WEBCONFERÊNCIAS COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Max Silva Moreira – Centro de Educação em Saúde César Rodrigues Campos, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CES/SMSA/PBH), Minas Gerais, Brasil. Sandra Silva Mitraud Ruas – Gerencia de Informação e Tecnologia da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte(GTIS/SMSA/PBH), Minas Gerais, Brasil. Max André dos Santos- Centro de Educação em Saúde César Rodrigues Campos, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CES/SMSA/PBH), Minas Gerais, Brasil.
Objetivo
A Estratégia Saúde da Família (ESF) trouxe muitos avanços, mas também muitos desafios, sendo um deles a necessidade da qualificação de recursos humanos. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA/PBH), utiliza desde 2003 webconferências para capacitação dos trabalhadores em serviço. As palestras são proferidas on line por trabalhadores da Rede Municipal de Saúde (RMS) e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para toda a RMS com compartilhamento de voz, imagem, slides e chat. O objetivo deste artigo é descrever o processo de evolução das webconferências por meio de sua incorporação, em 2010, ao Plano Municipal de Educação Permanente da Secretaria Municipal de Saúde Belo Horizonte (PLANEP/SMSA/PBH).
Método
Com a criação do Centro de Educação em Saúde (CES) em setembro de 2004 a responsabilidade de desenvolvimento de uma Política de Educação Permanente para a Saúde passou a ser concebida a partir da articulação com as demais gerencias da SMSA/PBH. Nesse contexto as iniciativas em Telessaúde foram desenvolvidas em articulação com três gerencias: a Gerencia de Tecnologia e Informação em Saúde (GTIS), a Gerencia de Assistência (GEAS), responsável pela coordenação da atenção básica e o CES. Inicialmente
os
cronogramas
semestrais
organizavam
os
temas
assistenciais em telemedicina, telenfermagem e telessaúde bucal evoluindo para
uma programação multiprofissional com um enfoque voltado para organização da Atenção Primária a Saúde (APS). Enquetes eletrônicas e webconferencias garantiam a atualização das preocupações cotidianas dos profissionais como demandas de formação e fonte da programação. Em 2011 a SMSA/PBH realizou duas oficinas de EP com a participação de gerentes de todos os níveis de atenção à saúde e de trabalhadores da RMS/PBH para elaboração do PLANEP/SMSA/PBH com vigência bienal. O PLANEP forneceu as diretrizes e os temas para o cronograma de 2013. Embora a orientação das webconferencias seja privilegiar o conhecimento produzido pelo trabalho na RMS com a presença de experiências bem-sucedidas da prática, a UFMG participa com conferencistas convidados no debate sobre os temas trazidos pelas equipes. Processos gerenciais e tecnológicos foram também ativados com a inserção das webconferencias no PLANEP/SMSA, confirmando-as como um analisador de processos institucionais na RMS/PBH.
Resultados
De 2004 até o presente momento foram realizadas 436 webconferências com mais de 23.000 participações de trabalhadores. Em média, a audiência por webconferência situa-se em torno de 20 unidades de saúde, que ainda deve melhorar considerando-se as variáveis tecnológicas, políticas, conceituais e metodológicas e a constituição de um grupo intergerencial na SMSA para aprimorar
a
integração
da
telessaúde
à
interface
assistencia-educação
permanente. O envolvimento das várias gerências é considerado um passo importante para integração desses recursos às práticas institucionais cotidianas.
Conclusão
Além de facultarem o acesso ao conhecimento e à informação à distância, as webconferencias facilitam a pesquisa, potencializam a circulação de dados e a formação de comunidades virtuais na área da saúde. Os desafios atuais são integrar o acervo das webconferencias à internet, desenvolver um formato mais dinâmico e interativo e avançar para que sejam usadas também como recurso gerencial.
Max Silva Moreira – maxmoreira@pbh.gov.br Sandra Silva Mitraud Ruas – sandramitraud@pbh.gov.br Max André dos Santos - max.andre@pbh.gov.br