SUPORTE DA TELESSAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: A EXPERIÊNCIA DA REDE DE TELEASSISTÊNCIA DE MINAS GERAIS NOS CASOS DE DENGUE
Stella D’avilla de Souza Ramos1,2 , Fabiana Resende Pereira1,2, Emília Valle Santos1,2, Maria Beatriz Moreira Alkmim1, Milena Soriano Marcolino1,2, Antonio Luiz Pinho Ribeiro1,2, Lidiane Aparecida Pereira de Sousa1 1
Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas – Universidade Federal de Minas Gerais – Rede de Teleassistência de Minas Gerais 2
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença sazonal comum em países tropicais. Seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, se reproduz em água limpa e parada, condição presente no verão, período de chuvas intensas no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, 168.625 casos foram notificados em Minas Gerais em 2013, mais de sete vezes a quantidade de 2012. Uma vez que a Dengue pode ter evolução desfavorável - incluindo choque, sangramento grave e óbito faz-se necessário apoio aos profissionais da atenção primária, que por ventura possam apresentar dúvidas importantes com relação à essa afecção. Nesse contexto, a telessaúde pode ser uma ferramenta útil para orientação desses profissionais. A Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) foi criada em 2005 e oferece assistência mediante a realização de tele-cardiologia e teleconsultorias. A RTMG conecta especialistas de hospitais universitários de Minas Gerais com os profissionais da Atenção Primária de 660 municípios do estado. OBJETIVOS: O objetivo do estudo é caracterizar as dúvidas concernentes a dengue, encaminhadas a RTMG. MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo em que todas as teleconsultorias recebidas pela RTMG entre 1º de dezembro 2012 e 31 de maio de 2013 foram analisadas. Foram escolhidos esses meses em virtude dos grandes índices pluviométricos registrados no estado nessa época do ano. RESULTADOS: Foram analisadas 2.512 teleconsultorias, das quais 30 foram relacionadas à dengue. Estas foram classificadas segundo sua demanda principal e divididas nas seguintes categorias: epidemiologia (10%), diagnóstico e manifestações de Dengue (30%), tratamento e manejo clínico (50%) e comorbidades (10%). As dúvidas mais frequentes se referiram às condutas em pacientes com uso profilático de antiagregante plaquetário (5), dúvidas diagnósticas (5), conduta geral (5), escolha entre paracetamol ou dipirona (3) e dengue em gestantes (3). No que se refere à formação dos solicitantes, 13 teleconsultorias foram encaminhadas por médicos, 13 por enfermeiros, três por dentistas e uma por farmacêutico.
CONCLUSÕES: A dengue é uma doença de grande prevalência no Brasil e, apesar das diversas campanhas e divulgação do protocolo do Ministério da Saúde, ainda há muitas dúvidas a ela relacionadas. A RTMG revelou-se importante fonte para sanar questões relacionadas à dengue, auxiliando, portanto, na melhora da qualidade do atendimento na Atenção Primária.
Contatos:
Stella D’avila de Souza Ramos: stella.dsr@gmail.com Fabiana Resende Pereira: fabianaresende1@gmail.com Emília Valle Santos: emivalle@gmail.com Maria Beatriz Moreira Alkmim: balkmim@yahoo.com.br Milena Soriano Marcolino: milenamarc@gmail.com Antonio Luiz Pinho Ribeiro: tom@hc.ufmg.br Lidiane Aparecida Pereira de Sousa: v-tostes@uol.com.br