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Cuidados Paliativos Uma atenção especial ao idoso Dr. Toshio Chiba Chefe da Equipe de Cuidados Paliativos do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – “Octávio Frias de Oliveira”


Definição de Cuidado Paliativo: OMS - 2002

... é uma abordagem que melhora a qualidade de

vida dos pacientes e seus familiares, enfrentando o problema associado à doença grave, ...


Definição de Cuidado Paliativo: OMS - 2002 ... através da prevenção e alívio do sofrimento, o que significa uma identificação precoce e avaliação impecável para tratamento da dor e dos problemas físico, psicossocial e espiritual.


Definição de Cuidado Paliativo: OMS - 2002 É aplicável no curso inicial da doença neoplásica em conjunto com outras terapias que têm

intenção de prolongar a vida, tais como quimioterapia ou radioterapia e, inclui as investigações necessárias para melhor compreensão e gerenciamento das complicações clínicas desconfortáveis.


Cuidados Paliativos • Vamos paliar somente os pacientes com câncer em fase avançada ?

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Espectro e variedade de doenças DPOC

Etc., etc...

Insuficiência Renal Crônica

Doença de Parkinson

Câncer Insuficiência Cardíaca

Demências AVE com sequelas

HIV/AIDS

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Se espelharmos na definição da OMS 2002 Falecimento

diagnóstico

Alocação de recursos

Cuidados Paliativos

Tratamento que modifica história natural da doença tempo

Cuidados Paliativos Exclusivos

Luto


Espectro temporal Palliative care within the experience of illness, bereavement, and risk. From Frank D. Ferris, MD, Medical Director, Palliative Care Standards/Outcomes, San Diego Hospice, 4311 Third Avenue, San Diego, CA, USA 92103–1407

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Definição de Cuidado Paliativo: OMS - 2002

Cuidados na Fase final de vida

PERTENCE A Cuidados Paliativos


Importância da Comunicação

Verdade progressiva e suportável X Verdade

Dr. Gustavo de Simone, Curso Pallium 2007


“ ...tratamento da dor e dos problemas físico, psicossocial e espiritual. “ • • • • •

Dor Falta de Apetite Constipação Delirium Depressão

• • • • • •

Náusea e vômito Disfagia Dispneia Fadiga ..... ....

NCCN Palliative Care Guidelines in Oncology Ver 2.2012 – www.nccn.org Chang VT. Tools for pain and symptom assessment in palliative care in Textbook of Palliative Medicine, Hodder Arnold, London, 2006


Controle de sintomas

INÍCIO

Suspeita diagnóstica

Sucesso Avaliação

Ou insucesso

Investigação (Consideração de impacto terapêutico) Avaliação

Tratamento/ Intervenção

Diagnóstico


Escada Analgésica da OMS

DOR GRAU 3 Intensa DOR GRAU 2 Moderada DOR GRAU 1 Leve Não opioides ± Adjuvantes

Opioides para dor leve e moderada ± Não opioides ± Adjuvantes

Opioides para dor intensa ± Não opioides ± Adjuvantes

WHO, 2002


Sedação Paliativa • Esgotamento de recursos disponíveis para o controle de sintomas. • Confirmação + Comunicação • Equipe & familiares/paciente • Uso de sedativos – Midazolan, na sua grande maioria • Dados administrativos do ICESP* = 13,6% dos pacientes em leitos de cuidados paliativos * ICESP: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo


Diretiva Antecipada de Vontade (Testamento Vital) “Não é somente o preparo de documentos, mas também a discussão com membros da família e médicos sobre qual futuro pode se esperar da pessoa

com doença grave e como o paciente e familiares querem suas opiniões e preferências manifestas para guiar as decisões... “

Fiela MJ, Cassel CK, editors: Aproaching death: Improving care at the end of life, National Washington DC, 1997, Academy Press. Starks H, Vig EK “Advanced Care Planning” In Emmanuel LL, Librach SL, Palliative Care – Core Skills and Clinical Competencies, 2nd Ed. St. Louis. Elsevier. 2011


Diretiva Antecipada de Vontade (Testamento Vital) ... (inclusive se surgir um problema médico sério súbito e inesperado )e, quais etapas poderiam aliviar as preocupações relacionadas a finanças, problemas familiares, questões espirituais, e outras que incomodam o paciente grave ou que está morrendo e seus familiares.“ Fiela MJ, Cassel CK, editors: Aproaching death: Improving care at the end of life, National Washington DC, 1997, Academy Press. Starks H, Vig EK “Advanced Care Planning” In Emmanuel LL, Librach SL, Palliative Care – Core Skills and Clinical Competencies, 2nd Ed. St. Louis. Elsevier. 2011


Diretiva Antecipada

É Um processo ≠Um evento

Fiela MJ, Cassel CK, editors: Aproaching death: Improving care at the end of life, National Washington DC, 1997, Academy Press.


Desejo de morrer no domicĂ­lio, uma verdade?

Preferred and actual places of death. 
(From Higginson I. Priorities for End of Life Care in England, Wales, and Scotland. London: Cicely Saunders Foundation, Scottish Partnership for Palliative Care, and the National Council for Hospice and Specialist Palliative Care Services, 2003.)

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Por quê?? • Muitas internações inadequadas – Controle de sintomas inadequado – Colapso em provisionamento do Serviço de Atendimento Domiciliar • Falta de enfermagem/ cuidadores noturnos • Falta de suporte aos cuidadores • Dificuldade em comunicação ou coordenação Thomas C, Morris SM, Clark D: Place of death: Preferences among cancer patients and their carers. Soc Sci Med 2004; 58:2431-2444.

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Pontos-chaves para permanência do paciente em domicílio no falecimento

• Provisão de assistência domiciliar – Intensa, sustentada e confiável

– Educação sobre autocuidado – Suporte aos familiares e cuidadores – Planejamento de cuidados avançados – Gerenciamento de risco – Treinamento de médicos assistentes Gomes B, Higginson IJ: Factors influencing death at home in terminally ill patients with cancer: A systematic review. BMJ 2006; 322:515-518. 20


Suporte aos familiares

 Oferece sistema de suporte para auxiliar os familiares a enfrentarem a doença do paciente e a lidar com seus próprios lutos;  Visita e/ou reunião pré-falecimento

 Visita e/ou reunião pós-falecimento  Identificação dos tipos de luto complicado e seguimento – Medicare oferece cobertura até de 1 ano


Suporte aos familiares

 Utiliza-se de abordagem em equipe para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto, se indicado;


Debora Alavarce

PAPEL DO ENFERMEIRO


Na prática do cuidado paliativo, o enfermeiro pode: • Cuidar, juntamente com sua equipe, para que o doente não sinta dor • Esteja em boas condições de higiene e nutrição • Receba conforto físico • Se mantenha livre de riscos. Deve buscar comunicar-se efetivamente com ele, ouvindo-o sempre que possível, ajudando-o a expressar seus sentimentos e ideias, tanto quanto a compreender melhor a sua experiência. O enfermeiro pode e deve, ainda, estabelecer uma comunicação efetiva também com a família do paciente, ensinar e orientar quanto aos cuidados necessários quando o doente estiver em casa.


O Cuidado Domiciliar • O cuidado domiciliar representa uma alternativa mais humana, permitindo ao paciente readequarse ao seu ambiente, obtendo um maior conforto e proximidade com a família. • Esses pacientes estão indo para suas casas, muitas vezes dependentes de cuidados básicos como higiene, alimentação e conforto. • Esse cuidado é assumido pela família, com o suporte da enfermagem.


O Cuidado Domiciliar

Incluir a família em ações de saúde exige uma aproximação progressiva entre profissionais de saúde e famílias, a construção conjunta de saberes e decisões, além da troca de informações sobre crenças, valores, direitos e conhecimentos sobre as responsabilidades de cada parte.

Os profissionais de enfermagem permanecem mais tempo junto ao paciente e os familiares, constituindo importante elo na promoção das interações, para a busca da melhor estratégia que possibilite um cuidar ideal tanto à pessoa doente como aos seus familiares.


A equipe de enfermagem • apoiar o doente e o grupo familiar, possibilitando minimizar os medos e ansiedades e colaborando com a adequada participação de ambos no processo. • Deve planejar ações para controlar os impactos do câncer nos indivíduos e seus familiares • Precisa ter a sensibilidade e a capacidade de identificar desordens do campo físico, psíquico, social e espiritual.

Para isso é importante que esse profissional esteja preparado tecnicamente e tenha sensibilidade para assistir o doente e sua família, que precisa de amparo e encontra na enfermagem o elo de confiança para lhe proporcionar conforto nesse momento difícil.



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