Uso de dispositivos móveis para Médicos da Estratégia Saúde da Família do Recife: pesquisa de satisfação do projeto Telessaúde Móvel Kleber Araujo; Isabel Brandão; Karolina Lima; Juliana Siqueira; Fernando Gusmão; Núcleo Telessaúde Recife SEGTES – Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde Secretaria de Saúde do Recife - Prefeitura da Cidade do Recife Resumo Introdução No Brasil, secretarias de saúde e universidades de diversos Estados e Municípios têm promovido a incorporação da Telessaúde no processo de trabalho de Equipes de Saúde da Família. O Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde é um dos impulsionadores e mantenedores dos serviços de Telessaúde no país, dentre eles as teleconsultorias. Apesar do incremento do uso da Telessaúde pelas equipes multiprofissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família, ainda há oportunidade para o aperfeiçoamento e aumento do número de solicitações de teleconsultorias por estes trabalhadores. Uma estratégia de implementação do Telessaúde está sendo formulada para o município do Recife, através da Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SEGTES/SESAU-Recife). Entre os desafios para a ampla utilização dos serviços de Telessaúde, está a disponibilização das novas tecnologias da informação e comunicação para os profissionais de saúde. Atualmente, apesar de todas as Unidades de Saúde da Família da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Recife estarem informatizadas e com conectividade à Internet, apenas 10% dos consultórios dos médicos dispõem de equipamentos de informática, o que limita a agilidade dos profissionais para solicitar a teleconsultoria na modalidade desktop, no momento em que a dúvida surge, durante a consulta com o usuário de saúde. Objetivos Destarte, foi iniciado um projeto piloto para estudar o uso de dispositivos móveis por 10 médicos da Estratégia Saúde da Família do Recife para a realização de teleconsultorias, com o intuito de testar a usabilidade de ferramentas já incorporadas no contexto social desses profissionais. Métodos
Os equipamentos utilizados foram os smartphones dos próprios profissionais e a plataforma de comunicação selecionada foi o WhatsApp, uma vez que todos os participantes já possuíam experiência com o uso da mesma. O modelo proposto de teleconsultoria propiciou a troca horizontal de conhecimento clínico, recursos disponíveis na RAS e de processo de trabalho entre os participantes. O telerregulador promoveu o compartilhamento de conteúdos relevantes aos temas discutidos e materiais de atualização científica na área de Medicina de Família e Comunidade. Pontualmente, houve necessidade de interação com especialistas focais e gestores em saúde quando a dúvida não foi solucionada pelo grupo. Resultados e Discussão Após um período de três meses foi realizada uma pesquisa de satisfação por meio de um formulário eletrônico com resposta de 100% dos participantes, evidenciando: a) 100% definiu que o projeto deveria continuar além da fase de projeto piloto; b) 90% considerou que as informações compartilhadas auxiliaram na tomada de decisão clínica; c) 70% avaliou que as informações compartilhadas auxiliaram nos processos de trabalho; d) e 90% recomendaria a participação no grupo para outros médicos.
Conclusão Os médicos da Rede SUS Recife parecem estar receptivos ao uso de dispositivos móveis para a solicitação de teleconsultorias. Entretanto, além dos equipamentos portáteis que podem contribuir com agilidade e comodidade para o processo de colaboração entre pares, é relevante que a plataforma de teleconsultoria utilizada some as funcionalidades de facilidade de uso de uma plataforma de comunicação como o WhatsApp com a de emissão automatizada de relatórios gerenciais que facilitem a análise do serviço prestado.
Autores: Kleber Araujo Isabel Brandão Karolina Lima Juliana Siqueira Fernando Gusmão
klebersaraujo@gmail.com brandaocorreia.isabel@gmail.com karolina@recife.pe.gov.br juliana.siqueira@recife.pe.gov.br fernando.gusmão@recife.pe.gov.br