A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO ANO XIX Nº 96 • VOL. II 2016 • ISSN 1678-0965
FESPA 2016 Drupa 2016 Tendências e lançamentos da grande vitrine feira do setor gráfico
R E V I S TA T E C N O L O G I A G R Á F I C A 9 6
Gestão Dicas para manter sua equipe motivada
Entrevista Ricardo Pi, da Durst, fala da evolução da impressão digital de grandes formatos
Qualidade do público é elogiada pelos expositores
CURSOS DE
PÓS-GRADUAÇÃO INSCRIÇÕES 2016 ABERTAS
acesse: grafica.sp.senai.br o u l i g u e : 11 2797-6333 GESTÃO INOVADORA DA EMPRESA GRÁFICA DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS GESTÃO AVANÇADA DE PRODUÇÃO PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE MÍDIA IMPRESSA GESTÃO DE PROJETOS DE EMBALAGEM
email: posgrafica114@sp.senai.br
facebook.com/senaigrafica Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica Rua Bresser, 2315 - Mooca - São Paulo - SP - 03162-030
Volume I – 2016 Publicação da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 http://grafica.sp.senai.br Presidente da ABTG: Claudio Baronni Diretor da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Claudio Baronni, Enéias Nunes da Silva, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Rodrigo de Faria e Silva, Simone Ferrarese e Tânia Galluzzi Elaboração: Gramani Editora estudiocg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 editoracg@gmail.com Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Projeto Gráfico e Arte da Capa: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão: Escola Senai Theobaldo De Nigris Laminação Brilho e Hot Stamping (fitas Crown do Brasil): Lamimax Acabamento: Abril Assinaturas: 1 ano (4 edições), R$ 40,00; 2 anos (8 edições), R$ 72,00 Tel. (11) 3159.3010 E-mail: editoracg@gmail.com
Apoio
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Informação acima de tudo
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este novo número de nossa revista, entre outros temas interessantes, destacam-se assuntos voltados a feiras: Fespa/ExpoPrint Digital e Drupa. As duas primeiras ocorreram em São Paulo e a segunda será realizada no final de maio em Düsseldorf (Alemanha). E aqui alguém pode levantar a questão: por que devo frequentar uma feira num momento de crise como o que vivemos? A indústria de comunicação gráfica passa por um período de profunda transformação pelo surgimento de outras mídias que impactam a disputa pela forma de chegar aos seus diversos clientes. Não bastasse isso, todo o mercado brasileiro, em qualquer área de atividade, está lutando contra um dos maiores encolhimentos da história da economia nacional. Repito: por que, então, feiras? Inicialmente, levemos em conta que uma feira, em qualquer cenário, não é solução; é ferramenta de apoio a tomada de decisão quanto à estratégia de sua empresa. Longe de ser um local que existe somente para a compra de novos equipamentos, uma feira concentra a melhor informação sobre os mercados que abrange. Circulam pelos estandes os melhores profissionais, que podem servir de ajuda às suas necessidades, sejam elas quais forem. Feira dita tendência, e não podemos ficar surdos a isso se quisermos ter conhecimento de todas as variáveis para tornar nossa empresa diferenciada com relação à concorrência (ponto crucial para sobrevivência atualmente). Numa feira podemos buscar um norte para várias de nossas dúvidas. Como fazer melhor o que faço hoje (processo diferente, menos desperdício, mais qualidade, menor tempo de processamento)? Como agregar mais valor ao produto que fabrico? O que não faço hoje e poderia fazer com mínimo custo de adaptação, oferecendo mais alternativas aos meus clientes? Impressão tradicional, digital ou ambas? Matérias-primas diferentes? Devo ampliar o treinamento de meus colaboradores? Como tomar melhores decisões sobre custos? Estou calculando os preços corretamente? Como incorporo novos canais de comunicação, incluindo as redes sociais, para melhor atender meus clientes? Porém, se o seu caso envolve também a compra de equipamento, esteja absolutamente seguro da necessidade de participar das feiras. Não deixe nenhum detalhe sem resposta. Preciso realmente de um novo sistema? Qual a melhor tecnologia? Que segmento de mercado atacar? Há demanda? Tenho mão de obra treinada? Tenho fonte de matéria-prima para tal processo? Esgotei o estudo de custo/benefício? Importo ou compro de um fornecedor nacional? Devo entrar em um financiamento? Substituo a solução que já tenho ou agrego um nova máquina? Se depois de tanta provocação você continuar não vendo motivos para visitar uma feira, fico tranquilo por fazê-lo refletir e chegar a uma situação que, sem dúvida, é a melhor para você. Pelo menos, não deixe de consultar as notícias que se seguem às feiras. Poderá haver indicações importantes para você. Além dos assuntos voltados às feiras, não perca os demais artigos desta nossa nova edição. Boa leitura a todos.
Claudio Baronni
Diretor presidente da ABTG VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Sumário
ESPECIAL
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DRUPA
Ricardo Pi, diretor da Durst, fala sobre tecnologia e como realizar uma compra consciente ENTREVISTA
Os caminhos da Xaar
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PSD, padrão Fogra para impressão digital
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Spindrift
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Gestão de resíduos na Theobaldo De Nigris
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Acabamento
Normalização
A linotipo e a reprodução fotográfica
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Os rumos do jornal impresso
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Notícias Produtos Cursos
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Gestão Ambiental
Motivação organizacional
A REVIST A TÉCNIC
A DO SETOR ANO XIX Nº GRÁFIC O 96 • VOL. II 2016 • ISSN 1678-09 65
BRASIL EIRO
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Gestão
Drupa 2016
96
Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGB Photo Library
Tendências e lançamentos da grande vitrine do setor gráficofeira
GIA GRÁ FICA
Origens
Produção Gráfica
Cuidado no uso dos adesivos
TECNOLO
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Indústria 4.0 e a rede digital
R E V I S TA
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Fespa 2016/ExpoPrint Digital apresenta novidades em grandes formatos e impressão digital
Gestão
Dicas para mante sua equipe motivar da
Entrevista
Ricardo Pi, da fala da evoluç Durst, ão impressão digitalda grandes format de os
FESP 2016 A
Qualidade do é elogiada pelopúblico expositores s
FAÇA SUA PARTE POR UMA INDÚSTRIA GRÁFICA AINDA MAIS SUSTENTÁVEL. EXIJA CHAPAS PARA IMPRESSÃO OFFSET COM O SELO DE
OURO
QUALIDADE AMBIENTAL.
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Qualidade AMBIENTAL
Para valorizar o uso de novas tecnologias que permitem a fabricação de chapas com menor impacto ambiental, a ABTG Certificadora criou o selo “Qualidade Ambiental - Chapa para Impressão Offset”. Contando com fornecedores comprometidos com o meio ambiente, as gráficas podem fazer ainda mais pelo desenvolvimento de uma indústria mais sustentável.
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NOTÍCIAS
Faculdade Senai abre pós-graduação em gestão de projetos de embalagem
L Comunidade ibérica discute design e artes gráficas
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ntre os dias 26 e 28 de outubro vai ocorrer em Barcelona, na Espanha, a quarta edição da Conferência Internacional em Design e Artes Gráficas (Cidag). Bienal, organizada pelo Instituto Superior de Educação e Ciências (Isec), pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e pela Escola Salesians de Sarrià, de Barcelona, onde será realizada neste ano, a conferência terá como tema Comunicação Gráfica – Meeting Points. O encontro contará com a presença de alguns dos mais reputados especialistas de universidades e institutos de pesquisa e desenvolvimento, que atuam em áreas associadas ao design e à produção gráfica, que têm demonstrado ser de grande importância para uma comunicação global na atualidade. Entre os palestrantes está Bruno Mortara, superintendente do ONS27, diretor técnico da ABTG Certificadora e professor de pós-graduação da Faculdade Senai de Artes Gráficas.
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VOL. I 2016
Nas três edições anteriores, realizadas em Portugal, a Cidag reuniu cerca de 250 profissionais, reforçando o papel das entidades organizadoras na formação do design e da tecnologia gráfica do país lusitano. O programa científico de 2016 está organizado em quatro áreas: design e comunicação (tipografia, design gráfico, design de embalagem, design para sustentabilidade, design inclusivo e design editorial); produção gráfica e multimídia (normalização, materiais e tecnologias, usabilidade e ergonomia, interatividade e mídias digitais); inovação educacional (interdisciplinaridade, reformas educacionais e curriculares, meto dolo gias e tecnolo gias educacionais); e indústria e universidade (negócios, relação com cliente, produtos e serviços). As inscrições seguem até 15 de setembro. Mais informações no site www.cidag.com.pt.
ançado em fevereiro deste ano, o curso de pós-graduação em Gestão de Projetos de Embalagem, fruto de uma parceria entre a Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), é o primeiro de uma sequência de três programas que deverão, no decorrer dos próximos anos, cobrir as demandas por especialização do mercado. A temática do curso vem atraindo profissionais das mais diversas áreas da cadeia produtiva de embalagens interessados em se atualizar e adquirir novas competências de gestão de projetos inovadores de embalagem. “A diversidade do grupo tem provocado uma dinâmica bastante enriquecedora durante as aulas, privilegiando a troca de experiências e a construção de um interessante networking entre os participantes”, afirma Simone Ferrarese, coordenadora geral dos cursos de pós-graduação. Além da infraestrutura da Escola Senai Theobaldo De Nigris, os alunos ainda contam com um corpo docente espe cializado e com o que existe de mais atual no segmento por meio do apoio institucional da Abre. Como se trata de um curso modular, alunos continuam a ser recebidos a cada início de nova sequência da grade curricular. Os interessados em se juntar ao grupo passam por um processo seletivo composto por análise de currículo e entrevista.
Período: aulas aos sábados, das 9h às 16h Investimento: 18 parcelas de R$ 590,00 Inscrições: posgrafica114@sp.senai.br Mais informações: grafica.sp.senai.br Tel: (11) 2797 6333
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Theobaldo De Nigris amplia grade de cursos livres
Senai desenvolveu novos cursos nas á reas de pré- impressão, pós-impressão e conservação e restauro. Os cursos começaram a ser ofertados neste ano e estão com turmas abertas para matrículas. Pré-impressão
Ligthroom Edição de arquivos PDF-X com PitStop ◆◆ Fotografia ◆◆ ◆◆
Pós-impressão
EngView ArtiosCad ◆◆ Operador de máquina de costura para encadernação de livros ◆◆ ◆◆
Conservação e Restauro
Recuperação de materiais encadernados Conservação de papel vegetal ◆◆ Resgate de acervos gráficos em sinistros com água ◆◆ ◆◆
Inscrições e informações: 11 2797.6333 senaigrafica@sp.senai.br grafica.sp.senai.br
Curso de pós-graduação em produção gráfica completa 10 anos
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curso de pós-graduação lato sensu em Planejamento e Produção de Mídia Impressa (PPMI) da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica está completando 10 anos de existência. Pioneiro no País por sua abrangência, o curso apresenta uma visão sistêmica e multidisciplinar da produção gráfica. Com um programa desenvolvido por professores do Senai e profissionais de destaque na comunicação impressa, o curso conjuga conhecimento teórico com demonstrações práticas realiz adas no parque gráfico do Senai. Atento à constante evolução da tecnologia gráfica, sua proposta é capacitar o aluno a planejar e monitorar a produção de diferentes mídias impressas, bem como a avaliar a adequação de insumos e matérias-primas e a realiz ar a
análise de custos e viabilidade econômica de projetos de produtos gráficos. O curso é voltado para profissionais das mais diversas áreas relaciona das com a produção gráfica (criativos, designers, editores, compradores etc.) que tenham a necessidade de aprimorar seus conhecimentos e sua competência profissional. Ao aliar teoria e prática, proporciona ao aluno o contato com uma inf raestrutura de alta tecnologia e a experiência de professores e profissionais altamente especializados, como é tradição no Senai. O curso é modular e as inscrições estão permanentemente abertas. Mais informações: Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica posgraduacao@sp.senai.br http://grafica.sp.senai.br
touch the future Idéias Inspiradoras para o sucesso A drupa é o evento que se deve visitar, em 2016: o ponto de partida de imagens muito promissoras. Foco em tecnologias do futuro. Ponto de encontro de idéias que eletrificam os mercados. Modelos de negócios inovadores e exemplos das melhores práticas vão demostrar o futuro potencial do setor da impressão nas suas diferentes vertentes: print, packaging production, green printing, functional printing, multichannel, 3D printing.
daily news, trends, innovations blog.drupa.com
31 maio a 10 junho 2016 Düsseldorf/Germany www.drupa.com Share Emme Intermediação de negócios Ltda _ Malu Sevieri Alameda dos Maracatins, 1217 cj 701 São Paulo – SP _ 04089-014 _ Brasil Telefone: +55 11 2365-4313 _ +55 11 2365-4336 Email: contato@emmebrasil.com.br
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Produtos/Drupa 2016 Como acontece tradicionalmente, alguns fornecedores aproveitam os primeiros meses do ano para realizar eventos pré‑Drupa, antecipando as inovações que serão atrações na feira alemã. Outros, mesmo sem reunir clientes e imprensa em eventos especiais, já soltaram prévias dos lançamentos. Veja a seguir algumas das novidades que serão expostas em Düsseldorf entre os dias 31 de maio e 10 de junho.
Custo por trabalho norteia as pesquisas da HP
“A
indústria se preocupa, nor malmente, com especifica ções como velocidade, núme ro de cores, formato etc., mas, na realidade, os clientes neces sitam de previsibilidade do tra balho e de soluções completas que gerem resultados positivos e não de um simples equipamen to veloz. Dessa forma, o cerne da questão não pode mais ser o conceito custo por página, mas sim o custo por trabalho, des de sua entrada até a entrega, com a mínima intervenção ma nual e sem erros. Por isso esta mos revitalizando a tecnologia Indigo.” Essa afirmação, de Alon Bar-Shany, vice-presidente e di retor geral da divisão HP Indigo, resume a forma como a compa nhia entende o futuro. Tal estra tégia foi apresentada para jor nalistas, analistas e especialistas de 20 países durante evento em Israel, em meados de março. Na oportunidade, a HP apre sentou cinco impressoras digi tais baseadas na tecnologia Ele trofotográfica Líquida, LEP. Três em folha — HP Indigo 12000 , 7900 e 5900 — e duas em bobi na — HP Indigo 50000 e HP Indi go 8000. Mostrou também três novas impressoras com tecnolo gia jato de tinta de grande forma to: HP PageWide Web Press T490 HD, T490M HD e T240 HD, com 8 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2016
tecnologia de alta definição nos injetores, chamada High Def ini tion Nozzle Architecture, HDNA . A HP Indigo 120 0 0 , volta da para o segmento com er cial, substituirá a Indigo 10000 . Se de um lado a nova impresso ra herda muitas das especifica ções técnicas de sua antecesso ra, do outro a Indigo 12000 será aprimorada visando ao aumento da produtividade e da qualidade de impressão. Entre as inovações
HP Indigo WS6800
estão a tecnologia One Shot, que permite imprimir em uma gama maior de substratos, tais como metalizados, canvas e sintéticos com espessuras até 550 micra; a inclusão de espectrofotôme tro inline para manter o contro le e consistência das cores; a re solução de 1.600 dpi, graças à tecnologia High Def inition Laser Array, HDLA; e as novas configu rações da frequência de retícu la para trabalhos em três canais,
reunidas no Enhanced Produc tivity Mode (EMP). A HP Indi go 12000 se benef iciará também de novos recursos do software Indigo Optimizer, para, segun do a HP, aumentar a produtivi dade com recursos como a im pressão no-stop, que possibilita a impressão, por exemplo, de pro vas e tiragens normais. A HP In digo 12000 estará disponível a partir da segunda metade des te ano e a tecnologia HDLA em 2017. Todas as HP Indi go 10000 já instaladas, aproximadamente 250 em todo mundo, po derão receber upgrade para a Indigo 12000. Assim como mui tos fabricantes decla raram que lançarão im pressoras digitais com formato B1, a HP tam bém mostrará na Dru HP Indigo 7900 pa a Indigo 50000, em
bobina, com formato de impressão de 746 × 1.120 mm. A tecnologia utilizada é a eletrofotográfica. Essencialmente baseada na tecnologia da Indigo 20000 , a nova impressora será destinada não somente ao mercado de embalagens flexíveis, como também para produtos comerciais. Com os dois grupos impressores, imprime frente e verso a uma velocidade de 32 m/min, 770 páginas em cores formato A4 por minuto. A HP Indigo 50000 estará em beta sites no início do próximo ano.
Na feira alemã poderão ser vistas também a Indigo 7900 , formato B2 e velocidade de 160 páginas por minuto, e a Indigo 5900 , formato B2 e velocidade de 90 páginas por minuto, com muitos dos recursos aplicados à Indigo 12000 . Para o segmento de etiquetas, a HP lançará a Indigo 8000 , rotativa de banda estreita com os dois motores do modelo WS6800. A nova versão imprime em substratos de 0,5 a 18 pontos a uma velocidade de até 80 m/min e usa a HP Indigo ElectroInk Premium White.
No evento em Isr ael a impressora estava acoplada à linha de acabamento AB Graphic Digicom com o sistema de corte e vinco semirrotativo Fast Track, rodando com velocidade de 80 m/min em três cores na modalidade Enhanced Productivity Mode, EPM , e a 60 m/min em quatro cores. Incrementando a família de impressoras inkjet de grande formato com tecnologia HDNA , a HP anunciou a T4900 HD, de 42 pol., considerada pela HP o sistema de impressão em cores frente e verso mais rápido no
mercado, e a T240 HD . A primeira pode atingir a velocidade de 305 m/min no modo básico e 152 m/min no modo qualidade. Destina-se ao mercado de altos volumes como edito rial, comercial, revistas, jornais. A var iant e monocromática, T4900 M HD, oferece produtividade e qualidade comparáveis ao offset. A T240 HD, de 22 pol., com velocidade até 168 m/min no modo básico e ciclo mensal de até 60 milhões de páginas, é direcionada aos mercados editorial e transacional.
Divulgação
Hybrid Software investe em fluxos de trabalho complexos
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O PackZ terá novos recursos de mapeamento, trapping, aplicações step and repeat, simulação 3D e bidimensional
Hybrid Softw are reuniu gráficos e convertedores do segmento flexográfico no dia 17 de março, em São Paulo, para apresentar seus lançamentos para o maior evento da indústria de comunicação impressa do mundo. Os destaques foram o CloudflowShare, o CloudflowRIP e os novos recursos do PackZ. O Cloudflow Share é uma ferramenta capaz de suportar fluxos de criaç ão
complexos por meio do compartilhamento de uma interface única e integrada e um banco de dados centralizado que asseguram a integridade de con teúdo entre membros das equipes criativas. Entre as inovações estão recursos inteligentes para trapping, separação de cores, funcionalidades step and repeat para aplicação de marcas de dobra e de impressão, e tecnologia com base em PDF.
O Cloudflow RIP é um sistema de rasterização de dados criado a partir da tecnologia Harlequin e que suporta arquivos PDF nativos, garantindo processos mais velozes e seguros. Os dados de rasterização são ext raíd os de metadados e esses podem ser combinados entre outras soluções da Hybrid, como o Proof Scope e o PackZFlow. Estrela da Hybrid Softw are, o PackZ
receberá aprimoramentos como o multiprocessamento para arquivos 64 bits, eliminando a necessidade de conversão para vá rios formatos, e novos recursos de mapeamento, trapping, aplicações step and rep eat, simulação 3D e bidimensional. Já o novo PackView é um aplicativo gratuito que pode ser baixado e usado para inspeção de produção. Ele permite obter vi sualização instantânea de arquivos PDF, incluindo documentos com múltiplas páginas, itens com transparência e overprints, entre outros itens críticos. A empresa lançará ainda o MyCloudflow, nova alternativa para empresas que desejam adquirir a funcionalidade do Cloudflow sem necessidade de comprar licenças ou configurar sistemas. Com ele, o usuário pode acessar a interface de trabalho do Cloudflow por meio da nuvem (cloud computing), utilizando padrões de configuração customizados. VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
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EFI apresenta nova tecnologia front-end EFI Fiery
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ais uma vez com novidades em seu amplo portfólio para impressão digital, a EFI mostrará o front-end digital EFI Fiery, além das novas tecnologias para impressão em grandes formatos e embalagens e as tintas UV com base em água. A nova tecnologia Fiery inclui uma plataforma de front-end extremamente rápida, de acordo com a empresa. Projetado para promover a nova geração de impressoras a jato de tinta de alta qualidade e velocidade, o Fiery será demonstrado na nova impressora Landa, exibida próxima ao estande da EFI, e na nova impressora de jato de tinta Trivor 2400, da Xerox.
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acessíveis em comparação às que estão sendo introduzidas ao mercado de embalagens.” Segundo o executivo, para a EFI , a melhor maneira de honrar o legado de mais de 60 anos da Drupa é tornar o evento deste ano uma apresentação de tecnologia futura e inovadora. “Todo nosso esforço é para que as empresas de impressão assumam a liderança em um setor repleto de oportunidades e em constante desenvolvimento.”
Ecalc Software foca tecnologia mobile
Ecalc Soft ware tem presença confirmada em mais uma edição da Drupa. Em 2016, será a quinta Drupa da qual participa a empresa, desenvolvedora nacional de soluções para gerenciamento e controle de gráficas em diferentes níveis, incluindo administrativo, produção, financeiro e orçamentário. Neste ano, o foco estará nos recursos mobile, com tecnologias integradas que permitem ao usuário acessar informações e dados relevantes facilmente a partir de dispositivos como smartphones e tablets, em localidades remotas. A nova geração da suíte de ferramentas eBI (Business Intelligence) permitirá, de modo mais simples, criar e
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Para ajudar os clientes a expandir as ofertas de produção digital, a nova tecnologia de embalagens da EFI incorpora muitos dos avanços técnicos de seu portfólio, como a impressão industrial com passagem única da linha EFI Cretaprint, a alta qualidade e versatilidade disponíveis nas impressoras EFI Vutek e o acabamento em linha da EFI Jetrion. Durante apresentação em coletiva de imprensa préDrupa, Guy Gecht, CEO da EFI , explicou que a empresa se preocupa não só com a qualidade, mas também com a rentabilidade do cliente. “Nossas tecnologias serão muito mais
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visualizar dados e indicadores de modo integrado às plataformas móveis, com vantagens como a possibilidade de configurar
a visualização desses indicadores com o layout que melhor convier, destacando as informações realmente necessárias.
Os indicadores são totalmente customizáveis com relação à permissão de acesso, garantindo segurança ao usuário.
Kodak. Do workflow ao jato de tinta
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a noite de 14 de abril a Kodak lotou o auditório da Abigraf, em São Paulo, para mostrar as novidades que levará para a Drupa 2016. Começando pelas tecnologias de fluxo de trabalho, o Kodak Prinergy, baseado em cloud computing, estará mais integrado a fluxos de impressão digital (principalmente de embalagens). O portfólio de equipamentos CtP Kodak Trendsetter e Kodak Achieve foi igualmente
atualiz ado, incluindo otimizações de velocidade e novas opções de automação, atendendo
as demandas atuais da indústria. Ainda na pré-impressão, será levada à Drupa a nova geração de chapas livres de processamento Kodak Sonora, com o lançamento da Sonora XJ para aplicações de impressão UV e a perspectiva de que, em curtíssimo prazo, os químicos sejam eliminados dos processos envolvendo chapas Kodak. Para a etapa seguinte do processo gráfico foi apresentada a nova Kodak Prosper 6000C, que será demonstrada em parceria com soluções de acabamento, a nova série Prosper S , ampliando as possibilidades de cores através
Kodak NexPress ZX3900
Prosper 6000
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VOL. I 2016
do suporte dos tons Pantone, e a Ult rast ream Inkjet, lançamento para a família de cabeçotes Kodak que amplia muito a qualidade de impressão. A nova Kodak Nexpress ZX390 0 com tinta branca na quinta unidade é outra inovação prometida para a feira. O equipamento chega com uma série de aprimoramentos, entre eles suporte a papéis das mais varia das gramaturas, abrindo espaço para novas aplicações, como embalagens, etiquetas e cartonados, bem como produtos diferencia dos para o segmento comercial, impressos em baixas tiragens e/ ou com personalização. Com a inserção da tinta branca (Opaque White Dry Ink) na quinta unidade de impressão, pode-se obter melhor opacidade nas imagens em uma única passada, permitindo também aplicações em que a tinta branca é comumente usada como base, como embalagens, rótulos, etiquetas, convites etc. A família Kodak Flexcel encerrou o pacote de lançamentos, com destaque para os aprimoramentos do Kodak Flexcel NX System’16. Entre os benef í cios está a tecnologia que permitirá a convertedores modificar a superfície da chapa, otimizando a transferência da tinta. As novas características do sistema in cluem NX tags para a aplicação de múltiplos padrões de superfície modificada e dispostos sobre uma mesma chapa, e o Advanced Edge Def inition, uma nova tecnologia que controla a tinta nas bordas de áreas sólidas, permitindo obter impressos com maior qualidade visual.
Lançamento comercial da KM‑1 é destaque da Konica Minolta
E
m seu estande, dividido em diferentes zonas de negócios, a empresa mostrará novidades para o segmento de impressão inkjet de alto volume com tinta
UV com a KM-1. O protótipo da máquina foi exposto na úl tima edição do evento e agora haverá o lançamento com er cial. Trata-se de uma impressora
digital inovadora em parceria com a também japonesa Komo ri. Entre seus diferenciais está a grande variedade de mídia que pode ser utilizada, incluindo
Konica Minolta KM-1
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gramaturas baixas, sem necessi dade de pré-revestimento. Aco moda papel em formato até B2, conta com 1.200 × 1.200 dpi de resolução, 1.500 páginas/minuto de velocidade (impressão fren te e verso), e utiliza tecnologia de cabeçotes patenteada pela Konica Minolta, a qual assegura precisão na formação das ima gens e alta qualidade. Uma das características da nova impres sora é sua tinta UV, que permi te agilizar os fluxos de impres são devido à secagem mais veloz e, ao mesmo tempo, oferecer alta qualidade visual. Outro lançamento para a fei ra é a bizhub Press 1250e, uma nova linha de impressoras digi tais de alto volume PB com velo cidade de 125 páginas/minuto e resolução de 1.200 × 1.200 dpi.
Pré‑impressão verde
Agfa anunciou seus lançamentos para a Drupa no final de mar ço em Mortsel, na Bélgica. Para a impressão offset, o mote será o ambientalmente correto com a nova geração de soluções CtP eco lógicas e econômicas. Estão nesse rol as chapas N95‑VCF (violeta sem produtos químicos) para o setor de jornais e as novas chapas Azura TU VLF, também sem químicos, para aplicações offset em formato gigante, e as chapas DOP (direct-on-press) Azura TE . Am bas, Azura TU e TE , foram apresentadas oficialmente ao mercado brasileiro em abril. Depois de quase um ano de testes, a Azura TE já está inclusive sendo fabricada no Brasil, na unidade da Agfa em Su zano, interior de São Paulo. Seu diferencial está na tecnologia DOP, que elimina completamente a etapa de processamento, estando pronta para o uso logo após a exposição no CtP. A Azura TE ofere ce ainda o maior contraste de imagem latente do segmento DOP, facilitando a inspeção visual e também o armazenamento da chapa. Na Drupa a Agfa também adicionará o CtP Avalon N8‑90 à sua família de sistemas térmicos, e a nova chapa Energy Elite Eco, com a
Avalon N8-90
maior tiragem da categoria de chapas térmicas positivas sem quei ma. A empresa apresentará igualmente inovações nas linhas de im pressoras de grande formato Jeti e Anapurna, nas soluções de soft wares em nuvem, para a indústria de embalagens e para editoração em dispositivos móveis. VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA 13
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X‑Rite anuncia PantoneLive e otimiza biblioteca de cores
X-Rite estará na Drupa com o PantoneLive, solução que otimiza e permite ganho de tempo e conf iabilidade no gerenciamento de bibliote cas de cores. “Os impressores e os convertedores podem aproveitar o serviço de racionaliz a ção do PantoneLive analisando e consolidando as cores que estão tão próximas no espaço de cores que, claramente, são as mesmas”, comentou Chris Halford, diretor técnico dos serviços do PantoneLive da X-Rite. “Nós já trabalhamos com diversos convertedores que perceberam uma redução de 30 a 45% em suas bibliotec as de cores. A paleta de cores mais enxuta, com menos cores para gerenciar e um inventário de tinta menor
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VOL. I 2016
permitem uma economia de tempo e orçamento, e um número menor de erros. As cores restantes na bibliotec a do
banco de dados digital podem ser acessadas facilmente, permitindo que o dono de marca e o impressor tenham certeza que
as cores estão consistentes, independentemente de onde o item foi produzido e de qual substrato foi usado.” O mapeamento de cores é outro serviço incluso no processo de racionalização do PantoneLive. As cores de clientes são map ead as para o padrão do Pantone Matching System (PMS) e também para referên cias dependentes do PantoneLive. Com o mapeamento, toda a cadeia de fornecimento de embalagens de um convertedor pode facilmente usar a bi bliotec a principal e a dependente dentro do ecossistema PantoneLive. Às vezes, devido às características do trabalho em espe cial, a cor desejada do padrão principal da Pantone não pode ser alcançada com o substrato usado ou devido ao processo de impressão. Sendo assim, os padrões dependentes da Pantone foram especialmente desenvolvidos para representar os principais padrões usados pela indústria, incluindo tintas, substratos, processos de impressão e outras variáveis. Para evitar a redundância de cores, PantoneLive e PantoneLive Private Cloud incluem os controles de processo que avaliam um novo padrão de cores que foi adicio nado à biblioteca. Antes de a nova cor ser adicionada, o sistema alertará o usuá rio caso ela já exista ou se houver uma correspondência de cor adequada na biblioteca.
o que você pensa a gente tem
Disputa aérea entre Kalle Svensson e Pelé. Final da Copa de 1958 - Suécia Imagem com direitos protegidos ©Heritage Image
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ESPECIAL
Foto: APS Feiras
Tânia Galluzzi
Qualidade do público: ponto alto da Fespa Brasil/ExpoPrint Digital Qualidade e objetividade do público agradaram os expositores. 12.816 profissionais visitaram a mostra.
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ntre os dias 6 e 9 de abril foi realizada em São Paulo a Fespa Brasil 2016/ExpoPrint Digital/Brasil Label. O evento ocupou um dos pavilhões do Expo Center Norte e recebeu 12.816 visitantes, que foram à feira para conhecer as novidades de 104 expositores voltados para os segmentos de impressão digital, comunicação visual, estamparia, rótulos e etiquetas, sublimação, baixas tiragens, grandes formatos, decoração de interiores e sinalização. Mesmo refletindo a crise, expressa no encolhimento do espaço de exposição e de participantes, o evento agradou àqueles que nele apostaram. “A Fespa 2016 superou nossas expectativas pela qualificação dos visitantes, que tinham o objetivo de realizar negócios, na maioria pessoas influentes ou que realmente têm o poder de decisão de compra. Isso nos permitiu atender nossos clientes de maneira diferenciada, conhecer clientes potenciais, fechar negócios e propor novas negociações”, afirmou Sidnei Marques, diretor de Operações da Ampla Impressoras Digitais. No dia 7, Fabio Rosa, gerente de marketing da
Ricoh, já registrava a venda de impressoras. “Ontem recebemos um número de pessoas acima do normal para um primeiro dia e fechamos negócios.” Para Willians Lotti, gerente de produtos da Roland DG , trata-se de uma feira bem focada, que recebe profissionais interessados em novas tecnologias. Afora a apresentação dos produtos, o evento acolheu sessões educacionais. Nos dias 6 e 7 aconteceu a terceira edição do Congresso de Comunicação Visual e Impressão Digital, com especialistas do segmento debatendo tendências, tecnologia e otimização de processos. No dia 8 ocorreu a Digital Textile Conference para discutir a estamparia digital e no último dia, pela primeira vez, o Sublimation Day, analisando os caminhos no setor de impressão. Conheça a seguir os principais produtos expostos. AMPLA
Única fabricante 100% brasileira no mercado de equipamentos de impressão digital para grandes formatos, a Ampla destacou sua linha de impressoras New Targa XT, com as tecnologias solvente
alumínio, MDF, papéis de parede, cerâmica, vidro, acrílico, madeira, metal, papel, couro, vinil ou baners. Dependendo do material, não há necessidade de tratamento especial. Na linha de corte e gravação a laser e plotter de recorte, a Akad mostrou o equipamento de entrada da linha Novacut. Com área útil de corte de 500 mm × 300 mm, o sistema possui abertura dianteira e traseira para permitir que objetos longos possam atravessar por dentro do equipamento. Essas portas aumentam a possibilidade de adequar placas ou objetos com comprimento superior e abre perspectivas para mercados como os de sinalização, comunicação visual, serigráfico, indústria têxtil e de brindes promocionais. Com potência do laser de 35 W, é capaz de realizar trabalhos em materiais como MDF, acrílico, couro, tecidos, entre outros.
Foto: Tânia Galluzzi
e LED UV. Apresentada na Serigrafia Sign, em julho do ano passado, a linha conta com recursos como o AmplaSmart para monitoramento em tempo real das principais funções do equipamento, takeup duplo dianteiro e traseiro, sistema AntiReverse para maior estabilidade na alimentação e no rebobinamento de mídia. As impressoras são projetadas
EFI
Primeira feira para o mercado brasileiro depois da aquisição da fabricante italiana de soluções para impressão têxtil jato de tinta e serigrafia rotativa, a EFI levou para a Fespa/ExpoPrint Digital a EFI Reg giani Renoir Next. Trata-se de uma máquina sem esteira, que suporta impressão digital em substratos
para trabalhar em longos ciclos de produção e conta com o chassi monobloco AmplaCore que confere robustez, confiabilidade e estabilidade aos equipamentos. A New Targa XT LED UV esteve em operação no estande da própria Ampla e a versão solvente no espaço da Vinil Sul, novo parceiro de negócios da fabricante. A versão LED UV 3208 , com oito cabeças de impressão, boca de 3,20 m e velocidade máxima no modo rascunho de 57 m²/h, custa R$ 329 mil. Também com largura de 3,20 m, o modelo mais rápido da série tem 16 cabeças e atinge 100 m²/hora no modo rascunho. Mesmo sem a impressora em exposição, a empresa aproveitou o evento para divulgar aos clientes o lançamento da Elite 3204. Versão compacta da New Targa, produz até 80 m²/hora e representa uma opção de menor custo para o empresário que pretende ingressar no segmento de grandes formatos. O equipamento tem quatro cabeças de impressão e 3,20 m de largura de entrada das mídias. AKAD
O foco foi a impressora Novajet UV M6 com cabeçote Ricoh Gen5 de sete picolitros, a mais recente geração Ricoh em cabeças de impressão para tinta UV. Com alimentação de mesa ( flatbed) e tamanho máximo de impressão de 2,50 m por 1,22 m, pode imprimir a uma velocidade de 40 m²/h no modo 600 dpi × 600 dpi com quatro cabeças. Existe a possibilidade de configurar a máquina com até sete cores. O sistema pode trabalhar com diversos substratos como papelão corrugado, placas de espuma, PVC, painéis com compostos à base de
Foto: Tânia Galluzzi
New Targa XT LED UV 3208
A Renoir Next imprime em tecido e papel
de até 1,80 m de largura, tecido ou papel, para aplicações industriais em decoração e moda. O equipamento pode ser usado com tintas à base de água em dispersão direta, tintas ácidas, pigmentadas, reativas e de sublimação, oferecendo aos usuários mais flexibilidade, além de alta velocidade. Essa versatilidade está também na configuração da máquina, que pode ser comprada com quatro cabeças de impressão e chegar até 16 cabeçotes. Seu custo FOB é de US$ 200 mil. GOMAQ
A Gomaq, distribuidora de equipamentos de impressão e serviços de terceirização de impressão, marcou sua presença na ExpoPrint Digital com a linha de impressoras e duplicadores digitais Riso. VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
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produção de até 17 m²/h, e largura de 1,62 m. Assim como a 330, o sistema vem acompanhado de eixo de recolhimento, só que o modelo maior tem a capacidade de criar perfis de cores a partir do espectrofotômetro embutido. Afora a linha Latex, a HP também expôs a impressora Scitex FB550. O equipamento oferece maior qualidade de imagem e sangramento total em larguras máximas com a mesma capacidade de impressão em praticamente qualquer mídia rígida ou flexível (até 2,5"). Além disso, a HP Scitex FB550 amplia a produtividade em 12% no modo de impressão de sinalização para ambiente interno e produz pedidos rapidamente ao carregar, imprimir e coletar mídia simultaneamente.
Riso ComColor
Ênfase foi dada à linha de impressoras Riso ComColor, que trabalham em baixa temperatura, com pouco consumo de energia elétrica e utiliza tintas biodegradáveis. Os novos modelos são indicados para empresas que precisam fazer impressões coloridas com baixo custo e necessitam alta produtividade. Os equipamentos atingem velocidade de até 150 páginas por minuto e são indicados para impressão de fôlderes, apostilas, manuais, materiais de treinamento, jornais, impressos transacionais e promocionais, entre outros. As máquinas rodam gramaturas entre 46 g/m² e 400 g/m².
Foto: Divulgação
público alvo os birôs de impressão, gráficas rápidas, assim como pequenos e médios fornecedores de serviço de impressão. Além dos equipamentos, os visitantes puderam conhecer as aplicações e a diversidade de mídias e acabamentos que fazem parte do diferencial da tecnologia látex. A versão
HP Latex 360
310, projetada para espaços pequenos, tem velocidade de até 48 m²/h, largura de 1,37 m e produção de até 12 m²/h. A Látex 330 atinge velocidade de até 50 m²/h, produção de até 13 m²/h e largura de 1,62 m. E o modelo 360, projetado para oferecer alta qualidade e alta velocidade, chega a 91 m²/h, 18 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Com um dos maiores estandes do evento, a Konica Minolta expôs pela primeira vez para o mercado latino-americano a impressora bizhub Press C1100 , lançada oficialmente em dezembro, e a bizhub Press
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HP A HP esteve presente com seu portfólio de produtos com tecnologia de tintas látex: HP Latex 310 , HP Latex 330 e HP Latex 360 . A série tem como
KONICA MINOLTA
A C1100 marca a entrada da Konica no segmento de alto volume
C71hc, voltada a aplicações que exigem alta qualidade de cor e imagem, como o segmento de fotoprodutos. As novidades estavam ao lado da impressora digital de alto volume PB bizhub Press 1250P, da nova multifuncional bizhub C308 , e da multifuncional colorida para fluxos de impressão mais robustos e de maior exigência em qualidade, bizhub Pro C1060L . A C1100 marca a entrada oficial da Konica Minolta no segmento de alto volume em impressão digital colorida, com 100 páginas/minuto com alta qualidade de cor e imagem. O equipamento traz, entre seus diferenciais, a tecnologia de toner Simitri HDe, que, em sua nova geração, apresenta partículas de toner menores que melhoram a qualidade em impressão de tons de pele e otimizam as tonalidades magenta, influenciando na reprodução de cores difíceis como o vermelho-bronze. A impressora pode trabalhar com diferentes gramaturas de papel, indo de 55 a 350 g/m², e sua tecnologia de fusão a baixa temperatura minimiza o tempo de preparo
OKI
As impressoras C941DP, para o mercado de envelopes, e a C711DW, voltada à produção de rótulos e etiquetas foram as estrelas do espaço da Oki Data. A primeira une três benefícios na hora da impressão: agilidade, alta definição de cores e a possibilidade de imprimir centenas de envelopes sem a necessidade de intervenção do usuário, em formatos variados — desde cartões de 6,4 cm × 9 cm até envelopes com
Foto: Tânia Galluzzi
caso se deseje, em sequência, alterar a gramatura da mídia. O modelo tem resolução equivalente de 1.200 × 1.200 dpi para reprodução de imagens e textos com alta definição, sistema de calibração de cor e de separação de folhas por fluxo de ar, o que assegura que o processo transcorra de modo suave e sem prejuízo de produtividade devido ao atolamento de mídia. Por sua vez, a bizhub Press C71hc conta com velocidade de até 71 páginas por minuto e tecnologia aprimorada de gerenciamento de cores que, aliada à resolução de 1.200 × 1.200 dpi e à tecnologia de toner High Chroma, permite obter um amplo universo tonal no espaço sRGB.
A C711DW destina-se à produção de rótulos
33 cm de largura. Isso com a adição do novo dispositivo de alimentação. O equipamento de cinco cores também realiza trabalhos com toner branco ou transparente e tem resolução de 1.200 × 1.200 dpi. O modelo, com custo de US$ 30 mil, é fornecido com o Fiery C9 Server, garantindo o controle preciso das cores, a inclusão de dados variáveis e a completa gestão dos documentos. A C711DW é uma solução versátil para impressão de etiquetas e rótulos coloridos. Trata-se de um equipamento de
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O estande da Konica Minolta foi um dos maiores da feira
linha reformulado para trabalhar com bobina. Com tecnologia HD Color, a impressora conta com calibração automática de cores e correção de tonalidades, permitindo a impressão rolo a rolo de etiquetas adesivas para baixas tiragens. A impressora está sendo vendida a US$ 50 mil.
e qualidade de impressão de até 1.200 × 4.800 dpi. A impressora utiliza papel com gramatura até 360 g/m² e oferece acabamento diversificado, compatível com uma vasta gama de substratos, o que permite várias aplicações como embalagens, rótulos, peças de marketing, livros, folhetos e cartões de visitas.
RICOH
ROLAND DG A Roland DG lançou sua nova linha de impresso-
ras sublimáticas para mercado têxtil e a nova geração da VersaUV LEF para empresa do ramo de brindes. A linha TexArt conta com os equipamentos RT640 e XT640 , ambos direcionados ao setor
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O destaque foi a linha Pro C9100/Pro C9110 , família que representa a nova geração de equipamentos de impressão digital de produção. O equipamento imprime até 130 páginas por minuto, com resolução de 1.200 × 4.800 dpi, em mídias até 500 g/m² e conta com pós-impressão integrada. Máquina robusta e de alta capacidade de processamento, é capaz de produzir até 130 páginas por minuto. Seu custo gira em torno de R$ 1,1 milhão. Estava em exposição também a Ricoh Pro C7100x, ideal para pequenas e médias gráficas, com sofisticado acabamento, velocidade máxima de 90 páginas por minuto
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XT-640 é específica para sublimação
A impressora C9110 faz parte da nova geração de máquinas de produção
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têxtil. Desenvolvida exclusivamente para aplicações em tecidos, a RT640 oferece acabamento de alta qualidade, refinamento nos detalhes, desempenho estável e velocidade de impressão de até 48 m²/h em quatro cores. Voltada para aplicações em vestuário, sinalização, decoração para interiores e artigos originais, a impressora, que custa
T&C
A SureColor S40600 traz nova geração de cabeçotes
armazenagem. A máquina atinge velocidade de até 300 mm por segundo com resolução de 600 × 1.200 dpi e conta com cabeçote fixo e permanente, com sistema de manutenção automático, cujas quatro polegadas de largura cobrem toda a extensão do material a ser impresso. Impressora mais rebobinador saem por R$ 89 mil. A SureColor S40600 , que chega para substituir a S30, incorpora a nova geração de cabeças de impressão Epson PrecisionCore TFP e as tintas reformuladas UltraChrome GS3. Tais inovações conferem alto rendimento e precisão, maior gama de cores e menor intervenção técnica. Um jogo de cartuchos (quatro cores) é capaz de imprimir, em média, 800 m². Direcionada ao mercado de comunicação visual e birôs de impressão, atende clientes com tiragens médias de 500 m² por mês e para aqueles que estão iniciando no segmento decorativo com a produção de papel de parede personalizado. A S40600 imprime materiais entre 45 g/m² e 1 mm de espessura, com velocidade de 19 m²/h até 58 m²/h. Com alimentação rolo a rolo, tem largura máxima de 162 cm. Pode rodar folhas soltas, com tamanhos entre 43 × 56 cm até 153 cm de largura. Seu custo é de R$ 60 mil.
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A linha Epson foi o destaque, com a impressora colorida de etiquetas ColorWorks TMC7500G , voltada para os pequenos volumes, e a impressora de grande formato SureColor S40600. O modelo compacto permite a impressão de etiquetas em uma única etapa, reduzindo custos de pré-impressão e
Foto: Tânia Galluzzi
R$ 98 mil, confere aos materiais tons mais fortes e vibrantes, pretos mais profundos, gradações sutis e um leque de cores mais amplo com a adição das novas tintas laranja e violeta. Já a XT640 foi elaborada especificamente para a impressão por sublimação, com alta produtividade, atingindo uma velocidade de impressão de até 102 m²/h em quatro cores e qualidade máxima de até 1.440 dpi, garantindo maior confiabilidade no resultado. O modelo por ser utilizado para confecção de trajes esportivos, moda, sinalização, decoração de interiores, propaganda, entre outros. Conta ainda com cabeçotes duplos, sistema de tinta que permite uma impressão sem monitoramento e rastreamento preciso do material para uma produção em alto volume. O preço da XT640 é de R$ 138 mil. Para mercado de brindes a Roland DG mostrou a nova geração da VersaUV, a LEF300 , desenvolvida para atender grandes volumes, mantendo a alta qualidade de impressão. Com área de impressão ampliada para 770 mm de largura por 330 mm de comprimento, a máquina é capaz de acomodar itens de até 100 mm de altura e pode imprimir em uma grande variedade de substratos, como PET, ABS e policarbonato, além de materiais macios como TPU e couro, bem como itens tridimensionais (canetas, capas para smartphone, placas, brindes personalizados, itens promocionais e capas para laptop). A LEF300 sai por R$ 148 mil.
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SPINDRIFT
Xaar
Velocidade total à frente! Xaar é uma empresa jovem e ainda sofre as mazelas da tenra idade, pois no início de sua trajetória se apressou em licenciar suas tecnologias para os fabricantes de cabeçotes de impressão concorrentes, como Konika Minolta, Seiko e Toshiba, que criaram dificuldades para a sua própria expansão no mercado. Alguns concorrentes como a Dimatix, subsidiária da Fujifilm e ex-licenciada da Xaar, têm meios para desafiar a Xaar, mas outras não têm o poder de mercado necessário. Aproximadamente 65% das receitas da Xaar vêm do setor de impressão digital sobre cerâmica, das quais 50% provenientes da China. A empresa sofreu muito com o declínio do boom de construção da China. Seu presidente afirma que “a desaceleração na construção civil teve um grande impacto sobre a empresa porque nós trabalhamos na fase de acabamento do setor de construção”. No entanto, segundo ele, a situação está se estabilizando. As receitas do primeiro semestre de 2015 são consistentes com as do segundo semestre de 2014, embora inferiores ao primeiro semestre de 2014. No entanto, as margens são mais elevadas e os lucros estão em alta. A empresa está concentrando esforços na adoção da impressão jato de tinta além da cerâmica, no que é muito bem sucedida. O foco principal é
no setor de embalagens, onde a Xaar passou de 10– 11% em 2014 para 15% em 2015, em especial na aplicação industrial DTS , Direct to Shape, que é a impressão em linha de produção diretamente sobre o frasco, substituindo rótulos e etiquetas. As empresas que desenvolvem dispositivos de impressão DTS usam tintas UV bastante viscosas e os cabeçotes Xaar 1002 conseguem lidar com essa característica das tintas bem melhor que seus concorrentes. Outro fator que impulsiona o crescimento da Xaar é o sucesso dos parceiros OEM s como EFI e Durst, que nos seus nichos de grandes formatos e rótulos expandem o mercado de forma importante. PARA ALÉM DO CABEÇOTE XAAR 1002
O modelo de negócios da Xaar se baseia no cabeçote de impressão Xaar 1002. No entanto, novas tecnologias estão em desenvolvimento. Uma das características que se observa no 1002 é o fato de suportar tintas de alta viscosidade e fluidos altamente pigmentados, que podem conter vidro abrasivo ou partículas de cerâmica sem danificar os cabeçotes de impressão. Isso dá ao cabeçote a aptidão básica para aplicações industriais. A tecnologia é baseada em tecnologia piezo e TF (Thin Film) e o sistema recircula a tinta no cabeçote de impressão, evitando o bloqueio no bico com bolhas de ar ou partículas de tinta, causa normal de interrupções. No entanto, a mais recente inovação, ainda em fase de teste, é o cabeçote Xaar 1002 GS40 com capacidade de impressão texturizada e possibilidades surpreendentes. A empresa espera que setores como o de sinalização possam se beneficiar da saída texturizada. DTS NO FINAL DO TÚNEL?
A tecnologia do cabeçote Xaar 1002 é útil para além de decoração cerâmica, podendo servir para a confecção de etiquetas DTS e impressão 3D.
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Com a implantação da tecnologia de impressão DTS não serão mais necessárias etiquetas impressas separadamente. Uma vez que o mercado primário de etiquetas vale cerca de US$ 30 bilhões anuais, a tecnologia DTS poderia ocupar importantes áreas desse setor. Imprimir diretamente sobre o frasco
ou embalagem elimina a necessidade de rótulos, mas quando os fabricantes atentarão para o fato e os equipamentos e softwares estarão prontos para isso, é impossível prever. A conversão para DTS cer tamente vai levar tempo: nem todas as aplicações de etiquetas serão atendidas adequadamente e o investimento necessário para atualiz ar instala ções de engarrafamento e embalagem é de gran des proporções. Porém, os números são tão interessantes que pa rece óbvio que essa tecnologia terá adesão rápida, sempre que possível: um convertedor que trabalha para o Walmart, nos Estados Unidos, paga US$ 4,50 por 1.000 rótulos shrink-sleeve, valor que cai para apenas 23 centavos por 1.000 unidades quando considerada a impressão direta, DTS . Esse exemplo ilustra o potencial dessa tecnologia. Os sinais já são evidentes. Na Bélgica, a cervejaria Martens Brouwerij instalou equipamentos de im pressão DTS usando cabeças Xaar 1002 GS6 em um sistema desenvolvido pela empresa alemã KHS. O sis tema aplica verticalmente jatos CMYK + W (bran co) de tintas UV com cura LED de baixa migração,
A Xaar investiu mais de 60 milhões de libras em instalações ao longo dos últimos cinco anos, especialmente em sua sala limpa, onde há máquinas que custam um milhão de libras cada. O tempo de fabricação de um cabeçote Xaar 1002 é de 11,8 dias!
diretamente sobre 12.000, 24.000 ou 36.000 garrafas PET por hora, dependendo da velocidade da linha de produção. Esse é um sistema de dados variáveis adequado para aplicação em marketing crossmedia usando os pacotes como alvos para os usuá rios. O sistema está integrado às máquinas de en garrafamento e Doug Edwards, CEO da Xaar desde janeiro de 2015, diz que esse é apenas o começo,
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Doug Edwards está conduzindo a Xaar para a impressão 3D, bem como DTS, mercados que estão esquentando consideravelmente.
porque “os benef ícios de custo aqui são enormes”. Ele acrescenta que “os dirigentes das principais mar cas de produtos de consumo, o pess oal do mar keting, são as pessoas que irão forçar a mudança”. A Martens Brouwerij trabalhou com os produtores de um popular seriado belga sobre o clube de fu tebol De Kampioenen para promover um novo fil me, bem como a nova marca da cerveja Martens. Além disso, foram feitas garrafas de cerveja Dags chotel com imagens de diferentes personagens que ativam por RA (realidade aumentada) um aplicativo de smartphone com desenho animado. A empresa vislumbra enormes oportunidades para o DTS alia da à capacidade de se utilizarem dados variáveis em campanhas com QR Code e realidade aumentada. OUTRAS OPÇÕES
É evidente que há muitas razões para a Xaar me lhorar a sua posição no segmento de embalagens, o que adicionaria cerca de 10 milhões de libras à sua receita anual. Mas, afirma Edwards: “nós quere mos nos estabelecer no setor gráfico com a cabe ça Xaar 501 com uma única linha de bicos em vez de duas como na Xaar 1002”. Ele explica que “no mundo, dois terços dos equipamentos, na impres são de grandes formatos e sinalização, usam a tec nologia Xaar, mas apenas 10–15% dessas máquinas são da marca Xaar. Licenciados, particularmente Konica Minolta e Seiko, têm a participação majoritária. A Xaar tam bém tem muitas oportunidades na impressão 3D. Edwards diz que os líderes atuais do mercado es tão usando a tecnologia que é “de gerações ante riores ao nosso cabeçote, o Xaar 1002”. A Xaar tam bém está interessada em eletrônica com impressão, por exemplo, a impressão de chassis e caixas de equipamentos, cada vez mais importante com a miniaturiz ação de dispositivos móveis. O mercado gráfico comercial, bem maior do que aquele em que a Xaar atua agora, se mostrará 24 TECNOLOGIA GRÁFICA
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um pouco mais complicado, pois demanda cabe ças de impressão para fluidos aquosos e velocida des mais altas e com maior qualidade de imagem. A Xaar está investindo metade do seu orçamento de pesquisa e desenvolvimento (20% da receita) para portar o cabeçote P4, baseado na tecnologia thin film, para tintas à base de água. A Xaar também está introduzindo tecnologias em barras de impressão estáticas, aplicáveis em impressoras offset, para a produção de impressão de dados variáveis. Projetada para rótulos e em balagens, é baseada na cabeça de impressão Xaar 1002 (GS6 , GS12 e GS40). Tal barra está atualmen te configurada com largura de 540 milímetros e pode ser usada para aplicar vernizes, cores metá licas, branco, pode imprimir em braile e texturizar superf ícies com efeitos especiais. Roda a 75 m/mi nuto, porém se forem adicionados outros cabeçotes pode ter maior velocidade. PLATAFORMA 4 (P4)
Esse novo cabeçote tem mais bicos do que qual quer outro cabeçote anterior da Xaar e cerca de cinco vezes mais do que o Xaar 1002 e “vai ter uma resolução muito alta, além de alta velocidade”. A re solução nativa é de 1.200 dpi para uma única cor, mas essa cabeça de impressão é capaz de imprimir com duas cores a 600 dpi. O cabeçote de impres são é composto de módulos menores baseados em tecnologia MEMS de silício, cada um com seus pró prios circuitos eletrônicos e sua placa de controle. O material piezelétrico que recobre o cabeçote da P4, o PZT, é um revestimento muito fino de pelícu la; os módulos da cabeça de impressão usam mui to menos piezo e, quando combinado com proces sos de fabricação de silício, podem ser muito mais baratos na sua fabricação. O P4 estará na Drupa: “nossa intenção é ter essa cabeça de impressão no dispositivo de alguém antes do final do próximo ano”. A empresa está trabalhando com seis parceiros OEM em impres são comercial antes de reduzir a lista a alguns par ceiros-chave: “a integração em uma impressora é tão complexa que só vamos trabalhar com um ou dois parceiros”. Essa cabeça pode usar nanotintas e também funciona para impressão têxtil. A tecnologia está aqui e a Xaar está bem po sicionada para a sua próxima fase de crescimento e desenvolvimento. Tradução autorizada de texto publicado no site
Spindrift em 31 de outubro de 2015, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica.
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NORMALIZAÇÃO
Viviane Pereira e Bruno Mortara
Entenda o PSD, padrão Fogra para impressão digital de pequenos e grandes formatos
N
o TC130 da ISO, onde são feitas as normas técnicas de artes gráficas, o debate sobre um conjunto de normas para impressão digital segue muito lentamente, desde o final de 2007. As normas existentes de impressão digital — ISO 127477 para provas contratuais e ISO 126478 para provas de verificação (design, propaganda) — não servem para os setores que se desenvolveram rapidamente na última década, em especial grandes formatos e digital de pequenas tiragens. O TC130 trabalha na família ISO 15311, com a primeira parte sendo um conjunto de características e métricas para avaliação de qualidade de
impressos, a parte 2 tratando da impressão digital de produção e a parte 3 para grandes formatos. No entanto, para uma parcela do mercado essas normas deveriam estar prontas há anos, mas o grupo ainda luta para obter consenso em diversas questões. Sabedora dessas dificuldades, a Fogra alemã, através de seu grupo de trabalho de impressão digital, criou em 2011 o PSD : Process Standard Digital. Trata- se de um padrão proprietário que baliza controles e processos que, uma vez atendidos, podem ser auditados pela Fogra, que então certifica fornecedores de serviços de impressão digital que atendam a tais requisitos. O PSD é baseado na
PRÉ-REQUISITOS BÁSICOS PARA A CERTIFICAÇÃO PSD CATEGORIA
REQUISITO
RECOMENDAÇÃO
Dispositivos de medição
Dispositivo de medição portátil (conforme ISO 13655), bem como um meio para identificar variações de curto e longo prazo
Soft ware
Transformação de cor baseada em PDF- e EPS-
Servidor de cor
◆ ◆
Soft ware
Dados-Preflight usando Arquivos PDF/X
Preflight semiautomatizado ou completo e corrigível
Licença
Ugra/Fogra Media Wedge CMYK V.3
Tarjas de controles adicionais (individuais)
Funcionários
Sem requisitos formais
◆ ◆ ◆
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Contrato de manutenção Alvos de referência
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Seminários Fogra Seminário de preparação PSD Consultoria feita por um parceiro da DPE/PSD
experiência de certificação da ISO 12647-2 (norma de offset), porém tendo a impressão digital e suas características únicas como alvo. Neste artigo visitaremos o padrão da Fogra e procuraremos entender sua estrutura e aplicabi lidade, levando em conta o fato de não ser uma norma internacional. IMPRIMIR DE MODO PREVISÍVEL O PSD está em conformidade com a norma ISO 15311-x – Graphic Technology – Requirements for
printed matter utilizing digital printing technologies for the commercial and industrial production – Part 1 – Parameters and measurements methods (Tec nologia Gráfica – Requisitos para materiais impres sos utilizando tecnologias de impressão digital para a produção comercial e industrial – Parte 1 – Parâ metros e métodos de medição), ainda sem tradução no Brasil. É um padrão em linha com o movimento
de as gráficas usarem dados eletrônicos para arma zenamento de conteúdo e troca de dados em todo o processo de produção de impressão, desde o de senvolvimento do conceito de um produtos gráfico até o seu acabamento. Existem obstáculos que im pedem a preparação de dados sob medida para to das as condições de impressão, incluindo processos analógicos e digitais. As condições de saída muitas vezes não são conhecidas no momento da criação. O PSD é a descrição de um processo industrial mente orientado e harmonizado para a impressão digital, desde a concepção até o produto final. Neste sentido, a Fogra defende que se uma produção for realizada utilizando matéria-prima, insumos e equi pamentos certificados pelo PSD, é certa a obtenção de melhor custo, qualidade e desempenho, aliados a maior sustentabilidade e redução de desperdícios. Uma definição prévia de imagem e produto pode ser baseada em critérios específicos de qualidade.
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PRÉ‑REQUISITOS GERAIS PARA A CERTIFICAÇÃO PSD CATEGORIA
REQUISITO
PDF/X
Conclusão bem-sucedida do FograCert PDF/X-Creator
Participar de um seminário relacionado ao PDF/X
PDF/X
Conclusão bem-sucedida do FograCert PDF/X-Output para uma das três combinações
Imprimir páginas típicas de testes tais como Altona Test Suite V1 e V2, GWG etc.
Criando uma referência
Conclusão bem-sucedida do FograCert – Validação de Criação de Impressão ou Prova contratual para uma das três combinações
Autocalibração de dispositivos de prova através de meios corretivos de calibração
Avaliação visual crítica de cor
Cabine de Visualização conforme a ISO 3664:2009 (Prova: Cabine de Visualização FograCert ou certificado de conformidade com a ISO 3664)
Resumo de auditoria de iluminação externa usando dispositivos portáteis
Esses critérios abordam reprodução de cores, homogeneidade (uniformidade), resolução, componentes, além de aspectos de permanência como resistência à luz ou resistência ao atrito. Tais categorias são os requisitos de avaliação do produto impresso. Uma gráfica que busque um elevado nível de qualidade precisa pautar seu trabalho em regras significativas, ou seja, um padrão. Para tanto, o PSD fornece orient ações industriais que vão desde a criação dos dados, percorrendo todo o caminho para a impressão, com foco num controle de fluxo de trabalho que aponte para um resultado de impressão previsível. Guiada pelo lema Imprimir de modo previsível, o conceito do PSD é baseado em uma separação entre controle de processo e garantia de qualidade e reforça a importância de se trabalhar com as várias normas internacionais de controles de cores, arquivos, imagens e medição em conjunto, criando, assim, parâmetros complementares. Os três principais objetivos do PSD são: CONTROLE DE PROCESSOS Obter impressos repetitivos
Em outras palavras, obter impressos visualmente semelhantes em diferentes processos de saída, de forma conhecida e constante. O documento fornece as diretrizes para esses controles e os requisitos necess ários para se estabelecer os relatórios de qualidade. FIDELIDADE DA COR Comunicação de cor consistente
As gráficas precisam entender as necessidades e expectativas de seus clientes e ser capazes de 28 TECNOLOGIA GRÁFICA
RECOMENDAÇÃO
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reproduzir com precisão essas expectativas. O PSD estabelece a reprodução absoluta (lado a lado), ou seja, a capacidade de reprodução de cor em relação a vários meios de comunicação, com planilhas e diretrizes que avaliam os impressos, além de diretrizes para lidar com cores especiais e substratos com uma grande quantidade de agentes de branqueamento óptico. Precisão de cor ou qualidade da cor no PSD é a proximidade visual entre uma impressão e a condição de impressão de referência. Com relação à prova de contrato impressa, a ISO 12647-7 define as tolerâncias rigorosas para a sua criação. FLUXO DE TRABALHO PDF/-X Previsibilidade
Todo o fluxo de trabalho está sujeito à análise crítica quanto à sua capacidade de realiz ação, qualidade de impressão consistente e fidelidade de cor. Assim, a Certificação PSD oferece diretrizes para sustentação da criação, pré-impressão e processamento de arquivos PDF. COMBINAÇÕES MAIS ADEQUADAS
O Process Standard Digital não tem como objetivo limitar substratos, tintas, toner ou impressoras. O que se pretende é fazer as melhores combinações para atingir os melhores resultados. A padronização permite estabelecer critérios válidos e possíveis, sem necessariamente impor rigidez ao processo. O PSD se autointitula um documento vivo, pois entende as constantes mudanças tecnológicas e inovações em produtos e serviços de impressão. Ainda nesse sentido é importante salientar que a própria normalização é um organismo vivo, uma
vez que atualiza constantemente suas normas e cria outras novas, de forma a atender às exigências de mercado mais a tuais. Cada empresa a ser certificada pelo PSD Fogra deve identificar três combinações de configuração. Para a auditoria, a gráfica deve fazer três combina ções de substrato, impressora e modo de impres são (para uma ou mais impressoras). O objetivo é criar uma referência física por meio de uma prova de contrato ou de validação. São impressas as três combinações, que devem ser representativas da pro dução, e pelo menos uma das três precisa estar em conformidade com a norma ISO 12647‑7 (prova de contrato) ou ISO 12647‑8 (validação de impressão). DICAS PRÁTICAS O PSD contém um capítulo inteiro dedicado a
dicas práticas. São informações extraídas princi palmente do LFP Designer Guide da Color Allian ce e, por isso, atualmente, apresenta informações com foco em grandes formatos. No entanto, a Fo gra informa que deseja ampliar esse capítulo para outros formatos. Por isso, qualquer um é convi dado a compartilhar e discutir informações para aplicações existentes e novas. A gráfica interessada em obter a certificação PSD deve responder a perguntas típicas como: ◆◆ Qual é o sistema de impressão apropriado? ◆◆ Quais são as propriedades de permanência e durabilidade relevantes? ◆◆ Que aspectos da preparação de dados, controle de processos e garantias da qualidade precisam ser levados em consideração? Deve notar-se que as recomendações de per manência e durabilidade não estão ass ociadas a um método de medição de concreto. Primeiro, há muitas soluções proprietárias utilizadas para esse propósito. Em segundo lugar, existem diferentes re quisitos nacionais (alemães, neste caso), de modo que o que é exigido em um país não é necessaria mente exigido em outro. Para tanto, há uma lista de métodos de medição. PROVA EM MÁQUINA
A Fogra defende que enquanto na impressão con vencional a prova em máquina foi quase extinta, ela pode ser válida na impressão digital, uma vez que pode ser conveniente usar a mesma combinação de materiais para o impresso de referência (prova de contrato, validação da cópia ou prova de máquina).
PÚBLICO-ALVO
A Certificação PSD destina-s e principalmente aos fornecedores de serviços de impressão digi tal, sejam eles de pequeno ou grande formatos, com tecnologias eletrofotográficas ou jato de tin ta. Está voltada também aos compradores de im pressão que desejam obter informações sobre impressão digital, uma vez que requisitos e dire trizes ajudam na negociaç ão e tomada de deci são para a aquisição de impressos, além de evitar exigências inalcançáveis. BUSCANDO A CERTIFICAÇÃO PSD FOGRA
As tabelas aqui reproduzidas apresentam os requi sitos mínimos que devem ser atendidos pelas em presas que desejam a certificação de acordo com o documento PSD Fogra. Os requisitos são exigidos e devem ser atendi dos, enquanto as recomendações indicam ações ou controles que podem otimizar o processo. A lista de verificação também pode ser usada como procedi mentos internos de medição da qualidade. Um ponto importante da certificação é a iden tificação de três combinações representativas do sistema. São combinações (combos) de RIP, siste ma de impressão, modo de impressão e substrato típicas para a produção. A lista abrange também o tipo de avaliação de cor, ou seja, lado a lado, ou mí dia relativa. Isso é importante porque inf luencia o tipo de avaliação. As três combinações seleciona das constroem a base para a análise de dados e de impressão, tanto durante quanto após a auditoria. O documento PSD define que a gestão da qua lidade pode ser considerada como tendo quatro componentes principais: planejamento da qualida de, controle de qualidade, garantia de qualidade e melhoria da qualidade. A gestão da qualidade é fo cada não só na qualidade do produto ou serviço, mas também dos meios para alcançá-la. Nesse sen tido, o PSD recomenda documentar uma série de informações sobre a organização e os equipamen tos utilizados. Nos casos em que os procedimen tos operacionais padrão (POPs) exigidos na norma ISO 9001 (no Brasil, ABNT NBR ISO 9001) estiverem disponíveis, deve-se documentar apropriadamente. Esperamos que brevemente tenhamos a série ISO 15311 publicada para podermos traduzir e adotar no mercado brasileiro, obtendo alguns dos benef ícios que os usuários do PSD da Fogra obtêm.
VIVIANE PEREIRA é chefe
de secretaria do ONS27 e secretaria do ISO/TC130/ WG13 – Avaliação da Conformidade. BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27, coordenador do WG13, diretor técnico da ABTG Certificadora e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
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ESPECIAL DRUPA
Indústria 4.0 e a rede digital na Drupa 2016 Nos 19 pavilhões do Centro de Exposições de Düsseldorf, na Alemanha, de 31 de maio a 10 de junho, a Drupa receberá cerca de 1.650 expositores, de mais de 50 países, em uma demonstração da versatilidade e força inovadora da tecnologia gráfica.
D
entro de um novo alinhamento estraté gico, com o seu período de duração re duzido para onze dias (eram 14) e a pe riodicidade passando, a partir de agora, de quatro para três anos, a principal feira interna cional de impressão e crossmedia terá início no dia 31 de maio. Sob o tema Touch the Future, a Drupa 2016 coloca em foco a energia inovadora do setor e fornece uma plataforma às tecnologias do futu ro. Soluções avançadas estarão no centro das aten ções, abrangendo os processos de impressão, pro dução de embalagens, multicanal, impressão 3D, impressão funcional e impressão verde. “Estamos claramente no caminho certo, com essa reorien taç ão estratégica e a escolha do foco no futuro, pois a ressonância do evento junto à indústria de fornecedores internacionais é muito positiva, dis sipando as dúvidas que pairavam no ar tendo em
conta a difícil conjuntura do mercado”, declara Wer ner M. Dornscheidt, presidente e CEO da Messe Düsseldorf GmbH, organizadora do evento. Claus Bolza-Schünemann, presidente da Koenig & Bauer AG e do comitê organizador da Drupa, res salta que a Print 4.0 (indústria 4.0) será a tendên cia dominante na feira. “A Print 4.0 permite a indi vidualização e personalização na impressão digital. Em virtude da rápida evolução e diversificação da gama de soluções na impressão industrial1 e funcio nal2 das embalagens de alta qualidade, essa integra ção de equipamentos e sistemas oferece a solução e a garantia para maior eficiência e competitividade”. 1 Impressão de placas eletrônicas, circuitos, layers de celulares e notebooks, etiquetas com radiofrequência, cartões de crédito com chips etc. 2 Impressão de objetos e materiais, desde tecidos, cerâmica e vidro até móveis e alimentos.
EVENTOS TÉCNICOS PARALELOS
O programa de eventos técnicos da Drupa 2016, incluindo o Drupa Innovation Park, o Drupa Cube, a Pepso – Printed Electronics Products and Solu tions (impressão de componentes eletrônicos e soluções), a 3D fab+print (impressão 3D) e o Tou chpoint Packaging (ponto de encontro da em balagem), apresenta possibilidades potenciais e inovadoras aos diferentes grupos de visitantes. Um dos principais temas na feira será a produ ção de embalagens. Previsões a tuais apontam que o mercado de embalagens chegará a US$ 985 mi lhões de dólares até 2018. O Touchpoint Packa ging, com a participação de 20 expositores, reflete a relevância desse mercado. Ocupando o estande B53 no pavilhão 12, trata-se de um fórum especial desenvolvido em conjunto, tanto na concepção quanto na execução, com a Europ ean Packaging Design Association, EPDA . Para atender as neces sidades específicas das diferentes indústrias usuá rias, o Touchpoint Packaging divide-se em quatro “laboratórios futuros”: food & beverage (alimentos e bebidas), non-food (não alimentícios), pharma (farmacêuticos) e cosmetics (cosméticos).
Outro tema de destaque será a impressão 3D. Não deve ser subestimado o potencial dessa tec nologia adicional, conforme afirma a diretora da Drupa, Sabine Geldermann: “Acima de tudo, o ne gócio de peças de reposição, assim como o design
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de embalagens, oferece grandes oportunidades para os fabricantes de equipamentos e usuários, mas também para os prestadores de serviços de impressão”. O 3D fab+print, no estande C41 do pavilhão 7A , apresentará a tecnologia atual mais inovadora e cases das melhores práticas. Fornecedores de tecnologia e usuários, expositores e visitantes, visionários e praticantes, todos podem convergir nesse espaço, absorvendo o conhecimento e participando dessa realidade. A impressão funcional também aponta para o futuro, com muitos exemplos de aplicações para a impressão de componentes eletrônicos em nível mundial. Sensores de toque em sup erf ícies aparentes, alto-f alantes bluet ooth em papel ou tintas condutoras, graças às novas tecn olog ias de impressão já não são mais uma ficção científ ic a. A Drupa 2016 aborda esse tema simultaneamente, em diversos aspectos: 1. Vários expositores apresentarão em seus estandes, sob a marca Pepso, o tema produtos de impressão de componentes eletrônicos e soluções. 2. A Organic Electronics Association (OE‑A) vai detalhar o tema com seus associados no pavilhão 7.0. 3. A Esma – The European for Screenprinting, Digital and Flexoprinting Technologies organizará nos pavilhões 6 (estande C02) e 3 (estande A70) um programa sobre as suas áreas de atuação. 4. A VDMA , no pavilhão 7A (estande B13), oferecerá uma série de atividades dentro do seu Showcase Industrial Printing. Pequenas empresas e start-ups, além de protagonistas globais com soluções vanguardistas, estarão 32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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no centro do Drupa Innovation Park com avanços impulsionadores e cases de negócios em torno de soluções de impressão e edição. O Dip Energy Lounge, no pavilhão 7.0, dará destaque a inovações, soluções e exemplos de negócios. Apresentações, palestras e entrevistas completam a proposta de cerca de 130 expositores no Dip. O Drupa Cube terá uma abordagem diferencia da, com o tema Entertaining, Educating, Engaging. O foco desse programa de eventos e conferências, no estande D03 do pavilhão 6, estará voltado ao poder inovador da impressão e as múltiplas possibilidades de aplicação dos produtos impressos. Os organizadores colocam Frans Johansonn, fundador e CEO do internacionalm ente conhecido Medici Group, como um parceiro inovador. Johansonn quebrou paradigmas e causou grande sensação com o seu livro The Medici Effect, passando a representar, desde então, o pensamento e ações fora dos parâmetros convencionais, conhecidos como o princípio out-of-the-box (fora da caixa). Além das suas duas palestras nos dias 31 de maio e 2 de junho, serão apresentadas durante a feira outras cerca de 40 palestras de especialistas internacionais. Texto produzido pela equipe da Messe Düsseldorf
GmbH, organizadora da Drupa.
o ã ç a z i l a u t a s i a m
s a d a t n a l p s a t s e r o l f s i ma Você sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtêm 100% da celulose a partir de florestas plantadas?* A área de florestas plantadas no Brasil equivale a 2.6 milhões de campos de futebol.** Leia este informativo tranquilamente, pois o papel utilizado nele é feito de madeira natural e renovável.
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ENTREVISTA Texto e foto: Tânia Galluzzi
icardo Pi é diretor geral da Durst Brasil e gerente de vendas para a América Latina. No segmento de impressão desde os 16 anos, assumiu o comando da Durst em 2014. Desde então vem procurando aproximar a empresa dos clientes, disseminando a cultura da venda consultiva. Nesta entrevista, realizada durante a Fespa 2016, o executivo, formado em Jornalismo, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, fala da evolução do mercado de impressão de grandes formatos e dá dicas de como conduzir a compra de uma nova máquina.
Ricardo Pi “O que diferencia as empresas é o intangível” 34 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Como o senhor enxerga a evolução da impressão digital no segmento de grandes formatos, sobretudo no setor de sinalização e comunicação visual? Ricardo Pi – Quando a tecnologia digital chegou a esses mercados, o grande desafio era a velocidade, especialmente em máquinas de grande formato com tinta solvente. Com o passar do tempo, novos formatos passaram a ser o diferencial. Há mais de uma década chegaram às máquinas asiáticas, mais acessíveis, porém mais frágeis. Os grandes players perceberam que tinham de dar um passo além, unindo velocidade, qualidade de impressão e configurações mais versáteis, sobretudo com a tecnologia UV. Um marco importante para esse mercado foi a Lei Cidade Limpa, que entrou em vigor na capital paulista em 2007. Com a proibição do uso da mídia exterior, especialmente dos outdoors, as verbas até então destinadas a esse fim migraram para o ponto de venda, impulsionando a impressão UV. Os desafios tecnológicos passaram a ser aderência ao substrato e evitar que as tintas secassem e entupissem os cabeçotes de impressão. Esses obstáculos já foram superados e o binômio velocidade+qualidade não representa mais diferencial competitivo. As perguntas agora são outras. Seguindo tendência mundial, as empresas estão preocupadas em criar soluções ambientalmente corretas, com tintas livres de VOC [compostos orgânicos voláteis], e que gastem menos energia. Os olhos hoje estão voltados para a operação como um todo.
Falando em atualidade, o segmento de grandes formatos foi um dos que menos sofreu com a instabilidade econômica, correto? RP – Sim, porém não está imune à crise. Os clientes estão segurando os projetos, esperando definições no cenário econômico e político. E os fornecedores estão lutando para ser cada vez mais eficientes. A Durst andou na contramão. Tivemos em 2015 o melhor resultado da companhia no Brasil. Isso por conta da mudança da estratégia da empresa no País. A Durst se comunicava pouco com o cliente e a partir de 2014 começou a se aproximar do mercado e a oferecer soluções e não apenas equipamentos. A decisão de compra de um equipamento pode trazer consequências bem maiores das imaginadas pelo cliente. Como comentei, é preciso analisar a operação inteira. Fazendo isso, por exemplo, já aconteceu de recomendarmos que o cliente não comprasse uma máquina e também já houve caso de indicarmos um sistema e seis meses depois o cliente comprar outro. O que a gráfica ou o birô de impressão deve analisar no momento em que começa a pensar em investir em impressão digital de grande formato? RP – Primeiro deve olhar à sua volta, fazer benchmark. Descobrir entre seus concorrentes quem são os melhores, quem pode inspirá-lo e saber o que eles estão fazendo. Depois deve olhar para dentro, definindo qual o seu core business. Gosto de citar o Princípio de Pareto, ou regra do 80-20, que define que 20% dos produtos de uma empresa são responsáveis por 80% de seu faturamento. É preciso identificar os produtos mais lucrativos. Com essa informação o empresário já pode delinear que tipo de sistema é o mais adequado. O passo seguinte é estabelecer as metas de crescimento e descobrir o quanto a empresa precisa produzir para que elas sejam atingidas. Esse dado pode estabelecer a performance da máquina que a empresa necessita. Definidos tecnologia, qualidade e desempenho, calcula- s e entre as opções em vista o melhor custo
hora/máquina e estamos perto da decisão final. Uma dica é envolver o fornecedor nesse processo. Se ele não for um simples vendedor e sim um consultor de venda, pode ajudar o empresário nessas etapas e, principalmente, configurará a máquina dentro das necessidades específicas da empresa. Entre as características do sistema, o que o empresário deve buscar? RP – Eficiência. O equipamento deve conversar com as tecnologias já existentes. O fluxo de trabalho tem de fluir sem gargalos. Cada vez mais o que diferencia as empresas é o intangível, aquilo que não se vê. Estou falando de controle de processo, treinamento, softwares de gestão, destinação correta de resíduos.
Os olhos hoje estão voltados para a operação como um todo.
O que a Durst trouxe para a Fespa 2016? RP – Os destaques são a Alpha 180 TR , voltada ao segmento têxtil, único modelo híbrido do mercado mundial que pode trabalhar tanto com impressão direta quanto sublimação, e os dois novos modelos da linha Rho P‑10 para impressão indust rial inkjet UV, que podem ser configurados para trabalhar rolo a rolo ou mesa plana, para mídias rígidas. E para a Drupa, o que a empresa está preparando? RP – Há cinco anos a Durst vem desenvolvendo a tecnologia de impressão à base d’água para grandes formatos, com qualidade offset. Com tintas livres de substância nocivas, ela será vista em impressoras de mesa, rodando mídias rígidas e flexíveis, e rolo, para tecidos. VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
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ORIGENS
A Manoel Manteigas de Oliveira
linotipo
e a reprodução fotográfica
Aula de linotipia no Senai nos anos de 1950
invenção da tipografia por Gutenberg foi um fato da maior importância na história da humanidade e transformou radicalmente a maneira como livros e outros documentos eram reproduzidos. Até então todos os livros tinham que ser copiados um a um, num processo muito demorado. Por isso os livros eram muito raros e somente pessoas ricas ou poderosas podiam tê-los. A esmagadora maioria da população era analfabeta porque não havia mesmo muito o que ler. A invenção da tipografia na metade do século XV foi um grande avanço para a reprodução rápida dos textos, mas as imagens continuavam a ser feitas a partir de matrizes feitas à mão. Essas matrizes eram tábuas de madeira gravadas em alto relevo (xilografia), chapas de metal gravadas em baixo relevo (calcografia) ou pedras desenhadas com substâncias gordurosas
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(litografia). No entanto, as técnicas de composição e impressão dos textos continuaram avançando, assim como os métodos de reprodução de ilustrações. A segunda revolução decisiva para as artes gráficas, após a invenção dos tipos móveis por Gutenberg, foi a criação da composição mecânica. Na composição manual de Gutenberg, os tipos eram recolhidos um a um de seus compartimentos na caixa tipográfica e agrupados para formar palavras e linhas. As linhas reunidas constituíam a forma tipográfica. Em 1886 o alemão Ottmar Mergenthaler inventou a máquina linotipo. Esse equipamento permitia que a composição do texto fosse feita a partir do acionamento de um teclado e muito mais rapidamente do que no processo manual. Ao digitar o texto, matrizes das letras em baixo relevo eram juntadas formando
a linha. Em seguida, uma liga de chumbo, antimônio e estanho, derretida a 270° C, era injetada nas matrizes em baixo relevo e uma linha inteira era moldada. O funcionamento dessa máquina é extremamente complexo. Seu projeto e construção é uma obra de gênio. Quem tiver interesse em conhecer melhor o assunto pode ver o documentário Linotype the Film, do diretor americano Douglas Wilson, e também reler artigos que já foram publicados aqui na Tecnologia Gráfica. O trailer do filme está disponível no site www. linotypefilm.com. A biblioteca da Escola Senai Theobaldo De Nigris tem o filme disponível em DVD e legendado. Até hoje ainda existem máquinas de linotipo em funcionamento em algumas gráficas, como na Faelpa Artes Gráficas, de Paulo Cerullo, no bairro da Mooca. A escola também mantém em funcionamento uma linotipo, em parceria com a ONG Oficina Tipográfica São Paulo, que se dedica a preservar o conhecimento e as técnicas tipográficas tradicionais.
A reprodução de imagens teve um grande avanço com o desenvolvimento da fotografia. A descoberta de que a luz podia modificar quimicamente substâncias e que esse fenômeno poderia ser usado para a reprodução de imagens data do início do século XVI , mas 1826 é considerado oficialmente como o ano em que a primeira fotografia foi feita. O inventor do processo foi o francês Joseph-Nicéphore Niépce. Nas suas pesquisas ele descobriu que algumas substâncias mudam suas propriedades quando expostas à luz. Uma delas é o betume da Judeia, obtido a partir do petróleo, que se torna insolúvel sob o efeito da luz. Niépce recobriu com ele uma chapa metálica e sobre ela colocou um desenho feito em papel translúcido. Expôs tudo à luz do sol. A luz atravessou as áreas transparentes e agiu sobre o betume tornando-o insolúvel. Onde o desenho era opaco a luz não conseguiu atingir o betume e ele não sofreu alterações. Em seguida Niép ce revelou a imagem com um solvente adequado, que removeu apenas o betume que
Aula de composição manual no Senai na década de 1950
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não tinha recebido luz. Finalmente submeteu a chapa metálica ao ataque de um ácido. A substância corroeu o metal apenas onde ele estava desprotegido porque não estava mais recoberto pelo betume. O resultado foi uma matriz, chamada de clichê, que podia ser usada para impressão. Os clichês podiam ser montados em bases de madeira, ficando da mesma altura dos tipos móveis e fazendo parte da forma tipográfica. Dessa maneira abriu- se a possibilidade de imprimir imagens e textos numa mesma operação. Tal técnica passou a ser cada vez mais aplicada. O metal mais usado era o zinco, gravado com ácido nítrico. Ao invés de desenhos feitos em papel translúcido, passaram a ser usadas fotografias em negativo, tiradas dos originais desenhados. Essas fotos — depois chamadas de fotolitos — eram feitas em grandes máquinas fotográficas. A escola conserva uma dessas câmeras, com o corpo ainda de madeira. O método continuou a ser usado por muito tempo, até mais ou menos 30 anos atrás, quando a
computação gráfica e os escâneres começaram a substituir os processos fotolitográficos. O mesmo princípio foi também usado para se copiar imagens sobre pedras litográficas e sobre chapas de metal para calcografia. Nos dois casos recobria- se a superfície com betume da Judeia ou outra substância com propriedades semelhantes. Em seguida fazia-se a exposição à luz através de desenhos em papel ou de fotolitos. Na pedra litográfica, após a revelação, fazia- se uma gravação com ácido, porém muito leve, apenas o suficiente para ajudar na fixação da tinta gordurosa que compunha a imagem. No caso da gravação em metal, o ácido — na verdade uma solução de cloreto de ferro — corroía o metal em profundidade suficiente para a retenção da tinta. MANOEL MANTEIGAS DE OLIVEIRA é diretor da Escola Senai
Theobaldo De Nigris e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e diretor técnico da ABTG.
Câmera fotográfica
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Os rumos do
jornal impresso
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jornal, conforme o conhecemos nos dias atuais, surgiu com a invenção da prensa de impressão pelo chinês Pi Cheng no século IX . Antes disso, a maneira mais antiga de transmissão de notícias data do período dos grandes imperadores romanos, onde as novidades eram talhadas em pedra. Somente no século XV, com o desenvolvimento do processo de reprodução por Johannes Gutenberg, foi possível fazer tiragens em grande escala.
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Hoje o jornal vem enfrentando mudanças no modo como é comercializ ado. É fato que o jornal impresso tem perdido campo com a mudança de comportamento imediatista do leitor de notícias, munido de ferramentas digitais e televisivas que trazem a notícia de maneira rápida e atualiz ada. A mídia impressa está dedicada à interpretação dos fatos e a investigação jornalística, deixando o factual para a internet, ou seja, à citação do fato. Claro que a credibilidade do jornal impresso é bem
menos questionada do que as chamadas nos sites de notícias. Na parte técnica, os jornais tem se renovado e utilizado recursos cada vez mais modernos voltados a melhorar a qualidade de impressão. Em 1999 o parque gráfico do jornal O Globo foi reestruturado com a instalação de novas máquinas rotativas para impressão, com saída de chapa pelo processo CtP (computer-to-plate), implantação de gerenciamento e provas de cor. O objetivo era imprimir com grande qualidade gráfica os jornais O Globo e Extra, este último fundado em 1998. Apesar da diminuição nas vendas de jornais, o parque gráfico de O Globo é um dos mais modernos do Brasil. Infelizmente, com capacidade de produção muito maior do que o necessário. O jornal O Estado de S. Paulo é um exemplo da busca pela inovação. Ganhador por 12 vezes do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, o Estadão utilizou durante quase três anos a retícula estocástica, ou FM (frequência modulada). Em busca de mais controle nos processos de produção, implantou o sistema CtP para geração de chapas, retornando ao uso da retícula linear. Segundo Edson Lino, supervisor de Engenharia de Produção da empresa, com as tecnologias atuais seria possível retornar ao uso da retícula estocástica, mas os processos estão tão estáveis que não vale a pena, pelo menos neste momento, trocar a reticulagem. Além disso, a empresa utiliza a barra de controle de gris, onde vários steps são impressos com formação de partes com preto 40% e gris nas demais, que possibilita visualiz ar a variação tonal de uma maneira bastante precisa. As chapas utilizadas na impressão do Estadão dispensam o processamento, ou seja, encaixam- s e na categoria de chapas verdes ou ecológicas. A camada que não foi gravada é retirada no momento do acerto da máquina, nas primeiras folhas impressas. Pioneira nesse segmento, a Kodak disponibiliza informações específicas de fábrica como referência para a lin ear iz aç ão, conhecido como curva de cutback de 5%, que é o ganho de ponto desse tipo de chapa. Caio Toledo, especialista de pré-impressão da Zanatto Soluções Gráficas, disse que, além do Estadão, outros jornais estão utilizando as chapas Sonora (sem processamento) da Kodak, como o Jornal de Uberaba (MG), os periódicos do Grupo
Zero Hora (RS), O Tempo (BH), a Gazeta de Vitória (ES), o Cruzeiro do Sul (Interior de SP), o Jornal do Commercio (PE) entre outros títulos. A impressão digital também já chegou ao mercado de jornais. Um exemplo interessante é o da empresa Newsweb Corp. que imprime o Chicago Tribune, além de 18 títulos semanais. A impressora utilizada é a JetLeader, da TKS , que possui um sistema de impressão inkjet que pode produzir de 100 a 5.000 cópias. O foco são jornais de pequena circulação. A Newsweb tem como objetivo utilizar dados variáveis para customização de edições regionais ou oferecer uma ferramenta de marketing para a circulação de publicidade. A Imprensa Oficial, órgão responsável pela publicação dos atos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado de São Paulo e que imprime um dos periódicos mais tradicionais do Estado, o Diário Oficial, também merece destaque por possuir um parque gráfico que passa constantemente por manutenção e atualiz ação tecnológica. Prova disso é o investimento em máquinas de impressão digital que inicialmente eram direcionadas para impressão do clipping, um compilado das chamadas dos principais jornais do Estado. Hoje esse veículo é totalmente disponibilizado em formato web. Segundo Carlos Haddad, assessor técnico da presidência da Imprensa Oficial, as máquinas digitais agora são utilizadas na produção de qualquer produto gráfico que possa ser impresso em digital. É fato que os jornais estão sendo substituídos pelas mídias digitais. Nos Estados Unidos, o The New York Times, o Wall Street Journal e o USA Today sentiram o avanço das novas mídias. Porém é notório o surgimento de publicações de formato menor (tabloide) com notícias mais simplificadas, mas com grande quantidade de anúncios. Alguns jornais possuem somente a versão digital, como o Jornal do Brasil, o Estado do Paraná (que virou Paraná OnLine), o Diário do Comércio e O Sul, além dos estrangeiros que possuem versões digitais em português como El Pais Brasil e o BBC Brasil. Matérias mais profundas e abrangentes, furos de reportagem, planos vantajosos de assinatura, vendas que disponibilizam também a versão digital, além do acesso exclusivo ao acervo de conteú do, são as apostas dos grandes jornais para fidelizar o leitor de notícias.
ANA CRISTINA PEDROZO OLIVEIRA é professora de
Pré-Impressão na Escola Senai Theobaldo De Nigris FONTES Internet: http://memoria.oglobo.globo. com/linha-do-tempo/parque- graacutefico-9197388
http://www.expoprint.com.br/pt/ noticias/newsweb- c orp-adquire- segunda-impressora-digital-jornais http://www.chicagobusiness.com/ article/20130425/NEWS06/ 130429876/why-one-newspaper- printer-is-planning-for-growth http://harvardpolitics.com/ covers/future-print-newspapers- struggle-survive-age-technology/ http://www.meioemensagem. com.br/home/midia/noticias/ 2015/07/15/Brasil-perdeu-oito- jornais-em-6-anos.html Publicações: PrintCom Brasil – 06/2005 Um Retrato no Jornal – A História de São Paulo na Imprensa Oficial (1891–1994) – 1994
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ACABAMENTO
Problemas com o fechamento de cartuchos?
Jairo Oliveira Alves
Preste atenção no adesivo
Fatores como viscosidade, vida útil e misturas inadequadas podem comprometer todo o processo de acabamento.
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O
adesivo de PVA , também conhecido como cola à base de água, é compos to por uma resina sintética, solúvel em água, preparada a partir de substâncias químicas conhecidas como polímeros. Além des ses componentes principais, os fabricantes podem acrescentar aditivos para melhorar as propriedades do adesivo, como fungicidas para combater a for mação de mofo. A sigla PVA significa acetato de po livinila, em inglês. O PVA é um adesivo apropriado para materiais porosos como madeira e, na indús tria gráfica, para papéis, cartões e papelão ondula do. Por isso é largamente utilizado no fechamento de cartuchos e em embalagens em geral. O adesi vo PVA é denso, branco e leitoso. Depois de feita a colagem é resistente ao mofo e à umidade. No processo de colagem, o adesivo de PVA deve penetrar nos poros das superf ícies a serem unidas. A água do adesivo evapora e os polímeros da resi na se unem quimicamente produzindo uma pelícu la que une firmemente as superfícies. Esse processo de secagem (evaporação da água e polimerização da resina) ocorre muito rapidamente, ainda na mesa de compactação (esteira) da coladeira. No entanto, se a esteira for muito curta, se a coladeira estiver com muita velocidade ou se o adesivo foi alterado (adi ção de água, por exemplo, ou deterioração), pode acontecer de a secagem não ser suficiente até o mo mento de os cartuchos serem empacotados, o que pode resultar na abertura dos cartuchos. Qualquer bom adesivo deve ter, em primeiro lugar, boas propriedades de adesão. Mas é muito importante também que seja estável, não se dete riorando com facilidade, mantendo sua qualidade ao longo do tempo. A viscosidade do adesivo tem grande importância na qualidade da colagem. Pode ser entendida como a resistência do adesivo ao es coamento. O adesivo mais viscoso escorre mais len tamente. No processo de colagem, se a viscosidade
do adesivo estiver muito alta ele terá dificuldade em penetrar no cartão. Já com a viscosidade ideal o adesivo tem mais facilidade de penetração, ten do uma distribuição uniforme. Se a viscosidade for baixa haverá necessidade de aplicar mais adesivo, correndo-se o risco do produto exceder a área de colagem. Nesse caso, recomenda-se adquirir ade sivo com a viscosidade ideal para o tipo de aplica dor e equipamento, evitando-se assim a mistura de aditivos pelo operador, o que compromete as características do adesivo. Outra característica fundamental é o teor de só lido, que é a quantidade total de adesivo menos a quantidade de voláteis. Essa propriedade tem gran de inf luência no tempo de secagem e no rendimen to do adesivo. Já o tack é a resistência que uma ca mada de adesivo oferece para se separar em duas. Para entender melhor imagine uma gota de adesi vo entre as pontas dos dedos polegar e indicador. Ao abrir os dedos vai ficar um pouco de cola em cada um. Quanto mais força for necessária para fazer essa separação maior é o tack do adesivo. No pro cesso de fechamento do cartucho, o tack do adesi vo tem que ser suf icientemente alto para manter as duas superf ícies unidas até que ocorra a secagem. Se o tack for muito baixo, as duas superf ícies po dem se separar antes da secagem, ocasionando a abertura do cartucho. Se, além disso, o corte e vin co não produziu canaletas com espessura e pro fundidade suf icientes para o tipo de cartão usado, esse problema vai acontecer com mais facilidade. Um adesivo com baixo teor de sólidos pode ser mais barato, mas vai apresentar um rendimen to mais baixo porque será necessário utilizar mais adesivo para obter a colagem. Dessa forma, o ba rato pode sair caro. Além disso, há limites com re lação à quantidade de adesivo que pode ser aplica da. Se o teor de sólidos é baixo, a secagem também vai demorar mais, assim como pode cair o tack do
adesivo. Pode acontecer com mais frequência de o cartucho se abrir antes da secagem. Há adesivos no mercado que contêm aditivos que aumentam o teor de sólidos, porém não au mentam o real poder de adesividade. São substân cias mais baratas que os polímeros que deveriam ser usados. Aparentemente, a cola parece ter vis cosidade e tack adequados, mas tem menor poder de colagem. Assim, é importante adquirir adesivos de fornecedores idôneos e observar o desempenho do produto durante o processo. FATOR TEMPO
A maioria dos produtos compostos, como é o caso dos adesivos PVA , está sujeita a alterações com o decorrer do tempo. Essas alterações podem com prometer os resultados de sua aplicação ou mesmo tornar o adesivo impróprio para o uso. Altas tem peraturas e o contato com o ar alteram proprieda des importantes do adesivo. A evaporação da água provoca o aumento da viscosidade, dificultando a penetração do adesivo nos substratos a serem co lados. Por isso, é muito importante observar alguns cuidados na manipulação desse produto: ◆◆ Usar sempre em primeiro lugar o adesivo estocado há mais tempo. ◆◆ Utilizar o conteúdo do recipiente até o final antes de abrir outro. ◆◆ Não utilizar produtos vencidos. Deve-se observar a data de vencimento na embalagem do fabricante. ◆◆ Nunca misturar a sobra da embalagem velha com o conteúdo da embalagem nova, mesmo sendo do mesmo fabricante. Colas de aparência quase
idênticas são fabricadas com substâncias de natu reza química diversa e por isso não devem ser mis turadas. A mistura pode provocar reações químicas inesperadas e alterações nas propriedades da cola. ◆◆ Se o conteúdo do recipiente não for usado na sua totalidade, a embalagem plástica interna deve ser fechada de modo a retirar-se o ar. ◆◆ Os recip ientes com adesivo devem ser armaze nados em ambiente com temperatura modera da e constante. Deve-se evitar principalmente a exposição ao sol ou ao calor prolongados. No caso de parte do adesivo secar no recipiente onde estiver guardado e houver a formação de cros tas, elas devem ser cuidadosamente raspadas e des cartadas. Deve-se evitar que resíduos secos caiam de volta na cola. Isso porque a cola, depois de seca, não se dissolve mais. A secagem é um processo ir reversível. Os resíduos secos misturados na cola lí quida irão causar problemas e prejudicar o processo de colagem. Além de crostas — mais evidentes —, a nata que pode se formar na superfície da cola tam bém deve ser retirada com cuidado. Essa nata é a cola que já entrou em processo de polimerização, embora não esteja completamente seca, e não deve mais ser misturada ao restante do adesivo. Se o corte e vinco está sendo feito adequadamen te e mesmo assim os cartuchos se abrem durante a colagem, pode ser necessário contatar o fornecedor de adesivo para que ele substitua o produto por ou tro mais adequado às necessidades do processo. JAIRO OLIVEIRA ALVES é professor de pós-
impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
DISTRIBUIÇÃO DO ADESIVO NO SUBSTRATO
Adesivo alta viscosidade
Substrato
Adesivo baixa viscosidade Substrato
VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
43
GESTÃO AMBIENTAL
Gestão de resíduos no ensino profissionalizante na Theobaldo De Nigris
Simone Amaral
O
processo offset é largamente utilizado na impressão de produtos editoriais, promocionais, comerciais, artigos de papelaria, embalagens rígidas e semirrígidas, entre outros materiais. Trata-se de tecnologia extremamente versátil que utiliza diversos insumos, os quais, se não gerenciados corretamente, podem causar grande impacto negativo no meio ambiente. O curso Técnico de Impressão Offset, oferecido pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, tem como um dos seus objetivos habilitar profissionais em planejamento, execução e coordenação dos processos gráficos, o que inclui a gestão dos resíduos gerados nessas ações. Neste artigo mostramos como a escola implantou um sistema de gestão de res íduos, tornando-o parte fundamental do currículo dos cursos técnicos. A escola não imprime comercialmente, portanto os resíduos são gerados em quantidades muito pequenas. Ainda assim, o descarte inadequado seria prejudicial ao meio ambiente. No entanto, uma das principais motivações dessa gestão é permitir aos alunos o aprendizado, na prática, de como lidar com essa questão quando estiverem atuando prof issionalmente. A Theobaldo De Nigris já vinha realiz ando, ao longo dos anos, diversas atividades isoladas voltadas à preservação ambient al. Essas ações tornaram-se sistemáticas a partir da implantação de um projeto piloto de Produção Mais Limpa no setor de impressão offset. Dessa iniciativa surgiram outras específicas como a substituição do álcool isopropílico, antigamente usado na solução de molha, por um produto bem menos tóxico. Outro projeto implantado foi a redução da aplicação de óleos lubrificantes nas máquinas sem o comprometimento da manutenção dos equipamentos. Igualmente importante foi a criação da Equipe de Qualidade Ambiental (EQA), formada por fun cionários e alunos com o propósito de promover a educação ambiental e reduzir o impacto ambiental dos resíduos gerados. Finalmente, a escola implantou sistemas de gerenciamento de resíduos. A seguir
44 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. I 2016
apresentamos as etapas desse processo no setor de impressão offset. A primeira etapa foi identificar os resíduos e elaborar um fluxograma segundo a classificação estabelecida na norma ABNT NBR 10.004. A partir do fluxograma foram elaboradas as planilhas de avaliaç ão de significância ambient al de cada um dos resíduos identificados. Tais planilhas servem para apontar os aspectos ambientais significativos, avaliar o impacto ambiental negativo dos diferentes resíduos e as ações que precisam ser desenvolvidas para mitigar esse impacto. Nessas planilhas os resíduos são classificados segundo seu tipo, ocorrência, abrangência, severidade e aplicabilidade de requisitos legais. Tipos (classe)
A – Emissões atmosféricas B – Efluentes líquidos C – Resíduos sólidos D – Recursos naturais E – Emissão de energia Ocorrência
Acima de um trimestre (1) De um mês a um trimestre (2) ◆◆ Pode ocorrer dentro de um dia (3) ◆◆ Mais que um trimestre, menos de um semestre (4) ◆◆ De um mês a um trimestre (5) ◆◆ Um dia até uma semana (6) ◆◆ ◆◆
Abrangência
Restrito à propriedade (1) Fora da propriedade, até o entorno da unidade, até o limite do bairro (2) ◆◆ Ultrapassa os limites do bairro (3) ◆◆ ◆◆
Severidade
Impacto de severidade mínima, totalmente reversível com ações imediatas sem consequência para o meio ambiente (1) ◆◆ Severidade moderada, com possíveis reclamações das partes interessadas (2) ◆◆
FLUXOGRAMA DOS RESÍDUOS ENTRADA/MATERIAIS
SAIDA
CLASSE
TIPO
Óleo lubrificante
Óleo lubrificante
I
Resíduo sólido
Graxa
Graxa
I
Efluente líquido
Toalha industrial contaminada
I
Resíduo sólido
Solvente
I
Efluente líquido
Embalagens contaminadas
I
Resíduo sólido
VOC
—
Emissões atmosféricas
Solvente
Água contaminada
I
Efluente líquido
Água
Toalha industrial contaminada
I
Resíduo sólido
Toalha industrial
Chapa offset
IIA
Resíduo sólido
Esponja de celulose contaminada
I
Resíduo sólido
Embalagens contaminadas
I
Resíduo sólido
Blanqueta
Blanqueta contaminada
I
Resíduo sólido
Papel
Aparas
IIA
Resíduo sólido
Tinta
Papel com excesso de tinta
I
Resíduo sólido
Álcool isopropílico
Solução de molhagem contaminada (água, álcool isopropílico e solução de fonte)
I
Efluente líquido
Água
Solvente contaminado
I
Efluente líquido
Solucão de fonte
VOC
—
Emissões atmosféricas
Solvente
Toalha industrial
I
Resíduo sólido
Esponja contaminada
I
Resíduo sólido
Esponja
Algodão contaminado
I
Resíduo sólido
Algodão
Verniz
I
Efluente líquido
Restaurador de blanqueta
Pó antimaculante
IIA
Resíduo sólido
Verniz
Revestimento do rolo molhador
I
Resíduo sólido
Pó antimaculante
Embalagens contaminadas
I
Resíduo sólido
Água contaminada
I
Efluente líquido
Solvente contaminado
I
Efluente líquido
Toalha industrial
I
Resíduo sólido
Embalagens contaminadas
I
Resíduo sólido
Toalha industrial Solvente
Limpador de chapa
OPERAÇÃO
➠
➠
Lubrificação periódica
Preparação e uso da chapa
➠
➠
Goma sintética/arábica Esponja de celulose Chapa offset
Toalha industrial
➠
Impressão
➠
Revestimento do rolo Consumo de energia elétrica Água Solvente Detergente
➠
Toalha industrial
Limpeza
➠
Planilha de significância ambiental VOL. I 2016 TECNOLOGIA GRÁFICA
45
Segregação de resíduos
◆◆
Impacto significativo, irreversível mesmo com ações mitigadoras, com danos ao meio ambiente — forte consequência financeira (3)
Requisitos legais ◆◆ ◆◆
Sim (1) Não (2)
Os números entre parênteses são pontuações que, somadas, indicarão o grau de risco de cada re síduo. Se o resultado final for menor ou igual a 10, o impacto será considerado não significativo, a não ser que exista legislação específica aplicável ou que o grau de severidade seja 3. Se o resultado final for maior que 10, o impacto será considerado signifi cativo independentemente de legislação específi ca ou do grau de severidade. Exemplos: Na atividade de corte de papel a pon tuaç ão total é 6. Não existe legislação específica aplicável e o grau de severidade é 1. Ou seja, não se trata de impacto significativo. Já na atividade de preparação de cores especiais a pontuação total é 6, não existe legislação aplicável, porém a severida de é 3 — trata-se de um aspecto significativo. Nes se caso deve ser aplicado um Procedimento Ope racional (PO) com a finalidade de mitigar o impacto negativo ao ambiente. Vários procedimentos ope racionais foram criados para determinar como de vem ser as etapas para a destinação dos resíduos. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS
Os resíduos são segregados e dispostos em cole tores. Os recicláveis são encaminhados para uma 46 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. I 2016
empresa que os compra. Os não recicláveis são en caminhados para aterros sanitários em caçambas. Os resíduos perigosos classe 1 são depositados em bags e destinados à incineração. Os efluentes líqui dos contendo restos de tintas e solventes são ar mazenados em tanques. Quando esses efluentes atingem a capacidade máxima dos tanques são re tirados por uma empresa que faz o tratamento e a disposição correta. As toalhas industriais impregna das com tintas, solventes, óleo ou graxa são enca minhadas a uma empresa especializ ada em higie niz aç ão e tratamento dos efluentes e depois são devolvidas para a reutilização na oficina. Para as destinações, a escola teve que providen ciar o Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (Cadri). Esse documento apro va o encaminhamento de resíduos de interesse am biental aos locais de reprocessamento, armazena mento, tratamento ou disposição final, licenciados ou autorizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Com o processo implantado, esses procedimen tos passaram a fazer parte do conteúdo programá tico do curso Técnico de Impressão Offset em dois componentes: gestão de resíduos e segurança do trabalho. No Senai o aluno assume um papel ativo no processo de ensino-aprendizagem, participan do do diagnóstico dos problemas ambientais e da busca de soluções. Ele é preparado para aplicar es sas competências no mundo do trabalho. Além de entender a necessidade dessas competências para o desenvolvimento de sua futura prática prof issio nal, ele percebe a dimensão da sua atitude para a construção da sua cidadania.
SIMONE AMARAL é agente de apoio ao ensino nas
áreas de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
REFERÊNCIAS Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica, 2015. Abigraf, 2015. 271 p. Brasil. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 30 nov. 2015. Senai-DN. Metodologia Senai de educação profissional. Brasília, 2013. 220 p.
Criado em 2005 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 16 bibliotecas em todo o Estado desde então. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços para serem equipados com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Em 2014, será ultrapassada a marca de mais de 15 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamental para a escolha dos espaços que recebem as novas bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.
GESTÃO
Motivação organizacional. Dicas de ouro
Luiz Sérgio Galleti
A
utomação de processos, implantação de normas, gestão do impacto ambien tal, planejamento estratégico, desenvol vimento de pessoas — esses são apenas exemplos das dezenas de questões que impactam fortemente todas as empresas e que devem estar entre as preocupações de qualquer gerente. No en tanto, há um aspecto que é fundamental para que qualquer plano tenha sucesso e para que a rotina diária aconteça satisfatoriamente. Estamos falando da motivação da equipe, do fator humano. Motivação é um tema controverso que susci ta constantes debates ao redor de questões como: ◆◆ Será que é realm ent e possível motivarmos uns aos outros? ◆◆ A motivação é uma porta que apenas é aberta por dentro, ou alguém pode simplesmente acio nar a maçaneta e abri-la por fora? ◆◆ Motivar é papel do líder? ◆◆ Qual programa de motivação se encaixa melhor em cada equipe? Segundo T.R. Mitchell, em Matching Motivatio nal Strategies With Organizational Contexts, moti vação é o processo responsável pela intensidade,
direção e pela persistência dos esforços de um indi víduo na busca de uma determinada meta. No en tanto, cada pessoa tem várias metas. Algumas são definidas pela organização para a qual o indivíduo trabalha. Outras são metas da própria pessoa. O lí der precisa considerar o equilíbrio entre essas duas instâncias, cabendo-nos entender quão importante são as metas e os objetivos organizacionais. De acordo com pesquisas realiz adas por estu diosos da área, temos três entre quatro colaborado res que não gostam ou não se sentem atraídos em desenvolver suas funções no trabalho. De acordo com Abraham Maslow (1954), com a Teoria da Hie rarquia das Necessidades, as principais motivações do ser humano estariam relacionadas em primeiro lugar à sua fisiologia, em segundo à segurança, em terceiro aos seus relacionamentos, em quarto à sua autoestima e, por último, à sua realiz ação pessoal. Seguindo o raciocínio de Maslow, visualiz ado em sua pirâmide, como iremos falar de motivação para uma pessoa que está lutando por sua sobre vivência? O melhor a fazer nesse momento é pro mover um ambiente seguro e estável. Conforme os estágios do colaborador vão subindo com relação
PIRÂMIDE DE MASLOW
Realização pessoal Estima Relacionamento/Amor
48 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Moralidade, criatividade, espontaneidade, soluções de problemas, aceitação dos fatos, ausência de preconceitos etc Autoestima, confiança, conquista, respeito etc Amizade, família etc
Segurança
Segurança do corpo, do emprego, de recursos, do moral, da saúde etc
Fisiologia
Respiração, comida, água etc
à pirâmide, novas motivações são necessárias para a realiz ação pessoal. Portanto, valem as dicas para a construção de equipes produtivas, motivadas e satisfeitas: ◆◆ Permita que o funcionário compartilhe suas ideias com a empresa, pois assim ele passa a tê-las como parte dos valores da companhia, buscando melhores resultados. ◆◆ Defina equipes de trabalho que se dão bem e gostam de trabalhar uns com os outros. Defina o perfil da equipe! ◆◆ Promova novos des af ios, de acordo com o perfil de cada colaborador. ◆◆ Arrume tempo para conhecer cada um de seus colaboradores. ◆◆ Promova bônus e reconhecimentos financeiros. Pode ser uma viagem agradável como prêmio por um trabalho bem feito, ou por uma meta alcançada. ◆◆ Alinhe a comunicação na empresa para favorecer o engajamento do colaborador; ele precisa sentir- se parte da estratégia da empresa. ◆◆ Crie uma base de difusão do conhecimento; pode ser um setor explicando ao outro suas tarefas. Pode ser através de workshops internos; somente não se esqueça de um certificado de participação! Toda ação deve ser recompensada para que outros façam o mesmo. ◆◆ Implante a prática do feedback; a avaliação de desempenho é um instrumento valioso, pois permitirá o acompanhamento do desenvolvimento de seus colaboradores. ◆◆ Implante o PCO – Pesquisa do Clima Org an iz a cional. Manter um clima favorável com um canal aberto de comunicação é de extrema importância: possibilita a pesquisa de dicas de quais mudanças seriam necessárias para ter uma atmosfera positiva na organização. ◆◆ Promova um constante crescimento prof issional, premiando os que realiz arem cursos. ◆◆ Instaure um plano de retenção de talentos seguindo estes passos: 1. Comece responsabilizando os gerentes e os supervisores, motivando-os com o fornecimento de bônus quando as metas de retenção de um funcionário são alcançadas. 2. Dê condições para que o funcionário concilie a vida pessoal com a prof issional. 3. Tenha um plano de carreira detalhado, sincero e promissor. 4. Nunca deixe de medir o nível de comprometimento dos colaboradores. 5. Identifique e parabenize profissionais talentosos e de alto potencial na empresa.
Conforme Susan Fowler, em sua publicação na Harvard Business Review1, temos três fatores que proporcionam um diferencial: 1. Autonomia: as pessoas precisam entender que as atividades por elas realizadas são feitas por escolhas próprias. E a autonomia deve ser conquistada com o estabelecimento de metas e cronogramas com informações essenciais para assegurar o sucesso das pessoas e não fazer das gratificações um jogo competitivo entre os colaboradores. 2. Relacionamento: as pessoas procuram ambien tes em que se sintam seguras em relação às outras; e os líderes aqui possuem a grande oportunidade de ajudar as pessoas, estreitando laços do bom relacionamento praticando feedback, e de valorizar a comunicação interna; os líderes devem também preocupar-se com o desenvolvimento de valores das pessoas e conectar o trabalho delas para um propósito nobre. 3. Competência: necessidade de as pessoas sentirem-se eficazes todos os dias, com sentimento de crescimento e florescimento (autoestima e conf iança). Para tanto é preciso que os líderes reacendam o desejo das pessoas em crescer e aprender por meio de des af ios e oportunidades, planos de carreira e treinamentos. Pergunte para o seu colaborador, diariamente: o que você aprendeu hoje? De que forma seu crescimento hoje vai ajudar aos outros amanhã? A motivação depende de fatores externos e internos, muitas vezes condicionad a e trabalhada para atender anseios pessoais e objetivos organizacionais, fruto da personalidade. O líder que se propuser a trabalhar a motivação da sua equipe vai enfrentar desaf ios: ◆◆ Como promover uma condição positiva para que os colaboradores se motivem? ◆◆ Como realiz ar um tratamento personalizado, reconhecendo as necessidades individuais dos colaboradores? ◆◆ Como estipular metas des af iador as e fixar objetivos que os estimulem? Para finalizar, conforme Chiavenato (1999, p.150), “o líder capaz de reduzir as incertezas do trabalho é tido como um motivador porque aumenta a expectativa dos subordinados de que seus esforços levarão às recompensas procuradas”. Contudo, o homem é livre para fazer suas escolhas para cada situação, norteado por sua consciên cia, tornando seu comportamento uma expressão do ser em sua essência. 1 https://hbr.org/2014/11/what- m aslows-hierarchy- wont-tell-you-about-motivation
LUIZ SÉRGIO GALLETI
é professor da Escola Senai Theobaldo De Nigris. Bacharel em Desenho Industrial, ele é especialista em Novas Tecnologias na Educação e analista da Qualidade e Processos com MBA em Gestão Administrativa e Market ing e em Gestão de Projetos.
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CURSOS
ABTG Evitando problemas no desenvolvimento de embalagens
gráficos da criação ao produto final
o planejado e o produtivo
Data: 16 a 23 de julho Horário: 9h às 16h
Data: 5 a 7 de julho Horário: 18h45 às 21h45
Data: 4 de junho Horário: 9h às 17h
Produção Gráfica – Conhecendo os processos
Formação de inspetores de qualidade
Pós-calculo: Diminuindo as diferenças entre o vendido,
Data: 18 a 20 de julho Horário: 18h45 às 21h45
Valores: Associados R$ 340,00, não associados R$ 440,00, estu‑ dantes R$ 240,00. As datas podem ser alteradas sem aviso prévio. Consulte e se inscreva no site da ABTG www.abtg.org.br
SENAI CH
DIAS
HORÁRIO DE INÍCIO
HORÁRIO DE TÉRMINO
DATA DE INÍCIO
DATA DE TÉRMINO
VALOR
Impressor flexográfico banda estreita
160
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
17/12/2016
R$ 2.549,00
Impressor flexográfico banda larga
160
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
17/12/2016
R$ 2.549,00
Meio Oficial Impressor Flexográfico Banda Larga
80
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 1.170,00
Meio Oficial Impressor Flexográfico Banda Estreita
80
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 1.170,00
Preparação de Tintas Líquidas
20
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
06/08/2016
R$ 232,00
CorelDraw
40
sábados
08:00
12:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 503,00
Illustrator
40
sábados
08:00
12:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 561,00
Photoshop Avançado
40
sábados
08:00
12:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 640,00
Photoshop
40
sábados
13:00
17:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 620,00
Produção Gráfica Digital
72
sábados
08:00
17:00
01/10/2016
10/12/2016
R$ 841,00
Produção Gráfica
40
sábados
08:00
12:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 528,00
Fotografia
40
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
27/08/2016
R$ 509,00
Informática básica
80
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 540,00
Manutenção mecânica de impressoras offset
140
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
03/12/2016
R$ 1.455,00
Meio oficial impressor offset em máquina monocolor
60
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
17/09/2016
R$ 817,00
Impressão offset em máquina bicolor
60
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
17/09/2016
R$ 963,00
Impressão offset em máquina quatro cores
60
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
17/09/2016
R$ 1.293,00
Impressor de Serigrafia
64
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
10/09/2016
R$ 660,00
Desenho de Faca de Corte e Vinco
40
sábados
08:00
17:00
30/07/2016
27/08/2016
R$ 480,00
Encadernador Manual de Livros
32
sábados
08:00
12:00
30/07/2016
17/09/2016
R$ 425,00
Montador de Faca de Corte e Vinco
40
sábados
08:00
17:00
30/07/2016
27/08/2016
R$ 534,00
Operador de Dobradeira para a área gráfica
28
sábados
08:00
12:00
30/07/2016
10/09/2016
R$ 429,00
Operador de Guilhotina Linear para a área gráfica
28
sábados
08:00
12:00
30/07/2016
10/09/2016
R$ 429,00
Impressor de Corte e Vinco Automático
80
sábados
08:00
17:00
23/07/2016
24/09/2016
R$ 932,00
Impressor de Corte e Vinco Manual
32
sábados
08:00
17:00
30/07/2016
20/08/2016
R$ 516,00
CURSO
CURSOS SENAI – Para inscrição é necessário apresentar, para sim‑ ples conferência, cópias ou origi‑ nais dos seguintes documentos: histórico ou certificado do ensino fundamental ou médio (conforme requisito de acesso), RG, CPF, com‑ provante de residência e compro‑ vante do pré‑requisito. Alunos menores de idade deve‑ rão comparecer para matrícula
50 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. I 2016
acompanhados por responsável. Empresas que matricularem três ou mais funcionários têm 15% de desconto ou ainda, que sejam as‑ sociadas a ABTG, Abigraf ou Aber, possuem 20% de desconto. O pagamento dos cursos de FIC pode ser dividido em até três ve‑ zes no boleto bancário, sendo a primeira parcela antes do início do curso.
O Senai reserva‑se o direito de não iniciar os cursos se não hou‑ ver número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qual‑ quer momento pela escola. A Escola atende de 2ª– a 6ª– , das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www. sp.senai.br/grafica Inscrições também pelo site: http://grafica.sp.senai.br
A HISTÓRIA DA
INDÚSTRIA GRÁFICA. TODO ACERVO A UM CLIQUE DE DISTÂNCIA.
INDÚSTRIA
DA
DO SINDICATO ÔRG ÀO OFICIAL AS R IA S GRA FIC DAS IN D U S T ÔRGÁODEOFICIA SÀO L PAU DO LO SINDICATO DO ESTA NO N ÚM ERO 2
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O Boletim da Indústria Gráfica (BIG), teve sua primeira edição em 1949 e, tinha como objetivo divulgar informações pertinentes ao setor gráfico como dados econômicos, cursos, palestras, eventos e anúncios. E agora, a história da Indústria Gráfica contada através desse acervo, está disponível on-line para consulta.
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