego de las elecciones presidenciales y, tras perderlas, dejó el tema para el nuevo gobierno, el cual no ha retomado el tema. En la actual coyuntura económica y política del país es muy poco probable que haya algún tipo de avance en el corto plazo. Por su lado, el Comando de Aviación Naval Argentina avanza lentamente en la puesta en servicio de los cinco Super Etendard Modernizé comprados en 2018 y recibidos en 2019, esperándose que vuelvan a volar en 2020. TECNOLOGIA & DEFESA 29 79 75
Alessandro Cunha, via Adriano Santiago Garcia
| EXÉRCITO BRASILEIRO |
Exército:
O futuro das forças blindadas Dada a importância estratégica que o Exército Brasileiro (EB) tem dado às suas unidades blindadas e mecanizadas, princi palmente após os programas Leopard 1A5 BR e Guarani, que ajudaram a recuperar sua capacidade operacional, a Força pensa no futuro e busca soluções para as próximas décadas Paulo Roberto Bastos Jr.
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cujo objetivo era apresentar soluções para o curto, médio e longo prazos, alinhadas com as diretrizes de modernização da Força, que atendessem suas demandas e adaptadas à realidade nacional. Esse GT proporcionou o diálogo entre engenheiros militares, operadores e mecânicos do Estado-Maior do Exército (EME), Comando de Operações Terrestres (CoTer), Comando Logístico (CoLog), Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), Departamento de Engenharia de Construção (DEC), Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica (CComGEX), Centro de Instrução de Blindados (CIBld) e base industrial de defesa, de forma a traçar coerente formulação conceitual, que gerou a produção dos Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais (RTLI) e a revisão das Condicionantes Doutrinárias e Operacionais (CONDOP) e dos Requisitos Operacionais (RO) das viatura blindada de reconhecimento média sobre rodas (VBR-MSR); viatura blindada multitarefa de reconhecimento (VBMT Rec); viatura blindada de combate anticarro média sobre rodas (VBCAC-MSR); viatura blindada de combate carro de combate
(VBC CC); viatura blindada de combate carro de combate corrente (VBC CC corrente); e viatura blindada de combate de fuzileiros (VBC Fuz), cujos RO e RTLI foram apresentados em fevereiro/março de 2020, pelo EME.
NO CURTO PRAZO Dada as exigências imediatas dentro do GT NOVA COURAÇA, existem planos para a modernização de dois importantes vetores, para que continuem desempenhando um papel de destaque, mantendo as tropas preparadas e iniciando, em alguns casos, a implantação uma doutrina e de tecnologias que servirão de base para a próxima geração. São eles a VBR EE-9 Cascavel e a VBC CC Leopard 1A5 BR. Quanto ao Cascavel, o EME apresentou os RO (EB20-RO-04.013) e RTLI (EB20-RTLI-04.001) da viatura blindada de reconhecimento média sobre rodas 6X6, que basicamente é um conjunto de normativas para uma modernização, aumentando sua vida útil e transformando-a em uma viatura mais eficiente, com melhoras na mobilidade e capacidade combati-
12º Esqd CMec
m 2017, o Exército dos Estados Unidos (US Army) iniciou os estudos para sua próxima geração de veículos de combate, criando o programa Next Generation Combat Vehicle (NGCV), que visava implantar veículos de combates mais leves e ágeis, priorizando a mobilidade, e mais automatizados e integrados, dentro do conceito de guerra centrada em redes (NCW) mas, ao mesmo tempo, mais simples, factíveis e de custo menor que os estudos anteriores, como o Future Combat Systems (FCS) e Ground Combat Vehicle (GCV), cujos objetivos eram muito mais ambiciosos. Esse tipo de iniciativa acabou mostrando uma tendência que se refletiu em diversos países do mundo, devido ao aumento da necessidade de mobilidade nos conflitos atuais, a qual era em muito dificultada pelo peso cada vez maior dos blindados. Com isso, surgiram outras, como o Au Contact, francês, e o Exército Brasileiro (EB) não podia ignora-las. Nesse viés, em 2019, o Alto-Comando do EB determinou a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, chamado GT NOVA COURAÇA,
A VBR EE-9 Cascavel está para ter uma nova sobrevida, caso seja modernizada
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Voando com os Kaiser Konrad
Falcões
Agilidade do Skyhawk é uma das suas várias características positivas. O cockpit do AF-1C permite boa visibilidade
uma missão simulada acompanhada por Tecnologia & Defesa, uma aeronave KC-2 Turbo Trader que estava na função de Posto Diretor Aerotático no Ar (PDATAR), enviou ao Comando de Operações Navais informações sobre uma embarcação militar que havia adentrado aos limites da Amazônia Azul, e cujas intenções eram notadamente hostis. Ao serem acionados, os tripulantes do VF-1 rapidamente iniciam o planejamento da missão. No “briefing” de voo os pilotos discutiram todos os aspectos relativos à missão, como manobras, altitude, formação e tática. Os procedimentos de emergência, há muito tempo massificados são novamente repassados. Segundo as informações coletadas pelo PDATAR, o navio-alvo, embora fosse de inteligência, poderia estar armado com mísseis e metralhadoras antiaéreas. Para deixar a situação mais complexa, ele era escoltado por duas fragatas. A ordem era atacar. Nos hangaretes situados na cabeceira da pista os militares abasteceram duas aeronaves e instalam “pods” com bombas sob as asas. O A-4 é um avião robusto e pode carregar o seu peso em armas de vários tipos. Pilotos e jornalista dirigem-se à sala de equipagens de voo. Todos vestem o macacão especial, traje anti-G e colete salva-vidas. Pegam seus capacetes modelo HGU-68P homologado para ejeção a Mach 1.1, superior aos utilizados pela Força Aérea Brasileira, e vão para os aviões já prontos, armados com mísseis AIM-9H Sidewinder e três bombas Mk.82 em cada aeronave.
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O cockpit do Skyhawk é mais espaçoso e confortável do que se pode imaginar. Pilotos e pessoal de pista fazem o check final. Com o canopi semiaberto foi iniciado o taxi. O fiel olha para o piloto, faz sinal de “OK” e presta continência. Neste momento o assento ejetor é destravado acionando uma alavanca situada atrás da cabeça do piloto. O canopí é fechado e o oxigênio liberado na máscara. Na cabeceira da pista, os dois aviões dão potência no J52-P-408A (o mesmo do EA-6 Prowler) e correm por 1.700 metros de pista até decolar. Voando sobre o litoral fluminense os Falcões passam a ser acompanhados por Thor, o operador da defesa aérea, em Brasília (DF). A partir do litoral, ao se traçar um círculo do tamanho do menor raio de ação em configuração de combate, é possível constatar que o alcance dos vetores navais engloba toda a Amazônia Azul. Embora não seja possível citar exatamente o alcance, os AF-1 realizam periodicamente deslocamentos de cerca de 1.000 milhas náuticas (1.852km) entre São Pedro d’Aldeia e as bases de apoio no litoral. O A-4 é ideal para cumprir missões a longa distância. Sua autonomia varia com a altitude e o regime de potência empregado, mas com a capacidade máxima do biposto utilizando três tanques externos (10.300 lbs), é possível se manter até quatro horas de voo em altitude. Mais de 20 minutos se passaram desde a decolagem e as duas aeronaves já se preparam para efetuar o ataque, sendo
sempre atualizadas da posição do alvo pelo KC-2 Turbo Trader. A formação de ataque a navios deve ser próxima o suficiente para evitar múltiplas detecções e, afastada o suficiente, para evitar várias aeronaves batidas por um único fogo inimigo, sendo sempre à baixa altitude para dificultar ou retardar a detecção radar e o acionamento dos meios de defesa antiaérea. Durante a fase final, os aviões se afastam cerca de 20 milhas do alvo, curvam à direita fazendo uma “gota d`água” e descem a 150 pés com velocidade máxima, quando a perícia e o treinamento das tripulações são essenciais para evitar o choque com a água. Neste momento “fecham” sobre o alvo com uma formatura chamada “penetração rasante”, que garante separação e mobilidade à formação. Segundos depois, já a 14 milhas (26km) de distância e tendo a silhueta do navio no visual, o líder comanda uma abertura de 30 graus do eixo de ataque durante 45 segundos, quando se torna possível identificar o alvo para ajustes finais, conferir seleções do painel de armamento e colocar a “master switch” na posição “on”, ou seja, tirar o armamento de segurança e alimentá-lo. A partir desse momento o acionamento do botão irá efetivamente lançar as bombas sobre o inimigo. Esse procedimento permite o ataque defasado de eixos e tempos (20 segundos), evitando que uma das aeronaves atacantes entre no envelope de fragmentação das bombas lançadas pela anterior. Depois de lançado o armamento, fazendo uso do modo ar-mar do radar embarcado foi possível obter a localização da Força Naval oponente e passar o quadro tático para os navios da Esquadra Brasileira, que já se encontravam nas proximidades. A soberania sobre as águas territoriais brasileiras estava mais uma vez assegurada. Kaiser Konrad
O jornalista Kaiser Konrad, depois de regressar de uma missão operacional com duas aeronaves, um AF-1B e um AF-1C
Ao todo serão dois AF-1C a serem recebidos pelo VF-1. Este possui o novo esquema de pintura, mas ainda em alta visibilidade
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