Revista Tecnologia Gráfica 78

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ANO XV Nº 78 VOL. III 2011 ISSN 1678-0965

A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO

Interpack 2011

A melhor edição da feira em toda a sua história enfatiza materiais ambientalmente menos agressivos

Como Funciona

Conheça os formatos mais utilizados na indústria gráfica para arquivos de imagem

Entrevista

O especialista Oliver Povareskim fala dos desafios e benefícios do controle da cor

Produção gráfica

As retículas de impressão, ponto a ponto


PAC – A Encomenda Econômica dos Correios. Sua mercadoria onde você quiser e no prazo que você precisa. A encomenda econômica dos Correios é o jeito mais seguro e confiável de enviar encomendas rodoviárias de até 30 kg para todas as cidades do Brasil. Saiba mais sobre este serviço e as possibilidades de retorno de encomendas através da logística reversa acessando www.correios.com.br/pac.


Volume III – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP  Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010  gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Elisabete Pereira Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Leograf Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil) UVPack Acabamentos Especiais Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3

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Apoio

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700

4 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Encontro marcado

dmiro a coragem daqueles que se dedicam à ciência da futurologia. Trabalhando em cima de possibilidades, levando em conta tendências manifestadas no presente, anunciam suas previsões como favas contadas e a história está aí para mostrar as inúmeras vezes que tais conjeturas transformaram‑se em motivo de pilhéria. Ainda é cedo para falar, mesmo porque não tenho nenhuma intenção de assumir aqui a postura de futurólogo, mas uma dessas estimativas parece começar a ser contestada. No final de maio o jornal Folha de S.Paulo divulgou em uma notícia de rodapé que o New York Times está recuperando seus assinantes fiéis. A notícia dá conta de que depois de dois anos de queda, o número de assinantes “fiéis” (aqueles que recebem o jornal em casa há pelo menos dois anos) do New York Times voltou a crescer. Há quatro anos eram 650 mil pessoas e hoje esse número está perto de 840 mil. Aqui e ali pipocam informações sobre iniciativas de sucesso no segmento de jornais, indicando que o meio continua vivo, sobretudo entre os países emergentes. Se o jornal está se recuperando é porque algumas empresas jornalísticas se recusaram a cruzar os braços diante de previsões fatalistas. Colocaram suas melhores mentes para pensar e discutir novos modelos e lançaram‑se em ações inovadoras. E é este chamamento que quero fazer aqui. Precisamos debater os movimentos do mercado, trocar experiências, aprender com cases de sucesso e de fracasso, ouvir previsões e análises de tendências para concordar ou discordar delas. Temos de saber o que está acontecendo muito além dos limites de nossa empresa e da relação que temos com os clientes e os fornecedores. Em outubro teremos uma ótima oportunidade para tirar alguns dias só para isso. O 15 º‒ Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica é esse espaço e vem com uma grade de palestras voltada para o que está lá fora, focada no novo, buscando identificar mudanças no comportamento do consumidor que estão impactando ou impactarão o universo da comunicação. A influência da geração Y no consumo, o poder das mídias sociais para os negócios, a convergência das mídias, as oportunidades de negócio geradas pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas são alguns dos temas que o evento levantará. Espante o imobilismo e venha pensar no que você pode fazer já para que sua empresa esteja viva e competitiva no que chamamos de futuro. Espero você em Foz do Iguaçu. Reinaldo Espinosa Presidente executivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)


Sumário 14

A melhor Interpack de todos os tempos

36

Oliver Povareskim fala sobre o gerenciamento de cor

42

Texturas e brushes no Photoshop

Especial

Entrevista

Tutorial

As certificações de sustentabilidade

24

As características da cura UV

30

Segurança no trabalho

Normalização

Impressão

Prova contratual x  prova de verificação

34

Retículas de impressão

40

Spindrift

Produção gráfica

50

Características e particularidades das extensões PDF, TIFF e JPEG

54

A competição por custo

58

Notícias Produtos Literatura e sites Cursos

6 12 56 62

ANO XV Nº 78 VOL. III 2011 ISSN 1678-0965

A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFIC O BRASIL EIRO

Interpack 201

1

A melhor em toda a suaedição da feira história enfatiza materiais ambienta menos agressivlmente os

Como funciona

78

Especial

Sinalização de segurança no trabalho industrial gráfico

IA gRáfIc A

20

R E V I S TA T Ecnolog

Digital Image supera os números da edição anterior

Como funci ona

Conheça os format os mais utilizados indústria gráficana arquivos de imagepara m

Entre vista

O especialista Povareskim falaOliver desafios e benefídos do controle da cios cor

Produ ção gráfic a

As retículas de impressão, ponto a ponto

Gestão

Os três pilares da sustentabilidade Gestão ambiental

60

Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGB PHOTO


NOTÍCIAS

P

Plural e Posigraf conquistam Prêmio de Responsabilidade Socioambiental

rofissionais e empresários do se‑ tor gráfico, autoridades e demais convidados lotaram o auditório da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (Apesp), em São Paulo, no dia 7 de junho, para prestigiar a entrega dos troféus aos vencedores do 2º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental. Cerca de 300 pessoas prestigiaram o evento. Nessa segunda edição, a premiação teve um crescimento de 75% no número de inscritos, sendo 40% das inscrições na categoria “So‑ cial” e 60% na categoria “Ambiental”. Para Manoel Manteigas de Oliveira,

dentre esses formandos”, explicou Jacomine. De acordo com o exe‑ cutivo, 100% dos alunos inscritos no programa no ano passado fo‑ ram contratados. “É uma questão de cumprir o papel da empresa no contexto da atividade”. A conquista do troféu Orlan‑ do Villas Boas de Responsabilidade

todos os dias para a questão am‑ biental. O prêmio é para a gestão, porque todas as nossas causas es‑ tão voltadas para o meio ambiente, estamos sempre preocupados em preservar”, resumiu Fernanda. Entre as ações da Posigraf na área ambien‑ tal, a executiva destacou o progra‑ ma Carbono Zero, que compensa todas as emissões dos impressos com o cuidado e preservação de uma área de mata nativa. Na próxima edição do prêmio, programada para 2013, são espe‑ radas mudanças no regulamento. De acordo com Manoel Manteigas, foi identificado que hoje para as em‑ presas não é mais possível separar a responsabilidade social da ambien‑ tal e da financeira. “Trata‑se de um tripé e sem um dos pontos de apoio os demais não funcionam. Vamos analisar o prêmio para talvez, futu‑ ramente, fazer uma união, modifi‑ cando um pouco o regulamento”.

Ambiental ficou para a gráfica curi‑ tibana Posigraf, representada no evento por Fernanda Prado, ge‑ rente de mar­ke­ting, que falou so‑ bre o case inscrito, “Sistema de ges‑ tão ambiental Posigraf”. Mais do que uma iniciativa pontual, o prêmio foi dado ao sistema de gestão como um todo. “Nós vivemos isso in‑ cessantemente. Estamos voltados

O prêmio contou com o patro‑ cínio da Cathay APP (ouro); Afeigraf, Ibema e Kodak (bronze). Na mesma noite foi empossada a nova direto‑ ria do Sistema Abigraf: Fabio Arru‑ da Mortara (presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf São Paulo), Levi Ceregato (presidente da Abigraf São Paulo) e Reinaldo Espinosa (pre‑ sidente da ABTG , que foi reelei­to). 

Fabio Arruda Mortara entrega o Prêmio de Responsabilidade Ambiental para Fernanda Prado, da Posigraf.

Carlos Jacomine, da Plural, recebe o Prêmio de Responsabilidade Social de Mário César de Camargo.

diretor técnico da ABTG e diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, a edição deste ano surpreendeu pela qualidade dos trabalhos apresen‑ tados. “Encantou‑nos o fato de o prêmio ter crescido, praticamente dobrando o número de inscritos. Também impressiona a qualidade dos trabalhos apresentados”, afirmou Manteigas, que falou em nome de todo o corpo de jurados. Vencedora do troféu Hasso Weiszflog de Responsabilidade So‑ cial, a Plural, de Santana de Parnaí‑ ba (SP), inscreveu o case “Iniciativas

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de responsabilidade social”. Depois de subir ao palco para receber seu troféu, Carlos Jacomine, diretor ge‑ ral, declarou ter muito orgulho da premiação, uma vez que a empre‑ sa, com apenas 15 anos de ativida‑ de, já é uma das que possui maior capacidade de produção no Estado de São Paulo. “Nosso objetivo é dar capacitação a jovens de Santana de Parnaíba, em parceria com a prefei‑ tura. São os profissionais da gráfica que ensinam os alunos, que saem com o diploma de impressor grá‑ fico. A Plural contrata os melhores



NOTÍCIAS

Atenção para as datas do Prêmio Fernando Pini

A

ABTG divulgou o calendário completo para a 21ª‒ edição do

Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. As ins‑ crições terão início no dia 1º‒ de agosto e poderão ser feitas até 9 de setembro (com desconto) ou 16 de setembro (sem desconto). Os jul‑ gamentos da primeira fase ocorrerão nos dias 5 e 6 de outubro e os da segunda fase em 9 e 10 de novembro. A cerimônia de premiação será realizada na noite do dia 22 de novembro. Mais informações e o regulamento estão disponíveis no site do prêmio. www.fernandopini.org.br

J

Inscrições para cursos regulares na área gráfica

á estão definidas as datas de inscrição para os cursos regulares oferecidos pelo Senai‑SP, os quais terão início no primeiro semestre de 2012. No Es‑ tado de São Paulo, o Senai mantém quatro Centros de Formação Profissio‑ nal: dois estão localizados nos bairros da Mooca e Cambuci, na capital pau‑ lista; os outros dois no interior do Estado, nas cidades de Bauru e Barueri. Além dos cursos regulares — com duração de um a três anos —, as escolas dispõem de diversos programas de curta duração. A Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica também oferece programas de pós‑graduação. Curso

Aprendizagem industrial – auxiliar de produção gráfica Candidatos encaminhados por indústrias Aprendizagem industrial – auxiliar de produção gráfica Candidatos da comunidade. O processo seletivo será aberto somente se houver vagas não preenchidas no processo anterior Cursos técnicos gráficos

Período de inscrições

25 de julho a 9 de agosto

10 a 14 de outubro

17 de outubro a 9 de novembro

Curso superior – tecnologia em produção gráfica 20 de outubro a 23 de novembro

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A

Escolas Senai recebem impressoras novas

s Escolas Senai Theobaldo De Nigris e José Ephin Min‑ dlin, esta última em Barueri, aca‑ bam de receber novos equipa‑ mentos. São duas impressoras flexográficas de banda estreita. Essa atualização é resultado de investimentos do Senai‑SP com a finalidade de atender as neces‑ sidades do segmento de rótulos e etiquetas autoadesivas. A aqui‑ sição dos equipamentos foi feita por licitação, vencida pela em‑ presa Etirama. As máquinas, do modelo Flexo Wine Modular 250,

A

apresentam a seguinte configura‑ ção: seis unidades de impressão, secagem com ar quente, cura por radiação UV em todas as unida‑ des, duas estações de meio cor‑ te, uma estação de corte total, barra inversora, esteira para cor‑ te em folhas, sistema de delami‑ nação e relaminação, videoinspe‑ ção, unidade de serigrafia rotativa e unidade de cold stamping. As impressoras serão usadas nos cur‑ sos regulares oferecidos pelas es‑ colas e também nos programas de formação inicial e continuada.

Participe da pesquisa Drupa 2012 e ganhe entradas para a feira

revista Tecnologia Gráfica e a Revista Abigraf, como parcei‑ ras de mídia da Drupa 2012, estão promovendo a pesquisa mundial Drupa 2012. O objetivo da Messe Düsseldorf e da Duomedia, realiza‑ doras do levantamento, é conhecer um pouco mais o visitante da feira, suas necessidades e expectativas com relação ao evento. A próxima edição da maior fei‑ ra do setor gráfico mundial aconte‑ ce entre os dias 3 e 16 de maio de 2012, na cidade de Düsseldorf, na Alemanha. A última Drupa, em 2008,

recebeu 391 mil visitantes, dos quais 7% eram sul‑americanos. Para responder à pesquisa, em inglês, basta acessar o site www. revistatecnologiagrafica.com.br e clicar no banner da pesquisa. Entre os usuários que participarem através do site da Tecnologia Gráfica, cin‑ co serão sorteados pela Duomedia para receber, gratuitamente, duas entradas para a feira mais o catálo‑ go do evento. Os resultados serão divulgados em setembro. Você tem até o dia 31 de julho para participar. Aproveite! 


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NOTÍCIAS

Conheça a programação do 15º- Congraf Mídias sociais, sustentabilidade, convergência, mercados e oportunidades são alguns dos temas de destaque na 15ª- edição do mais importante evento do setor gráfico nacional. 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Oportunidades para a Indústria Gráfica no Segmento de Embalagem, Fábio Mestriner 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 15h às 18h – Discussão sobre o plano de trabalho conjunto para divulgação das normas na América Latina

11 de outubro

8 de outubro de 2011 19 às 19h45 – Abertura oficial/composição da mesa e pronunciamento dos presidentes 19h45 às 20h45 – Palestra de Abertura: Perspectivas para um Brasil Melhor, Henrique Meirelles 21 às 23h – coquetel

9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências de Mídias ou Substituição?, Bruno Mortara

9 de outubro de 2011

12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas

9h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira

15h às 15h45 – Apresentação das atividades da ABTG Certificadora e do ONS 27 no Brasil

10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas

15h45 às 18h – Apresentação das atividades de normalização desenvolvidas pelos países participantes

10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas

9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades de Negócios, José Carlos Brunoro 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana

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10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Palestra de encerramento: A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo, Walter Longo 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 12h30 às 13h – Encerramento oficial

10 de outubro de 2011

10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas

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9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari

Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9 às 18h Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3.175, Foz do Iguaçu (PR) Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3232.4509


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Inscrições abertas! Treinamentos Criação e desenvolvimento de personagem de cartoon CorelDRAW para pré impressão PhotoShop para pré impressão Illustrator para pré impressão InDesign para pré impressão Produção gráfica digital Montagem eletrônica e operação de equipamentos Computer to Plate (CtP) Fechamento de arquivos

Pré-impressão digital para flexografia Produção gráfica Tratamento de imagens Colorimetria aplicada aos processos gráficos Densitometria aplicada aos processos gráficos Tecnologia de impressão offset Tecnologia de embalagens celulósicas Tecnologia de embalagens flexíveis Diagramação e Ilustração digital

Gerenciamento de cores Escola SENAI Theobaldo De Nigris - Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 - www.sp.senai.br/grafica


PRODUTOS

Day Brasil lança lonas Tecgraph

O

Grupo Day Brasil está tra­ zendo ao mercado a nova linha de Lonas Tecgraph, com­ posta por tecidos de po­liés­ter la­ minado com PVC, que podem ser utilizados na impressão de pai­ néis e banners de pequeno, mé­ dio e grande portes. Dis­po­ní­veis nas opções de fios de 300 × 500, 500 × 500 e 1.000 × 1.000, as lo­

A

nas são mais resistentes e com­ pa­tí­veis com todos os modelos de impressoras do mercado, po­ dendo pro­p or­c io­n ar aparência fosca ou brilhante no trabalho fi­ nal. Os ma­te­riais estão dis­p o­ní­ veis nos tamanhos 1,40, 1,52, 2,05, 2,20, 2,50 e 3,20 metros. Os rolos pos­suem 50 metros de largura. www.daybrasil.com.br

:M-Press Tiger é a novidade da Agfa para aplicações com dados variáveis

Agfa anun­ciou em maio o lan­ çamento da impressora digital jato de tinta :M-​­Press Tiger, equi­ pamento colorido com suporte ao uso de dados va­riá­veis. A :M-​­Press Tiger, que foi desenvolvida em par­ ceria com a empresa Thie­me, pos­ sui arquitetura plana (mas que pode ser adaptada para impressão sobre diferentes tipos de mídia, in­cluin­do cria­ção de fluxos híbridos em linha com impressoras serigráficas). Além disso, juntamente com a :M-​­P ress Tiger, a Agfa também anun­ciou o :Apogee Vibe, solução para ge­ren­cia­men­to e uso de dados va­riá­veis (VDP) em textos e imagens. A grande vantagem do :Apogee Vibe

A

é a possibilidade de se ge­ren­cia­rem diversos volumes de elementos va­ riá­veis sem comprometimento da produção ou da qualidade das ima­ gens — in­cluin­do opções para diver­ sos elementos em uma mesma pá­ gina de documento. Um pre­view mostra o con­teú­do dos campos va­ riá­veis e seu link com os bancos de dados usados, permitindo contro­ le vi­sual e em tempo real por parte dos operadores. A velocidade estimada pela Agfa para a :M-​­Press Tiger é de 165 folhas/hora e o formato máximo de mídia é de 1.600 × 2.600 mm. Já a gramatura pode va­r iar de 120 g/m² a 3 kg/m².

Metalgamica apresenta nova solução de fonte

Metalgamica lançou uma nova solução de fonte, a MAG 3600 Plus, que pode ser usada em impressoras offset planas e rotativas, prometendo melhorar a velocidade e a quali­ dade de impressão. A MAG 3600 Plus foi desenvolvida para au­ men­t ar a produtividade, redu­ zir a perda de papel, agilizar a limpeza das chapas e pro­p or­

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cio­nar rápido rei­ní­cio do pro­ cesso de impressão. É compatí­ vel com todos os tipos de chapas con­ven­cio­nais e CtP e pro­por­ cio­na equilíbrio su­p e­rior entre água e tinta. Sendo assim, garan­ te ­maior estabilidade da impres­ sora devido à menor quantidade de tinta que retorna aos rolos do sistema de umectação. www.metalgamica.com.br

E

Nova linha de papéis fotográficos para impressão digital

m maio, a Rayfilm lançou uma nova linha de pa­péis fotográficos para impressão a laser de mesa ou de alta produtividade. O principal di­fe­ren­cial é o revestimento es­pe­ cial que os pa­péis recebem, desen­ volvido para a per­fei­ta ancoragem do toner. O resultado é uma impres­ são com cores vivas, mais contraste, uniformidade de tons, ­maior gama cromática e durabilidade. “Nossos pa­péis atendem à crescente neces­ sidade do setor gráfico na aquisição de pa­péis es­pe­cial­men­te desenvol­ vidos para impressão digital. Des­ ta forma, é possível obter enorme agilidade na impressão de dados va­riá­veis ou de pequenas tiragens,

que seria in­viá­vel se utilizados ou­ tros métodos de impressão, como o offset”, comenta Ubirajara de Cam­ pos Escudero, diretor da Pa­r aí­s o Digital, empresa que representa e distribui ofi­cial­men­te os produtos Rayfilm no Brasil. Os pa­péis fotográficos para im­ pressão a laser da Rayfilm são pro­ duzidos em 135 a 300 g/m², nos ta­ manhos A4, A3e A3+ (super A3), com acabamento mate ou brilhante, po­ dendo ser impressos nas duas faces. Os pa­péis estão dis­po­ní­veis em pe­ quenos pacotes com 100 folhas ou em embalagens in­dus­triais com 250 ou 1.000 folhas. www.rayfilm.com.br


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Foto: Messe Düsseldorf

Interpack em sua melhor versão O gigante mercado de embalagens mostra toda sua criatividade e tecnologia na melhor edição da feira em 53 anos de existência. Materiais ambientalmente menos agressivos foram as vedetes.

N

Texto e fotos: Sandra Rosalen, especial para a Tecnologia Gráfica

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inguém sabe ao certo qual foi ou como era a pri­mei­ra embalagem da história, nem o que havia dentro e de que ma­ te­rial era fei­ta. O que se sabe é que o que chamamos hoje de embalagem é uma ­ideia tão antiga quanto o homem. Desen­ volvida a partir do desejo de transportar, guardar ou manter alimentos e objetos, a embalagem chega ao século XXI extremamente complexa, tão ­cheia de mean­dros quanto acompanhar tudo o que foi apresentado na Interpack 2011, fei­ra que aconte­ ceu na cidade de Düsseldorf, Alemanha, de 12 a 18 de maio. Voltado para todas as faces do mercado de embalagens, o evento, que foi o ­maior em seus 53 anos de existência, teve a participação de 2.700 expositores de 60 paí­ses e 166 mil visitantes. Três grandes assuntos se destacaram e foram divididos entre os 19 pavilhões. O pri­mei­ro tema, voltado para processos e equi­ pamentos para embalagens ali­men­tí­cias, de bebi­ das, produtos far­ma­cêu­ti­cos, cosméticos, bens de consumo (não alimentos) e bens in­dus­triais, contou com o ­maior número de expositores, dis­tri­buí­dos em dez pavilhões. O segundo, espalhado por qua­ tro pavilhões, tratou especificamente de processos e equipamentos para embalagens de doces e panifi­ cação. E o ter­cei­ro assunto trou­xe ma­té­rias-​­primas, ma­te­riais e métodos de produção. A fei­ra, que ocor­ re a cada três anos, apresentou também o In­no­va­ tion­parc Packaging, uma área destinada a inovações e ten­dên­cias, dividida em Simplicidade/Redução, Identificação, Estética, Saú­de e Significado.

Vale a pena lembrar que o que nós gráficos entendemos como embalagem é a ponta do iceberg dessa indústria que envolve dezenas de ou­ tras atividades econômicas. Para que a produção de uma cai­xa de ce­reais seja solicitada à gráfica, mui­to antes esse mesmo ce­real envolveu agricul­ tura, armazenamento, transporte, desenvolvimen­ to da embalagem ba­sea­da em normas específicas, um complexo estudo do processo de compra e todas as fases de transporte entre indústria, in­ter­ me­diá­rios e clien­te final. Não é um trabalho sim­ ples. O que pudemos observar na cobertura dessa fei­ra é que, além do tra­di­cio­nal processo de pro­ dução, essa ca­deia está mui­to atenta a ou­tros as­ suntos. Alguns deles são o impacto am­bien­tal da embalagem, como con­ci­liar estética com as ques­ tões de sustentabilidade, novos grupos-​­alvo e, é óbvio, como dei­xar todo o processo mais simples, já que o mundo complica-se sozinho. Mais beleza e identificação

Observar o mercado de máquinas para a indústria de embalagem e entender o que é que o produtor de tal ce­real matinal precisa na sua produção in­ terna permite prever algumas das ten­dên­cias para a indústria gráfica. Em entrevista à revista Tecnologia Gráfica, Inãki Elorza, da Ilapak do Brasil, citou que as alternati­ vas ecológicas ou re­ci­clá­veis, como, por exemplo, equipamentos que trabalhem com plásticos bio­ de­g ra­d á­veis, são demandas do mercado. Outro


produto interessante é a embalagem que junta papelão e plástico, utilizando o plástico como in­ vólucro e o papelão para sustentação. Além da melhor exposição da marca no ponto de venda, ela evita, segundo o fabricante, que o clien­te final retire o produto da embalagem e o coloque em ou­tra para armazenamento. A mesma tendência foi confirmada por An­dreas Mündnich, da KH Design. A agência alemã es­pe­cia­ li­z a­da em embalagens apresentou no In­no­va­tion­ parc Aesthetics o mesmo con­cei­to através da em­ balagem de garrafa que imita uma flor. Ou seja, se hou­ver a necessidade de uma embalagem secun­ dária que não somente informe ou transporte, mas também venda e tenha seu valor estético.

Ainda nessa direção, a didática palestra do EHI Re­tail Institute, apresentada por Hilka Bergmann, di­ retora da área de pesquisa de embalagens, mostrou alguns erros comuns no desenvolvimento das em­ balagens de transporte com relação à facilidade de identificação, abertura, armazenamento, apresen­ tação no ponto de venda e descarte. Através de fo­ tos, principalmente de pontos de venda, ficou cla­ ro como algumas embalagens não só prejudicam a vendagem do produto, como chegam a compro­ meter a imagem da marca, uma vez que as cai­xas acabam chegando estragadas ou des­truí­das. O chocante nesses exemplos é que alguns deles foram retirados de varejistas como Aldi ou Netto (redes alemãs de varejo com preços populares), nos ­quais 100% das embalagens de transporte vão para as pra­te­lei­ras. É um sinal que mostra que, mesmo com tanta informação sobre mar­ke­ting e design, mui­to ain­da pode ser melhorado.

Mais dados? A empresa alemã de pesquisa de mercado Facit divulgou que as embalagens exercem o dobro de in­f luên­cia da televisão e dos ta­bloi­des impressos na decisão de compra. Mais função

Outra tendência clara na Interpack foram as em­ balagens fun­cio­nais. Com a rápida alteração da pi­ râmide demográfica eu­ro­peia, novos mercados se formam, como idosos e ca­s ais sem filhos. A RLC Packaging ­Group apresentou, por exemplo, a cai­ xa “tortinha”, de fácil abertura e fechamento, vol­ tada especificamente para os chamados Grei­s e, grupo de in­di­ví­duos com mais de 90 anos, que só na Alemanha conta com meio milhão de pes­soas. Da mesma forma cresce o mercado de embalagens menores. Segundo o IBGE, 12,2% dos bra­si­lei­ros mo­ ram atual­men­te sozinhos e demandam porções menores — e as embalagens mudam junto.

Outro exemplo na linha de embalagens fun­ cio­nais foi desenvolvido pela Körber, o MediFalter. A cai­xa de re­mé­dios apresenta um calendário que ajuda a evitar esquecimentos e contaminação pela mistura de medicamentos.

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Mais Tecnologia

Um ponto ressaltado em vá­rias palestras e pelos ex­ positores foram os sistemas com foco na facilidade de reposição dos produtos nas lojas, como os ex­ positores de pães da Linpac. Os produtos são orga­ nizados nos expositores na própria fábrica de pães e através de um sistema de en­cai­xe são facilmente transportados até o ponto de venda. Lá são retira­ dos do caminhão e colocados diretamente na área específica do supermercado. Os expositores va­zios são levados de volta para a fábrica. O consumidor localiza facilmente os produtos e o processo de abastecimento é mui­to mais rápido. Facilidade também para o consumidor foi o foco do In­no­va­tion­parc. A STI ­Group levou um produto específico para lojas de con­ve­niên­cia. É um carri­ nho fei­to de papelão micro-​­ondulado e dentro dele há um “kit torcedor”, com uma banqueta dobrável também produzida em papelão, latas de cerveja e kit para churrasco. Tudo bem simples e fácil.

Segundo a palestra da GS1-Alemanha apresenta­ da por Ilka Machemer, gerente sê­nior de projetos, 20% dos alemães utilizam smartphones. Esse gru­ po concentra pes­soas na fai­xa de 20 a 39 anos que são na maio­ria sol­tei­ros, estudantes, e usam bas­ tante a internet. A ferramenta desenvolvida pela GS1 fun­cio­na como uma extensão da embalagem e tem com alvo esse grupo. O consumidor vê um produto interessante na gôndola e quer saber mais informações. Através do lei­tor de código de barras que vem incorporado na maio­ria dos smartphones, o clien­te lê o código de barras (pode ser um bi­di­ men­sio­nal também) e é di­re­cio­na­do para um site com con­teú­do adi­cio­nal.

Foto: Messe Düsseldorf

Mais facilidade

Mais colaboração

Uma das ini­cia­ti­vas mais interessantes que encon­ tramos na Interpack foi um trabalho rea­li­z a­do em parceria pela Wipak, gigante finlandesa de embala­ gens, e a Universidade de Ciên­cias Aplicadas de Han­ nover. Estudantes de Portugal, Alemanha, Estônia e Índia ajudaram a desenvolver embalagens com foco em sustentabilidade e frescor. As propostas foram mui­to interessantes e mostram como o trabalho colaborativo gera bons resultados e normalmente as melhores ­ideias são as mais simples.

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Já a Van Genechten Packaging Company mos­ trou seus desenvolvimentos para rea­li­da­de au­men­ ta­da. A cai­xi­nha na imagem é po­si­cio­na­da em frente à câmera do computador e jogos interativos apa­ recem. Na imagem vemos um jogo onde o carri­ nho é movimentado entre obstáculos através da movimentação da embalagem. Inclusive, essa embalagem desenvolvida pela Agência Monalisa é também um das ten­dên­cias apresentadas na Interpack 2011. A proposta foi qua­ se um exagero, mostrando todos os con­cei­tos em voga em uma única cai­xa de granulado de chocola­ te (comum no café da manhã de holandeses e bel­ gas). A embalagem incorpora informações sobre


plantio orgânico do cacau, co­mer­cia­li­za­ção fair trade, teor de açúcar, utilização de cartão ecologica­ mente correto, de plástico bio­de­gra­dá­vel, impres­ são am­bien­tal­men­te correta e bai­xo consumo de energia no processo. Ufa! No cenário da indústria de alimentos não po­ dia faltar a discussão sobre tintas de bai­xa migra­ ção. Em entrevista para a Tecnologia Gráfica, Bob Green­sal­de, gerente de produto de tintas de bai­xa migração da Sun Chemical apresentou o Guia de Boas Práticas, lançado na Interpack. Trata-se de um ma­te­rial bem elaborado com explicações detalha­ das sobre o assunto migração de tinta, práticas fa­ bris, check lists e um ro­tei­ro para tomada de decisão sobre qual tinta usar em cada necessidade. Mundo Bio/Eco

Bio e eco. Nenhuma ou­tra expressão foi tão usa­ da quando o assunto era tendência ou lançamen­ tos. Segundo a Messe Düsseldorf, a área ocupada na Interpack para o bio­plás­ti­co, por exemplo, foi de 250 m2 em 2005 e, agora em 2011, foi de cerca de 2.000 m2. Entre tantas novidades, duas soluções foram as vedetes da fei­ra: o PLA e o PE Verde.

Capa da revista alemã Six Pack, voltada para o mercado de embalagens, o novo pote do iogurte Activia da Danone foi mui­to comentado na fei­ra. Produzido com a parceria técnica da WWF, ele é fei­to a partir do milho. Apesar das polêmicas en­ volvendo a questão “milho é comida e não emba­ lagem” e da impossibilidade temporária de reci­ clagem por conta do bai­xo volume, o produto é um marco na produção de embalagens fei­tas de fontes re­no­vá­veis. A segunda estrela, o PE Verde, rendeu um inte­ ressante bate-​­papo com Rodrigo Belloli, responsá­ vel pelo mar­ke­ting de químicos verdes da Braskem. “O Po­lie­ti­le­no Verde é um bio­po­lí­me­ro que tem as mesmas pro­prie­da­des e características técnicas de um po­lie­ti­le­no con­ven­cio­nal, só que com a grande vantagem de ter como fonte a cana-de-​­açúcar bra­si­ lei­ra, que é reconhecida no mundo como uma fon­ te sustentável, com aspectos am­bien­tais fa­vo­rá­veis e uma pegada de carbono mui­to bai­xa. Tudo isso que está as­so­cia­do à cana-de-​­açúcar acaba sendo transmitido para o po­lie­ti­le­no verde”. Rodrigo ressaltou ain­d a que o PE Verde é a mesma molécula de um po­lie­ti­le­no con­ven­cio­nal,

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O otimismo quanto aos bio­po­lí­me­ros ficou cla­ ro também na entrevista com Hasso Von Pogrell, diretor da As­so­cia­ção Eu­ro­peia de Bio­plás­ti­cos. Ele afirmou que a tendência, cedo ou tarde, é a migra­ ção para esses ma­te­riais, pois as fontes fós­seis vão se esgotar de qualquer forma e tendem a ficar cada vez mais caras. “Mui­tas empresas estão dei­xan­do a visão de custo para trás e pensando agora a partir do olhar da sustentabilidade”, disse o executivo ci­ tando o caso da Danone, quando perguntado sobre a questão do custo ain­da alto dos bio­plás­ti­cos. Save Food

Com o apelo save food em seu nome, um evento paralelo à Interpack chamou a atenção para um problema que envolve diretamente o mundo da embalagem.

Foto: Messe Düsseldorf

portanto tem as mesmas pro­prie­da­des técnicas e atinge o mesmo nível de aplicação. Isso significa que ele substitui o PE con­ven­cio­nal sem nenhum ajuste de maquinário ou de processo e descarte, o que não acontece com o PLA ou ou­tros bio­po­lí­me­ ros que não podem ser reciclados em combinação com ou­tros ma­te­riais.

Um estudo desenvolvido pela FAO (Food and Agriculture Or­ga­ni­z a­tion of the United Na­tions) e o SIK (Swedish Institute for Food and Bio­tech­no­ logy) mostra que um terço de todo o alimento pro­ duzido no mundo é jogado fora, ou seja, 1,3 bilhão de toneladas por ano. Os números são estarrecedo­ res e indicam que os paí­ses in­dus­tria­li­z a­dos jogam mais comida fora (de 95 a 115 kg por ano) que os paí­ses em desenvolvimento (de 6 a 11 kg por ano). As cau­s as são bastante diferentes e foram dividi­ das em cinco partes: agricultura, armazenamento, processamento, dis­tri­bui­ção e consumo. Conclusão

Começamos essa matéria falando de complexidade e terminamos com o mesmo tema. Ninguém discu­ te o futuro da embalagem e sua importância eco­ nômica e so­cial. O que se discute com mais afinco nos últimos anos é o papel cultural da embalagem e seus impactos. Utilizar ma­te­riais que agridam me­ nos o meio am­bien­te ou soluções que demandem menos matéria-​­prima, preo­cu­par-se com os méto­ dos de produção, com o antes e de­pois da conver­ são e observar sempre a qualidade do que se faz foram as tônicas da Interpack. E, segundo a Messe Düsseldorf, serão também as prin­ci­pais questões na Drupa, em maio de 2012. Finalizamos com a ótima colocação de Lu­cia­na Pellegrino, diretora executiva da As­so­cia­ção Bra­si­ lei­ra de Embalagem (Abre), em entrevista à Tecnologia Gráfica durante a fei­ra: “O desenvolvimento de uma embalagem e o cui­da­do que se tem nesse pro­ cesso reflete o desenvolvimento de um país”. Sandra Rosalen é técnica gráfica formada

pela Escola Senai Theobaldo De Nigris e administradora de empresas. Atualmente está estudando na Alemanha.

Revista Tecnologia Gráfica na internet. Saiba mais sobre os conteúdos abordados nesta matéria no site da revista. www.revistatecnologiagrafica.com.br

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O FUTURO ESTÁ LOGO ALI, CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE. 8 a 11 de outubro de 2011

ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles

Palestra de Abertura: Perspectivas para um Brasil melhor

Lala Deheinzelin

Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros

Sidnei Oliveira

O Perfil do Novo Consumidor - Geração Y

José Carlos Brunoro

Copa do Mundo e Olimpiadas Oportunidades nos Negócios

Mariela Castro

O Poder das Mídias Sociais para os Negócios

Flavio Botana

Hamilton O Futuro da Gráfica e a Construção Terni Costa de Valor nas Relações Comerciais

Bruno Mortara

Walter Longo

Tendências Tecnológicas - Convergências de Mídias ou Susbtituição?

Palestra de Encerramento: A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo

Planejamento de Investimentos: Estruturando o seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável

Cesar Callegari

Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento

Oportunidades para a Indústria Gráfica

Fabio Mestriner no Segmento de Embalagem

A 15º edição do Congraf vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.

Não perca a opor tunidade de fazer par te do futuro. Patrocínio Diamante:

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ESPECIAL Tânia Galluzzi

Momento econômico positivo favorece impressão digital A Digital Image movimentou cerca de R$ 80 milhões e projeta mais R$ 150 milhões no pós‑feira.

N

o pe­río­do de 27 a 30 de abril, a Digital Ima­ ge ­South America, rea­li­z a­da no Expo Cen­ ter Norte, em São Pau­lo, recebeu 10.172 vi­ sitantes interessados em conhecer as novidades nas ­­áreas de impressão digital para dados va­riá­veis, grandes formatos, mar­ke­ting direto, comunicação dirigida e comunicação vi­sual. A fei­ra contou com 59 expositores e mostrou a maturidade do gráfi­ co com relação à tecnologia digital, não mais en­ tendida como um concorrente e sim como um complemento aos ou­tros processos de impressão, sobretudo o offset.

configuração plana ou rolo a rolo e qualidade foto­ gráfica. O equipamento conta com largura máxima de 3,20 metros, resolução de 600 até 1.000 dpi, ve­ locidade de 223 m²/hora com alimentação contí­ nua e possibilidade de trabalhar com dois rolos de 152,40 cm si­mul­ta­nea­men­te.

Conheça a seguir as prin­ci­pais atrações da fei­r a

Diginove

Entre as vá­rias tec­no­lo­gias expostas estava o novo modelo da linha :Anapurna, a M1600, impressora digital inkjet UV de grande formato, que suporta largura máxima de 1,58 m e velocidade de 46 m²/h. O equipamento, focado em substratos rígidos, acei­ ta substratos com espessura de até 4,5 cm. A op­ ção de tinta branca abre novas possibilidades de impressão em ma­te­riais transparentes.

No estande da Diginove os visitantes encontraram vá­rias soluções das marcas Duplo e Morgana, como vin­ca­dei­ras, do­bra­dei­ras, cor­ta­dei­ras e al­cea­dei­ras. Mas, o que mais ­atraiu a atenção foi um pequeno sistema de hot stamping para pequenas tiragens. Ma­nual, tem tamanho máximo de 32 cm de lar­ gura e comprimento de até 120 m. Dispensando o uso de clichê, o processo de adesão do filme é fei­ to através de calor e pressão, sendo que a película adere apenas nas ­­áreas pre­via­men­te impressas com toner. A transferência acontece em 40 segundos em impressos no formato A4.

Alphaprint

Fujifilm Sericol

A empresa levou para o evento itens de todas as suas linhas, in­cluin­do soft­wares para gestão e solu­ ções em pré-​­impressão, impressão digital, comuni­ cação vi­sual, acabamento e con­su­mí­veis. Um dos destaques foi a Vutek GS 3200, impressora UV com

No estande da Fujifilm, que incorporou a fabri­ cante de tintas Sericol, reforçando sua atua­ção na área de grandes formatos, o destaque foi a impres­ sora digital Spyder 320, da inglesa Inca. Otimiza­ da para o uso das tintas UVijet da Fujifilm Sericol,

Agfa

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com impressões em até 80 ppm, com gramatura até 350 g/m² e impressões duplex em até 300 g/m². Seu volume máximo mensal chega a 600 mil im­ pressões, com formato máximo de 13 × 19 cm. A mul­ti­f un­cio­nal possui ain­da um controlador de impressão externo ­Fiery, IC-​­306 . Vá­rias opções de acabamento podem ser utilizadas, como unidade de produção de livretos, finalizador para encader­ nação e unidade de empilhamento. o equipamento traz cabeçote de impressão com acio­na­men­to por motores li­nea­res e suspensão em colchão de ar. A impressora trabalha com mí­dias rígidas e fle­xí­veis, com área máxima de impressão de 3,20 × 1,60 m e velocidade máxima de 130 m²/h na produção de pôsteres.

T&C/Epson/Screen O destaque da T&C, representante da Dai­nip­pon Ricoh

A Ricoh apresentou a nova impressora/mul­ti­f un­ cio­nal Pro C901 Graphic Arts Edi­tion. Com alimen­ tação e acabamento integrado, o sistema imprime à velocidade nominal de 90 páginas A4 por minu­ to em papel até 300 g/m² em modo duplex, full color. Adequada à produção de livros, folhetos, malas diretas e mesmo para reprografia, a máquina con­ ta com algumas opções de servidores de impres­ são para a gestão do fluxo de trabalho, como o EFI E-41 ­Fiery Server e o E-81. A Pro C901 é o equipa­ mento que dá início à parceria estabelecida entre a Ricoh e a Hei­del­berg. Konica Minolta

A empresa apresentou pela pri­mei­ra vez no Brasil a mul­ti­fun­cio­nal bizhub Press C8000. A impressora digital de alto volume suporta pa­péis diferenciados

S­ creen, foi a impressora offset digital True­press 344N, que oferece bai­xo custo de produção para pequenas tiragens. Acei­ta formatos de papel de até 340 × 470 mm, imprimindo a uma velocidade de 7.000 folhas/hora. O sistema de gravação da ­Screen utiliza um dio­do laser multi array para expor to­ das as quatro chapas térmicas sem processamen­ to ao mesmo tempo. Com startup rápido, a True­ press 344N permite ini­ciar um trabalho em menos de oito minutos, com a pri­mei­ra folha pronta para a produção. Já da linha Epson, a empresa apresen­ tou o novo CtP Stylus Pro 7900, equipamento que introduz a Epson no mercado de gravação digital de chapas de alumínio DirectPlate, permitindo que se atinjam altas resoluções de imagens e impressos com tiragens de até 20 mil unidades.

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NORMALIZAÇÃO

AGB Photo Library

Heidi Tolliver-​­Nigro

D

Um olhar sobre as certificações de sustentabilidade

o ponto de vista do editor e do homem de compras, trabalhar com uma gráfica am­b ien­t al­men­te certificada simplifica mui­to o processo de tornar o seu produto um impresso “verde”. Não apenas o ciclo de vida do papel é garantido, mas todo o processo de impressão. Para as gráficas, no entanto, a decisão de certificar-se pode não ser tão clara quanto para um clien­te. Os custos podem ser elevados e o processo requer um investimento de tempo significativo e permanente. Embora a certificação possa am­pliar

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as ofertas de trabalho, o retorno dos investimentos desses programas pode ser incerto. Algumas gráficas também estão desenvolvendo seus pró­prios programas de sustentabilidade, independentes das organizações ofi­ciais de certificação. Informações básicas sobre certificação ambiental

Existem dezenas de certificações ba­sea­das em padrões reconhecidos na­cio­nal ou in­ter­na­cio­nal­men­ te que abrangem todos os aspectos do processo de impressão, desde a fabricação de papel até a


impressão, encadernação e acabamento. Algumas das certificações mais conhecidas, porém, são relativas somente ao papel. Cada sistema de certificação de papel usa padrões um pou­co diferentes, abrange diferentes aspectos da ca­deia de custódia e requer diferentes porcentagens de teor de fibras certificadas para fornecer um selo indicando a certificação do produto final. Entre os programas de certificação de papel, o mais conhecido é o Forest Stewardship Coun­ cil (FSC), cria­do por uma organização in­ter­na­cio­ nal não governamental e pela Sus­tai­na­ble Forestry Ini­tia­ti­ve (SFI), que cui­da das florestas da América do Norte. O Programme for the Endorsement of Forest Cer­ti­f i­ca­tion [Programa para Reconhecimento de Certificação Florestal] (PEFC), conduzido por uma organização in­ter­na­cio­nal que reconhece uma va­rie­da­de de sistemas de certificação na­cio­nais e re­gio­nais das florestas, também é bem estabelecido e conhecido. O fabricante e a certificação de papel

Ao procurar projetos de certificação am­bien­tal, um editor ou comprador da indústria gráfica pode buscar apenas por papel certificado (pelo SFI ou pelo FSC) ou exigir que a gráfica em si também seja certificada. Gráficas com certificações am­bien­tais (SFI ou FSC) foram submetidas a uma ava­lia­ção da ca­ deia de custódia, desde as compras de papel até o ge­ren­cia­men­to de re­sí­duos. Para as gráficas, o custo da obtenção de uma certificação na fábrica pode chegar à casa das dezenas de milhares de dólares. A ­maior parte dessa despesa refere-se ao pagamento das empresas de au­di­to­r ia e o custo final é determinado pelo tempo que os au­di­to­res gastam com: ◆◆Reu­niões preliminares e preparação geral ◆◆Reu­niões de pré-​­au­di­to­ria e preparação ◆◆Preparação de documentos e coleta de ma­te­riais ◆◆Visitas à empresa ◆◆Trabalho pós-​­au­di­to­ria ◆◆Análise de relatório e respostas. Além dessas despesas, a gráfica vai se deparar com custos menos ób­vios, como ter toda a equipe dedicando tempo e atenção ao processo de certificação. Gráficas, editores e clien­tes podem comprar papel am­bien­tal­men­te certificado mesmo que a gráfica não seja certificada. Nesse caso, no entanto, o selo da certificação não poderá ser impresso no produto final (folheto, revista, livro). Uma gráfica certificada pelo SFI pode comprar o papel e usar o selo do SFI.

Requisitos para certificação

Como exemplo do que é necessário para se obter uma certificação, aqui estão alguns dos requisitos básicos para os fabricantes durante a produção de papel certificado pelo FSC. A certificação exige: ◆◆Não alterar florestas ou qualquer ou­tro habitat natural ◆◆Res­p ei­t ar os di­rei­tos in­ter­na­cio­nais dos trabalhadores ◆◆Não utilizar produtos químicos perigosos ◆◆Res­p ei­t ar os di­rei­tos humanos, com es­pe­cial atenção aos povos indígenas ◆◆Res­p ei­t ar todas as leis apli­c á­veis ◆◆Identificar e fazer a gestão adequada das ­­áreas que necessitam de proteção es­pe­cial (in­cluin­do lo­cais de interesse cultural ou sagrado e habitats de ani­mais ou plantas em extinção). Apesar de o FSC afirmar que tem as exi­gên­cias mais rigorosas, ou­tras certificações oferecem proteções similares. Assim, adquirir um papel com uma certificação am­bien­t al significa que o papel foi produzido com fibra obtida legalmente a partir de ma­dei­ra pro­ve­nien­te de florestas bem manejadas e colhida por meio de práticas sus­ten­tá­veis de gestão florestal. O processo de certificação para uma gráfica é mais abrangente. Para obter o selo Sus­t ai­na­ble ­Green Print Partnership, por exemplo, a empresa deve atender a requisitos for­mais relativos a: ◆◆Uso de práticas sus­ten­t á­veis, in­cluin­do o cumprimento de toda a regulamentação ◆◆Manutenção de uma política de sustentabilidade ◆◆Manutenção de um sistema de gestão da sustentabilidade ◆◆Adoção das melhores práticas para design, pesquisa responsável de ma­te­rial, gestão e sistema de controle para reportar o progresso e adequação. Seja qual for a escolhida, as certificações são fei­tas para uma fábrica e empresas com múltiplas plantas devem submeter cada unidade à ava­lia­ção, de forma independente. Normalmente, também há processos separados de certificação para encadernação, acabamentos di­fe­ren­cia­dos e para envelopes. Para conseguir uma certificação am­bien­tal é preciso passar por uma au­di­to­ria rea­li­za­da por um profissional qualificado, sendo válida por um pe­río­do limitado de tempo, geralmente dois anos. Um processo de certificação pode também in­cluir ou­tros requisitos. No caso do SGP, as gráficas certificadas VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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devem apresentar um relatório de progresso ­anual e comprometer-se com pelo menos um projeto de melhoria contínua a cada ano. As taxas das vá­rias certificações va­riam mui­to. Para obter a certificação do SGP os ho­no­rá­rios e as despesas in­cluem (em dólares): ◆◆Taxa de inscrição (de $ 295 a $ 595) ◆◆Taxa básica de fiscalização ($ 1.500) ◆◆Despesas de via­gem do au­di­tor ◆◆Relatório de Ações Corretivas (CAR) (de $ 75 a $ 100 por hora); ◆◆Taxa de renovação a ­ nual (de $ 250 a $ 400). As taxas são geralmente mais bai­xas para as gráficas que detêm participações em as­so­cia­ções da indústria, como Printing In­dus­tries of America, Flexographic Technical As­so­cia­tion e Spe­cialty Graphic Imaging As­so­cia­tion. Os benefícios da certificação

O fato de determinada certificação am­bien­tal valer o tempo e o di­nhei­ro ne­ces­sá­rios para adquirila, isso vai depender das pre­fe­rên­cias e demandas dos prin­ci­pais clien­tes da gráfica, bem como das pre­fe­rên­cias filosóficas dos pro­prie­tá­rios da gráfica. Marqueteiros e grandes contas corporativas, em es­ pe­cial, veem a certificação como parte de sua imagem corporativa ou imagem da marca, mas mesmo pequenas gráficas com clien­tes menores também optam por fazer esse investimento. Bai­xar uma lista de gráficas certificadas pelo SFI é como ler um lista de “Quem é Quem” da indústria gráfica. Na lista mais recente do site da SFI, há cerca de 3.000 gráficas com empresas que va­riam de pequenas e localizadas, como a Bea­con Printing (em Waldorf, Maryland, nos Estados Unidos), até grandes empresas com vá­rias fábricas, como a Que­be­cor World, a RR Donnelley, e a xpedx. A Lightning Sour­ce Inc. (LSI), empresa de grande porte na área de impressão sob demanda, localizada em LaVergne, Tennessee (EUA), está entre as empresas que mais fizeram investimentos em certificação am­bien­tal: a empresa possui os selos FSC, SFI e PEFC . Em ja­nei­ro de 2011, a LSI en­viou um e-​ ­mail para seus clien­tes, informando-os sobre o status da sua certificação de Ca­deia de Custódia (CoC). O link dirigia o lei­tor a uma página que descrevia como o modelo de impressão sob demanda da LSI beneficia o meio am­bien­te através da redução de re­sí­duos de papel, desperdício de energia, emissões de gás de efei­to de estufa, polpa e lotação de aterros, es­pe­cial­men­te devido à redução de estoques de produtos prontos des­ne­ces­sá­rios. A página 26 TECNOLOGIA GRÁFICA

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também destacava o processo de aquisição da Ca­ deia de Custódia e como a certificação está re­la­cio­ na­da a um ­maior comprometimento da companhia com o meio am­bien­te. Além disso, cada uma das três prin­ci­pais certificações de papel são descritas e os lei­to­res eram convidados a fazer o down­load de có­pias dos certificados da LSI. Certificação para gráficas menores

Mesmo as gráficas menores investem em certificações am­bien­tais. E da mesma forma que as empresas grandes, elas trilham esse caminho mui­tas vezes a pedido de clien­tes específicos. Uma vez certificadas, essas empresas podem optar por manter a certificação como parte de um compromisso am­ bien­tal mais amplo. As gráficas irmãs Gerardi Press e DigitalXPress (em Rockaway, New Jersey, EUA) se enquadram nessa categoria. A Gerardi Press obteve a certificação FSC há dois anos em resposta à demanda dos clien­tes. “[O investimento no setor offset] foi motivado diretamente por clien­tes grandes que estavam abraçando a ini­cia­ti­va verde”, disse o gerente David Mar­f ie­wicz. “A certificação foi necessária até mesmo para orçar os projetos. Isso foi o que nos levou a aderir à certificação. Uma vez aprovados, nós usamos a nossa certificação como ou­tro ponto positivo a ser divulgado para nossos clien­ tes. A certificação do setor digital é menos voltada para o clien­te”, afirmou Mar­f ie­wicz, “mas achamos que isso vai se transformar em uma necessidade à medida que os clien­tes pedirem tiragens maio­res e com con­teú­do mais relevante”. Outros pro­prie­tá­rios de gráficas acreditam que as certificações devem ser motivadas por algo mais do que a possibilidade de am­pliar as vendas ou satisfazer determinados clien­tes. “A adoção de práticas de sustentabilidade deve ser fei­ta por ser a coi­sa certa, e não para ganhar uma licitação”, ressaltou Jim Branch, vice-​­presidente de desenvolvimento de ne­ gó­cios na Pre­ci­sion Services ­Group (Orange Coun­ty, Califórnia, EUA). A empresa é certificada pela Rain­ fo­rest Al­lian­ce e pelo Forest Stewardship Coun­cil. Branch acredita que “fazer a coi­sa certa” também é uma decisão ra­cio­nal para os ne­gó­cios. “Quan­do os clien­tes podem escolher, a maio­ria opta por uma empresa com essa mentalidade”. Branch crê que, assim como grupos como o FSC e FSI foram bem sucedidos ao apontar que o papel pode ser uma opção sustentável, a certificação das gráficas também irá se tornar mais importante. “O que destaca uma empresa em relação aos concorrentes


do mercado é poder mostrar a seus clien­tes po­ten­ ciais que ela tem uma ini­cia­ti­v a ecológica abrangente ao longo de todo o processo de produção”. Compromisso sem certificação

Enquanto alguns duvidam que clien­tes prefiram dar ­apoio a um negócio comprometido com a sustentabilidade am­bien­tal, uma companhia não precisa ne­ ces­sa­ria­men­te ter um certificado am­bien­tal para ter um compromisso com a sustentabilidade. Na verdade, uma certificação pode real­men­te prejudicar os ne­gó­cios da gráfica se a obtenção do selo representar uma restrição severa nos recursos da empresa. “A certificação FSC/SFI significa mui­to menos agora do que há três ou quatro anos”, observou Mic­ key Gulley, chefe de operações da RGI , em Atlanta (EUA), que mantém as duas certificações. “Agora tantos pa­péis vêm de florestas manejadas que os clien­tes se interessam menos em colocar um selo em seus produtos. Con­ti­nua­mos mantendo nossas certificações, e elas nos tornam aptos para trabalhos para os ­quais não se­ría­mos ele­gí­veis sem elas, mas esse número está di­mi­nuin­do. Do ponto de vista da marca, acho que um programa forte e global de sustentabilidade, registros e divulgação são mui­to mais eficazes do que um monte de selos”. Joe Hill, gerente geral da The Dot Printer (de Las Vegas, EUA), acrescentou: “Nós nos tornamos certificados pelo FSC há dois anos, devido aos pedido de alguns clien­tes, principalmente os clien­tes das ­­áreas de jogos e da hotelaria, que queriam mostrar a ­ideia de uma cons­ciên­cia verde vinculada à identidade da empresa para seus clien­tes glo­bais. No entanto, à medida que eles perceberam atrasos na aprovação

dos ma­te­riais (provas), o objetivo mudou de pou­ par o meio am­bien­te para pou­par di­nhei­ro e a necessidade do selo desapareceu”. A demora ocorre por cau­sa da verificação que pode ser exigida para trabalhos com certificação am­ bien­tal. O FSC, o ­maior e mais conhecido órgão de certificação, por exemplo, exige que todas as provas sejam por ele ava­lia­das antes de serem submetidas ao clien­te. Gráficas dizem que esta etapa adi­ cio­nal de verificação e revisão pode au­men­tar em 24 horas ou mais o processo de aprovação. Segundo Hill, entre a cons­ciên­cia crescente sobre o uso de pa­péis certificados am­bien­tal­men­te e o au­men­ to no gasto e tempo ne­ces­sá­rios para con­cluir um trabalho, a empresa foi solicitada a produzir apenas um único trabalho FSC no ano passado. Nosso ponto de vista

O debate sobre certificações am­bien­tais representa o momento que as empresas estão vivendo e é provável que esse cenário mude em um futuro próximo. Nos pri­mei­ros anos de implantação das certificações, quando as ini­cia­ti­vas para sustentabilidade eram menos comuns, os selos de certificações am­bien­tais davam mui­to destaque a uma empresa. À medida que mais empresas assumiram a ban­dei­ra verde, mais gráficas estão se envolvendo e ganhando ­maior visibilidade. Mui­tos dos que adotaram as práticas “verdes” logo no início desenvolveram programas concretos. Seu sucesso incentivará gráficas menos comprometidas filosoficamente. Conforme o tempo passa, as editoras e os compradores de produtos grá­ fi­cios terão ­maior dificuldade para escolher dentre os diferentes programas de sustenTabela de Preços da tabilidade. Nesse contexto, as certiSustainable Green Printing Partnership ficações independentes podem se Membro de Taxa de Taxa básica Taxa por tornar mais importantes. associações inscrição de auditoria* hora Gráficas interessadas em prograPrinting Industries mas de certificações am­bien­tais preof America (PIA) cisam saber quanta importância seus Flexographic Technical clien­tes dão para programas for­mais Association (FTA) US$ 295 US$ 1.500 US$ 75 de sustentabilidade. Elas precisam National Association of Printing Ink cons­cien­ti­z ar os clien­tes de que é Manufacturers (NAPIM) possível garantir a sustentabilidade Envelope Manufacturers am­bien­tal utilizando ma­té­rias-​­primas Association (EMA) US$ 450 US$ 1.750 US$ 100 certificadas. Mesmo que a empresa Foil & Specialty Effects Association (FSEA) se recuse a investir em um prograEmpresas que ma formal de certificação, ela deve US$ 595 US$ 3.000 US$ 150 não são membros trabalhar com algum tipo de proje*Não inclui as despesas de viagem do auditor, que devem ser adicionadas à taxa básica to para sustentabilidade e informar de auditoria. seus clien­tes sobre estes esforços. Fonte: Sustainable Green Printing Partnership VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Editoras e compradores do mercado gráfico devem reconhecer que as certificações am­bien­tais são uma ma­nei­ra útil de di­mi­nuir a confusão e simplificar o caminho rumo à responsabilidade am­bien­ tal. Mas precisam estar dispostos a olhar as gráficas não certificadas com seus pró­prios programas independentes de sustentabilidade, com foco em gráficas que acompanham seus processos e mantêm registros de seu progresso. Quem optar por trabalhar com empresas que não contam com um programa de sustentabilidade deve considerar o uso de con­su­mí­veis certificados. Discute-se ain­da se a pegada de carbono é sempre in­fe­rior à de ou­ tros con­su­mí­veis, mas a fibra utilizada para ­criar o papel é colhida de forma responsável e o processo produtivo é responsável também. Olhando além dos selos

Um número crescente de vozes está pedindo cau­ te­la quanto à simplificação de decisões am­bien­tais, fei­tas com base apenas nas certificações. Isso porque mui­tas certificações abrangem apenas uma fatia do processo. Um exame de todo o ciclo de vida útil de um produto pode evi­den­ciar que alguns produtos não certificados ou com certificações am­bien­ tais menos conhecidas acabam dei­xan­do, de fato, pegadas am­bien­tais menores. Phil Rie­bel, consultor am­bien­tal para a indústria de celulose e papel, argumenta que os pa­péis certificados pelo Forest Stewardship Coun­cil (FSC) são 28 TECNOLOGIA GRÁFICA

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altamente promovidos como a escolha ecologicamente correta, mas que o ge­ren­cia­men­to da fábrica de papel também deve ser levado em consideração (o que a certificação FSC não faz). Segundo Rie­bel, deve-se considerar caso a caso, levando em conta que todo o ciclo de produção tem um grande impacto am­bien­tal, para con­cluir se real­men­te o produto certificado pelo FSC é a melhor escolha. Em uma publicação recente no blog da Risi, provedora de informações para a indústria mun­dial de produtos flo­res­tais, Rie­bel fez a seguinte afirmação: “Pa­péis com fibra reciclada e/ou certificada pelo FSC podem ter o dobro da pegada de carbono de um papel fei­to de ma­dei­ra ou certificado pelo SFI/ PEFC, apenas por não utilizarem com­bus­tí­veis fós­ seis e energia comprada. Eles também podem ser produzidos em fábricas que têm ‘desempenho am­ bien­tal’ abai­xo da média, em comparação com as melhores práticas da indústria. Por exemplo, uma fábrica de celulose de-​­inked [celulose fei­ta com papel impresso de modo analógico ou digital do qual se retira a tinta], produzindo a partir de papel reciclado, pode estar depositando todos os seus re­ sí­duos sólidos em aterro se não for equipada com a tecnologia de cal­dei­ra adequada para quei­mar sólidos re­si­duais do processo de de-​­inking de forma a gerar energia, ou se a fábrica não tiver uma alternativa de eliminação de re­sí­duos”. Essas fábricas podem ter custos significativamente mais elevados e maio­res impactos am­bien­ tais devido à manutenção de aterros, em relação a uma fábrica moderna que trabalhe com derivados de ma­dei­ra e reu­ti­li­ze a maio­ria de seus re­sí­duos sólidos. Esses problemas de “desempenho am­bien­tal” podem também se aplicar a ou­tros parâmetros, tais como qualidade das águas re­si­duais e emissões de gases de efei­to estufa, para citar alguns. Essa questão do ciclo de produção vai além do papel. Há mui­t as in­dús­t rias aplicando selos am­ bien­tais em diferentes produtos com a esperança de que isso au­men­te suas vendas. A preo­cu­pa­ção é que, ao acei­tar um selo como garantia su­f i­cien­te do impacto am­bien­tal de um produto, a indústria pode estar observando o cenário de forma mui­ to genérica e esquecendo ou­t ras opções, igualmente positivas. Selos e certificações são ­úteis para tomar decisões ge­r ais, mas não são os únicos fatores a serem considerados. Eles são apenas um ponto de partida. Tradução autorizada do The Seybold Report,

volume 11, número 3, 7 de fevereiro de 2011.


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IMPRESSÃO

Ricardo Cuenca

Será que curou?

E

stamos assistindo a uma grande mudança no cenário gráfico mun­dial com a otimi­ zação dos processos de produção, alia­da a uma crescente preo­cu­pa­ção am­bien­tal. Na impressão offset, por exemplo, hou­ ve uma redução significativa da porcentagem dos ­óleos mi­ne­rais presentes nas tintas e um au­men­to do uso de ­óleos ve­ge­tais, cuja fonte de produção é renovável e ecologicamente correta. Vamos relembrar. As tintas utilizadas em impres­ são gráfica são cons­ti­tuí­das basicamente por resi­ nas, pigmentos, solventes e aditivos. O solvente é responsável pela solubilização das resinas. Estas têm a função de envolver os pigmentos, transportá-​­los pelo sistema de tintagem e fixá-​­los permanente­ mente no substrato, na forma de uma película uni­ forme. A secagem dessa película de tinta pode ser por evaporação ou absorção dos solventes, ou por polimerização (oxidopolimerização, quando o agen­ te é o ar, ou cura instantânea, quando são usadas

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tintas ou vernizes UV). A utilização de tintas e verni­ zes ul­tra­vio­le­ta tem crescido bastante e neste artigo vamos nos aprofundar nesse assunto. Entende-se por cura UV a conversão instantâ­ nea de um líquido rea­ti­vo em uma camada sóli­ da com o uso de ra­dia­ção ul­tra­vio­le­ta. Essa rea­ção química acontece quando uma substância — o fo­ toi­ni­cia­dor — presente na formulação da tinta ab­ sorve a energia emitida pela lâmpada UV, gerando ra­di­cais livres. Estes ini­ciam a polimerização, resul­ tando em uma camada sólida em pou­cos segun­ dos. Para a polimerização das camadas aplicadas sobre os substratos é utilizada uma unidade de cura geradora de ra­dia­ç ão UV na fai­x a de 200 a 400 nanômetros (nm). A tecnologia de cura UV vem sendo bastante uti­ lizada como uma alternativa para a preservação do meio am­bien­te, por se tratar de um sistema livre de emissão de compostos orgânicos vo­lá­teis (VOC). Es­ sas formulações são 100% sólidas, ou seja, durante


o processo de cura da película impressa não emi­ tem nenhum solvente para a atmosfera. Além dis­ so, consegue-se uma economia considerável devido à sua alta produtividade, alta qualidade do ma­te­ rial de impressão curado, bai­xos índices de refugos e grande versatilidade de formulações, tanto para sistemas pigmentados (tintas de impressão) quanto para sistemas transparentes (vernizes). Para alcançar o máximo apro­vei­ta­men­to da tec­ nologia UV é necessário observar alguns parâme­ tros que in­f luen­ciam diretamente o processo e a velocidade de cura: Tipo de refletor UV

Existem dois tipos de refletores na unidade de cura UV: elípticos e parabólicos. Os refletores elípticos são os mais utilizados. Seu foco preciso concentra a ra­dia­ção em um ponto, au­men­tan­do deste modo a velocidade de cura. Especificação da lâmpada UV O fabricante de lâmpadas UV especifica a potência

aplicada e dis­tri­buí­da por todo o corpo da lâmpada e indica o espectro de emissão no qual ela atua para atender a necessidade de cura dos revestimentos

aplicados. O tipo de lâmpada mais utilizado é de mercúrio a média pressão, dotada de gálio, que atende bem a concentração de energia em fai­xas su­p e­rio­res aos 390 nm exigidos para os sistemas pigmentados ou de alta camada aplicada. Dose de UV

Indica a energia total que atinge uma determinada área da superfície do ma­te­rial por um tempo de ex­ posição su­f i­cien­te para que a formação de ra­di­cais livres seja alcançada. Assim, quanto ­maior a veloci­ dade, menor será o tempo de exposição e menor será a dose de UV sobre a superfície a ser curada. É expressa em J/cm². Intensidade de UV

É a quantidade de fótons recebidos por unidade de área pela superfície do substrato, va­rian­do confor­ me a potência da lâmpada e a distância entre a su­ perfície do substrato e a unidade de cura (refletor). É expressa em W/cm². Seleção do fotoiniciador

De forma geral, a seleção dos fo­toi­ni­cia­do­res, fo­ tossensibilizadores e das aminas (subs­tân­cias que

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melhoram a ação dos fo­toi­ni­cia­do­res) deve corres­ ponder às necessidades de aplicação da formula­ ção em desenvolvimento. O fabricante da tinta ou do verniz é responsável por essa formulação e de­ verá considerar: o tipo de lâmpada utilizada, pig­ mentação (sistema pigmentado), espessura de ca­ mada aplicada (alta ou bai­xa), velocidade de linha, espectro de absorção, intensidade da luz, potência da lâmpada, custo etc. Espessura da camada

Quan­to ­maior for a espessura da camada aplica­ da, ­maior será a dificuldade de obter a cura, por­ que os fo­toi­ni­cia­do­res da parte su­pe­rior da cama­ da absorvem a ­maior parte dos fótons, formando uma bar­rei­ra. Numa camada excessivamente espes­ sa a ra­dia­ção UV pode não chegar à parte in­fe­rior, resultando numa cura apenas su­per­f i­cial. Sistemas pigmentados

Nos sistemas pigmentados (tintas) existe uma for­ te competição entre pigmentos e fo­toi­ni­cia­do­res pela absorção dos fótons durante o processo de cura. Assim, a velocidade de cura é in­f luen­cia­da também pelo grau de transparência, concentração de pigmento e pelo grau de dispersão dos pigmen­ tos dessa tinta. Os fabricantes de tintas, para com­ pensar essa dificuldade, adi­cio­nam à formulação fotossensibilizadores, que têm a função de absor­ ver fótons de comprimentos de onda diferentes e ativar os fo­toi­ni­cia­do­res. Cor do substrato

Substratos brancos, pretos ou coloridos também competem com os fo­toi­ni­cia­do­res, tanto nos sis­ temas pigmentados quanto nos transparentes (ver­ nizes). Diferentes resultados de cura são obtidos se aplicarmos a mesma espessura de camada so­ bre esses tipos de substratos, em consequência da reflexão ou absorção dos fótons UV. Janela de cura

Uma cura efi­cien­te e constante é obtida somente quando os valores de dose e intensidade são corre­ tamente controlados em conjunto. Os usuá­rios fi­ nais devem utilizar um ra­diô­me­tro para o controle efi­cien­te do processo de cura UV na linha de produ­ ção. Esse equipamento permite ava­liar se o sistema de cura está fornecendo os ní­veis de intensidade e dose ne­ces­sá­rios para a cura completa. O controle do processo de cura UV só se mos­ tra efi­cien­te quando há um parâmetro de compa­ ração dos valores mínimos e máximos ­ideais para a cura do ma­te­r ial aplicado. Os parâmetros são conhecidos por janela de cura. 32 TECNOLOGIA GRÁFICA

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A determinação da janela de cura é de funda­ mental importância. Conhecendo-se esses limites evita-se a ocorrência de camadas “pegajosas” (com tack) ou sem aderência cau­sa­das por ra­dia­ção in­ su­f i­cien­te, ou de camadas amareladas e quebradi­ ças por exposição excessiva. Os valores da janela de cura são determinados a partir da va­ria­ção de ve­ locidade da es­tei­ra que transporta o ma­te­rial a ser curado e da potência das lâmpadas (bai­xa, média ou alta). Com a janela de cura determinada pode-se dar início a um controle de processo efi­cien­te. O resultado da cura de uma camada aplicada pode ser ava­lia­do por intermédio de um ou mais testes que, embora não sejam padronizados, for­ necem bons in­dí­cios de como se encontra o nosso sistema de cura UV. Teste de resistência à blocagem

O fato de as folhas impressas “grudarem” umas nas ou­tras sob uma carga significativa, gerada pelo em­ pilhamento, na maio­ria das vezes nos leva a acredi­ tar que a cura está inadequada. Porém, o problema pode estar re­la­cio­na­do ao efei­to termoplástico da camada impressa, ou seja, pode ser que a tinta es­ teja bem curada, mas, em função da absorção do calor intenso gerado durante a cura, ocorre o amo­ lecimento da camada impressa, principalmente se não hou­ver um res­f ria­men­to efi­cien­te. Um méto­ do rápido para verificar a resistência à blocagem é conhecido como o “teste do polegar”, que consiste em pres­sio­nar o dedo fortemente contra a superfí­ cie impressa e oscilar em um movimento pendular entre 90 e 120 vezes no mesmo local, verificando pos­te­rior­men­te se esta área se apresenta fosca ou se ocorreu alguma abrasão na camada aplicada. Teste de adesão

Esse teste consiste em ava­liar a adesão de uma tin­ ta ou verniz UV sobre substratos im­p er­meá­veis, como os plásticos, ou sobre alguns pa­péis ou car­ tões não porosos. Tal teste só tem efei­to quan­ do temos certeza que a tinta utilizada é adequada para aquele substrato. Aplica-se uma fita adesiva padrão (3M 683) sobre a camada curada e remo­ ve-se com uma puxada rápida, observando pos­te­ rior­men­te se existe a presença de uma mancha de camada de tinta arrancada na fita, que sinalizará uma cura in­su­f i­cien­te. Teste de resistência a riscos

Esse teste depende mui­to da ex­pe­riên­cia do im­ pressor, pois consiste em esfregar a unha repeti­ das vezes sobre a área contendo a tinta UV impres­ sa e curada com uma li­gei­ra pressão de contato. A presença de riscos indicará uma cura insuficiente


ou uma película de­ma­sia­d a­men­te macia. Nesse caso, um verniz de acabamento sobre a impres­ são é recomendado. Teste de resistência à fricção (atrito)

Este teste consiste em esfregar a superfície im­ pressa e curada com ou­t ro pedaço de substra­ to, impresso ou não, que não necessita ser idên­ tico ao da impressão. O limite da resistência à fricção a seco da amostra impressa é caracteriza­ do por uma degradação, que pode ser acompa­ nhada pela transferência da tinta devido à fricção com um substrato. O número de ciclos ne­ces­sá­ rios para ocorrer tal degradação ou transferência mede o limite de resistência. A modificação do as­ pecto ou alteração vi­sual (pó, riscos, transferência) pode ser julgada com uma escala qualitativa (de 0 a 5) ou pela comparação com um padrão (in­fe­rior, igual ou su­pe­rior ao padrão).

oligômeros), cau­san­do uma coloração amarelada na camada aplicada, bastante visível. A densidade ópti­ ca da coloração cria­da pela solução sobre a super­ fície é pro­por­cio­nal à quantidade de ligações du­ plas que não rea­gi­ram dentro do produto curado. Assim, quanto mais forte for a coloração, menores são as ligações cruzadas na camada curada. Esse teste envolve uma comparação com um va­ lor padrão, que pode ser obtido rea­li­z an­do o teste sobre um trabalho pre­via­men­te validado. Teste de resistência ao etanol

O etanol tem uma ação de dissolução, es­pe­cial­men­ te sobre os componentes da tinta que não rea­gi­ram. Esse teste julga o grau de cura do filme de tinta e consiste em esfregar sobre a amostra impressa um chumaço de algodão embebido com etanol e veri­ ficar ao longo do tempo de teste se ocorreu alguma retirada de ma­te­rial da superfície impressa.

Teste de permanganato de potássio Quan­do curamos uma tinta UV, a quebra das liga­

Teste de resistência ao MEK Assim como o etanol, o MEK (metiletilcetona) tem

ções duplas das estruturas moleculares dos monô­ meros e oligômeros resultará em uma polimerização (ligação cruzada) entre os dois componentes por ação do fo­toi­ni­cia­dor. Dependendo das pro­prie­da­ des da tinta UV, essa rede química pode ficar mais ou menos entrelaçada e mudará as pro­prie­da­des da camada, dei­xan­do-a flexível/macia, mui­to rígida/ frágil ou com resistência química elevada. Uma cura considerada adequada (ótima) não apresenta 100% das ligações cruzadas, mas apro­ ximadamente entre 70 e 90%, em média. Os 10 a 30% das ligações duplas restantes que não rea­gi­ ram ficarão presos na rede química e não conse­ guirão evaporar, podendo ser detectados pelo tes­ te de permanganato. O permanganato de potássio em solução aquosa (1%) oxida os acrilatos que não rea­gi­ram e estão presentes na laca (monômeros ou

poder de dissolução sobre vernizes, es­pe­cial­men­te sobre seus componentes que não rea­gi­ram. O MEK é usado para testar apenas os vernizes de cura UV, uma vez que ele seria bastante agressivo sobre as tintas UV (um teste usando MEK não daria resulta­ dos conclusivos sobre as tintas UV). Também consis­ te em esfregar sobre a amostra com verniz um chu­ maço de algodão embebido com MEK e verificar se ocorreu alteração vi­sual na camada curada. Deve ser observado que um resultado de teste “negati­ vo” pode estar re­la­cio­na­do não apenas a uma cura ineficaz, mas também pode ocorrer devido a uma camada de revestimento de verniz in­su­f i­cien­te. Ricardo Cuenca é tecnólogo gráfico,

professor da Escola Senai Theobaldo De Nigris e especialista em tintas e colorimetria. VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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SPINDRIFT REVIEW

Prova contratual ou prova de verificação?

A interface de usuário do EFI Colorproof 4.5 não sofreu muitas alterações desde a revisão feita em 2009, quando a versão 4.0 foi lançada. Um dos recursos mais importantes continua sendo o preflight com verificação de conformidade com uma norma ISO previamente configurada.

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U

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ma das empresas veteranas no mercado de sistema de provas é a EFI, com conhe­ cimento sobre cor acumulado em anos de ex­pe­riên­cia. Ela desenvolveu as sé­ries de RIP ­Fiery e, de­pois da aquisição da BestColor em 2002, os sistemas de RIP BestColor (para provas). Hoje existem duas linhas de RIPs da EFI para impressoras de jato de tinta: o ­Fiery XF e o Co­lor­ proof XF. O pri­mei­ro é destinado às impressoras jato de tinta de grandes formatos. Já o segundo, como o nome indica, é voltado para a produção de provas de contrato e validação de documen­ tos e também se conecta a uma série de impres­ soras jato de tinta. Versões aprimoradas e melhoradas dos dois sis­ temas foram lançadas em ja­nei­ro de 2011, identi­ ficadas como 4.5. Concentramos nosso teste no Co­lor­proof XF. Em geral, as novas versões estão mais rápidas do que nunca, utilizando um siste­ ma ope­r a­cio­nal que suporta 64 bits e múltiplas

tarefas. A EFI afirma ter conseguido uma melho­ ria de até 177% no desempenho para ripagem de PDFs, em comparação com a versão an­te­rior, 4.1. O novo modelo de fluxo de trabalho também ajuda a elevar a produtividade. Mas são os detalhes da nova versão que reve­ lam sua ver­da­dei­ra identidade. Agora o RIP supor­ ta melhor o uso de cores es­pe­ciais, como branco, vernizes ou tintas metálicas, usadas frequentemen­ te em provas e impressos mais elaborados, es­p e­ cial­men­te para o segmento de embalagens. A tec­ nologia Dynamic Wedge, já introduzida em 2009 na versão 4.0, agora permite calibração e caracteri­ zação de cores es­pe­ciais. Isso pode parecer tri­vial, mas em mui­tos sistemas de RIP apenas as ­­áreas só­ lidas das cores es­pe­ciais são definidas corretamente e as ­­áreas de ­meios tons podem ficar mui­to aquém do desejado. Gráficas e designers que usam mui­tas cores es­pe­ciais em seus projetos irão gostar desse novo nível de controle.


comprovaram melhora nos detalhes das ­­áreas de ­meios tons e precisão de cor com a nova versão. Os procedimentos de calibração e li­nea­ri­z a­ção se mostraram simples e rápidos para fluxos de traba­ lho em RGB, quando são utilizados os perfis de pa­ pel já existentes no driver da impressora, otimizando e po­ten­cia­li­z an­do o resultado final. A interface do usuá­rio foi simplificada; contudo, ain­da há espaço para me­lho­rias nesse quesito. Ela ain­da está “carregada” de­mais e é pou­co in­tui­ti­va. Existe uma versão mais leve do RIP Co­lor­proof cha­ mada Express EFI , ain­da não testada por nós. Mas certamente o Co­lor­proof XF 4.5 rea­li­za um excelente trabalho para a produção fotográfica. Em suma, essa é uma atua­li­z a­ção útil e impor­ tante do já mui­to competente sistema de provas, com opções para, entre ou­tras coi­s as, gerar pro­ vas com retículas precisas, uma necessidade em mui­tos fluxos de trabalho de produção de emba­ lagens e flexografia. Tradução autorizada do boletim Spindrift,

publicação produzida pela Digital Doots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em fevereiro de 2011.

MET014

O EFI Co­lor­proof XF executa preflights nos PDFs antes de dar saí­da no arquivo. Na nova versão essa função foi am­plia­da, in­cluin­do os novos formatos PDF/X-4 e PDF/X-5 (da série de normas ISO 15930 de PDFs para impressão). Porém, esse recurso está dis­ ponível apenas para quem comprou o recurso op­ cio­nal EFI Color Ve­ri­f ier. O EFI Co­lor­proof XF tem uma estrutura modular de clien­te-​­servidor, tanto para Mac OS quanto para Windows, com diversos recursos presentes na versão padrão, mais mui­tos op­cio­nais que podem ser adquiridos separadamen­ te. O suporte para informações de acabamento e po­si­cio­na­men­to de marcas de corte foi aprimora­ do, seguindo padrões como iCut, Fotoba, Grom­ met e Zünd. O suporte para JDF também foi es­ tendido para in­cluir a conectividade com o fluxo de trabalho do fabricante, o EFI Web2Print (Digital StoreFont e sistemas MIS). Por último, mas não menos importante, para uma produção fotográfica de alta qualidade, o novo Dynamic Rendering Intent escolhe o melhor mé­ todo de renderização para cada trabalho especí­ fico, com a finalidade de obter o melhor resulta­ do possível na renderização de fo­to­gra­f ias. Testes

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ENTREVISTA Elisabete Pereira

Para controlar a cor e os processos, a gráfica precisa de software, hardware e “peopleware”

A

adesão ao gerenciamento de cor vem sendo um processo grada‑ tivo na indústria gráfica brasilei‑ ra, porém num ritmo ainda len‑ to. Essa é a opinião de Oliver Povareskim, diretor da Povareskim Color Consulting, empresa especializada em soluções e apli‑ cações profissionais para os setores gráfico, flexográfico, de embalagem e de pré‑im‑ pressão. “Se compararmos o setor hoje e há 14 anos, o que mudou muito foi a tecnolo‑ gia, mas as gráficas são lentas em adotar as novas práticas”, diz o executivo, que soma 25 anos no setor gráfico, dez dos quais na Burti. Confira, a seguir, na entrevista exclu‑ siva para a revista Tecnologia Gráfica, os entraves e as novidades dessa área.

Oliver Povareskim 36 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Há 14 anos, quando a Povareskim começou a operar, poucas empresas falavam ou sabiam o que era gerenciamento de cor na indústria gráfica e um número ainda menor o fazia. Olhando pra trás, como o senhor vê o desenvolvimento desse processo no Brasil? Oliver Povareskim – A disseminação des‑ se processo vem sendo gradativa, mas num ritmo extremamente lento. As gráficas até compram equipamentos, têm a vontade de fazer, mas esbarram no problema cultu‑ ral. Pelo menos 95% não tem preocupação com gerenciamento. Nesses 14 anos o que mudou muito foi a tecnologia, mas as em‑ presas são lentas em colocá‑la em prática. Para se ter uma ideia, tem gráfica que ainda não possui densitômetro, depende de ter‑ ceiros para medição das cores. Uma refe‑ rência clássica é o empresário que montou


a gráfica há anos, tem casa na praia e em Miami, os filhos estão formados, então por que se preocupar? Outro problema é a mão de obra. Muitos dos profissionais que ope‑ ram as impressoras não sabem, por exemplo, o que é valor colorimétrico.

O que falta para que essa prática tenha maior penetração na indústria gráfica brasileira? É apenas uma questão de investimento? Qual a principal dificuldade do gráfico para iniciar essa prática?

Das empresas que dizem que fazem o controle de cor, há ainda as que desconhecem as reais aplicações dessa tecnologia, deixando de explorar todas as suas possibilidades? OP – Calculo que 80 a 90% das gráficas se preocupam com um trabalho de gestão e têm experiência com o processo. Por falta de conhecimento, de gente treinada e de experiência, as empresas acabam não utili‑ zando todas as possibilidades do controle de cor, até porque há anos trabalham dessa maneira e se preocupam apenas com o bá‑ sico. As empresas não se dão conta de que, utilizando corretamente as ferramentas de gestão, conseguimos tirar um terço a mais de uma máquina em termos de produção.

Por falta de conhecimento, de gente treinada e de experiência, as empresas acabam não utilizando todas as possibilidades do controle de cor.

Com relação ao gerenciamento de cor, deixamos algo a desejar em comparação às gráficas europeias ou americanas? OP – No Brasil há uma deficiência no pro‑ cessamento, no know‑how e na tecnologia. Estamos bastante atrasados, mas já existem alguns estudos nesse sentido. As principais empresas têm até um controle razoável. Se pensarmos em qualidade de pessoal, es‑ tamos comparados aos americanos e euro‑ peus, mas o problema é que seguimos mo‑ delos estrangeiros e não temos uma base de estudo para criar o nosso próprio modelo, adaptando as normas internacionais para o nosso ambiente, nosso papel, nossa tinta, en‑ fim, nossa realidade. A gente não questiona, apenas segue, e deixa a desejar porque não existe uma diretriz própria. Os americanos, por exemplo, têm o processo Gracol, cria‑ do especialmente por uma associação para atender o setor gráfico do país.

OP – Todos têm boa vontade no sentido de tentar melhorar. O que acontece é que as empresas investem em equipamentos ou softwares, mas há dificuldade para ope‑ racionalizar esse processo que, na maioria das gráficas, fica restrito ao meio produtivo. Poucas empresas têm alguém especializado em gerenciamento de cor, que acaba sen‑ do feito por alguém da produção. Algumas até contratam serviços de terceiros, como os da Povareskim, porém a máquina se des‑ gasta, há a troca do suprimento, resultando em dependência ou defasagem. Em quais segmentos o controle da cor está mais desenvolvido? OP – Na parte de embalagem e na promo‑ cional tem‑se maior controle, principalmen‑ te no segmento de embalagem, porque os lotes precisam ser controlados. O mercado exige esse controle e as grandes empresas, como a Tetra Pak, a Rigesa, a Dixie Toga e a Newpel, tentam, ao máximo, fazê‑lo de forma mais acirrada e organizada. O con‑ trole da cor está num estágio mais crítico no segmento editorial, em que apenas cer‑ ca de 10% das gráficas se preocupam com um controle maior.

O senhor consegue resumir os principais benefícios da adoção das novas ferramentas para o gerenciamento da cor dentro de uma gráfica? OP – Agilidade na produção é o principal be‑ nefício. As ferramentas podem ser divididas em dois segmentos: softwares e hardwares. Há softwares, por exemplo, que podem ser utilizados para normatizar os arquivos que vêm de forma incorreta em relação à cor, à quantidade de tinta etc. e colocá‑los dentro do eixo para impressão. Há softwares que auxiliam na análise da produção gráfica em termos de qualidade e até permitem verifi‑ car se o operador da manhã é melhor que o da tarde, se o processo produtivo dele é mais eficiente que o do outro. Enfim, dão o histórico da máquina. Enquanto isso, para fazer os soft­wares funcionarem, precisamos dos dados ma‑ temáticos das cores, o valor Lab e o valor colorimético, entre outros, fornecidos pe‑ los hard­wares. Dependendo da solução de soft­ware ou hard­ware, você consegue au‑ mentar de 30% a 70% a eficiência do pro‑ cesso de impressão com essas ferramentas, apenas analisando o processo. Em paralelo ao controle da cor vem o controle da impressão e do processo como um todo e o atendimento às normas internacionais como a ISO. O gráfico brasileiro está maduro com relação à normalização ou ainda enxerga a adequação às normas apenas como um custo? Como o senhor vê o processo de normalização na área gráfica? OP – Existem as normas internacionais que o Brasil está começando a utilizar, mas a gráfica depende de terceiros: fabricantes de tinta, de papel etc. O nosso papel ain‑ da não está normatizado, alguns fabrican‑ tes de tintas já estão. O grande entrave é o modismo. Quando alguém fala que a nor‑ ma ISO vai resolver o problema e melhorar a parte produtiva, o que ela faz, na verdade, VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA 37


é alavancar o controle do processo produti‑ vo. Uma gráfica pode trabalhar sem a norma ISO e estar totalmente controlada. A ISO é apenas um caminho para direcionar os grá‑ ficos a trabalhar com o processo normatiza‑ do. É como fazer um bolo que vai sair sem‑ pre com o mesmo gosto, garantindo além da repetibilidade, mais rapidez e economia de suprimentos. A norma é uma referên‑ cia muito boa porque alguém já planejou isso. O gráfico precisa estudar mais para sa‑ ber por que usar a norma. Se algum cliente adotar a ISO 100% em um livro de arte, ele fica igual ao dos outros. No entanto, com o processo produtivo normatizado, ele faz a impressão diferenciada.

Dependendo da solução de software ou hardware, pode-se aumentar de 30% a 70% a eficiência do processo de impressão com essas ferramentas, apenas analisando o processo. É possível listar os cinco primeiros passos de uma gráfica que deseja começar a controlar a cor e seus processos? Quais cuidados o gráfico deve tomar? OP – A gráfica precisa cuidar da normati‑ zação dos arquivos recebidos, do contro‑ le de ganho de ponto, dos valores densito‑ métricos na impressão e dos suprimentos (papel e tinta), da iluminação do ambiente de trabalho, da manutenção dos equipa‑ mentos gráficos, do treinamento contínuo e da capacitação do pessoal. Para controlar a cor e seus processos, a gráfica precisa de soft­ware, hardware e “peopleware”. Nas feiras internacionais ou mesmo aqui no Brasil, vemos cada vez mais espaço 38 TECNOLOGIA GRÁFICA  VOL. III  2011

dedicado aos softwares. Novos players e até mesmo fornecedores tradicionais estão investindo em aplicativos que tornem os processos gráficos mais eficientes, confiáveis e ágeis. Essa tendência vai se fortalecer? Por quê? OP – Os problemas só são solucionáveis se forem adotados softwares para compensar essa limitação. Hoje, em cinco segundos, pode‑se ter uma informação que há qua‑ tro anos demoraria dois minutos. Essas fer‑ ramentas permitem fazer compensações no tinteiro da máquina, de ganho de pon‑ to, de Lab. Grandes empresas que vendem chapa, equipamentos e soluções de impres‑ são estão preocupadas em atender o cliente com uma solução completa, um pacote fe‑ chado, mas com limitações, já que a atuali‑ zação dos softwares pode ficar defasada ou demora a chegar ao mercado. Em compen‑ sação, novos players estão ocupando esse espaço. Nosso grande sucesso está exata‑ mente em oferecer soluções para completar e otimizar o processo. A Povareskim tem uma boa penetração no interior e em outros estados. O senhor consegue quantificar a interiorização das boas práticas no Brasil? OP – Calculo que 70% das boas práticas estão nos grandes centros, mas as gráficas do interior também estão preocupadas em manter o controle. Nessa área de softwares para o controle da cor e do processo de impressão, o que há de mais novo, o que está sendo desenvolvido e que deve chegar ao mercado nos próximos meses? OP – Há algumas novidades na parte de ge‑ renciamento de cor na área de impressão, em Pantone e Hexachrome. Vamos lançar na Drupa 2012 o Max Color, desenvolvido na Malásia, que permite ao cliente impri‑ mir a escala Pantone com seis cores e 95% de precisão colorimétrica. No mercado, já

existem algumas automações. A Alwan Co‑ lor Expertise tem o Print Standardizer, que automatiza totalmente o controle de ga‑ nho de ponto sem a interferência humana. No entanto, as gráficas não têm condições de usá‑lo 100%. Outra grande novidade é o Bodoni pressSign Pro, um lançamento revolucionário, desenvolvido na Inglater‑ ra e que já está rodando em alguns sites, mas sem grande divulgação. Essa ferramen‑ ta faz um banco de dados do processo de impressão controlando ganho de ponto, Lab e repetibilidade de processo. Permi‑ te a integração da produção com a gerên‑ cia. Via web, por exemplo, o cliente pode acompanhar até a produção

Soluções tropicalizadas A Povareskim, sociedade dos irmãos Emerson e Oliver Povareskim, surgiu há 14 anos. Era uma das revendas da Apple (Mac) para as agências, para as quais a empresa já prestava serviço, além de suporte. “Resolvemos, então, oferecer tecnologia”, conta Oliver, acrescentando que, na época, o mercado não tinha tanta concorrência. Gradativamente a empresa, por meio de pesquisas e da relação com grandes distribuidores internacionais, começou a importar algumas máquinas (impressoras de provas cromáticas). “Esse foi o ponto de partida e trouxe todo conhecimento sobre cor em uma época que ninguém sabia nada sobre esse assunto”, diz Oliver Povareskim. Atualmente, a empresa desenvolve produtos com parceiros da Inglaterra, Malásia, Hong Kong e França. Dessa parceria, Oliver cita o Chromedot, software para gerenciamento de cor usado há oito anos pelo setor gráfico. “Avançamos bastante e agora tropicalizamos nossas soluções, oferecendo serviços de gestão para gráficas de acordo com as necessidades de cada uma”.


A informação que o mercado quer está aqui. Noticiário dinâmico, atualizado diariamente. Artigos de experts do setor, trazendo o conteúdo da revista técnica da indústria gráfica nacional e internacional.

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PRODUÇÃO GRÁFICA

As retículas de impressão, ponto a ponto

Ana Cristina Pedrozo Oliveira

I

lusão de ótica? Sim, cons­truir imagens coloridas utilizando quatro tintas dis­tri­buí­das em quan­ tidades diferentes por meio de pontos pare­ ce incrível! Pois, como sabemos, é dessa forma que conseguimos trazer para os ma­te­riais impres­ sos as fotos que tanto fascinam os consumidores das peças gráficas. Ob­via­men­te podemos reticular também as co­ res es­pe­ciais, como as produzidas por meio da es­ cala Pantone, au­men­tan­do assim a quantidade de cores resultantes. Porém, mais do que reproduzir co­ res, as retículas são res­pon­sá­veis por características importantes no resultado final do impresso. Analisando as imagens impressas, podemos no­ tar que, quanto ­maior o número de pontos, ­maior é o detalhamento da foto. Mas esse ra­cio­cí­nio não deve ser visto de forma tão simplista. O au­men­to na quantidade de pontos de uma determinada reprodução esbarra nos limites técni­ cos dos sistemas de impressão. Em todos existem tamanhos mínimos de geração do ponto na ma­ triz. Sendo assim, se essa referência não for res­pei­ ta­da, a imagem terá um resultado inverso ao es­ perado, ou seja, os detalhes irão desaparecer, ao invés de tornarem a imagem mais nítida. Da mes­ ma ma­nei­ra, o atrito gerado no momento da im­ pressão deve ser considerado. Alguns pontos, de tão pequenos, acabam desaparecendo. Outro fator mui­to importante é o substrato que receberá a tinta durante o processo. Quan­to mais poroso, mais absorvente será. Portanto, se o ponto de retícula for mui­to pequeno, acabará au­men­tan­ do de tamanho, juntando-se aos pontos adjacen­ tes. O resultado final será um grande borrão. Bem distante do que queremos quando reproduzimos imagens nos nossos impressos. O ­ideal é gerar a

quantidade de pontos de retícula compatível com a absorção do substrato, através do controle dos valores de li­nea­tu­ra. Utilizada na grande maio­ria dos ma­te­riais im­ pressos, a retícula con­ven­cio­nal, conhecida tam­ bém como li­near ou ain­da AM (Amplitude Mo­ dulada), possui os pontos de tamanhos diferentes, os ­quais estão dispostos em linhas. É possível con­ trolar a quantidade dos pontos determinando a li­nea­tu­r a, medida em lpi (linhas por polegadas) ou lpc (linhas por centímetro), além de escolher o po­s i­c io­na­m en­to desses pontos, determinan­ do a angulação em que estão dispostos, sendo o padrão amarelo 90°, magenta 75°, preto 45° e cyan 15°. Essas angulações podem ser alteradas para obter diferentes resultados, além de depender do sistema de impressão em que o ma­te­rial está sendo reproduzido (1). O que acontece é que, mesmo com os contro­ les men­cio­na­dos an­te­rior­men­te, temos uma for­ mação li­near na mudança dos tons, pela própria disposição dos pontos. Não é raro enxergar “de­ graus” ou mudanças bruscas de tons em gra­dien­ tes. Para resolver problemas desse tipo, algumas for­ mas diferentes de reticulagem foram introduzidas na reprodução das imagens. Retícula estocástica

Conhecida também como FM (Frequência Modu­ lada), não possui diferença no tamanho dos pontos, dis­tri­buí­dos de forma alea­tó­ria. Foi trazida para o Brasil pela ABTG em 1993 por meio do Projeto HiFi Color, com coor­de­na­ção de Fernando Pini, então di­ retor de tecnologia da ABTG , na tenta­ tiva de au­men­tar o nível de detalha­ mento das imagens reproduzidas,

1

Prinect Reticulagem Linear (AM) ampliada em 1.000%

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Fonte: Guide Prinect Screening Family.


2

Prinect Reticulagem Estocástica (FM) ampliada em 1.000%

Fonte: Guide Prinect Screening Family.

3

Prinect Reticulagem Híbrida ampliada em 1.000%

Fonte: Guide Prinect Screening Family.

eliminar o moi­ré (de­fei­to resultante da angulação in­ correta dos pontos) e obter cores de alto impacto, conforme informação disponível no site da entida­ de. Porém, as gráficas tinham de­f i­ciên­cias es­tru­tu­ rais que im­pe­diam a obtenção de dados ajus­tá­veis e cria­ção de padronizações importantes para o uso da retícula estocástica. Sem contar o fato de que na época o fotolito era o único meio para geração da matriz de impressão. A utilização de sistemas de gra­ vação digital (CtP) trou­xe uma nova oportunidade para a utilização dessa retícula (2). Pela exigência de re­ 4 petibilidade e fidelidade na reprodução das cores, atual­men­te as empresas de embalagens são as mais be­ ne­f i­cia­das pelo uso da retí­ cula estocástica, devido à evolução das tec­no­lo­gias de impressão, os controles do fluxo de trabalho e as nor­ matizações dos processos.

As retículas híbridas pos­suem nomes co­mer­ ciais dependendo do sistema de workflow. A Po­ vareskim, por exemplo, co­mer­cia­li­z a a iTone, que, segundo a empresa, consegue economizar até 20% do consumo de tinta no processo produti­ vo. A ­Screen disponibiliza a Spekta, enquanto que a retícula híbrida da Agfa é denominada de Subli­ ma. A Hei­del­berg dispõe da reticulagem híbrida no sistema de fluxo de trabalho Prinect. Todos os fabricantes garantem que a qualidade da imagem reproduzida com essa retícula tem um alto ganho de detalhamento (4). Vá­rios produtos gráfi­ cos podem se be­ne­f i­ciar da utilização desse tipo de retícula, destacando-se os que pos­suem ­maior núme­ ro de fotos com alto nível de detalhamento, como catálogos de moda, bebi­ das e ­joias, revistas de arte e embalagens sofisticadas. O mercado na­cio­nal per­ manece na experimenta­ Retícula híbrida ção da retícula estocás­ Com o grande fluxo de tica. Mui­t as das gráficas ma­te­riais e a necessidade Diferença entre a retícula linear e a híbrida entrevistadas con­ti­nuam de processos cada vez mais (reticulagem iTone). Fonte: Povareskim utilizando a retícula li­near, produtivos e que garantam uma estabilidade na qua­ bastante conhecida pelos lidade final, foi desenvolvida uma nova tecnologia impressores pela facilidade no uso. Algumas es­ de reticulagem que corrige os problemas da retí­ tão implantando a retícula estocástica em função cula li­near e diminui a sensibilidade a va­ria­ções do dos investimentos em novos equipamentos, ado­ processo da estocástica: a retícula híbrida (3). ção de procedimentos normatizados e sistemas de Essa reticulagem é gerada de forma inteligen­ qualidade, itens in­dis­pen­sá­veis para utilização de te, misturando a retícula li­near e a estocástica por retículas mais sofisticadas. meio de um algoritmo. O RIP que possui essa tec­ nologia ras­treia o ma­te­rial a ser impresso e aplica a retícula estocástica nas ­­áreas de destaque e a li­near Ana Cristina Pedrozo Oliveira é produtora nos tons mé­dios, permitindo assim grande quali­ gráfica da Fábrica de Ideias Comunicações e ministra treinamentos em instituições como dade de impressão na transição das cores e con­ Senai, ABTG, Dabra, Bytes & Types e GraphWork, trole dos grisês, além de um ganho significativo de além de prestar consultoria em empresas por todo o Brasil. detalhamento nas imagens. VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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TUTORIAL

Caio Carvalho Biasoli

Texturas e brushes no Pho­to­shop

U

ma das prin­ci­pais características do Pho­ to­shop é a possibilidade de se trabalhar com imagens bitmap, formadas por pixels, e ain­da utilizar ferramentas ve­to­ riais, como a caneta e as formas geo­mé­tri­cas. Des­ sa forma, além da própria edição de fotos, é possível manipular imagens, crian­do diversos efei­tos. Aqui mostraremos alguns desses recursos.

Tratamento de imagem

Nosso objetivo aqui é transformar as pes­soas que es­ tão na foto escolhida através de fusões e texturas. Antes de começar é necessário ajustar a lumi­ nosidade. Para isso, vá ao menu Image ➠ Adjustments ➠ Curves. Será aberta uma janela que re­la­cio­ na a luminosidade e o contraste. Explore um pou­co 42 TECNOLOGIA GRÁFICA

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até encontrar o ponto desejado. Fei­to isso, é hora de começar o ver­da­dei­ro retoque. A partir daí se­ rão utilizadas as ferramentas Spot Hea­ling Brush, Hea­ling Brush, Patch e Clone Stamp.

Utilize a ferramenta Spot Hea­ling Brush para re­ tocar ­­áreas pequenas, como pintas e espinhas, a fer­ ramenta Hea­ling Brush para ­­áreas um pou­co maio­ res, como olhei­ras, a ferramenta Patch para grandes ­­áreas, como marcas de expressão, e a ferramenta Clone Stamp para “esconder” áreas ­­ desejadas.

Fusão

Se estiver levando mui­to tempo, não se preo­cu­ pe. É normal que o retoque de imagens leve algum tempo. Uma dica é tentar ha­bi­tuar-se aos atalhos das ferramentas.

É hora da ver­d a­d ei­r a transformação! Agora que os modelos já estão com suas im­per­fei­ções trata­ das, vamos transformá-​­los em monstros. A grande jogada é trabalhar com texturas — escamas, pe­ dras, ma­dei­ra etc. E lembre-se de sempre manter as texturas, a imagem original, os olhos e ou­tros elementos em camadas diferentes. VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Para começar, tomemos como base a modelo do meio. Antes de transformá-la em réptil, suas co­ res foram “dessaturadas”. Para fazer o mesmo, vá ao menu Image ➠ Adjustments ➠ Desaturate.

De­pois, vá às opções da layer (camada) da tex­ tura e se­le­cio­ne Overlay. Com isso, você mesclará as camadas, dei­xan­do os tons escuros mais escu­ ros, cla­rean­do os tons claros e misturando os tons mé­dios por igual. Uma dica é trabalhar no menu Color Balance em Image ➠ Adjustments ➠ Color Balance. Ajustando os controles deslizantes, você pode equilibrar ou desequilibrar as cores da imagem. Neste caso, elas foram desequilibradas com doses de verde e um pou­co de amarelo.

Agora importe a imagem da textura desejada, sobreponha a modelo com ela e, com a ferramenta Eraser, apague os excessos. Para dar um tom mais macabro, vá em Images ➠ Adjustments ➠ Invert para trabalhar com o negativo da textura.

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Com a textura já pronta, é hora de trabalhar com os olhos. Assim como com as escamas, uma ima­ gem de olho rep­ti­lia­no foi importada. As ­­áreas in­ desejadas foram apagadas e, no menu Color Balance, a imagem foi dosada com bastante verde. Você pode ain­da usar a ferramenta Blur para sua­vi­z ar as extremidades do olho.


Com essas mesmas téc­ nicas, há uma porção de efei­tos pos­sí­veis de fazer. Veja as imagens ao lado. Temos o exemplo do ho­ mem-​­p edra e do garoto de fogo, ambos mais fá­ceis de fazer. Basta ter texturas e imagens bacanas com a melhor resolução possível. No caso do homem-​­pedra, ao invés da opção Overlay, foi utilizada a Multiply, que trabalha apenas com as ­­áreas escuras da imagem, dando destaque somen­ te às rachaduras da ima­ gem e às deformações da pedra, por exemplo. Para ser alcançado o efei­to do fogo é preciso mexer com layers. Aqui, as camadas foram utilizadas para sobrepor ou escon­ der as imagens de fogo, que, como já mostrado, fo­ ram apagadas com a ferramenta Eraser para manter apenas a parte desejada, sem o fundo.

Observe que cada camada possui uma imagem, seja do modelo, do fogo ou até da própria textura. Dessa forma, trabalhe com a sobreposição de layers para o modelo pos­suir fogo atrás e em sua frente. Para que o efei­to fique mais real, diminua a opacidade das camadas do fogo para dei­xá-​­los mais transparentes. Efeitos

O último passo para a total transformação é ­criar um fundo místico. Para a nossa proposta nada me­ lhor do que uma noi­te escura de lua ­cheia, não?

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Bem, para começar importe uma imagem de lua ­cheia e uma de céu estrelado. Lembrando-se de trabalhar com layers diferentes, se­le­cio­ne a imagem da lua e a sobreponha ao céu. A partir daqui, um artifício mui­to importante do Pho­to­shop será utilizado: a ferramenta Brush. Além das imagens di­gi­tais encontradas nas bi­blio­ te­cas que já são carregadas normalmente quando instalado o Pho­to­shop, você pode ain­d a fazer o down­load de diversas brushes diferentes na inter­ net. Dessa forma, torna-se mui­to mais fácil e rápi­ do alcançar efei­tos que antes po­de­riam levar dias para serem fei­tos, como o deste caso.

Agora, utilize sua imaginação para ­criar compo­ sições diferentes. Atentando novamente ao uso das camadas, explore suas Brushes em diferentes apli­ cações para que obtenha o melhor resultado pos­ sível. Optamos por ­criar uma floresta de pi­nhei­ ros secos sob uma lua que esteja emanando uma energia mística no céu.

Se­le­cio­nan­do a ferramenta Brush, diversas ope­ rações são exibidas no pai­nel de opções. Se­le­cio­ne a opção Load Brushes para carregar a Brush deseja­ da. Procure no seu sistema onde você dei­xou suas Brushes e carregue-as. Aqui, as Brushes 89-​­abstract3, com efei­tos de luzes, e ­Roots_and_lea­v es_by_ winerla, dos pi­nhei­ros, foram carregadas.

Caio Carvalho Biasoli é aluno

do curso técnico de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris e está se preparando para a fase estadual da Olimpíada do Conhecimento.

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E assim foi cria­da a arte-​­f inal. O Pho­to­shop é uma grande ferramenta para designers bem pre­ parados. Por isso, procure sempre incrementar seus conhecimentos para representar o melhor de sua profissão!


VEM AÍ AS SEMANAS DE ARTES GRÁFICAS.

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SEGURANÇA NO TRABALHO Érico Franco Mineiro

Sinalização de segurança no trabalho industrial gráfico

T

oda si­tua­ç ão de trabalho apresenta ris- Gráfica/Senai-MG), em parceria com o Centro de cos. Uma das medidas preventivas que Referência em Saú­de Ocu­pa­cio­nal (Sesi-MG), com se pode adotar é um bom projeto de si- a Abigraf-MG e a Primacor Gráfica e Editora, denalização de segurança. É fundamental senvolveram um projeto de pesquisa com o obconhecer e aplicar as normas na­cio­nais relatijetivo de sistematizar o conhecimento existente vas à sinalização de segurança no trabalho, em publicações e em normas técnicas in­ter­ como a norma bra­si­lei­r a de sinalização na­cio­nais a res­pei­to da sinalização de secontra incêndio e pânico, a NR 26 , e as gurança no trabalho. Esse conhecimennormas bra­si­lei­ras relativas às cores em to foi confrontado com a rea­li­da­de das sinalização. Porém, de ma­nei­ra complein­dús­trias gráficas na­cio­nais, por meio Sinal Geral de Alerta mentar, também se deve dar atenção de pesquisas pre­sen­ciais e online. Como às si­tua­ções de riscos típicas do trabalho em toda resultado desse importante projeto produziu-se o sua amplitude. Com o ­apoio dos departamentos Guia de Sinalização de Segurança no Trabalho In­ na­cio­nais do Senai e do Sesi, o Centro de Forma- dus­trial Gráfico, que começa a ser dis­tri­buí­do para ção Pro­f is­sio­nal Sérgio de Frei­tas Pacheco (Ceco- as unidades do Sesi e do Senai pelo País. teg, Centro de Comunicação, Design e Tecnologia Neste artigo, vamos apresentar alguns dos pontos importantes para a elaboração de um sistema de sinalização de segurança no trabalho na indústria gráfica. Para saber mais, ou para se capacitar para a elaboração desse tipo de projeto, procure pelo Centro de Formação Pro­f is­sio­nal Sergio de Frei­tas Pacheco (Cecoteg/Senai-MG). Compreender a empresa

Com­preen­der a empresa como um todo é pré-​ ­requisito para um bom projeto de sinalização de segurança. Conhecer os fatores que levam ao au­ men­to da rotatividade de fun­cio­ná­rios — como a sazonalidade de au­men­to de produção —, identificar os processos produtivos da empresa, áreas ­­ de circulação de em­pi­lha­dei­ras, com­preen­der ou­tras ações rea­li­z a­das em saú­de e segurança no trabalho já rea­li­z a­das, o histórico de acidentes de trabalho e mesmo as características da população trabalhadora faz parte do esforço que permite vi­ sua­li­z ar a empresa como um todo e identificar si­ tua­ções de risco frequentes na organização, que devem ser sinalizadas. 50 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Um dos de­sa­f ios certamente é identificar o que deve ser sinalizado. A sinalização deve ser su­f i­cien­ te para cobrir os riscos de cada posto de trabalho e setor, mas, ao mesmo tempo, deve ser discreta, ou seja, não deve ser excessiva, para que não venha a se tornar um transtorno no am­bien­te de trabalho. Assim, postos de trabalho que apresentem alta rotatividade de operadores devem sempre ser bem sinalizados. Cada situação de trabalho é única

Existem si­tua­ções de risco comuns a vá­rios postos de trabalho e in­dús­trias. Entretanto, há também si­ tua­ções bastante específicas. Uma das informações que se obteve durante as pesquisas de campo é a manutenção de maquinário antigo tanto pelas empresas pequenas e mé­dias quanto pelas grandes. Por ou­tro lado, é preciso averiguar se mesmo os equipamentos novos têm dispositivos de segurança em a mensagem alcance diretamente o trabalhador fun­cio­na­men­to e ativados. Características de cada exposto àquela si­tua­ção de risco. um dos postos de trabalho servem para identiRe­la­cio­nar aspectos da empresa como um ficar as si­tua­ções de risco às ­quais cada um todo com as si­tua­ções específicas de cada dos trabalhadores está exposto. posto de trabalho é um esforço que perTambém é importante identificar os mite a com­preen­são dos aspectos que riscos que são recorrentes em cada pardeterminam a atividade real e como te da empresa ou setor. Algumas peças eles se re­la­cio­nam. Assim, esses assunde sinalização podem ser orien­ta­das a tos devem ser objeto de atenção do pro­ mais de um posto de trabalho, ou mesfis­sio­nal responsável pela elaboração do mo a setores in­tei­ros, enquanto ou­tras sistema de sinalização da empresa antes Proibido subir podem ser di­re­cio­na­das para operadoda rea­li­z a­ção do projeto. na superfície res de postos específicos, para que assim

Uso obrigatório de protetor auricular

Conhecer os riscos Sinalização vertical

O tipo mais frequente são as peças instaladas sobre parede.

Sinalização aérea

Tem seus suportes fixados no teto dos ambientes, sendo interessante para as situações em que se deve sinalizar a mesma mensagem para trabalhadores separados por uma grande distância.

Sinalização horizontal

É pintada ou fixada sobre o piso dos ambientes. Em geral, determina áreas de circulação ou áreas de armazenamento temporário.

Rótulos de segurança

Servem para atender aos trabalhadores individualmente, em cada posto de trabalho. De modo geral, são fixos em superfícies lisas das máquinas, dentro do campo de visão do operador.

Sinalização temporária

Peças de sinalização como cavaletes e faixas zebradas.

Uma vez identificados os riscos que cada si­tua­ção de trabalho apresenta é preciso identificar ­quais são as si­tua­ções que apresentam risco de ferimentos menores, risco de ferimentos graves ou morte e as si­tua­ ções que oferecem risco estritamente não pes­soal, ou seja, apresentam risco apenas a equipamentos ou a ma­te­riais envolvidos na produção. Outra dimensão importante para classificar os riscos é a probabilidade de ocorrência. A partir do conhecimento da gravidade dos riscos e da probabilidade de o risco cau­sar acidentes e danos, assim como das informações levantadas an­te­rior­men­ te sobre a empresa e sobre cada si­tua­ção específica de trabalho, é possível definir, com base nesses dados, ­quais riscos devem ser sinalizados por posto de trabalho e por setor. É preciso considerar que

Atenção: Material radioativo de radiação ionizante

VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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uma única si­tua­ção de trabalho pode envolver riscos múltiplos e usar a classificação de riscos para definir ­quais serão prio­ri­z a­dos na elaboração das peças de sinalização. Tipos de peças de sinalização Atenção: Material Tóxico

Há diferentes tipos de peças de sinalização e para que se tenha um sistema de sinalização completo e adequado deve-se considerar o tipo de peça correspondente para cada mensagem e si­tua­ç ão de trabalho. O plano funcional do sistema de sinalização

Proibido o trânsito de pessoas

As mensagens de segurança podem ser expressas de modo verbal e/ou vi­sual. Mui­t as vezes essas duas ma­nei­ras de comunicar são utilizadas de modo complementar. Para todas as si­tua­ções recomenda-se objetividade na redação da mensagem verbal, que deve ser bastante acessível, simples e clara. Uma mensagem VOL. III  2011

Prototipagem e documentação do projeto

A prototipagem serve para testar a efetividade do projeto e para apontar pos­sí­veis revisões antes da produção do projeto efetivo. Uma vez testado e revisado, este deve ser documentado para que via­bi­li­ze a produção e a instalação das peças de sinalização, tanto no momento da implementação do sistema quanto em even­tuais reposições futuras. Um projeto bem documentado deve apresentar o plano fun­cio­nal, acompanhado do inventário de peças que compõem o sistema, do projeto de cada peça detalhada e di­men­sio­na­da e com especificação das cores para produção.

De­pois de conhecer a empresa, os postos de trabalho e as si­tua­ções de risco envolvidas a partir de uma lista hierarquizada dos riscos que devem ser sinalizados, é preciso decidir ­quais serão as peças de sinalização que farão parte do projeto, com base no la­yout da produção da empresa. As peças de sinalização podem conter mensagens múltiplas, com recomendações de procedimentos seguros, alertas para si­tua­ções de risco e mensagens de proi­bi­ção ou de obri­ga­to­rie­da­de. As peças podem va­riar Considerações finais também em relação ao seu tipo de suRes­pei­ta­das as normas e a legislação viporte físico. Assim, sobre a planta progente relativa à sinalização de segurança dutiva pode-se localizar cada uma das no trabalho, um projeto di­re­cio­na­do às peças do sistema, caracterizadas por si­tua­ções de risco de cada empresa Uso obrigatório de luvas uma legenda que defina o tipo de pode prevenir danos pes­soais e ma­ de segurança mensagem e o tipo de suporte fíte­riais, servindo como recurso para sico da peça de sinalização. Sobre essa planta ve- a segurança e a saú­de dos ope­rá­rios e também à rifica-se, também, a ­maior distância desejável de produtividade e mitigação dos pre­juí­zos em­pre­ lei­tu­ra, uma informação imprescindível para a de- sa­riais decorrentes de acidentes no trabalho. Para finição do tamanho das letras e símbolos gráficos obter mais informações, procure uma unidade do que compõem cada mensagem. Sesi ou do Senai em sua re­gião. Mensagens de segurança

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verbal completa pode descrever um risco, sua possível consequência de dano e ain­da um procedimento preventivo de segurança. A mensagem vi­sual contém símbolos gráficos específicos para cada si­tua­ção de risco. Esses símbolos são es­pe­cial­men­te ­úteis para trabalhadores se­mial­fa­be­ti­za­dos, analfabetos ou com de­f i­ciên­cias fi­sio­ló­gi­cas que dificultam a lei­tu­ra. Recomenda-se a apresentação desses símbolos para cada trabalhador após a instalação de um sistema de sinalização, ou mesmo nos momentos em que haja admissão ou rotatividade nos postos de trabalho.

Érico Franco Mineiro é mestrando, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e consultor do Edital Sesi/Senai Inovação – Senai/Cecoteg. O Guia de Sinalização de Segurança

no Trabalho Industrial Gráfico está sendo distribuído gratuitamente nos sindicatos gráficos de cada região.


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COMO FUNCIONA

Luiz Sérgio Galleti e Rodrigo Venturini Soares

Características e particularidades das extensões PDF, TIFF e JPEG

P

ara entender qual o melhor formato a ser usado para o fechamento de um arquivo é necessário antes com­preen­der a diferença entre imagens ve­to­riais e imagens de mapa de bits. No pri­mei­ro grupo estão gráficos de dese­ nhos rea­li­z a­dos a traço (chapados, sólidos, ilustra­ ções, marcas, logotipos). O segundo grupo corres­ ponde a imagens fotográficas. Imagens ve­to­riais, como o próprio nome já diz, são definidas matematicamente por vetores — são, na verdade, gráficos com características geo­mé­tri­ cas. São consideradas imagens ve­to­riais, por exem­ plo, tanto um logotipo quanto um texto digitado. Imagens ve­to­riais podem ser movidas e ter seu ta­ manho ou cor alterados sem nenhuma perda de qualidade. A definição matemática dessas imagens possibilita essas alterações sem nenhuma alteração da resolução final. Programas como Illustrator, CorelDraw e InDe­ sign permitem trabalhar com esse tipo de imagem e os formatos de arquivos escolhidos devem preser­ var essa característica de vetorização. Desse modo estarão garantidas linhas nítidas e sem serrilhas, independentemente de am­plia­ções. As imagens de mapa de bits, por sua vez, são cons­ti­tuí­das por um conjunto de pequenos ele­ mentos, os pixels, como num mo­sai­co. Cada pixel de uma imagem de mapa de bits tem uma posição determinada e um valor de cor próprio, definidos por coor­de­na­das de localização e por quantifica­ ções numéricas. Se um logotipo ou texto digitado for descrito como mapa de bits, ao invés de ve­to­ rial­men­te, haverá um número definido de pixels que o compõe. Ao am­pliar­mos a imagem, esse número não será au­men­ta­do e a resolução poderá ser in­ su­f i­cien­te para o novo tamanho. Como resultado, bordas e linhas poderão aparecer serrilhadas. Pro­ gramas como o Pho­to­shop trabalham com ma­ pas de bits. Esse tipo de imagem é necessário para reproduzir gradações to­nais sutis, como em uma

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fotografia, mas deve ser evitado para elementos a traço, como textos e logotipos. O Adobe PDF

Cria­do pela Adobe Systems e aper­fei­çoa­do durante os últimos 17 anos, o formato Portable Document Format (PDF) é o padrão global para a captura e a revisão de informação de mídia e para o comparti­ lhamento com quase qualquer pessoa, em qualquer lugar. É um formato de arquivo flexível para vá­rias plataformas e aplicativos. Com base no modelo de cria­ção de imagem Post­Script, os arquivos PDF exi­ bem e preservam, com precisão, fontes, lay­outs de página e gráficos ve­to­riais e de bitmap. O forma­ to PDF é o padrão para a dis­tri­bui­ção e o intercâm­ bio seguro e con­f iá­vel de documentos eletrônicos em todo o mundo e qualquer pessoa pode vi­sua­li­ zá-lo e imprimi-lo com o soft­ware gra­tui­to Adobe Rea­der. É um formato mui­to efi­cien­te em proces­ sos de editoração de impressão. Um determinado trabalho salvo em PDF transforma-se em um ar­ quivo compacto e con­f iá­vel que você ou seu pres­ tador de serviços podem exibir, editar, organizar e usar para gerar uma prova. Em seguida, no mo­ mento certo do processo de produção, o presta­ dor de serviços poderá imprimir diretamente o ar­ quivo PDF ou processá-lo usando ferramentas de vá­rias origens para tarefas de pós-​­processamento, como verificações de comprovação, trapping, imposição e separação de cores. Outra possibilidade é, ao salvar um arquivo no formato PDF, optar por ­criar um arquivo compatível com PDF/X (Portable Document Format Exchange), que é um subconjunto do Adobe PDF, com a finali­ dade de eliminar mui­tas das va­riá­veis de cor, fonte e trapping que cau­sam problemas de impressão. O PDF/X é um padrão ISO e apresenta as seguintes opções: ◆◆PDF/X-1a:2001 e PDF/X-1a:2003 (para processos de produção CMYK)


Os arquivos podem ter diferentes ní­veis de com­ pressão. Quan­to ­maior a compressão, menor será o tamanho do arquivo, porém pior será sua qualida­ de. O algoritmo de compressão do JPEG é ba­sea­do nas limitações de vi­sua­li­za­ção do olho humano. As­ O formato TIFF sim, todas as informações que não podem ser vistas O formato Tagged-​­Image File Format (TIFF) é uti­ serão descartadas. No entanto, é necessário tomar lizado para a troca de arquivos entre aplicativos e cui­da­do com os diferentes ní­veis de compactação plataformas de computadores. É um formato fle­ do arquivo. Quan­to ­maior a compactação, menor xível de imagens bitmap suportado praticamente será a qualidade da imagem. Uma vez compacta­ do, as perdas no pro­ Confrontando a imagem ve­to­rial com o mapa de bits: cesso de gravação são GRÁFICO VETORIAL GRÁFICO DE MAPA DE BITS definitivas. Da mesma forma, sucessivos co­ mandos de grava­ ção cau­s am sucessi­ vas perdas. Os ní­veis de compressão vão de 0 a 12, podendo texto vetorial ser digitados ou se­ le­c io­n a­d os através da barra de rolagem por todos os aplicativos de pintura, edição de ima­ constante na cai­xa de texto “qualidade do JPEG”. gens e la­yout de página. Além disso, quase todos os Assim, se você for disponibilizar imagens na inter­ escâneres de mesa podem produzir imagens TIFF. net, é interessante mantê-las em um tamanho pe­ O formato TIFF suporta imagens CMYK , RGB , queno. No entanto, se a imagem for utilizada em Lab, de cores indexadas e em tons de cinza com um documento, mui­tas vezes é melhor mantê-la ca­nais alfa, bem como imagens no modo bitmap com o máximo de qualidade possível, para que a sem ca­n ais alfa. O Pho­t o­s hop pode salvar ca­ impressão não seja prejudicada. madas em um arquivo TIFF. Entretanto, se você abri-lo em ou­t ro aplicativo, somente a imagem Conclusão achatada estará visível. Quan­do geramos arquivos com base no mode­ lo de linguagem Post­Script, como por exemplo os O formato JPEG arquivos PDF, temos a plena certeza de que esta­ O JPEG (­Joint Photographic Experts ­Group) é usa­ mos pro­pi­cian­do a exibição e preservação “com do frequentemente para exibir fo­to­gra­f ias e ou­tras precisão” das fontes, la­youts de página e gráficos imagens de tons con­tí­nuos em documentos HTML ve­to­riais e de bitmap. Esteja, então, cien­te de que, na web e em ou­tros serviços online. O formato JPEG ao utilizar as extensões de arquivo TIFF ou JPEG , oferece suporte a modos de cores CMYK, RGB e tons como opção de fechamento do arquivo, você está de cinza, mas não oferece suporte à transparência. trabalhando com arquivos formados por mapas O JPEG preserva todas as informações de cores de de bits que podem gerar serrilhados em todos os uma imagem RGB, porém faz a compactação de ar­ textos e logotipos. quivos descartando dados de ma­nei­ra seletiva. Tam­ Além disso, você não terá a oportunidade de uti­ bém é possível salvar uma imagem com um ou mais lizar o PDF/X-1a e/ou PDF/X-3 e X-4, que permitem arquivos JPEG usando o comando “salvar” para a web o uso do ge­ren­cia­men­to de cores, de cores es­pe­ e dispositivos. O JPEG oferece suporte somente a ima­ ciais e CMYK , trapping, imposição e separação cor­ gens de oito bits. Se você salvar uma imagem de 16 reta das cores (elementos es­sen­ciais para a geração bits nesse formato, o Pho­to­shop au­to­ma­ti­ca­men­te correta de uma imagem gráfica a ser reproduzida, diminui a profundidade de bits. conforme norma ISO 15930). ◆◆

PDF/X-3:2002 e PDF/X-3:2003 (para processos de

produção com ge­ren­cia­men­to de cores) ◆◆PDF/x-4:2008 (que é con­f iá­vel para trans­pa­rên­cias em tempo real e ge­ren­cia­men­to de cores).

Luiz Sérgio Galleti e Rodrigo Venturini Soares

são professores de pré-​ ­impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

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SITES

LITERATURA

Hei­del­berg www.br.hei­del­berg.com A Hei­del­berg do Brasil está disponibilizando catálogos de peças, encartes técnicos e edi­to­riais de seus equipamentos e sistemas em português em sua página na internet. Com essa ação, a empresa coloca ao alcance dos clien­tes, imprensa e público em geral todo o con­teú­do de seu portfólio (pré-​­impressão, impressão e acabamento), além dos con­su­mí­veis da linha Saphira, Systemservice e peças.

Design Gráfico Sustentável ­Brian D ­ ougherty A o se falar em design sustentável, a pri­mei­ra coi­sa que vem à cabeça das pes­ soas é o uso de ma­te­riais reciclados, em geral as­so­cia­do a um vi­sual “alternativo” encontrado em objetos que as pes­soas compram por má cons­ciên­cia. Design gráfico quase nunca está inserido nessa pri­mei­ra preo­cu­pa­ção e, quando está, pensa-se que se trata apenas de usar ou não papel reciclado nas publicações. A questão, no entanto, é mui­to mais ampla e complexa, exigindo uma análise mais profunda da qual sem dúvida decorrerão alterações nas práticas pro­fis­sio­nais. Essas mudanças ain­da estão sendo experimentadas e geridas, na base da tentativa e erro. É nesse ponto que podemos ava­liar os be­ne­fí­cios deste livro. Edições Rosari www.rosari.com.br

GMG www.gmgcolorla.com Es­pe­cia­li­za­da em soft­wares para ge­ren­cia­men­to de cores, a GMG lançou em maio a versão latino-​­americana de sua homepage. Acessível em português e espanhol, o site traz informações sobre a empresa, produtos e mercados atendidos pela GMG . A área de produtos oferece arquivos PDF para down­load sobre toda a linha de soluções da empresa. Além dos PDF s, há ví­deos e apresentações demonstrando o uso dos produtos da GMG . Os visitantes também podem se cadastrar para receber atua­li­za­ções e no­tí­cias. Há ainda uma área exclusiva para revendedores, protegida por senha.

Geo­me­tria do Design

Kodak

A Kodak Bra­si­lei­ra desenvolveu uma página específica para a área gráfica no Fa­ ce­book, com o objetivo de compartilhar informações, produtos e lançamentos para os interessados no mercado gráfico. Informações são postadas dia­ria­men­ te, seja sobre uma novidade ou resposta a alguma dúvida gerada por alguns dos seguidores. Lá, é possível encontrar também testemunho de clien­tes, fotos dos eventos e contato dos dis­tri­bui­do­res. O objetivo é interagir e se fazer cada dia mais presente na vida de casa usuá­rio. Para curtir a página procure por Kodak – Soluções Gráficas no Fa­ce­book. http://on.fb.me/lf0MsO.

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Kimberly Elam Uma discussão dos parâmetros objetivos do design e de suas formas, Geo­me­ tria do Design acompanha a história da humanidade — da antiguidade greco-​ ­romana às manifestações do modernismo e a produção dos dias ­atuais — para explicar, em termos vi­suais, os prin­cí­pios da composição geo­mé­tri­ca. Analisando um conjunto abrangente de peças gráficas e objetos, desde cartazes franceses do final do século XIX às peças construtivistas do grupo holandês De Stijl, do construtivismo russo à B ­ auhaus, da ca­dei­ra Barcelona, de Mies van der Rohe, até a versão mais recente do Fusca — o New Bee­tle —, o livro aborda a descoberta das relações geo­mé­tri­cas implícitas nas diferentes manifestações do gênio humano. Ao discorrer sobre objetos de tão va­ria­da natureza, a au­to­ra oferece uma reflexão extremamente rica, que au­xi­lia no entendimento de cri­té­rios de beleza e construção formal para além das características clássicas. Cosac N ­ aify http://editora.co­sac­naify.com.br


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GESTÃO

Foto: AGB Photo Library

José Pires de Araujo Júnior

A competição por custo

S

egundo dados de 2011 da Abigraf, há 20.000 competição por custos pro­p or­cio­na vantagens in­dús­trias gráficas no Brasil, as ­quais empre- apenas tem­po­rá­rias. Uma vez que a empresa estegam mais de 220.000 colaboradores. Des- ja concentrada apenas nos custos, ela acaba abanse universo, 96,6% são micro e pequenas donando o foco em mar­ke­ting. Não há a visão claempresas. E todas sofrem com a chegada de no- ra das necessidades do mercado e, em caso de vas tec­no­lo­gias de comunicação, que amea­ç am mudanças dessas demandas, simplesmente pero já tão concorrido mercado gráfico. Essa com- dem-se os clien­tes. Não se constrói a fidelização do clien­te, uma vez que este trocapetição, alia­da à falta de hábirá o fornecedor ­atual por ou­tro to da maio­ria dos em­pre­sá­rios Existe uma que ofereça um preço menor na em planejar estrategicamente o forma de ganhar próxima compra. seu próprio negócio e à elevada carga tributária, au­men­ta ain­da Competir por custos ba­ dinheiro que os mais as dificuldades na gestão seia-se, fundamentalmente, empresários insistem dessas empresas. no controle de des­p er­dí­cios e em não usar: é deixar Para pio­r ar, as gráficas, em no ge­ren­cia­men­to dos custos. de perdê-lo. sua maio­ria, concentram-se no Competir por preço sem gePhilip Crosby, quesito preço na corrida pela rir corretamente os custos da pensador e filósofo conquista do clien­te, o que leva empresa com certeza leva ao a um modelo de competição cofracasso. Nesse sentido, exisnhecido por “ocea­no vermelho”, citado no livro A tem ferramentas importantes que podem ser utiEstratégia do Ocea­no Azul, de W. Chan Kim e Renée lizadas para tornar os processos mais efi­cien­tes. Mau­borg­ne. Neste artigo vamos discutir um pou­co mais a fundo os impactos da escolha por esse mo- Os sete tipos de desperdícios: delo no segmento gráfico e suas consequências. A competição por custo é abordada por Mi­ 1. Superprodução – Produzir mais do que o nechael Porter, es­pe­cia­lis­ta em competitividade, quancessário pode ­criar um incontável número de do ele discute as es­tra­té­gias competitivas. Porter des­p er­dí­cios: estoque excessivo, de­te­rio­r a­ç ão elenca três pos­sí­veis es­tra­té­gias genéricas: liderande ma­te­riais e produtos, custos de energia, maça no custo total, di­fe­ren­cia­ção e enfoque. Confornutenção de equipamentos, encobrimento de me o es­pe­cia­lis­ta, a liderança por custos impõe seproblemas ope­r a­cio­nais e administrativos por veros encargos para a preservação da empresa no meio de “estoques de segurança”. mercado. A au­sên­cia de investimentos em plane- 2. Tempo de espera – Ocorre quando o operário jamento e desenvolvimento pode tornar produpermanece ocio­sa­men­te assistindo uma máquitos e serviços rapidamente ultrapassados. Outro na em operação, ou quando o processo precegrande problema dessa estratégia é a facilidade de dente não entrega seu produto na quantidade, ser co­pia­da pela concorrência. Como resultado, a qualidade e tempo certos.

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3. Transporte – Deslocamentos des­ne­ces­s á­rios ou estoques tem­po­rá­rios, crian­do “pas­seios” de ma­te­riais, fun­cio­ná­rios e equipamentos. 4. Processamento impróprio – Acontece quando de­fei­tos ou limitações (capacidade) dos equipamentos estão presentes. O processo para ou se desenvolve lentamente. Operações extras são introduzidas. 5. Movimentos des­ne­ces­sá­rios – Acontecem pela diferença entre trabalho e movimento. É a ação de quem rea­li­za algum tipo de seleção ou procura alguma coi­sa sobre a bancada. É o movimento que não agrega valor. 6. Estoques des­ne­ces­s á­rios – É o di­nhei­ro “apri­ sio­na­do” no sistema produtivo. Pode ser a tranquilidade no sentido de que não haverá riscos de falta de ma­te­riais. No entanto, esse estoque de segurança pode representar um custo excessivo. Todo remédio desnecessário deve ser evitado. 7. Produção de itens de­fei­tuo­sos – Esse caso é tão óbvio quanto frequente e deve ser evitado por meio de programas de qualidade. Não importa qual tipo de desperdício ocorre; ele sempre reduz o lucro. A melhor ma­nei­ra de perceber isso é analisar a demonstração de resultado do exercício de sua empresa. Esse relatório pode revelar lucros que não estão se rea­li­zan­do por conta da má gestão de custos. É possível ter uma ava­lia­ção do peso dos custos na empresa como um todo através da medição do per­cen­tual dos custos das mer­ca­do­rias (ou serviços) vendidas sobre a re­cei­ta total e sobre o lucro líquido da empresa. A mesma ava­lia­ção pode ser fei­ta com relação às despesas e deduções que também ajudam a di­mi­ nuir o lucro da empresa. O con­cei­to aqui é analisar e identificar o que está reduzindo o lucro. Essa análise deve levar em consideração no mínimo dois pe­río­ dos, para que haja uma comparação temporal que permita acompanhar a evolução dos índices. Para combater o desperdício e controlar os custos da empresa, é necessário elaborar es­tra­té­gias que levem à produção enxuta. O segmento gráfico, em geral, rea­li­z a produção por lote e por demanda. Esse modelo de produção por demanda tem vantagens que podem ser maximizadas se combinadas com a produção enxuta. Ferramentas como Kanban, JIT, 5S e ou­tras ajudam a di­mi­nuir des­per­ dí­cios e melhorar a gestão, tornando mais fácil a tomada de decisões.

A indústria gráfica vende produtos e serviços com alto valor agregado. Mesmo impressos mui­ to simples demandam equipamentos e ma­te­riais bastante caros. Não é cabível vendê-​­los como se fossem com­mo­di­ties. Esse modelo deve-se a uma mio­p ia estratégica e à ânsia por conseguir um pedido a todo custo. Hoje a competição deve ser focada no valor de entrega ao clien­te, e não só no preço de venda. Isso não quer dizer que não há necessidade de controlar os custos quando se compete por valor. Os custos devem Demonstração do Resultado do Exercício – DRE ser sempre bem geridos, mas en  1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA – ROB (1.1 + 1.2) tender as neces1.1  Venda de Mercadorias sidades do clien­ 1.2  Serviços Prestados te e atendê-lo de forma a so­lu­cio­   2 (–) DEDUÇÕES (2.1 + 2.2 + 2.3) 2.1  Devolução de Vendas nar sua neces2.2  ICMS sobre Vendas sidade na hora e da forma que   3 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA – ROL (1 – 2) ele necessita é o   4 (–) CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV grande di­f e­ren­ cial competiti  5 (=) LUCRO BRUTO (3 – 4) vo do mercado   6 (–) DESPESAS OPERACIONAIS (6.1 + 6.2 + 6.3) ­atual. 6.1  Despesas com Vendas Ter uma es6.2  Despesas Financeiras tratégia bem 6.3  Despesas Administrativas def inida , com   7 (=) LUCRO OPERACIONAL (5 – 6) objetivos e metas claros, torna  8 (+) OUTRAS RECEITAS se fundamental   9 (–) OUTRAS DESPESAS para a empresa gráfica. Esse seg10 (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IR E DA CS (7 + 8 – 9) mento está evo­ 11 (–) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL luin­d o rapidamente para um 12 (=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10 – 11) horizonte mais amplo de atendimento às necessidades de comu- Modelo básico de uma DRE. nicação dos seus clien­tes, e não apenas a venda de ma­te­rial impresso. Não se pode dei­x ar de lado o controle dos custos, mas é importante trabalhar para a inovação com cria­ti­vi­da­de e buscar atender o clien­te com soluções que englobem todas as suas necessidades, in­cluin­do o devido valor que a indústria gráfica agrega. José Pires de Araujo Júnior é professor de

graduação e pós-​­graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. III  2011  TECNOLOGIA GRÁFICA

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GESTÃO AMBIENTAL

Marta Vaz e José Pires de Araújo Jr.

Os três pilares da sustentabilidade

O

desenvolvimento sustentável é hoje um objetivo global, envolvendo or­ ganizações não go­ver­na­men­tais, em­ presas privadas, governos e a so­cie­ da­de em geral. Cons­truir processos sus­ten­t á­veis implica em rea­li­z ar, sistematicamente, ações que visam não só a preservar os ecossistemas e a bio­ di­ver­si­da­de, mas também a melhorar as condições so­cioe­co­nô­mi­c as das comunidades nas ­quais a organização está inserida. Um grande número de ferramentas, in­cluin­do diversas certificações, está disponível para o gestor que deseja produzir de forma sustentável. No en­ tanto, a sustentabilidade ­apoia-se sempre em três pilares: o econômico, o so­cial e o am­bien­tal. As certificações ambientais

Sistemas de certificação, com sua abrangência ou limitação, podem prover uma estrutura ope­ra­cio­ nal para verificar se os produtos são manufatura­ dos, processados e dis­tri­buí­dos de ma­nei­ra sustentá­ vel. Uma certificação adequada pode ­criar diversas vantagens para a empresa, como: ◆◆Participação em mercados mais seletivos ◆◆Melhoria contínua de desempenho ◆◆Melhoria da relação da organização com seus fornecedores. Principais certificações FSC – Forest Stewardship Coun­cil (Conselho de Ma­ nejo Florestal), cria­do em 1993. Através dele foi cria­ da uma certificação, ou selo, que estabelece requisi­ tos de sustentabilidade para os produtos flo­res­tais a partir de 10 prin­cí­pios e 57 cri­té­rios. Inclui a ava­ lia­ção das plantações e de ras­trea­bi­li­da­de da ca­deia de fornecimento de produtos flo­res­tais. ISO 14001 – Cria­da em 1993, a norma da In­ter­na­ tio­nal Or­g a­ni­z a­tion for Stan­d ar­di­z a­tion estabe­ lece requisitos de um sistema de gestão am­bien­ tal com foco na melhoria contínua e prevenção da po­lui­ção. 60 TECNOLOGIA GRÁFICA

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OHSAS 18001 – Cria­da por um grupo de certifi­ cadoras in­ter­na­cio­nais, a norma estabelece requi­ sitos para controle da saú­de ocu­pa­cio­nal e segu­ rança dos colaboradores com foco na prevenção e melhoria contínua. SA 8000 – Cria­da em 1997, a norma é ba­sea­da na Declaração Universal dos Di­rei­tos Humanos e nas Convenções da Organização In­ter­na­cio­nal do Tra­ balho. Estabelece requisitos para atendimento de cri­té­rios, como não utilização de mão de obra in­ fantil e forçada, discriminação, práticas disciplina­ res e remuneração, ho­rá­rios de trabalho, di­rei­to à as­so­cia­ção, livre ne­go­cia­ção e saú­de e segurança. ISO 26000 – Con­cluí­da em 2010 pela In­ter­na­tio­nal Or­ga­ni­z a­tion for Stan­dar­di­z a­tion, apresenta dire­ trizes de responsabilidade so­cial (sem ter caráter de sistema de gestão) e orien­t a organizações de diferentes portes e naturezas (pequenas, mé­dias e grandes empresas, governos e organizações da so­ cie­da­de civil, entre ou­tras) a incorporá-​­las em sua gestão, e não somente às empresas. A ISO 26000 utiliza a termologia responsabilidade so­cial (RS), e não responsabilidade so­cial em­pre­sa­rial (RSE). GLOBAL G.A.P. – Cria­da pelos varejistas eu­ro­peus para controle de sua ca­deia de fornecimento de produtos pri­má­rios, como café, frutas, flores, car­ nes, está ba­sea­da no atendimento de cri­té­rios am­ bien­tais, so­ciais e de saú­de e segurança. Os objetivos dos programas de certificação não são ­criar bar­rei­ ras não ta­ri­f á­rias para o processo de in­ter­na­cio­na­ li­za­ção, mas sim mostrar às comunidades compra­ doras que as empresas estabeleceram e cumprem regras mínimas de conduta. Meio ambiente

A crescente preo­cu­pa­ç ão com o meio am­bien­te tem levado empresas no mundo todo, inclusive no Brasil, a buscar alternativas de produção mais lim­ pa e ma­té­rias-​­primas menos tóxicas, a fim de re­ duzir o impacto de seus processos. Segmentos da


so­cie­da­de, cons­cien­ti­z a­dos quanto aos problemas am­bien­tais, têm induzido essas empresas a buscar uma relação mais sustentável com o meio am­bien­ te. Acei­ta-se cada vez menos a exacerbação do lu­ cro obtido à custa do comprometimento do meio am­bien­te. Dian­te disso, a indústria tem sido força­ da a investir em modificações de processo, aper­fei­ çoa­men­to de mão de obra, subs­ti­tui­ção de insumos, redução de re­sí­duos e ra­cio­na­li­z a­ção de consumo de recursos na­tu­rais. Responsabilidade social

Ela nasce de um contexto in­ter­na­cio­nal em que te­ mas como di­rei­tos humanos, di­rei­tos do trabalhador, meio am­bien­te e desenvolvimento sustentável ga­ nham vulto na discussão entre os paí­ses-​­membros das Nações Unidas, resultando em diretrizes que, de certa forma, orien­tam a formulação con­cei­tual da Responsabilidade So­cial Em­pre­sa­rial – RSE . Esse tema, bem como o da preservação am­ bien­tal, consagrou-se como preo­cu­pa­ção das Na­ ções Unidas a partir da Conferência Rio’92. Desde aquela época, intensificou-se a discussão in­ter­na­ cio­nal e au­men­tou o número de convenções sobre o meio am­bien­te, que se somaram a ou­tros acor­ dos já existentes. A partir disso, a ONU ­criou uma série de diretrizes sobre as questões de responsa­ bilidade so­cial, dando aos governos poderes para que estes possam exigir das organizações o res­pei­ to pelos di­rei­tos humanos, pela soberania e pelo desenvolvimento econômico local. Economia

Segundo o con­cei­to mais amplo de sustentabilida­ de, não basta a uma empresa simplesmente bus­ car o lucro. Resultados devem in­cluir ganhos am­ bien­tais e so­ciais. Isso leva as empresas a considerar, como parte integrante de um plano de ne­gó­cios, a inclusão de metas em­pre­sa­riais com­pa­tí­veis com o desenvolvimento sustentável dela mesma e da so­ cie­da­de. Ao mesmo tempo em que representa um desafio, a busca pela sustentabilidade pode repre­ sentar novas oportunidades de ne­gó­cios. A ten­ dência de os consumidores preferirem produtos e serviços sus­ten­tá­veis é o exemplo mais eviden­ te de vantagens competitivas que podem advir de práticas sus­ten­tá­veis como estratégia de ne­gó­cios.

Já há alguns anos se verifica, também, uma ten­ dência mun­dial dos investidores preferirem em­ presas sus­ten­tá­veis como destino de seus recursos. Nos Estados Unidos foi lançado, em 1999, o índice Dow Jones de Sustentabilidade (Dow Jones Sus­tai­ na­bi­lity Index – DJSI), que acompanha o desempe­ nho fi­nan­cei­ro de empresas líderes no campo do desenvolvimento sustentável. A Bolsa de Valores de São Pau­lo (Bovespa) ­criou, em 2005, um índice semelhante ao DJSI, através do qual os investidores podem encontrar empresas so­cial­men­te res­pon­sá­veis, sus­ten­tá­veis e ren­tá­veis para aplicar seus recursos. Tais aplicações, deno­ minadas Investimentos So­cial­men­te Res­pon­sá­veis (SRI), consideram que empresas sus­ten­tá­veis geram valor para o acio­nis­ta no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, so­ciais e am­bien­tais. Essa demanda veio se forta­ lecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vá­rios instrumentos fi­nan­cei­ros no mercado in­ter­na­cio­nal. Iniciativas de sustentabilidade no setor gráfico

O setor gráfico bra­si­lei­ro, que completou 200 anos de existência em 2008, abrange um universo de pelo menos 19 mil empresas, res­pon­sá­veis por cerca de 220 mil empregos diretos e faturamento girando em torno de R$ 23 bi­lhões. No Estado de São Pau­ lo existem 6.172 gráficas, que empregam cerca de 90 mil pes­soas e faturam R$ 15 bi­lhões. Apesar de diversas ini­cia­ti­vas de empresas e ins­ ti­tui­ções no sentido de implementar métodos de produção mais limpa e de destinar corretamente seus re­sí­duos, a indústria gráfica bra­si­lei­ra, de um modo geral, ain­da está pou­co cons­cien­te da sua im­ portância e sua responsabilidade com as ações sus­ ten­tá­veis. Essa tomada de cons­ciên­cia e de atitude é dificultada pelo fato de a grande maio­ria das gráfi­ cas ser composta por micro e pequenas empresas, com gestão pou­co pro­f is­sio­na­li­z a­da. Marta Vaz é empresária do setor gráfico e aluna

do curso de pós-​­graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. José Pires de Araújo Jr. é professor de graduação e pós-​­graduação na mesma escola.

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CURSOS

Cursos ABTG Julho Custos e Formação do Preço de Venda Data: 11 a 14 de julho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Flávio Botana Investimento: R$ 320,00 para as­so­ cia­dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­ grafs e A ­ biea; R$ 420,00 para não as­so­ cia­dos e R$ 220,00 para estudantes.

Fechamento de Arquivos para a Indústria Gráfica Data: 19 de julho Horário: 9h às 18h Instrutor: Ricardo Minoru Investimento: R$ 290,00 para as­so­cia­ dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­grafs e ­Abiea; R$ 390,00 para não as­so­cia­ dos e R$ 190,00 para estudantes.

Agosto Produção Gráfica Data: 2 de agosto Horário: 9h às 18h Instrutor: Ana Cristina Pedrozo Investimento: R$ 290,00 para as­so­cia­ dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­grafs e ­Abiea; R$ 390,00 para não as­so­cia­ dos e R$ 190,00 para estudantes.

Problemas e Soluções na Pós‑Impressão Data: 9 a 11 de agosto Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Jai­ro Alves Investimento: R$ 320,00 para as­so­ cia­dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­ grafs e A ­ biea; R$ 420,00 para não as­so­ cia­dos e R$ 220,00 para estudantes.

Escola de Vendas II Data: 16 de agosto Horário: 9h às 18h Instrutor: Auro Aldo Gorgatti Investimento: R$ 290,00 para as­so­cia­ dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­grafs e ­Abiea; R$ 390,00 para não as­so­cia­ dos e R$ 190,00 para estudantes.

Custos e Formação do Preço de Venda Data: 27 de agosto a 3 de setembro Horário: 9h às 16h Instrutor: Flávio Botana Investimento: R$ 320,00 para as­so­ cia­dos ABTG, Abigraf, Abraform, Sin­ grafs e A ­ biea; R$ 420,00 para não as­so­ cia­dos e R$ 220,00 para estudantes.

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Cursos Senai APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL PhotoShop para Pré‑Impressão (32h) – R$ 564,00

Sábados: 23/7 à 10/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referen­ tes à editoração eletrônica, adquiri­ dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

InDesign para Pré‑Impressão (32h) – R$ 510,00

Sábados: 23/7 à 10/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referen­ tes à editoração eletrônica, adquiri­ dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Montagem Eletrônica e Operação de Equipamentos Computer to Plate (CtP) (40h) – R$ 1.065,00

Sábados: 23/7 à 20/8 e 22/10 à 3/12 das 8h às 17h Requisito: comprovar conhecimentos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referentes à utilização de soft­wares para editora­ ção eletrônica e fechamento de ar­ quivos, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Produção Gráfica (32h) – R$ 480,00

Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à área gráfica, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Tratamento de Imagens (32h) – R$ 582,00

Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 a 3/12 das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimentos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referentes à utilização de soft­wares para pré im­ pressão, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Diagramação e Ilustração Digital (70h) – R$ 1.015,00

Sábados: 30/7 à 10/12 das 8h às 12h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referen­ tes à editoração eletrônica, adquiri­

dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Densitometria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00

Sábados: 30/7 a 17/9 e 1/10 a 3/12 das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à produção gráfica, adquiri­ dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Preparação de Tintas para Serigrafia (20h) – R$ 464,00

Requisito: comprovar conhecimentos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referentes à serigrafia, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Impressão Offset em Máquina Quatro Cores (60h) – R$ 1.174,00

Sábados: 23/7 à 10/9 das 8h às 17h e 1/10 à 3/12 das 8h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à impressão offset, adquiri­ dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Tecnologia de Impressão Offset (40h) – R$ 540,00

Sábados: 30/7 à 27/10 das 13h às 17h e 1/10 a 5/11 das 08h às 17h Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à impressão offset, adquiri­ dos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Tecnologia de Embalagens Celulósicas (40h) – R$ 617,00

Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à área gráfica, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

Tecnologia de Embalagens Flexíveis (32h) – R$ 417,00

Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 à 19/11 das 8h às 12h Requisito: comprovar conhecimentos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referentes à produção de embalagens, adqui­ ridos em ou­tros cursos, no trabalho ou em ou­tros ­meios in­for­mais.

Tecnologia de Impressão Flexográfica Banda Estreita (40h) – R$ 753,00

Requisito: comprovar conhecimentos e ex­pe­riên­cias an­te­rio­res referentes

à flexografia, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou em ou­tros ­meios in­for­mais.

Orçamento de Serviços Gráficos (40h) – R$ 468,00

Sábados: 23/7 a 24/9 e 1/10 a 17/12 das 8h às 12h ou 13h às 17h Requisito: ensino médio con­cluí­do e comprovar conhecimentos e ex­pe­ riên­cias an­te­rio­res referentes à área gráfica, adquirido sem ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais.

ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL Impressor Offset em Máquinas com Dispositivos de Cura por Radiação UV (Novo) (80h) – R$ 1.250,00

Requisito: comprovar conhecimen­ tos e ex­p e­riên­cias an­te­rio­res refe­ rentes à impressão offset em má­ quinas quatro cores, adquiridos em ou­tros cursos, no trabalho ou por ­meios in­for­mais. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental con­cluí­do (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-​se o di­rei­to de não ini­ciar o programa se não hou­ ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.

Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Moo­ca) 03162-030  São Paulo  SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica



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