ANÁLISE DE UM PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Camila de Castro Corrêa; Giédre Berretin-Felix; Wanderléia Quinhoneiro Blasca Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo Bauru – São Paulo
Objetivos: Analisar um modelo de educação em saúde, fundamentado na dinâmica do Projeto Jovem Doutor sobre “Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono”. Métodos: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa
da
Instituição
vinculada
(045911/2012).
Participaram
voluntariamente 5 alunos do 8º ano de uma escola pública de Bauru/São Paulo. O programa de capacitação foi sobre a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS), composto por duas aulas presenciais, acesso ao cybertutor,
atividade prática
e
ação
social para a multiplicação do
conhecimento. Para a avaliação, os alunos responderam a um questionário de investigação do nível de conhecimento (mediante a ausência de instrumentos, houve a necessidade dessa criação), ficha de pesquisa motivacional e perfil comportamental de acesso ao cybertutor. Ressalta-se que no questionário foram abarcadas questões sobre a higiene do sono do aluno (bloco 1), o conhecimento específico SAHOS (bloco 2) e situações-problematizadoras (bloco 3), buscando mensurar a relação teórico-prática. Resultados: O conteúdo das aulas e do cybertutor foi dividido em “Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono - Introdução”; “Diagnóstico e Tratamento” e “Prevenção”. Após as aulas presenciais, os alunos tiveram 18 dias para acessar o cybertutor no local e horário mais adequado. Houve a atividade prática em forma de jogo de mímica, reforçou os conteúdos. A ação social foi realizada por meio de banners, folders, cartazes, telejornal, peça teatral de fantoches e jogo de mímica, resultando no envolvimento de 985 pessoas da
comunidade. Em relação ao questionário do nível de conhecimento, especificamente no bloco 1, a soma do resultado apresentou a média de 14,6 (máximo de 20 pontos) antes da capacitação, e a média após de 16,8. Quanto ao bloco 2, a soma das questões corretas foi de 2,46 antes e de 9,01 após (máxima pontuação de 10). Já no último bloco, foi observada na questão 15 a média de 1,4 antes e de 5,2 após (máxima pontuação de 10) e, por fim, na questão 16, comparando os dois momentos antes e após a capacitação, observou-se a descrição de uma conduta mais adequada quando houver a suspeita de SAHOS. A FPM foi aplicada após o acesso ao cybertutor e de acordo com 100% dos alunos, houve a classificação do cybertutor como sendo um “Curso Impressionante!”. Os três materiais complementares elaborados para a avaliação comportamental do acesso ao cybertutor, foram acessados por 100% dos alunos, demonstrando interesse em acessar conteúdos não obrigatórios. Discussão: Para a criação e aplicação de um modelo de educação para a promoção de saúde deve-se considerar a utilização de dinâmicas diferenciadas, principalmente quando se visa a multiplicação do conhecimento, somando-se ainda a realização da avaliação do desempenho dos alunos na situação antes e após-capacitação na tentativa de mensuração da mudança de atitude e o nível de conhecimento. Conclusão: Com a análise do
programa de
capacitação em
SAHOS,
notou-se
o aumento
do
conhecimento dos alunos, a classificação satisfatória do cybertutor e o acesso a mais informações que não eram obrigatórias, além de ampla relevância por atingir diretamente diversas pessoas da comunidade.
Camila de Castro Corrêa camila.ccorrea@hotmail.com Giédre Berretin-Felix gfelix@usp.br Wanderléia Quinhoneiro
wblasca@fob.usp.br