Eixo04

Page 1


MODA INCLUSIVA KATIA MIYAHARA THAIS TERRANOVA

• O que é Moda Inclusiva? A Moda Inclusiva é aquela que vai estimular o mercado da moda com foco na ergonomia (ou seja, bem estar no desempenho das atividades de vida diária) e estender a questão da Deficiência para diversos grupos da sociedade, com uma proposta de reflexão no comportamento, bem como uma moda influenciada pela diversidade com design inspirado na ótica do Desenho Universal (que é uma resposta ao movimento da sociedade) e busca pela eficiência e funcionalidade para todos os indivíduos ao longo dos ciclos da vida. É seu objetivo ser a construção de uma sociedade para todos, que prioriza a eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e estéticas.

• Como a Moda Inclusiva influencia a Pessoa com Deficiência? Esse novo conceito de moda visa facilitar o coditiano das Pessoas com Deficiência com soluções e inovações nas modelagens das peças ou mesmo em seu acabamento. O conceito Moda Inclusiva é muito novo, as pessoas customizam suas roupas de acordo com a necessidade, mas muitas vezes deixam de usar estilos de roupa por não encontrarem peças que sirvam ou que proporcionem alguma autonomia no ato de vestir e despir.

• Quais aspectos funcionais importantes da roupa para a Pessoa com Deficiência? São alguns exemplos: - Modelagens diferenciadas como aberturas estratégicas nos cós de uma calça ou no decote de uma camiseta.


- Recortes com fechamento de velcro ou zíperes com puxadores maiores que facilitam o vestir. - Bolsos em lugares úteis. Para um cadeirante, por exemplo, o bolso traseiro da calça não tem função e pode até causar uma lesão na pele devido à pressão que a costura ocasiona; nesse caso, o ideal são bolsos na altura da coxa onde a pessoa pode utilizar para guardar seus pertences sem correr o risco de adquirir algum tipo de lesão, assim, proporciona-se funcionalidade e praticidade nas peças com conforto.

• Como a Moda Inclusiva pode mudar a vida da Pessoa com Deficiência? Melhora a auto-estima das Pessoas com Deficiência, pois estas adquirem autonomia quando encontram roupas que conseguem vestir sozinhas, as soluções do vestuário facilitam o seu dia a dia (como as modelagens diferenciadas), o fácil acesso à escolha ou até mesmo alcançá-las onde estão guardadas.

• Onde o Cuidador encontra roupas de Moda Inclusiva? Hoje no Brasil não existem lojas especializadas, mas pode se encontrar em lojas ecommerce (lojas virtuais que vendem através da internet), sendo ainda uma oferta muito pequena. Já existem movimentos para conscientizar estilistas e o mercado da moda nessa temática, como é o caso do concurso de Moda Inclusiva que incentiva e estimula a criatividade de vários grupos, como estudantes, professores e Pessoas com Deficiência. Com isso, irá aumentar a oferta de roupas com o conceito inclusivo.

• Moda Inclusiva é só roupas? Tudo que facilite e valorize a autoestima das Pessoas com Deficiência pode ser considerado Moda Inclusiva. Todo o conjunto do vestuário, acessórios (brincos, colares, pulseiras, relógios, lenços entre outros) e sapatos fazem parte da moda. Devem ser usados e durante a reabilitação, a Pessoa com Deficiência deve ser orientada a como utilizá-los e ainda promover um ganho funcional. Por exemplo: o indivíduo tem mobilidade reduzida em um dos braços, ou mais em um lado do corpo que o outro, e utilizará uma pulseira ou relógio no braço que movimenta menos, pois esse acessório vai lembrá-lo de que precisa movimentá-lo mais vezes, pois nestes casos, tendem a movimentar mais o lado que tem mais facilidade. O uso do sapato é muito importante, pois devemos lembrar que não é porque a pessoa está na cadeira de rodas e não anda com pés no chão que não deve ser calçada. Ela deve ser calçada de acordo com seu gosto/estilo, mas sempre com segurança, ou seja, verificar se o sapato não está apertado, machucando e até mesmo dobrando ou torcendo algum dedo. Alguns tipos de calçados são mais funcionais e práticos para vestir como, por exemplo, os calçados que tem fechamento com velcro ou elástico. A cadeira de rodas ou auxiliares de locomoção como muletas, próteses e órteses podem ser coloridos, com estampa ou com adesivos. Devemos lembrar que os acessórios colocados


não devem afetar a funcionalidade ou a saúde da Pessoa com Deficiência, bem como pertencer ao estilo e desejo da mesma em usar ou customizar seu pertence, já que essa ajuda técnica faz praticamente parte do seu corpo e do seu cotidiano.

• Como o Cuidador pode ajudar a Pessoa com Deficiência a escolher o que mais gosta e o que é mais funcional? O Cuidador precisa ter a atenção de não invadir o espaço da Pessoa com Deficiência na questão da escolha do vestuário e deixar que ela fale o que quer usar e, se esta escolher um tipo de roupa que venha prejudicar sua saúde e mobilidade, aí sim, o Cuidador vai interferir e explicar as consequências da sua escolha e juntos criarem uma alternativa. Um bom exemplo, é a blusa de um tecido sem elasticidade com modelagem ajustada ao corpo e sem uma abertura diferenciada, em alguns casos de deficiência, esse tipo de modelagem pode machucar o paciente no ato de vestir, prejudicar sua mobilidade e provocar lesões durante que vier a fazer.

• Como o Cuidador pode ajudar a Pessoa com Deficiência a escolher as roupas adequadas para determinadas ocasiões? É muito importante o bom relacionamento do Cuidador com a Pessoa com Deficiência, pois com este vínculo, ele pode auxiliar de uma forma mais agradável, e a Pessoa com Deficiência vai se sentir cada vez mais segura com suas orientações e sugestões. Assim, o bom senso e a forma de explicar o porquê desse ou daquele vestuário, sem imposição e com bons argumentos irão ajudá-la a decidir o que vai vestir. Um exemplo comum, é quando a Pessoa com Deficiência irá para uma sessão de fisioterapia e quer se vestir com uma roupa que não proporcione mobilidade e flexibilidade. É papel do Cuidador explicar o porquê que a roupa escolhida não é uma boa opção para a ocasião, e que seria melhor vestir outra peça nesse momento.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.