ANO XVI Nº 82 VOL. II 2012 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
Sacolas plásticas
R E V I S TA te c n o l o g ia g r á f i c a 8 2
Há bandidos e mocinhos nessa história? Entramos na polêmica do banimento das sacolas nos supermercados de São Paulo
Tutorial
Efeito Bauhaus no Photoshop
Entrevista
Eduardo Buck, da Canon, fala sobre a presença na empresa no mercado gráfico.
Gestão
Não venda preço. Venda valor.
Normalização
O uso de XML para controle de processos em tecnologia gráfica
Pensando no futuro? Nós podemos ajudá-lo.
Pós-graduação e extensão universitária
Novos cursos da faculdade SENAI Extensão universitária (ensino a distância):
Gestão da produção na empresa gráfica Pós-graduação:
Desenvolvimento e produção de embalagens flexíveis Extensão universitária Otimização do processo offset para a qualidade e produtividade Controle de processo na impressão offset Gestão da qualidade na indústria gráfica Green Belt estratégia lean-seis sigma Gestão estratégica da indústria gráfica Gestão estratégica de pessoas Marketing industrial
Pós-graduação Tecnologia de impressão offset : qualidade e produtividade Planejamento e produção de mídia impressa Gestão inovadora da empresa gráfica
Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6303 - www.sp.senai.br/grafica
A praga da desinformação
Volume II – 2012 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162‑030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Enéias Nunes da Silva, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Simone Ferrarese e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Letânia Menezes Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGE Fotostock/ AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão: Senai Theobaldo De Nigris Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil): UVPack Acabamentos Especiais Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
N
o Dicionár io Houaiss, um de seus sinônimos é ignorância. Desinformação é substantivo para informação falsa e também para falta de informação, de conhecimento. A Wikipedia vai mais longe, apontando desinformação, ou contrainformação, como o ato de silenciar ou manipular a verdade. Convivemos com a desinformação desde que o homem começou a se comunicar. Através dos séculos ela tem sido usada para transformar interlocutores em joguetes e, mesmo hoje, num momento em que vivemos praticamente soterrados pela informação, ela está mais presente do que nunca. À sombra da desinformação, em questão de segundos erguemse bandeiras nas redes sociais e milhões de pessoas tomam para si uma afirmativa como verdade absoluta, sem questionamentos, sem dúvidas, sem qualquer conhecimento prévio que aponte minimamente para a veracidade de tal afirmação. Dois casos recentes são emblemáticos. Por aqui tivemos o Movimento Gota d’Água, vídeo que contava com a participação de diversos atores, veiculado na internet, pedindo que as pessoas assinassem uma petição contrária à construção da usina de Belo Monte, o que acabou motivando universitários a criarem outros vídeos para apontar os erros divulgados pelas estrelas globais. E a campanha Kony 2012, denuncian do atrocidades cometidas por Joseph Kony em Uganda, em poucos dias transformada no maior vídeo viral da história, depois contestada não só por sua superf icialidade e erros temporais, mas também pela própria idoneidade da organização promotora da campanha. Quando essas causas vêm tingidas de verde ou embrulhadas em motivações politicamente corretas, a adesão é extremamente rápida. A indústria gráfica e de celulose e papel, por exemplo, luta diariamente para desmistificar a ideia de que a produção de papel é responsável pela derrubada de nossas florestas e, mais adiante, por danos irreversíveis ao meio ambiente. Outra dessas bandeiras foi levantada no início do ano na capital paulista em função da proibição da distribuição das sacolas plásticas. Muito já se falou, mas, por esta ser uma revista técnica, decidimos abordar o assunto justamente para combater a famigerada desinformação. A discussão é longa e a matéria não pretende esgotar o tema. O objetivo é fomentar o debate, apresentar os argumentos de quem é contra e de quem é favorável ao acordo firmado entre a prefeitura e algumas redes de supermercado, bem como informações técnicas sobre o produto. Convido você, leitor, a seguir o conselho da autora de peças de teatro e ensaísta Lorraine Hansberry: “Nunca tenha medo de sentar-se um pouco e pensar”. Boa reflexão! Reinaldo Espinosa Presidente executivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)
VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
3
Sumário
Especial
44
O efeito Bauhaus no Photoshop
48
Eduardo Buck, da Canon
Tutorial
Entrevista
Design brasileiro e preocupação ambiental
26
Gestão
Gestão ambiental
Novidades em impressão digital no segmento de rótulos
30
O uso de XML para controle de processos
36
Spindrift
Normalização
Programa da FTD focado na saúde e na qualidade de vida dos colaboradores
50
Segurança e saúde
A letra impressa. Parte IV. A revolução da fotocomposição
54
Malha, estêncil e sistemas de medição para o controle de qualidade
57
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
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ANO XVI Nº 82 VOL. II 2012 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFIC O BRASIL EIRO
Sacolas plás
ticas Há bandidos e mocinhos nessa história? Entram do banimento dasos na polêmica supermercados sacolas nos de São Paulo
Tipografia
82
24
IA gRáfIc A
Não venda preço, venda valor
R E V I S TA T Ecnolog
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Entramos na discussão sobre a distribuição de sacolas plásticas pelos supermercados paulistas
Tutorial
Efeito Bauhaus no Photoshop
Entrevista
Eduardo Buck, da Canon, fala a presença na sobre empresa no mercado gráfico.
Gestão
Não venda preço. Venda valor.
Normalização
O uso de XML para controle de processos em tecnologia gráfica
Serigrafia
CApa: cesar mangiacavalli imagem: agbphoto
NOTÍCIAS
O
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Revista Tupigrafia chega à 10ª- edição
oi lançada em São Paulo, no dia 11 de abril, a 10ª‒ edi ção da revista Tupigrafia. Edi tada pela Oficina Tipográfica São Paulo, a publicação aborda temas ligados à tipografia e à caligrafia, explorando a rique za da cultura visual brasileira que gerou e continua gerando projetos originais, além de tra zer o melhor do cenário tipo gráfico internacional. A revis ta é destinada essencialmente aos profissionais e estudantes de design gráfico, mas interes sa a pessoas ligadas à comuni cação visual, por seu projeto editorial inovador e paginação cuidadosamente elaborada. A Tupigrafia 10, que teve o apoio da Escola Senai Theo baldo De Nigris, da Heidelberg, da Arjowiggins e da APP, tem três capas diferentes, uma delas
6 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2012
produzida no sistema tipográ fico. As 136 páginas da edição apresentam, entre outros te mas, as mon otip ias tipográ ficas de Claudio Rocha, pro duzidas na OTSP; a Ephemera, coleção inusitada de pequenas peças gráficas encontradas no interior de livros do acervo da livraria Sereia; a bossa tipográ fica de Cesar Villela, nas históri cas capas de disco da gravado ra Elenco, produzidas no início da década de 1960; a trajetó ria do artista pernambucano Borges, poeta, gravador, tipó grafo, em artigo assinado por Buggy; e as incríveis estrutu ras tipográficas de Rubens Ma tuck e Maurício Tortelli, dese nhadas à mão, ainda na época pré-digital. Mais informações: vendas@tupigrafia.com.br. www.tupigrafia.com.br
Grupo Helpress faz parcerias inovadoras
grupo Helpress , que atua no mercado gráfi co há mais de 20 anos pres tando serviços de manuten ção offset e fornecendo peças de reposição, deu início a duas importantes parcerias: com a empresa alemã Grafix GmbH e agora com a Escola Senai Theobaldo De Nigris. Contra to firmado em janeiro de 2011 com a Grafix GmbH deu ori gem à Grafix Brasil, objetivan do a comercializ ação de equi pamentos, peças de reposição e assistência técnica de toda a linha de pulverizadores, ex tratores de pó e secadores IR e UV fabricados na Alemanha. Técnicos e vendedores da Helpress foram treinados em Stuttgart para atendimentos técnicos e consultorias. Com o Senai, a Helpress ini ciou, também em 2011, ações de cooperação visando apoiar a escola na manutenção de seus equipamentos, com a oferta de condições especiais para for necimento de peças e servi ços. Além disso, a empresa dis ponibilizou para a Theobaldo De Nigris uma impressora Hei delberg SM 72 ZP, totalmente
reformada, para ser usada no treinamento de mecânicos de manutenção. Também serão exibidos na escola, permanen temente, equipamentos Grafix de última geração. “Essa parce ria segue a nossa linha de que brar paradigmas no mercado, pois estamos trabalhando em conjunto com o Senai para rea tivar o curso de manutenção mecânica, justamente para for mar mais pessoas e gerar mais empregos para o País, além de mostrar aos nossos clien tes que uma empresa séria e idônea torna-se um parceiro estratégico, porque queremos que os gráficos se preocupem com seus client es, não com suas máquinas”, afirma José Antonio Pereira, presidente do Grupo Helpress. Para Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Theobal do De Nigris, a parceria com a Helpress é positiva, na medida em que permite ao Senai reto mar aulas práticas de manu tenção e mostrar aos seus alu nos a mais nova tecnologia em dispositivos de secagem e de pulverização da alemã Grafix. www.helpress.com.br
Anunciado resultado do 1º- Concurso de Monografias Aldo Manuzio
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N
Treinamento em gestão da tinta recebe reforço em Barueri
o dia 14 de março foi inaugurada na Escola Se nai Barueri o Espaço In Hou se, área destinada ao treina mento prático em gestão da tinta. Fruto da parceria com a Tupahue, empresa especia liz ada em tintas para impres são, o objetivo da iniciativa é aproximar a realidade de uma casa de tintas, instalada den tro das empresas convertedo ras de embalagem, dos alu nos do Senai. “A ideia surgiu da dificuldade de encontrar
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profissionais devidamente ca pacitados para atuar nos nos sos clientes e para que nossos clientes pudessem ter mais au tonomia com seus próp rios funcionários na gestão de tin tas”, afirmou Cristina Ladeira, gerente de marketing da Tu pahue. A fabricante de tin tas já possui quatro unidades instaladas e em funcionamen to, e o Senai Barueri é a quin ta unidade a contar com esse processo de especializ ação. www.tupahue.com.br
om o objetivo de fomentar o pensamento crítico, a aná lise e a pesquisa de temas rele vantes para o segmento gráfico, a Faculdade SenaiI de Tecnolo gia Gráfica organizou um con curso de monog raf ias ao qual puderam se inscrever alunos e ex-alunos de seus cursos de gra duação e pós-graduação. A ini ciativa contou com o suporte e patrocínio de importantes em presas e instituições, todas com prometidas, junto com o Senai, a apoiar o desenvolvimento das empresas gráficas brasileiras. O trabalho vencedor foi A utilização de provas digitais em conformidade com a NBR 12.647‑7 como critério qualitati vo na compra de materiais grá ficos. A autora do trabalho foi Cristiane Tonon Silvestrin, aluna do curso de pós-graduação Pla nejamento e Produção de Mídia Impressa, orient ada por Bruno Mortara. Como prêmio, Cristia ne e Bruno receberam uma via gem à Drupa 2012 com todas as despesas pagas.
Segundo o corpo de jurados, “o trabalho de Cristiane tratou de uma tendência irreversível que é a aplicação de normas técnicas” e, ainda, “propõe a solução de um problema importante para grá ficas e clientes, por meio de um método técnico-científ ico cor reto”. A comissão também ava liou que a “conclusão foi coe rente com a proposta inicial e totalmente embasada na fun damentação teórica apresentada e na pesquisa desenvolvida”. O nome do concurso é uma homenagem ao editor, designer, tipógrafo e comerciante do século XV, que revolucionou o negócio da produção de livros, conferindo-lhe grande impulso, fato que o tornou um empresá rio de sucesso. A realiz ação do concurso contou com o apoio técnico e patrocínio de tradicio nais parceiros da escola: Abflexo, Abiea, Abigraf, Abraform, ABTG , Afeigraf, Agfa, Canon, Cathay, D uPont, Esko, Heidelberg, IBF, Kodak, Manroland, Metrics, Stig, Sindigraf e Sun Chemical.
Faculdade Senai promove trote solidário
elo quarto ano consecutivo, a Faculdade Senai de Tecno logia Gráfica realiz a o trote soli dário. Assim como os trotes que tradicionalmente acontecem no início dos cursos de nível supe rior, a ação objetiva integrar ca louros e veteranos. A diferença está nas ações desenvolvidas. O objetivo do trote solidário é promover a responsabilidade soc ial. No caso da Faculdade Senai, isso acontece através da arrecadação de alimentos não
perecíveis, depois entregues a uma instituição beneficente, sen do que tais atividades também integram a disciplina de Plane jamento Estratégico do curso sup erior. “No último semestre conseguimos arrecadar 2.500 kg, mesmo montante que entrega mos agora em abril”, afirma José Pires de Araújo Junior, professor do ensino superior. Desde 2009, a instituição escolhida é o Lar Mais Vida, que abriga crianç as em situação de risco. VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA 7
Senai reformula cursos técnicos gráficos
O
alto índice de empregabilidade dos alunos egressos dos cursos do Senai SP deve-se, em grande parte, à constante atualiz ação de currículos e me todologias. Tendo como base o princípio do “aprender fazendo”, a instituição preocupa-se sempre em ajustar os programas às reais necessidades do mercado. Recentemente foram implantados o novo curso de aprendizagem indust rial Auxiliar de Produção Gráfica e um novo projeto pedagógico do curso superior Tecnologia em Produção Gráfica. Agora é a vez dos cursos técnicos. A partir do segundo semestre de 2012 terão início os novos cursos de pré- impressão, impressão offset e rotogravura/flexografia. Esses novos programas tiveram seus perfis de saída atuali zados a partir da análise de comitês técnicos. Formados por profissionais que atuam nos processos produtivos como técnicos, supervisores e diretores industriais, esses comitês definem que competências os novos profissionais formados deverão dominar. Especialistas em educação do Senai SP, junto com docentes da escola, constroem as grades curriculares a partir desses perfis. A elaboração do projeto do curso se baseia, também, no conceito de ensino com base em competências. Segundo essa metodologia, o processo de ensino deve ser direcionado à solução de situações-problemas reais, que o futuro prof iss io nal vai enfrentar nos seu dia-a- dia. Outra inovação é que 20% do currículo dos cursos será desenvolvido a distância. 8 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2012
C
15º- Congresso Brasileiro de Embalagem acontece em agosto
om o tema Co-C reat iv e Packaging: o desafio de inovar com o consumidor, o Congresso Brasileiro de Embalagem, realiz ado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), apresentará nos dias 14 e 15 de agosto um novo formato que propiciará aos participantes inovação, diferenciação e visão global do mercado através de seus quatro painéis. O evento objetiva analisar a nova dinâmica da sociedade calcada na colaboração, participação e interação, e
como a embalagem pode se tornar uma plataforma estratégica nesse novo cenário. Outra meta é explorar novas oportunidades para o setor de embalagens focadas em maior valor agregado e diferenciação. Através de quatro painéis, o congresso fará um panorama do desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo, trazendo referências para os executivos sobre as oportunidades em diferentes mercados, os rumos na gestão do mercado de bens de consumo, as
tendências em posicionamento estratégico de produtos, o melhor entendimento da socieda de impulsionada pela conexão global entre pessoas e empresas, e as novas diretrizes no desenvolvimento de embalagens conc iliand o interação, oportunidades e sustentabilidade. 15º– Congresso Brasileiro de Embalagem Data: 14 e 15 de agosto de 2012 Horário: das 8h às 18h Local: Centro Fecomercio de Eventos Rua Dr. Plínio Barreto, 285 (Bela Vista) São Paulo / SP
Reuniões ONS27
A
presentamos aqui as datas e horários das próximas reuniões do ONS27, Organismo de Normalização
Setorial, que cuida da criação de normas para o setor gráfico. Os encontros são realizados na ABTG , Rua Bresser,
2315, Mooca, em São Paulo. Mais informações pelo telefone (11) 2797-6715 ou no site www.abtg.org.br.
Programação Oficial ONS 27 – 2012 CE/CEE
Horário
Julho
Agosto
Setembro
CE 00:0001.84
Segurança em Documentação Eletrônica
08h00 – 09h00
20
17
21
CE 27:200.01
Pré-impressão Eletrônica
09h00 – 10h30
20
17
21
CE 27:200.02
Gerenciamento de Cores
10h30 – 12h30
20
17
21
CE 27:300.01
Processos em Offset
09h00 – 11h00
26
23
27
CE 27:300.03
Processos de Rotogravura
08h30 – 10h30
5
2
13
CE 27:300.04
Processos em Impressão Digital
10h30 – 12h00
19
23
20
CE 27:300.05
Processos em Flexografia
09h00 – 10h30
12
9
20
CE 27:300.06
Controle de Processo de Reprodução Gráfica
10h30 – 12h00
4
1
12
CE 27:300.07
Pós-impressão
09h00 – 11h00
24
21
25
CE 27:400.02
Tintas Gráficas
09h00 – 10h30
18
15
19
CE 27:400.03
Colorimetria
10h30 – 12h00
18
15
19
CE 27:400.07
Materiais de Ensino
10h00 – 12h00
—
—
—
CE 27:400.08
Rótulos e Etiquetas Autoadesivas
09h00 – 11h00
17
14
18
CE 27:400.09
Impressos de Segurança
09h00 – 12h00
31
28
—
CE 27:400.05
Livros Didáticos
14h00 – 17h00
—
—
—
09h00 – 12h00
—
—
—
CE 27:500.01
Questões Ambientais e Segurança
09h00 – 11h00
—
7
11
Legenda:
Reuniões desmarcadas
Reunião reagendada
A ABTG CERTIFICADORA ESTÁ COM NOVOS SERVIÇOS, VENHA NOS FAZER UMA VISITA.
CERTIFICAÇÃO ISO 14001 (ACREDITADO PELO INMETRO) A indústria gráfica nacional ganhou um Organismo Certificador, especializado no setor, a ABTG Certificadora. O Organismo, que já conta com as certificações ISO 9001 (Qualidade), ISO 12647-2 (Qualidade no processo gráfico), certificação de qualidade de máquinas novas e usadas e outros, foi recentemente acreditado pelo INMETRO para certificar ISO 14001 para o mercado gráfico brasileiro. Venha nos visitar e descobrir como a certificação independente e especializada na nossa indústria pode ajudar a alavancar a qualidade e gerar diferencial competitivo para sua empresa gráfica.
SEDE Rua do Paraíso, 529 - Paraíso - São Paulo / SP Telefone: (55 11) 2618-2024 E-mail: comercial@abtgcertificadora.org.br Site: www.abtgcertificadora.org.br
PRODUTOS
Drupa 2012 Conheça algumas das novidades apresentadas na Drupa 2012, que aconteceu de 3 a 16 de maio, em Düsseldorf, na Alemanha. Agfa
Assim como vários fabricantes, a Agfa também procurou transitar entre os processos convencionais de impressão e a tecnologia digital através de sistemas com boa relação custo-benefício e ecologicamente amigáveis. Para o segmento de grandes formatos, a atração foi a impressora jato de tinta :M-Press Leopard, capaz de imprimir em substratos com até 5 cm de espessura e formato
com substratos rígidos e flexíveis, opacos e transparentes. Para o mercado de impressão comercial, a Agfa está estendendo a tecnologia ThermoFuse, aplicada à solução de pré-impressão, para impressoras de alto volume, como a chapa digital sem substâncias químicas :Azura TS e a :Azura CX125 COU (Clean-out Unit). A empresa mostrará também dois novos CtPs de alta velocidade e volume para o segmento de jornais,
:M-Press Leopard (acima) e :Jeti 3020 Titan
máximo de 1,6 m × 3,3 m. As duas novas impressoras UV :Jeti 3020 Titan são a atração no segmento de comunicação visual. Nas versões com 36 e 48 cabeçotes de impressão, os equipamentos trabalham no formato 2 m × 3 m, 10 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2012
A Vutek GS3250R une qualidade e alta produtividade
EFI
Em seu estande de mais de 1.000 metros quadrados, localizado no pavilhão cinco, a EFI mostrou aos visitantes uma linha completa, que abrange todas as etapas de impressão, desde softwares de gerenciamento a integração em soluções web-to-print. Para os sistemas de impressão de grandes formatos, algumas das novidades são as impressoras jato de tinta UV da Vutek, incluindo a GS5000r , que traz maior produtividade, imprimindo até 288 m2 por hora (m2/h). Para o formato 320 cm, a GS3250 imprime em rolo ou em plana com tintas UV até 223 m2/h. Já a QS3250r imprime apenas em rolo, mas também de forma econômica, a 172 m2/h. A EFI teve ainda a nova impressora têxtil, por sublimação de cor, a TX3250r , que fornece impressões decorativas em têxteis com efeito real e alta velocidade de impressão. Para o segmento de impressão jato de tinta de etiquetas e embalagens, a EFI apresentou a Jet rion 4900 , que as imprime em 21 cm de largura a
uma velocidade de 37m/min. O equipamento tem quatro cores + branco e mais de 1.000 dpi de resolução. Imprime com tintas UV em materiais absorventes e não absorventes a uma qualidade superior. Estavam presentes também os RIPs da Fiery. A nova versão de sistema Fiery10 para o controlador oferece características suplementares à impressão de cores e é ideal, no caso de elevada acessibilidade simultânea, para uma integração sem problemas no ritmo de trabalho da EFI . Além disso, o pro Servidor Fiery XF é utilizado como RIP de alto desempenho para a impressora Vutek e foi destaque nas apresentações de produtos. A empresa levou igualmente as ultimas versões de seus softwares para verificação de cores, web-to-print, gerenciamento das gráficas e de fluxo de trabalho. Estande: Pavilhão 5, C01 www.efi.com
Esko
Para aquela que foi sua maior participação em edições da
o :Advantage N PL HS (Pallet Load, High-Speed) e o :Advantage N TR HS (Trolley Load, High-Speed), ambos capazes de produzir até 350 chapas por hora. Estande: Pavilhão 8A www.agfa.com
Desenho do sistema de gravação digital de chapas flexográficas da Esko
feira, a Esko anunciou no início de março algumas das soluções que apresentou na Drupa 2012. A empresa levou um amplo leque de softwares voltados para o design de embalagens, gestão, pré-impressão, gerenciamento de cores, automação de fluxos de trabalho e integração de processos. Com a introdução da Suite 12, a mais significativa atualiz ação de seu workflow para as indústrias de embalagem, etiquetas e sinalização, o foco está novamente em agregar valor para o usuá rio através da introdução de novas ferramentas de produtividade e eficiência. Fiel ao seu papel de inovadora, a Esko apresentará a próxima geração da tecnologia de chapas HD Flexo, que promete qualidade superior tanto nas áreas de altas luzes quanto nas de sombra ou chapados. A empresa também destacou suas soluções digitais de acabamento: com quatro linhas Kongsberg no estande, a Esko mostrou uma ampla gama de aplicações digitais de acabamento para embalagens e sinalização. Estande: Pavilhão 8B, A23 www.esko.com/drupa
Ferrostaal
Mantendo sua característica de arquitetura aberta, a Ferros taal levou mais de 20 especialis tas preparados para atender de maneira personalizada os clien tes que visitaram os estandes de suas representadas. Ao final de cada tarde recebeu os clientes a bordo do exclusivo navio A-Rosa Aqua, que estava ancorado em frente à feira, partindo do estande da Ryobi. Entre as suas representantes, as atrações da Ryobi foram impressoras equipadas com o novo LED UV Printing System, solução otimizada para cura instantânea de impressões com alto valor agregado, assim como
reversão. Sob o guarda-chuva Ecológico estava a ênfase nos aspectos ambientalmente corretos de seus consumíveis e sistemas de impressão. O item Flexibilidade tratou da união da impressão offset com a digital, aproximando as máquinas offset com sistema Anicolor das impressoras digitais Ricoh. Em Integração estavam os novos módulos Prinect e o conceito de simplificação do tráfego de dados. O tema Emoções abrangeu as soluções da Heidelberg focadas em impressos sofisticados e de alta qualidade, tendo como ponto central a impressora Speed master CX 102 . E o Final tratou de soluções de hardware e soft ware e serviços para a impressão indust rial de embalagens, incluindo consumíveis especiais para aplicações nos segmentos farmacêutico e alimentício. Impressoras Ryobi com o novo sistema LED UV
para outras aplicações, como impressão sobre filmes plásticos. A Manugraph apresentou sua linha de impressoras rotativas offset de simples largura. As novidades ficam por conta da Hiline Express, com capacidade produtiva de 45.000 cadernos por hora, e a M360, que pode rodar 36.000 cadernos por hora.
Estande: Pavilhão 1 www.ams-drupa.heidelberg.com
Speedmaster CX 102
Estande Ryobi: Pavilhão 17, C01-1, C01-2 Estande Manugraph: Pavilhão 6, E80-1 e E80-2 www.ferrostaal.com
Speedmaster XL 105-P
Heidelberg
Para essa edição da Drupa, a Heidelberg reuniu suas soluções sob seis temas: Produtividade, Ecológico, Flexibilidade, Integração, Emoções e Final. Em Produtividade, um dos destaques foram os novos itens desenvolvidos para a série Speedmaster XL. A nova Speedmaster XL 105‑P promete aumento de 30% em produtividade no modelo com VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A linha de encadernação sem costura da Horizon combina os sistemas AF-566F (acima) e CABS4000S
Horizon
Com foco no segmento de livros impressos com tecnologia digital, a Horizon levou para a feira um total de 28 sistemas e soluções de acabamento, dos quais oito estavam sendo apresentados ao público pela primeira vez. Entre as novidades estão a linha de encadernação sem costura CABS4000S + AF-566F Digital com PSX-56, que pode ser usada tanto para offset quanto para impressão digital; o alimentador de folhas HOF-400 , com velocidade de até 42.000 folhas por hora no formato A4; a solução de dobra e vinco CRF- 362; a linha de encadernação sem costura AF-566F Digital + PSX-56/ BQ-470 ; a dobradeira automática AFC-566FG , versão com configuração mais simples e intuitiva e 12 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2012
novas ferramentas de controle; a encadernadora off-line SF-100 + CW-8 000NL ; e o sistema para dobra cruzada AF-746KLS . Estande: Pavilhão 13, D36-1, D36-2 www.horizon.co.jp
atualizados do portfólio da HP Indigo com velocidades mais altas no modo aprimorado de produtividade (EPM); três modelos da impressora HP Inkjet Web de maior velocidade, com tecnologia avançada de tinta e de cabeça de impressão; e uma nova solução de impressão de alta velocidade para adição de conteúdo monocromático ou colorido em materiais offset pré-impressos. O pacote de novidades trouxe ainda kit de tintas brancas, carregador automático e solução de monitoramento HP Smart Stream Production Analyzer para impressoras industriais HP Scitex; várias soluções de acabamento e fluxo de trabalho HP Smart Stream, soluções de impressão pela web e sistemas de geren ciamento de informações (MIS) HP Hiflex e a expansão da organização de serviços; nova mídia para os sistemas HP Inkjet Web, incluindo o primeiro papel couché com brilho com tecnologia ColorPro, disponibilizado na Appleton Coated; e novos contratos com parceiros preferenciais de mídia HP Indigo como a Sappi, Avery Dennison, Mitsubishi e ArjoWiggins Graphics. As novas impressoras com formato meia folha são: HP Indigo 10000, HP Indigo 20000 e HP Indigo 30000 . A primeira é uma impressora de 75 cm com alimentação por folha que imprime
com velocidade de 3.450 folhas por hora em cores, e até 4.600 folhas por hora no modo EPM . Ela combina a qualidade de impressão correspondente à offset da HP Indigo com impressão de até sete cores, flexibilidade de substratos e frente e verso. O modelo 20000 tem alimentação contínua projetada para embalagens flexíveis, com capacidade de impressão em filmes de apenas 10 mícrons, em área de impressão de 73,6 × 110 cm e uma unidade de preparação em linha (in- line priming) para flexibilidade de substratos. Também equipada com unidade de preparação em linha, a HP Indigo 30000 conta com alimentação por folha projetada para papelões dobráveis, aceitando substratos de até 24 pontos/600 mícrons. www.hp.com/go/drupa Estande: Pavilhão 4, D60-1, D60-9
Kodak
Um dos destaques da empresa foi a nova versão de sua suíte de aplicativos para gerenciamento de workflow Prinergy 6. Os visitantes que passaram pelo estande da Kodak, no pavilhão 5, puderam ver as novas ferramentas do Prinergy 6, incluindo recursos avançados para gerenc iam en to de cores e controle de padrões de retícula para assegurar maior qualidade final de imagem. Na nova versão, o Kodak Prinergy
HP
Em evento pré-Drupa realiz ado em Israel no mês de março, a empresa apresentou 10 novos sistemas de impressão digital. A HP teve o segundo maior estande da feira. Os lançamentos incluem três modelos da próxima geração de impressoras HP Indigo, formato meia folha, capazes de produzir quase todos os trabalhos de impressão comercial e várias aplicações de embalagens; três modelos
HP Indigo 10000, nova impressora meia folha
Impressora offset digital 75DI, formato B2
Presstek
Novas ferramentas no Prinergy 6, da Kodak
permite a captura de todos os dados de produção inseridos no sistema, diminuindo a necessidade de intervenção de operadores e clientes para novos ajustes, traz interface customizável e
ferramentas para monitoramento de produção a partir de diferentes dispositivos, incluindo dispositivos móveis. Estande: Pavilhão 5, S09-1 www.kodak.com/go/drupa
No estande da Presstek os visitantes conheceram a nova impressora offset digital Presstek 75DI , formato B2, que estava disponível nas configurações de quatro a 10 cores. O equipamento, mostrado pela primeira vez como protótipo na Ipex 2010, está agora disponível prometendo configuração em apenas seis minutos e velocidade
de até 16.000 impressões por hora. Segundo o fabricante, trata-se da impressora mais econômica do mercado para trabalhos coloridos com tiragens entre 500 e 20.000 exemplares. A Presstek também mostrou a linha de impressoras Presstek 52DI e uma ampla linha de chapas térmicas. Estande: Pavilhão 4, B03. www.presstek.com
Veja na próxima edição a cobertura completa dos lançamentos da Drupa 2012
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Akad aposta em impressora de alta performance e escâner formato A0
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Akad ampliou em março sua linha de impressoras de cartões PVC lançando a Fargo HDP8500 , quinta geração de impressoras de retransferência com sublimação de tinta e transferência térmica de resina desenvolvida pela Hid Global. Trata-se da primeira impressora de cartões PVC da nova série industrial da HID Global, com uma maior capacidade de personalização e solução de emissão
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de cartões de alto desempenho. É especialmente adequada para programas governamentais de identificação, empresas de serviços de cartão, universidades e ambientes corporativos. Possui facilidades para o operador, como painel LCD com tela am pliad a, sensível ao toque, e interface gráfica, comutação automática para bandejas duplas de cartões que ajudam a otimizar o tempo. A Fargo HDP8500
utiliza a tecnologia High Def ini tion Printing, que proporciona qualidade sup erior de impressão, sendo feita primeiramente em um filme Fargo HDP, que é aplicado à superfície do cartão. Com isso, a qualidade da imagem impressa não fica comprometida por imperfeições na superfície do cartão, além de permitir a impressão até a borda de contatos do chip inteligente, e de borda a borda do cartão. No mês anterior, a Akad apresentou o escâner colorido SD3650, da Contex. Com preço competitivo, o novo modelo é ideal para a digitalização de documentos e imagens no formato A0 (aproximadamente 914,44 mm de largura), possibilitando a captura de imagens em cores. O modelo é ideal para arquitetos, engenheiros, desenhistas, projetistas, entre outros, pois captura imagens
com alta qualidade, nos formatos TIFF, JPG e PDF, com até 1.200 dpi
ópticos ou até 9.600 dpi interpolados, através do software op cional Next Image Scan. O modelo SD3650 aceita documentos com espessura de até 2 mm e é recomendado para digitalização de trabalhos como plantas de engenharia, croquis de arquitetura e urbanismo, desenhos de fachadas, desenhos de mapas e desenhos técnicos mecânicos, elétricos e hidráulicos entre outras aplicações técnicas que necessitem de qualidade. www.akad.com.br
Fabricante europeu de filmes para laminação apresenta seus produtos no Brasil
mpresa espanhola com mais de 20 anos de exp er iênc ia na fabricação e comercializ a ção de filmes de polipropileno biorient ado (BOPP), a Derprosa anunciou em março que trará seus produtos diretamente para o Brasil. Entre eles estão itens como o Soft Touch, Soft Touch Metalizado, Anti- S cratch, Ecofilm e Digi-Stick, destinados ao enobrecimento do produto gráfico. A gama de filmes se destaca por sua di ferenciaç ão, maquinabilidade, grande aderência às tintas e facilidade para outros acabamentos de pós-laminação. Todos os
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produtos podem ser seleciona dos na versão oxibiodegradável, que se decompõe em um pe ríodo inferior a 18 meses pela
ação do oxigênio, temperatura e luz ultravioleta. Segundo os dirigentes da Derprosa, o Brasil é um merca
do-chave dentro dos seus planos de expansão. Atualm en te a companhia destina mais de 65% de sua produção (cerca de 30.000 toneladas anuais) a 50 país es, dos cinco continentes. Para isso, conta com uma potente plataforma logística interconectada em diversos pontos do planeta, que lhe permite garantir um ótimo serviço a clientes de toda a América Latina. O gerente de vendas da Derprosa para o Brasil é Filip Sarka, que pode ser contatado pelo email filip.sarka@derprosa.es www.derprosa.es
Day Brasil apresenta acrílico cast e extrudado
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Grupo Day Brasil está tra zendo ao mercado as cha pas acrílicas cast e extrudado, so lução para ambientes internos e externos que constituem opções 100% recicláveis, atóxicas e com melhor custo-benefício. Produ zidas a partir da resina metacri lato de metila (PMMA), as placas de termoplástico rígido são fa bricadas pelo processo cast, que molda o material entre duas fo lhas de vidro. O resultado é um acrílico mais transparente, resis tente, moldável, claro, com boa estabilidade dimensional e pro pried ades ópticas. Já o mode lo extrudado é produzido por meio da extrusão, que aquece a matéria-prima e imediatamente a resfria em calandras, deixando o material totalmente uniforme. Os principais benef ícios do acrílico são a cristalinidade e re sistência à claridade e alta tem peratura solar. Por isso, é mais
A
durável do que os demais pro dutos plásticos. Versátil, pode ser utilizado para as mais dife rentes finalidades, como cober turas externas de residências e ambientes corporativos, decora ção de mobiliário, banheiros, es paços esportivos, proteções de máquinas, displays, luminosos, estandes de exposições e mui tos outros. As chapas possuem, também, uma extensa gama de cores com excelente estabilida de. Facilmente moldáveis, podem receber impressões e gravações e serem encurvadas, cortadas e fi xadas. Se comparado ao vidro, o acrílico é 50% mais leve, facilitan do a instalação e a manutenção. Os materiais estão disponí veis em medidas que variam de 2 mm a 24 mm de espessura, de 1.000 mm a 2.000 mm de largu ra e de 2.000 mm a 3.000 mm de extensão. www.daybrasil.com.br
Canon traz para o Brasil escâneres imageFormula
Canon está apresentan do ao mercado brasileiro seus escâneres de uso prof is sional da linha imageFormula, especializ ados em documen tos e imagens. Entre os lança mentos está o imageFormula DR-C125 , com design vertical, ultracompacto e de alta per formance. Pequeno e potente, é ideal para pequenas mesas de escritório, podendo digitalizar cartões espessos ou com relevo com velocidade de até 50 ima gens por minuto em duplex. Outro destaque é o image Formula DR-M160 , escâner de
mesa mais robusto e mais re sistente, para utilização inten siva e volumes elevados de tra balho, com capacidade de até 7 mil digitalizações por dia. Já para documentos de ta manhos A3 , a empresa lançou o imageFormula DR-6030C, de senvolvido para agilizar fluxos maiores de trabalho, com capa cidade de digitalização A3 em cores em até 80 ppm (horizon tal). O DR-6030C inclui o Kofax VRS , software de processamen to de imagens, para garantir uma alta qualidade de imagem. www.canon.com.br
Velocidade e estabilidade de cor são destaques em novidades da Xerox
A
s impressoras digitais co loridas X700i e X770 foram lançadas em fevereiro ofere cendo boa qualidade de ima gem, alto desempenho e pro dutividade. Um dos principais atributos da X770 é a capaci dade de manter a velocidade de impressão mesmo em pa péis mais pesados, com gra matura de até 300 g/m2. Ou tro atributo do produto é o
espectrofotômetro em linha, capaz de manter a estabilidade da cor durante todo o proces so de impressão, possibilitan do mais qualidade ao trabalho final. O equipamento atinge resolução de 2.400 × 2.400 dpi e velocidade de até 70 ppm no formato A4 . A área má xima de impre s s ão é de 323 × 480 mm. www.xerox.com
Metrics lança ferramenta para gerenciamento do Recopi
A
Metrics Sistemas de Infor mação apresentou no final de fevereiro sua nova ferramen ta para automatizar e agilizar o envio das informações necessá rias ao Recopi, programa criado pelo governo de São Paulo para controle da imunidade de impos tos na compra de papel destina do à produção de livros, jornais ou tabloides. Para conceder os benefícios, é exigido das empre sas cadastradas o envio eletrôni co de informações à autoridade fiscal, tais como demonstrativo de quantidade de papéis adqui ridos internamente, importados, remetidos para outras plantas ou efetivamente consumidos. Visando ajudar seus clientes a cumprir essa nova obrigação, a Metrics criou o módulo Recopi,
incluso em sua plataforma de gestão integrada. A ferramenta permite a extração automática de dados como saldo de papéis tributados ou imunes e itens re lacionados ao processo produ tivo, como índice de resíduos, perdas e volume transformado em produtos cobertos ou não pelo Recopi. As informações são transferi das eletronicamente para o site da Secretária da Fazenda e auto maticamente enviadas ao Siste ma de Reconhecimento e Con trole de Operações com Papel Imune (Recopi). Isso elimina a necessidade de digitação de da dos e diminui as chances de er ros que poderiam comprometer a concessão dos benef ícios. www.metrics.com.br VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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ESPECIAL Letânia Menezes
AGB Photo Library
A sacolinha plástica, vítima do próprio sucesso
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esenvolvidas no final dos anos 1950, as sacolinhas plásticas se espalharam rapidamente por todo o mundo. Uma das invenções mais práticas do nosso tempo, elas se tornaram vítimas do próprio sucesso. Nos primeiros anos deste século, com uma produção mundial que beira um trilhão de unidades por ano (estimativa da Environmental Protection Agency, dos Estados Unidos), as sacolinhas de polietileno são encontradas em qualquer canto da natureza, nos mares e em terra. Descartadas sem o devido cuidado, são apontadas como vilãs do meio ambiente. Em 2002, a Irlanda foi um dos países pioneiros, e ainda um dos poucos, a promover
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a redução do uso das sacolinhas com a criação do imposto de 22 centavos de euro por unidade. A queda do seu uso foi de 97,5%. O valor recolhido com a venda de sacolas alternativas, como as de papel e de outros materiais, é destinado a um fundo que promove a reciclagem de lixo e iniciativas ambientais. Em 2010, a capital americana, Washington, passou a cobrar uma taxa de 5 centavos de dólar sobre cada sacola utilizada, e em apenas um mês foi registrada uma queda de 85% no uso. O montante arrecadado com a venda vai para um projeto de despoluição do rio Anacostia. Já na Califórnia, em agosto de 2010, os legisladores rejeitaram um projeto de lei que proibia o uso de sacolas plásticas em todo o estado.
Em São Paulo, o caminho escolhido foi diferente. Poder público e comércio decidiram banir as saco las de plástico, envolvendo a cidade numa batalha judicial. Em 18 de maio de 2011, o prefeito Gilberto Kassab sancionou a lei 15.374 para eliminar o uso de sacolas de plástico — não só as de supermer cado — de todo comércio até o final daquele ano. Em 29 de junho, o Tribunal de Justiça de São Pau lo suspendeu, em caráter liminar, a eficácia da lei a pedido do Sindicato da Indústria de Material Plás tico do Estado de São Paulo. Em 16 de novembro, decidiu manter a suspensão da lei. Mesmo assim, no dia 25 de janeiro deste ano os supermercados da capital paulista deixaram de for necer as sacolinhas. Os consumidores ficaram com a opção de pagar R$ 0,19 por uma sacola de plás tico biodegradável, comprar uma reutilizável por R$ 1,99 ou usar caixas de papelão. A campanha é liderada pela Apas (Associação dos Supermerca dos Paulistas), que em maio de 2011 firmou proto colo de intenções com o governador de São Pau lo, Geraldo Alckmin, para banir do Estado o uso das sacolas plásticas. Como houve uma intranqui lidade dos consumidores nos supermercados, no dia 3 de fevereiro deste ano, por iniciativa do Mi nistério Público do Estado de São Paulo e do Pro con SP, foi assinado um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Apas para que as sacolinhas voltassem a ser distribuí das durante 60 dias. Ficou proibido ter sacolinhas plásticas pagas, as chamadas biodegradáveis, e os supermercados devem disponibilizar, durante seis meses, sacolas retornáveis de 5 cm × 40 cm × 40 cm por no máximo R$ 0,59. Se não tiverem, devem fornecer outra pelo mesmo valor com qualidade e tamanhos superiores. No dia 3 de abril, quando terminou o prazo para os consumidores e as redes de supermercado de São Paulo se adaptarem ao acordo, o consumidor continuava dividido. Parte das pessoas entrevista das pelos veículos de comunicação se mostrava in dignada com a decisão, enquanto outras apoiavam o fim das sacolinhas.
sacolas plásticas. “A ideia era que o consumidor fosse às compras munido de sua própria sacola, de pano, de lona ou de material reciclável”, explica. “Os super mercados estão refletindo uma demanda da socie dade, cada vez mais atenta às questões ambientais”. Nessa briga de gigantes — as redes de supermerca dos e a indústria do plástico —, o consumidor e o ecomarketing parecem entrar apenas como coadju vantes. “As sacolinhas plásticas têm sido penalizadas erroneamente”, afirma Alfredo Schmitt, presidente da Ass ociaç ão Brasileira da Indústria de Embala gens Plásticas Flexíveis (Abief). Para ele, “estão ten tando fazer a maior transferência de renda de um setor da economia para outro, sem que se ofereça nada em troca. Os consumidores pagam a conta e os supermercados vão ficar com os R$ 220 milhões que gastam por ano nas sacolinhas plásticas”. A Apas diz estar alinhada com a Política Nacio nal de Resíduos Sólidos (PNRS), assinada pelo pre sidente Lula em 2010, que obriga a sociedade brasi leira a rever seus conceitos sobre a questão do lixo. Mas esclarece que “não houve uma proibição, e sim uma campanha que propõe a substituição das saco las descartáveis pelas reutilizáveis”. Para Sanzolo, “o foco da ação está no fim da cultura do descarte, e não na ‘demonização’ do plástico, que sem dúvida tem dado grande contribuição à vida moderna”. De qualquer forma, a disputa está nas ruas e são muitos embates. Além do TAC, no dia 9 de março o Conselho Nacional de Autorregulamentação Pu blicitária (Conar) anunciou sua condenação à cam panha da Apas. E apontou algumas das principais questões da polêmica, ao considerar incorreta a afirmação de que a sacolinha plástica é descartável, uma vez que já foi comprovado seu reúso.
João Sanzolo, diretor de sustentabilidade da Apas, conta que a campanha denominada “Vamos ti rar o planeta do sufoco” foi inspirada numa outra, lançada pela prefeitura de São Paulo em agosto de 2007, para que os paulistanos reduzissem o uso de
Antilhas
A polêmica
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Extrusa-Pack
Uma pesquisa Datafolha de maio de 2011, que aponta preferência de 84% dos consumidores pelas sacolas plásticas, mostra que 88% dos usuários de sacolas plásticas costumam reutilizar essas embalagens, 7% descartam as sacolas e 6% dizem que mandam para reciclagem. Em questão que permitia múltiplas escolhas, os entrevistados que reutilizam as sacolas indicaram como finalidade do reúso o acondicionamento de lixo (96%), o recolhimento de sujeira de animais (51%), a utilização para transportar outros objetos (66%), o uso para separar o lixo a ser levado para reciclagem (39%), para armazenar mantimentos (26%), guardar roupas (17%) ou a utilização como matéria-prima para confeccionar outros produtos (4%). O Conar também não aceitou como correta a informação de que, ao banir a sacolinha, o problema do meio ambiente estaria resolvido. Há pesquisas que indicam o contrário. Estudos
Um estudo da Agência Ambient al da Inglaterra, divulgado no primeiro semestre de 2011, indicou que as sacolinhas plásticas de supermercado causam menos danos ambientais que outros modelos, quando a comparação leva em conta o uso da sacola uma única vez. A pesquisa explica que sacolas de papel, plástico resistente (polipropileno) e algodão consomem mais matéria-prima e energia para sua fabricação. Por isso, teriam que ser reutilizadas 3, 11 ou 131 vezes, respectivamente, para causar menos danos ambientais que uma sacola plástica usada apenas uma vez. Os pesquisadores Chris Edwards e Jonna Meyhoff Fry acompanharam o ciclo de vida (extração da matéria-prima, manufatura, distribuição, uso, reúso e descarte) de cada modelo. Em cada uma das etapas do ciclo de vida, foi contabilizada a quantidade de gases causadores do efeito estufa emitidos pelo consumo de energia na fabricação e no transporte das mercadorias, além dos desperdícios de materiais durante o processo. Resultado: uma sacola plástica comum emite 1,5 kg 18 TECNOLOGIA GRÁFICA
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de gás carbônico e outros gases que contribuem para o aquecimento global. O dado já considera que 40% desse tipo de sacola é reutilizado com frequência para acondicionar o lixo em casa. Já o ciclo de vida das outras sacolas tem um impacto bem maior: papel (5,53 kg), plástico resistente (21,5 kg) e algodão (271,5 kg). Isso é o que explica a necessidade de tantos reúsos para neutralizar a fabricação desses modelos, de acordo com a pesquisa. Enquanto a polêmica continua, os consumidores vão fazendo suas opções e se adaptando a novas formas de transportar suas compras. O grande prejuízo fica com a indústria brasileira. Muitos em presários estão desorientados, sem saber o que fazer com suas máquinas e seus empregados. Procurados para falar sobre a situação, alguns evitaram dar declarações, embora tenham comentado que “a situação está muito ruim”. A indústria
Airo Campera, sócio propriet ário da ABC Embalagens, desabafou: “A situação está terrível. Já demiti 15 funcionários e tive uma queda de 70% na demanda só no mês de fevereiro”, conta ele, que fundou a empresa em São Bernardo do Campo (SP) há 41 anos. “Dá dor no coração demitir funcioná rio que está com você há 10, 15, 20 anos”. Sua empresa processava de 60 a 70 toneladas/mês e, em fevereiro, a produção caiu para 7 toneladas. “Já fui ver uma máquina para produzir a sacola reutilizável. Custa 300 mil reais”, diz ele. “Como não sei o que vai acontecer, vou aguardar”. Gisele Barbin, gerente comercial da Extrusa-Pack, uma importante fabricante de sacolinhas plásticas instalada em São Paulo, disse que a situaç ão ainda está indefinida. “É difícil opinar sobre o projeto dos supermercados”, diz ela. “É um item promocio nal deles”. Barbin conta que, para enfrentar a proibição de sacolinhas plásticas, a empresa iniciou a produção das sacolas biodegradáveis, depois proibidas pelo TAC, e também sacolas retornáveis, utilizando os mesmos equipamentos. Ela prefere não revelar o percentual de queda na demanda das sacolinhas plásticas e não dá detalhes da unidade montada só para fazer sacolas retornáveis. Já a CBS Elos do Brasil, empresa com capacidade de 2.300 toneladas/mês com unidades fabris em São Paulo e no Rio de Janeiro, produziu alguns lotes de sacolas retornáveis e desistiu. “Não tenho preço para competir com as sacolas importadas da
A sacola plástica e suas versões
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Extrusa-Pack
á alguns anos vem crescendo o interesse de fabricantes de materiais plásticos em desenvolver alternativas “verdes” para a pro dução de filmes. Entretanto, apesar de atual mente essas possibilidades ditas como susten táveis já estarem disponíveis, a lei nº 15.374 proíbe os fabricantes, distribuidores e estabele cimentos comerciais de inserir em sacolas plás ticas a rotulagem degradáveis, assim como as terminologias oxidegradáveis, oxibiodegradáveis, fotodegradá veis, biodegradáveis e mensagens que indiquem suposta vanta gem ecológica de tais produtos. Conheça as diferenças entre os materiais hoje disponíveis.
Sacola plástica convencional As sacolas plásticas convencionais distribuídas em supermerca dos são feitas de polietileno de alta densidade ( PEAD ), um polí mero sintético produzido a partir da reação do etileno, gás prove niente do nafta — matéria-prima extraída do petróleo. Possui boas propriedades mecânicas, tais como resistência à tração, rasgo e perfuração, mesmo a baixas espessuras. Além de possuir todos os atributos técnicos necessários para a produção de sacolas, ele apresenta como vantagem o baixo custo. A sacola feita com PEAD pode ser reciclada ou reutilizada. Na maioria dos casos ela é reutilizada como saco de lixo, o que resulta na grande quantidade desse material depositada em aterros sanitários e lixões.
Polímeros verdes Os polímeros verdes recebem essa denominação porque são pro duzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis. No Bra sil, a petroquímica Braskem já produz em larga escala os polie tilenos de baixa e de alta densidade a partir da cana-de-açúcar. Esses materiais possuem as mesmas características de seus contratipos produzidos a partir do petróleo, apresentando como principal vantagem a utilização de matéria-prima proveniente de fonte renovável, porém não são biodegradáveis.
Polímeros biodegradáveis De acordo com a norma NBR 15448-1, polímeros biodegradáveis são aqueles que apresentam degradação por processos biológi cos, sob ação de microrganismos, em condições naturais adequa das, cuja finalização aconteça em até 180 dias e os resíduos finais não apresentem resquício de toxicidade ou possibilidade de da nos ao meio ambiente. As sacolas produzidas com esse polímero devem atender aos requisitos da norma NBR 15448-2: 2008. Os polímeros biodegradáveis podem ser produzidos a partir de fontes naturais renováveis, como milho, celulose, batata e ca na-de-açúcar, ou a partir do petróleo. Dentre os polímeros bio degradáveis, o que tem atraído mais atenção é o poliácido lácti co ( PLA ), um poliéster alifático sintetizado a partir do ácido lático obtido de fontes renováveis, como o amido de milho ou cana-de-
açúcar. Apresenta boas propriedades mecâni cas, rigidez e transparência. Em condições nor mais de uso, o PLA é muito estável e mantém suas propriedades durante anos. As sacolas de PLA se degradam rapidamente tanto em condi ções aeróbicas quanto anaeróbicas de compos tagem. Por serem obtidas a partir de fontes re nováveis, causam menor impacto ambiental por conta de sua origem e apresentam um balanço positivo de dióxido de carbono ( CO² ) após a compostagem.
Polímeros oxibiodegradáveis Os polímeros oxibiodegradáveis utilizados na fabricação de sa colas são obtidos por meio do uso de um aditivo no processo de transformação do polímero convencional. Ele acelera a degrada ção oxidativa do polímero na presença de luz e calor, reduzindo sua vida útil para 18 meses, aproximadamente. Essa tecnologia, conhecida por d2w e comercializada no Bra sil pela Res Brasil, foi desenvolvida pela empresa britânica Sym phony Plastics. O aditivo não altera as propriedades do políme ro antes de iniciar o processo de degradação. O polímero não é compostável, mas pode ser reciclado juntamente com outros polímeros convencionais pelo processo mecânico.
Sacolas retornáveis As sacolas retornáveis podem ser produzidas com materiais varia dos, como TNT, tecido, lona, ráfia, polietileno de baixa densidade ( PEBD ), polietileno de alta densidade ( PEAD ) e tecido de politeref talato de etileno ( PET ) reciclado. No geral são mais resistentes que as sacolas descartáveis e apresentam maior durabilidade. As sacolas confeccionadas com materiais poliméricos são 100% recicláveis. Os benefícios para o meio ambiente ao se uti lizar estas sacolas se percebem em função do aumento do volu me de compras e frequência de utilização, quando comparadas às sacolas descartáveis. Muitos podem se questionar porque a lei sancionada pelo pre feito Gilberto Kassab e depois suspensa pelo TJ proíbe a distribui ção de sacolas plásticas descartáveis, mas permite a venda de sacolas retornáveis, que muitas vezes podem ser produzidas com o mesmo material ou provir da mesma matéria-prima. A justifica tiva está no ciclo de vida de cada uma: enquanto a sacola des cartável será em geral reutilizada em um curto espaço de tempo, por exemplo, como saco de lixo para posterior depósito em ater ro sanitário, a sacola retornável, apesar de ter o mesmo fim da opção descartável, terá um ciclo de vida maior, uma vez que será utilizada diversas vezes até seu descarte final. Giselen Cristina Pascotto Wittmann , engenheira de materiais, e Juliana Coelho de Almeida, tecnóloga gráfica. Ambas são professoras da Escola Senai Theobaldo De Nigris. VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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China, Vietnã e Malásia. Não posso fazer um lote de 10 mil, o mínimo para meu equipamento é 30 mil”, comenta Eduardo Diez, diretor da CBS Elos. “A China aceita o pedido de 10 mil a um preço mais barato que o meu e num prazo mais curto. Chega aqui em uma semana”. A CBS tem uma gama mui to grande de produtos, a maior parte em plástico, embora também fabrique em papel. “Não colo quei todos os ovos numa única cesta. Não depen do de um produto e de um cliente”, explica Diez, que analisa a situação das empresas diante da proi bição das sacolinhas de plástico: “Muitas pararam e precisam se reinventar. O mercado está com ofer ta maior do que a demanda. É preciso ‘roubar’ o cliente e o único argumento é o preço”. O aumento da concorrência também foi cons tatado pela CRP Plásticos, com capacidade para 600 toneladas/mês. “As indúst rias estão se redi recionando para outros nichos”, constata Carlos Hugo, gerente industrial da empresa, que traba lha com extrusão de filmes e não atua diretamen te com as sacolinhas de plástico. “Mesmo assim, estamos sendo afetados. Se hoje temos 40 empre sas na concorrência, elas chegarão a 200 até o final deste ano. Desde o último trimestre do ano passa do sentimos que há uma migração para o merca do de embalagens laminadas e, em especial, para o termoencolhível”, diz ele. “Aos olhos do consumi dor final parece uma medida positiva, mas o pro blema é em médio prazo. Há uma canibalização do mercado. Empresas de pequeno e médio por te que fabricam as sacolinhas vão deixar de existir. As grandes vão atuar em outros nichos”. A própria CRP já está se reestrutur ando para atuar nesse novo cenário de concorrência ainda mais acirrada. Adquirida pelo grupo espanhol Plas tigaur no final de 2011, está instalando novos equi pamentos para ter ganho de produtividade, entre os quais uma máquina alemã, a primeira do País. “Quando os novos concorrentes chegarem, já esta remos um passo à frente”, desafia Carlos Hugo. “Ago ra é um momento crítico de tomadas de decisões nas empresas que a tuam com as sacolinhas”. A Antilhas, uma das gigantes do setor de emba lagens em plástico e papel, com sede em São Paulo e fornecedora de 12 mil pontos de venda, diz es tar se preparando — e também a seus clientes — desde o primeiro semestre do ano passado para enfrentar o fim das sacolas plásticas. Embora não produza as sacolinhas usadas nos supermercados, 20 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Outras cidades também se mobilizam
elo menos 23 cidades brasileiras, em 17 es tados, já contam com legislação para res tringir o uso das sacolinhas plásticas. No Rio de Janeiro foi aprovada lei estadual em julho de 2010 determinando que os estabelecimen tos devem promover a coleta e substituição das sacolas plásticas (os cariocas as chamam de “sacos”) no prazo de um ano para empre sas de médio e grande porte, dois anos para pequenas empresas e três anos para microem presas. Os supermercados não retiraram as sa colas de circulação, mas ofereceram o descon to de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados aos consumidores que não usassem os sacos. Mes mo assim, a Confederação Nacional de Comér cio de Bens, Serviços e Turismo e a Federação do Comércio do Rio de Janeiro entraram na justiça contra a nova legislação. Em Americana, interior de São Paulo, a lei municipal de junho de 2010 que proíbe saco las plásticas em geral está sendo cumprida. O comércio utiliza embalagens de papel e sa colas reutilizáveis. Já em Belo Horizonte, onde entrou em vigor em abril de 2011 uma lei proi bindo o uso de sacolas plásticas, a restrição se limita aos supermercados. É frequente o co mércio continuar usando as sacolas de plás tico. Porto Alegre aprovou uma lei em janeiro de 2011 que obriga os supermercados a tro car sacolas plásticas por biodegradáveis, mas o prazo de implantação é de um ano. Sem qualquer lei, a cidade de Jundiaí, a 58 quilômetros de São Paulo, implantou a proi bição das sacolinhas plásticas a partir de um acordo, selado em agosto de 2010, entre Apas, prefeitura e comércio. O sucesso da iniciativa é propagado pela Apas, que elegeu a cidade para implantar o projeto-piloto da campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”. A entidade encomendou pesquisa ao Ibope, realizada um ano após o início da mudança, na qual 77% dos entrevistados são favoráveis à não utili zação de sacolas descartáveis nos supermer cados e 73% não concordam com o retorno das sacolas descartáveis.
O ciclo de vida
Na opinião de Claudia Sia, a proibição das sacoli nhas de plástico “foi um caminho simplório” para tratar de questões complexas de sustentabilidade. Ela considera necessário analisar o ciclo de vida de cada produto para determinar seu impacto ambien tal: “O papel consome mais da natureza no início de seu ciclo de vida, e o plástico consome mais no final. A grande discussão é saber qual é o mais sus tentável”. Para ela, “a lei não olhou para essas ques tões. Só olhou para a proibição do plástico”. Eduar do Diez, da CBS Elos do Brasil, concorda. “O que se vê hoje é muito barulho por uma preocupação súbi ta com o meio ambiente. Há interesses econômicos envolvidos e muita gente levando vantagem com o discurso ambiental”, diz ele. “O plástico é um mate rial reciclável e não é o vilão. Então vamos proibir o automóvel? Se não educar, não adianta. Qualquer material tem que ter descarte correto”. Airo Campera, da ABC Embalagens, também acha que o meio ambiente é um argumento usa do de forma indevida. “Querem proibir a sacolinha plástica para os supermercados economizarem”, diz ele. “Quase tudo o que se compra está emba lado em plástico, até mesmo o pão. E tem mais: o copo de plástico, o prato de plástico, os talheres, o azeite, o vinagre. E só a sacolinha polui?”. Car los Hugo, da CRP Plásticos, acha que se criou uma oportunidade para as redes de supermercados re duzirem seus custos com embalagem e ainda ter um selo verde para seu marketing. “O Estado não está suprindo a necessidade de educação. Afinal, a sacolinha não vai sozinha para o bueiro. Há ne cessidade de um esforço para implantação da po lítica de tratamento de resíduos sólidos, que está a passo de tartaruga”.
AGB Photo Library
a empresa fornece para muitos de seus clientes sacolas de plástico, que também estão proibidas. “Quando uma grande rede, como a Pernambuca nas ou a Renner, fizer um movimento para essa mudança, tenho condições de absorver com fa cilidade”, explica Claudia Sia, gerente de marke ting e planejamento da Antilhas. “Em 2011, inves timos quase US$ 10 milhões em novas máquinas para impressão e produção de embalagens de pa pel. Neste ano, vamos adquirir nove máquinas para fazer o acabamento”. Ela revela que o objetivo da empresa, que atualmente processa 3,6 milhões de toneladas/ano, é dobrar de tamanho até 2015.
Os números
Nesta disputa com indiscutíveis interesses econô micos, é difícil encontrar números de cada uma das partes que sejam equivalentes. A Apas informa que o País produz anualmente 21,5 bilhões de sacolas, sendo 6,6 bilhões somente no Estado de São Pau lo. Já o presidente da Abief, Alfredo Schmitt, garan te que a produção no País é bem menor, de 12,9 bi lhões de unidades, sendo que o Estado de São Paulo consome 5,2 bilhões. Segundo Schmitt, houve uma queda de 28% no consumo desde 2007, quando eram produzidas 18 bilhões de sacolinhas. A redução é resultado de quatro anos da campanha da Plastivida, Abief e Ins tituto Nacional do Plástico (INP) pela educação do consumidor com o Programa de Qualidade e Con sumo Responsável de Sacolas Plásticas. Também há o incentivo ao uso de sacolas plásticas certificadas, fabricadas dentro da norma ABNT 14 e identificadas com o Selo de Qualidade Abief-INP, que garante sua capacidade de suportar 6 quilos e de reúso. Diante da polêmica e da falta de dados conclu sivos, fica a indagação: banir as sacolinhas de plás tico é um caminho ou uma falta de visão sistêmica? Os que condenam as sacolinhas dizem que elas le vam um século para se decompor, entopem buei ros e sufocam animais marinhos. Os defensores da sacolinha argumentam que basta entrar num su permercado e procurar em suas gôndolas algo que não use o plástico e se perguntam o motivo de elas terem sido escolhidas como vilãs. Justamente elas, tão leves, higiênicas e práticas. VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A disputa pelo Grand Prix da Indústria Gráfica já começou.
Faça o download do regulamento no site:
www.fernandopini.org.br
Realização:
Apoio Institucional:
GESTÃO
José Pires de Araujo Júnior
Venda valor e não preço
A
estratégia de venda mais adotada no mercado gráfico é oferecer preços menores do que os praticados pela concorrência. Essa postura tem sua validade, mas sacrifica muito a empresa como um todo, além de não se manter como vantagem competitiva por muito tempo. A competição por preço é muito utilizada para tomada de market share ou para empresas que estão entrando no mercado, porém é fundamental que essa estratégia seja trocada depois que a empresa estiver posicionada. Para a utilização da estratégia de preço baixo, deve haver na empresa um foco muito grande nos controles de desperdícios por toda a fábrica e nos custos de insumos e matéria-prima. Contudo, é importante lembrar que quem se concentra em preço baixo atrairá clientes que só se preocupam com o custo de aquisição e não será fácil conquistá-los. Definição de valor
Para definirmos valor é necessário entender o que é satisfação. Para o economista e especialist a em
marketing Philip Kotler, satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho percebido de um produto em relação às expectativas do comprador; portanto, valor é uma percepção do cliente. O quadro abaixo mostra como se dá a formulação do valor para o cliente. Porém, os clientes não chegam a expressar nem 10% do que realmente querem. Cabe à empresa entender essas necessidades e transformá-las em uma vantagem competitiva. Portanto, o valor não é visível nem tangível, pois se trata de uma percepção do cliente, algo que deve ser entendido e percebido pelas empresas para poderem atender os clientes na essência das suas necessidades. A formação do valor é desenvolvida dentro da empresa. De acordo com Michael Porter, autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade, a formação do valor da empresa obedece a ordem apresentada no quadro da página ao lado. O quadro nos mostra dois grandes grupos de atividades desenvolvidas pela empresa: as atividades de apoio e as atividades primárias, que somadas
Determinantes do Valor Entregue ao Cliente Valor da imagem Valor do pessoal Valor dos serviços
Valor total para o cliente
Valor do produto Valor entregue ao cliente
Custo monetário Custo de tempo Custo de energia física Custo psíquico Kotler (2000): Marketing para o século XXI
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Custo total para o cliente
Formação do valor na empresa, segundo Porter Infraestrutura da empresa Gerência de recursos humanos
Atividades de Apoio
Desenvolvimento de tecnologia
Margem
Aquisição
Atividades Primárias
Logística interna
Operações
proporcionam o lucro através do atendimento às necessidades dos client es de um determinado segmento de mercado. O valor é hoje o centro do planejamento de marketing e de vendas, uma vez que o cliente só irá manter um relacionamento comercial com a em presa que oferecer o maior pacote de valor que ele poderá perceber como importante. Para que isso aconteça, é necessário desenvol ver uma proposição de valor ouvindo os clientes e entendendo o que eles realmente consideram im portante. É preciso identificar prováveis possibilida des de negócio, oferecendo serviços que venham a solucionar problemas dos clientes que eles nem imaginam que possam ser equacionados de outra forma. A criação de valor é feita ouvindo o clien te, suas necessidades e desejos. Com isso é possí vel compreender o que ele realmente precisa e che gar naquilo que você pode oferecer para resolver o problema. Desta forma cria-se um vínculo que faz com que o cliente procure a gráfica toda vez que tiver um problema para ser resolvido. Esse modelo traz vantagens significativas para as empresas que o adotam, entre elas o benefício sustentável de o cliente procurar a gráfica em bus ca de soluções, e não apenas dos menores preços. Mas não podemos descartar que ainda existirá a disputa por um preço menor. Isso é uma realidade. Talvez alguns clientes não consigam ou não quei ram entender as vantagens de terem seus problemas
Logística externa
Marketing e Logística de Vendas serviço
resolvidos de maneira mais efetiva, continuando a buscar preço no mercado. A mudança de um conceito estratégico para ou tro não é das decisões mais fáceis para um execu tivo da área gráfica ou de qualquer outra área, mas é necessário que haja coragem e força de vontade para mudar e buscar novos espaços. O pior que podemos fazer é não acreditar que pode haver novas saídas para um mercado que a cada dia traz um novo desafio e coloca em cheque tudo que fazemos há tanto tempo. Ser empresário no Brasil é difícil, ser empresá rio gráfico é complicado. Temos de nos adequar às novas tecnologias e mídias, mas ainda temos uma importância fundamental para a sociedade brasileira, que é preciso ser lembrada. O Brasil está passando por um momento impor tantíssimo, no qual o aumento da classe C é mui to expressivo. Esse contingente está consumindo mais, estudando mais e as gráficas precisam fazer parte desse crescimento. Mas para isso é necessá rio adaptar-se a esse novo cenário. Hoje se torna fundamental enxergar as necessidades dos nossos clientes e dos clientes deles para adequar as solu ções a um nicho de mercado específico, que traga mais resultados financeiros para a gráfica. José Pires de Araujo Júnior é professor de
graduação e pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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GESTAO AMBIENTAL
Vivian de Oliveira Preto
ZéCar. Design brasileiro e preocupação ambiental
D
urante os últimos seis anos tenho fre quentado palestras e exposições de tra balhos de designers renomados com o in tuito de agregar repertório e de mostrar para os meus alunos a importância de um projeto bem elaborado, com conceito e planejamento de produção bem delineados. De todas as palestras e exposições a que assisti, a que mais me impres sionou foi a do designer e escultor Chico Bicalho, no evento Boom SP – Design. O trabalho desse designer tem uma preocupa ção ambiental perene em todas as etapas do pro cesso. O conceito do produto passa uma imagem positiva de baixo impacto ambiental para crianças e adultos. A produção do material e da embalagem é planejada para ser ecologicamente correta e uma porcentagem do
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lucro da venda é revertida para projetos de reflo restamento. Uma cadeia produtiva perfeitamente focada no meio ambiente. Chico Bicalho é um designer conhecido mun dialmente pelos seus projetos de “brinquedos de corda”, que com o tempo se tornaram itens de co lecionador. A sua história prof issional teve início em Nova York, em uma loja de sobras industriais do pós-guerra, onde ele passou a utilizar os moto res amontoados para fazer brinquedos. No início de carreira ele chegou a fazer 150 peças por dia, montadas à mão. Hoje uma empresa chinesa pro duz os brinquedos em escala industrial. Suas pe ças são distribuídas em vários lugares do mundo, entre eles o museu Guggenheim. Todos os brinquedos fabricados por Bicalho são à corda e isso já reflete sua preocupação
com o meio ambiente. “Detestaria saber que milha res de pilhas seriam usadas e descartadas para dar movimento a esses brinquedos. As engrenagens e mecanismos são para mim como órgãos em movi mento e o fato de que a corda dura um tempo limi tado é importante. À pilha, eles perderiam a graça rápido, porque seriam muito ‘automáticos’. Movidos à corda, eles forçam a atenção e a participação ativa das pessoas, porque a duração é limitada, ela aca ba aos poucos, como uma ‘vidinha’ curta, e a gen te tem que interagir para que haja movimento de novo. Quando alguém dá corda, de uma maneira, dá vida a esses bichos, e, de uma certa forma, todo brin quedo de corda é um encantamento nesse sentido” (Chico Bicalho, palestra Boom Design – SP). Além do conceito do brinquedo, o artista par ticipa também da criação das embalagens para os seus produtos. No início, eles eram vendidos em sa cos de papel azul, com o nome do brinquedo em letras grandes. O problema era que em certas cir cunstâncias o produto não vendia, uma vez que não se sabia do que se tratava. A embalagem escondia o produto e as pessoas acabavam não se interessando. E quem comprava jogava a embalagem fora porque ela não tinha nenhum valor agregado. Após alguns estudos o designer chegou à con clusão de que uma embalagem transparente seria a melhor solução para a revenda em lojas e museus. As pessoas visualiz ariam o produto e ficariam cu riosas para ver como o brinquedo funciona. Além disso, o produto é colecionável, e para este públi co é importante ter embalagens duráveis, práticas
e que permitam a visualiz ação. A ideia é que a em balagem interfira pouco no produto e permita a visualiz ação do brinquedo exposto. O material es colhido na época foi o PVC, que, com o tempo, foi trocado pelo PET. Em 1996, o designer se envolveu em um proje to de reflorestamento com um grupo de amigos na tentativa de recuperar uma área devastada da Mata Atlântica. Foram muitas ações para angariar fundos para o projeto e uma delas foi a criação de um brinquedo chamado ZéCar. O objetivo é que os royalties sejam 100% revertidos para o projeto Mil Folhas, que envolveu a comunidade de Petró polis, alunos de escolas públicas e pessoas de ou tras partes do mundo. Hoje a área está recupera da e o projeto está se preparando para criar um banco genético de bromélias. O projeto rendeu um manual de reflorestamento para pessoas lei gas que pode ser baixado gratuitamente do site www.projetomilfolhas.com. O case do ZéCar serve como referência para todos no mercado. É uma demonstração de que é possível aliar conceito ecologicamente correto, pro cesso de produção e lucratividade. Em 2011 a fabri cante dos brinquedos Kikkerland solicitou a alunos participantes do Worldskills (competição interna cional de formação prof issional) que fizessem novas propostas para a embalagem do brinquedo. Vivian de Oliveira Preto é professora de Design
Gráfico e coordenadora de formação continuada da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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Associação Brasileira a das Indústrias de Etiquetas Adesivas
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ARTE E INDÚSTRIA GRÁFICA
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REALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO:
SPINDRIFT Nessan Cleary
A Label Expo Europe acontece em Bruxelas, em frente à imponente estrutura Atomium, que se tornou o marco mais conhecido da cidade.
Escrito no rótulo
A cada dois anos é realizada a Label Expo na Europa, dando ao público uma visão geral de um interessante mercado. Neste artigo, destaque total para as novidades em impressão digital.
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O
mundo das etiquetas e embalagens engloba várias áreas, mas o que mais tem nos interessado ao longo dos últimos anos tem sido o crescimen to da tecnologia digital no setor. Os principais fornecedores há anos são a HP Indi go e a Xeikon, porém há cerca de dois anos tive mos a oportunidade de ver uma série de novos for necedores entrarem nesse espaço e essa tendência continuou na Label Expo Europe 2011 (realizada em Bruxelas, de 28 de setembro a 1º‒ de outubro). Um dos temas principais do evento foi a inte gração das linhas de conversão com a impressão digital. A EFI, por exemplo, aproveitou a ocasião para lançar sua nova impressora Jetrion 4900, que inclui recorte eletrônico, além da impressão. Essen cialmente, ela usa o mesmo mecanismo de impres são da Jetrion 4830, com as mesmas tintas CMYK ,
mais tinta branca, distribuídas por cabeçotes Xaar 1001 e com impressão em uma única passada. Ela tem uma largura de bobina maior, igual à largura de impressão, de 210 mm. Jason Oliver, diretor sê nior de vendas mundiais da EFI Jetrion, diz que isso dá mais flexibilidade no futuro. A unidade de aca bamento oferece recorte eletrônico a laser, usan do uma dupla de lasers de alta potência da empre sa SEI Laser Converting. Ela também inclui a divisão de bobinas em bobinas estreitas e remoção de es queleto. O equipamento funciona com os subs tratos padrão de flexografia, bem como uma vasta possibilidade de papéis, tiras e filmes. A HP apresentou duas novas impressoras da fa mília Indigo. A de maior destaque é a WS6600, que vem com uma nova unidade em linha de aplicação de primer. Ela utiliza um novo primer desenvolvido especialmente pela Michelman. Esse tratamento
A EFI adicionou o recorte eletrônico a laser, em linha, à sua impressora jato de tinta Jetrion 4900.
permitirá que os clientes utilizem o mesmo substrato em suas impressoras analógicas e Indigo, sem a necessidade de preparo do material, suprindo uma das grandes desvantagens da plataforma Indigo. A impressora roda a uma velocidade de 40 metros por minuto. A HP divulgou o cliente St-Luc Labels & Packaging, de Nazareth, na Bélgica, como sendo o primeiro a possuir uma WS6600. Há também um novo modelo, o mais básico, WS4600, que pode executar trabalhos em cores a uma velocidade de 21 metros por minuto, além de uma nova tinta invisível, reativa a luz UV, concebida para satisfazer as necessidades de impressos de segurança, principalmente para o mercado farmacêutico. A HP tem ainda um novo DFE (digital front end), computador da EskoArtwork que recebe, processa e ripa os arquivos, o qual terá desempenho na saí da 20% superior aos atuais DFE s. Fica claro, quando se fala com usuários finais, que a integração com o fluxo de trabalho EskoArtwork, incluindo o novo Automation Engine, é um ponto forte na hora de vender o conjunto. É importante notar que o servidor de impressão de embalagens também se integra com os sistemas de gestão de informação Cerm da Heidelberg e Tailored Solutions LabelTraxx. A HP também melhorou o uso da opção de tinta branca, de modo que agora é possível entintar uma camada de branco suf icientemente opaco em uma única impressão. Chris Morgan, vice-presidente sênior da divisão de soluções gráficas da HP, afirmou que a área de rótulos e embalagens foi a de maior crescimento da
Indigo. A AB Graphics demonstrou sua Digicon Série 2, em linha com uma impressora WS6000 e com uma nova opção de acabamento duplo para que os clientes possam facilmente alternar entre diferentes tipos de acabamento em trabalhos de prazo muito curto. Por sua vez, a HP informou que as impressoras de etiquetas Indigo podem trabalhar com o novo sistema off-line da Gallus. A Spartanics mostrou uma nova impressora muito interessante em seu estande, resultado de uma parceria com a empresa especialista em tinta INX International. A NW140 , impressora digital a bobina, de banda estreita e base UV, usa cabeçotes Xaar 1001 dispostos em sete unidades de impressão, sendo a primeira uma unidade de pré-revestimento, possibilitando aos clientes o uso de praticamente qualquer substrato que possuam. Essa é seguida pela unidade do branco, ciano, magenta, amarelo, preto e, finalmente, o revestimento de um verniz. Existem pequenas lâmpadas de secagem depois das estações de revestimento e do branco, para a cura parcial, que fixa as cores de processo, e também antes da aplicação de verniz, com cura total por LED após as estações de impressão. O equipamento também possui um sistema totalmente integrado de unidade de recorte a laser Spartanics X140. Thomas O’Hara, presidente da Spartanics, explicou: “Nós integramos todos os sistemas de modo que, se você tiver um arquivo de Illustrator, é só fazer o download e ele cria a linha da faca, em conjunto com o arquivo ripado para a impressão”. Ele acrescentou: “Desenvolvemos nosso VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A Spartanics demonstrou uma impressora digital de etiquetas, baseada em cabeças da Xaar 1001, que incorpora o recorte eletrônico a laser.
próprio software para impressão e recorte. Isso de termina como o laser funciona em termos de po tência e velocidade, para evitar que este queime as bordas e para dar um corte bem fino”. A Sparta nics já tem reputação comprovada nesse mercado pelos sistemas de recortes a laser de alta potência que oferece. A impressora tem uma largura de bo bina de 160 mm e largura de impressão de 140 mm, mas O’Hara diz que eles estão trabalhando com a Xaar para aumentar a largura em uma possível ver são futura. Sem contar os cabeçotes de impressão e os LEDs, a Spartanics fabricou todos os componen tes da impressora, o que tem ajudado a manter o custo baixo, cerca de 280 mil euros, uma estratégia que tem obviamente impressionado seus clientes, uma vez que, apesar de a Label Expo ter sido a pri meira demonstração pública dessa máquina, eles já haviam vendido quatro delas no terceiro dia. Uma série de empresas mostrou soluções basea das na Memjet. Acreditamos que a Memjet tem a capacidade de realmente abalar o setor de impres são, pois ela promete boa qualidade de impressão com velocidades excepcionalmente elevadas e a custos bastante baixos. Essencialmente, a Memjet desenvolveu um cabeçote de impressão muito rá pido, de passada única, com uma largura de im pressão de 220 mm. Ele tem uma vida útil limitada, mas é barato o suf iciente para ser vendido como um item de consumo. Possui cinco cabeças (cin co cores), com a empresa fornecendo um conjun to de tintas à base de água, CMYKK . A resolução é de 1.600 × 1.600 dpi a uma velocidade de nove me tros por minutos, ou 1.600 × 800 dpi a 18 metros por minuto. A tecnologia Memjet já está presen te em várias impressoras de etiquetas de mesa, in cluindo a Rapid X1 e a X2, vendidas pela Impression Technology Europe, e a Speedstar 3000, da empresa húngara Own-X. A divisão de grandes formatos da 32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Memjet também desenvolveu um módulo de im pressão, utilizando-se de uma matriz de cinco ca beças, combinadas com canais de tinta e um siste ma de controle. Vimos isso na prática, em setembro, quando a Xanté lançou uma impressora de gran de formato, a 4200, na GraphExpo. A Own-X apro veitou a Label Expo para lançar outra impressora de grande formato usando o módulo Memjet, a WideStar 2000. Assim como outros dispositivos que possuem cabeçotes da Memjet, esse tem um con junto de tintas aquosas CMYKK e imprime a uma velocidade de 30,5 cm por segundo. A Allen Datagraph apresentou um sistema de acabamento de mesa, o iTech Centra HS , que deve ser até quatro vezes mais rápido que o sistema Cen tra atual. Ele usa lâminas de faca de baixo custo para cortar as etiquetas e pode lidar com qualquer for mato e tamanho com até 356 mm de largura, pas sando direto de um projeto para outro sem a ne cessidade de fazer facas. Ele roda a partir de um arquivo vetorial, como os produzidos pelo Illus trator, e usa marcas de registro para compensar problemas de distorção ou de escala. A Allen Datagraph também mostrou um siste ma de impressão e conversão abrangente, chama do de iTech AXXIS SR Digital Label System. A em presa distribuiu nos últimos dois anos um pacote composto de um sistema de impressão de mesa e unidades de acabamento de rótulo. O novo sistema combina tudo isso em uma só unidade, com uma Epson B-500DN como mecanismo de impressão jato de tinta que pode imprimir rolos de até 216 mm de largura e com até 720 dpi de resolução, mais a capacidade de laminar e cortar digitalmente a ma triz de rótulos, junto com a remoção do esqueleto, para diminuir resíduos. A Xeikon mostrou uma tecnologia muito in teressante, chamada VariLane, que se baseia em
poderosas ferramentas de imposição no seu DFE (digital front end). Essencialmente, isso permite que os usuários reúnam diferentes trabalhos em conjunto em toda a largura da bobina, independentemente do tamanho desses trabalhos. Isso pode potencial mente economizar substrato, reduzindo desperdí cios. O programa vai ser oferecido como um plugin para a DFE X800. A empresa também ampliou a gama de substratos para suas impressoras de eti quetas Série 3000. No evento, ela demonstrou o substrato (de polietileno) Cast PE , da MACtac, e também pode agora imprimir um substrato biode gradável da Fasson. A Xeikon atribuiu essa maior fle xibilidade no substrato ao toner QA‑I, apresentado na Ipex do ano passado. A Durst exibiu sua impressora Tau 150, junta mente com algumas impressionantes amostras de etiquetas. Ela está disponível tanto na versão quatro cores quanto na colorida de oito, e é possível adi cionar cores extras para a versão CMYK . Por exem plo, acrescentando laranja e violeta, é possível repro duzir até 95% das cores Pantone. Pode-se também adicionar um branco mais verniz. A qualidade de impressão é excelente, mesmo com texto de corpo
quatro e com efeitos metálicos. A máquina roda a uma velocidade de 48 metros por minuto, usando os cabeçotes de impressão da Xaar 1001. Ela utili za LEDs para a cura entre a tinta branca e as outras cores, e novamente antes de passar o verniz, mas a cura principal é feita por lâmpadas UV. Rafael Carbo nell, diretor-geral da Durst (Espanha), explica: “Acre ditamos que o LED não é bom o suf iciente para a cura final. Se você quer curar a uma velocidade de 48 metros por minuto, então o LED não é suf icien temente potente. Você tem de colocar muitos ini ciadores na tinta, o que acarreta o risco de bloqueio dos bicos. É preciso encontrar o equilíbrio entre a velocidade e a potência do UV ”. Além disso, a Durst vende uma unidade de acabamento dedicada, a Ro toworx 330, que também está disponível em uma variação para aplicação de verniz digital, que pode produzir texturas variando a cada rótulo. A CSAT, recentemente adquirida pela Heidel berg, exibiu seu sistema iTS600. O sistema utiliza tintas UV Agfa combinadas com cura LED e é re frigerado por água. Tem uma largura de impres são de até 420 mm e é capaz de imprimir na maio ria dos substratos comuns de rótulos, incluindo
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papel, filmes e plásticos. A resolução é de 600 dpi e a velocidade de 48 metros por minuto. A im pressora pode ser usada como um sistema autô nomo, conectada diretamente a uma unidade de acabamento, mas também pode ser integrada a uma linha já existente. A Heidelberg demonstrou o seu Linoprint Dri veline B no estande da Gallus. O equipamento tam bém usa tinta UV e vai trabalhar com substratos sen síveis, tais como materiais compostos e embalagem blister (como em embalagens de comprimidos). Ele roda a uma velocidade de 24 metros por minuto com bobinas de larguras de até 340 mm. A Epson exibiu sua impressora de etiquetas Sure Press, que foi oficialmente lançada na Ipex no ano passado. Ela utiliza tintas de base aquosa e oferece alta qualidade de impressão, mas, sendo uma im pressora de múltiplas passadas, não tem a produ tividade das outras jato de tinta (passada única). No entanto, a Epson encontrou um interessante nicho para ela na produção de pequenas tiragens de alta qualidade, bem como provas e protótipos. A GM também apresentou uma pequena unidade de acabamento no estande da Epson. A Domino exibiu sua N600i, que vimos pela pri meira vez na Ipex no ano passado. Este ainda é um produto em desenvolvimento, como disse o geren te de produtos Jon Pritchard: “Tivemos muito traba lho para nos certificarmos de que podemos atingir os padrões internacionais de cor”. A Domino tam bém trabalhou para integrar o fluxo de trabalho da EskoArtwork. Pritchard afirmou: “Pensamos que o alvo será o mercado de flexo. O ponto de cruza mento de custos com a flexo é de 80 a 100.000 ró tulos. Imagino que os clientes terão uma flexo e uma dessas ao lado, gerenciadas pelo mesmo fluxo de trabalho da EskoArtwork. Estamos tentando fazer uma transição simples para os clientes”. A impres sora deve produzir impressão de boa qualidade a uma velocidade de 50 metros por minuto, embo ra possa rodar em até 75 metros por minuto, com uma bobina de 333 mm. A japonesa Shiki levou para a feira um dispo sitivo com um novo conceito, o PicoJet, que deve estar disponível em 2012. É um dispositivo de qua tro cores com cabeças de impressão Kyocera e tin tas com cura de LED UV. A impressora roda a uma velocidade de 50 metros por minuto, com largu ra de 216 mm e resolução de 600 dpi. A máquina é bem pequena e, apesar de ser uma unidade au tônoma, deve também ser possível desenvolver uma versão em linha. A Kodak exibiu sua tecnologia traceless para apli cações de segurança. O sistema foi desenvolvido 34 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A empresa japonesa Shiki mostrou o protótipo de impressora jato de tinta que possui uma velocidade impressionante de 50 metros por minuto, apesar de seu tamanho relativamente pequeno.
pela CreoScitex, mas a Kodak aprimorou significati vamente o original. Trata-se essencialmente de um pó muito fino, contendo agentes de identificação, que pode ser misturado com tintas ou outros ma teriais, como plásticos. O resultado é que um códi go pode ser encaixado em um elemento de rótulo ou na embalagem e só pode ser lido com um lei tor especial, o que torna difícil para os falsificadores reproduzirem tal código. Nesta matéria só cobrimos os sistemas puramen te digitais que foram concentrados em um único galpão. No entanto, muitos dos sistemas conven cionais também fornecem soluções para impres são digital, através de opções em linha ou disposi tivos de conversão projetados para serem usados com uma impressora digital. Então, fica claro que não só há mais soluções digitais como o conceito de etiquetas digitais está agora muito mais disse minado, comparando-se ao que foi visto na edição passada da Label Expo. Principalmente porque o se tor de rótulos está enfrentando a mesma pressão de diminuição de prazos que o resto da indústria de impressão já sentiu. Mas a diferença desse seg mento é que muitos desses sistemas digitais estão sendo incorporados pelos fabricantes aos sistemas convencionais, visando à integração no ambiente de produção de embalagem e rotulagem. Tradução autorizada do boletim Spindrift,
publicação produzida pela Digital Doots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em outubro de 2011.
SITES
LITERATURA
em áreas específicas do design gráfico: embalagem, identidade visual e branding, design editorial, design para música e webdesign. O capítulo sobre identidade visual e branding é o maior deles, pois estes assuntos têm um enorme impacto sobre todas as outras áreas do design gráfico. Cada capítulo inclui um glossário, uma lista de materiais utilizados e a indicação de bibliografia complementar. A maioria dos aspectos do design
materiais e formatos. Eles tendem a possuir um vocabulário específico que pode intimidar e desestimular aqueles que não trabalham na área. Os glossários ajudam os leitores a se sentirem familiarizados com o tipo de linguagem usado nas metodologias, e a leitura
Prática e ideias criativas
especialmente em relação ao uso de softwares,
Carolyn Knight e Jessica Glaser
gráfico requer algum conhecimento específico,
Design gráfico e digital
Este livro apresenta cinco capítulos, com foco
Carolyn Knight e Jessica Glaser
Design gráfico e digital Prática e ideias criativas Conceito, metodologia e dicas para criação de um portfólio Embalagem Branding Identidade visual Promocional Design editorial Design para música Webdesign
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Design Gráfico e Digital – Prática e Ideias Criativas
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Carolyn Knight e Jessica Glaser Este livro apresenta cinco capítulos, com foco em áreas específicas do design gráfico: embalagem, identidade visual e branding, design editorial, design para música e webdesign. O capítulo sobre identidade visual e branding é o maior de les, pois esses assuntos têm um enorme impacto sobre todas as outras áreas do design gráfico. Cada capítulo inclui um glossário, uma lista de materiais uti lizados e a indicação de bibliografia complementar. A maioria dos aspectos do design gráfico requer algum conhecimento específico, particularmente em re lação ao uso de softwares, materiais e formatos. Eles tendem a possuir um vo cabulário específico que pode intimidar e desestimular aqueles que não traba lham na área. Os glossários ajudam os leitores a se sentirem familiarizados com o tipo de linguagem usado nas metodologias, e a leitura complementar oferece um importante ponto de partida para as pesquisas específicas. Edições Rosari www.rosari.com.br
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THE ART OF TYPOGRAPHY Letterpress Printing, Photocomposition, and Digital Typography
HERMANN ZAPF
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A ARTE DA TIPOGRAFIA | THE ART OF TYPOGRAPHY
Fascinados pela simplicidade de formatar um design na tela do computador, e de corrigi–lo ou mudá-lo, esses noviços podem se sentir orgulhosos de seus feitos até que aprendam a valorizar e apreciar a qualidade da impressão e descobrir que ela, também, é importante para o seu trabalho. Apesar disso, até mesmo os erros são uma parte necessária da experiência formativa, e quanto mais fazem experimentos com a editoração eletrônica, mais alto serão
A ARTE DA TIPOGRAFIA
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A Arte da Tipografia
7/13/10 12:39:58 PM
Hermann Zapf Fascinados pela simplicidade de formatar um design na tela do computador e de corrigi-lo ou mudá-lo, esses noviços podem se sentir orgulhosos de seus feitos até que aprendam a valorizar e apreciar a qualidade da impressão e descobrir que ela, também, é importante para o seu trabalho. Apesar disso, até mesmo os erros são uma parte necessária da experiência formativa, e quanto mais fazem experimentos com a editoração eletrônica, mais altos serão seus padrões de boa tipografia. Edições Rosari www.rosari.com.br
VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Normalização
O uso de XML para controle de processos em tecnologia gráfica
Bruno Mortara
O
uso do código XML se disseminou a partir dos anos 2000, esp ecial ment e em troca de dados entre sistemas de informação. Os da dos assim codificados não são fa cilmente legíveis, apesar de estarem sob a forma de texto. O uso de vários símbolos juntamente com os textos (com codificação Unicode para poder ser representada em muitos idiomas) e endenta ção (uso de recuos) abundante dificulta a leitura humana. Na realidade, o maior uso destes arqui vos é para troca de informações entre sistemas e programas de informática.
Histórico XML é a sigla de Extensible Markup Language e é
uma linguagem de marcação que define um con junto de regras para a codificação de documentos em um formato que é tanto legível por humanos quanto por máquinas. Foi definido na especificação XML 1.01, produzida pelo W3C — consórcio inter nacional que define regras para a Internet —, como especificação aberta e disponível gratuitamente. O desenvolvimento desse padrão visou à simpli cidade, generalidade e usabilidade através da inter net. Existem em muitos sistemas operacionais lingua gens e aplicativos de leitura de XML , os chamados APIs (Application Program Interfaces), cuja função é possibilitar a importação, exportação ou manipu lação de dados ou representações de imagens em XML . A aceitação do formato foi tão grande que a partir de 2009 centenas de linguagens baseadas em XML foram desenvolvidas, incluindo RSS, Atom, SOAP e XHTML . Formatos baseados em XML se tor naram o padrão de produtividade para ferramen tas de escritório, incluindo o Microsoft Office (Offi ce Open XML), OpenOffice.org (OpenDocument) 1 XML 1.0 Specification. W3.org. Obtida em 22/08/2010.
36 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2012
e iWork, da Apple. O XML também tem sido em pregado como linguagem base para protocolos de comunicação, tais como XMPP. TC130 e XML
A comunidade gráfica normalizadora internacional, o TC130 da ISO, já está se interessando pelo XML há tempos, mas ainda não fizemos muitas normas utilizando o formato. A primeira norma a ser desenvolvida foi a ISO 28178 – Graphic technology – Exchange format for colour and process control data using XML or ASCII text, de 2007, que possibilitou que as leituras fei tas por instrumentos, como espectrofotômetros ou colorímetros, fossem armazenadas e trocadas não somente em ASCII (texto puro), como tam bém em XML . A norma atribui nomes de campos e estrutura de dados. Dessa maneira, uma leitura feita em uma fábrica na Noruega com um instru mento Gretag pode ser comparada, por um apli cativo, aos resultados obtidos em sua filial nos Es tados Unidos através de um instrumento X‑Rite. Muitas vezes, essa norma é utilizada internamen te em programas como o iOne Profiler ou o Pro fileMaker, sem que o usuário se dê conta. Ante riormente, a norma ISO 12642‑1 definia o formato de troca de dados de caracterização utilizando tags e palavras-chave em ASCII. Infelizmente, ape nas alguns fornecedores de software implemen taram esse padrão, o que resultou em problemas para o prof issional gráfico ao trocar dados de me dição advindos de diferentes fabricantes. Agora, com a ISO 28178 , que define um formato de troca de informações de controle de cor e processos, e os metadados necessários à sua interpretação ade quada, fica possibilitada toda forma de troca ele trônica usando arquivos XML ou ASCII. Ela mantém a legibilidade humana dos dados, além de permitir a legibilidade por sistemas.
O site da Adobe disponibiliza informações sobre XMP, enquanto ainda não é norma ISO.
As outras normas baseadas em XML ainda se encontram em fase de produção. Algumas já estão indo para publicação e venda e outras ainda estão começando a ser discutidas e escritas. São quatro as normas com base em XML em desenvolvimento: ◆◆ ISO 16684-1 – Graphic technology – Extensible metadata platform (XMP) specif ication – Part 1: Data model, serialization and core properties. Foi aprovada e está esperando publicação na secretaria geral da ISO. ◆◆ ISO 17972-1 – Graphic technology – Colour data exchange format (CxFx) – Part 1: Relationship to CxF3. Está ainda em elaboração e discussão.
XMP
João
◆◆
Pedro
Maria
ISO 17972-2 – Graphic technology – Colour data exchange format (C xF/x) – Part 2: Scanner target
data. Está em estágio inicial de elaboração. ◆◆
ISO 17972-3 – Graphic technology – Colour data exchange format (C xF/x) – Part 3: Scanner target
Paulo
Lúcia
Ativos digitais editados em equipe com apoio de metadados XMP, assim o fluxo de trabalho controla processos.
data. Está em estágio inicial de elaboração.
Caixa de diálogo “Informações do arquivo” no Photoshop. VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Aplicativo iPhoto, onde as imagens podem ser procuradas pelo local onde foram tiradas.
A seguir veremos um resumo dessas normas, quais questões visam atender ao fluxo de produ ção gráfica e como o XML facilita ou permite que este padrão funcione. Normas com XML especialmente pensadas para armazenar metadados A norma ISO 16684-1 – XMP: Especificação de me-
tadados é derivada direta da especificação Adobe XMP, conjunto de esquemas e dicionários XML de
senvolvido pela Adobe para servir de metadados de imagens e arquivos digitais, que foi submetida ao TC130 para ser transformada em uma norma ISO. Foi rapidamente aprovada e está aguardando pu blicação na secretaria central da ISO. Essa facilida de se explica pela enorme aceitação de mercado e pela necessidade de padrões públicos e estáveis por parte dos desenvolvedores. Qualquer pessoa que utilizou aplicativos da Ado be nos últimos anos já está empregando o XMP (Extensible Metadata Platform), a tecnologia que per mite embutir informações a respeito de um arquivo, conhecidas como metadados, no próprio arquivo. No Adobe Bridge, o centro de controle de navega ção do pacote de edição Adobe Creative Suite, o XMP é ainda mais poderoso e fácil de usar, poden do ser definido e aplicado a inúmeros arquivos si 38 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2012
mult an eam ente e até com estruturas de dados personalizadas. Os metadados XMP são como um cartão de vi sita digital que se pode anexar a todos os ativos di gitais que forem sendo criados. Imagens, layouts, logos, todos podem conter metadados em XMP. Os dados embutidos podem ser informações como autor, direitos autorais, descrição, palavras-chave e outras informações. Além disso, pode-se usar XMP para recuperar fotograf ias em bases de dados, ba seando-se nos metadados. Isso é extremamente útil, pois independe da ferramenta de armazena gem. Imagine se, em um estúdio fotográfico, com dezenas de milhares de fotograf ias digitais, alguém precisasse de uma foto do banco de imagens que contivesse o interior de uma casa. A pesquisa por nome de arquivo “casa” certamente seria um fra casso. Já a pesquisa por metadados “interior” teria chances muito maiores. Em trabalhos de equipe, o XMP pode ajudar no gerenciamento de arquivos e fluxo de trabalho. Ao longo do fluxo de trabalho, os metadados vão sendo incorporados aos ativos digitais (arquivos), na medida em que cada membro da equipe altera, aprova ou simplesmente participa do fluxo do do cumento. Qualquer membro da equipe pode ler, atualiz ar e modificar os metadados em qualquer ponto durante o processo de produção.
Uma das aplicações transparentes para o usuá rio comum é a adição de metadados feita pelas câ meras digitais. Os metadados gerados pela câme ra são conhecidos como EXIF (Exchangeable Image File Format). O EXIF é codificado em Adobe XMP e por isso qualquer ativo com esses metadados fica disponível para as aplicações do Adobe Creative Suite ao longo do fluxo de trabalho. Ao se abrir uma foto digital no Photoshop, a caixa de diálo go “Informações do arquivo” revela muito sobre aquela foto, como a marca e modelo da câmera, velocidade do obturador, f-stop, distância focal e outras propriedades. Para exemplificar as possibilidades de uso de metadados em XMP, apresentamos duas das mais novas aplicações: o Geotag — no qual os dados da localização onde foi feita a foto são embutidos nos arquivos através das informações do GPS do smartphone da câmera digital — e o Face Recognition,
pelo qual as pessoas reconhecidas são marcadas na área correspondente da foto, através de dados embutidos em XMP. No entanto, o XMP, enquanto aplicação prática de XML, ainda tem alguns problemas de implemen tação e normalização dentro das artes gráficas: ◆◆ Ausência de uma linguagem de descrição le gível para as máquinas (por exemplo, modo Relax NG) ◆◆ Inconsistências entre diferentes esquemas XMP, como o uso de “título” (que pode dizer respeito a uma profissão ou ao nome de um documento) ◆◆ Ausência de um guia de boas práticas ou norma internacional ◆◆ Ausência de consistência na interface gráfica dos campos (aparência e consistência) ◆◆ Possibilidade de ambiguidade na interpretação do XMP, pois não há um registro central. (Dicionários centralizados explicam e aplicam significados a
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ANO XV Nº 77 VOL. II 2011 ISSN 1678-0965
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VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Detecção de rosto, feita por aplicativo, cria metadados para atribuir reconhecimento.
palavras-chave como cores, unidades de medição, parâmetros, relações entre objetos, como em um dicionário. A partir desse “dicionário” são criados códigos XML , referenciando-se a estes, e todos os envolvidos na comunicação ficam livres de ambiguidades). A fim de resolver essas deficiências do XMP, a ISO está desenvolvendo dois novos projetos que complementam a família da norma ISO 16684-1 – XMP: Especificação de metadados: a ISO 16684-2 – Validação formal de XMP, que fornece ferramentas para verificar os esquemas e a sintaxe quanto à sua aplicação correta, e a norma ISO 16684-3 – Sintaxe XML para descrever elementos XMP UI. Essas normas darão boas possibilidades de consistência e validação dos dados embutidos, assim como dos elementos de interface de usuários. Comunicação de cores com precisão usando o XML
Um novo conjunto de normas está surgindo para possibilitar a definição de troca de especificação de cores. Essa família de normas é baseada em uma implementação do XML , desenvolvida pela X‑Rite, dedicada à comunicação de cores, chamada de CxF. O CxF é um novo padrão que permite a comunicação, de modo fácil e preciso, de todos os aspectos comercialmente significativos da cor. Além disso, o CxF é definido de uma forma completamente aberta para que todos os aspectos de uma cor possam ser comunicados, mesmo quando o aplicativo e as características de cor sejam desconhecidos. 40 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2012
Segundo a X‑Rite, “encontrar o meio padronizado ideal para facilitar a comunicação de cores tem sido discutido há anos e muitas abordagens diferentes foram tentadas. Normalmente, a comunicação de cores é feita hoje em dia com o uso de valores de medição colorimétrica, como CIE-Lab, XYZ , RGB , densidade e CMYK , ou valores de medição espectral. Esses valores são muitas vezes comunicados em formatos proprietários, que não preveem a comunicação fora daquele uso restrito (aplicação- aplicação, usuário-aplicação). Hoje o comércio é ba seado em um fluxo de trabalho em geral de forma digital. O uso da tecnologia da internet na distribuição e logística cria uma demanda ainda maior por um método padronizado de comunicação de cores. Uma nova linguagem universal para comunicar cores deve simplificar o processo, não importa onde a informação é necessária”.2 Nesta discussão a grande evolução, além da linguagem com codificação flexível, é o conceito de comunicar cores independentemente de dispositivo ou processo. Em geral, as cores são comunicadas através de receitas de cores ou formulações que consistem em valores CMYK , ou o uso de sistemas de cores tipo Pantone, Toyo ou HKS . Quando são usadas definições baseadas em dispositivo ou processo para a comunicação de cores, os parâmetros de produção atribuídos a essas coordenadas de cor devem ser usados para garantir a 2 http://www.colorexchangeformat.com/documents/ literature/CxF/CxF_whitepaper.pdf.
integridade da comunicação. Por exemplo, além de especificar Pantone 315 numa embalagem, devo especificar o Lab, o ganho de ponto ou TVI, o tipo de substrato utilizado e a transparência da tinta; caso contrário, nunca chegarei à referência. Uma maneira de evitar esse obstáculo é utilizando espaços de cores ICC do tipo Named. Essa abordagem é usada por empresas e organizações como Pantone, RAL, NCS , Toyo e HKS. Em tal abordagem, os valores colorimétricos ou espectrais são atribuídos aos nomes de cores. A comunicação então é feita com o nome da cor. O modelo de aparência CAM (Colour Appearence Model) coberto pelo CxF
A percepção humana de cor não é, em última análise, possível de ser definida completamente por um valor de medição colorimétrico de uma amostra em Lab. Outros fatores como as cores circunstantes e o nível de iluminância sobre a amostra são tão importantes quanto o valor colorimétrico em si. Uma abordagem possível para esse problema pode ser encontrada na publicação da norma da Comissão Internacional de Iluminação, CIE 131‑1998 – CIE 1997 interim color appearance model – CIECAM 97s. Até hoje as normas técnicas gráficas trabalham com o modelo anterior CIELAB, de 1976, e ainda não houve consenso sobre como incorporar as melhorias do modelo mais atual. Além disso, o modelo CIECAM 97s leva em consideração variáveis que o modelo CIELAB 76 não levava, como outras condições que afetam a percepção humana de cores. Entre elas estão o ângulo da emissão ou reflexão, como tipicamente observado em superf ícies metálicas, que pode ser medido através de um gônio-espectrofotômetro, também ainda não incorporado às normas gráficas. Nessa situação, a cor é definida por um conjunto de curvas angulares, dependentes de refletância. O CIECAM 97s considera também o substrato e os efeitos de fluorescência sobre o mesmo — como no uso de branqueadores ópticos — e como isso afeta a cor significativamente. Em muitas aplicações, homogeneidade e estrutura da amostra são importantes na comunicação da cor. Uma forma de resolver esse problema é comunicar cores de imagens especiais numa combinação de informações colorimétricas e espectrais. Outras características a serem julgadas são o brilho do substrato e o tamanho, a posição e forma da amostra sendo observada/medida.
Aspectos comerciais e técnicos da comunicação de cores cobertos pelo CxF
Quando as cores são alvo de comunicação comer cial, como na compra de material de embalagem ou na definição da cor da capa de um livro, elas devem estar dentro de certa tolerância colorimétrica. A tolerância é definida em DeltaE e o modelo matemático utilizado pode ser CIELAB , CMC, dE94 ou dE2000. Além disso, dependendo da aplicação, outros fatores, como resistência à luz e a produtos químicos ou biológicos, devem ser comunicados. Para comunicar uma cor é preciso também que se comuniquem informações sobre os instrumentos de medição, como a configuração físico-óptica do instrumento utilizado. Medições de uma mesma amostra usando um instrumento com geometria 45°/0° ou com um instrumento de geometria esférica não irão ser equivalentes. Há também os filtros de polarização, a fonte de luz física que serve para iluminar a amostra (D65, A , D50) e o observador padrão utilizado para fazer os cálculos matemáticos (2°, 10°). Além de tudo o que já foi dito, quando se trabalha no segmento de embalagens, há atributos
Site da X‑Rite, onde estão as informações sobre CxF VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Preparação de alvo para caracterizar uma cor especial
Preparação de alvo para caracterizar uma cor especial Substrato Substrato
Sólido Substrato Substrato
Região Região impressa impressa comcom preto preto Número mínimo de de patches: 3 3 Número mínimo patches: Número recomendado: 11 11 Número recomendado: incluindo sólidos e substrato incluindo sólidos e substrato
Requisito da ISO 17972-4, para determinação de cores especiais, em CxF.
42 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. II 2012
essenciais para as cores especiais, como lote, recei ta de misturas de cores, preço de pigmentos, resis tência à luz da cor, descrições, notas de aplicação, comentários e dicas de preparação. Tudo isso pode ser embutido em um arquivo CxF, como metadados. A ISO 17972 representa uma nova família de nor mas que amplia o armazenamento de caracteriza ções, fornecendo um esquema flexível para facilitar a troca de dados de cor e processo com os recursos adicionais baseados no padrão CxF3. Na ISO 17972 , a Parte 1 explica a relação dos componentes da família com a implementação de XML , o CxF3. As normas propostas irão incluir per fis de elementos de dados necess ários para uma variedade de áreas de aplicação. O comitê TC130 está coletando informações relativas a elemen tos de dados necessários para vários processos e fluxos de trabalho. A Parte 2 deverá abranger a provisão para trans mitir requisitos para o armazenamento de alvos de escâner. Foi acordado que ela deve ser um ma peamento exato e que a descrição geral deve fazer referência à antiga norma ISO 12641 (carta de co res para escâner) com um anexo informativo para facilitar o uso. A Parte 3, intitulada Graphic technology – Co lour data exchange format (CxF/X) – Part 3: Output target data, deverá incluir os elementos necessários para o armazenamento de dados de caracterização (ISO 12642-2 [ECI‑2002 ou IT.8‑7/4] e ISO 22178) sob a forma de arquivo codificado em CxF. A Parte 4, intitulada Graphic technology – Colour data exchange format – Part 4: Spot colour charac terisation data (CxF/X-4), define um formato de tro ca de dados de medição espectral de tintas para
fornecer um meio de caracterizar tintas de cores especiais para permitir impressão e provas confiá veis para produtos que foram projetados com es sas tintas. Foi acordado que se dará continuidade à ISO 17972‑4 e será preparado um projeto para cir culação. Acredito que a norma dessa família que terá um impacto mais visível na comunidade gráfi ca será a Parte 4, Spot colour characterization data (CxF/X-4), que define um formato de troca de dados de medição espectral de tintas para fornecer um meio para caracterizar tintas de cores spot, permi tindo a confecção de provas e impressão confiáveis de produtos projetados utilizando essas tintas. Para definir mais precisamente uma cor especial é feita uma prova de laboratório tipo IGT, onde a cor especial é impressa em escala sobre substrato de referência branco e preto, registrando-se assim as características colorimétricas da cor especial em 100%, bem como em áreas reticuladas. Além disso, a impressão sobre o preto de escala da cor espe cial determina o nível de transparência da mesma, possibilitando que o sistema de provas (monitor ou física) simule a mistura daquela cor especial com outras cores de modo preciso e conf iável. Apesar de o XML ser um velho conhecido dos profissionais de tecnologia da informação, o forma to começa agora a ser utilizado pelos profissionais de comunicação gráfica. Além de ajudar a organi zar acervos de ativos digitais como documentos e imagens no caso do XMP, ou família de normas ISO 16684‑1, o XML participa ativamente das determi nações de cores de amostras, cartas de cores, cria ção de dados de caracterização (que originam os perfis de cor), tabelas de escâneres e determinação mais precisa das cores especiais. Em relação à ISO 17972-4 de cores especiais, espera-se que uma con sequência direta de sua publicação e adoção seja a sua incorporação nos futuros membros da família PDF/X toda vez que o usuário precisar utilizar uma cor especial. O grande benef iciário será o cliente fi nal, com cores especiais definidas precisamente e de forma não ambígua. Quem sabe naquele momen to poderemos nos libertar das famosas “cartelas de densidade” e fornecer aos nossos clientes provas e impressões confiáveis, usando cores especiais! Bruno Mortara é diretor da ABTG Certificadora
e superintendente do ONS27. É também professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e da graduação da Faculdade de Fotografia do Senac.
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TUTORIAL
Bauhaus no Photoshop
Thiago Justo
E
m recente visita ao site do MoMa, o mu seu de arte moderna de Nova York, que possibilita o acesso virtual a todo o mate rial de algumas exposições que já aconte ceram por lá, me deparei com uma fotogra fia muito interessante que fazia parte da exposição de 2009 sobre a Bauhaus, primeira escola de design do mundo, criada em 1919, uma das maiores e mais importantes expressões do Modernismo no design e na arquitetura. Essa fotografia sem título, de 1931, é de um artis ta alemão até então desconhecido para mim: Hajo (ou Hans-Joachim Rose, 1910–1989). Achei muito interessante o efeito gráfico da fotografia, como se fosse um retrato constituído por um edifício (1). Fiquei imaginando como foi o processo de pro dução da imagem. Provavelmente o artista fez uma revelação com uma dupla exposição de imagens diferentes e algum tipo de mascaramento. The Museum of Modern Art, New York. Department of Imaging Services. Photo: Jonathan Muzikar, 2009. Artists Rights Society (ARS), New York / VG Bild-Kunst, Bonn
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Num mundo cada vez mais digital e com a fotografia analógica escassa, imaginei como seria reproduzir esse efeito sem a ajuda de um ampliador ou dos negativos das fotograf ias, usando apenas fotografia digital e o Photoshop. Depois de algumas tentativas, acho que cheguei a um resultado bem próximo. Confira as etapas da produção neste tutorial. Requisitos: Adobe Photoshop. A primeira etapa do trabalho é escolher duas imagens com que você pretende trabalhar. Feito isso é só abri-las no Photoshop (Ctrl+O). Para este tu torial escolhi imagens com o mesmo tema retratado por Hajo: um retrato e uma fotografia de prédios da cidade (2).
O primeiro passo é converter a imagem dos pré dios em tons de cinza (grayscale). Para isso utilize o menu Image ➠ Mode ➠ Grayscale (3). Depois crie uma nova camada neste documento (menu Layer ➠ New ➠ Layer ou pelo atalho Ctrl + Shift + N), se lecione toda a camada (Ctrl + A) e pinte essa camada de branco (4). Se não estiver com a janela de camadas aberta, abra-a (Window ➠ Layer). Agora transforme a background layer em camada simples. Para tanto, basta dar um duplo clique em cima dela. Posicione a camada que você pintou de branco abaixo da camada da imagem dos pré dios (5). Arraste a imagem do retrato para o mesmo arquivo da imagem dos prédios e posicione de acordo com a sobreposição de imagens que você pretende fazer (6). VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Se a imagem estiver em RGB ou CMYK, o Photo shop já a transforma automaticamente em tons de cinza. Se precisar, use o comando de brilho e con traste (menu Image ➠ Adjustments ➠ Brightness/Contrast) para aumentar o contraste das imagens (7). Selecione a camada do retrato e abra a janela dos canais de cor (Channels). Como a imagem está em grayscale, ela possui somente um canal de cor: o preto (8). Clique na janela do canal com a tecla Ctrl ou Command pressionada. Isso faz com que a imagem do canal se torne uma seleção. Com a se leção ativa, inverta-a (menu Select ➠ Inverse ou pelo atalho Shift + Ctrl + I) (9). Volte na janela das camadas (layers), selecione a camada da cidade e tire a visualiz ação das demais camadas do documento. Depois crie uma másca ra rápida clicando no botão “Add layer mask” da camada. Ao criar a máscara, esta fica vinculada à imagem da camada (10). 46 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. II 2012
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Deste modo você consegue mascarar a imagem da cidade somente nas áreas de grafismo da imagem do retrato, conseguindo um efeito bem próximo de fotograf ias com dupla exposição (11). Agora, deixe visível o fundo branco. Se quiser uma imagem mais escura, basta duplicar a camada que possui a máscara. Pronto! Para finalizar, você pode excluir as camadas não visíveis e achatar a imagem (12). Veja como fica a imagem final (13) Para obter mais informações sobre a Bauhaus e conferir todo o material da exposição, inclusive outros trabalhos de Hajo, visite o site do Moma em www.moma.org/interactives/exhibitions/ 2009/bauhaus.
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Thiago Justo é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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ENTREVISTA Tânia Galluzzi
Eduardo Buck
“O gráfico precisa repensar seu negócio”
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m dos principais interlocutores da Canon com o mercado grá fico, Eduardo Buck, gerente de grandes contas, tem larga expe riência na construção de negócios de suces so baseados em parcerias de longo prazo. Graduado em Marketing e Gestão de Ne gócios na Escola de Engenharia Mauá, espe cializou-se no mercado de impressão para artes gráficas. Atualmente, desenvolve par cerias para o fomento e disseminação da cul tura de impressão digital por intermédio das associações e com os principais clientes do segmento de impressão sob demanda.
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A quantas anda a participação da Canon, no Brasil e no mundo, no segmento de impressoras digitais de alto volume, P/B e cor? Eduardo Buck – A Canon tem ganhado for ça junto ao mercado mundial, principalmen te pela sinergia obtida com a integração de nosso time de desenvolvimento com o da Océ. Muitas alterações nos equipamentos surgiram, melhorando o desempenho das novas máquinas. Um bom exemplo é a evo lução da ImagePress 7010, equipamento de impressão colorida quatro cores. A linha de equipamentos ImagePress 1135, preto e bran co, tem sido um destaque para a impressão em segmentos verticais, tais como impres são de livros, escolas, print for pay etc. O re torno recebido de nossos clientes tem de monstrado grande força e potencial para a Canon nesses segmentos.
A Canon lançou recentemente a impressora DreamLabo 5000, com foco no mercado fotográfico de alta qualidade. O que representa esse lançamento? EB – Esse produto é um marco para a Canon na impressão de fotografia de arte. Repre senta um grande desafio, pois é de alta per formance e um novo mercado para aden trarmos. Precisamos desenvolver aplicações efetivas para gerar valor às empresas que farão uso dessa nova tecnologia. Quais são os principais diferenciais desse equipamento? E o perfil do cliente para essa impressora? EB – Esse equipamento tem como grande diferencial sua qualidade de impressão de fotos, por realiz ar passagem suave de tons, principalmente em áreas de realce e som bra, const ruíd a com base em sete cores:
azul, magenta, amarelo, preto, cinza, photo magenta e photo azul. A impressora utiliza a tecnologia de processamento de imagem que faz uso de toda a grande gama de cores com tecnologia jato de tinta colorida da Canon, garantindo a impressão de imagens com alto desempenho. Em comparação com o papel fotográfico convencional, nossas tintas usam um componente que permite ao papel absorver mais rapidamente o composto de cores. Aliado à produtividade, esse componente nas tintas garante alta densidade e cores mais vivas. O sistema de alimentação de tintas é composto por duas unidades. Com isso, o operador poderá reabastecer os tanques do equipamento sem a necessidade de parada, garantindo maior produtividade e eficiência. Com relação ao papel, outro diferencial é a dupla alimentação de mídia, que traz como vantagem a troca dos rolos de papel sem a parada do equipamento. A DreamLabo 5000 será vendida no Brasil? EB – Estamos estudando o mercado brasileiro para verificar a viabilidade de lançamento. Em função do respeito que a Canon tem por seus clientes, antes do lançamento temos que preparar toda a área técnica, com certificação ATSP, que garante que nossa estrutura de atendimento esteja apta em padrões internacionais. Aliado a isso, temos de manter um estoque de peças e suprimentos no Brasil, alinhado à quantidade de equipamentos a serem instalados. Sendo assim, neste momento ainda não temos previsão de lançamento. Dentre os mercados atendidos pelas im pressoras digitais P/B e coloridas de alto volume, quais são os mais promissores? Por quê? EB – Um dos mercados que enxergamos com grande potencial é o de impressão webto-p rint, pois temos diversas possibilidades com a interação dos consumidores finais, em sintonia com os novos softwares de gestão e de fluxo de trabalho. As tiragens
estão diminuindo e a quantidade de pedidos está aumentando, o que demonstra uma tendência para as pequenas tiragens. E para as impressoras jato de tinta de grande formato, qual nicho merece hoje mais atenção? EB – Para a Canon o mercado de provas é uma grande oportunidade, pois atualmente temos poucos concorrentes e a tecnologia de impressão da família IPF, linha X300, com uso das tintas de tecnologia Lucia com 12 cores,tem um gamut expandido, o que garante aos usuários um excelente resultado na impressão de provas contratuais.
Com o advento da impressão digital temos a oportunidade de sair da commodity e caminhar para a diferenciação Foi divulgado no início de março que a Canon e a Océ levarão um portfólio con junto para a Drupa 2012, com foco em serviços para o desenvolvimento de ne gócios. Qual é a expectativa para a fei ra e quais serão as principais novidades da Canon/Océ? EB – A Canon e a Océ estarão presentes em conjunto num grande estande na Drupa 2012. Esperamos que o mercado brasileiro possa participar conosco neste importante evento mundial para nossa indústria. Temos novidades e somente quem nos visitar terá a oportunidade de conhecê-las de antemão. Qual sua opinião sobre a penetração da impressão digital no universo do gráfico tradicional no Brasil? A assimilação da tecnologia por aqui acontece da mesma forma que em outros países ou existem diferenças marcantes?
EB – Tenho visitado e conversado com vá rias gráficas, sejam elas tradicionais ou digitais, minha percepção é que os empresá rios precisam montar um plano de trabalho para iniciar a conversão que está em andamento. Entendo que muitos precisam repensar o negócio gráfico. Com o advento da impressão digital temos a oportunidade de sair da commodity e caminhar para a diferenciação. O que a Canon tem feito para se aproxi mar da indústria gráfica nacional? EB – Temos desenvolvido ações de mar keting apoiados no conceito da geração de valor para a cadeia de impressão. Não buscamos somente vender a solução, mas utilizar os recursos para geração de receita e margem de contribuição. Formamos uma parceria com uma consultoria espe cializ ad a para desenvolver um plano de negócios customizado para o atendimento a cada empresa gráfica. Buscamos com esta consultoria analisar e planejar quais tipos de produto são a essência da gráfica e quais são os caminhos para introduzir novos produtos e aplicações com seus próprios clientes. Temos colhido bons resultados. Esperamos que o mercado gráfico entenda nossa metodologia de trabalho e tire proveito dessa oportunidade, que está aberta para todos. Há dois anos a Canon consolidou a aqui sição da Océ e de lá para cá tem fir mado parc er ias com vár ias empresas. O senhor acredita que a consolidação de empresas no segmento de impressão digital continuará? EB – O mercado de impressão está sofrendo uma transformação. Assim como a indústria gráfica, os fornecedores estão entendendo que juntos somos mais fortes e as sinergias estão ocorrendo. Sinceramente entendo que esse caminho não tem volta e novas parcerias estão por vir. Agora o foco é o acabamento e inteligência de mercado. Vamos ver o que virá por aí! VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA 49
SEGURANÇA E SAÚDE
André Luiz Mores
FTD investe na saúde e na qualidade de vida dos seus colaboradores
Investir em saúde, segurança e bem-estar traz bons resultados, garantindo para a empresa a possibilidade de contar com profissionais motivados e saudáveis, aumentar a produtividade e reduzir os custos gerados pelas doenças ocupacionais.
N
a busca frenética por resultados, preferen cialmente com alto rendimento e baixo custo, precisamos nos questionar até que ponto os meios que utilizamos para obter a produtividade esperada comprometem a saúde e expõem os profissionais ao risco de adoecer. Focar somente na produtividade pode comprometer os resultados. Prof issional doente não produz. A lógica é simples. As empresas, ao tentarem extrair o máximo da capacidade produtiva dos profissionais, sem se preocupar em adotar meca nismos que lhes garantam condições de trabalho seguras e saudáveis, fatalmente criarão ambientes e situações que os deixarão doentes. A implantação do Programa de Prevenção e Reabilitação de Doenças Ocupacionais e Crônicas (PPRDOC) na Editora FTD, em São Paulo, nasceu da necessidade de: ◆◆ Aprimorar a aptidão física e a capacidade de trabalho dos profissionais ◆◆ Prevenir as doenç as ocupacionais e crônicas ◆◆ Reabilit ar e reintegrar os profissionais afastados e em tratamento aos seus postos de trabalho ◆◆ Reduzir os custos com questões trabalhistas e assistência médica ◆◆ Reduzir o elevado número de queixas, consultas, atestados médicos e dias perdidos ◆◆ Prop orcionar um ambiente de trabalho saudável
profissionais afastados e em tratamento, previnam e reduzam o número de queixas, atestados médi cos e afastamentos gerados pelas doenças ocupa cionais. Os profissionais atendidos foram divididos em dois grupos de controle: ◆◆ Grupo 1 – O foco do trabalho realiz ado esteve voltado para a reabilitação dos profissionais com queixas instaladas ◆◆ Grupo 2 – Foco na prevenção por meio da melhoria da aptidão física e da capacidade de trabalho Após um ano de implantação (2010–2011), os resultados foram significativos. Grupo 1: Reabilitação
Os gráficos trazem indicadores gerados a partir do acompanhamento e monitoramento de 37 pro fissionais com queixas classificadas como doença Aumento ou redução de atestados, consultas, dias perdidos e custos decorrentes 100%
0
–100%
O que é o programa? O PPRDOC é uma proposta inovadora que vem ao
encontro da necessidade das empresas de possuí rem mecanismos que melhorem o condicionamen to físico e a capacidade de trabalho, reabilitem os 50 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Antes-PPRDOC
Durante PPRDOC
Depois-PPRDOC
Atestados médicos Consultas médicas ■ Dias perdidos ■ Custos gerados pelos dias perdidos ■ ■
Evolução dos índices de capacidade física Antes do PPRDOC
Depois do PPRDOC
Dados antropométricos
Peso
82,73
80,94
Circunferência da cintura
93,61
86,76
Circunferência do quadril
98,04
96,76
Composição corporal
IMC
25,07
24,97
% Gordura corporal
17,84
16,61
Gordura corporal total
13,72
12,72
Excesso de peso
3,48
2,94
Massa magra
Massa magra
61,38
62,11
Dinamometria escapular
Direita Esquerda
27,55
31,71
28,81
32,38
Preensão manual
Direita
36,19
39,48
Esquerda
34,05
36,48
Flexão de ombro
Direito Esquerdo
24,00
32,71
24,00
32,71
Abdução de ombro
Ombro direito
21,14
26,71
Ombro esquerdo
19,43
25,14
ocupacional (CID M), identificados na primeira e se gunda etapas do PPRDOC e acompanhados antes, durante e após a participação na terceira etapa do programa. As tabelas se referem ao: ◆◆ Número de consultas médicas ◆◆ Número de atestados médicos ◆◆ Número de dias perdidos ◆◆ Custo gerado pelos dias perdidos (valores referentes aos dias pagos sem produtividade) No período em que acompanhamos diretamen te (em média 2,5 meses) os 37 colaboradores com queixas, conseguimos reduzir em 85,3% as consul tas médicas; 93,7% os atestados médicos; 92,6% os dias perdidos e 87,1% os custos com os dias perdidos, sem produtividade.
É importante destacar que, mesmo após o tér mino do acompanhamento específico dos cola boradores com queixas instaladas, realiz ado no Centro de Condicionam ento Físico e Reab ilit a ção (CCFR), o trabalho de condicionamento e rea bilitação aplicado contribuiu para que os indica dores apresentados cont in uass em mostrando reduções significativas. Grupo 2: Prevenção
No Grupo 2, cujo foco do trabalho é a prevenção, conseguimos melhorar significativamente as capa cidades físicas que inf luenciam diretamente na pro dutividade, na segurança, na saúde e no bem-estar dos profissionais atendidos. Confira os resultados obtidos na média do grupo em composição cor poral, força e resistência nas musculaturas de om bro e punho. Os resultados correspondem a média de um grupo de 18 colaboradores, que realiz aram cerca de 32 sessões de condicionamento físico. Nos resultados da composição corporal e mas sa magra, podemos perceber uma redução signifi cativa do peso em excesso e da gordura corporal e um aumento da massa magra, o que significa que, mesmo não perdendo peso, os profissionais substi tuíram a gordura por músculo. Melhorar a compo sição corporal é de suma importância para diminuir o risco do desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão, obesidade e dislipidemia. Os resultados referentes à dinamometria de preens ão manual e dinamometria escapular e os testes de abdução e flexão de ombros também apresentam aumentos significativos na força e na resistência muscular de ombro e punho. Músculos mais fortes e resistentes permitem que os profissionais desempenhem suas atividades, to lerando a exigência física e muscular, sem ficarem expostos ao risco de uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho. André Luiz Mores é consultor em ergonomia
e saúde ocupacional. andre.mores@grupomca.com.br
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TIPOGRAFIA
a letra impressa •parte 4 a revolução da fotocomposição
Claudio Rocha
Nesta série de artigos estão sendo examinados os processos de fabricação de tipos, passando por seus diversos estágios de produção no sistema tipográfico, na fotocomposição e no sistema digital. Nos artigos anteriores foram apresentados os processos manual e mecânico de produção de punções, a confecção de matrizes e a composição mecânica. O próximo irá abordar as fotoletras, as letras transferíveis e as composers. A fonte utilizada no título e legendas deste artigo é a Palatino Sans, criação de Hermann Zapf e Akira Kobayashi, de 2006. Para o texto foi utilizada a Monotype Bembo, versão digital da fonte produzida no século XV por Francesco Griffo sob encomenda do editor Aldus Manutius.
CLAUDIO ROCHA é tipógrafo, editor da revista Tupigrafia e diretor da OTSP, Oficina Tipográfica São Paulo
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Após 4.000 anos de escrita manual e 5 séculos de composição tipográfica – inicialmente com tipos móveis e depois com equipamenos mecânicos – a fotocomposição chegou ao mundo gráfico na metade do século xx como um sistema revolucionário, baseado no processo fotográfico e vinculado ao desenvolvimento tecnológico da impressão offset. Novos horizontes no mundo da criação publicitária e do design editorial requeriam soluções elaboradas e complexas para a composição de layouts cada vez mais sofisticados. O sistema conhecido como “composição a frio” veio inicialmente como resposta dos fabricantes de equipamentos de “composição a quente” (sistemas mecânicos que utilizavam caldeiras com uma liga de metal em ponto de fusão para produzir tipos). Aliada à fotolitografia, a fotocomposição incorporava novas possibilidades de manipulação do texto composto e aumentou significativamente a produtividade e a qualidade nas artes gráficas. Os primeiros experimentos na composição fotográfica de textos ocorreram na década de 1920, mas pesquisas nessa área foram re alizadas ainda no século XIX. O pioneiro foi o engenheiro húngaro Eugene Porzolt, que projetou em 1894 a primeira máquina de fotocomposição. Mas, esse tipo de equi pamento só veio a se tornar viável comercial mente na década de 1950. O primeiro equi pamento de fotocomposição que chegou ao mercado foi a Lumitype, em 1947, inventa do pelos franceses Louis Marius Moyroud e Rene Alphonse Higonnet e o primeiro livro a ser produzido sem o uso de tipos de metal foi publicado em 1953, tendo sido compos to em uma Lumitype Photon 100. As matri zes portavam caracteres transpa rentes, vazados em negativo, que eram
projetados em papel fotográfico, proces sado quimicamente. Os textos eram pro duzidos em colunas a serem diagramadas e coladas (paste-up) sobre uma folha de papel, gerando uma artefinal. Esse sis tema, porém, era mais adequado para a composição de tex tos em cor pos meno res, apresentando limitações na amplia ção dos caracteres. Isso ocorria porque – diferente dos tipos móveis, que possuíam matrizes para corpos específicos – as fon tes em fotocomposição eram geradas por meio de uma mesma matriz, com o uso de lentes para ampliar ou reduzir o tama nho das letras. Outra diferença fundamental entre os dois sistemas é que todos os equipamentos de fo tocomposição permitiam que o espaço en tre os caracteres variasse livremente, fosse ele mais aberto ou mais fechado, inclusive
com a possibilidade dos caracteres se sobre porem. Esse recurso era praticamente im possível no sistema de composição a quente.
Três gerações Os equipamentos de fotocomposição de pri meira geração eram adaptações dos antigos equipamentos de composição mecânica. Tan to a Linotype, quanto a Monotype e a Inter type modernizaram seus equipamentos, in cluindo um sistema de telecomposição, no qual uma fita perfurada, codificada por im pulsos transmitidos telefonicamente, ativava o teclado da fotocompositora. As matrizes no sistema anterior, com os ca racteres em baixorelevo, foram substituídas por matrizes com a imagem dos caracteres e a unidade de fundição foi trocada por uma unidade fotográfica. Assim, surgiram a Fotosetter (1947) e a Fo tomatic (1963), ambas derivadas da Inter type; a Linofilm (1950), derivada da Lino type; e a Monophoto (1957), derivada da Monotype.
Por causa de suas limitações mecânicas, es ses primeiros equipamentos não eram mui to produtivos. Para se estabelecer definitiva mente, os projetos tiveram que ser repensados em termos de funcionalidade. A solução veio com a produção de matrizes fotográficas gra vadas em um disco giratório. A segunda geração de fotocompositoras é ca racterizada pela redução das partes móveis a basicamente duas peças: um disco ou tam
Sucesso na Drupa de 1958, a fotocompositora semi-automática Diatype foi lançada pela type foundry H. Berthold AG, de Berlim. Esse equipamento, ideal para a composição de textos curtos, possuía um comando analógico que permitia variar progressivamente a espessura e o tamanho dos caracteres, indo do corpo 4 ao corpo 36. Movimentando o gatilho frontal, o operador selecionava os caracteres em um disco de vidro giratório, com a imagem do tipo vazada em negativo (abaixo). Um disco comportava 190 caracteres e sinais. Na página ao lado, a capa de uma brochura promocional (1950) explica visualmente o funcionamento da Fotosetter, uma fotocompositora de primeira geração.
A fotocompositora Linotype CRTronic 360 (acima), foi o primeiro sistema compacto para a composição de textos. Os dados eram arquivados em disquetes de 5¼”. Abaixo, um disco de matrizes da Letterphot Vario, equipamento alemão produzido em 1971. A fonte nessa matriz é Avant Garde, criação de Herb Lubalin, de 1970, com suas ligaturas características.
bor giratório contendo as matrizes dos carac trabalho levaria alguns meses para ser con teres e um dispositivo óptico composto por cluído se fosse executado em uma Linotipo. prismas ou espelhos, que direcionavam o fei Uma terceira geração – eletrônica – surgiu xe de luz fornecido por um flash eletrônico. nos anos 1960, na qual todas as partes mó A velocidade de produção aumentava à me veis foram suprimidas e a movimentação dos dida que a tecnologia evoluía. Nesse ponto, dispositivos ópticos foi eliminada. As foto as fotocompositoras chegavam a gerar 28.000 compositoras com tubo de raio catódico (en caracteres por hora. A PhotonLumitype 713 tre elas a CRTronic e Linotron) utilizavam (1957) tinha uma performance superior, ge um princípio análogo ao da televisão: um rando 70.000 a 80.000 caracteres por hora. feixe de elétrons varria a matriz com os ti A Lumizip 900 (1959) introduziu um sistema pos e transferia a imagem para uma tela lu mais aperfeiçoado ainda, no qual as lentes fa minosa que em seguida era reproduzida em ziam o movimento de leitura enquanto a ma um papel fotográfico. triz permanecia fixa. A velocidade de saída, A fotocompositora Digiset, lançada em 1965, em uma fita magnética, ia de 200 a 600 carac suprimiu até mesmo a matriz com a ima teres por segundo, ou mais de 2 milhões por gem dos tipos, utilizando a informação bi hora. O primeiro livro composto com uma nária de caracteres armazenados na memória. Lumizip, o Index Medicus (1964), foi um mar A combinação de fotocompositoras e com co para a fotocomposição. Suas mais de 600 putadores auxiliava na hifenação e justifi páginas foram geradas em 12 horas. O mesmo cação de textos, demonstrando que a inser ção da computação seria o caminho natural no mundo das artes gráficas. obras consultadas: Baines, Phil & Haslam, Andrew. Type and Typography. Watson-Guptill, N. York, 2002. Mandel, Ladislas. Developing an awareness of typographic letterforms. Electronic Publishing, Vol. 6(1). University of Nottingham,1998. Druet, Roger. La Civilisation de l’Ecriture. Fayard et Dessain et Tolra, Paris, 1976. Boag, Andrew & Wallis, Lawrence. One Hundred Years of Type Making, 1897-1997. The Monotype Recorder, Surrey, 1997.
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SERIGRAFIA Dave Dennings
Compreenda
V
a geometria da malha, a resolução do estêncil e os sistemas de medição para o controle de qualidade ocê montaria uma padaria sem colheres ou copos de medição? Aqui estão cinco ferramentas básicas para medição e controle da qualidade do estêncil em telas serigráficas.
Ferramentas básicas
Durante o processo de preparação do estêncil, há cinco variáveis que devem ser medidas e controladas para manter sua consistência e, assim, alcançar uma boa repetibilidade do estêncil: 1. Umidade no estêncil durante a exposição. 2. Espessura da emulsão. 3. Aspereza do revestimento. 4. Cura completa do estêncil. 5. Resolução, nitidez e reprodução da graduação tonal. Para cada uma dessas cinco variáveis, existem ferramentas específicas de controle e medição como medidores de umidade e temperatura, de espessura, rugosímetro, calculadora de exposição e microscópio. Medição de umidade e temperatura
O higrômetro/termômetro, medidor de umidade relativa e temperatura, é uma ferramenta básica para a secagem e armazenamento das telas. Como os sistemas típicos de estêncil são afetados tanto pela umidade quanto pela temperatura, essa ferramenta é essencial para qualquer oficina de serigrafia. Para obter um estêncil de qualidade, é necessário que a secagem da forma seja feita em um ambiente com umidade relativa abaixo de 50% e temperatura de cerca de 37°C. Quando não for possível utilizar cabines de secagem, deve-se pelo menos elevar a temperatura da sala, pois o ar quente é capaz de absorver mais umidade do que o mesmo volume
de ar frio. Isso ajudará a remover a água do revestimento. O uso de aquecedores e desumidificadores ajudará a obter um equilíbrio ideal entre umidade relativa e temperatura. Por ser considerado um instrumento de medição de baixo custo — cerca de R$ 80 —, não há desculpa para não adquirir um higrômetro/termômetro para uso em salas de armazenamento de telas serigráficas. Controle da espessura do estêncil
As variações de espessura do estêncil podem afetar consideravelmente a qualidade da impressão. Por isso, a menos que o emulsionamento seja feito de forma automática em uma máquina devidamente configurada, é preciso verificar regularmente a espessura do estêncil. Para sistemas em que o emulsionamento da tela é feito manualmente, um dispositivo de medição, como um medidor de espessura, é a melhor ferramenta para controlar a qualidade da matriz. Com base em exp eriências vivenciadas nessa área, existem duas recomendações básicas relacio nadas à espessura no estêncil que devem ser levadas em consideração para garantir uma impressão de qualidade: 1. Para impressões em geral, isto é, trabalhos que não exigem detalhamento extremo e/ ou aplicação de tinta UV, uma aplicação que gere acúmulo de emulsão correspondente a cerca de 20% da espessura da malha geralmente pro porciona uma excelente resolução de impressão e boa definição da borda. Por exemplo: se a espessura da tela for de 50 mícrons, o acúmulo de emulsão sobre a tela deve ser de 10 mícrons. Uma medida de 20% da malha fornece acúmulo suf iciente de emulsão no lado de impressão para VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Endurecimento incompleto Endurecimento incompleto devido à interferência da água
➡ ➡ ➡ ➡ Emulsão com secagem incompleta Moléculas de água
Sensibilizador Diazo
Retícula incompleta Aditivos
PVA Luz UV
efetivamente elevar os fios da superfície do substrato na borda da impressão. Isso ajudará a reduzir a perda da imagem impressa, permitindo que a tinta preencha toda a área de grafismo. A definição da borda melhorará muito. Geralmente é recomendado um mínimo de 10 mícrons. 2. Aplicações que exigem maior detalhamento, trabalhos em tom contínuo ou em quadricromia e com aplicação de UV normalmente requerem menor espessura de estêncil. Recomenda-se que o acúmulo de emulsão seja de aproximadamente 10% da espessura da malha, ou pelo menos de 4 a 5 mícrons. Essa espessura dará ao estêncil uma folga suf iciente da malha no lado do substrato, como mencionado, mas reduzirá a espessura total da tela (malha mais emulsão), de forma que seja possível imprimir detalhes bem finos sem vazar tinta. Nos dois casos, se a cobertura de emulsão for muito fina, ela não selará devidamente a malha. A tinta acabará entrando nas áreas de contragrafismo, o que causará o efeito serrilhado nas bordas
Acúmulo de emulsão
Depósito de tinta – acúmulo de emulsão
Acúmulo da emulsão = depósito adicional de tinta úmida Espessura da malha
3 mícrons de acúmulo de emulsão = 3 mícrons de depósito de tinta úmida 58 TECNOLOGIA GRÁFICA
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das imagens. Outras consequências da espessura abaixo do ideal são imagens com borrões, redução do ponto nas áreas claras e ganho de ponto nas áreas escuras. No caso de espessuras acima do recomendado, as bordas das áreas de grafismo têm paredes verticais muito altas, que dificultam o preenchimento completo pela tinta. Se a tinta não puder preen cher a área, podem aparecer buracos e se ela encher a área, pode se depositar demasiadamente no substrato na hora da impressão. Em qualquer caso, a espessura da emulsão em relação à da malha é um fator crítico para manter a qualidade do estêncil, representando, portanto, um item a ser controlado. As alterações na espessura da camada de emulsão podem causar varia ções de cor, baixa resolução das bordas, borrões e outros defeitos de impressão. Suavização de arestas
Utilizado para medir a rugosidade da superfície seca da emulsão que terá contato com o substrato, o rugosímetro é o instrumento que mostra a diferença média entre os cinco pontos mais altos e os cinco pontos mais baixos, podendo imprimir um perfil da medição. Essa diferença recebe o nome de Rz. Su perf ícies lisas são mais indicadas, por proporciona rem um melhor contato entre o substrato e a forma de impressão, produzindo uma camada de tinta uniforme e uma imagem mais nítida. O rugosímetro pode ser utilizado para medir a rugosidade de substratos não têxteis. Para obter uma imagem impressa com maior nitidez, recomenda-se um valor de rugosidade (Rz) inferior a 10 mícrons. Mais especificamente, para a combinação entre o Rz da forma e o do substrato, um valor entre 12 e 15 mícrons é ideal. Se o valor de Rz for mais alto ou a forma mais áspera, a tinta estará propensa a fluir para debaixo da borda da matriz, causando efeito serrilhado e borrões na impressão. Tipicamente os valores de Rz mudam de acordo com o acúmulo de emulsão. Quanto maior for a espessura de estêncil, mais lisa será a superfície e mais baixo o Rz. O desafio está em alcançar a suavidade buscada sem um acúmulo de emulsão muito espesso. Algumas aplicações, como as de detalhes finos, com luz UV ou quadricromias, requerem pouco acúmulo de emulsão, mas necessitam de suvidade para gerar uma imagem nítida. Nesses casos, o rugosímetro é uma ferramenta muito valiosa. Depois de estabelecido um padrão, é necessário medir frequentemente a espessura da cobertura de emulsão e ocasionalmente verificar o valor Rz.
Como determinar a exposição correta
Uma grande porcentagem dos problemas em serigrafia está diretamente ligada a uma exposição inadequada do estêncil. Por conta disso, a utilização de uma calculadora de exposição é muito valiosa para o controle do tempo correto. Por se tratar de um equipamento de baixo custo, não se deve abrir mão de utilizá-lo em testes de filmes. Existem vários modelos de calculadoras de exposição disponíveis. A maioria são filmes com cinco ou seis elementos de uma mesma imagem, de maneira que se pode avaliar e comparar diferentes tempos de exposição. Geralmente, cada elemento está coberto por um filtro de densidade progressivamente diferente, ou seja, com escala gradual de gris e com densidades ópticas diferentes, para simular tempos de exposição variados. Utilizando uma exposição longa (normalmente o dobro do tempo estimado para uma exposição adequada) é possível fazer a prova e ainda ver representações de seis tempos de exposição diferentes. Por exemplo: se for feita a exposição de uma tela com um calculador de exposição de seis minutos, que depois será revelada e secada, na avaliação da forma o segmento identificado pelo número 0,5 representa um tempo de exposição de três minutos (6 minutos × 0,5 = 3 minutos). O operador determina o tempo de exposição correto examinando os diferentes segmentos. Ocasionalmente, o tempo de exposição correto corresponde a um valor intermediário entre a reticulação total da emulsão (durabilidade máxima) e a resolução máxima. Deve-se verificar o tempo de exposição com frequência, mesmo que a unidade de exposição tenha um integrador. Considerando as altas porcentagens de problemas ocasionados por exposição inadequada do estêncil, uma calculadora de exposição é provavelmente um dos equipamentos mais importantes para se ter em um estúdio de serigrafia. Vendo de perto
O microscópio, ferramenta de ampliação de imagem, é usado em serigrafia para analisar o estêncil e as características da emulsão mais de perto. Um microscópio com ampliação de 50 a 60 vezes oferece boa capacidade para avaliar a resolução, reprodução de tons contínuos e nitidez da forma. A resolução depende da cor e da espessura da malha, da qualidade da emulsão e da qualidade da fonte de luz. Também é possível avaliar a resolução do estêncil com maior precisão quando se utiliza o microscópio em conjunto com os detalhes finos do
Malha S contra malha T
Resolução da malha S contra a malha T Malha T
Malha S
calculador de exposição. O ponto de continuidade da malha é a capacidade que a emulsão tem de reproduzir corretamente a forma de uma imagem. Para verificar isso é preciso comparar a imagem final com a imagem presente na película positiva. Quan do a borda da imagem passa perto dos fios da malha, a emulsão tem a tendência de oscilar sobre a linha ao invés de manter a forma da imagem do filme positivo. Se a emulsão possuir um bom ponto de continuidade da malha, a imagem impressa irá corresponder exatamente à imagem original. Observe que estamos falando de forma, e não de tamanho. Por exemplo: um operador poderia produzir um texto de 10 pontos que estivesse correto em tamanho, mas não conseguir reproduzir com precisão a forma da letra “O”. Um microscópio mostraria que, embora a altura da letra e a largura da linha estejam corretas, a parte circular poderia estar distorcida e o ponto de continuidade da malha abaixo do padrão. A definição das bordas descreve o quão definida, lisa e reta é a parede da borda de impressão do estêncil. Embora essa seja uma característica bem sutil, não é menos importante do que as outras duas. Por essa razão, uma ampliação de 50 a 60 vezes pode ser necessária para avaliar com precisão a qualidade. Uma baixa definição de borda afeta negativamente a resolução e o desprendimento da tinta em sua transferência. As emulsões que possuem excelente definição de borda mostram uma borda nítida e limpa na parede do estêncil ou borda de impressão. Tempo de ferramentas
Cinco ferramentas podem ser utilizadas para medir e controlar as cinco variáveis que inf luenciam a qualidade geral do estêncil. Algumas delas, como o VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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microscópio, o higrômetro/termômetro e a calculadora de exposição, são econômicas e controlam as causas dos principais problemas dos laboratórios de serigrafia. Outras, como o medidor de espessura e o rugosímetro, são mais caras, mas aumentam significativamente o nível de controle. Especificamente, é recomendado o uso do medidor de espessura quando se deseja repetir a qualidade da matriz. Compreendendo a geometria da malha e a resolução do estêncil
Para compreender a geometria da malha e a resolução do estêncil é preciso entender primeiramente que a malha e o estêncil devem trabalhar em conjunto, com o objetivo de imprimir com a melhor qualidade de resolução. Em segundo lugar, deve-se saber que cada um possui uma função única. Às vezes, confunde-se o papel deles e o quanto e como cada um pode inf luenciar o produto impresso. Vamos primeiro considerar cada um separadamente e depois discutir como eles se relacionam. Geometria da malha
A geometria da malha é simplesmente a composição tridimensional da estrutura da malha. Há duas características específicas que afetam a geometria da malha: a densidade (fios por polegada) e o diâ metro do fio. Isso também pode ser chamado de massa do tecido. O espaçamento e o diâmetro dos fios determinam também o tamanho da abertura da malha, espessura, porcentagem de área aberta e a inclinação do pano (o ângulo de ondulação dos fios). A escolha da densidade de malha vai de acordo com a quantidade de tinta que se deseja depositar sobre o substrato.
Resolução do estêncil
Resolução de impressão do estêncil
2 fios + 2 aberturas da malha
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1 fio + 1/2 abertura da malha
Resolução do estêncil
A resolução pode ser classificada de três maneiras: 1. Resolução química, que se refere à capacidade que a emulsão fotográfica tem de reproduzir as linhas finas, normalmente representada pela largura das linhas mais finas que podem ser reveladas no positivo e negativo. 2. Resolução da matriz, que é a capacidade de produzir com precisão um detalhe fino no tamanho correto sobre a tela exposta. 3. Resolução de impressão, que se refere à capacidade de reproduzir detalhes finos sem tamanho correto sobre o substrato. Atualmente a tecnologia proporciona emulsões com qualidade e capacidade para produzir linhas tão pequenas quanto 4 mícrons. Essa seria a resolução química de uma emulsão em particular. A resolução química é a única classificação que não é inf luenciada pela malha, mas sim pela química da emulsão e pelo tamanho de suas partículas. A resolução química é avaliada expondo uma película de emulsão da mesma forma que se expõe uma película indireta antes de montar a malha. A malha afeta diretamente as outras duas classificações. Malha e resolução
A malha aumenta a equação dos aspectos da espessura e da refração da luz. A espessura da malha, sua massa e cor podem limitar a capacidade da emulsão de produzir linhas finas. Quanto maior a espessura da malha, mais grossa a camada de emulsão necessária para obter uma boa cobertura e gerar um estêncil de superfície lisa (valor Rz). Quanto mais fina a malha, mais fácil será chegar à espessura especificada e mais liso será o estêncil. Quanto mais grossa for a espessura total do estêncil, maiores as chances de refração da luz, o que causa serrilhamento dos detalhes finos. A refração e a reflexão da luz dentro da malha são inf luenciadas pela massa, cor e ângulo em que a luz incide sobre a tela durante a exposição. Uma malha branca reflete a luz e nunca produzirá a mesma resolução de um tecido tingido, que absorve a luz refletida, aumentando assim a resolução do estêncil. Um fio mais grosso significa maior reflexão da luz, o que acarreta uma resolução mais baixa. A unidade de exposição pode limitar ainda mais a resolução do estêncil quando a sua saída de luz é difusa. Além disso, a malha também interfere na resolução do estêncil devido ao fato de os fios tenderem a bloquear detalhes muito finos, reproduzindo com menos precisão a imagem desejada. Por outro lado,
é preciso um número relativamente maior de fios na malha para que se possa suportar pontos muito pequenos e linhas muito finas. Se os pontos forem menores que a abertura da malha, alguns deles simplesmente cairão através da malha. No caso inverso, os fios podem bloquear o ponto negativo se a abertura for muito pequena. Nessas situações é importante contar com uma seleção de diâmetros de fios. Ao selecionar uma malha com fios mais finos, maiores serão as chances de alcançar a melhor resolução possível. Um fio mais fino reduz a espessura do tecido e a interferência dos fios sem deteriorar a opacidade e a transferência de tinta. Na verdade, a transferência de tinta melhora. Um fio mais fino aumenta a abertura da malha e a porcentagem de área aberta. Por exemplo, uma malha com densidade de 380 fios por polegada e diâmetro padrão de fio de 34 mícrons corresponde a uma espessura de tela de 55 mícrons, uma abertura de malha de 23 mícrons e uma porcentagem de área aberta de 12,1. Uma malha com densidade de 380 fios por polegada e diâmetro de fio de 31 mícrons corresponde a uma espessura de tela de 49 mícrons (uma redução de 10,9%), abertura de malha de 32 mícrons (28% de aumento) e porcentagem de área aberta de 23,3 (um aumento percentual de 92,6). Essas especificações são para malhas PeCap LE . Malhas de outros fabricantes podem apresentar alguma variação. A malha 380-31 absorverá mais tinta, independentemente de ser uma malha mais fina e de perfil mais baixo. Recomendações
Utilizar malhas de baixo alongamento e com diâ metros de fio menores, como o tafetá, permite obter a resolução mais fina possível do estêncil. Essa recomendação oferece os seguintes benef ícios: 1. Uma estrutura de superfície mais lisa, que pro porc iona um estêncil mais liso e técnicas de revestimento mais simples. 2. Quanto menor a massa do fio, maior será a área aberta, o que significa menor chance de a malha distorcer a imagem. 3. A espessura de tela mais fina torna a impressão mais fácil, pois permite que a tinta se desprenda da tela com maior facilidade e a transferência seja mais eficiente. Nesse caso, a resistência do tecido é sacrificada em favor da resolução. Ao optar por fios mais finos, procure utilizar telas de baixo estiramento, já que podem manter valores mais altos de tensão e o tecido pode ter mais resistência. Se possível, a linha mais fina e o menor ponto a ser impresso devem ser do tamanho da abertura
Resolução do estêncil
Resolução do estêncil Malha 305
Uma malha com densidade maior permite uma resolução maior Malha 355 da malha mais dois diâmetros de fios combinados, ou ter uma largura de duas vezes o tamanho da espessura total da tela (malha mais estêncil). Isso irá melhorar a transferência de tinta para o substrato, pois a tinta pode aderir a uma área maior da superfície do substrato e essa aderência a desprende do substrato. Se o menor detalhe for menor do que isso, a tinta forma uma alta coluna similar a um túnel grudado nas paredes que representa uma maior área de superfície. Um estêncil mais grosso não só aumenta a área de superfície no estêncil, como também as maiores partículas da emulsão aumentam a área de superfície no túnel de tinta. Isso potencializa o atrito com o fluxo de tinta, resultando em um destacamento mais fácil entre a tinta e o estêncil se a emulsão tiver partículas de pequeno tamanho, ou seja, emulsão com alto teor de sólidos, permitindo a impressão em alta resolução. Escolha uma malha que permita tela fina e emulsão com pequenas partículas e com uma química que possibilite alta resolução. Essa combinação, devidamente revestida e exposta com uma lâmpada de alta resolução, proporcionará o melhor detalhe de impressão possível. Conclusão
Quando se está buscando alcançar a maior resolução possível, devem ser considerados todos os aspectos da preparação do estêncil. Isso inclui a química da emulsão, os tipos de equipamentos utilizados no laboratório de serigrafia e as características da malha. Não se pode esperar que a emulsão propor cione todo o seu potencial se ela for limitada pela malha ou pelos equipamentos.
Dave Dennings é gerente
técnico do grupo de pesquisa aplicada da Kiwo, fornecedora mundial de químicos e tecnologia para serigrafia.
Tradução autorizada
de artigo publicado no boletim da Specialty Graphic Imaging Association (SGIA). VOL. II 2012 TECNOLOGIA GRÁFICA
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CURSOS
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Data: 2 a 4 de julho Horário: 9h às 18h Instrutor: Ana Cristina Pedrozo Investimento: R$ 290,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associados e R$ 190,00 para estudantes.
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Data: 10 a 13 de julho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Flavio Botana Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Mecânica Básica para Impressores Offset
Data: 24 a 26 de julho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Ronaldo Massula Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Agosto Problemas e Soluções na Pós‑Impressão
Data: 14 a 16 de agosto Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Jairo Oliveira Alves
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Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
Gestão, Liderança e Equipes de Alta Performance
Data: 28 a 31 de agosto Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Cristina Simões Investimento: R$ 320,00 para associados ABTG , Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 420,00 para não associados e R$ 220,00 para estudantes.
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Meio Oficial Impressor Offset em Máquina Monocolor de Pequeno Formato (60h) – R$ 743,00
Sábados: 21/7 a 15/9, 29/10 a 8/12 das 8h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 18/6 a 17/7, 23/7 a 21/8, 27/8 a 25/9, das 19h às 22h30 Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
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Meio Oficial Impressor Flexográfico Banda Estreita (80h) – R$ 1.450,00 Sábados: 7/7 a 15/9, 22/9 a 15/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
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Sábados: 4/8 a 22/9, 6/10 a 8/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 5/6, 11/6 a 26/6, 2/7 a 17/7, 23/7 a 9/8, 13/8 a 28/8, 3/9 a 18/9, 24/9 a 9/10, das 19h às 22h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.
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Impressor de Corte e Vinco Automático (80h) – R$ 848,00 Sábados: 14/1 a 24/3, 31/3 a 30/6, 7/7 a 15/9, 22/9 a 15/12 das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluíd o (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direi to de não iniciar o programa se não houver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2 ‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
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