Vídeo para Pais e Cuidadores: De Olho na Fala Jeniffer de Cássia Rillo Dutka - Programa de Pós-Graduação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo e Programa de Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo Tarcila Lima da Costa – Programa de Pós-Graduação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo Olivia Mesquita Vieira de Souza – Programa de Pós-Graduação do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo Homero Carneiro Aferri – Serviço de Prótese de Palato do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo
Objetivo: Adesão às recomendações para tratamento da fissura labiopalatina é otimizada quando pais e cuidadores recebem informações adequadas e compreensíveis. O objetivo deste trabalho foi preparar um material para orientar pais e cuidadores sobre a velofaringe e o papel da palatoplastia primária na produção de fala em bebês com fissura labiopalatina. Método: Após seleção do público alvo foram identificados conteúdo, ilustrações didáticas, roteiro educacional, texto e sequência audiovisual e o material foi compilado em uma apresentação em arquivo PPT com áudio. Resultado: O trabalho resultou na elaboração de um vídeo de dez minutos intitulado “De Olho na Fala” o qual aborda o desenvolvimento das seguintes habilidades: 1) habilidade de reconhecer termos clínicos; 2) habilidade de identificar boca (cavidade oral), nariz (cavidade nasal), garganta (faringe) e velofaringe em imagens; 3) habilidade de reconhecer as partes e o funcionamento do palato; 4) habilidade de reconhecer o papel da velofaringe na produção dos sons orais e nasais; 5) habilidade de identificar o papel e a importância da palatoplastia primária para reconstrução da velofaringe; e 6) habilidade de identificar ações que o cuidador pode exercer para favorecer a realização da palatoplastia no tempo previsto pela equipe de reabilitação. Discussão: O conceito de adesão implica no seguimento do protocolo proposto pela instituição, e enquanto esta propõe, orienta e informa, é inevitável que em última instância esteja sob a responsabilidade dos pais e cuidadores a adesão efetiva. No entanto, é importante lembrar que é necessária uma congruência de fatores para que o tratamento proposto seja possível e tenha bons resultados. Pouquíssimos aspectos do tratamento estão sob o controle direto de pais e cuidadores, porém os cuidados básicos da criança na fase pré-cirúrgica é um dos fatores mais importantes para realização dos procedimentos no tempo indicado
pela equipe, tendo também um importante impacto no processo de cicatrização e convalescência de cada bebê. A orientação criteriosa de cuidadores, portanto, é medida importante num país com tão poucos profissionais habilitados para oferecer serviços de alta complexidade a pacientes com anomalias craniofaciais. Conclusão: O material desenvolvido pode favorecer ações por meio de modalidades da telessaúde, tanto teleducação quanto teleassistência, ampliando possibilidades de orientação à distância de pais e cuidadores de bebês com anomalias e também de agentes da saúde. Jeniffer de Cássia Rillo Dutka – jdutka@usp.br Tarcila Lima da Costa - tarcilacosta@usp.br Olivia Mesquita Vieira de Souza- mesquita.vsouza@usp.br Homero Carneiro Aferri - homeroaferri@usp.br