TÍTULO: Estudo piloto com uso de eletrocardiógrafo digital em formato de luva. AUTORES: Rosângela Simões Gundim,¹; Carlos Alberto Pastore² ¹ ² Instituto do Coração do Hospital das Clínicas – InCor HC FMUSP
Objetivo: Verificar a acurácia e a usabilidade do eletrocardiógrafo em formato de luva na rotina ambulatorial do InCor HC FMUSP. Método: • • • • •
Treinamento sobre a nova tecnologia, Realização de exames eletrocardiograma (ECG) e envio remoto do traçado ao médico para geração do laudo,durante 20 dias. Execução pareada do ECG convencional, Análise de comparação dos traçados pelo médico responsável. Aplicação de pesquisa baseada em questionário estruturado, junto ao médico responsável e aos técnicos usuários.
Resultados:
Piloto conduzido por 20 dias no InCor, com 20 pacientes atendidos e 10 exames pareados. Em relação à avaliação da usabilidade foram apurados os seguintes resultados: Atributo
ECG Luva
Tablet
Vantagens
-Fácil manuseio do equipamento. Mesmo não sendo um profissional técnico em ECG consegue realizar o exame.
Prático para locomoção do conjunto de equipamentos.
Desvantagens
- Mudança de amplitude nas derivações precordiais; - Pacientes com sobrepeso dificulta estabilidade do traçado (principalmente em pacientes com circunferência abdominal acima dos limites da normalidade) - Dificuldade em realizar o exame em pacientes do sexo feminino (mamas atrapalham, mesmo em pacientes magras); - Dificuldade em realizar o exame em pacientes do sexo masculino que possuam muito pelo. - Pouco higiênico.
- Difícil manuseio do touch screen (aparente incompatibilidade entre o tablete e a luva) - Não realiza tira de ritmo (DII Longo)
Quando perguntados sobre seu grau de satisfação com a utilização da solução, numa escala de 0 a 10, sendo 0 a mais baixa satisfação e 10 a mais alta.
Avaliador Técnica 1 Técnica 2 Médico 1
Nota 3 3 6
Discussão: Após o treinamento de 2 horas, a técnica de enfermagem selecionada replicou o treinamento para mais uma técnica. Ambas fizeram uso da nova tecnologia (luva e tablet) no período de 07/08 a 03/09/2013, período em que realizaram exames em 20 pacientes. Sendo 15 do sexo masculino e 05 do sexo feminino. Dos 20 pacientes, apenas 10 exames puderam ser pareados. Em 6 deles houve alterações significativas no traçado do ECG Luva quando comparado ao ECG Convencional, gerando dúvida quanto a credibilidade do equipamento. Do ponto de vista do médico, como o sistema de leitura e emissão de laudo é similar ao ECG convencional, não gerou insatisfação, entretanto, a falta de precisão gerou baixo grau de confiabilidade na solução, o que não prejudicou os pacientes mas exigiu um olhar muito especializado na identificação de artefatos. Conclusão: O ECG Luva é prático e de fácil manuseio, entretanto, devido as desvantagens apontadas, sua recomendação ficaria restrita a clínicas com pequena produção, e exclusivamente para pacientes masculinos de perfil esguio e sem pelos. Em relação ao uso do ECG Luva associado ao Tablet, apesar da praticidade para locomoção do conjunto de equipamentos, nosso piloto demonstrou que há indicação de ajustes quanto à compatibilidade de sistemas.
Rosângela Simões Gundim,¹: rosangela.gundim@incor.usp.br Carlos Alberto Pastore²: ecg_pastore@incor.usp.br