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Sedruoslen Guelir Cavalcanti Costa*; Daniela Cristina Moreira Marculino de Figueiredo*; Vanessa Carreiro Paulino*; Juliana Guimarães Melo*; Rodrigo Mendes Silva Luna*; Alexandre José de Melo Neto* *Telessaúde Redes da Região Metropolitana de João Pessoa. João Pessoa - PB

A máxima paradigmática de que 80% de problemas de saúde podem ser resolvidos na APS só pode manter-se como verdadeira e atual ao passo em que as estratégias contemplem essas necessidades. O telessaúde, como uso de tecnologia para fortalecimento e apoio aos profissionais da APS é uma dessas estratégias, de alcance nacional, que desde 2005 vem sendo discutido e implementado no Brasil. O objetivo deste trabalho é relatar o processo de implantação do telessaude. Na Paraíba essa discussão é recente, e a primeira experiência concreta ocorreu por intermédio de um convênio intermunicipal, celebrado entre os municípios de João Pessoa (sede), Alhandra e Santa Rita, em 2012. Os pontos foram instalados e totalizam o alcance a 17 equipes de saúde da família. Após a seleção foi montada a equipe. Havia uma equipe, havia uma proposta, mas ainda não havia os pontos instalados em suas respectivas unidades, e isso era um empecilho à efetivação do programa. Para se superar esse quadro, optou-se por serem feitas apresentações às equipes, antes mesmo de solucionadas as questões burocráticas e de licitação das máquinas. Os dados de análise do site do projeto mostram que as apresentações do programa foram eficazes em aumentar as visualizações do site. Dois meses após o inicio das apresentações a demanda por teleconsultorias aumenta, surgindo cada vez mais questionamentos oriundos de outros unidades de saúde, que não apenas aquelas onde os 05 pontos foram instalados. A estrutura de operacionalização do telessaúde redes ainda não é a disponibilizada pelo MS. Enquanto piloto, optamos por usarmos uma plataforma própria, desenvolvida por nossos programadores. Consiste de um cadastro que nos permita confirmarmos, ou não, se aquele solicitante é realmente um profissional da rede. E as respostas são enviadas ao email cadastrado pelo profissional. Entretanto, um grande desafio permanece, pois para que os profissionais dessas outras unidades acessem o programa, se faz necessário que eles utilizem de suas casas, em horário de descanso o programa. As reclamações e questionamentos sobre quando os pontos serão instalados se traduz na nossa certeza de que os pontos ali instalados acessíveis num tempo menor para que quando surja a duvida, rapidamente o profissional possa remetê-la para nós, são a próxima barreira a ser transposta, para efetivação do programa na região metropolitana de João Pessoa. Estas estratégias e propostas só se fizeram presentes, a partir da cogestão existente entre os profissionais do projeto. Mehry menciona, que o enfrentamento de questões destas ordens, atualmente, é muito vinculado a um recurso vital: a capacidade de gestão. Ele demonstra que atualmente estamos vivendo uma situação histórico-social, que tem definido para as organizações produtivas um desafio que só pode ser enfrentado através dos modelos gerenciais cada vez menos burocráticos, e que permitem às organizações uma plasticidade que as transformam quase em uma “organização inteligente”, que consiga assimilar o que ocorre no seu interior e na sua volta, e elaborar soluções adequadas para cada problema novo que lhe aparece. A gestão seria o campo tecnológico para dar às organizações esta plasticidade.

Sedruoslen Guelir Cavalcanti Costa – drucavalcanti@yahoo.com.br


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