Relato da experiência do uso das teleconsultorias da perspectiva de uma enfermeira de Mato Grosso do Sul(MS): Telessaúde se articulando à Regulação para garantir a integralidade do cuidado Muriel da Silva Moia, Adélia Delfina da Motta Silva Correia, Valéria Regina Feracini Duenhas Monreal, Robson Yutaka Fukuda, Eduardo Ferreira da Motta, Michele Batiston Borsoi, Euder Alexandre Nunes, Paula Oda Haddad
Coordenadoria Estadual de Telessaúde, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS Objetivo: Este é o relato da experiência do uso das teleconsultorias da perspectiva de uma enfermeira de um município do interior Mato Grosso do Sul(MS). Método: O trabalho traz o ponto de vista do usuário desse serviços, também necessário para a avaliação dessa oferta, a partir do relato de dois casos que demandaram o encaminhamento dos usuários para outros pontos da rede. Resultados e Discussão: Há bem pouco tempo não se imaginava que uma tecnologia tão avançada e tão simples, poderia ser tão importante para um município pequeno e distante de suas referências, como é o caso de Eldorado, com 12 mil habitantes, que se encontra a 430 km da capital do estado, Campo Grande-MS e tem como referência para casos de especialidades e vaga zero o município de Dourados-MS. Um dos relatos é o caso do usuário L.W., 72 anos, que possuía sequela de hanseníase, apresentava lesão úlcerovascular em dorso de MID. Existiam várias solicitações de vagas para especialidade de cirurgia vascular, contudo devido à demora, a lesão evoluiu para necrose em região do 5º pododáctilo direito, sendo realizada autoamputação. Assim, a partir do quadro de dor e paresia, exposição óssea no local e lesões ulceradas em MMII, foi solicitada vaga zero já que poderia evoluir para um quadro de osteomielite e novamente a vaga foi recusada. Foi então que o Telessaúde apresentou-se como uma luz no fim do túnel, já que através da teleconsultoria foi possível o contato com especialista em cirurgia geral e vascular, que ao reconhecer a urgência do caso, fez a ponte necessária entre telessaúde e regulação, que direcionou o atendimento, proporcionando o caminhar do paciente pela rede de atenção, uma vez que o mesmo acabou sendo internado e foi submetido à cirurgia, voltando à sua equipe de referência, que é a equipe da Saúde da Família, fez o devido acompanhamento pós-cirúrgico e não perdeu o pé. O segundo caso, J.A.P., 37 anos, paciente psiquiátrico, apresentando infecção grave em orofaringe e lábio com edema intenso, secreção fétida; contaminação por miíase, e que necessitava de antibioticoterapia e devido tratamento, possível apenas mediante sedação potente. Paciente agitado, diante da dor, não era possível fazer nada na Unidade de Saúde da Família e, via regulação, o paciente já se encontrava com vaga liberada para Campo Grande. Lançou-se mão da