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Questionário SADL aplicado em Teleadaptação Ricardo Ferreira Bento1 Linamara Rizzo Battistella1 Silvio Pires Penteado1 Sara Manami Silva2 1

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo (500 palavras) 2

Introdução: O Brasil conta com a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, o qual permite, entre outros, a reabilitação auditiva através do Sistema Único de Saúde. Há cerca de 140 centros credenciados nos quais os pacientes buscam por reabilitação auditiva com base em aparelhos de amplificação sonora individual (AASI). Apesar dos benefícios da gratuidade são poucos os centros credenciados levando-se em conta as dimensões continentais do país, tempo de locomoção e custos de transporte e alimentação, entre outros. A adaptação de AASIs à distância (Teleadaptação) é um procedimento de fácil execução, demanda por poucos recursos de máquina, utiliza aplicativos fartamente disponíveis, além de um acesso de internet. A utilização de questionários padronizados (p.ex. SADL) é um procedimento simples e permite a comparação com outros trabalhos de adaptação presenciais já realizados. Objetivos: Apresentar os resultados da aplicação do SADL em Teleadaptação. Métodos: Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) sob o número 0293/11, sendo realizada nas instalações e imediações da FMUSP no período de junho e outubro de 2012. Oito pacientes foram selecionados segundo critérios de inclusão. Os pacientes foram direcionados para a Clínica do Departamento de Otorrinolaringologia da FMUSP (sendo esta referenciada como unidade remota - UR) juntamente como uma fonoaudióloga, enquanto que na Fundação Otorrinolaringologia (referenciada como unidade especializada – UE) fora direcionado outro fonoaudiólogo. Ambas as unidades distam de cerca de 400 metros. Notebooks convencionais, caixas acústicas amplificadas, juntamente com web cams foram direcionadas para as duas unidades, as quais contavam com acesso de internet. Como aplicativo de acesso remoto e de vídeo conferência foi utilizado o TeamViewer nas duas unidades, justificadas aqui por ser uma interface simples e gratuita, e que permite gravações das sessões, entre outras. Os pacientes foram adaptados na UR, passaram por outra sessão presencial para fins de ajustes finos, posteriormente se dirigiram à UE para ajustes à distância


(Teleadaptação), sendo que na quarta sessão eles responderam presencialmente ao questionário SADL (“Satisfaction with Amplification in Daily Life” – versão em português brasileiro). Resultados: Tabulados os dados inscreveram-se os seguintes resultados finais das subescalas: efeito positivo (6,5 ± 0,4), fatores negativos (6,2 ± 1,0), serviços e custos (7,0 ± 0,0) e imagem pessoal (6,4 ± 0,7), o que levou a apresentação do resultado final (6,5 ± 0,5). Discussão: Comparou-se com os resultados finais do trabalho original de Cox e Alexander (1999) (4.7 ± 1.3), assim com os trabalhos nacionais de Daniele et al. ( 2011) (5.2 ± 1.2) e de Farias e Russo (2010) (6.4 ± 0.5) registra-se a coerência nas respostas à aplicação do SADL presencial e remoto. O melhor resultado possível seria 7,0. A Teleadaptação poderia se tornar um procedimento padronizado para o SUS, de modo a aumentar as chances de sucesso de readaptação com AASIs. Conclusão: Foi possível a aplicação do SADL para ao menos um caso de Teleadaptação.

Ricardo Ferreira Bento – rbento@usp.br Linamara Rizzo Battistella – linamara@usp.br Silvio Pires Penteado – penteados@gmail.com Sara Manami Silva - saramanami@gmail.com


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