Experiência da Implantação do Núcleo de Telessaúde Arapiraca: Desafios e Possibilidades Núcleo de Telessaúde de Arapiraca- AL Prefeitura Municipal de Arapiraca- AL
Autores: Maria Luiza Bezerra Oliveira-Coordenadora do Núcleo de Telessaúde de Arapiraca- Arapiraca- AL Paulla Valéria de Souza Meneses-Teleconsultora Odontologia- Arapiraca-AL
Introdução: O Programa Telessaúde Brasil é um componente da Política Nacional de Saúde em nosso país, com foco na Atenção Básica (AB). O referido programa engloba Núcleos Universitários de Telessaúde (universidades, preferencialmente pública, com cursos de graduação na área da saúde), Pontos de Telessaúde (implantados em Escolas Técnicas do SUS, Unidades Básicas de Saúde, ou em serviços de saúde com atividades de formação e educação permanente). O núcleo de Arapiraca - 2º Macro iniciou suas atividades em 11/2012, tendo hoje implantado 106 pontos de telessaúde, com 1200 profissionais da atenção primária capacitados para o uso da plataforma do telessaúde. Várias dificuldades foram e continuam sendo enfrentadas, tais como a falta de conectividade nos municípios; o baixo letramento digital dos profissionais de saúde; falta de apoio dos gestores municipais; sustentabilidade do projeto e integração das secretarias municipais de saúde e monitoramento dos pontos de telessaúde. No presente trabalho mostra a experiência do Município de Arapiraca sediar o Núcleo de Telessaúde para a 2ª macrorregião do Estado, composta por 47 municípios, com apoio a 305 ESF e implantação de 178 pontos de telessaúde.
Objetivos: Este trabalho visa relatar a implantação do Núcleo de Telessaúde de Arapiraca - 2 º Macro contribuindo com a qualificação dos profissionais de saúde dos municípios envolvidos através da oferta das teleconsultorias e teleeducação e segunda opinião formativa as 305 ESF no sentido de integrar, de modo planejado e escalonado ao núcleo regional.
Métodos: Desde o ínicio da implantação perceberam as dificuldades de estruturar um Núcleo de Telessaúde e dar suporte a um grande número de municípios, tivemos como grande parceiro a Comissão Intergestora Regional (CIR), espaço onde os gestores de saúde discutem sobre os recursos e benefícios para a saúde de seus municípios. Diagnosticamos as condições dos municípios necessárias para implantaçao dos pontos de telessaúde e a contrapartida por parte deles na efetivação do projeto.
Resultados e discussão: Durante a participação nas reuniões da Comissão Intergestora Regional (CIR) foi diagnosticado que apenas 35% dos municípios tinha conectividade através do formulário de diagnóstico que foram preenchidos, no entanto, percebemos a motivação do gestor local na extensão da conectividade em seu município e a implantação do projeto nas Equipes de Saúde da Família ( ESF). Organizaram-se os treinamentos das ESF, efetuaram-se os cadastros dos profissionais para uso da plataforma do telessaúde e iniciamos as instalações dos pontos de telessaúde. Seguindo o Projeto do Telessaúde, com o recurso disponível somente foi possível realizar a informatização da metade das ESF dos Municípios, mas diante do sucesso do projeto nos municípios, alguns gestores optaram em informatizar as ESF que restaram. Hoje já conseguimos instalar 106 Pontos de Telessaúde em 19 Municípios e 1200 profissionais treinados. Obtivemos um grande número do uso da Plataforma, com a solicitação de 306 Teleconsultorias durante o período de 11/2012 a 09/2013.
Conclusão: Vale ressaltar que não é somente o Telessaúde que fará da Estratégia Saúde da Família ou de outras formas de organização da APS o elo de comunicação das redes integradas de atenção à saúde, responsável pela ordenação desta rede e pela coordenação do cuidado das pessoas, entretanto, esperamos que ela possa efetivamente contribuir para isso e que falta de financiamento na melhoria da conectividade é uma das principais causas de falha na implantação de um sistema de telessaúde eficaz.
Autor: Maria Luiza Bezerra Oliveira- luluca_bezerra@hotmail.com Paulla Valéria de Souza Meneses- paullavaleria@hotmail.com