A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO ANO XIX Nº 93 • VOL. II 2015 • ISSN 1678-0965
IMPRESSOS DE SEGURANÇA Certificação em sistemas de segurança fortalece imagem da gráfica perante o cliente
Gestão ambiental Cuidado, você pode estar trabalhando em cima de um passivo ambiental
Entrevista
R E V I S TA T E C N O L O G I A G R Á F I C A 9 3
Antonio Rebouças, da RR Donnelley, discute a implantação de normas
Tutorial Ligaturas ressurgem com as fontes OpenType
Normalização O novo papel do comprador de produtos gráficos
Sem tĂtulo-1 1
26/06/15 16:10
Quando o inverno passar
S
Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
abemos que essa crise vai acabar. Quando? Impossível precisar. Uns falam que 2016 será melhor, outros que este segundo semestre já será um tanto mais animador. A questão é que temos de manter um olho no presente para poder atravessar as dificuldades sem sucumbir, e o outro mirando o horizonte para que estejamos bons de casco para aproveitar rapidamente as oportunidades que surgirão com a retomada da demanda. Uma das formas de transformar o tempo ocioso em um período produtivo é usá-lo para rever procedimentos e processos. Nada mais indicado do que investir em uma certificação, que provocará uma análise profunda da empresa. O reconhecimento, por uma entidade isenta e conceituada, de que você respeita normas validadas pelo mercado é um diferencial que pode aumentar a competitividade de sua gráfica. Porém essa não é a faceta mais relevante. A certificação não é útil apenas para mostrar aos clientes que a empresa atende tais e quais requisitos. O principal benefício é ter processos aperfeiçoados de fato, aprimoramento que eleva a produtividade, a qualidade, reduz custos e, o melhor, amplia a rentabilidade. Ok, não é fácil rever estruturas. Quando falamos da cultura da empresa, então, a mudança é ainda mais difícil. Mas é preciso. E numa situação aguda como a atual, que exacerba nossas deficiências, essa necessidade fica evidente, ajudando a criar um clima favorável às mudanças. Mercado aquecido é tudo o que queremos, só que não há como negar o fato de tal cenário mascarar nossas fraquezas. Duas matérias desta edição falam de normalização, certificação e dos impactos de quem optou não só por seguir padrões, mas também por mostrar de forma transparente e objetiva o caminho escolhido. Vale conferir. Várias vezes defendemos neste espaço que gráfica é um bom negócio. O que precisamos é um cenário favorável e uma gestão afinada com as necessidades do mercado. Nesse sentido, a adoção de normas tem muito a contribuir.
Manoel Manteigas de Oliveira,
diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris e diretor de tecnologia da ABTG VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
3
Sumário 7
Certificação para o segmento de impressos de segurança fortalece o setor
18
Especialista em sistemas de segurança fala do valor da normalização
56
Ligaturas no InDesign
ESPECIAL
ENTREVISTA
TUTORIAL
Soluções de acabamento no Hunkeler Innovation Days
30
Seybold
Digitec
A REVISTA TÉCNIC
Notícias
Legibilidade de textos impressos
42
Controle de processo de impressão
46
Produção Gráfica
Como Funciona
52
Quiz Cursos
A DO SETOR ANO XIX Nº GRÁFIC O 93 • VOL. II 2015 • ISSN 1678-09 65
6 50 58
BRASIL EIRO
IMPRESSOS DE SEGURANÇ A
Certificação em de seguranç sistemas a fortalece imagem da gráfi perante o clien ca te Gestão ambiental
Cuidado, você estar trabalh pode ando em cima de um passivo ambien tal
Entrevista
Antonio Rebou da RR Donne ças, lley, discute a implan tação de normas 93
26
VOL. II 2015
38
Gestão
O escâner multiuso da Epson
4 TECNOLOGIA GRÁFICA
O relacionamento com o cliente e o desafio da fidelização
Cartilha Boas Práticas para Impressão Digital em Grandes Formatos – Parte II
GIA GRÁ FICA
22
Gestão Ambiental
Acabamento
34
Normalização
Impressão
A gestão de áreas contaminadas no setor gráfico
O novo papel do comprador de produtos gráficos
TECNOLO
12
R E V I S TA
Evolução das tecnologias de cura amplia o uso de tintas UV
Tutorial
Ligaturas ressur com as fontes gem OpenType
Normalização
O novo papel do comprador de produtos gráfico s
Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGB Photo/Keystone Brasil
NOTÍCIAS
Faculdade Senai lança novo curso de pós-graduação
A
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, que funciona integrada à Escola Senai Theobaldo De Nigris, oferece o curso superior de Tecnologia em Produção Gráfica desde 1998 e diversos cursos de pós- graduação (desde 2005). Recentemente a faculdade lançou um novo programa de pós: Gestão Avançada da Produção. Mudanças na própria maneira de comunicar da sociedade têm provocado alterações na demanda de uma forma não só quantitativa, mas também qualitativa. O excesso de capacidade produtiva instalada, resultante de uma expectativa de crescimento do mercado, que não aconteceu ainda, tem levado a competitividade a níveis extremos. Assim, as empresas gráficas precisam buscar a máxima produtividade sem prejuízo da qualidade para conquistarem vantagens competitivas decisivas. Tendo esse cenário como referência, o curso foi estruturado para proporcionar aos participantes ferramentas para inovação e aperfeiçoamento de processos a partir de práticas e métodos de sucesso comprovado em outras áreas de produção. Os docentes são profissionais com larga experiência em áreas tecnológicas e na gestão de processos produtivos em indústrias gráficas. A turma é limitada a 36 alunos de modo
6 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
a se garantir espaço para o debate e a troca de experiências entre os alunos. Grade curricular:
Desenvolvimento e gestão de projetos ◆ Gestão da inovação ◆ Marketing estratégico ◆ Administração de recursos ambientais ◆ Logística ◆ Produção Lean – conceitos ◆ Produção Lean – ferramentas ◆ Normas e padronização de processos ◆ Medição e gerenciamento do desempenho ◆ Liderança de equipes de alto desempenho ◆ Otimização de plantas industriais ◆ Gestão financeira e análise de investimentos ◆
Outros cursos de pósgraduação da Faculdade Senai:
Planejamento e Produção de Mídia Impressa ◆ Gestão Inovadora da Empresa Gráfica ◆ Desenvolvimento e Produção de Embalagens Flexíveis
Bremen e Senai juntos pela formação profissional
A
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica acaba de estabelecer nova parceria, desta vez com a Bremen Sistemas. A empresa instalou sua solução de tecnologia da informação para gestão de empresas gráficas nos laboratórios da escola, para uso nas aulas, por alunos e professores. A Bremen é uma empresa brasileira de capital nacional, especializada no desenvolvimento e comercialização de software de gestão para Windows específico para indústria gráfica. Com 15 anos de presença no mercado, possui clientes distribuídos por todas as regiões do País. A solução em gestão da Bremen engloba todos os processos e detalhes de produção, administração e
controle de indicadores na indústria gráfica, contando com diversos módulos, desde a gestão comercial, administrativa, produção e qualidade. Por meio dessa ferramenta a gráfica consegue automatizar todos os seus processos, obtendo controle total da sua gestão. A solução contempla todos os processos da indústria gráfica, por exemplo, offset plana, rotativa, flexografia, digital e comunicação visual. Segundo Clóvis César Lange, diretor geral da Bremen, a empresa considera de grande importância apoiar o Senai na melhoria dos seus cursos, proporcionando aos alunos recursos para dominarem conceitos de gestão e ferramentas integradas para automação dos processos na indústria gráfica e de embalagens.
◆
ASSINE
Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica Rua Bresser 2315 (Mooca) São Paulo SP (próxima ao Metrô Bresser) (11) 2797.6333 posgrafica114@sp.senai.br www.sp.senai.br
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
(11) 3159.3010
IMPRESSOS DE SEGURANÇA Tânia Galluzzi
Lidando com clientes cada vez mais exigentes, gráficas de segurança buscam a certificação na norma 15540 como forma de evidenciar seu comprometimento com a proteção de informações e documentos.
Mais segurança para a segurança VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
7
significa que a própria ABTG Certificadora passou pela avaliação do Inmetro, e em abril todas as unidades fabris já certificadas para a norma ABNT NBR 15540 (sistemas de segurança) receberam um novo certificado com o selo do Inmetro. UMA DÉCADA DE TRABALHO
A
cada 19,9 segundos alguém tenta cometer uma fraude usando documentos falsos no Brasil. Esses números foram divulgados pela Serasa Experian em junho e referem-se ao mês de abril, quando foram registradas 162 mil tentativas de fraude ou roubo de identidade no País. Esse total representa uma diminuição de 11,1% em relação ao mês anterior, quando houve 183 mil tentativas, porém um aumento de 4% frente a abril de 2014. A indústria da fraude é poderosa e difusa. E bastante lucrativa. Segundo o Fórum Nacional Contra Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o País tem prejuízos em torno de R$ 100 bilhões com o contrabando, incluindo perdas setoriais mais a sonegação. Várias frentes levantam-se contra esse problema e o setor gráfico tem participação decisiva na pesquisa e desenvolvimento de produtos e dispositivos que minimizem a chance de falsificação. A produção dos chamados impressos de segurança (cédulas, documentos, cheques, selos de identificação, provas, ingressos, diplomas, certificados etc) compõe um segmento específico dentro do universo da impressão, do qual uma das facetas mais evidentes é a salvaguarda das informações que tais produtos carregam ou possam vir a carregar. Porém, não basta dizer-se uma gráfica de segurança. É preciso dotar-se de toda uma estrutura que garanta a proteção dos impressos. E isso também não é suficiente. Diante do aumento e sobretudo da sofisticação das falsificações, o mercado quer evidências de que a gráfica está realmente apta a proteger seu produto e sua marca. Para tanto, a gráfica deve adotar as melhores práticas do mercado, em especial as normas do setor. A garantia de que os requisitos normativos foram atendidos é dada pela certificação de terceira parte, feita pela ABTG Certificadora, órgão independente criado em 2010. A fim de prover uma salvaguarda ainda maior ao mercado, a ABTG Certificadora solicitou ao Inmetro a acreditação. A acreditação
8 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
O histórico do Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica, o ONS27, da ABTG , com o setor de impressos de segurança começou há 10 anos, quando profissionais da área perceberam a necessidade de unificar a linguagem. Entre eles estava Fernando Bebiano, consultor e coordenador da Comissão de Estudos de Impressos de Segurança, na época gerente de Engenharia e Processos da RR Donnelley. A primeira norma feita pela comissão, a ABNT NBR 15368 – Terminologia de elementos para uso em impressos de segurança, foi publicada em 2006, quando o grupo já lidava com outras duas demandas: a identificação de elementos de segurança em um impresso e o estabelecimento de requisitos fundamentais para uma empresa ser considerada uma gráfica de segurança. No ano seguinte entraram em vigor a NBR 15539 – Métodos de identificação de elementos de segurança e a NBR 15540 – Análise de um sistema de segurança. A 15540, cuja segunda versão saiu em 2013, tem justamente o objetivo de demonstrar o grau de solidez da estrutura de gestão de segurança de uma empresa. Trata-se de uma certificação fundamental, pois implica na adoção de requisitos para dificultar as ações criminosas, explicitando para os clientes o grau de comprometimento da gráfica com a segurança de todo o processo. Durante a auditoria são analisadas a segurança predial, do processo produtivo, do documento, nos recursos humanos e os procedimentos para o transporte de produtos de segurança. A primeira gráfica a identificar valor na certificação de conformidade com a 15540 foi a RR Donnelley. “Percebemos que com a norma os critérios ficavam claros e que com isso o mercado responderia positivamente ao saber que nós não só tínhamos a segurança tradicional da RR Donnelley no Brasil e no mundo, mas que seguíamos os preceitos da norma”, afirma Antonio Rebouças, gerente nacional de vendas da empresa (leia a entrevista com o especialista na página 18). Para o executivo, um dos principais benefícios da norma é a garantia tanto da origem das informações quanto a sua integridade. “A segurança tem de estar em todos os lugares. Seja durante o processo informatizado, na manipulação da informação, seja no processo de impressão. Por exemplo, como você cuida de um refugo de um impresso de segurança, uma sobra?
A norma contempla isso e dá regras isonômicas, sem margem para interpretações diferentes. A regra é muito clara e a revisão pela qual passou em 2013 deixou-a melhor ainda”. A segunda versão da norma veio justamente da adesão do mercado. “Quando o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] colocou no edital do Enem a adequação da gráfica à 15540 vimos que teríamos de dar mais consistência à norma, tornando-a passível de certificação”, explica Bebiano. O grupo responsável pela revisão foi composto por gráficos técnicos de segurança, representantes do IPT e dos fornecedores de insumos. O passo seguinte para a ABTG Certificadora foi a acreditação, que veio em 2015. Segundo o consultor, a qualificação dá mais peso à certificação, ratificando a credibilidade do órgão emissor, constituindo, para a gráfica que a recebe, um diferencial ainda maior. ENVOLVIMENTO DE TODA A CADEIA
Atualmente, sete empresas (10 unidades) têm a certificação para a NBR 15540 . Mas a norma não se restringe à indústria gráfica. Ela pode ser seguida pelos demais agentes da cadeia produtiva, desde o fornecedor de papel e tinta até a transportadora. Alguns deles, segundo Bebiano, já adotam vários de seus preceitos. Contudo, em muitos momentos a gráfica investe nos mais modernos recursos de segurança, em procedimentos e no treinamento dos recursos humanos, esquecendo-se de exigir do fornecedor um mínimo de segurança. A norma prevê, inclusive, a homologação dos fornecedores. “O envolvimento de toda a cadeia de produção é fundamental. Na Valid, essa cultura de entrosamento entre a produção e a gestão de segurança permeia todas as á reas da companhia e os fornecedores”, diz Ricardo Dunstan, gerente de Segurança Corporativa da Valid. Com cinco fábricas no Brasil, a empresa é especialista em meios de pagamento, sistemas de identificação, telecomunicações e certificação digital. Dessas, quatro unidades de negó cios foram certificadas, em duas plantas diferentes. Na Valid do Rio de Janeiro (RJ) foram certificados os serviços de Selos de Segurança e CNH/Identificação, e na planta de São Bernardo do Campo (SP) foram certificadas as produções de impressos de segurança e CNH/Identificação. Atualmen te estão em processo de certificação as unidades da Valid em Barueri e Sorocaba, ambas no Estado de São Paulo. Em Barueri, o processo acontece nas áreas de cartões e impressos de segurança personalizados. Em Sorocaba, na parte gráfica e de cartões/RFID. De acordo com o gerente de segurança
a certificação com a norma NBR 15540 reforça a se riedade e comprometimento com o cliente, que tem a garantia de receber produtos de qualidade. Do lado operacional, a certificação consegue cobrir todos os pontos vulneráveis do processo produtivo, garantindo a proteção do negócio. Para Eduardo Godoi, gerente comercial e de Operações da Thomas Greg, a certificação veio para balizar as empresas que têm efetivamente capacidade de produzir com segurança. Com o gene da segurança em seu DNA , o processo de certificação não exigiu ajustes profundos, segundo o executivo. A questão mais crítica está na gestão e monitoramento dos funcionários. A Thomas Greg produz selos de segurança, diplomas, cédulas de identidade, ingressos etc. Hoje, vários órgãos públicos já incluem a 15540 em seus editais. Empresas privadas, como instituições banc árias, vêm se bas eando na norma para criar seus manuais de segurança, auditando seus prestadores de serviço de impressão a partir deles. O objetivo agora, de acordo com Bebiano, é disseminar a certificação e a importância da acreditação pelo Inmetro. A aplicação de recursos na infraes trutura de segurança, desde uma portaria blindada, passando por controles de acesso e monitoramento de produção, é alta, contudo o mais difícil, admite o consultor, é a mudança de cultura. E se não houver o envolvimento da direção da empresa, nada acontece.
Fornecedores apostam em expansão
Se a alma de um impresso de segurança está nas informações que carrega, o corpo é formado por uma combinação de insumos especialmente desenhados para evitar a falsificação. A começar pelo papel, tudo é meticulosamente pensado para dificultar a ação dos fraudadores, com o desenvolvimento constante de novos produtos, como comenta Daniel Gras siotto, gerente comercial da Filiperson. “Por se tratar de um segmento de altíssima complexidade, temos sempre desenvolvimentos em curso. Neste momento estamos trabalhando em cinco novos elementos, devendo ocorrer o lançamento de pelo menos dois ainda em 2015”, afirma o executivo. A inovação mais recente foi o meio que permite identificar a procedência do papel, caso seja necessária a determinação da origem durante perícia ou exame. Otimista em relação a esse mercado, que representa 20% do faturamento da Filiperson, o gerente diz que a utilização de papéis de segurança tem se renovado. Alguns impressos de segurança foram substituídos por cartões plásticos, porém outros estão migrando para papéis. “Nosso horizonte aponta para papéis com um número ainda maior de itens de
EMPRESAS JÁ CERTIFICADAS QUE RECEBERAM UM NOVO CERTIFICADO COM O LOGOTIPO DO INMETRO, APÓS A ACREDITAÇÃO DA ABTG CERTIFICADORA
Gemalto do Brasil G&D – Giesecke & Devrient América do Sul ◆◆ IGB – Indústria Gráfica Brasileira ◆◆ RR Donnelley ◆◆ Thomas Greg & Sons ◆◆ Tress Impressos de Segurança ◆◆ Valid (RJ, SP) ◆◆ ◆◆
VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
9
segurança, entre visuais, táteis, magnéticos e reativos, mas também para a detecção automática de autenticidade, área na qual a Filiperson vem investindo”. A aplicação de recursos justifica-se uma vez que o volume de papel fornecido pela Filiperson para esse setor tem crescido anualmente. Em função das características de seus equipamentos e a possibilidade de customização dos papéis de acordo com as necessidades dos clientes, mesmo tratando-se de volumes pequenos, Daniel confia na elevação da atratividade do segmento nos próximos anos. A Filiperson oferece ao mercado dois produtos: o Filiseg FGCO, com fibras coloridas nas cores azul, verde e vermelha, e fibras invisíveis que se tornam fluorescentes sob a ação dos raios ultravioleta, voltado para a produção de documentos oficiais como a CNH , bem como ingressos, certificados e vales em geral; e o Filiseg FGCO/MD, que adicionalmente contém a marca d’água do cliente. Seguindo a mesma linha, a Multiverde oferece a customização de seus papéis. Nova na seara de impressos de segurança, na qual debutou em 2012, a empresa fornece o Multisecurity, papel filigranado, com duas fibras visíveis a olho nu, nas cores azul e vermelha, e duas percebidas sob a luz UV, nas cores verde e amarela, com marca d´água genérica ou confeccionada mediante desenho do cliente. “Nossa participação nesse segmento evolui ano a ano. Estamos nos firmando e compondo com nossos clientes relações com alto grau de confiabilidade”, afirma Milton Alves, gerente comercial da Multiverde. MÚLTIPLAS ALTERNATIVAS
Subindo um degrau na produção de um impresso de segurança temos as tintas especiais, que se desdobram em inúmeros recursos e aplicações. Só a Sellerink, um dos principais fornecedores, tem cerca de 20 produtos para o segmento de segurança, entre tintas de variação óptica, iridescentes e tintas calcográficas com secagem infravermelha, realizando dois ou três lançamentos anuais. O mais recente 10 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
é a Optical Variable, tinta de variação óptica. Como explica Marcos Anghinoni, diretor de vendas, a linha foi desenvolvida para impressão calcográfica (talho doce) ou serigráfica plana e rotativa, com o objetivo de evitar fraudes por meio da variação de cor em função da incidência da luz. Essa variação pode ser customizada, incluindo mais cores, que se alteram segundo o ângulo de visão do impresso. A linha aplica-se ainda à flexografia convencional ou UV. “Somos desafiados o tempo todo a desenvolver mecanismos que possam inibir as fraudes e falsificações, evitando grande prejuízo ao comércio. A adoção de sistemas integrados, unindo o impresso e o eletrônico, deve ser o futuro dos documentos de valor. Além disso, os produtos que têm alto giro ou bom valor agregado precisam e precisarão cada vez mais proteger suas embalagens para evitar falsificações, como os medicamentos”, afirma Marcos. Aproximadamente 35% do faturamento da Sellerink vem do port fólio de segurança. Ainda em 2015 a empresa deve apresentar uma linha de tintas de segurança base d’água. Para lançamento a médio prazo, a equipe tem trabalhado em tintas inteligentes para identificação biométrica (DNA) e RFID (Identificação por radiofrequência). Completando a lista de recursos antifraude chegamos aos hologramas de segurança, cuja aplicação vem crescendo, de acordo com Flávio Oliveira, executivo de vendas da Crown Roll Leaf do Brasil. “A tendência é que o uso dos hologramas aumente no Brasil, uma vez que os custos diminuíram e a aceitação por parte do consumidor final cresceu”. O desafio, na opinião dele, ainda são as altas taxas de importação, que por vezes inviabilizam alguns projetos. Os hologramas pos suem uma característica única: são customizados segundo a necessidade e a arte de cada cliente. Na Crown, todo o processo de fabricação é feito internamente sem a necessidade de terceirização de etapas, garantindo sigilo absoluto. Perto de 12% da receita da Crown do Brasil vem dos hologramas de segurança.
A superioridade de SUPERIA: muito mais por menos
C
M
Y
CM
MY
CY
MY
K
SUPERIA ZP - SUPERIA ZPN Chapas térmicas sem processo químico para sistema CTP Melhor em qualidade. Melhor em lucratividade. Melhor em valor agregado.
Tornando a impressão offset muito mais lucrativa
Contribui para melhorar os processos conservando os recursos materiais, operacionais, água, energia e emissões. Contribui para economia de todo o processo produtivo. FUJIFILM SUPERIA integra a mais avançada tecnologia em chapa de impressão offset, criteriosamente desenvolvida para transformar a sua gráfica em um poderoso negócio.
FUJIFILM do Brasil - www.fujifilm.com.br - (11) 5091-4097
IMPRESSÃO Nessan Cleary
No secador!
As tintas UV para impressão offset estão sendo cada vez mais utilizadas. Isso ocorre principalmente devido à melhoria das tecnologias de cura e da demanda por tempos de execução cada vez menores.
Para Matt Rockley, da Heidelberg, é importante os clientes entenderem todas as variáveis a fim de escolher o sistema mais apropriado para suas necessidades
12 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
O
crescimento da impressão digital, com ênfase em breves respostas, tem obri gado o mundo da impressão offset a acelerar o tempo de execução de seus trabalhos. Uma maneira de fazer isso é reduzir os tempos de secagem para que os produtos possam ser encaminhados diretamente para o acabamen to. Assim, muitas gráficas voltaram sua atenção para as tintas de cura UV, que ficam prontas para manipulação logo que saem da impressora e são relativamente resistentes a abrasões. No entanto, as tintas UV convencionais tendem a produzir imagens menos contrastadas, o que nem sempre é adequado para impressão comercial. Po rém, nos últimos anos, surgiram duas abordagens alternativas para a cura UV: a de baixo consumo de energia e UV com LEDs. Ambos os processos con tam com tintas especialmente desenvolvidas para ativar a cura por UV utilizando uma quantidade mí nima de energia luminosa (NT: normalmente sensi bilizando a tinta para uma faixa espectral de ilumi nante UV). A desvantagem, claro, é que isso faz com que as tintas tenham que ser mais bem formuladas para que possam realiz ar a cura adequadamente,
levando ao aumento dos preços do insumo. O di lema entre ter maiores gastos com as tintas ou com a energia difere de uma região para outra do plane ta e de acordo com os produtos e substratos a se rem impressos. Isso sem falar nos modelos de ne gócios de cada empresa isoladamente. Por isso, não há resposta fácil sobre qual dos sistemas é o melhor. Existem algumas diferenças importantes. A utili zação de baixa energia é uma variação dos sistemas UV convencionais que permite menor consumo de energia. A maioria dos sistemas de baixa energia pre cisa de uma única lâmpada, uma economia a mais em relação ao UV convencional, que normalmente requer de três a seis lâmpadas, dependendo do for mato de folha. Contudo, os sistemas de baixa ener gia ainda usam lâmpadas com íons dopados, ob turador mecânico e também exigem algum tempo para aquecimento e resf riamento. Diodos Emissores de Luz (LEDs), por outro lado, são formados por uma matriz de semicondutores que produzem luz quando ligados a uma corrente elétrica. Sem partes móveis, os LEDs normalmen te duram entre 15.000 e 20.000 horas, enquanto as lâmpadas convencionais têm uma vida média de apenas 1.000 horas. Além disso, os LEDs podem ser ligados ou desligados de imediato, eliminando a espera para que as lâmpadas cheguem a uma de terminada temperatura. Isso também significa que o tempo de vida dos LEDs equivale exatamente às horas gastas na impressão, pois não há degradação das lâmpadas ao longo do tempo de uso. Os LEDs possuem performance máxima até o dia em que fa lham e devem ser trocados. Além do offset, a cura UV LED já é usada em impressoras de grandes for matos e impressoras de etiquetas a jato de tinta e algumas de banda larga. A maioria dos fabricantes relata que possuem uma grande base instalada de impressoras UV, em bora a maioria delas esteja no Japão. A cura UV convencional é muito popular no mercado japo nês, principalmente por eliminar a necessidade de uma unidade de verniz e pelos trabalhos poderem ser acabados rapidamente, sem a necessidade de
A Ryobi foi o primeiro fabricante a introduzir a cura UV com LED, aqui na impressora Ryobi 920
armazenamento para a secagem. Mas os japoneses também adotaram soluções para a redução do consumo de energia após o desastre em 2011 de Fukushima e o subsequente fechamento da maioria das usinas nucleares do país. Tanto o sistema de baixo consumo de energia quanto o de cura LED podem oferecer uma dramática economia de energia em relação às tintas à base de óleo convencionais, uma vez que elas não exigem tempo de secagem. Matt Rockley, executivo de produto e marketing da Heidelberg para impressoras planas no Reino Unido, estima que a economia pode chegar a 45% em uma folha super A3 , com uma cobertura média de 7%. No entanto, ele ressalta que esse fato por si só não chega a compensar os elevados preços da tinta. Isso é particularmente verdadeiro para os mercados europeus, nos quais os preços de energia estão em queda. Mas o ganho real vem da execução mais rápida dos trabalhos e da eficiência gerada na produção como um todo. Não se trata apenas de economia de energia. Rockley aponta que não há no mercado tintas de baixa migração adequadas para qualquer sistema de baixa energia ou cura LED e, assim, a maior parte das gráficas de embalagens ainda está usando sistemas
com cura UV convencional. Os sistemas mais novos têm por destino as gráficas comerciais, visando a diminuição dos tempos de execução dos trabalhos. Essas novas tintas têm uma aparência muito diferente, como explica Rockley. “As tintas convencionais UV são feitas principalmente com fotopolímero de plástico e, quando são curadas, se obtém um acabamento bastante mate. Isso, em geral, acarreta a necessidade de se aplicar um revestimento UV brilhante para melhorar a aparência do produto. Já as tecnologias LE e LED UV utilizam misturas de diferentes produtos que dão um efeito mais brilhante quando secas do que o que se obtém com uma tinta convencional”. A maioria dos fornecedores concorda que há pouca diferença de qualidade de imagem entre o UV de baixo consumo de energia e os sistemas de LED, pois ambos curam instantaneamente. No entanto, Rockley aponta que simplesmente seguindo os procedimentos da norma ISO 12647‑2 é possível que esses sistemas produzam resultados diferentes do esperado (a norma foi desenhada para tintas convencionais), exigindo ajustes para compensar essas diferenças. Esse poderia ser um problema na produção, por exemplo, de uma revista VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
13
À esquerda, a parceria da KBA com a Air Motion Systems, um líder reconhecido em sistemas de cura LED. À direita, a Heidelberg oferece a seus clientes todas as três formas de cura UV, incluindo a LE UV numa Speedmaster 74
14 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
cuja capa é impressa num substrato diferente do miolo e possui uma propaganda nas páginas 2 e 3 que, se espera, tenham uma aparência homogênea. A adequação da capa ao miolo pode ser complica da, porém é essencial, uma vez que muitas revistas vendem anúncios de página dupla nessa posição. Neil Handforth, diretor de vendas e marketing da Apex Digital, distribuidor para o Reino Unido da Ryobi, diz que as tintas LED funcionarão bem com a maioria dos substratos, revestidos ou não revesti dos e acrescenta: “A qualidade da imagem é excelen te, porque a tinta seca instantaneamente na super fície da folha, de modo que não há absorção pelo substrato”. Isso produz um ponto muito mais níti do, o que ajuda a c riar imagens também mais níti das com redução de uso de tinta. Handforth estima que o sistema utilize 10% a 15% menos tinta que um sistema convencional. No entanto, isso pode variar consideravelmente, uma vez que alguns substratos são mais absorventes do que outros. A Ryobi foi um dos primeiros fornecedores de impressoras a adotar a tecnologia de cura com LEDs, mostrando seu primeiro sistema já na Drupa de 2008. A Ryobi usa matrizes de LEDs da Panasonic, que podem ser instaladas em muitas de suas im pressoras formato 520 mm até o formato de oito páginas, de 920 mm. Handforth diz que a princi pal novidade é o fato de as folhas saírem imedia tamente secas e prontas para serem guilhotinadas ou acabadas. “Não há ozônio e nenhum calor dis sipado, portanto não há necessidade de canaliza ção ou de dutos da máquina para fora do ambien te de trabalho. Além disso, não há necessidade de pó antimaculante, que prejudica os equipamentos de pós-impressão”. O Grupo Gráfico ABC, com sede em Hereford, no Reino Unido, é uma das maiores gráficas de for mato B3 do país. A ABC foi a primeira empresa do Reino Unido a adquirir uma Ryobi UV LED, ao fa zer o pedido de uma 924 SRA1. O gerente de pro dução, Mike Greene, explicou que desejava cortar
custos de energia e acrescentou: “A maioria das so luções de secagem que produzem uma folha seca ao toque tende a ser um grande consumidor de eletricidade, bem como de consumíveis, tais como revestimentos ou vernizes”. O formato SRA1 irá produzir uma imposição de oito páginas A4, que estará pronta para acaba mento diretamente após a impressão, graças ao UV LED. Greene observou: “Os ganhos de produtivida de da configuração serão grandes para uma em presa como a nossa e as economias de manuten ção e limpeza, por dispensar o pó antimaculante, também são importantes”. A KBA também analisou a tecnologia de cura com LED, anunciando uma parceria com a Air Mo tion Systems (AMS) em 2014. A AMS oferece di ferentes unidades de cura com LED, que são em geral suf icientemente pequenas para serem adap tadas nas impressoras existentes. A AMS irá inte grar as suas barras de LED para o sistema VariDry da KBA . Ele pode ser montado nas novas impres soras B3 Genius, além da maioria das impressoras modelo Rapida, a partir da B2 75 até o formato su pergrande 205 , e adaptado para os modelos já exis tentes. Carsten Barlebo, diretor europeu da AMS, diz que as máquinas podem operar em sua velocidade máxima de até 20.000 folhas/hora na Rapida 106 . Enquanto isso, a Komori desenvolveu um siste ma de cura de baixo consumo energético chama do H‑UV. É uma única lâmpada localizada no final da impressora, que produz folhas secas ao toque, prontas para acabamento. A gráfica Platinum Press, com sede em Harro gate, no Reino Unido, comprou uma impressora B2 quatro cores H‑UV para substituir uma máquina de cinco cores. O diretor, Mark Plummer, diz que o menor tempo de execução dos trabalhos lhe per mitirá aumentar a produtividade a tal ponto que o maior custo das tintas já é uma preocupação me nor. “A tinta seca em cima do papel não revestido, conferindo uma aparência vibrante”.
A Heidelberg tem tentado oferecer várias opções, com o desenvolvimento do sistema Drystar UV para tintas UV convencionais, o Drystar LEUV para sistemas UV de baixa energia e também trabalha com IFT para sistemas LED. No entanto Rockley diz que a cura UV com LED tem tido uma lenta decolagem na Europa, uma vez que as tintas são mais caras. Ele explica: “Os fotoiniciadores são regulados para 385 nm de modo que o sistema de secagem tem de operar dentro dessa mesma janela de tolerância”. E acrescenta: “Se você estiver imprimindo em filmes ou plástico transparente pode escolher o LED porque ele produz menos calor”. O outro fator a considerar, evidentemente, é a tinta. Houve um tempo em que a escolha de tinta era muito limitada. Mas, como a tecnologia começa a se popularizar, vários fornecedores de tinta estão começando a produzir tintas de cura UV LED e
baixa energia. O grupo de fornecedores de tintas de quadricromia inclui agora todos os principais nomes, como Toyo, Flint, Sun Chemical e o Grupo Huber. Para Pantones e tintas especiais a escolha é mais limitada, como metálico e branco opaco. De modo geral, as tintas UV convencionais custam o dobro das convencionais baseadas em óleo, enquanto as tintas com baixo consumo de energia UV são quase três vezes mais caras. Já as tintas UV LED podem ser quatro vezes mais caras que as convencionais. Mas, é claro, tempo é dinheiro e os menores tempos de produção podem levar a uma maior produtividade. Isso é especialmente verdade se combinado com um fluxo de trabalho inteligente para diferentes produtos posicionados numa mesma folha, o que permite a oferta de trabalhos em curtíssimos prazos, similares aos digitais, porém com a qualidade da impressão offset.
Tradução autorizada
do boletim Spindrift, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em fevereiro de 2015.
VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
15
O LANÇAMENTO MAIS AGUARDADO DO ANO
Chegou o Anuário 2015!
!
L E V Á S N E P INDIS
ÚNICO O O D N A T N IA APRESE OS DO SETOR C N Ê R E F E R OBRA DE SIVO BANCO DE DAD E EXCLU
Brainstorm
19ºAnuário Brasileiro da Indústria Gráfica
Fonte permanente de consulta para fornecedores, gráficos, clientes, compradores e profissionais da indústria da comunicação impressa. INFORMAÇÕES ESSENCIAIS PARA O DIA A DIA DOS PROFISSIONAIS LIGADOS AO UNIVERSO GRÁFICO 1 Livro com 352 páginas em cores, em belíssima embalagem protetora 2 Desempenho do setor em 2014 3 Balança comercial 2012/2014 4 Tabelas para selecionar e localizar gráficas buscando-as através do serviço desejado 5 Dados de 2.030 gráficas de todo o Brasil contendo endereço, telefone, e-mail, site, certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos, segmentos de atuação, produtos e serviços de cada uma, divididas por região, estado e município 6 Guia de Fornecedores com informações sobre 548 empresas de equipamentos, sistemas, matérias-primas, insumos e prestadores de serviços
1
2 O GR CA D MER
ÁFIC
tria dús 2014 n i s da em tadoasileira l u s Re ica br gráf
O BR
ASIL
EIRO
que o “a cia d mendas uên nseq de enco o co to a das com aumen a im d o. u ac onta o pelo fico io do an es, 14, ap azid íc e 2% de 20 tório” tr eitora l. ueda d raf no in demissõevi d si el xe ig aq mbro sete to tran panha e 2014, pela Ab o trou rimidas au çã m en u cim nte a ca ulado d ulgadas a produ ns comp f indicammos, ustro à d a fr dura o acum 1,7% div recuo e marge a Abigra ra e insu o se ômic e zero N de rma, o xto d ivas d de ob rmal d eda econ ximo d eço do at fo ções nte fo ão ade qu ivid real pró s no com r pode proje ualquer um co os. Estim indo m prego cia da m di a at to em eq s em e cust s, inclu que um PIB analista o do se ender o, o nsequên tos, co en D ei d áv o ltad it en am es o em ondo pelos ltad surpre inev pressõ de cust o resu Outra co vestim e equip éf icit ap resu m an ão da m d in m u — contr uncia 2% —, o por n ta. do às médio 13. Co 2014. ão nos áquinas % no sul al e an is to to 25 20 d ci v n em aç e m ta de ões — re ento e tr men sobre 2,4% esp e a pre tativa mento ão d h i a re ução expec e cresci ável, em r do qu de 8% iminuiu física fo portaç i a red 204 mil colhim prin s Eco d d o udo bra a im tivo fo a US$ ões e en foi o r ano ado razo ito maio n st çã to u E % l o e prod de 17 do posi alente portaç cambia to d r gráf ic gan a sider eda mu en d n ão iv la ex m o u O uiç as arta ue o seto , empre ndo ser couma qu min áf icos. setor, eq e 4% n epreciaçã as l Dep q gu do com s gr s ativ o, se to d gera pelo onta A d um nho realizadocional ap empresaa produçã2%, teve que to mercial escimenrtações. enho. LDO co de cr mpe , a e 30 N 20 po SA14 emp 2 014 Dese tamento bigraf Ncom 20.6 pessoas. m recuo d ormaçãoraram tado % nas imesse des A 13ÃO 30 96 d IRO 20AÇ 10 r E RT Levanicos da ou 2014 213 mil bora co e transf regist tos, e 20.636.847.2 0 to IL d S en IM PO d mo – 4*7.72 BRA 12 nôm o encerr amente ica, em dústria também uipam 2013. 0349 30 ÃO cipal AÇ20 21–3. áf 117. 5.016 r 20.611.718 eq FICO PO RT 34 sileir roximad stria gr que a in do seto inas e hão em ramF GR Á 41.0 198997 11 EX 15,34.3 R 31 u ú A il –10 za O 3. 8. 20 r s d .6 ap R b T 213.58 20 422 do a in melho imento de máq S$ 1,17 es totaAliBIGhões. 5 13 O SE 10 SALDO 4. D 5.871 .709 4 ) mil GE , 3 16 o õ ão 59 U ,5 st S N ) 4. 31 64 h IB 27 – 4. 01 a O 5, 40 20 o 1710 22864..277 ER 2 pen s inve portaç con$trFOBport(DaçECO3,82 20.5 $ 97 476.383 ÃO ex 49 16.0 .6,8999 37 NÚM – 3 desem4,3%. O , na im ilhões 2 09 RTAÇ 01.9 2.382 07 (US r, asICOSUS$ 50 40.7 % 4,21 6.59 IM PO 20.2 10 20.0 – 33.1 22 $ 1,17 5 mOSexteriNoÔMações .655 $ 20– 5.07 7.861 378 caiu a, de 17 S$ 97M 6 .976 2 ,83 498. 3 – 77 AÇ ÃO ECO port U U ércio 04 61 .289 220.79– 97 5910 9,6.6259 PO RT .520 $ 1,21 qued zandoINScom OSas im 289, 163.228 078. 26 $ 38 1. EX D 7 07 $ 13 5. U 96 – li 95 aoEST ões e 6 4 905 ,0–4 82 697. 21.98,69 tota elação h 219,0.10 2 Em 118. 8.256 11 1,38 49–3,4.652.59 ais)418.352 il LDO 35 0 $ 27 D $ co (R .8 23 $ 17 r SA 21 62 5. –$ tos 15.0 EmENTO9,61 alança2 01 it 12 157. 4 – 6 73602 8,1. 21.3 ic AÇÃO M 28 cimen 8,616 1,39 – 169.22295,53 80 8.76 $ 54 s) * 20.7 .6to64 98 $ 29 da b rou déf bele 60 91.5 RTA US$ 35$ 5.84 f 5 –0.$273 20.7 .580 POõRT en es, S -º Esta– 29.751.4rio82s9(Rai 26 62.8 ldo .139 8.24 st DEPA 1753 6,85 igra 89 2.40 ão de ) 1 91 0 9,32 lecim ná 8. O sa al regiÃO 1 mIMil h TIeN TA N $ 9.006 con/ Ab 20.7 rt0aç $ bi FOB 298.27– $ 160, – 235.$7826 ncio2.05 28Es .889 559 9 tabe ci RTAÇ 1. S 1.18 ão : De .638 (impo ) (U 8 4,85 886. 0. 04,2 24,3% m35.347.009 9N-º Fu– 12 1.rio 273 s/ – 13 merEX PO 84 97 2 81 0. os 89 6. aç 8, 15 S$ 75 $ 566 15 2.40 ná 66 icos 5 izad 38.8 o 3 24 17.8 abor 13.6 69 0 7.52 $ de U sultad5.549 13. 144.335. 678Func–io 10 * .8 389 s re2al tos gráf 129.04B )0 9.70 DIC. El .4 97 – 46 15 to 87 63 30 3. 3. 9, – s e M 9 20 re 59 20 i FO 34.4 .469 1.12 682. imen167.92men – 44 4.06 $ 40 1 um ue5.em 40 .734 T 14 179. /Rai S$ m 30 ES Invest – uipa 451 1.08 3 4.11 1 76.8 q MTE 34.4 19 1 14 /3 US22TE.367 389 3.30 – 13 FILM 2 áq. e eq 255. erci0 al (U 2.97 414T 78.1 A nor 22.2 72.389 712 4.31 d. Fonte: 7.92 m 237. B1.) 70 0.917 m7.20 18.0 S.5IC M AJ NAL 443. 1 510. in O .8 Co 89 FO 16 – 19 a 1% Ã i 92 ge CO a 27 FÍ 84 .9 d 1, 7. 11 74 8 Ca 1. 0 m ZO 5 CR IÇ .549 ÃO23.598 599 134. 8 – 90.5 99 iu 7.22 Balanç – 1.ão ução sica (U24S $ 0SA B )3.673.26ensais do 1311 703. DES 28.7 48.1 ODUÇ – 3. T 80 FO 9 .7 1 0% i 86 9. /4 aç 45 Prod dução fí0a (IG) ca es m – 12 P.3 0, R88 93 m 6. 0 6.5% 52 port 93114 645.(US $0 7.95 ic 9 ativas .790 .503 ** 09.338 587. 4T 0 – 128Ex 76 tim 24 4. ão 50 18 1 A pro a gr26áf2.67 to trim ao 4. .8 – 5% 0. .3 es .7 aç 23 57 51 0, 20 96 26 rt 5.49 o em 7.78 ri 59 7 979. 018 19.0 1% 30.8 – 64 ad 8.13 Impo – 799 092014 dúst no q29u.2ar 8relação 1.50 511. 64 1, .146 00 904. 2 89.7 — – 1. 20 ano 13.874 014 – base 4.514 36 – 89 –93,1% 80.667.3 42.3 18.1 0 98.3 63 277.em 8 o do 3,1% 202.14 .2l 2,0% 10.4 0.935 *2 15 7.78 o 19.1 115. as 7.48 – 10 6. S 64 d sã S et 06 e 67 5% o 34 cá es 4. – 78 09 .7 37 A PA o, pr N TA NCM tre d o2.p15erí 374u ndo CH impr 01.7 .415 0, .846 4 89.2 – 2,0% .638 1,2% 9. 33.235 L TI essã 4 13.6 .386 ar .290 mm s de – 23 0 7.31 3. g m – .151 impr 6.18 008 – 12 TO TA 20 0 m tinta 19.5 6.99 mes rio4.r,72se raf, a p17.9s16 .462 – 5,5% 31 579.917 678. 669 – 16 as de outras – 1.00 .908 to m 91 u .330 7. ig 52 Tint 103. 7 – 0,7% d 05 b te er 73 .5 – imen 20 0 m 55 0 a .6 n .5 A In pr 35 .5 qu ic 00 25 5% 84 a is a .804 a m . 582 31 3, .308 – 16 57.8 mát .11. 663 111. 0m ento – 1.08 , co 519 Qua 38.7 4,3% 19 348.16–1 los d24.0es70qu72is8 o IB G1.E043. 97 ocro 979. 9 168. 5.762 1 mm prim to 61 – 3215 9.00 – on 0 cu m m , P 4.40 3. .3 – .1 10 ia 48 sa l d 7.64 .1o37 61 mm, co primen ão.325 6 .337 7 49lã .444 0 graf 3215 ura – 19 áfica8 r d a 1.en 4.52 .912 –02,5% m 1.08 .398 paraç24 r 9.663 45 .960 ti pa.4pe foto 11 6.49 icas 610 larg 15 co 09 37 e BC 18 1. , gr áf 70 ra 6. l M m m 37 3 gr o 97 2 3. l co pe – 5. mm ura s do 2.09 es pa ar tes 145 489 a 1.co 5.06 6.50 ansf . 197.649 Indústria– 55 05de icas 10 5 larg tr ia esm .722pa Focu 3 Film 846. ra 0 .707 gráf 7.75 de0 tr ação .942 ráveis com rgura 56 tim 15 3.34 448. 6.550 20 es pa ar tes ge.0ns orm 35.220o-20 ES 098 du9 – 37 66.8 icas 22.4le la 5.65 veis .20. Na m ústria 0eu 5,5% ro 1 Film bala 556. 25.6 .138 ansf – 18 para tes gráf as com ensí f. **Bo nã FILM 463 7 tr 155. 0.93 3701 0.40 Em e ra L ss d 9. lh es is 6. ei i 41 35 ig to de 37 ar 28 3.93 ic .1 – ve .3 51 3 co rc .6 o sem S 7 Film ra 49 a in TO TA 22.3 gráf os fo ssensí 66 0 9.89 iva.1Ab – 2.59 918 – 22 3701 2.10 .376 es pa ar tes ão en te ao0 te ão70d.3o S CH AInPAdústria23.485ns4.um 2 60.3 to 41at 6.46 límer 9. lm .9 .4 24 0 fo tim aç 18 po Fi 60 ra 19 94 65 3 is m – A 8 .5 o es 28 eros 3702 3.10 com 19 traçOU TR e .041 ns de –co97 ro 350. 7 síve es pa 3.40 .547 Fre n.343a.4re – 46 95çã 174. .4 polím tossen entos 550 6 Film adas 2.65 .053 22 11.3 je 471. 6.550 . O r .4n42 33 . *P 816. 9 1.36 3702 4.21 fo com ibiliz 374 – 13 983Be tre, im 22.5 .538 GE ,5% d13 3.14 .4 625. eros sens ilizadas 23 7 – 70 oced imes i de 678 o ia6.439. .024Fonte: IB 40 ínio 74.6 2.57 tr .471 3702 ib polím tros pr entos .7 8 ad 40 59 .956 .6 ns um 0 fo m 12 al er se r 36.927 24 ou bti 82 4.63 461. 5.021 .126 im 18.4 .538 56 as co 8 ster 89.6 9.09 as de – 60 para proced seto er a es5.p74e1 6% o 19o.8 e PEL 9 15.4 70 4.09 17.1 .782 – 23 58 polié nsibilizad s 2 Chap adas 1.02 4 d já 5.46 3 PA 28.0 56 – 4.04 .862 52 8.33 21 – 79 ibiliz se as de 4 outro 9.19 0 cuo 15a:4 lt.3a93.419tre julh 26.9 19.0 .30. 90 0 4.91 5.35 sens as para – 1.58 525 Chap chapas STE – 50 0 60.1 – 2.75 9 30.9 ínio 8. 3701 0.22 ad ras 4.77 .893 20.3 – 49 .3 8 alum .621 RDE 1 16/05/14te adpa el42a IG en276 239.97800.5350 ibiliz 359 Out – 19 4.04 0 O 8.75 .897 – 29 62 8 et 455. 1 3701 0.29 as de as sens 62 20 .8 S fs 0. 7 1. .1 ap -N 75 of – 11 50 0. 48 .3 d 2. 0 E Ch 88 A PA 3.38 ão 15 525 – 22 5.02 chap S df 681 8 3701 0.31 6.02 498. .893 A.p oduç TA L CH ORT – 3.98 50F620 ras 27 9 19 6.52 pr RA RV 9. .2 N ut O .3 53 26 re 59 IG O 23 48 0. .4 Ã rC O 76 0 TO – N ar Z 14 AB 40 H .6 8 0 02.5 3701 0.39 118 para ros 27 0 RIO 487. .104 0 MALíde ARAN 7.37 26.7 .3 0 5 Alo Out 26.0 lmes ol – 55 0 8.06 3.98 ANUÁ S Se 4 1.25 3701 9.00 13.9 .308 542 as/fi M alve OABZ 06 3 18 9.64 .9 236. 5 cha 18.6 662 76 – 5.11 171 Chap 15 9.07 G A PA 0 – 37 ASRÁ 3 581. 0 04.6 6. 3701 0.00 borra AL A 17.3 2.20 65 14 0 E 4. .1 – 19 7. .4 C 52 de 0.75 – 55 CH .1 0 49 .7 0 4.42 2 – 81 A SIA 14 0 tiras olar 1.49 – 90 19.9 3705 H TR m 847 9.19 .130 A 5.11 U as e 965 02 0 g/ 5. ve 0 O 45 14 B lh 9. .0 al 8 45 – L 18 57 fo 4. 11 33 9 , 6. 2.29 .704 TA 0 cha
E
3
12 a
L 20
4
201
COM
(243)
3)
NTO O (24 ANDÃ A SÃO BE OR 3) EDIT
ICAS RÁF AS G R ES E MP AL
A BR
ÁFIC
PR É-
IM PR
ES SÃ
O
150,00
IM PR
ES SÃ
O
R$
OS
mais tarifa do Sedex
TO
AM EN
AC AB
ores eced Forn e d a Gui
f ica Grá
editoracg@gmail.com
TO
AM EN
DI CI ON ICOS ACON GR ÁF UT OS OC IO NAIS OM PR OD
RS OS
CO ME
RC IA
IS
PR
stria Indú ra a a p s re cedo orne de F a i Gu
f ica Grá
DI VE
6
ria dúst a In a r a p
11 3159 3010
RI AI S
sul
ED ITO
2015
L
ÁFIC
RAF
SU IÃO R EG
S GR
ABIG
5
ES SO
ÁRIO ANU
OGO ADQUIRA L PLAR M O SEU EXE
– 50 51 as 19 52 1 95.0 so TO m – 25 0 874. 235 9 Chap de borra 90.7 12.4 .546 0 m 15 cm m pe – 1.74 30 C 1.02 00 92 36 ros 01 79 as co 9 14.1 – 40 ura .21. 90.8 .574 Out 47.2 lhas folh folhas 118 77 larg 66 .881 0 4008 9.00 31.9 em 4 17.4 ou fo los de 7 63.7 – 57 0 em .2 M 1.74 12.6 s ou cm 3 0.71 ro 2 082 0 rolo 9 8.61 4008 401. 8 los ou 15 m2 em m 67 – 2.73 303 0 3.19 – 70 0m al em al em ro largura 7 g/ 66.6 g/m – 1. 6.24 0.13 3 2.93 Y 15 0 58.4 36 15 0 l jorn 8 rn mm 0 4.50 – 97 53 5 1.01 lhas los de 2 mas 2 mas Pape papel jo 297 52 36 fo 73 ro × 4. .0 2. 2 3 m 10 ou ou 3 72 m m 09 ro 5 m – 72 .00. 15 1.30 tiras 40 CMg/ 40 g/ Out g/m – 32 585. 1 43 5 987 17.6 adas 4801 0.90 15 0 l em 0 972. 30 5 as 17.1 .912 dobr .0 peso m peso 2 mas 36 Pape folh 6.73 não S 2 ou 15 0 72.0 co 4801 4.10 – 42 oeda l com MY m 5 lhas 768 O ÇÃO .5 50 Pape em rolo 40 g/ papel-m 15 0 g/m 6.14 tiras ou fo VIÇ SI 2 0 4802 5.10 8.51 POos de ros 7 085 0 m em a 15 cm E SER COM .5 peso Out sãoCY m2 mas 6.21 427. 4 0 g/ S / FOsTOmecânicmecânicos 4802 5.99 rgur – 40 pres l com g/ 443 15 m la DUTO IPes .5 372 O so 5.32 Pape para im 40 m2 mas 773. 1 5.38 OToc ONAL essos as co RO 0 4802 6.10 s – so cm 7 CMY tir pr 35 ro LIN r oc pe g/ 55 15 P / .5 2 CI r pr Out 0.17 mm RIAs po NVEN 455. 2 com m em ura ICHE 40 4802 6.91 – 17 69 s po 36 0 fibra CO ros 37 CL .5 peso 15K0 g/ m larg 01.4 fibra ILM Out por LITO 773. 4 lado 13.9 .340 4802 6.99 TOdo porR-TO -F s co l com so uído uí TE as,LA 28 .5 49 Pape com pe em rolo 2 constit nsFO tit MPUTE brad 171. TO -P 0 4802 7.10 m es ros s co CO oPUdoTER.5 icos Out cartõ 57 g/ rolo 7 mmCOnã M m 3 4802 7.99 is e em 0 m CAs mecân R 1.11 .5 peso mOT TE s 36 Papé rtões mm a 29 7 mPL esNIso RÔ 4802 1.10 do l com e ca laAS DOS a 29 prEToc EL 43 5 OV .6 r m DA Pape papéis O é m PR 02 co m DE s po ÁVEIS 48 SIÇÃ 91 as at cm ros 43 5 NCO S fibra RI .61. folh r PO Out até 15 s poIM S VA ES DE BA 4802 1.99 ura is em lhas do DADO ENTO TTERPR .6 Papé com fo com larg nstituí LE AM 4802 2.10 ros TRAT AFIA / es co tiras .6 .1333 Out GR ANA em cartõ ) 3333 .br 4802 2.99 TIPO ros PL TIVA FRIA TE is e .6 ax (41 f.com om.br Out 15 cmFSET papé ativo dosTA Telef codigra digraf.c QUEN 4802 9.10 ros a OFetFS aliza ET RO TATIVA nal .6 copi Out ww w.ercial@co m A3 rgur 2 – mOF to la encio is RO au 4802 9.99 l ET s de 0 g/m Conv riáve com 300 m² .6 Pape OFFS SECO rolo tolito dos Va g SOS 15 23 4802 0.00 s A ET a a em r ro .88 s al o FS ES o • Fo • Da UR PR .2 rio OF GRAV rtã Out 3027 PROCimpressã a Digitalo de Dado são Digit supe ritiba Fax (41) 4809 0.00 l e ca ROTO RAFIA .9 0 Cu Pré- tter • Prov de Banc • Impres Pape de peso OG A 0- 04 .7777 .br 4809 3.10 ros FLEX ANAFIA GITAL • Plo mento Serigrafia ção 8023 ) 3090 atp.com m.br .1 Out ta GR O DI ivas (41 afica • POLIT ina .co l. o Tra RI m tp • RO 4810 3.81 Te SE ESSÃ Ades • La OS gr essã ficaa MET .1 Impr amento SERVIÇ Etiquetas zes ww w.ato@gra m A1 IMPR Plate to GIÃO 4810 rta • / ² oab RE nt m Ca to VO r-t O OS en / Ac UT co 660 s/ iz UV am res / men pute RELE E E VINC TIBA PROD diciona is • Pôste • Encarte péis a g ESSOS o • Com na Acab ua • Vern CURI CORT AGEM Acon ociona tálogos ciais • Pa izados PROCimpressãOf fset Pla Base Ág bra ANÁ ÃO GOFR AMPING TO Prom tos / Ca Comer s Padron omas Pré- essão • • Verniz ção • Do AÇ PAR ST EN IN s lhe • Fo emento Impresso s / Dipl HOT RNIZAM O / LAM Impr e Vinco • Lamina agem s / ao Supl ados / • Convite • Corte ficação • EnvelopOS ENVE TIFICAÇÃ pé is 7 ários sti h eç ores Pa 56 Timbr adinhas rras • Pla amento SERVIÇ Jornais Di • Rótulos co n ribuid KA K 32 84 -6 PLAS DURA 75 75 5 ) • Rasp o de Ba 09 5 • Alce UTOS / vistas • namento res / .733 dist m b r il CAPA FLEX(41ÍVEL cq ua | 08 00 o 5505 itora • Códig PROD riais • Re ondicio is • Pôste s / 75 ala ch a r eg iã . 11 e Ed Lt da ARE CAPA HURAPa ss) 33 15 -75 57 ...... Lt da Editoanais Ac ocionas • Folhetoentos pé is 615 ré PR UNIC Gráf ica 5773 15 -75 (43 ...... ail e da 94.6 de Pa ...... BROC is Br COM anzoni galski, Tamanda26.8088 A (43 ) 33ADRADA Sem las Promlendário Suplem / rc io 1 26 ...... 83 7STUR Pa pé / os co mé -0 a da s Ca .....1 QU inlinePaulo SP Sa ad 8 41 CO Co Lt or M. M adislau Bu mirante x (41) 30 • 0 br ...... carte lopes en s (49 ) 35 zes • BADA C. A. C 09 -5 85 rib uid 57 2 .600 ...... São R. W 7-270 Al .8088 Fa .br Carta logos • En Papéis Tim s • Enve ba lag05 44 | Di st) 32 22 -8 LOM ELT (44 ) 40 2132 ...... r Em 4 m ... • do 5 e 11 50 ise 29 70 tá M (51 is 00 65 83 .... Ka Paulo SP Ca erciais droniza ) 30 icare.co .com.br mm da. HOT 50 Pa pé | 08 18.3 ...... GENSitora Lt pe l 65 6 Tel. (41 comun unicare 0 × 780 1 26 ...... São Com essos Pa 87.07 LA ... A ..1 Di ca) 33 31-5 29 Ed ... BA w. ... m 99 k PV ... ... A 9 EM ica e ..11 ww ael@co ² n 60 1 26 Impr (47 KodaPaulo SP Plate ...... .569 ...... 2 CANO co | 08 00 70 51 ROSA Gráf 36 ...... a gital PUR r-to...... raph 950 m 5084 .027 ldi São Br an G. G ...... pute trônic BADA M cker ......... Ri o 11 20 10 5084 B BAsaG IndústriaIguape, 42 ....11 Bera Paulo SP t sti ... DA PÁ LOM LOPAGE b g ESSOS o • Com ão Ele essão Di• Verniz .11 ...... 305 mar Paulo SP 08 00 RTIR ...... OC pressã Imposiç • Impr ping 0 ...... São g Ro Jesus de iba PR VE 82.4 ... PA ... PR Ba o ... A EN 32 ... .886 7 • na rit b -5 40 m ... Sã 1 am ... im m NK ESAS 2348 ids Paulo SP .....4 Pré- a DigitalOf fset Pla • Hot St syste ......... Sa ma .9880 R. Bo 0- 030 Cu 76.1699 te 30 77 SHRI GRAFIA o ...... o EMPR .... 11 o mse Paulo SP ov • 3223 (51) 32 .1000 o-Pla t Plana PR S .br mc 65 ... o ) Pr lev Sã is • 13 r-t 61 ... 81 DA LO se sã 666 36 s • Re ... .br m es .... aq Melt HO ax (41 a.com ra Pinha pute fse São a TOS 15.5 ..11 ...... Bowe ............ 224 Impr amento o • Hot OS Telef bagros osa.com × 740 m melmJosé dos OS ESSOS o • Com são • Of Capa Du eratur • Jornais COMPLE ...... 4 11 46 ...... ney . 29.7 SP çã ... c 0 Lit gr i ... w. 22 ab LIVRPROCAS • IÇ ... sã / o pit es ... 32 te S ... 52 ba .7 ais ina tin s Ac Lam ... te hSã ww osa@ ... ar ......... Paulo ST impres Impr e Vinco los DO ico n . 11 SERV man Rótu ...... 3229 .1881 mult a DF ... o-Pla to São er m ... ...... REVI OS DA UV • UTOS / ros Técn ios / Se to • TE rte dg ............ bagr 500 m² 3624 ter-t amen to 991 Pré-AISa DigitalRI•OS síli k .... 11 müll Paulo SP ...... Co .2 nd pu ... 16 rin ár ... UL Bra Liv en la OD ab 76 47 ... m RN S ... • o UÁ g ... ov Di ... en ro 33 PR riais rnais ... JO • Pr S /am .96 a sin ANento NIbrCA a •SShOSIDAS strados namCONS zes ...... SP ... São ...... 5 ESSO o • Co na Ac ceam ...... 2292 .9400 .... 41 new Paulo SP sino ......... IAab elt FÔ IÇÍG te / Ilu .550 Cotia ser • Do M ...... Edito tas • Jo Acondiciores / Carta 4 PROCimpressãOf fset Pla bra • Al GUAc ...... 2177 .... 11 new Paulo SP TELE /SE SP ... 5585 SERVI-R la .294 f ...... São .. 11 ...... • Revis presa is • Pôste de SAr presa ens de s HoSt MUT Pré- essão • Água • DoOS OS NS roGIs DA svC ão Preto 5561 / .... 11 agra ......... ...... LIS•TA ens ...... São f 8 Em lag . 11 iva LAGEisNS ...... .2477 • LivRÍ de quim ba PR ... rgra ......... de Em ociona tálogos brados lopes Vales............... .295 Impr iz Base SERVIÇ Embalag las Ribeir BAOD ...... Ades splays ...... 47 ÍVEIS ba riaGE Jornais 3662 EMPR sylvePaulo SP ...... 5049 af s / ...... ...... Curiti os Prom tos / Ca Papéis Tim s • Endivegigr FLEX to • Em iquetas s • Di das 92.96 • Vern UTOS / mento • los • Saco zes ...... EditoLA tas •NS . 11 .... 11 t&C Paulo SP do / CheqPaue rviç lhe is • São ...... ulo SP ...... 8 vis 11 22 EMBA OD ciona • Rótu s / Carta os m ...... GEcionamencolas • Et / Cartazeis • Agen Fo se . iza SP ... o • 59 ... .1415 PR a ... o rg LA cia ... • Re on a/ ... Sã 7.8 nç Sã er di dr o re ... BAondiS o • Sa steres ercia log Paulo Ur ...... 3362 ...... G 46 x EMAc inas ...... Com essos Pa Segura 9.818 s Acon pelcartã is • Pôste s / Catá ...... São f ...... CostPÁGiNA ÃO LOlcartã is • Pô os Com ..... 41 Unia Paulo SP lâm NA G 17 esso de G 19 ...11 dsm Paulo SP to rgra SP......... pr AÇ ... Pa TUpe s e pr na 6 e SP na ... IC Im AS NA lve so lhe de RÓPa io o 41 ... S io EStáIV log Gi Vid es sy Paulo / Im las UN oc São tos • Fo LAoc Sã. o aCas , PÁGi s , PÁ ...... 03.4 são Camp af / Ca AZES E COM • Impr Prom dários plemen bradosápios • Bu Prom TAtoSs AD SACO Co/fe e ViNCo São E natto PR ......... pres 11 27 dora de CurA s Ltdaequipgr rdo do n . al IM len m Tim Za AR Su RT lhe rd vi YS ... ico ra UE / su /i is Ca IC rt PRLA o Vi rna ... ba • • Fo ES / CA - IMSP CU ForNos ee Co UN s Gráf 139 G 11 rtes ETIQ o Be Papé os • Ca s .1311 ...... çãS áveis Curiti NA CortFACAs de RIA . 218 COM Serviço remin, PR Sã 26a.8044 ............ • Encaerciais • Divers S /mDIunicaGO 5078 s Vide viço . as STER CÁ vari 46 PÁGi da IO OS Á ai er 11 s da 6 Sc s , e s Lt PÔ ri am e 30 LO N .. .4 ÁR a nic Lt m O o SP S /s AU G iAi do Vid A Lif ncisc TÁicos ENTOoro, 37 ré PR ONIZAD Co AR NDcária/Co (41)er o Paulo ...... ritib áf ica1 3326 NA dadoPÁGiNA 3 dUst EC CA 19 nCo l rogr oniza mAter M ...... PAR CALE GráfPLEM 0 Cu 88 Fax .425 s inPACH stria Gr Sã .br R. Fra 01.92 LITA Padr Cyre CliChês / eis/p e e vi G 46 ArauETrvOS ...... tônio manda S PADR R Vide 35..1 ...... iços/ SUAn 2268 08 80540-32 29.80 .com.br .com ALHO o Indú... ...... rreia 11 22 riáv A/ ROPO ......, 24 LE CortPÁGiNA 0 os irante Ta PRESSO .br eis/ FOLH . 11 Vide tos ..... e SeRTmESing 70.11 ) 30 icare icare esko Paulo SP ec ...ap ... uava CARVso s va .770 ...... m riáv 33 om T MAI .2352 ...... C Co IM cao.c men RITIB MET ...ar un 53 50 Vide Parch SPGu ...... Tel. (41 mun .0100 3829 .. 11 ...... São mm RS0 Al .35OS ENCA R. DoOO 13.91 s va tos 2106 dado CU S / JE .br 35 / ica ac 01 Uipa ...... 22....88 itech ) ... alheso Paulo da. ... 0 0 ww w.co re@com ...... 2199 s IÃO e de ibCoa ntPR . 14 .... 11 11 46 TD115- )M33BR 02AD coNT ...... ÍNUO os.com 20 mm dadopamen 8 e/eq ra Lt mun Carv Sãcoo nd ICA × 78 brike SP... a ica .420 ..11 ...... 3 ...... (41... 30 ..... OU82 al ... amicaPaulo SP viço REG Ui 6 ntrit .295 ...... 600 fa o Paulote • Prov ...... mun Fa...x ... ...... Cort 3738 .425 . Vis 10nt0ineCu ...... 49 GRÁF s e Edito 9 ... 48 l.IS(41TI auIO caSriaCOimeadeS siv 0 × 1.0p ... Er eq co ... ... 9 ... Av 68 n o .8 ... PÉ Te to s ... 00 50 .6225 IR 00 ... .1 Pla ... SP Sã o² ... Sã 22 arÁR imprENDAn 72 s ri en ...... ... 0PA w. ... Co E .39 .01S ...... 2440 3443 A AJtes Gráficahesini, 40 99LE na etrics ......... 77 FSC 950 m tam... .... 11 akadPaulo SP ...... ... ter-t 8001 Sã)o30Pa14ulo m.br .... 11 ww alfB SP...... / VA e@/ AG0 m² ladore RMULimOS tos 1S 21 t Pla ...... ...... ....11 feava• TraSP ...fse 598 g SOS 71 .... 11 efi mPaulo SP (41 uaec.co m.br mpu nic 15.07 ...... o arc FO ... ... ..1 ... Ar 0 PR En l. UE ... uru pr ... 7.8 M 33 51 ... Co .33 Sã ... ... ... ir b .00 Of na ... a Te • 40 o ... G Ba 1 EQ gital im RNg 3 ntro ... 18 Aj etan ES o ... .3 jurvit uas.coSP... trô Cotiao • Relevo ......... ... Pla G. 3371 CH ritib t ... São ...... S .....1 s / ... ipam ...... PÁGiNA CADE ...... 11 9.8 S fse Co ...A... ... 4653 urina ² m B0 PROCimpressã sição Ele pressã cktoCo• lor PE o sDi ww w.re ..11 dsm Paulo SP c LO25 ...... do ... ics R. Ca 0-110 Cu 29.88IR03DA PÁ ...... 0 mm amicaPaulo SP • Of SP ... ...NÇ Equ ca@jmp mer ...... esNIsãCO s SP... ....11 oco ...... • Da o • HotG 12 ... floen lho fia RA .br gmC Paulo SP Nes tA FÔ i mSetruloog .2601 8 SPra Pré- al • Impo Dados Im abam mpo )A33PART ENVE .1151 ...... grafi Ca 700eid São ...... ......a Digital Pla oFRIAS efSO sã s iç LEopr na 8107 ax (41 • Im ão, arut Melt Ceess São GiNA Vin, PÁ SEGU ES a.com t .565 ...... 3566 fia Pa hn S SP... ...... fia graf 3225 / TE do Ca AS t is re•Po São ANÚNCio • Ho • Tip pr Capa Ode Digit nco de gital Ac iz UVGu rte 066TE ESASrgrafic om.br b gscES 3277 SOPaulo o • Prov • Of fsesm ...... Sã OMos PROC es ITra rig mprin SP...... logra Telef atos ... .3LO an sãSooDE • Se .... 11 CoAr equipBernardo JA ... 45 PRw. ... to SO 11 elh PL • aji Co ÉD de Di Ho ... ra 16 o a rm tr ... Ve . a.c Ba le sã rn o en • ES ulo EM 29 OC DI o o 0 ... ur ... 30 As fic / APÁgua stu es es S Pa de essã de lev sã s /P PRpr SgrDE ...... PR Sã am .10 afiaCRro eç ...... ESle/ São s Re g • Ve OS fo LiterSPat... • Jornais ............ .464 . 41 a IMIm • Nt São S DA ww ajirgra ITro impr rrImeia ...... pr s al rA xo Coennt ra • Co bra 3642 Acab toNV ...te...• Prov staal ......... 2136 • Impr Stampin SERVIÇ icosAr/ ujá Base de s FleÕE ...... Pré- ve so LETO m B0 aphic......... anais iqu...et...as... PÁGiNA 00•0RT is Pr . 11 ajir@ es s o • Brochu elt • Do e Co / CO ens ÇA rnizAS IÇOS ferro Paulo SP .. 21 S)iva .9622 m² sul gr......r-t SVid fega vel PR ... Sernmax ulo ...... 0 32.6 CA Acab riáCo esãim VeRR o-Pla COMP o Digit26 el Hot M ão • EtSP Nes tA • Hot UTOS / ros Técn ios /fu ...... ÕEam balag g •BA ...... 3273 FSC 1.000agem ......pu BEAdes .049 te • Dados.... 11 21 es .1550 Va prVid DOS rt G xív São Pa ÚN 88 SERV pinDE sCio letode• Emas a Casca positiva ............ ...... o to CART . 11 im S ba PRCom etas lays 3644 NAFle rada • a ...... 2693 A- CA PROD riais • Livrnais Diár nam Sãen 5 am • Im PÁ raf OS / ro OS DA Gipa St emBR ...... dário Papéris ...... RJ. b g ESSO GO UT o de Ca Literatur 2671.17 sp.... 12essos ad asIÇOS . 11 Etiqu • Ca riti o • stUE ... na iz UV 08.455 lenAN ms/en 500 trônic hotg Paulo SP ULTE Cont • se ............ VeJA grup Janeiro CÓDI ...... (Q los • rios • Di Edito tas • Jo Acondicio is • Ca ......t Pla Vern s/ ... pr 0 Dura bada Qu SE essã k ão Ele...Of 25.4 Ssitu PROD PROCimprCu .....de11 s ciona taLE NSditin ...... CONS ciafaisca la ...... / Im de 5 vis dá SPad na / eirRVks Técnico •...Jo...rn...ais .570 São dasiç SP 1 55 eraf • ...fseicoento • ...R 85 33 s ...... a BU intlen rtad Rio de STAS ...... o •itRópa• Ca Kopo • Lom Co ÁL ....1 ba br os digo 11 3601 ulosão abáfam n ... rtãZZ PU 3 onS lca Pré- al • Im dário 2293.457 • Re Empres omocio os Comgron / PU ro ... UTOS•um izado ...... ulo SP / ha Paes 1 ta...s ... 71Ac RA is nhFEanisgaTim ...... o pr s da...• • Có ...s.... 00 l gr ...... rofraPaulo SP PA namo 1 .350 ...vis • Calen ra... duiobu de ivas Pr tálog s PadrSão Parançerag 67.4JOGO PROD riaBa Re is LivtisSP ...... Pape oc aliaAc .21Di73git isSãIm git fitas er OS Uina ...ad ...rd inhas 64.19 guelb o Papé spadÃO 040 itoa. Ca esso 1 35 2954 ...... da ulo • ionais ...........2 es ...Qu UT ... • 0 21 / Ca mat CE Se .4 Sã áq ng/ an ... 2409 Variáve sãlno Di om ..1 Pa / s Pin ... 11 is da Ad 1 id 99 Ed pi OD m . s 1 o ... Pr ercia ed• Ra AÇ ...lho to ..1 .0 s de he Paulo SP ..1 Sãs Inf intoc os......... PR11 3750 Impr maba es ica ...... lez icos ...... s LIZ•...Ba...ra ... ...... Ur a/ stam m re gm ...... 3959 . 11 doNA • Folhe ados / Impresso ...... • Livro esanoPrprom .9200 CoAS SP o RJ. • Im0 pr huraFo•rtaLoão MecânOS............ radidát tis 3343.51MAP ...... São ...... . 11 ...... 15 .734 eirlog Cost rint ...... co onSiza/ SIas Cold Catá rsos za ...... 544 Emprna an 1 4903 drER ...... ...... / Pa s Inf açC RVSP IÇ ... Timbr lopes • les s / Jan F o20............ ....... 3871 • Broc dern ap Pa nsçã n ...... Dive IG 15.0 .....5 pm ...... ...... NNrra aliRA , 132 .... 11 Jato PaulosSPLtda s Os . 11 SEulo dáticos Livro Riotode alph Paulo SP / Pa BA92 ...... notra Crow lhos SP ...... L 11 29 S ......... • Enve ues / Va / Sin s ira ...... • Folhe ...... 404 AB • En3ca UTOS nd TICO São rosss Di ados...•...... Olive erte 01.92 Ba nn ...... Osch São agen 8 ulo SP GITA ........... ...... SP...da. 71.8 .423 São dena Guaru tidlaÁSulo Livre IlustrRS ... presa Cheq ...... .425 ... de Im roland SP...... • Ba RI o Pa ICA DI ra...Lt...da s 92 21 inoUi 2475 PROD riaispr• ep 19 38 / gre Em ndáq ...... 5621 ANUÁ Sã ÁF teAle SESãPLo Pa os Lt Se rta...ze......... . 11 cu/m ução 31m72an André ...... ito... TY Kurz Paulo SP ..11 / Ca Edito s dePoArrto rn ...... 305 eir o as rite ulo is / 677.9400 ENAX-GR SP... ...... 0CA Plásticad e Ed ais de s ... os 23 ...... s / PY CI Reprod ntina, Santo ...... 82.4 ...... chec ritiba PR ............ .860 Case Pa Pa 1 São áf • Jomo • Pôste...re...En relh carte es Po..sta11 21 AT a Gr o ica ...... .7551 CO py City ca Arge PR • Livro tas ry ...... 1 32 cussi Cort af ... ento 4617 rtõ ...... AMos • zl ...... Ilnah 66 3613 en Sã dro, 98 lom ...... .br bopaPR mar hos SP ... 2gr Cu 47SP.18 .....4 Co públi iba ..11 le/a 1 stim R. • Ca... Revis ocionaanisautás log 15 .br ... At ... ... Wut lhos SP 03 rit • ... is ..1 Pe lin ve ... .14 ro 0om o Ci Pa) 33 Co M PR cia ... ios re ...... ulo cos.com cos.c Valin ...... Av. Re0-260 Cu 45.2529 3362 .2650 8146 ax (41 R. Sã 5-Co Guaru hais mer ......rdáp Prom tos / Ca o 040nt3224.0092 ... .br...... sti......... 4 aq pUr/ .9400 ... .. 41 3334 lhe t&toCs CoulorsSPos...• Ca plaasstiil casepla ) lis ca....co ... m 8061 ax (41) 33 y.com.br .br melm é dos Pin 3724 Telef SãcayseBr ...... 0:200 ...... iros G 46 8340 ax an (41ta Pave G 12 • Fo emenSão Di afi... .conam.br .......... 11 . 11 om São Jos ...... w.da coulo s@ SP... 1400 4 ColePÁGiNA ...... tiagrSP aficaica 6 Telef w.copycit pycit y.c ...... GiNA Telef ate sti Supl sagens tto Cona ão 15.054 wwsepla o Pa 00 e ISO G 12 ...... , PÁ ...... gr er ............ al s Vide nal 40.848 naam NA ww cit y@co m A0 m ...... ca Sã01:20riu Zana ba PR ... Comérscio po. siç ... ww w. @aCatesa elhos Men 11 29de 24 etro a Digit o encio • Im 90 po20 m²SP...... ro os , PÁGi ² SP py m² .11 al ... rím le/APAr ......mento Prov pressã Conv TTritiA stria eímet git... nas atena 2Sã 212 ISO em ...... er 00omPaulo 8 co g 254 S ta EACu g 5 Paulo , 11 tter • o • Im a Di tivLtda.APAroelh ColoCoNtro to tolito ...... .565 áqUi ......is • Tra pressão 20t 60.0 ov InndúdUos a c SãESo SOSColor fornec a le/ ng Jr. a g ESSOraSlis o • Pr ...... AN01DReattaCo ESSO o • Plo essã ação ...... o • Fo s/m 3277 amen . 11Ho Vide riáve o • Im... ......fia g sãulo SPs Va Ntro ckessã s SP dr -Adeesiv e em um PROCimpressãveis Impr• Plastific Flexível ânica ido Lo e trein.5777 .26An CoGu dore PROCimCo flopr sã ...e...Vin...co • t Melt .3311 PROCim rigra Stampin .......... 11 Pa do ência pres , 66 ta lho 0 o es to Se pa ec Vid 76 • éto 35 riá PR Da no pr Sãa • aparIm ... lizou-s je possui ncia. 00 aruo pU t 94 ... oais e) Pr Re ritibatoria(41) 33 Pré- Gu Pré- nic s Va amen Dura • Ca ação M . 11 de Au ...• ... m.br 93.6 ...... Corte ção • Ho11 26 essã axto • Ho...IÇ Com dWar Ho pecia pess ece ...OS r &dos SP... ...... 5 dete los ..11 40 FaGx 46 .com.br etas.co al • Dado Acab pa dern Impr amrnen nsUl Eletrô o Co ...... ulo ento • Lamina ........... ax es gráfico. a e excelê R. Ca 150CoCu rn .646 cias de DaPaam (har al / SESPRV to • Rótu za...çã Ci 7 Digital ção • Ca a • Enca GiNA etas ttaetiqu ...... ...o... .7777 .1500 Acabfu Paulo 3031 81650- 33 do ...... nt sta erên ire fo l UV o OS o Furn Banc alSãAcoab rn ...... br .505 en Sin...ali... ina etiqu nda/ rea m Comer ) 76e PÁ 26s92 .... 11 ferro Paulo SP tinpeiz SP......... pref C Insp ientes. ODSãUTcioennatim er...s.../ ... Grup ra o merca ia de po 11ico Lam hura • Do 2605 git mgaq• Ve ri mto eatta as@a . át l.0 (41 Vid • o PR 1 ...... did Di a dr ... 45 Te tis to ur .1 o ra ... ia ulo e as 00 di en og M SP 3 etUl F 1.0im pin Cano IÇOS oc ... Sã ór ol pa ...... s Infan 38.4 ww w.an etiqu ...... / Pa • Baann us cl ia ns em .471 Aconla ad sobr , o G rtão Stam baSãdao Pa tech ......... 575 • Br ...... ...... oolv 46 1 32 ...os a hist e Vinco com tecn Di s o RV Di...dá...tic vânc s ²nv et1as3567 / SE eattaCo m m OS 93.4 ões gócios dos se su e Ca • Livro iqu ......l Ltda. verso x ....1 G hard Paulo SP le ex dr a iz Lo se 22 ... ... Di is 0 aç rfl fle • rte re ..1 s de SP 50 ur an rn NA os 1 ... Et ... ro pe Livulo UT • ... at 52 e, o no s rm SP gita ne da um .445 g 2 de Se PÁGi grafia • Vepé maq AF ...... São ngo .....2 83 de Co odut en...to......res / idad hand ia / Liter ... 06.23 PROD riaSãiso• Pa deg pa 81 info es de 3238 b Vid Flexo m... GRo Pauloáf ica Di 60 ............ alpha ......... 71.26 ESSO Ao lo mentos desses pr amspinstificação . 14 21 icos cio...na ste .11 qual trabal eb, míd ou ito Técn 48.18 çõ Grprint s, 24RJ.... de ca unir inter Paulo SP toStra CODISã Ed ... PR81OC são • • ad ...... di ... • Pô os .... 11 55 nta s , 1 39 s C on W grafnoha 8 e re transa única Lineiroiba PR ...... ulo SP nais ... equipacompleta tontHo UV • Pla ............ .....1 São Gara sultado como presso 11 Codi naen .087 • Livro pm 24.18Impres en tar ...... e e ...... taSãs oAcPaomocimio / Catá...log 99 ... ...... de0JanCurit s ...ios am Co Verniz IÇOS 2589 pha 43.51 R. LamRio ...... 16 36 cole vida pleta ...... ...... sk s ... áp e re anai eriais im 15.99 • Revisivas Pr it al Paulo SP linha 1 33 Acab Águaal• fB .. 21 ...... Ao ...... • Rótulos ...... 0- 08 atec m de tic varelhetoSP...Ca rd 2 ...... ...... 11 32 / SESPRV .....5 ulons • mul is, mat óveis. to 0 8022 pron ulo SP... s uru tilo são co São rt ...... ...... .027Ades zepos • oFoPabu Base UTOS ...... r ...... Ba en 70 2 es ... ... ... Co po se ... 84 Pa m .5 m ... 91 ... ri SP cia Sã ... vi la 50 .2 ... s RJ. ... A fé so elhos a São Carta rsos • Álress RS ...OR PR5OD diciogrnaaphim 3601 svC ão Preto ...... 4122 peri esivaeiro ....11 um .646 tatek SP ......... EDIT Ltda. .......... 11 ...... .. 11 apar Dive prep AleAgre res/ 3031 Acon etasRioAdde Jan m E ... Ribeir ... ro 71 C ... 11 do 0 SP ri . ra 21... .99 .... 16 Porto IC syAste SP...Lt...da mpo .099 ...... • Et0iqu pUta Barue c 2694 Edito ...uç...as..., ... seIC GRÁFgmed 45 ...... esco: mÁF 3959 : do Ca ... Com ch ulo ra ma .4110ATP re ica e SP bo 38.4 .... 11 ...... Brad rsão M . 11 SPIRE GRSã o Pa ito , 313s te roto Bernardo Gráf aseircoo Re 3333 1 32 ...... case 333 ...... onve ......... C IN Ca 00 ica Ed chelo ATP geOs ....1 hard Paulo SP AP0TA áf GM nh ...... 43.4 ta ao ..... 11 xo&C ......... São asil rri rafa ...... 56.31 are 1 ...... Assis 8 33 - Br ...... .445 ta Gr Bant a PR ftw Y ...... São nd ...... .441R. En rotofle ulo SP... 11 40 ulo .....4 o so 3238 Ap AntônioCo Curitrib 87 ............ 7 tidla Paulo SP alpha ......... ..... Pa 2914 o Pa ...... 0 .11 ilizam .054 R. 0-140afilase33.84SP....br | Sã ...... São inter Paulo SP ..11 ...... ...... .899 e ut São 81 ...... 4551 ulo.com ...... CM -7746 lex ) 33 ...... s qu 22 .br............... 3881 ...... São o Pa ers 24.188103 ax (41Sã esa G 13 2337 ...... .... 11 soléf José SC... s: afica fica.com 73.96 ... 19 4 13 11) tünk ema SP ... empr pha ...... ...... 16 36 Telef aptagralag rviço a ra SP......... ...... F 20 .054 11 32 mas 233 it al Paulo SP São ...... se ... ...... . l.: (55 r ad 15 .4 MY gu w. ... e ... ... ... .b Te Co A1 Di er pt | Al 29 ulom IGRA ... ... 8 ww ato@a o Pa las ...... r 2475 x utos .com 15...... íses. São tos ...... ...... r .800 O AB .... 11 star SP ...... ...... Sã 0 m² lase F...20 prod SP ... .... 11 60 pa vemahos SP ... lase furnax cont imen ...... 3323 ... UÁRI ... RA tia 5 g 1.00 affaca SP os @ de ... ... pr CY ... ss IG 47 5/9/13 is svC ão Preto ca AN Co 46 ... ... as .6 ... gr Pa AB ma Valin ...... s/sU ...... Oulo e ...... em | grafi bre no 3031 b folh ...... Ribeir zl ...... .9063 dore X-rit Paulo SP SãoRI ente . 11 ...... 5658 Wut lhos SP ões so s em ANUÁ CMY 2946 ...... hik | Pres pUta ...... 0 3277 45 São . 11 680 rmaç ...... Bina o/ grap nau SC c.net Guaru .340 Com ch ...... 38.4 ...... s info ersã tos te | 55 11 me w.gm de BoG 46 4653 ...... ai .3169 1 32 ...... a K s e rd ... Blu m nv .1 ww SP 02 en fic .11 ... rt ha Paulo 29 ra Co pam ...... Uina Co PÁGiNA ...... Para o ...... 450 ...... 000 ...... .... 11 lucc Paulo SP m.br/g São máq eqUi os 38.4 0 ha ............ 1 32.6 .co ...... Vide ...... o/ 32 99 50 o 21 ... ax ... alp 1 at .0 sC .3 ... Sã .1 . 11 ...... inter Paulo SP form SP ...... 3959 w.furn ...... 2954 o e e ri as ...... 81 ...... . 11 ...... . 11 ...... resin Paulo SP www .9971 São Cort mátiC 24.18 Arujá ...... ...... ...... 90 ...... 2694 ...... pha ...... k ...... 16 36 ...... tos São aUto 34.21 o . 11 ...... it al Paulo SP ...... ...... KodaPaulo SP men nd ...... 0 3 versã ......... 19 35 ...... ...... tidla Paulo SP Uipa ..... São .099 Jato Paulo SP ...... r São indd &Con ...... .8100 ...... /eq SP ... os lase 3959 x8.5. 4112 flexo ......... São 4 ...... São nCo . 11 átiC svC ão Preto te .. 11 roto Paulo SP ...... C12.3 .644 ...... tom ...... e e vi -pla G 26 5188 ...... v&r aro SP ... Ribeir cioGM São ...... .7666 s aU r-to ...... Cort GiNA .... 11 anun ...... 5188 Rio Cl pUte dore land SP...... 66 s , PÁ ...... r ...... m 11 io la ... fe . tid SP .76 ulo ... Co al Paulo ro Pa ... ...... s s ór 5188 34 71 ...... São ...... res Cont nsão rAs /ACe . 11 São 93.07 agfa Paulo SP ...... são/ Xilia 94.99 ...... te 3 50 ... s o er ... 26 ... 83 es aU de imPr ... . 11 .8 o São . 11 ayca Paulo SP ...... ...... ConvdUtos 5 3412 versã ......... Vide ...... ...... .365 São ....81 ayca Paulo SP pro xo&Con ......... ...... 2618 0 ...... ... ......
PR OC
32
4
- GR ICA E GUÁ (24 -+ GRÁFÁFICA JARA3) -- +- GR ITEX (24 ES (243) ++ +-- GRAFAFMARQU(243) -- --+ --GR +- --HOP 3) 3) + + INTS A (24 - ---- +ITOR - PRTEXFORM (24 + -- -+ -- -(243) IC A E ED -- -RAF -+ -+ AM +- --- +-+ -- - TEXGCTÓRIA GRÁF -- +-+- --+ - -- -- -+ -- +- +-- - VI - - -- +- ++ - -+ +- --+ 3) + + + K (24 (243) -+ -- -- -+ +- -- +- +- -+ H MAR ICA CEIÓ -- --- ++ -- +- +-- -+ -- -+ BENC S GRÁF MA -------+---++++---++--+--+-----++---+ SART (243) E (243) ++ - CEDERPAC AMBELVEDER (244) -- - -+- +-- +-+ +- --- --- --++ -FITE ICA + - -+ -+- -+ +- +-- +-- GRÁFÁFICA GRAF -- -+ 4) ++ --- --+ +- ---- ---- ----- ---- +-GR AGRAF (24 + + + BA 4) - -- +- -- PLAN BEL (244) - -+ --- -- ++ -+ -- -s (24 - SIX LA -- -+ - ++ -+ +Freita -- -i (244) -- +-- --- --+ --+ -+- -+ açar ++ +uro de --- +--++ --Cam -- ---+ +--- -+-- --S / La + -+ +++ + ICA / + + TULO - + -- -+ -- --- -- ++ -- -- -GRÁF E RÓ - + --- --+ - +- -- ++ - --+ --TSET STE (244) UETAS -+ -++ + + AR + IQ + + + -- -- -- - ++ -RA + ET S --------+---++---+---------- - +- +- -- - -+- - CONTO-SYSTEM 4) -- -+4) U + (24 + A + + EC COR (24 RAMUS - -+ ++ -+ -- -+ N + +- 4) 4) (24 4) -- -MA ------------+++----+------+-- ++ s (24 -- -- -GRAF A IGNÓ ROSA -+ - -+- --- --ari (24 -- +-- -+ Freita / Camaç -- -- -- -- --- -+ +- --- +-- ÁFIC NTA - --- ---- --+ -+ -- -- ++ -- -+TAIS ++ - GRGRÁFICA SATRIO (244)ES / Lauro de +- -+- ---+ DIGI -- -+ -- ---- +- +A +- +-- ++ -- --- --++ +--- +--- ÁFIC LUÇÕ RVIÇOS ++ -- --- -- -+ -- --- ++ -- --- --+ -+ ---+ +-+- - GRIMPRESS SOLY THUS SE4) --- -+- -- -++ -- --- +-+ --- ---- --+ -- ITANA -+- --- ---- ---- -+- PHOTHO LOR (24 ari (244) 5) -+ ---- ---- ---+ -++ + + L + - -- -+ ++ - -- - -- -+ + -- --- -O (24 maç +- S CO +- --- -+ -- -- --- --++ + --++ ++ ROP -+- --- +-+ -- --- -+- --- -+ ++- - PRES TART / Ca LAGENS BA sta (245) -- --+ +-- ++ -- -- --ui MET -- -- ++- +-+ -- -- +++ -+- +- -- - PRIN SET EMBA --+ --- -+ -+ ++ Conq 5) -- -IÃO --+ +-- -+++---++++--------------------++----- SOOF --- -ria da -- --+ +o (24 -- E REG --- --+ ---- ++ / Vitó + +-- --- +CE IVAS / Eusébi -+ -+-- +-- --+ REKA --- ++ -- +--- --+ ++ -+- -+ A EU - --+ -+++ ADOR --- --- --+ -- -+ADES -+ ++ --+- +--+ +-+ -- +-ÁFIC + + GR TAS (245) + + + V + + -- -- -R IQUE + + --- --SAL -----+--+-+---------+------++++++--+-+-----------+-S E ET RICOLO +- --+ LO AD TU - -- --- -- ++ -- -+ --- -- -- +- --- +- --N RÓ ICAS QU A (245) -- -ÁF IC --- -AARO -- -- --+ --- ---- - --- --- -+- +- -+- +--- ---- -+ -+ TES GR AL GRÁF + - +-+ --+ --- -- --+ --++ -- -+- --- - ARARTE VISU +- +-- +++ +-- -- ---+- --- -+- --- --- ++ -- ++ +- -+ ---+ ++ ++ -+- -+- -+ -- --- -+- -+ -- -+--- --+ -+ -- ++- -+ -- --- -+ -+ -+ --+-- ---- ---- ++-- ---- --+ -+ ---- --+ + + + - + -- -+ +- - --- -+- -+ +- -- +-S -- ++ -+ ++ - --- -++ --- --- --+ +++ ++ +- -+ NA --- --- -ADE -- ++ +--- --+- --+- -+- + -+ +-+ CID --- OLITA++--++++----- ---+ --+ -+ --+ ---+ -+-- -+- -RAS -+ OP - ---- --+ +--+ ---- --+ + OUT ---- METR -----+++-+-+ + --- +-+ +- ---- --+ + --- -- -+ O - -++ + - --+ -- --IÃ + + + -+ -+ --- E REG --- -+- -++ -- --+- --+- -+ -++ + -+ -- ---+ --+- ALEZA --+ --- --++ -+ +- --- -+ +-- --T ++ --- --FOR ------+++++--+ ---+ -- --+ -+ +-+ ----+ -- --+ + ----- --+ --- -+ ++ -+- ++ +--- +---- --+ -- -+ -+ -+ ---- --- -- --+ +- ---
ÇA
AN
BAL
IA ERC
ncia
Excelê
...... São ...... sta oa vi .........
... 11
.450 5525
cia.
fle ... roto Paulo SP ão
pas/
2
BCBCPaulo SP São
......
......
......
11
0 4.930
em
o açã unic om canais s de c gia últiplo té estra nos m Sua rada g inte
11:22
PM
ENTREVISTA Tânia Galluzzi
“A falsa segurança é muito pior que a insegurança” ntonio Rebouças de França Filho é administrador de empresas e gerente nacional de vendas da RR Donnelley, em Osasco. Com certificado em Segurança de Documentos e Operações de Pagamento pela Universidade Estadual do Ceará e especialização em Logística pela Universidade de Santa Catarina, Rebouças é expert em impressos de segurança, tendo inclusive colaborado com a revisão da Norma ABNT NBR 15540, que cuida de sistemas de segurança (veja matéria na página 8). Otimista em relação ao futuro do setor, Rebouças acredita que a certificação não basta. É preciso ajudar o cliente a trilhar o caminho da segurança. A RR Donnelley está entre as primeiras empresas certificadas pela ABTG Certificadora com a norma NBR 15540. Qual a importância dessa certificação para a empresa? Antonio Rebouças – A RR Donnelley foi efetivamente a primeira gráfica brasileira que se certificou com a ABTG na norma 15540. Nós tínhamos um bom histórico de segurança, reconhecido pelo mercado, porém ficava a critério da empresa estabelecer os parâmetros. Quando em 2007 saiu a norma 15540, identificamos que seria uma forma objetiva de mostrar ao mercado a diferença entre uma gráfica-padrão e uma gráfica de segurança. Percebemos que, com a norma, os critérios ficavam claros e que com isso o mercado responderia positivamente ao saber que nós não só tínhamos a segurança tradicional da RR Donnelley no Brasil e no mundo, mas que seguíamos os preceitos da norma.
Antonio Rebouças 18 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
Quais benefícios são gerados para a empresa e para seus clientes com a adequação à norma? AR – Uma gráfica de segurança faz tudo o que uma gráfica- padrão faz. Mas, para
manipular informações sigilosas com segurança e confidencialidade, é necessário que se estabeleçam regras para evitar a concretização dos riscos. Além disso, nossos clientes possuem exigências de governança corporativa em dois aspectos: a garantia da origem das informações e a integridade desses dados. A gráfica é um meio de comunicação muito forte, com várias mídias. E a gráfica de segurança precisa trafegar nessas várias mídias. Nesses aspectos, os padrões de segurança da 15540 atendem muito bem.
Foi preciso alterar layouts sem prejuízo da produtividade, tivemos de segmentar e compartimentar cada um dos processos, reduzindo os riscos de vazamentos de informações. Isso quer dizer que, com o cumprimento da norma, a empresa está garantindo as duas pontas? AR – Sim, a garantia da origem das informações e a sua integridade. Quando os clientes passam dados para a gráfica, ela passa a ser corresponsável pela governança corporativa tanto no tocante à garantia de origem quanto à integridade das informações. Digamos que você seja um cliente e quer publicar um material técnico e altamente sigiloso que vai ser vendido por R$ 1.000,00. Você manteve sigilo de tudo e quando entrega o material para a gráfica ela coloca-o num servidor que não tem a mínima segurança e um funcionário pode levar inadvertidamente uma cópia para casa, para terminar o trabalho, por exemplo. A segurança tem de estar em todos os lugares. Seja durante o processo informatizado, na manipulação da informação, seja no processo de impressão. Por exemplo, como você cuida de um refugo de um impresso de segurança, uma sobra? A norma contempla isso e dá regras isonômicas, sem margem para interpretações diferentes. A regra é muito clara e a revisão pela qual passou em 2013 deixou-a melhor ainda.
Como foi o processo de certificação na RR Donnelley? AR – O processo foi bastante árduo, em face da necessidade de adaptação aos detalhados requisitos da norma. Como fomos pioneiros, o processo era novo para todo o mercado e foram necessários investimentos em infraestrutura, em guaritas blindadas, em treinamento, capacitação de pessoal e dos vigilantes. Mesmo sendo vigilantes, eles não tinham capacidades específicas para as nossas necessidades, e tivemos de treiná-los para saberem quais são os riscos no acesso à informação em um processo gráfico. Fazemos grandes operações sigilosas, como o Enem e os selos de 100% dos cartórios de São Paulo, e somos líderes no fornecimento para cartórios de todo o Brasil.
AR – Não há como dissociar nenhuma etapa do processo, incluindo a logística, seja quando a matéria-prima está vindo para nós, seja quando o produto está seguindo para o cliente, e muito breve quando o produto acabado estiver indo para o descarte. Esse conjunto não pode ser separado e a cadeia produtiva também não, porque não pode haver vulnerabilidade em nenhum ponto sob o risco de comprometer o processo como um todo. Somos uma corrente e qualquer elo mais fraco tem de ser tratado, porque o elo que rompe é sempre o mais fraco. Temos clientes em que colocamos rastreadores nos produtos. O material já está entregue, mas para que nós, RR Donnelley, tenhamos certeza de que o material chegou ao ponto final, tomamos essa precaução.
Quanto tempo levou esse processo? AR – Cerca de um ano. Fomos certificados em 2010 pela ABTG Certificadora. Fundamental nesse processo foi a decisão estratégica de investimento, essencial para uma gráfica de segurança.
Existe também a preocupação com relação aos fornecedores, como papel e tinta? AR – A RR Donnelley não coleta preços sem antes o fornecedor passar por um processo de homologação. A empresa é vistoriada, temos um gestor de segurança que tem um checklist à luz da norma 15540. Se o fornecedor não cumprir os requisitos o parecer do gestor é para que a cotação não seja feita. Isso além dos requisitos técnicos referentes à tecnologia gráfica. O processo de homologação antecede qualquer cotação.
Com relação à produção, houve aplicação de recursos também na gráfica em si? AR – Sim. O processo produtivo em uma gráfica tem de fluir da forma mais rápida possível e a integração dos setores é uma premissa tecnológica. Lamentavelmente na RR Donnelley, ao iniciarmos um sistema de segurança, houve a necessidade de compartimentar as áreas, o que acabou limitando os fluxos. Foi preciso alterar layouts sem prejuízo da produtividade, tivemos de segmentar e compartimentar cada um dos processos, reduzindo os riscos de vazamentos de informações. Tivemos de separar departamentos, colocar alambrados e controles de acesso entre áreas. Instalamos um número elevado de câmeras, cobrindo entradas e processos. Outro investimento significativo foi na automação dos processos, fazendo com que o homem seja mais um gestor do que um operador, a ponto de em uma prova o funcionário não ter nenhum acesso ao conteúdo. Como a RR Donnelley vê o envolvimento de toda a cadeia de produção de impressos de segurança na disseminação dessa norma?
Nem sempre o cliente sabe o nível de segurança que ele precisa ter, apesar de inúmeros clientes já exigirem a 15540. Vocês têm clientes que estejam exigindo a norma 15540? AR – Nem sempre o cliente sabe o nível de segurança que ele precisa ter, apesar de inúmeros clientes já exigirem a 15540. Nos editais, temos uma quantidade imensa de empresas que pedem. O que é lamentável é que os bancos exigem parcialmente a norma, sem efetivamente solicitar a certificação. E aí vem a história do elo fraco. A falsa segurança é muito pior que a insegurança, porque se eu estou inseguro com relação a um fornecedor eu sei que não posso contratá-lo. VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA 19
Mas se uma gráfica me diz que é uma grá fica de segurança, contudo de fato não está preparada com todos requisitos necessários, o processo fica mais vulnerável, e o históri co disso é o que vemos no mundo da frau de. A fraude existe porque os recursos que foram usados para fazer aquele mater ial foram def icientes. Por exemplo, o pessoal tenta falsificar selos de cartório e não con segue. Nós já fornecemos há muitos anos. São centenas de milhões de selos forneci dos e a tentativa do fraudador acaba resul tando em punição para ele, porque a gráfi ca evidencia qualquer tentativa. Ao passo que uma empresa que não está dentro da 15540 e nem cumpre a 15368, que é a nor ma de itens de segurança, pode ter seu pro duto fraudado e o prejuízo será do cliente e muitas vezes da sociedade. As gráficas de segurança, para cumpri rem sua missão de agirem segundo a 15540, devem orientar os clientes sobre os requisi tos mínimos tanto de produtos quanto de processos de segurança. Não basta ser cer tificado. É preciso orientar os clientes, indi cando que recurso ele precisa colocar em seu produto, que item de segurança deve ser incorporado ao processo produtivo dele, para que ele saiba contratar melhor. Porque nem sempre contratar melhor é comprar mais barato. Muitas vezes, em se tratan do de impressos de segurança, o barato sai enormemente caro. Temos inúmeros casos de fraude, em que o produto foi especifi cado fora das normas de segurança e pro duzido de forma inapropriada, e o resulta do foi uma avalanche de problemas para o cliente e para a própria gráfica. Para mim há duas coisas em segurança gráfica que o cliente deveria fazer: exigir a certificação 15540 e vistoriar as instalações. Por que essas vistorias não são feitas com mais frequência? AR – A RR Donnelley é considerada pe los bancos a empresa mais segura do mer cado e foi a primeira a se certificar. Mes mo assim, recebe comitivas para inspeções, sem infringir a segurança. Creio que seria uma boa prática a ser replicada no merca do. O que acontece conosco é que no ato da vistoria mantemos distância dos conteú dos. Quando alguém quer ver algum detalhe 20 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2015
do processo produtivo, levamos para a sala de segurança, que tem centenas de imagens para ele verificar. Não há nenhum impedi mento para que uma gráfica de segurança receba uma vistoria. Basta que a inspeção cumpra o que está na norma. O cliente, mes mo o presidente de uma grande empresa, não pode pegar em produto, não pode atra vessar certas áreas. A RR Donnelley só não pode receber gente de fora quando está ro dando provas porque seus contratos proi bem. Mas, mesmo assim, só alguns setores são vetados. Tenho vistoria direto quando estamos imprimindo o Enem. Falando agora sobre o mercado de impressos de segurança. A quantas anda no Brasil? AR – O mercado está sentindo as repercus sões de um início de ano bastante recessi vo. Ele sofre também pela necessidade de investimento vir na contramão de um mo mento em que as empresas estão seguran do custos. Quem compra também busca
Há duas coisas em segurança gráfica que o cliente deveria fazer: exigir a certificação 15540 e vistoriar as instalações. preço. Mas, com o apoio da certificação e com o trabalho de consultoria que a em presa de segurança presta aos seus clientes, esse mercado passa a ser bastante interes sante por dois fatores: ele evita que o cliente perca dinheiro com fraudes e faz com que ele lucre com o aumento do valor agrega do aos seus produtos. Apesar das restrições, quem está conseguindo dimensionar solu ções que ajudem o cliente a ganhar dinhei ro está produzindo muito. Para quem está preparado, há mais demanda do que capa cidade produtiva. E quem não se adequou está com alto nível de ociosidade. E fora do Brasil? Qual é o cenário? AR – Os impressos de segurança no mundo, principalmente no que tange à rastreabilida de, representam um mercado extremamen te crescente. E no Brasil idem. Identificação
de bebida, de cigarro, de medicamentos, de produtos alimentícios, de confecção. Não dá para fazer tudo isso numa gráfica que não seja de segurança, porque arquivos impor tantíssimos da produção dos clientes estão envolvidos em recursos de rastreabilidade que são produzidos e manipulados pelos fornecedores de impressão. Qual é a participação da gráfica no processo de rastreabilidade? AR – O setor gráfico de segurança garante o sigilo e a conf idencialidade das informa ções. Os arquivos de todo o processo pro dutivo e logístico que são inseridos nesses selos ou na marcação direta dos produtos precisam de segurança. Por exemplo, um funcionário não pode sair com as informa ções de toda a venda de uma grande loja, sob pena de vazar informações. As etique tas inteligentes, com códigos bidimensio nais ou radiofrequência, ou mesmo uma numeração simples, carregam informações sigilosas. Daí a necessidade de ser uma grá fica de segurança. A gráfica de segurança lida, sobretudo, com fluxo de informações. Para você ter uma ideia, na RR Donnelley os arquivos só entram. Depois eles são total mente destruídos dentro de critérios téc nicos. E todos que trabalham com arqui vos o fazem dentro de áreas segregadas, sem acesso à internet ou ao uso de celula res. Enfim, mesmo o mercado de impres sos de segurança estando em crise, quem está conseguindo buscar diferenciais, princi palmente ligados a sigilo, conf idencialidade e, sobretudo, rastreabilidade, tem serviço. A rast reabilid ade para conectar a indús tria com o consumidor final, para garantir a procedência e, muito em breve, a logísti ca reversa, é um campo imenso que já vem gerando negócios vultosos. Qual a participação do segmento de segurança no faturamento da Donnelley como um todo? AR – A RR Donnelley tem três fábricas no Brasil. Duas são certificadas na 15540 e outra se preparando para tal. Juntando segurança e tecnologia de informação, essas soluções contribuem com metade do faturamento no Brasil. Eu não consigo dissociar na RR Don nelley segurança e tecnologia da informação.
Vale saber que um formulário de uma companhia de seguro, por exemplo, que não tem informações de segurança agregadas, é produzido na unidade que está se preparando para a certificação. Já um extrato bancário é tratado como um impresso de segurança e vai para a fábrica de segurança. Quais são os principais desaf ios para o setor hoje? AR – A atualização tecnológica, que já citamos, não só na engenharia gráfica quanto na engenharia de segurança, e a necessidade crescente de velocidade na resposta aos anseios do mercado. Uma dessas demandas refere-se a soluções de segurança para os novos meios de comunicação. A gráfica de segurança não entrega só um impresso. Uma vez que faz a gestão das informações, é de sua responsabilidade entregar, por exemplo, uma imagem para que o cliente do clien te possa imprimir uma segunda via de uma conta de telefone. A grande vantagem da
RR Donnelley é que nós temos uma atua ção mundial, o que facilita a aplicação aqui no Brasil do que começa a ser usado lá fora.
A RR Donnelley tem uma atuação mundial, o que facilita a aplicação aqui do que começa a ser usado lá fora. Quais as principais tendências no que se refere a produtos e aplicações? AR – A tendência desse mercado é ser multicanal. A gráfica de segurança não pode se limitar exclusivamente ao papel e tinta. E não estou aqui dizendo que o papel vai acabar. Tenho absoluta certeza de que meus netos vão ver papel tranquilamente. Mas a grande tendência é fornecer soluções de uso fácil, amigável, e respostas rápidas, principalmente voltadas para dispositivos móveis como os
smartphones. As gráficas de segurança que não estiverem preparadas para interagir nesse cenário vão sofrer. Elas não precisam parar de produzir papel. De jeito nenhum. A produção de impressos pode até aumentar, desde que esteja integrada ao uso fácil e rápido dos dispositivos portáteis. Eu tenho de estar preparado, por exemplo, para atender um cliente que deseja enviar a fatura impressa para os seus clientes, mas também disponibilizá-la pela internet. Ou que peça para ser avisado quando o produto chegar ao clien te dele. É possível nesse caso colocar um QR Code, que captura a localização geográf ica do produto por meio do celular, enviando-a para o meu cliente. Eu diria que o papel não deve ser estático, apenas com dados variáveis, tem de ser dinâmico, com a capacidade de interagir com diversos dispositivos. Esse cenário multicanal já é realidade na RR Donnelley nos Estados Unidos e está em evolução aqui no Brasil. E quando há a oferta do multicanal, o papel vai junto.
Jaguar IV
SUA MELHOR OPÇÃO PARA ALAVANCAR OS LUCROS Os gravadores a laser e as cortadoras de vinil da GCC, que apresentam qualidade de resultados, confiabilidade e eficiência excepcionais, estão disponíveis para diversas aplicações para alavancar seus lucros.
Expert 24LX
Com nossos contínuos avanços em pesquisa e desenvolvimento, os produtos da GCC receberam inúmeras patentes e ganharam diversos prêmios. Bem-vindo à nossa família e cresça conosco. Spirit GLS
JUNTE-SE À NOSSA EQUIPE COMO DISTRIBUIDOR DA GCC NO BRASIL Email : sales@gccamerica.com
Phone No: 1-909-718-0248 VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
TG92 - Ad GCC.indd 1
21
23/02/15 15:21
GESTAO AMBIENTAL Tânia Galluzzi
Você sabe em que bases construiu a sua empresa? Desta vez não estamos falando de valores ou estratégias empresariais. O assunto aqui é bem mais embaixo: o comprometimento do solo sobre o qual a sua empresa está instalada. Cuidado, você pode estar trabalhando em cima de um passivo ambiental.
Q
uando o assunto é meio ambiente, a atuação da indústria gráfica, de uma maneira geral, tem sido proativa. O se tor busca cumprir seu papel, em es pecial a adequação à Política Nacio nal de Resíduos Sólidos, em alguns momentos até excedendo suas obrigações legais, como o envolvi mento voluntário com sistemas de logística reversa. Um tema não menos importante e que agora começa a ser levantado é o conhecimento e princi palmente a aplicação da lei que trata da gestão das áreas contaminadas no Estado de São Paulo. Trata- s e da Lei nº– 13.577, de 8 de julho de 2009, regula mentada pelo Decreto nº– 59.263, de 5 de junho de 2013. Os dois dispositivos legais (PNRS e 13.577) de vem ser vistos de forma complementar. A adequa da gestão de um resíduo na planta industrial evi ta a geração de uma área contaminada ou, como comumente é chamado, um passivo ambiental. A questão das áreas contaminadas entrou em pauta há 20 anos. A contaminação acontece pela manipulação, processamento e armazenamento ina dequados de uma gama enorme de produtos quí micos, que podem se infiltrar no solo e alcançar a água subterrânea. Segundo Geraldo do Amaral Filho,
Geraldo do Amaral Filho, assistente executivo da vice-presidência da Cetesb
22 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
assistente executivo da vice-presidência da Cetesb e especialista em saneamento ambiental, o proble ma tornou-se mais evidente no final da década de 1990. No começo dos anos 2000 foi preciso uma ação específica por parte do órgão ambiental para a regularização dos postos de combustíveis, com uma resolução do Conselho Nacional do Meio Am biente (Conama), obrigando os postos a se subme terem ao licenciamento. A situação dos postos é es pecialmente crítica porque há o armazenamento de combustíveis em tanques no subsolo, além das tu bulações de transporte para as bombas. “Um pro blema específico chamou a atenção para a corre ção de uma fonte significativa de contaminação e a partir disso passou-se a olhar para outros setores, incluindo indústrias e prestadores de serviço”, afir ma Geraldo. Desde então a Cetesb vem editando a relação de á reas contaminadas do Estado de São Paulo, que hoje somam aproximadamente 5.000, das quais 75% são ou foram ocupadas por postos de combustível. “O posto não é o principal cau sador do problema, mas foi o estopim, e por isso temos um número maior de áreas identificadas nesse setor”, explica o especialista. Quando a questão veio à tona, a Cetesb ge rou um manual de gerenciamento de áreas con taminadas (que pode ser acessado no http:// areascontaminadas.cetesb.sp.gov.br/manual- de-gerenciamento/). O manual preconiza a forma como o gerenciamento deve ser feito. O processo tem início com a definição de área com potencial de contaminação e em seguida é realiz ada a fase chamada de avaliação preliminar: é feito um primei ro levantamento para verificar se a área é suspei ta ou não, de acordo com a atividade que foi ou é ali realiz ada, bem como a detecção de indícios de contaminação. Um local ocupado por uma gráfi ca enquadra-se como área com potencial ou sus peita de contaminação em função da manipulação de químicos e tintas. Em se tratando de uma área potencial, parte- s e para a investigação confirmatória, que deve ser
contratada e realiz ada por uma empresa especiali zada, que fará a coleta e análises químicas de solo e águas subterrâneas, entre outros meios. A área será classificada como contaminada caso as concentra ções das substâncias avaliadas no solo e águas sub terrâneas ultrapassem os valores de intervenção es tabelecidos pela Cetesb. Esses valores orientadores são revisados periodicamente. A lista mais recente é de fevereiro de 2014, com cerca de 100 substân cias. Confirmada a contaminação do solo ou das águas subterrâneas, a próxima etapa é a investiga ção detalhada da contaminação: localização preci sa, extensão, sentido e velocidade do escoamento, avaliação das concentrações dos contaminantes, entre outros dados que possibilitarão a identifi cação e delimitação da chamada pluma de con taminação. “Posterirormente, o empresário deve pedir ao consultor contratado para que seja feita uma avaliação de risco, comparando as concentra ções existentes com as máximas aceitáveis calcula das para cada substância, utilizando-se das plani lhas para cálculo dos riscos, disponíveis no site da Cetesb”. Com base nesses resultados é elaborado, então, um plano de intervenção, que pode con templar a adoção de medidas de remediação, de controle de engenharia e medidas de controle ins titucionais. Há várias técnicas para remediação de solo e águas subterrâneas contaminadas, definidas em função das características dos contaminantes e do meio físico. Elas podem ser feitas no próprio local ou exigir a retirada da parcela comprometida do solo para tratamento externo. TINTAS E QUÍMICOS
Para o especialista, o ponto mais crítico na indús tria gráfica é a manipulação das tintas e dos quí micos de limpeza. Não só o manuseio, mas o pró prio armazenamento das embalagens, fechadas ou já vazias, pode representar uma fonte de con taminação. “O vazamento pode ser pequeno, po rém normalmente é frequente, representando ris co com o passar do tempo”, diz Geraldo. “Uma gráfica que está iniciando suas atividades prova velmente já tem a percepção de que esses mate riais exigem atenção. Mas, qual a importância que uma empresa instalada há décadas no mesmo lo cal deu ao manuseio e descarte desse material e dos resíduos ao longo dos anos?” A lei 13.577 já prevê: empresas que apresentam potencial de contaminação do solo e das águas
PRINCIPAIS ASPECTOS DA LEI 13.577 – DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS PARA A PROTEÇÃO DA QUALIDADE DO SOLO E GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS Área contaminada Área contaminada é toda área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger.
Responsabilidade compartilhada São considerados responsáveis legais e solidários pela prevenção, identificação e remediação de uma área contaminada: I. O causador da contaminação e seus sucessores; II. O proprietário da área; III. O superficiário; IV. O detentor da posse efetiva; V. Quem dela se beneficiar direta ou indiretamente.
Infrações e penalidades Toda ação ou omissão contrária às disposições desta lei e seu regulamento será considerada infração administrativa ambiental classificada em leve, grave ou gravíssima, levando-se em conta: I. A intensidade do dano, efetivo ou potencial; II. As circunstâncias atenuantes ou agravantes; III. Os antecedentes do infrator. As infrações administrativas ambientais serão punidas com as seguintes penalidades: I. Advertência; II. Multa; III. Embargo; IV. Demolição; V. Suspensão de financiamento e benefícios fiscais. A penalidade de advertência será imposta quando se tratar de primeira infração pelo descumprimento das exigências técnicas formuladas pelo órgão ambiental competente, em qualquer fase do processo de remediação. A penalidade de multa será imposta ao responsável pela área classificada como contaminada, observado o limite de 4 (quatro) a 4.000.000 (quatro milhões) de vezes o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – Ufesp, desde que não ultrapasse o limite estabelecido no artigo 75 da Lei Federal nº– 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
23
ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO DISTRIBUIÇÃO POR ATIVIDADE (dezembro/2013)
DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO (dezembro/2013)
Posto de combustível (3.597)
São Paulo (1.665)
75%
35%
Indústria (768)
1%
Resíduo (136)
Comercial (232)
5%
3%
subterrâneas serão convocadas a demonstrar a ine xistência de passivo, mais dia, menos dia. De acor do com Geraldo, tudo depende da estratégia da Cetesb, uma vez que há milhares de empresas nes sas condições. Se todas forem convocadas simulta neamente, o processo será inviabilizado. “Em algum momento será exigida das gráficas a apresentação de um estudo de passivo ambiental”. Para as gráficas que têm uma estrutura há anos instalada num mesmo local, Geraldo recomenda que seja levantada a ocorrência de algum aciden te com grande vazamento de químicos, ou se em algum ponto a empresa deixou de observar os cri térios adequados de armazenamento de produtos químicos. Identificado o problema, a gráfica deve comunicar o órgão ambiental. “É uma medida pre ventiva, para que não ocorra o agravamento da si tuação. Quanto mais tempo você levar para bus car solução, mais alto será o custo da remediação. E não tem por que não comunicar a Cetesb. Ela vai passar a acompanhar o processo até para verificar se tudo está sendo feito de forma adequada para que a gráfica tenha a solução mais rápida.” Se não avisar a Cetesb, a empresa pode ser enquadrada na Lei de Crimes Ambientais: além da infração admi nistrativa, pode ser acusada de crime ambiental. O especialista detalha outra situação bastante comum: novas instalações. No caso de a gráfica ter escolhido um local que já teve uma atividade com potencial de contaminação, a recomendação é pela investigação confirmatória. Se houver passivo 24 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
35%
RMSP – outros (816)
16%
Acidentes/Agricultura/ Fonte desconhecida (38)
Interior (1.677)
Vale do Paraíba (265)
6%
17%
Litoral (348)
7%
ambiental, o antigo proprietário deve ser aciona do. O mesmo acontece no aluguel de um espaço. É importante verificar previamente a situação do solo, uma vez que a lei 13.577 prevê responsabilida de compartilhada. Diz o Artigo 13: são considerados responsáveis legais e solidários pela prevenção, identificação e remediação de uma área contaminada o causador da contaminação e seus sucessores. Geraldo alerta: constatada a contaminação, a investigação pode determinar quando ela aconte ceu. Havendo envolvimento do processo produ tivo do novo proprietário ou locatário, a empresa terá de responder pela contaminação; se o pro blema for anterior, a companhia tem de entrar em contato com o antigo proprietário ou com o loca dor. O compartilhamento dessa responsabilidade gerará possivelmente uma discussão judicial. Um processo de investigação e remediação não é barato. Uma investigação simples gira em torno de R$ 50 mil. E a remediação é mais cara. Num posto de gasolina, o valor médio é de R$ 300 mil. “As em presas não poderão ficar à margem desse processo. A médio prazo as gráficas serão obrigadas a apre sentar informações que mostrem que elas não es tão numa área contaminada. Isso pode acontecer no momento da renovação da licença ambiental ou se houver suspeita de contaminação do solo”. Ou ainda na hora em que a gráfica encerrar a ati vidade em um determinado local, pois a lei exige que a empresa apresente a investigação de passivo nesse momento. Não há como fugir.
DIFERENCIAL É CONQUISTAR A EXCELÊNCIA COM QUEM MAIS ENTENDE DE TECNOLOGIA GRÁFICA.
A ABTG Certificadora é a única certificadora brasileira especializada no segmento de tecnologia gráfica. Contando com um conjunto abrangente de certificações para o setor - incluindo certificações acreditadas pela CGCRE/Inmetro - e um quadro de auditores qualificados em diversas normas vigentes no mercado, a ABTG Certificadora oferece uma ampla categoria de serviços de certificação, atendendo sempre as principais demandas da Indústria Gráfica.
O QUE A ABTG CERTIFICADORA PODE FAZER PELA SUA GRÁFICA?
Serviços de Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade Serviços de Certificação Ambiental Serviços de Certificação de Processo e/ou Produto Gráfico Segurança Empresarial Cursos voltados para a área gráfica e de normalizações.
INFORMAÇÕES SOBRE CERTIFICAÇÕES E NOSSOS CURSOS: certificacao@abtgcertificadora.org.br cursos@abtgcertificadora.org.br Tel.: 11 2618 2024
REALIZAÇÃO
SPINDRIFT
Perfection V850 Pro, o escâner multiuso uito tempo se passou desde a última vez que testamos um escâner. Porém, quando a Epson anunciou na Photoki na do ano passado “um escâner pro fissional”, não pudemos resistir e tivemos que testá- lo. O V850 Perfection Pro digitaliza originais opacos e transparências. Sabemos que isso exige muito de um escâner, não só em termos de resolução, mas também de abrangência de densidades e profun didade de bits. As especificações técnicas do Per fection V850 Pro parecem promissoras: densidade máxima de 4.0, adequada tanto para filme positi vo quanto negativo, e uma resolução nominal de 6.400 × 9.600 ppi (pixels por polegada), muito além do poder de resolução do filme analógico, o que equivale a cerca de 3.000 ppi. O Epson Perfection V850 Pro tem um irmão me nor, o V800 Pro, com especificações mais limitadas, mas esse artigo se foca agora no V850. O sensor da máquina é tipo CCD Matrix (Charge Coupled Devi ce), que utiliza a tecnologia de microlente para foca lizar a luz na posição central dos fotodiodos. O sis tema de iluminação é constituído por duas lentes e sistemas de lâmpadas, uma de menor resolução
O escâner Epson Perfection V850 Pro digitaliza originais reflexivos e filmes, esses últimos até 6.400 ppi, com uma densidade de até 4.0
26 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
O software Epson Scan pode ser operado em três modos diferentes. O Modo Automático identifica automaticamente o tipo de imagem e tamanho, e digitaliza em uma resolução razoável
(4.800 ppi) para digitalizar reflexivos, e outra (6.400 ppi) para transparências, filme positivo ou negati vo. Existem várias opções de software, um produ to para o consumidor final, chamado Epson Scan, e dois softwares de terceiros: SilverFast SE Plus 8 e X-Rite i1, escâner para calibração de cores. Vamos nos concentrar na capacidade técnica do escâner, e não faremos uma avaliação do Silverfast ou do i1. Existem três modos diferentes de usar o soft ware Epson Scan. O primeiro, chamado Modo Au tomático, faz exatamente o que diz: em um con junto de imagens, o software do escâner identifica o tipo de imagem, digitaliza em uma resolução ra zoável, e realiza as melhorias necessárias. As imagens devem ser todas do mesmo tipo, de modo que não é possível misturar originais reflexivos e transparên cias em uma única digitalização. É possível ajustar as configurações padrão, mas na maioria das vezes o modo automático produz um bom resultado final. Ficamos particularmente impressionados com as funções de restauração de cores. Utilizamos
algumas fotos antigas, nas quais as cores haviam desbotado para tons amarelados. Isso significaria bastante trabalho manual para resgatar suas co res originais, mas a restauração realizada pelo escâ ner restituiu os verdes e trouxe de volta os cinzas neutros com muita eficácia. O ICE
A Epson integrou a tecnologia ICE (Image Correc tion and Enhancement) em suas soluções de digi talização, combinando inicialmente o uso de uma fonte de luz tradicional fria com luz infravermelha para identificar o que é poeira e/ou arranhões nas imagens. Hoje, a fonte de luz tradicional é substi tuída por lâmpadas de LED, com menor consumo de energia e quase nenhum tempo de inicialização. A tecnologia ICE funciona bem na maioria das ima gens, mas aumenta consideravelmente o tempo de processamento. Mas esse não é o maior proble ma. Depois de todos esses anos, os algoritmos ain da produzem erros graves, por exemplo, as pupi las dos olhos são muitas vezes removidas porque o software, obviamente, acha que elas são caracterís ticas de poeira! Fizemos uma varredura em vários lotes de slides antigos e negativos, e cerca de uma em cada 25 imagens teve que ser digitalizada no vamente por causa deste problema. É possível lim par o slide ou negativo e depois digitalizar sem ICE ativado, ou usar uma solução alternativa, como re solução dupla ou tripla para enganar o algoritmo ICE e contornar o problema. Mas, na maioria das vezes, a tecnologia ICE faz um excelente trabalho, e você deve prestar atenção somente a essa questão. O segundo modo é chamado de Home Mode, e funciona de forma semiautomática. O terceiro é o modo prof issional e é nele que todas as diferentes configurações e opções estão disponíveis, incluindo
As opções no modo profissional provavelmente parecerão um pouco confusas para o usuário iniciante, mas farão sentido quando ele começar a explorar suas diferentes características. Por exemplo, as funções de restauração de cor fazem mágica em imagens antigas e desbotadas
a digitalização de 48 bits. Esse modo será provavel mente muito confuso para um leigo no início. Con tudo, para atingir os melhores resultados, é esse o modo que você deverá usar. COMO FOI FEITO O TESTE
Testamos a resolução real do escâner usando um alvo de frequência variável numa placa de vidro cromada, que contém uma série de pares de linhas crescentes em frequência por milímetro. O sistema ótico tem seus limites onde não consegue mais dis tinguir pares de linhas na reprodução. A isso se de nomina o poder de resolução do sistema de digita lização e, muitas vezes, o número obtido é menor do que a resolução técnica exigida. Digitalizamos também conjuntos de slides e negativos para testar as funções do software, bem como verificar a velocidade (taxa de transferência) do sistema. Em seguida digitalizamos um alvo Ko dak Q60 , de 5 × 4 polegadas para aferir a densidade máxima de escaneamento. O Q60 tem uma densi dade máxima de 3.06, de modo que o escâner tem de ser capaz de reproduzir todos os diferentes níveis de densidade nesse alvo de teste. A densidade de um negativo raramente é superior a 3.0, mas para filme positivos, cromos e slides, pode chegar perto de 4.0. Infelizmente, não encontramos um teste de slides que alcance essa densidade. Não testamos nenhum reflexivo em termos de resolução ou gama de densidade, uma vez que isso não significa um desafio real para escâneres profis sionais. Entretanto, testamos uma velha foto des botada, para avaliar o que a função de restaura ção seria capaz de fazer, e o resultado foi animador. OS RESULTADOS EM NÚMEROS
Para utilizar o Epson Perfection V850 Pro em seu pleno potencial é necessário entrar no Modo Profissional — por exemplo, para solicitar uma digitalização no modo 48 bits
Como de costume, o teste de resolução mostrou um poder de resolução menor do que a resolução máxima especificada. Não pudemos detectar quais quer pares de linhas claras sobre os equivalentes de cerca de 3.000 ppi, que é menos da metade da reso lução máxima indicada de 6.400 ppi. Mas isso não VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
27
densidade, do branco ao preto sólido. Outro teste sobre a capacidade do V850 em alcançar a densida de máxima de 4.0 reivindicada é que ele consegue separar bem os detalhes tanto nas sombras quanto nos slides com exposição insuf iciente. No entanto, achamos que você precisará usar o modo prof issio nal para isso, e usar a digitalização 48 bits (profun didade de 16 bits por canal), porque assim poderá tirar máximo proveito do sensor e do conversor AD. A velocidade de digitalização é muito boa. Na di gitalização de slides 35 mm para uma resolução fi nal de 300 ppi e 15 × 10 cm, o escâner leva cerca de 30 segundos por imagem, o que é muito bom. CONCLUSÕES
Ficamos impressionados com as funções de restauração de cores. Seria difícil e demorado restaurar manualmente essa foto antiga e desbotada, mas a função de restauração fez um bom trabalho e corrigiu os originais desbotados em frações de segundos
é tão ruim quanto parece: de qualquer maneira, fil mes não reproduzem detalhes com mais nitidez que o equivalente a 2.500 ou 3.000 ppi. Então, um escâ ner que reproduz bem detalhes em 3.000 ppi po derá digitalizar o slide ou negativo original de for ma satisfatória, supondo que ele também gerencia as cores com precisão.
Ao digitalizar um alvo de frequência variável sobre uma placa de vidro cromada, não pudemos distinguir pares de linhas acima de 60 lp/mm, o que equivale a cerca de 3.000 ppi.
Isso nos leva à segunda parte da história, da má xima densidade que o escâner consegue resolver. Descobrimos que a Kodak Q60 foi reproduzida com uma clara distinção entre os diferentes níveis de
Nós digitalizamos um 4 × 5
28 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
Para concluir, concordamos que o Epson Perfection V850 Pro merece ser chamado de escâner prof is sional. Ele se aproxima da capacidade dos escâne res tradicionais de cilindro e dos antigos escâneres de mesa. Os chassis para filmes de variados tama nhos funcionam muito bem, e a Epson fornece dois conjuntos de cada formato. Na prática, significa poder digitalizar várias imagens ao mesmo tempo com eficiência, sendo possível carregar o segundo chassis enquanto o primeiro é digitalizado. O úni co problema que tivemos com os chassis foi no for mato de cromos 5 × 4 polegadas, que achamos pe queno, o que faz que o cromo dobre e, para evitar isso, é necessário cortar a lâmina com um bisturi ou comprar o chassis de montagem a óleo opcio nal, Fluid Mount. O chassis suporta qualquer for mato de filme, desde que menor que A4, para mon tagem com óleo ou fluido especial fornecido pelo fabricante. É um velho truque para reduzir o apa recimento de grãos no filme, bem como reduzir a visibilidade de arranhões. Não testamos esse chas sis, mas entendemos que é um investimento que vale a pena para digitalizar imagens antigas. No final, tivemos uma experiência positiva com o Epson Perfection V850 Pro, que superou até mes mo expectativas elevadas, seja ele um consumidor leigo ou um prof issional. Tradução autorizada de texto publicado no site
Spindrift em abril de 2015, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica.
Prepare-se para o futuro CURSOS LIVRES FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
Manutenção mecânica de impressoras offset
140h
R$ 1.455,00
Orçamentos de serviços gráficos
40h
R$ 468,00
Operador de acabamento editorial
160h
R$ 975,00
Planejamento e controle da Produção - PCP
32h
R$ 350,00
Pré-impressão digital para flexografia
32h
R$ 780,00
Produção gráfica digital
72h
R$ 841,00
Informe-se sobre os demais cursos da escola.
Consulte os pré-requisitos de acesso e a disponibilidade de cursos e vagas. O pagamento dos cursos livres pode ser dividido em até três vezes.
PÓS-GRADUAÇÃO Planejamento e Produção de Mídia Impressa
360h
Gestão Inovadora da Empresa Gráfica
360h
Gestão Avançada da Produção
360h
Desenvolvimento e Produção de Embalagens Flexíveis
360h
Informações, inscrições e todos os cursos da escola
(11) 2737-6333
grafica.sp.senai.br
Rua Bresser, 2315 - Mooca - São Paulo - SP - 03162-030
THEOBALDO DE NIGRIS
ANÚNCIO FIC E PÓS v3.indd 1
14/07/15 13:42
ACABAMENTO
Soluções de acabamento no Hunkeler Innovation Days
A
exposição Hunkeler Inn ov at ion Days começou como uma vitrine para seus próprios produtos de acabamento, na sede da Hunkeler. Mas o evento cresceu para ir muito além, principalmente através da percepção pragmática da Hunkeler de que precisava mostrar como seus produtos se encaixavam em uma linha de produção ao lado dos sistemas de outros fornecedores. Afinal, se você estiver procurando um conjunto de bobinadeira/rebobinadeira ou uma nova dobradeira, é bem possível que também precise de uma nova impressora ou de uma intercaladeira ou, pelo menos, quer ter a certeza de que esses equipamentos trabalham bem em conjunto. O resultado final foi um evento muito interessante, com demonstrações práticas e uma boa
Phillipp Fritschi, diretor de marketing da Hunkeler
30 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
oportunidade para a Hunkeler demonstrar suas mais recentes ideias, de conceitos iniciais até o produto final, numa linha de visão na qual o acabamento é parte de uma linha de produção. O evento tem crescido e incluiu impressoras e até mesmo soluções de acabamento de outros fabricantes. No entanto se manteve fiel às suas raízes como um evento de vendas e ainda atrai principalmente visitantes que estão procurando ativamente investir nos produtos ali expostos. Mark Stephenson, gerente de produto da Fujifilm para soluções digitais, comentou: “As pessoas que vemos aqui são bastante sérias e têm um modelo de negócio em mente”. Como resultado, muitos fabricantes usam o evento para lançar novas impressoras digitais, que por sua vez ajudam a expandir o alcance e a popularidade do Hunkeler Innovation Days.
Como era de se esperar, o próprio pacote da Hunkeler foi bem representado em todos os es tandes, facilmente distinguido por suas capas azuis transparentes. A empresa continua a desenvolver módulos para sua série POPP8 , de alta velocidade. O principal lançamento da Hunkeler no evento foi o módulo DP8 para furação marcada (punch) e perfuração. Ele é capaz de fazer até três perfura ções transversais e até oito perfurações longitudi nais e também inclui uma ferramenta de furação marcada (punch). É modular para que os clientes possam comprar uma versão básica e, em seguida, adicionar mais ferramentas até atingir a especifica ção completa. O DP8 pode receber trabalhos com dados variáveis, tal como acontece com a maioria dos sistemas da Hunkeler, num sistema que se ba seia em um código de barras impresso na folha de máquina, o qual é lido pelo dispositivo de perfura ção, que escolhe o padrão correto de perfuração. O DP8 controla duas esteiras independentes de bo binas e há uma versão 22 polegadas que deverá ser lançada no final deste semestre. A Hunkeler exibiu também seu cortador laser HL6 , que vimos pela primeira vez, como protótipo, na última Drupa. É um dispositivo impressionan te, capaz de cortar formas intrincadas, incluindo assinaturas, bem como perfurações mais simples. É apropriado para marketing direto e cupons, bem como aplicações de segurança. Pode rodar até 150 metros por minuto, mas, para atingir essa velocida de, precisa ser configurado com dois lasers. Além disso, a Hunkeler mostrou sua solução para a pro dução de miolos de livros, com base na máquina de dobra dupla PF7, que pode manipular bobinas de papel de até 760 mm para produzir imposições de 4, 6 ou 8 páginas, opera em até 200 metros por minuto e pode alternar dinamicamente entre ta manhos diferentes de cadernos. A Hunkeler adi cionou uma estação de colagem extra para a do bra interna, assim o miolo se torna uniforme, sem necessidade de colagem adicional. A Müller Martini lançou sua nova encadernadei ra Vareo Perfect Binder. É baseada num projeto de três unidades, mas cada uma das unidades é movi da de forma independente pelo seu próprio motor. Como resultado, a Vareo ganha uma elevada velo cidade de saída, normalmente associada a disposi tivos acionados por corrente, e qualidade de enca dernação superior, advinda de uma unidade com motorização independente. Uma vez que as uni dades são independentes umas das outras, a Vareo permite velocidades ótimas de curso ou tempos mais longos de compressão do miolo. O modelo
pode produzir até 1.350 ciclos por hora, mas tam bém é rentável para operações curtas. A Müller Martini está posicionando-o como uma alterna tiva para gráficas convencionais que migram para a impressão digital. A Meccanotecnica aproveitou o evento para di vulgar sua nova linha de acabamento de livros Uni verse. O elemento principal é a unidade Universe de costura, uma máquina de costura de livros au tomatizada, que pode costurar tanto folhas de im posição offset quanto folhas soltas de máquinas di gitais. Foi projetada para trabalhar como parte do Universe Inline, um sistema modular com unidades separadas para aplicar cola e capa em sistemas de capas flexíveis que pode alternar automaticamente entre livros de diferentes espessuras.
A Xeikon usou o evento para lançar a impressora Xeikon 9800, que usa o novo toner QA-CD
NOVAS IMPRESSORAS
Como observamos, o evento Hunkeler Innovation Days geralmente inclui o lançamento de vários mo delos de impressoras, e este ano não foi uma exce ção. Da Xerox veio a nova impressora jato de tinta, a Rialto 900. Esse é o primeiro fruto da aquisição do fabricante francês Impika pela Xerox, e também marca o fim do nome Impika, uma vez que será ven dida como uma máquina Xerox. A impressora em si foi vista pela primeira vez no estande da Impika na última Drupa como um conceito chamado Ge nesis. Desde então, ganhou um novo pigmento à base de água de alta densidade e um controlador ( front end) Xerox FreeFlow. A máquina foi concebida com alimentação a bo bina, com formato de 250 mm de largura. No en tanto, foi apresentada com um cortador de folhas VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
31
embutido e uma unidade empilhadeira, e a Xerox diz que está trabalhando ainda mais no desenvol vimento de opções de acabamento. Paul Mor gavi, diretor de operações da divisão de jato de tinta, diz que essa abordagem significa que impres são e acabamento podem ser controlados a par tir da mesma tela, reduzindo os custos globais de funcionamento da máquina. A Canon trouxe a ColorSt ream 3000Z para o evento, versão compacta da série 3000, que foi ori ginalmente desenvolvida para o mercado asiático, onde o espaço muitas vezes é pequeno, mas a Ca non agora a oferece no mundo todo a fim de satis fazer a demanda dos clientes. O primeiro modelo a ser instalado fora do Japão foi para a MetroMail no Reino Unido, para a impressão de grandes volumes de malas diretas de serviços financeiros e empresas de vendas por correspondência. O tamanho menor do equipamento é devido, principalmente, a um rear ranjo inteligente da área de manutenção, com a es tação de limpeza de cabeçotes de tinta agora situa das sobre a área de imagem e não abaixo da mesma. A Canon Océ também apresentou novas opor tunidades em impressoras planas, anunciando a i300 Varioprint que imprime 300 folhas A4 por minuto em formato até B3, em papéis não revestidos, reves tidos e especiais para jato de tinta. É o “irmão fle xível” da máquina de alimentação contínua. Foi re centemente instalada na T. Systems, na Alemanha, para apoiar a crescente gama de aplicações de fo lhas soltas exigidas por seus clientes. Outra novida de da Canon Océ foi a ImageStream 2400, uma ver são menor, de 516 mm, da já existente ImageStream 3500 de banda de 762 mm. De acordo com a Ca non, 95% do mercado desejam impressoras com 516
O lado superior direito da tela do front end Print Manager da Kodak 700 mostra que a Prosper 1000, na verdade, roda a 305,7 metros por minuto
32 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
milímetros de largura. A 2400 imprime a 160 me tros por minuto, o que equivale a 2.154 páginas A4 por minuto. A ImageStream pode imprimir papéis offset que, de acordo com a empresa, são mais ren táveis que os papéis otimizados para jato de tinta. A Xeikon desenvolveu uma nova impressora, a Xeikon 9800, que substitui a atual 8800, dotada de um novo sistema de impressão e um novo toner, o QA-CD, que oferece resolução de 1.200 × 3.600 dpi com densidade de pontos variável para obtenção de alta qualidade de impressão. Pode rodar a 21,5 me tros por minuto e imprimir sobre uma ampla gama de substratos não tratados de 40 g a 300 g. A Xei kon também introduziu o Leaf let Production Sui te, voltado para o mercado de folhetos de alta qua lidade da indústria farmacêutic a e agroquímica e para manuais de instrução utilizados nos mercados varejistas em geral. A Xeikon diferencia o produto pela sua capacidade de imprimir textos muito pe quenos em 1.200 dpi, incluindo recursos de micro texto e recursos de segurança, contra falsificação, mercados-alvo da empresa. A Domino anunciou uma nova impressora, a K630i, embora essa seja na verdade a MonoCube, desenvolvida pelo fabricante suíço Graph-Tech, que a Domino adquiriu de volta em 2012. Há duas MonoCubes na Europa e duas nos Estados Unidos, com a Domino fazendo melhorias contínuas ao lon go dos anos, sendo a nova K630i o resultado desse processo. O gerente de produto Bryan Palphreyman diz que uma das grandes mudanças é que a maio ria dos componentes eletrônicos está sendo leva da para uma estação de controle separada, tornan do assim a unidade de impressão muito compacta. A Domino tem adotado uma abordagem bastante flexível para que a impressora possa ser configura da com bobinas de largura de 333 mm, 445 mm ou 558 mm, para impressão simplex ou duplex dentro do mesmo sistema impressor, com velocidade de 75 ou 150 metros por minuto. A tinta pode ser à base de água ou UV, projetada para substratos re vestidos de alto brilho. A fabricante também forne ce seu próprio editor front end, que inclui suporte para PDF e formatos de dados AFP/IPDS . Continuando no tema monocromático, a Kodak modificou sua impressora Prosper 1000 monocro mática para aumentar sua velocidade máxima de 200 para 300 metros por minuto. Will Mansf ield, diretor mundial de marketing para soluções de jato de tinta da Kodak, diz que a empresa modificou o sistema de transportes e a unidade de contro le para conseguir uma velocidade maior, mas sem ter que mudar o sistema de cabeçotes ou tintas. Ele
explica: “Nós criamos uma tensão maior na bobi na, onde antes havia uma certa folga”. No entanto, a qualidade da imagem cai de 150–175 lpi (linea tura por polegada trabalhando na velocidade de até 200 metros por minuto), para 133 lpi. A Kodak nomeou a máquina como Prosper 1000 Plus, tra zendo a nova velocidade em sintonia com as im pressoras de cores Prosper 6000. Esse equipamento terminava numa rebobinadeira Hunkeler UW8/RW8 da série POPP8 — um dos poucos sistemas capazes de funcionar em linha, com a nova velocidade da Prosper 1000 Plus. A Kodak também desenvolveu uma nova solução de revestimento offline para tra tar papéis e torná-los utilizáveis para impressão jato de tinta. É adequada para uso com papéis conven cionais revestidos, não revestidos e de alto-brilho comercialmente disponíveis entre 45 g e 300 g. O evento ofereceu a oportunidade de ver tan to a Ricoh VC60000 quanto a Screen Truepress Jet 520HD em ação. Trata-se essencialmente do mesmo dispositivo, construído pela Screen em conjunto com a Ricoh, que também fornece os cabeçotes de impressão. A principal diferença entre as duas está no controlador, mas existe também variações no hardware. A Ricoh optou por usar um revestimen to em linha e, no evento, imprimiu em papéis não revestidos. A empresa posiciona o cabeçote de um lado para o outro, a fim de se ajustar às pequenas movimentações da bobina de papel durante a im pressão em velocidades mais altas. A Screen, por sua vez, decidiu fazer um mapeamento variável entre
os diferentes bicos de impressão para lidar com essa questão, o que é um pouco menos preciso, mas mecanicamente é mais simples. Independentemente disso, ambas as versões pro duzidas têm boa qualidade de imagem em toda uma gama de diferentes tipos de papel e para diferen tes aplicações, incluindo livros e marketing direto. Muitos fabricantes de impressoras jato de tin ta de alta produção estão começando a perceber a necessidade desse tipo de flexibilidade. As impres soras sozinhas já são bastante caras; adicione um sistema de acabamento e manuseio à impressora e ela se torna um investimento substancial, consi deravelmente maior que uma impressora digital de toner seco. O resultado é que essas impressoras a jato de tinta devem ser robustas o suf iciente para rodar durante vários turnos e flexíveis o bastante para alternar entre aplicações diferentes para jus tificar o investimento. Isso, naturalmente, significa produzir boa qualidade de impressão sobre uma gama de diferentes substratos, de modo que deve mos ver no futuro mais impressoras jato de tinta competindo diretamente com máquinas impresso ras offset, em vez do ficarem focadas no mercado promocional de menor qualidade, que tem sido o mercado-alvo nos últimos anos. Tradução autorizada de texto publicado
no site Spindrift em março de 2015, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica.
A Xerox lançou a impressora Rialto 900, com base no conceito Genesis, que a Impika mostrou na última Drupa, em 2012 VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
33
NORMALIZAÇÃO Maíra da Costa Pedro Nogueira da Luz
O novo papel do comprador de produtos gráficos
A
quem se direcionam as normas gráficas? Aos gráficos ou aos compradores do mercado gráfico? Para poder responder a essa pergunta, há dois anos o Comitê Técnico Internacional de Tecnologia Gráfica, ISO/ TC 130, criou uma comissão especial, a TF3, que possui como principal objetivo encontrar essa resposta. Atualmente as normas elaboradas pelo TC 130 são direcionadas às empresas que elaboram produtos gráficos, sejam elas fabricantes de tintas, de papel, ou gráficos propriamente ditos. Entretanto, a indústria em geral está se organizando, através de
associações ou de forma direta, e começa a exigir que os gráficos atendam às suas necessidades e que sejam desenvolvidas normas que possam ser verificadas por aqueles que compram serviços de impressão. Esse movimento advém da capacitação do próprio comprador gráfico, que começa a entender mais tecnicamente o produto adquirido, especificando melhor o que será comprado. Como essa é uma fase inicial, ele precisa de normas que suportem sua especificação e melhorem o diálogo entre ele e a indústria gráfica, pois esse prof issional não conhece profundamente o processo produtivo. Tal
Prova de layout
Produto final
Especificações
Comprador de impressão Acabamento Provas Relatório
Designer Especificações
Folhas
Arquivos digitais + especificações Provas + especificações
Gráfica
Pré-impressão
Arquivos digitais + especificações
Fôrmas de impressão Fonte: TF3 Improvements on ISO TC 130 standard structure, Bologna, 2015
34 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
CTP
fato foi comprovado durante a última reunião do ISO/TC 130 , realiz ada de 11 a 15 de maio em Bolog na, na Itália, por meio de dois fatos interessantes. UMA VISÃO INTERNACIONAL: O QUE QUEREM OS PRINT BUYERS FORA DO BRASIL.
O primeiro fato foi a manifestação de um gerente técnico da Glaxosmithkline, indústria farmacêutica inglesa que anualmente compra impressos de 400 gráficas ao redor do mundo. Ele participou da reu nião do grupo de pré-impressão que está definin do as especificações para o novo formato PDF. Ele pôde contribuir dando a visão do comprador grá fico no processo e enfatizando como a simplicida de pode ajudar na utilização das normas. O segundo fato foi a Print Buyers’ Conference. Tentando repetir o evento que aconteceu durante a Ipex 2014, em Londres, em 15 de maio foi realiz a da a conferência italiana de compradores de produ tos impressos. O objetivo foi entender o papel do comprador gráfico na cadeia de suprimento e iden tificar suas principais necessidades. Participaram do evento figuras como Bruno Arruda Mortara, dire tor técnico da ABTG Certificadora; Edwin Collela, ex-diretor de marketing da Ferrari; e Andrea Casa dei, gerente de pré-impressão da Tetra Pak. Todos os palestrantes destacaram a importância do uso das normas no processo gráfico e o fato de que hoje não basta imprimir bem — o comprador espera que o gráfico ofereça serviços adicionais. Um exemplo foi mostrado pelo Grupo Sinergia, que iniciou ativi dades como gráfica, mas percebeu que poderia lu crar mais oferecendo serviços de logística ao cliente.
ISO/TC 130 GRUPO TF3 VS. COMPRADORES GRÁFICOS: O QUE ELES POSSUEM EM COMUM? O ISO/TC 130 tem trabalhado ativamente e já de
senvolveu cerca de 70 normas, sendo que as mais conhecidas são as normas de processo de impres são (série 12647) e as que trazem requisitos para o arquivo PDF (série 15930). Embora o trabalho tenha sido extenso, ele foi feito de maneira que a consulta e o uso das normas continua sendo complexo para um leigo no processo de normalização. Para melhor dirimir essas questões, o TF3 apre sentou um esquema que contempla todos os ato res envolvidos no segmento gráfico e um detalha mento do papel de cada um. Esse detalhamento permitiu analisar quais são os principais atores do mercado e, principalmente, quais são os aspectos e/ ou requisitos mais importantes para cada um deles dentro do processo gráfico: ◆◆
◆◆
◆◆
Comprador gráfico: responsável por comunicar- se com o designer sobre a expectativa do cliente; em alguns processos, comunicar ao impressor al guns parâmetros técnicos; responsável também por aprovar as impressões de validação e provas, aprovar as folhas ok e aprovar o trabalho final. Designer: responsável por planejar a aparência e/ ou estrutura do projeto gráfico antes de ser pro duzido. O seu papel não é coberto pelas normas ISO/TC 130 existentes. Operador de pré-impressão: pessoa ou organi zação que permitem a impressão de um projeto gráfico genérico usando um processo de impres são específico.
TABELA 4 – EXEMPLOS DE PAPÉIS REVESTIDOS E NÃO‑REVESTIDOS (INFORMATIVO) PS1
PS2
PS3
PS4
Couché premium
Couché boa qualidade
Couché básico
Couché matte padrão
Processo típico
Offset plana e rotativa heatset
Rotativa heatset
Rotativa heatset
Rotativa heatset
Papéis típicos
Papel revestido sem pasta mecânica, brilho e semibrilho (WFC), papéis revestidos de média e alta gramaturas (HWC, MWC)
Papel revestido de média gramatura (MWC), light weight coated (LWC improved)
Light weight coated, brilho e semibrilho (LWC)
Machine finished coated (MFC), light weight coated, semibrilho (LWC)
PS5
PS6
PS7
PS8
Papel não revestido sem lignina
Supercalandrado não revestido
Não revestido melhorado
Não revestido padrão
Processo típico
Offset plana e rotativa heatset
Rotativa heatset
Rotativa heatset
Rotativa heatset
Papéis típicos
Offset, papel não revestido sem lignina (WFU)
Supercalandrado (SC‑A, SC‑B)
Não revestido melhorado com pasta mecânica (UMI), papel‑jornal melhorado (INP)
Papel‑jornal padrão (SNP)
Tipo de superfície
Tipo de superfície
Fonte: ISO 12647-2:2013 VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
35
◆◆
◆◆
◆◆
Preparador de matriz para impressão: pessoa ou organização responsável por preparar as ma trizes de impressão nos processos de impressão convencionais. Impressor: responsável por imprimir o conteú do de um arquivo digital em um processo digital ou o conteúdo de uma forma de impressão num processo convencional. Operador de pós-impressão: responsável por receber material impresso para ser concluído.
A figura da página de abertura deste artigo apre senta os atores e a interrelação entre eles. Nesse contexto ficou claro que os requisitos es perados pelo comprador gráfico no momento de avaliar o produto adquirido não podem ser facilmen te verificados. Ele espera que, ao receber o produto gráfico, possa ser realizada a conferência em relação a uma norma previamente estabelecida. Contudo não existem especificações padronizadas/normali zadas para o produto final, porque, até o momento, o ISO/TC 130 especificou requisitos apenas para o processo de impressão, embutindo em alguns casos requisitos de produtos. Esses requisitos preexisten tes também auxiliariam no momento que ele fosse validar os requisitos do cliente a serem informados ao gráfico. Isso também gera alguns ruídos no mo mento em que o produto final possui algum des vio relativo ao processo produtivo, mas que não está claramente definido, impossibilitando que o gráfico dialogue com o comprador gráfico de uma forma mais clara e transparente. ISO 12647-2:2004 VERSUS ISO 12647-2:2013
Para exemplificar algumas das dificuldades mais pre sentes, na antiga versão da norma 12647-2, publica da em 2004 com emendas efetuadas em 2007, eram definidos cinco tipos de papéis, os valores colorimé tricos das cores primárias e as suas tolerâncias du rante o processo produtivo. Existiam muitos pro blemas na aplicação dessa versão, pois, do ponto de vista dos gráficos, havia uma dificuldade muito grande de encontrar papéis em conformidade com tal norma, além da ausência de tolerâncias para as cores secundárias e terciárias. Já da parte do com prador gráfico, era difícil saber se o produto final estava em conformidade com a norma, pois ao re cebê-lo ele não possuía mais as escalas de contro le, não podendo assim efetuar as medições, além do que os requisitos definidos eram apenas para o processo, não para o produto final. Também havia o fato de que um mesmo produto poderia ser pro duzido por diversos sistemas de impressão, questão 36 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
irrelevante para o produtor gráfico, ao qual o que realmente importa é a qualidade e o aspecto visual do produto final. Ele ainda esperava que essa ava liação fosse feita apenas no produto através de cri tério de aprovação/reprovação. Adicionalmente, ao se trabalhar com CMYK+, não se tinha nenhuma re ferência de como efetuar a avaliação da cor espe cial, sendo a única exceção o processo de impres são flexográfico, onde já era feita referência às cores especiais na norma ISO 12647-6 :2012. Contudo, na nova versão da ISO 12647-2, publi cada em 2013, existe uma maior flexibilidade, possi bilitando que a gráfica e o comprador de produtos gráficos acordem alguns requisitos que não estejam explícitos na norma. A única exigência é que os re quisitos alterados sejam previamente acertados. Outra novidade é a inclusão de oito condições de impressão de acordo com oito tipos diferentes de papéis e oito descrições dos colorantes. Nesse item também existe a possibilidade de alteração. Caso a gráfica e o comprador optem por uma condição de impressão que seja divergente das apresentadas, eles poderão ainda estar em conformidade com a norma através do estabelecimento de um acordo entre as partes e atendimento dos demais requisitos. UMA MUDANÇA NECESSÁRIA
Não existe previsão de quando serão elaboradas normas voltadas para o comprador gráfico, por que, embora ele tenha um papel decisivo na indús tria gráfica, sua presença é pequena no universo da normalização. De qualquer forma, alguns pas sos foram dados nessa direção e já se tem o enten dimento da importância desse ator. Contudo, ele vem utilizando outras ferramentas para que o grá fico atenda suas exigências. Uma delas é a certifi cação. É importante que o gráfico brasileiro esteja atualizado e atento a tudo que acontece no contex to internacional, porque podem vir a ser preciosas ferramentas no mercado nacional. Normalmente, momentos de crises oferecem oportunidades para quem consegue pensar fora da caixa. Torna-se fun damental preparar-se e adaptar-se a esse novo mo delo de compra, onde o cliente será mais exigen te, as tolerâncias tendem a ser cada vez menores e o erro não poderá ser barganhado com descontos. Só os mais competentes sobreviverão. MAÍRA DA COSTA PEDRO NOGUEIRA DA LUZ é
técnóloga gráfica, especialista em qualidade e produtividade para a indústria de impressão. Atualmente é representante italiana no ISO/TC 130 e coordenadora de projetos internacionais da empresa italiana Wide Gamut.
pini
anos
Premiando a Indústria cujas publicações nos preparam para um futuro promissor.
O futuro é logo ali.
Fique de olho nas principais datas 3 de Agosto
Início das inscrições
6 de Setembro
Término das inscrições com desconto
18 de Outubro
Término das inscrições sem desconto
19 de Outubro
Início da exposição de produtos
26 de Outubro
Término da exposição de produtos
24 de Novembro Festa de Premiação
Para mais informações, ligue (11) 2797-6700 ou envie um e-mail para fernandopini@abtg.org.br
Realização
GESTÃO Cristina Simões
O relacionamento com o cliente e o desafio da fidelização
I
ncrementar as vendas em um cenário no qual o cliente detém o poder, desafia a indústria gráfica a aumentar a sua capacidade de criar diferenciais que possibilitem manter o interesse do cliente, construindo com ele uma relação mais longa e mais fiel. Todos querem a mesma coisa, mas nesse GP do mercado gráfico quem assume a pole position? Quem, diante de tantas opções de escolha, dirige o olhar do cliente para o seu portfólio e consegue a tão almejada e necessária fidelização? Se a sua resposta ainda está centrada no produto ou serviço que você oferece, vale refletir! O comportamento do cliente mudou e, mais informado, preparado e independente, ele não compra mais um bem. Ele compra soluções que agreguem valor ao seu negócio — um diferencial quantificável, expresso numa proposta útil que resolva problemas, responda a necessidades e oportunize ganhos. O desafio do incremento das vendas está em descobrir o que as pessoas pensam, sentem e querem, para transformar produtos e serviços em diferencial capaz de ser percebido pelo cliente como valor.
A QUESTÃO EM DISCUSSÃO É: O QUE VOCÊ VENDE?
Vender valor não é uma tarefa fácil e a complexidade está no seu próprio conceito, que define valor como algo individual — único; temporal — variável; e intangível — abstrato. Por si só, são atributos que indiscutivelmente exigem uma nova forma de negociar que, indo além das características, benefícios e vantagens de produtos e serviços, constrói uma oferta de valor para o cliente, customizando benefícios, soluções e ganhos para o seu negócio. Arriscando uma síntese, é possível afirmar que o ato de compra deixa de ser uma transação comercial que proporciona um bem para o cliente, e passa a ser uma experiência negocial que lhe proporciona valor. Nessa nova realidade, a empresa pode dizer o quanto custa, mas é o cliente quem diz o quanto vale. Na prática, quem compra é o cliente e as empresas não vendem mais, apenas inspiram os clientes a optarem e a decidirem pela aquisição de sua oferta de valor. O único caminho – o conhecimento do cliente.
MODELOS DE VENDA E O QUE SE VENDE PRODUTO, PREÇO, DESCONTO E CONVENIÊNCIA NA AQUISIÇÃO Foco nas especificações para indicar produtos com preço competitivo Facilitar aquisição ao máximo Gerir custos
BENEFÍCIOS POTENCIAIS Foco na utilização para oferecer facilidades no uso/aplicação do produto + serviços da venda Alta orientação sobre benefícios Domínio do portfólio de produtos/serviços
VALOR AGREGADO Foco na situação Encontrar aquilo que tem significado para todo o universo do cliente Aumentar valor percebido pelo cliente
SOLUÇÃO CUSTOMIZADA VALOR PRODUTO + SERVIÇOS PRODUTO ESPERADO
PROVEDOR DE
MÉTODOS DE VENDA
38 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
PRODUTOS
SOLUÇÕES INTRÍNSECAS
DIFERENCIAL COMPETITIVO
VENDA SIMPLES expositiva
VENDA AMPLIADA sugestiva
VENDA ESTRATÉGICA consultiva
A ARTE DA HARMONIZAÇÃO
CLIENTE
Construir relacionamento
Perceber o que é valor
Entregar valor para o cliente
O fator crítico de sucesso – construir relaciona mentos capazes de promover o entendimento do cliente e do que é valor para ele, em todas as fases de sua jornada de compra, do início ao fim do ciclo. Essa estratégia, que fortalece o relacionamen to como diferencial competitivo, desafia as empresas a migrarem do foco no processo de venda
para o foco no processo de compra, como forma de compreender a jornada do cliente na aquisição de um bem e proporcionar-lhe uma experiência de compra bem-sucedida. O ciclo envolvido na jornada de compra considera a experiência do cliente antes, durante e depois da aquisição do produto ou serviço. O quadro de Compra e Fidelização mostra, no seu primeiro fluxo, as quatro fases do período de aquisição e o que é importante em cada uma (percepção, reconhecimento, decisão de compra e compra). No segundo fluxo estão as cinco etapas que ocorrem após a compra (utilização, informação/apoio, consideração/avaliação, compartilhamento e vínculo). Diante de tanta competitividade, fica mais difícil incrementar as vendas quando a empresa focaliza o cliente na etapa de compra de sua jornada, negociando com ele somente no momento de sua decisão. Ao contrário dessa conduta, a abordagem que negocia ao longo do processo implica em fazer parte da experiência do cliente, desde a primeira até a última etapa dos dois ciclos, construindo relacionamentos que: ◆◆ permitam a compreensão de como o cliente compra; ◆◆ facilitem o mapeamento dos valores e conteúdos capazes de envolvê-lo em todas as etapas do processo; ◆◆ criem valor real na oferta de produtos e serviços no decorrer da jornada de compra do cliente. Em linhas gerais, a experiência total que garante a satisfação e renova o vínculo de lealdade e fidelidade,
O que importa neste momento é ampliar o relacionamento para influenciar a decisão do cliente, ressaltando os diferenciais de sua proposta e os atributos centrais para a percepção do valor de sua oferta
A facilitação e o apoio à formalização é fundamental nesta fase
SOLICITA INFORMAÇÃO APOIO
“loop” FIDELIZAÇÃO
FASE 3
DECISÃO DE COMPRA
O cliente compara as opções disponíveis e pesquisa qual delas é a melhor para seu contexto
FASE 2
RECONHECIMENTO
O cliente reconhece que tem um problema ou uma oportunidade de negócio e se interessa por pesquisar mais sobre as opções de soluções
A ação nesta fase é a de construir relacionamento com o cliente, identificar o que é valor para ele, criar uma oferta de valor e oferecer soluções úteis que possam ser percebidas como diferenciais
COMPRA
CONSIDERA AVALIA
UTILIZA
O importante neste fluxo é o relacionamento com o cliente no pós-venda FASE 1
PERCEPÇÃO
Nesta fase há apenas a percepção pelo cliente da necessidade ou desejo
RENOVA O VÍNCULO
O importante é despertar a atenção do cliente para que reconheça o problema ou a oportunidade
COMPARTILHA SATISFAÇÃO
COMPARTILHA INSATISFAÇÃO
FIM DO VÍNCULO
VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
39
INFLUÊNCIA GESTÃO DO TEMPO COMUNICAÇÃO
FLEXIBILIDADE
EMPATIA
C O N F I A N Ç A
PERCEPÇÃO
Associação, parceria, lealdade Novas soluções desenvolvidas pelo fornecedor Interação humana que facilite a seleção e o uso dos produtos e serviços existentes Serviços básicos confiáveis, relacionados com os produtos e serviços essenciais Produtos e serviços essenciais que funcionem Buscas e respostas eficazes
40 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
Evolução do relacionamento com o cliente
reflete a forma como as percepções e experiências do cliente são tratadas e articuladas em cada passo da jornada. Construir, gerir e administrar o relacionamento com o cliente como um bem é fator de competitividade nas organizações e requer a prática de algumas competências e habilidades essenciais: Influência, para oferecer ao cliente um valor atraente, criando percepções e emoções ainda não existentes, sensibilizando as ideias, modificando o pensamento e estimulando decisões. Gestão do tempo, para fazer mais contatos, visitar mais clientes, falar com mais clientes, falar melhor com os clientes, criar mais relacionamento e estar onde a venda acontece, prospectando, conquistando, fidelizando, recuperando e vendendo mais. Comunicação clara, aberta e assertiva para ouvir o cliente, identificar seus valores, argumentar com convicção e tomar a iniciativa das negociações desde a primeira etapa da sua jornada de compra. Empatia, para respeitar a diversidade, as diferenças individuais e compreender o estilo de cada cliente, e criar condições para que o cliente expresse seus desejos, valores e opiniões. É preciso estar
AUTORREALIZAÇÃO ESTIMA PARTICIPAÇÃO SEGURANÇA BÁSICAS Necessidades
sintonizado com ele, captando mensagens e sinais, percebendo seu modo de pensar, seu jeito de agir, sentir e reagir às situações favoráveis e desfavoráveis, buscando o alinhamento e o fechamento do acordo. Percepção, para procurar por coisas e informações que não via antes, ouvir coisas que não ouvia antes, sentir coisas que não sentia antes e perguntar por coisas que não sabia antes, descobrindo valores implícitos não expressos. Flexibilidade, para ser resiliente e atuar sob condições adversas e insertas, abrir a mente e enxergar a situação por vários ângulos, lentes e perspectivas, vislumbrar diferenciais, oportunidades e ameaças, praticar a tolerância nas compreensões divergentes, explorar o diferente, procurar experiências e empreender o novo na busca da melhor solução para ambas as partes. É assim que o desafio de incrementar vendas e aumentar a rentabilidade dos negócios tem como principal estratégia a fidelização do cliente pela construção de relacionamento na gestão das carteiras. A conquista da assertividade nesse gerenciamento pode ser analisada à luz da teoria das necessidades de Maslow que apresenta, em sua estrutura, as buscas e as respostas mais eficazes de agregação de valor, ao longo do ciclo de desenvolvimento do relacionamento com o cliente. Observando a pirâmide é possível constatar que as respostas eficazes dependem significativamente da gestão de portas abertas, que rompe com as fronteiras setoriais e integra pessoas, processos, sistemas e recursos em um desempenho sinérgico, capaz de otimizar os resultados para o cliente e para a empresa, agregando valor em toda a cadeia produtiva. Afinal, a grande parte da jornada de compra do cliente ocorre após a aquisição do produto/serviço. Traz também em sua estrutura a necessidade de inteligência competitiva no gerenciamento do relacionamento, expressa no estabelecimento de um processo sistemático de coleta, registro, tratamento e análise de informações sobre o mercado, os concorrentes, os avanços tecnológicos, as tendências gerais do negócio e o comportamento do cliente.Turbinar, otimizar e melhorar a experiência do cliente ao longo de sua jornada de compra, gerindo e administrando o relacionamento como um bem, é imperativo para as gráficas se diferenciarem e agregarem valor real à oferta de produtos e serviços. Então, responda: qual a experiência que a sua gráfica vem oferecendo aos seus clientes? CRISTINA SIMÕES é diretora de desenvolvimento
da ID Consulting e professora de pós-graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
PRODUÇÃO GRÁFICA
Legibilidade
Thiago Justo
de textos impressos
L
egibilidade é a facilidade de distinguir as letras impressas em uma página e a capacidade de distingui-las entre si. Para que um texto tenha essa qualidade, o leitor precisa identificar suas letras de maneira rápida e precisa. Quando lemos um texto, não observamos letra por letra, mas sim blocos de letras. Por essa razão, conseguimos identificar palavras conhecidas, mesmo quando estão fora de ordem.
VOCÊ CONSEGUE LER? NÃO IPOMTRA EM QAUL ODREM ETÃSO AS LRTEAS DE UMA PLRAVAA, A ÚNCIA CSIOA IPROTMATNE É QUE A PIREMRIA E ÚTMLIA LRTEAS ETEJASM NO LGAUR CRTEO. ITSO SE DVEE AO FTAO DE NÃO LMREOS CDAA LRTEA ISLADOA, MAS A PLRAVAA CMOO UM TDOO. Nossa leitura também é mais focada na metade sup erior das letras. Sendo assim, conseguimos identificar melhor palavras grafadas em caixa alta e baixa (maiúsculas e minúsculas) do que palavras compostas somente em caixa alta. Também lemos mais rapidamente famílias tipográficas que possuem maior diferenciação de formas em sua metade superior. É por esse motivo que tipos serifados costumam ser mais legíveis que os tipos sem serifa. As letras que compõem uma família de tipos
TEXTOS COMPOSTOS SOMENTE EM CAIXA ALTA DIFICULTAM A LEITURA E OCUPAM 50 PORCENTO MAIS ESPAÇO NA PÁGINA. 42 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
sem semserifa serifa
serifada serifada
aa qq gg cc oo bb nn pp m m aa qq gg cc oo bb nn pp m m
aa qq gg cc oo bb nn pp m m aa qq gg cc oo bb nn pp m m
Neste Nesteexemplo exemplode detipo tiposem sem serifa serifadificilmente dificilmenteconseguiremos conseguiremos distiguir distiguirasasletras letrasa,a,q,q,g,g,olhando olhando apenas apenasoodesenho desenhode desua suametade metade superior. superior.
OOmesmo mesmoefeito efeitonão nãoocorre ocorrecom com os ostipos tiposserifados. serifados.As Asserifas serifasdão dão uma umaboa boadiferenciação diferenciaçãode deformas formas na nametade metadesuperior superiordas dasletras letrasa,a, qqeeg.g.
LEGIBILIDADE menor distinção de formas
Legibilidade maior distinção de formas sem serifa possuem formas bem parecidas entre si, enquanto os tipos serifados possuem os desenhos das letras bem mais distintos, fazendo com que seja muito mais fácil distinguir uma letra da outra. Quando falamos de legibilidade de texto impresso, o grande fator será, sem dúvida, o tamanho. Quanto menor o corpo do texto, mais difícil será sua leitura. Existe também a relação entre o tamanho do corpo do texto e sua altura. Para que uma letra seja legível, sua altura não pode ser muito pequena, pois isso atrapalha a distinção entre letras. Hastes ascendentes e descendentes muito pequenas também atrapalham na distinção entre letras, como nos pares p-q e h-n. Tipos com tamanhos entre 8 e 11 pontos costumam ser bem legíveis, mas vai depender muito da altura da letra. Quanto menor a altura, maior terá que ser o tamanho da letra para que ela seja
AbpE
ascendentes altura x descendentes
corpo
legível. Tipos impressos com corpo menor do que 8 pontos costumam ser pouco legíveis. Caso precise usar tipos com menos de 8 pontos, opte por famílias tipográficas que possuem uma grande altura para melhorar a legibilidade do texto. Vou falar agora um pouco sobre como as principais tecnologias de impressão se comportam ao reproduzir textos em corpos pequenos. A melhor tecnologia para a reprodução de tipos pequenos é, sem dúvida, o offset. As caraterísticas de forma planográfica e tinta pastosa resultam em imagens impressas bem nítidas. Desse modo, os textos se apresentam com as bordas bem marcadas e regulares.
No offset, os textos têm bordas bem marcadas e regulares
A rotogravura — sistema de impressão direto, com forma encavográfica e cilíndrica — possui certa dificuldade na reprodução de textos ou detalhes muito finos. Isso se deve às características da forma que, por ser encavográfica, reticula todos os elementos que compõem a página, inclusive os textos. É por essa razão que os textos impressos em rotogravura sempre possuem as bordas serrilhadas. Outros fatores que dificultam a reprodução de textos pequenos são a velocidade de impressão (a rotogravura trabalha em altas velocidades), o tempo de escoamento da tinta — que é líquida — e as características da superfície do suporte a ser impresso. De maneira geral, em rotogravura, é possível reproduzir textos sem serifa com tamanho de corpo superior a 6 pontos. O tamanho mínimo para textos em negativo ou serifados deve ser maior, entre 8 e 10 pontos. Para reprodução de textos muito pequenos, é preciso aumentar a lineatura de gravação das imagens no cilindro impressor, de modo a minimizar o efeito de serrilha dos textos, resultando em bordas e contornos mais nítidos e, portanto, mais fáceis de ler. A flexografia possui limitações de reprodução de textos pequenos semelhante às presentes em rotogravura. Trata-se também de um sistema de impressão direto, que utiliza formas relevográficas flexíveis, geralmente confeccionadas em fotopolímeros, fixadas em cilindros rotativos, utilizando tintas líquidas e que imprimem em grande velocidade.
Na rotogravura, os textos têm bordas serrilhadas
O impresso obtido em flexografia sempre apresenta o efeito squash. Esse borrão é consequência do uso da forma em alto relevo, que sofre um esmagamento durante o processo de impressão, devido ao fato de ser flexível. Geralmente é possível reproduzir em flexografia textos sem serifa com corpo superior a 6 pontos. O tamanho mínimo para textos em negativo deve ser maior — entre 8 e 12 pontos —, pois textos em negativo são mais vulneráveis aos ajustes de volume de tinta, que podem causar entupimentos, deixando-os ilegíveis. Tipos serifados também requerem corpo maior, pois serifas pequenas e detalhes finos são facilmente perdidos durante a impressão. Entre outros fatores que inf luenciam na reprodução de textos pequenos em flexografia estão o tipo de substrato usado, a cobertura de tinta, a absorção de tinta pelo substrato e a pressão utilizada durante o processo de impressão. A serigrafia — processo direto permeográf ico — também possui algumas limitações na reprodução de textos de corpos pequenos. As características desse processo resultam em impressos com
O impresso em flexografia apresenta o efeito squash
uma ótima cobertura de tinta (possibilitando inclusive tinta com relevo) e bordas relativamente disformes, devido à trama do tecido usado como forma (tela) de impressão. Nesse sistema de impressão, a lineatur a de impressão está diretamente relacionada com a quantidade de fios do tecido utilizado na tela de impressão. VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA 43
Trama do tecido usado em serigrafia espessura do fio
tamanho mínimo de um ponto a ser impresso (dois fios mais o espaço da trama do tecido) Os pontos reproduzidos devem ser sempre maiores do que a largura de dois fios mais a abertura da malha do tecido. Quanto mais fina a trama do tecido, mais difícil será a passagem da tinta e melhor será a reprodução de detalhes pequenos e finos, que não irão borrar, com um depósito grande de tinta propiciado por tecidos de tramas mais grossas. Portanto, para reproduzir textos pequenos é preciso utilizar tecidos com fios e trama bem finos. O tipo de papel e tinta ambém terão grande inf luência no processo de impressão. A impressão digital — sistema de impressão que não utiliza formas de impressão —, apesar da variedade de tecnologias de impressão, tipos de equipamentos e de tinta, também possui certas limitações na impressão de textos de corpo pequenos. Impressoras eletrofotográficas — conhecidas como impressoras laser — que trabalham com toner em pó possuem a característica de reproduzir imagens com bordas relativamente irregulares e com muitos pontos avulsos, devido às partículas dispersas de toner que se depositam aleatoriamente no substrato de impressão. Dessa forma, as bordas dos textos impressos são sempre irregulares, dificultando a leitura de textos muito pequenos. Apesar dessas limitações, textos sem serifa com corpo superior a 4 pontos são impressos com boa legibilidade.
Já as impressoras jato de tinta (inkjet) que utilizam tinta líquida como elemento entintador imprimem imagens com as bordas relativamente irregulares em função das gotas de tintas serem pulverizadas pelos bicos ejetores (nozzles) dos cabeçotes de impressão. Minúsculos pontos de tinta aleatórios no impresso são consequência dessa característica do sistema de impressão inkjet. Nesse sistema, a legibilidade de textos pequenos está diretamente ligada à resolução de impressão do equipamento e ao volume de tinta da gota expelida pelos bicos ejetores. Quanto maior a resolução
No sistema inkjet, as gotas de tinta pulverizadas geram pontos aleatórios
da impressora, menor o volume de tinta da gota formada, resultando em uma melhor impressão de textos pequenos e detalhes finos. Dois fatores de grande inf luência na leitura do texto impresso são o contraste entre o texto e o fundo, e a escolha das cores utilizadas. No entanto, esse assunto é um pouco extenso e merece um outro artigo. THIAGO JUSTO é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris. REFERÊNCIAS: A guide to Graphic Print Production. Kaj Johansson, Peter Lundberg
e Robert Ryberg, 2011.
First 5.0 – Flexographic Image Reproduction Specifications & Tolerances. FTA Flexographic Technical Association, 2014. INKJET! Everything you need to know about inkjet history, technology, markets and products. Frank Romano, 2012. Manual técnico para impressão serigráfica e estampagem têxtil.
Sefar, 2000. O toner em pó reproduz imagens com bordas relativamente irregulares e pontos avulsos
44 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
Pensar com tipos. Ellen Lupton, 2013. Tecnologia de Produção Gráfica – Processo Rotográfico e Flexográfico.
Senai-SP, 2011.
COMO FUNCIONA
Controle de processo de impressão
O
s equipamentos e os fluxos de trabalho da área de impressão variam de uma empresa para outra. Com o objetivo de desenvolver o seu próprio controle do processo de impressão, convém seguir uma série de considerações desde o início e dispor de um checklist para cada etapa do ciclo de impressão. A seguir, os principais itens a serem observados.
46 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
AMBIENTE DA ÁREA DE TRABALHO
Verificar periodicamente a temperatura e a umidade relativa em áreas em que se usam calefação e ar- condicionado para checar sua influência nas máquinas de impressão, bem como as condições de iluminação e a ordem e limpeza em geral de toda a produção.
PRESSÕES DE IMPRESSÃO MATERIAIS E INSUMOS RECEBIDOS NA IMPRESSÃO 1. Assegurar-se de que as tintas cumprem com as especificações e que o fornecedor entregou as seguintes informações de controle de processo para cada lote: dados especificados na ordem de compra, número do lote, tack da tinta, conteúdo de água, medidas espectrofotométricas e qualquer outro parâmetro acordado previamente. 2. Revisar, anotar e arquivar todos os documentos recebidos dos fabricantes de papel. Verificar se o papel recebido corresponde às especificações do pedido. Além dos dados físicos, convém conhecer as especificações de umidade, tolerâncias de calibre e informações presentes na rotulagem do mesmo. 3. Verificar a rolaria em relação às especificações do fabricante, incluindo a fatura e as condições de acondicionamento e dados na etiqueta, o comprimento e desenvolvimento em relação às especificações do fabricante e a dureza da superfície medida com um durômetro. Normalmente, a unidade Shore de dureza dos roletes novos para a posição de contato com a chapa, tanto da bateria de entintamento como de molhagem, é de 22–25; no caso dos roletes distribuidores da bateria de entintamento, é de 28–30. De qualquer modo, é aconselhável consultar o fabricante para conhecer as especificações adequadas. 4. Armazenar os roletes apoiados sobre seus eixos. 5. Manter a temperatura entre 20 e 25°C na área de armazenamento dos roletes. 6. Verificar as blanquetas recebidas e analisar se cumprem com as especificações, verificando também as informações em relação à fatura e ordem de compra. Controlar o calibre e espessura da blanqueta em relação às especificações impressas no verso. Esse controle de calibre deve ser feito em nove pontos diferentes e o resultado deve ter ± 0,025 mm em relação às especificações. 7. Verificar se as barras das blanquetas pré-montadas estão bem fixadas na borracha. CONDIÇÕES DE AVALIAÇÃO DE CORES
Verificar as condições nas quais se observa as cores, incluindo a temperatura de cor das fontes de iluminação e o ambiente em que se realiza a observação, que deve ser baseado nas normas mais recentes
1. Verificar, ao menos uma vez ao mês, o contato entre os anéis de cilindros. No caso das impressoras planas, utilizar o sistema da mancha de tinta com o dedo em seis posições diferentes do rolete, ao redor da superfície circunferencial do anel do cilindro. No caso de impressoras rotativas, utilizar o teste visual de luz ou o teste de impressão da lâmina de alumínio. As impressoras que funcionam sem contato entre os anéis precisam utilizar calibradores de acordo com as especificações do fabricante. 2. Verificar a compressão entre a chapa e a blanqueta utilizando um calibrador de folga quando se instalar uma nova blanqueta no cilindro. A compressão total entre chapa e blanqueta deve estar entre 0,10 e 0,15 mm, valor que tem de corresponder ao excesso de altura além dos anéis dos cilindros, no caso de blanquetas compressíveis, e entre 0,05 e 0,10 mm, quando se utilizam blanquetas convencionais. 3. Anotar os dados na tabela de informação correspondente sobre a impressora.
(ISO 3664). São realizadas medições de temperatura de cor das lâmpadas e demais condições de observação com periodicidade para assegurar que as normas vigentes sejam cumpridas? A temperatura de cor da luz utilizada deve ser verificada uma vez por mês por um medidor de temperatura de cor ou, ao menos, utilizar um indicador como os adesivos Ugra Light Indicator ou o RHEM da GATF. Verificar a quantidade de luz com um luxímetro. CONSUMÍVEIS UTILIZADOS NA GRÁFICA
Os insumos são comprados baseados em sua qualidade e compatibilidade e não pelo seu preço? Esses insumos são inspecionados ao ser recebidos para verificar se existe alguma avaria de transporte e se estão de acordo com pedido e fatura? Convém dispor das características do material por parte do fornecedor (por exemplo gramatura, espessura e acabamento do papel) e avaliá- lo para determinar o nível de qualidade e compatibilidade. São inspecionadas regularmente as áreas de armazenamento para assegurar que é mantida a integridade dos materiais ali armazenados? MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA IMPRESSORA
O fato de dispor de um programa de manutenção preventivo realista e levá-lo a cabo com constância VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
47
Contato ou distância entre os anéis dos cilindros. ◆ Altura de chapas e blanquetas em relação aos anéis do cilindro correspondente. ◆ Espessura das chapas e das blanquetas com seus respectivos calços. ◆ Pressão do cilindro de impressão. As pressões de impressão de veriam ser verificadas através de um calibrador de folga a cada troca de blanqueta. Atualmente existem sistemas eletrônicos com calibradores que dispõem de sensores e permitem avaliar a pressão de forma precisa. Deve-se verificar a espessura da blanqueta através de um instrumento adequado ao recebê-la, ou antes de sua montagem. ◆
ROLETES 1. Verificar os ajustes dos roletes em relação à chapa duas vezes por semana e registrar as medições na tabela de manutenção da impressora em questão. (Uma forma de documentar esses ajustes consiste em imprimir as listras características que os roletes deixam ao apoiarem-se sobre a chapa, transferindo-as para folhas limpas). A maioria dos fabricantes de roletes fornecem calibradores para uma medição exata. Os ajustes dos roletes devem manter-se dentro das especificações do fabricante. 2. Verificar a dureza em unidades Shore uma vez a cada seis meses, com um durômetro tipo A. Substituir os roletes quando a diferença for superior a 10 unidades Shore de dureza em relação à condição de roletes novos. Controlar visualmente a superfície dos roletes durante a conferência de dureza para ver se existe alguma área vitrificada ou algum defeito.
constitui um elemento-chave para um satisfatório controle de processo. Esse deve basear-se nas especificações do fabricante, considerar constantemente os agendamentos de manutenção periódica diários, semanais e mensais, e manter em arquivo as listas de verificação devidamente anotadas para referência futura. É importante não se esquecer da revisão periódica dos dados de quebras e manutenção de cada máquina, para avaliação de possíveis melhorias no programa de manutenção preventiva. As anotações nos registros (log) de manutenção e funcionamento da impressora devem ser feitas pelos impressores em cada turno, independente da apresentação de problemas. Também é importante registrar a quantidade de tempo perdido com as próprias anotações. Os chefes de manutenção e seu pes soal revisarão e colocarão suas anotações toda manhã no livro/log de anotações. A gerência de produção deve revisar essas anotações e os informes de avarias todos os dias. PRESSÃO DE IMPRESSÃO
Estabelecer a compressão correta entre a chapa e a blanqueta e a pressão do cilindro de impressão baseadas nas especificações do fabricante ou nas normas do setor. Uma vez obtidas as pressões corretas, assegurar- se de que tenham sido verificados os seguintes aspectos pelos instrumentos correspondentes: 48 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
ROLARIA
A dureza, aferida em unidades Shore, e os ajustes da impressora devem ser avaliados e a manutenção realizada periodicamente. Os ajustes das rolarias devem ser feitos de acordo com as especificações do fabricante. A unidade Shore de dureza deve
SOLUÇÃO DE MOLHAGEM 1. Com um sistema preciso de medição, avaliar a solução de molhagem a cada turno. Registrar os dados obtidos em uma tabela de controle e segui-la de perto para determinar se aparecem mudanças na água, no sistema de molhagem ou de mistura e arrefecimento. 2. Medir o pH e a condutividade da água na entrada, e da solução de molhagem após a mistura. Manter os valores dentro dos padrões estabelecidos na empresa. 3. Introduzir a ação corretiva necessária caso o pH se altere acima de 0,3 durante um turno. Uma alteração de 4,8 a 5,8 equivale a uma acidez 10 vezes menor. 4. Controlar de perto a qualidade de impressão no caso em que a condutividade ultrapasse 1.000 µOhms em relação ao valor inicial da mistura. Se a entrada de água na impressora aumentar em mais de 20%, possivelmente convenha mudar todo o circuito de água. NOTA: Não adicionar água da torneira ao sistema de solução de molhagem para reduzir a condutividade. A água da torneira enfraquece a concentração do aditivo de molhagem e a sua característica de manter as áreas sem imagem limpas na chapa.
ser medida com um durômetro e a pressão sobre a chapa deve ser avaliada mediante tarja característica ou calibrador, três vezes por semana. Se for necessário um reajuste da pressão a cada verificação, é possível que exista um problema mecânico na impressora ou os roletes estejam alterados em sua flexibilidade. Esses dados devem ser registrados no livro ou log de anotações de manutenção. É recomendável tirar os roletes da impressora e examinar sua superfície e dureza duas vezes ao ano. Substituir os roletes deteriorados ou que apresentem uma unidade Shore de dureza superior a 10 pontos em relação ao padrão ou quando eram novos. SOLUÇÃO DE MOLHAGEM
Assegurar-se que a solução esteja com o pH tecnicamente adequado, a medição da condutividade inicial obtida e esses valores controlados. As medições documentadas deverão incluir o pH, a condutividade, a temperatura da água e o percentual de álcool isopropílico. Isso pode ajudar a determinar as mudanças a serem feitas caso ocorram problemas de molhagem. Verificar a solução de molhagem uma vez a cada turno com um medidor calibrado de pH e de condutividade e registrar os dados em uma tabela, que deverá estar sempre disponível na impressora. Pode-se comparar as medições de pH e condutividade com os limites de controle estabelecidos e assim determinar se será necessária alguma correção. CONTROLE COLORIMÉTRICO, DE DENSIDADE E DE GANHO DE PONTO (AUMENTO DE VALOR TONAL)
Para o controle colorimétrico, de densidade e ganho de ponto são ne ces sários instrumentos que complementem a análise visual durante a tiragem. Os instrumentos são: um espectrodensitômetro devidamente calibrado e tarjas de controle originais e certificadas. Foram estabelecidos procedimentos de controle de qualidade para aprovar as primeiras folhas da tiragem? São utilizados frequentemente? As medições colorimétricas, de densidade de tinta e ganho de ponto são extremamente importantes para o controle de qualidade de impressão. Para tanto é preciso utilizar espectrodensitômetros para medir a colorimetria na reprodução, a densidade de tinta e o ganho de ponto, e comparar se a qualidade de impressão cumpre com as especificações estabelecidas.
CONTROLE COLORIMÉTRICO, DE DENSIDADE E GANHO DE PONTO (AUMENTO DO VALOR TONAL) 1. Durante a tiragem, controlar a resposta colorimétrica da reprodução, a densidade e o ganho de ponto em relação aos padrões estabelecidos. É normal que o ganho de ponto na impressão plana se encontre a 14% ± 3% e em offset rotativa a 18% ± 4%, embora esses valores dependam da lineatura utilizada. 2. Medir colorimetricamente o conjunto da reprodução atendendo às recomendações e áreas a validar especificadas pela ISO 12647 durante a obtenção e aprovação da tiragem (folha OK ). 3. Medir as densidades com um densitômetro devidamente calibrado, dependendo da tiragem, com frequência de cada 1.000–1.500 folhas em offset plano e de 2.000-2.500 impressões no caso de offset rotativa, durante a tiragem. 4. Medir o ganho de ponto periodicamente durante as tiragens. 5. Medir a área de equilíbrio de cores ou balanço de gris periodicamente. 6. Controlar visualmente a tarja de controle (especialmente o balanço de gris e as imagens visuais de ganho de ponto) em cada folha que se inspecione para poder identificar possíveis mudanças nos tons das tintas ciano, magenta e amarelo. 7. Inspecionar visualmente a existência de problemas de qualidade de impressão, blur, duplicidade de imagem, manchas, véu etc, em cada folha inspecionada. 8. Seguir as especificações estabelecidas para o controle de densidade e ganho de ponto. Recomendamos seguir as indicações da ISO 12647 (por exemplo ISO 12647-2 para offset plana ou rotativa heatset).
A frequência com que se deve avaliar as folhas impressas depende da tiragem, da qualidade exigida pelos clientes e da tecnologia de medição utilizada. É aconselhável tirar uma folha a cada 500 folhas impressas e medir com espectrodensitômetro a cada 1.000–1.500 folhas para se ter uma certa segurança no resultado. No caso de impressora rotativa, é aconselhável retirar amostras a cada 1.500–2.000 impressões e medir uma folha com espectrodensitômetro a cada 3.000–4.000 impressões.
Tradução autorizada do boletim rccXpress, número 13, publicação produzida pela RCC Consultants, consultoria espanhola na área gráfica. VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
49
QUIZ
1. Qual é o maior benefício do CtP? a ) Complementar a impressão digital b ) Economia de custo e melhoria de produtividade c ) Ampliar a gama de opções de saída d ) Eficiência do fluxo de trabalho
6. Como o CtP ajuda a melhorar a qualidade da saída? a ) É mais rápido do que um fluxo de trabalho baseado em filme b ) Pontos mais bem definidos e chapas de melhor qualidade c ) Aumenta o ganho de ponto d)Aprimora os procedimentos de preflight
2. Quais fabricantes dominam o fornecimento de chapas para CtP? a ) Os chineses b ) Nenhum c ) Ipagsa e Toray d ) Agfa, Kodak e Fujifilm 3. O que é uma chapa chemistry free? a ) Uma chapa que usa químicos e água em seu processamento b ) Uma chapa que usa água e goma em seu processamento c ) Uma chapa que usa poucos químicos em seu processamento d ) Uma chapa que é processada sem o uso de produtos químicos 4. Quando uma gráfica deve investir em CtP? a ) Quando sua impressora está rodando em capacidade total em um único turno b ) Quando o trabalho é intermitente c ) Quando ele está comprando um novo sistema de costura d ) Nenhuma das anteriores 5. O que é uma impressora DI (Direct Imaging)? a ) Uma impressora que tem dispositivo interno de gravação direta de imagem em chapa b ) Uma impressora com recursos de imagem c ) Os dados são impressos diretamente do RIP no substrato d ) A impressão das imagens ocorre antes do texto para preservar a precisão da cor 50 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2015
7. Qual é o maior problema para as gráficas que querem adquirir um CtP? a ) O custo do investimento b ) O custo das chapas c ) O custo da formação da mão de obra d ) Todos os almoços com os fornecedores 8. Qual é a diferença entre as imagens geradas pelas tecnologias térmica e violeta? a ) Os nomes são diferentes b ) Uma utiliza energia térmica e a outra fonte de luz para gerar as imagens na chapa c ) Os fãs da tecnologia térmica não gostam dos fãs da tecnologia violeta e vice-versa d ) Todas as alternativas acima
9. Por que você deve investir em CtP? a ) Qualidade da cor b ) Melhoria da velocidade de produção c ) Melhor utilização da impressora d ) Todas as alternativas acima Agora é hora de saber como está o seu conhecimento. Some quatro pontos para cada resposta correta, num total de 36 pontos. Uma pontuação entre 0 e 8, sugere que você vive num mundo no qual a revolução digital não está presente. Isso provavelmente acontece porque em seu dia a dia profissional você não precisa saber nada sobre tecnologia digital. De qualquer forma, é interessante que você tenha pelo menos algumas noções sobre produção digital, informações que podem ser obtidas se você prestar um pouco mais de atenção no que está acontecendo ao seu redor. De 12 a 16 pontos, indica que você tem familiaridade com a pré-impressão digital, mas que há algumas falhas sérias em seu conhecimento. Hora de começar a reciclar-se, antes que a evolução digital dê mais um passo. Diante de seus clientes a situação pode ficar ainda mais crítica, então conecte-se e mantenha-se no jogo. De 20 a 28 pontos, mostra que você está a par da produção digital, mas confunde-se algumas vezes. Vale a pena tirar um tempinho do seu dia para ler um pouco mais sobre tecnologias as quais você não está seguro e manter contato com seus fornecedores de tecnologia para conversar sobre tendências e inovações. Se você atingiu pontuação entre 32 a 36, nós precisamos fazer testes mais difíceis ou contratar um novo espe cialista em pré- impressão! Claramente você não precisa de nenhuma dica e tem o mundo digital em suas mãos. Tiramos o chapéu para sua dedicação, comprometimento e habilidade em transformar informação em conhecimento. Esse teste de conhecimento foi criado por Laurel Brunner e publicado no Spindrift em março de 2015. Tradução autorizada. Respostas 1 b, 2 d, 3 d, 4 d, 5 a, 6 b, 7 a, 8 d, 9 d.
O
óleo que lubrifica muitas das engrenagens da indústria de impressão é uma mistura inebriante de work flow, controle de produção e saída de computer-to-plate (gravação direta das chapas). Quão afiado você está quando o assunto é CtP?
Quiz CtP
o ã s r e v i d s i a m
s a d a t n a l p s a t s e r o l f s mai
Você sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtêm 100% da celulose a partir de florestas plantadas?* A área de florestas plantadas no Brasil equivale a 2.2 milhões de campos de futebol.** Leia seu jornal favorito tranquilamente, pois o papel é feito de madeira natural e renovável.
Para descobrir fatos ambientais surpreendentes sobre a comunicação impressa e o papel, visite www.twosides.org.br
Two Sides é uma iniciativa que promove o uso responsável da comunicação impressa e do papel como uma escolha natural e reciclável para comunicações poderosas e sustentáveis. *Folha Bracelpa Nº01, Maio / Junho 2009. **Two Sides Brasil, 2014.
anuncios_two sides_aner.indd 89
13/10/2014 17:15:07
Boas Práticas para Impressão Digital em Grandes Formatos
Parte II
O quarto volume da Coleção Digitec é voltado para o profissional do mercado de comunicação visual e impressão de grandes formatos, abordando desde a instalação da impressora até a geração de arquivos e o RIP. Aqui a segunda e última parte.
6. GERAÇÃO DE ARQUIVOS FECHADOS EM PDF XPS Tanto arquivos PDF como arquivos PS podem con-
ter descrições de imagem e vetor, além de múltiplas páginas de impressão. Em geral, arquivos PDF oferecem uma facilidade que arquivos PS não podem oferecer: eles podem ser pré-visualizados antes de chegar ao RIP. Esse recurso pode ser interessante para aqueles profissionais que gostam de verificar a qualidade do arquivo fechado antes de ser processado pelo RIP. No entanto, nem todos os aplicativos de editoração geram PDFs de alta confiabilidade. Alguns, muito populares no mercado, espe cialmente na área de comunicação visual, geram arquivos PDF 52 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
que dificultam e até impedem a interpretação no RIP. Arquivos criados em aplicativos de processamento de textos, de apresentações e planilhas, tais como os da suíte MS Office, também devem ser evitados. Uma sugestão é dar preferência para criar as peças de comunicação visual usando os aplicativos da Adobe (Illustrator, Photoshop e InDesign) e também para gerar PDFs, pois são mais compatíveis com os RIPs que em sua maioria usam interpretadores PostScript, também desenvolvidos pela Adobe. Se estiver usando PDF, não é recomendável utilizar recursos como subamostragem de imagens, de fontes etc. Também não se esqueça de não embutir perfis de cor nem converta as cores da arte. Deixe para o RIP a tarefa de gerenciar as cores do documento.
Verifique junto ao seu birô de impressão a versão de PDF suportada pelo RIP. De maneira geral, sugerimos a versão 1.3, e muitos não aceitam definições de versões mais recentes. Uma característica interessante que alguns RIPs oferecem é a impressora virtual. Nesse tipo de impressora, o designer configura a página e os elementos de impressão como se estivesse configurando uma impressora real. No entanto, essa impressora não irá enviar as informações para uma impressora, e sim gerar um PDF que posteriormente será enviado ao RIP da impressora real. 7. PANELIZAÇÕES OU LADRILHAMENTO
Um caso em particular exige mais atenção dos profissionais de comunicação visual: as panelizações ou ladrilhamento. A imagem na abertura da matéria ilustra bem esse tipo de situação. Nesses casos, a imagem deve ser impressa muito larga, tão grande que extrapola o próprio tamanho máximo de mídia que a impressora consegue suportar. Para conseguir o efeito desejado, a imagem deve ser dividida em diversos segmentos ou partes (conhecidos como ladrilhos ou pedaços) que ao serem unidos irão constituir a peça final. Um fator importante nesse tipo de aplicação é a padronização de cores. Isso porque a menor variação no tom do fundo ou dos elementos que constituem o painel irá provocar um efeito feio e indesejável que normalmente não é aceito pelo mercado. Assim sendo, para garantir a perfeita padronização das cores, ao gerar os arquivos de impressão para esse tipo de situação, prefira sempre fazer o ladrilhamento dentro do RIP e não fora. Isto é: evite dividir a arte final ampliada em diversos arquivos e depois enviá-lo ao RIP. Isso porque uma distração ao salvar um dos pedaços pode fazer com que as cores desse pedaço sejam interpretadas erroneamente pelo RIP, produzindo uma variação de cor facilmente detectada. É comum que uma desatenção no momento de salvar os pedaços faça com que o RIP interprete as cores desse pedaço diferente dos demais, comprometendo a qualidade final da impressão (por exemplo: incorporando um perfil de cores errado ou esquecendo-se de não embutir perfis de cor na imagem). Pelo contrário, o ladrilhamento dentro do RIP garante que a mesma imagem seja dividida exatamente nas mesmas cores em diversos pedaços no momento da ripagem, garantindo que todas as peças terão as mesmas cores quando unidas.
8. O RIP O RIP (Raster Image Processor ou Processador de
Imagens Raster) é o responsável por interpretar os arquivos destinados à impressão e comandar a impressora. É ele que interpreta os arquivos PDF, PS , TIFF e JPG e os traduz para a linguagem da impressora. Além disso, o RIP pode ser um dos responsáveis por todo o gerenciamento de cores na impressão. O RIP é tão importante para a impressão digital que muitas vezes não basta ter uma excelente impressora sem que essa tenha um RIP à altura dos seus recursos. Uma excelente impressora acompanhada de um RIP ruim irá comprometer a sua produtividade. Existem diversos RIPs e a maioria suporta diretamente a maioria das impressoras do mercado. Algumas dicas são úteis para que se obtenha a melhor condição do seu RIP de forma a maximizar a produtividade da sua impressora: Mantenha o seu RIP atualizado
Verifique se ele está na versão mais atualizada. Isto garante que bugs, incompatibilidades ou erros de processamento sejam minimizados. Configure um computador à altura de suas necessidades
É comum encontrar situações nas quais a performance do RIP e da impressão são comprometidas pelo subdimensionamento do computador onde ele está instalado. Primeiramente, evite rodar os mesmos aplicativos que são utilizados para a manipulação dos arquivos destinados à impressão no computador onde está instalado o RIP. Fazendo isso, divide-se o processamento do RIP com outros programas reduzindo significativamente a performance do mesmo. O ideal é que o RIP rode num esquema de servidor na rede, recebendo os arquivos das estações nas quais estão instalados os programas de editoração. Mantenha esse servidor atualizado e de preferência com acesso restrito à internet, de forma a evitar que vírus e outras ameaças comprometam o seu desempenho e integridade. Porém, não restrinja totalmente o acesso, pois ele é útil para suporte técnico em situações quando o técnico não está presente ou encontra-se num local distante. Mantenha o sistema operacional desse servidor atualizado e com soft ware antivírus compatível com o RIP. Verifique com o fabricante do RIP quais ele recomenda, pois o antivírus pode comprometer sua performance. Não utilize versões piratas do sistema operacional neste servidor. Muitas VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
53
Se o seu RIP não atende as suas necessidades, não tenha medo de investir em outro
ELABORADORES DA COLEÇÃO Membros Digitec: Diretor: Bruno Mortara Coordenadores: Wiliam Corrêa, Paulo Addair Daniel Filho, Andrea Ponce Assistente: Roseane Assis de Brito Autores: Ibis Itiberê Salgado Luzia (Epson) IbisLuzia@epson.com.br; Ivan Paes (Jetbest Brasil – Nova Silk) ivan.paes@novasilk.com.br; Luiz Ricardo Emanuelli (Infosign) luiz@infosign.net.br; Ricardo Augusto Lie (Ampla Digital) ricardo@ampladigital.com.br; Ricardo Minoru Horie (Bytes & Types) minoru@bytestypes.com.br Informações: consulte o site www.abtg.org.br (11) 2797- 6700 ou digitec@abtg.org.br
54 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
vezes essas versões contêm falhas que comprometem a performance do RIP ou podem conter vírus e outras ameaças embutidas. RIPs exigem alta performance de processamento. Utilize o máximo possível de memória RAM . Sempre que possível, dê preferência para sistemas 64 bits, por suportar mais memória física. Dê preferência a estações desktop em detrimento de notebooks, pois são limitados em performance em seus HDs, que normalmente não suportam rotações altas como aquelas verificadas nas máquinas desktop. Além disso, notebooks podem ser facilmente furtados ou podem sofrer danos por quedas acidentais. Lembre-se: seu servidor é o coração da sua empresa. Se o RIP para, a impressora para de imprimir e a empresa para junto. Configure o HD do seu RIP com o máximo de desempenho e capacidade possível. Se possível, utilize esquemas RAID para aumentar a performance e a segurança. Utilize HDs de alta performance e alta velocidade. Geralmente esse é o gargalo de muitos servidores. O desempenho final do seu servidor será sempre consequência de todo o conjunto: se um elemento for mal dimensionado, todo o processamento será comprometido. Mantenha seu pessoal treinado sobre os recursos do RIP
De nada adianta ter a melhor configuração de servidor e RIP se o operador não é capaz de explorar os recursos com eficiência. Invista no treinamento dos seus profissionais. Sempre que possível, atualize os conhecimentos dos mesmos sobre os recursos do RIP. Isso garantirá uma maior eficiência ao processo, evitando erros e perdas e diminuindo o tempo para a conclusão das tarefas.
Se você não está feliz com os resultados e com a performance que vem obtendo com o RIP atual, procure pesquisar outros. A diferença pode ser significativa para o seu processo. Não tenha receio de pedir uma demonstração de outro RIP nesse caso. Você pode se surpreender com as facilidades, a qualidade de impressão e as ferramentas que outro RIP pode oferecer. Isso não quer dizer, necessariamente, que outro RIP será melhor: cuidado, faça uma comparação justa e responsável. Verifique se o RIP com o qual você trabalha possui bom suporte local, se está sendo atualizado com frequência, se está procurando explorar os recursos mais atuais da tecnologia, se possui uma lista significativa de perfis de cor para a sua impressora e se está em sintonia com as novidades do mercado. Esses são indicativos importantes na escolha de um bom RIP. Um RIP para várias impressoras ou vários RIP para várias impressoras?
Essa também é uma situação frequentemente encontrada. Se hoje você tem uma impressora, amanhã você poderá ter mais de duas, três ou mais. Em geral, cada impressora acompanha o seu RIP, seja porque ele é bundle (vendido junto com a impressora), seja porque cada fabricante tem preferência por determinada marca de RIP. É comum encontrar birôs com duas ou três marcas de RIP diferentes. Por um lado, esse é o melhor cenário possível para testar outros RIPs. Além de aprender na prática (a melhor condição possível), você poderá ver como cada RIP se comporta em determinadas situações de trabalho. Por outro lado, a presença de vários RIP diferentes do ambiente de produção aumenta a chance de erros, pois sempre haverá certas particularidades de um RIP que não valem para outro, além de operadores que tenham mais facilidade num determinado RIP do que em outro. Cada marca de RIP precisa de atualizações específicas e muitas vezes é difícil manter todos atualizados. Os perfis de cor também não são os mesmos para todos os RIPs e isso pode representar um problema quando se deseja padronizar os resultados obtidos. Ter mais de um servidor de impressão na rede aumenta o desempenho final e aumenta a redundância reduzindo a chance de parada em caso de um dos servidores ficar offline. O ideal é uma combinação entre ambas as situações: procurar manter apenas uma ou duas marcas de RIP, porém ter mais de um servidor de impressão para garantir a redundância em caso de falhas ou panes.
XXII THEOBALDO
DE NIGRIS CONCURSO LATINO-AMERICANO DE PRODUTOS GRÁFICOS
SEU TRABALHO RECONHECIDO NO RIO E EM TODA
A AMÉRICA LATINA
Em 2015, o Prêmio Theobaldo De Nigris vai ser no Rio de Janeiro, com a presença das melhores gráficas da América Latina e o reconhecimento dos melhores produtos gráficos do continente. Fique atento às datas e inscreva seus melhores trabalhos.
INSCRIÇÕES ABERTAS INSCRIÇÕES: 01 de abril a 10 de agosto JULGAMENTO: 31 de agosto a 4 de setembro PREMIAÇÃO: 01 de outubro
www.abigraf.org.br/rio2015 R EA L I ZA Ç Ã O
TUTORIAL
Thiago Justo
L
no InDesign
igatura, ou sua variação ligadura, significa ligação. Em tipografia, ligaturas são glifos que representam a fusão de dois ou mais caracteres, como, por exemplo, f+i. Elas são parte de uma classe generalizada de glifos, conhecida como formas contextuais, na qual o formato da letra depende do contexto de seu uso, como a combinação com letras vizinhas ou a proximidade do fim da palavra grafada. Tais glifos são montados como uma unidade, sem a necessidade de juntar dois caracteres distintos, e possuem um espaço entre as letras menor do que a composição das respectivas letras separadas (1).
Observe que o pingo do “i” em várias fontes tipográficas cai por cima do gancho do “f” quando são posicionadas lado a lado. A ligatura elimina esse erro de composição, absorvendo a colisão dos dois elementos dos caracteres
56 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
primeiras versões não contavam com esse tipo de recurso de composição de texto. Outro empecilho para o uso das ligaturas é o número reduzido de caracteres que podem constar em formatos de fontes digitais como o True Type e o PostScript. Esse número limitado de caracteres por família tipográfica inviabiliza a incorporação de caracteres especiais à fonte, como ligaturas, frações ou letras do alfabeto cirílico. Atualmente, tudo isso está mudando com os novos recursos das fontes OpenType. Esse formato de fonte digital pode incluir milhares de caracteres à família tipográfica, fornecendo um suporte linguístico bem mais amplo e controle 1 tipográfico apurado. Também podem incluir vários recursos de composição de texto, como swashes, ligaturas condicionais, caixas altas, frações e números ordinais que não estão disponíveis nos demais formatos de fontes digitais. Além do mais, são multiplataforma, podendo ser usadas em sistema Windows ou Macintosh, sem resem ligatura com ligatura cuo de texto quando você troca o arquivo A tecnologia de impressão com tipos móveis de um sistema para o outro. As fontes OpenType empregava famílias tipográficas com inúmeras li- possuem este ícone. gaturas e seu uso era amplamente difundido enTodas as vantagens e facilidades das fontes tre os tipógrafos. A substituição da composição OpenType fizeram ressurgir o uso das ligaturas, manual de texto por máquinas automatizadas de que estão ganhando cada vez mais adeptos. O Incomposição e o estabelecimento da tecnologia de Design pode inserir ligaturas automaticamente em fotocomposição fizeram com que o uso das ligatu- fontes OpenType. Para isso, selecione a opção Liras ficasse um pouco esquecido, já que nessas no- gadura no menu do painel Caractere. Nesse caso, vas tecnologias esse recurso não já era tão acessível. O aumento do uso de fontes sem serifa, que possuem menor necessidade de ligaturas, também contribuiu para esse cenário. Com o advento do computador e da editoração eletrônica de textos, as ligaturas perderam ainda mais espaço, uma vez que a maioria das fontes digitais não incluía este tipo de recurso. Isso se deve 2 ao fato de os primeiros softw ares gráficos terem sido em língua inglesa, onde as ligaturas são consideradas recursos opcionais e, por essa razão, suas
3
o InDesign irá usar o padrão de ligaturas definidas na fonte, conforme os desenhos produzidos por seu criador (2). Além disso, os criadores de fontes podem incluir ligaduras opcionais, que não permanecem ativadas em todas as circunstâncias de uso. Selecionar essa opção no InDesign permite o uso dessas ligaturas adicionais, caso estejam presentes na fonte. Para habilitar esse recurso, certifique-se de que uma fonte OpenType esteja sele cionada. Escolha a opção OpenType no menu do painel Caractere e, em seguida, selecione um atributo Ligaduras condicionais (3). Nesta mesma janela você pode ativar outros recursos adicionais presentes nas fontes OpenType, como frações, floreios (swashes), números ordinais, alternativas de títulos, alternativas contextuais, versalete e zero cortado. Pronto! Agora você nunca mais verá a dupla f+i com os mesmos olhos. THIAGO JUSTO é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
Exemplos de fontes com e sem ligaturas VOL. II 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA
57
CURSOS
ABTG Gestão da produção: Implementação de PCP, redução de desperdícios e indicadores de produtividade (OEE)
Data: 18 a 15 de agosto Horário: 9h às 17h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00.
Formação de inspetores da qualidade
Data: 21 a 23 de julho Horário: 18:45h às 21:45h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00. Palestrante: Márcia Biaggio
Gestão da produção: Implementação de PCP, redução de desperdícios e indicadores de produtividade (OEE)
Data: 8 e 15 de agosto Horário: 9h às 17h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00. Palestrante: Marcelo Ferreira
O líder como coach – Liderança orientada para resultados
Data: 6 a 8 de outubro Horário: 18:45h às 21:45h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00. Palestrante: Cristina Simões
Venda eficiente: Preparando sua empresa para a nova realidade da indústria gráfica
Data: 15 a 17 de setembro Horário: 18:45h às 21:45h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00. Palestrante: Marcos Biaggio
Desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis com Adobe DPS: Uma visão estratégica Data: 14 de novembro
58 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2015
Horário: 9h às 18h Investimento: Não associados R$ 430,00, associados R$ 330,00, estudante R$ 230,00. Palestrante: Bruno Mortara
7/11 das 13h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino médio concluído.
SENAI INICIAÇÃO PROFISSIONAL Encadernador de lombada quadrada (28h) – R$ 380,00
Sábados: 3/10 a 5/12 das 8h às 12h • 25/7 a 12/9, 03/10 a 5/12 das 13h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e exp er iênc ias ant er iores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
2ª– a 5ª– : 17/9 a 29/9 das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Fotógrafo de registro documental (30h) – R$ R$ 217,00
Sábados: 12/9 a 17/10 das 9h ás 16h. Requisitos de acesso: Ensino médio concluído, ter no mínimo 16 anos completos.
Impressor de serigrafia (64h) – R$ 600,00
Sábados: 1/8 a 19/9, 17/10 a 12/12 das 8h às 17h • 2ª– a 5ª– : 14/7 a 19/8, 8/9 a 19/10, 20/10 a 26/11 das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Assistente de controle de qualidade (180h) – R$ 720,00
3ª– a 6ª– : 15/9 a 3/12 das 8h às 12h • 2ª– a 5ª– : 14/9 a 3/12 das 13:00 às 17:00. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino médio concluído.
Operador de editoração eletrônica (176h) – R$ 1.450,00
2ª– a 5ª– : 10/8 a 25/11 das 19h às 22h • 21/9 à 9/12 das 13:00 às 17:00h • 20/7 à 24/9 das 8h às 12h • 28/9 à 9/12 das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL Controle Estatístico do Processo – CEP (20h) – R$ 210,00
Sábados: 29/8 a 26/9, 14/11 a 19/12, das 8h às 12h • 25/7 a 22/8, 3/10 a
Colorimetria aplicada aos processos gráficos (32h) – R$ 510,00
Comunicação interpessoal (15h) – R$ 190,00
Sábados: 26/9 à 24/10 das 9h às 13h • 2ª– , 4ª– e 6ª– : 14/9 à 23/9, 9/11 à 19/11 das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Gerenciamento de cores (24h) – R$ 513,00
Sábados: 19/9 a 3/10 das 8h às 17h • 2ª– a 4ª– : 16/11 à 26/11 das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à pré-impressão, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Gestão de pessoal (24h) – R$ 300,00
Sábados: 15/8 à 19/9 das 9h às 13 • 2ª– , 4ª– e 6ª– : 19/10 à 6/11, 24/8 à 9/9 das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
Montagem eletrônica e operação de equipamentos computer-to-plate – CtP (40h) R$ 935,00
Sábado: 8/8 a 5/9, 17/10 a 14/11 das 8h as 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à utilização de softwares para editoração eletrônica e fechamento de arquivos, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Preparação de tintas pastosas (20h) – R$ 232,00
Sábados: 22/8 a 5/9, 7/11 a 28/11 das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências an teriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais. Para inscrição é necessário apre‑ sentar, para simples conferência, cópias ou originais dos seguintes documentos: histórico ou certifi‑ cado do ensino fundamental ou médio (conforme requisito de acesso), RG, CPF, comprovante de residência e comprovante do pré‑requisito. Alunos menores de idade deve‑ rão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Empresas que matricularem três ou mais funcionários tem 15% de desconto ou ainda, que sejam as‑ sociadas a ABTG, Abigraf ou Aber, possuem 20% de desconto. O pagamento dos cursos de FIC pode ser dividido em até três ve‑ zes no boleto bancário, sendo a primeira parcela antes do início do curso. O Senai reserva‑se o direito de não iniciar os cursos se não houver nú‑ mero mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qual‑ quer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica Inscrições também pelo site: http://grafica.sp.senai.br
Av. Otaviano Alves de Lima, 4.400 - Freguesia do Ă“ - CEP 02909-900 - SĂŁo Paulo - SP Telefones: (011 ) 3990-1257 / 1495 / 1762 - e-mail: vendasgrafica@abril.com.br www.abrilgrafica.com.br
Anuncio_Abro_210x280.indd 1
6/25/13 5:57 PM