EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA X EDUCAÇÃO PRESENCIAL NA TELEAUDIOLOGIA: REVISÃO DE LITERATURA
Maria Thereza Raab Forastieri Piccino¹; Camila de Castro Corrêa¹; Wanderléia Quinhoneiro Blasca¹ ¹Faculdade de Odontologia de Bauru – USP – Bauru/São Paulo
Objetivo: Analisar estudos que realizam uma analise comparativa entre a educação a distância e a educação presencial em Telessaúde em Audiologia. Métodos: Foi realizada revisão da literatura a partir das seguintes bases de dados: PubMed, Bireme, Embase, Web of Science, Scopus. Os cruzamentos de descritores originados do DeCs foram “Audição” AND “Educação a Distância”; “Audição” AND “Telemedicina”; “Educação em saúde” AND “Audição” AND “Telemedicina”; como também, foram utilizados seus correspondentes em inglês “Hearing” AND “Distance Education”; “Hearing” AND “Telemedicine”; “Health Education” AND “Hearing” AND “Telemedicine”. Como critérios de inclusão, foram admitidos estudos no idioma português, inglês e espanhol; e que apresentassem a comparação entre as metodologias de ensino a distância e presencial na Telessaúde especificamente na Audiologia. Em relação aos critérios de exclusão, foram desconsiderados os estudos de revisão de literatura e de estudo de caso. Mediante aos cruzamentos realizados nas bases de dados selecionadas, foram analisados os títulos, posteriormente os resumos e os artigos na íntegra, selecionando os trabalhos pertinentes ao objetivo desse trabalho. Resultados: A partir da busca, foram localizados 621 trabalhos no total, de 1984 até 2013, sendo 94 localizados na PubMed, 172 no Scopus, 252 na Embase, 96 na Web of Science, 07 na Bireme. Pelo título, foram analisados 220 trabalhos. Em seguida, selecionados 97 trabalhos, e, por fim, com a análise dos trabalhos completos foram selecionados 08, que compuseram o resultado final do trabalho. Os artigos considerados foram localizados na Bireme (0 trabalhos), no Pubmed (2 trabalhos); Scopus (4 trabalhos), Web of science (1 trabalho), Embase (1 trabalho). Quanto ao período, 2 artigos foram do ano de 2004, 1 de 2005 e 1 de 2007, 3 de 2009, 1 de 2010. Em todos os trabalhos considerados, verificou-se a realização de treinamento presencial para um grupo e para outro, o treinamento por meio da videoconferência, em que foi possível observar uma diferença significativa no desempenho dos indivíduos avaliados, pré e póstreinamento, em ambas as metodologias. Discussão: A quantidade de trabalhos selecionados demonstra a necessidade de realizar mais pesquisas envolvendo educação em saúde em Audição. Foram encontrados nas bases de dados muitos trabalhos realizados em nível de diagnóstico, como por exemplo, teleaudiometria, como também, as teleconsultas e exames realizados por
médicos otorrinolaringologistas. Por outro lado, pesquisas envolvendo educação em saúde, educação à distância e audição estão começando a surgir. No que diz respeito à capacitação de profissionais, agentes de saúde e pessoas diretamente ligadas aos indivíduos com problemas auditivos, observou-se a escassez de literatura. Nas bases de dados Scopus e Embase verificou-se maior quantidade de trabalhos e na base de dados da Bireme, menor quantidade. Os cruzamentos com os descritores selecionados abrangeram uma grande quantidade de trabalhos que não eram pertinentes ao objetivo do estudo. Quanto à metodologia apresentada nos trabalhos, demonstraram semelhança entre si e foram adequadas aos estudos. Os resultados propõem que mais pesquisas sejam realizadas, tendo em vista que o tema estudado proporcionará renovação e modernização nos atendimentos clínicos e na educação. Conclusão: Com a análise dos estudos que comparam a educação a distância e a educação presencial, pôde-se verificar a necessidade de maiores aprofundamentos em tal investigação, com o objetivo de se estabelecer a eficácia da Teleducação na Audiologia.
Maria Thereza Raab Forastieri Piccino tecapiccino@usp.br
Camila de Castro Corrêa camilacorrea@usp.br
Wanderléia Quinhoneiro Blasca wblasca@fob.usp.br