TEMAS
NUTRIÇÃO
SAÚDE INTEGRAL
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FONOAUDIOLOGIA ....................................................................... PSICOLOGIA ............................................................................... TERAPIA OCUPACIONAL.................................................................. ODONTOLOGIA ........................................................................... ENFERMAGEM ...........................................................................
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NUTRIÇÃO SOFIA BONNA BOSCHETI BARBOSA
• Qual a importância da Alimentação Saudável para a Pessoa com Deficiência? - Melhora seu bem estar geral; - Ajuda no controle de sua doença; - Evita o aparecimento de outras doenças e complicações causadas por uma alimentação errada, que podem piorar suas condições de saúde; - Melhora os resultados alcançados com o tratamento. • O que é Educação Alimentar?O que o Cuidador da Pessoa com Deficiência precisa saber para ajudar na Educação Alimentar da Pessoa com Deficiência? A Educação Alimentar é corrigir os erros alimentares e criar hábitos alimentares novos e mais saudáveis. Por isso é bom saber que: - Toda mudança de hábito exige paciência, dedicação e cooperação de todas as partes envolvidas; - Hábitos alimentares saudáveis são introduzidos com maior facilidade através da educação de toda família, ou seja: quando todos os seus membros seguem as orientações de alimentação propostas neste manual. Estas orientações além de melhorar a saúde de todos, ajudam também com a redução dos gastos com alimentação, facilitam o trabalho de quem prepara as refeições e, principalmente, faz com que a Pessoa com Deficiência não se sinta diferente de seus familiares.
• O que é alimentação saudável e equilibrada?
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Os alimentos são formados por nutrientes que são substâncias importantíssimas para manter o bom funcionamento dos órgãos do nosso corpo. Uma alimentação equilibrada é aquela que fornece ao nosso corpo todos os tipos de nutrientes (proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais, fibras e água) nas quantidades necessárias. Não existe nenhum alimento que, sozinho, tenha todos os nutrientes que o nosso corpo precisa. Por isso, para escolhermos uma alimentação equilibrada e completa, devemos variar os alimentos da dieta para garantir a presença de todos os nutrientes e, assim, prevenir o aparecimento de qualquer deficiência nutricional.
• O que é a Pirâmide dos Alimentos Brasileira? - A Pirâmide dos Alimentos Brasileira é um guia que foi feito para facilitar a escolha dos alimentos que precisamos consumir todos os dias para mantermos uma alimentação saudável. - Nela, os alimentos estão distribuídos em 08 grupos diferentes de acordo com os nutrientes que contém em maior quantidade e segundo o número de porções diárias recomendadas para o consumo. - Todos os grupos de alimentos são necessários, portanto, os alimentos de um grupo não podem ser substituídos pelos de outros grupos. Então, o certo é comer a cada dia, alimentos de todos os grupos para garantir a ingestão de todos os nutrientes que o nosso corpo precisa. S.T. Philippi et al. Rev.Nutr.Campinas, 12(1): 65-80, jan/abr.1999
• Exemplos de 01 porção dos grupos de alimentos da pirâmide brasileira - Cereais, pães, tubérculos e raízes (5 a 9 porções/dia): 02 colheres das de sopa de aveia; 04 colheres das de sopa de arroz branco ou integral; 1/3 de xícara de chá de trigo para quibe; 07 colheres das de sopa de milho ou 01 espiga grande; 01 xícara das de chá de cereal integral;
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03 colheres e meia das de sopa de macarrão cozido; 02 fatias de pão de forma integral; 01 pão francês; 04 torradas; 05 unidades de biscoito água e sal; 07 unidades de biscoito tipo Maisena ou Maria; 01 unidade média e meia de batata cozida; 03 colheres das de sopa de mandioca cozida; 02 colheres das de sopa de farinha de mandioca; 01 - Hortaliças: (4 a 5 porções/dia): 01 xícara das de chá cheia de qualquer folha crua (alface, rúcula, agrião, repolho, couve, escarola, almeirão e etc.); 04 fatias de tomate comum; 07 unidades de tomate cereja; 04 colheres das de sopa de pepino picado; ou 4 e meia colheres das de sopa de brócolis cozido; 02 colheres das de sopa de cenoura ou berinjela ou chuchu ou quiabo ou vagem ou beterraba crua; 03 colheres das de sopa de abobrinha ou couve-flor ou maxixe ou espinafre cozidos ou pimentão cru picado; 01 e meia colher das de sopa de abóbora. - Frutas (3 a 5 porções/ dia): 01 unidade de banana ou laranja ou tangerina ou manga pequena ou maçã ou pêra ou caqui; 01 fatia de abacaxi ou mamão formosa ou meia unidade de mamão papaia; 02 fatias finas de melancia ou melão; 08 unidades de uva rubi ou itália; 02 unidades pequenas de kiwi ou pêssego ou nectarina; 10 morangos pequenos; 04 unidades pequenas de ameixa vermelha; ½ xícara das de chá de salada de frutas; ¾ de copo dos de requeijão de suco de fruta puro. - Leite e Derivados (03 porções/dia): 01 copo dos de requeijão de leite desnatado ou iogurte natural ou desnatado; 02 fatias de ricota; 01 fatia grande de queijo minas frescal; 01 pote de iogurte desnatado de frutas; ½ copo dos de requeijão de coalhada; 02 colheres das de sopa de requeijão light ou 01 e ½ colher das de sopa de requeijão comum; 03 fatias finas de mussarela; 02 fatias finas de queijo prato. - Carnes e ovos (1 a 2 porções/dia): 01 unidade pequena de bife grelhado, 05 colheres das de sopa de carne moída; 04 pedaços pequenos de carne em cubos; 01 fatia pequena de carne assada; 02 ovos cozidos; 01 filé de frango grelhado sem pele; 01 sobrecoxa ou 01 coxa grande de frango assado; 02 filés pequenos de peixe; 02 colheres das de sopa de atum em lata; 01 unidade média de sardinha em conserva; 02 pedaços pequenos de carne seca. - Leguminosas (01 porção por dia): 01 concha de feijão cozido (50%caldo); 02 colheres das de sopa de feijão cozido (somente grãos); 01 colher das de servir arroz de soja cozida; 02 colheres das de sopa de lentilha cozida; 01 e meia colher das de sopa de grão de bico cozido ou feijão branco cozido; 02 e meia colheres das de sopa de ervilha seca cozida.
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- Óleos e Gorduras (1 a 2 porções/dia): 01 colher das de sopa de óleo vegetal (canola, azeite de oliva, soja, girassol, milho); ½ colher das de sopa de margarina vegetal ou manteiga; 03 unidades médias de castanha do Pará; 15 amendoins descascados;02 unidades de nozes; 06 unidades médias de castanha de caju. Açúcares e Doces (1 a 2 porções/dia): 01 colher das de sopa de açúcar refinado ou cristal; 01 colher das de sopa de açúcar mascavo fino; 02 colheres e meia das de sopa de mel; 01 colher das de sopa de doce de leite; 01 colher das de sopa de geléia de frutas; 1 unidade média de bananada.
• Quais as recomendações gerais para uma alimentação saudável?
- Faça uma alimentação a mais variada possível, combinando alimentos de grupos, cores, gostos e preparos diferentes. Isto torna a alimentação mais agradável e prazerosa e fornece todos os nutrientes que o corpo precisa; - Prefira uma dieta rica e variada em verduras, legumes, frutas frescas e cereais integrais (alimentos ricos em fibras); - Alimente-se de 04 a 06 vezes por dia. É mais saudável fazer várias refeições ao dia comendo pouco em cada uma delas; - Faça as refeições sempre no mesmo horário e evite longos períodos de jejum;
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- Coma devagar mastigando bem os alimentos para: • Facilitar a digestão; • Satisfazer o apetite com menores quantidades de comida; • Sentir mais prazer ao alimentar-se; - Tome grande quantidade de líquidos e beba somente água filtrada, fervida ou clorada; - Evite o consumo de líquidos durante as refeições, principalmente aqueles que contenham gás. Se necessário fazê-lo, tome apenas 01 copo (250 ml) de suco de frutas naturais; - Diminua o café. Não tome mais do que 03 xícaras das de café (50 ml) por dia. - O café da manhã é muito importante para aumentar a quantidade de energia que diminui enquanto dormimos, por isso não fique em jejum até o almoço; - O almoço e o jantar devem ser refeições completas e equilibradas contendo os alimentos de todos os grupos nas quantidades certas; - Nos lanches coma de preferência frutas, leite e seus derivados; - Gorduras (óleos vegetais, banha de porco, torresmos), preparações ricas em gorduras (frituras, maionese, molho branco e queijo amarelo), açúcares e doces devem ser evitados ou consumidos com orientação do nutricionista; - Use o sal em quantidade controlada e dê preferência ao sal iodado; - Prefira temperos naturais como: alho, cebola, cebolinha, salsa, louro, orégano, coentro, manjericão, manjerona, hortelã, sálvia, cominho, alecrim, gengibre, limão, pimentão, tomate, páprica pimenta vermelha e outros que por melhorarem o sabor das preparações diminuem a necessidade de sal; - Tempere os alimentos com óleos vegetais como canola, girassol, milho, soja, azeite de oliva, porém use-os em pequenas quantidades; - Faça, de preferência, alimentos cozidos, ensopados, grelhados e assados; - Use molhos magros: a base de tomates, ervas, leite e derivados desnatados; - Consuma frituras no máximo 01 vez por semana e não reutilize o óleo.
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• Como devem ser feitas a higiene de hortaliças e frutas? - Lave bem em água corrente; - Vegetais que serão consumidos crus e frutas que serão consumidas com casca devem ser deixadas de molho na seguinte solução: para cada 1 litro de água coloque 1 colher de sopa de solução clorada na concentração de 2,0 - 2,5% ou hipoclorito a 1% por no mínimo 15 minutos e no máximo 30 minutos; - Enxague em água corrente.
• Quais recomendações nutricionais o Cuidador deve seguir quando há
constipação ou prisão de ventre na Pessoa com Deficiência? - Siga a recomendação médica sobre a quantidade de líquidos a ser consumida, dando preferência a água; - Aumente, gradualmente, o consumo de verduras, legumes e frutas, aproveitando, sempre que possível, talos, cascas, bagaços e sementes; - Inclua cereais integrais (aveia, arroz integral, pães integrais etc.) no seu hábito alimentar em substituição aos cereais refinados; - As leguminosas devem ser consumidas uma vez por dia, conforme orientação da pirâmide alimentar;
• Quais as recomendações nutricionais que o Cuidador deve seguir quando a Pessoa com Deficiência apresentar Úlcera de Pressão ou Escara? - Faça uma alimentação equilibrada e saudável comendo alimentos de todos os grupos da pirâmide; - Aumente o consumo dos alimentos fontes de proteínas (leite e derivados, carnes magras e leguminosas) e de vitaminas e minerais (frutas principalmente as ácidas, verduras, legumes e cereais integrais), pois estes grupos contem os nutrientes específicos para a cicatrização das
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úlceras por pressão e para a manutenção das defesas do organismo, importante para evitar infecções; - Tome grande quantidade de líquidos.
• Quais as recomendações nutricionais que o cuidador deve seguir quando a Pessoa com Deficiência estiver obesa? Lembre-se: - É muito importante controlar o peso da Pessoa com Deficiência porque o excesso de peso, além de aumentar a sua dificuldade para movimentar-se e realizar as atividades da vida diária, aumenta o risco de desenvolver diabetes, hipertensão e dislipidemias, e todas são fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular; - Engordamos quando damos para o nosso corpo uma quantidade de energia (isto é de alimentos) maior do que a quantidade que ele está gastando; - Perder peso não significa “perder a saúde”, por isso, para emagrecer faça uma alimentação equilibrada e saudável. Evite: - açúcar, mel, melado, rapadura e doces de todos os tipos; - refrigerantes e bebidas alcoólicas; - alimentos ricos em gorduras. Diminua a quantidade de: - gorduras utilizadas para temperar os alimentos; - leguminosas, cereais (prefira os integrais) feculentos e seus derivados. Prefira: - verduras e legumes; - alimentos dos grupos das carnes e do leite que contenham pequenas quantidades de gorduras; - consumir, na mesma refeição, apenas um tipo de alimento dos grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes; - frutas frescas como sobremesa; - os temperos e formas de preparo orientados nas recomendações gerais;
• Quais as recomendações que o Cuidador deve seguir para diminuir o colesterol da Pessoa com Deficiência quando este estiver aumentado? Controle e se necessário diminua o peso corporal.
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Evite: - todas as gorduras de origem animal: manteiga, creme de leite, banha, gorduras das carnes em geral, pele das aves, torresmo, bacon e etc; - alimentos do grupo das carnes ricos em gordura: a pele das aves, todos os frios e embutidos feitos com carne de vaca e de porco: lingüiça, salame, paio, presunto, mortadela, salsicha, etc; - laticínios ricos em gordura: leite, requeijão e iogurte integrais, queijos gordos como: prato, mussarela, provolone, parmesão, gorgonzola, etc; - miúdos: coração, fígado, rim, bucho, miolo; miúdos de galinha; - frutos do mar: camarão, caranguejo, ostra, siri, marisco; - excesso de gema de ovos (consuma no máximo 02 gemas por semana); - coco e seus derivados (leite e gordura); azeite de dendê; gordura vegetal hidrogenada; - preparações que contenham os alimentos citados acima (maionese, chantili, croissant, e etc.) e alimentos industrializados que possuam gordura trans como: salgadinhos de pacotes, biscoitos recheados e amanteigados, molhos prontos, sorvetes, chocolates, pães doces, etc.
Prefira: - leite e iogurte desnatados, queijos magros (ricota e queijo minas fresco com pouca gordura); - carnes vermelhas magras, aves sem pele e, principalmente, peixes. No preparo retire toda a pele e gordura visível; - clara de ovo; - leguminosas, cereais integrais (principalmente aveia), verduras, legumes e frutas; - temperos e formas de preparo citados nas recomendações gerais.
• Quais as recomendações nutricionais que o Cuidador deve seguir quando a Pessoa com Deficiência apresentar pressão alta (hipertensão arterial)? - Controle ou, se necessário, diminua o peso corporal; - Diminua as gorduras da dieta, principalmente as de origem animal; - Diminua o sal e todos os alimentos ricos em sódio da dieta. Leia os rótulos dos alimentos industrializados para observar a sua quantidade de sódio.
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Evite: - alimentos industrializados em geral como manteiga e margarina com sal; enlatados; conservas; temperos e molhos prontos; caldos de carne, galinha, legumes e sopas prontas e queijos salgados; - embutidos (lingüiça e salsicha), frios (mortadela, presunto, salame, etc.), salgadinhos, bebidas alcoólicas. Prefira: - temperos e formas de preparo citados nas orientações gerais; - siga, também, os cuidados recomendados para diminuir o colesterol sanguíneo para evitar o aparecimento de complicações cardiovasculares.
• Quais as recomendações nutricionais que o Cuidador deve seguir quando a Pessoa com Deficiência apresentar Diabetes e/ou triglicérides alto? - Controle, ou se necessário, diminua o peso corporal; - Substitua o açúcar pelo adoçante e o use com moderaçao; - Siga os mesmos cuidados nutricionais recomendados para o controle da obesidade e do colesterol alto.
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FONOAUDIOLOGIA ANDRÉA PIRES TAKACS LASAK MARIA INÊS NACARATO
• O que é Comunicação? Quais as formas de Comunicação? A Comunicação é o intercâmbio de informações entre duas ou mais pessoas. Para se comunicar, as pessoas não usam apenas a fala, mas também podem utilizar a mímica facial, movimentos do corpo, entonação de voz, a escrita, o riso e até as lágrimas.
• Quais as principais dificuldades que a Pessoa com Deficiência pode ter com a Comunicação?Porque ocorrem? A Pessoa com Deficiência que tem alteração na comunicação pode apresentar as seguintes dificuldades: não entender o que lhe é dito, não falar, falar pouco e/ou de forma enrolada, etc. Isto pode ocorrer devido a manifestações que dificultam a comunicação, como: alteração de atenção, concentração, compreensão, memória, dificuldade para organizar e expressar seus pensamentos, e dificuldades motoras como movimentar a língua, lábios, bochechas. Da mesma forma, a expressão corporal, a leitura e a escrita, também podem estar prejudicadas.
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• Como o Cuidador pode facilitar a Comu-nicação da Pessoa com Deficiência? É comum que a família, os amigos, não saibam como lidar com estas dificuldades de Comunicação da Pessoa com Deficiência, distanciando-se, ou tratando estas pessoas de forma diferente (por exemplo: infantilizando), conseqüentemente fazendo com que elas percam a vontade de se comunicar, se isolando. Cabe aos Cuidadores, procurar ajudar nos diversos momentos do dia a dia destas pessoas: - Olhe para a pessoa e peça que ela olhe para você. Procure estar na mesma altura que ela. É importante que vocês vejam a expressão facial e os movimentos do corpo, um do outro; - Procure um ambiente tranqüilo, ao conversar ou estimular a Pessoa com Deficiência, pois ela pode ter mais dificuldades para se comunicar em um ambiente com muitos estímulos (rádio, tv ligados, etc); - A postura adequada é fundamental, pois possibilita que ela veja o ambiente e as pessoas ao seu redor, possibilitando que ela se comunique melhor; - Procure integrá-lo nas situações de vida diária, como, refeições, reuniões familiares, etc. Porém, respeite a sua vontade! - Fale com frases curtas e simples, use gestos se necessário. Fale um assunto de cada vez! - Não fale rápido! Deixe que ela se comunique sem pressa. Não fale por ela! - O fato de não conseguir dizer os nomes dos objetos, pessoas, etc, não significa que ela não saiba o que são. Às vezes, peça que pegue os objetos dos quais vocês estão falando e estimule que ela repita estes nomes. - Há momentos que a Pessoa com Deficiência está mais disposta para conversar. Estes momentos devem ser usados para motivá-la a se comunicar, dando a ela oportunidade para iniciar, responder e continuar as conversas;
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- Podem ocorrer dificuldades para lembrar palavras e/ou entende-las. A família e os amigos podem ajudá-la, repetindo o que lhe foi dito ou incentivando para que a Pessoa com Deficiência utilize gestos, escrita, desenhos ou mostrando o que deseja, por exemplo; - Falar em voz alta, gritar, não o ajudará a entender melhor, além de tornar a comunicação desagradável; - Conversem sobre as coisas que estão no ambiente ou que fazem parte do dia a dia, por exemplo, refeições, passeios, visitas, etc. Procure envolver a Pessoa com Deficiência nestas atividades e estimular a fala nestes momentos. Se começar a chorar ou rir sem motivo, tente desviar sua atenção para outro assunto; - A leitura, a escrita e o desenho, pequenos textos, palavras cruzada, etc, podem ser usados como facilitadores e estimuladores da comunicação, se houver condições para isto. Porém, se a Pessoa com Deficiência não gostava de ler e/ou escrever, essa atividade poderá ser ainda mais difícil e cansativa; - Se a Pessoa com Deficiência precisa de mais tempo para se comunicar, espere. Não fale por ele! Dê a ele a chance de se manifestar, ajudando-o no momento que for preciso; - A Pessoa com Deficiência que fala “enrolado” ou que troca letras das palavras, não faz isto por falta de vontade de falar! Ela sabe o que quer falar, mas não consegue fazer o movimento certo. Procure mostrar a ela de forma mais lenta, quais os movimentos de lábios e língua para conseguir uma fala mais precisa; - Ela pode ter dificuldades em organizar as palavras e/ou idéias de forma correta, resultando numa fala confusa. Nestes momentos, procure ajudála a expressar-se em frases simples (sujeito-verbo-predicado); - O Cuidador, enquanto faz uma atividade do dia a dia, pode falar sobre o que está fazendo, por exemplo, ao fazer o almoço, fale o nome dos alimentos, o que vão comer, etc; - Da mesma forma, durante o banho, aproveite para nomear as partes do corpo, as roupas que a Pessoa com Deficiência irá usar. O mesmo pode ser feito em outras atividades diárias, passeios, etc;
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- Encoraje-a a usar palavras que são mais necessárias, como: água, sono, fome, dor, alegre, triste, medo, assim como os nomes das pessoas com quem ela convive; - Converse com ela sempre que possível. Fale sobre o que você e os membros da família estão fazendo, assim como o que acontece em sua comunidade;
- Incentive, se possível, a falar sobre o que ela deseja, ou sobre o que fez durante o dia, por exemplo; - Voltar a comunicar-se bem, pode ser um processo lento. É possível que ela não volte a falar tão bem ou até que não volte mais a falar, o que não a impede de se comunicar por outros meios (fotos, figuras, métodos específicos, etc); - Para complementar a comunicação pela fala, pode-se estimular o uso de gestos, expressão corporal e mímica facial, de forma mais enfática; - Elogie sempre seus acertos e indique seus erros com cuidado!
- A super proteção não ajuda! A Pessoa com Deficiência tem problemas para comunicar o que sente, pensa, mas ainda é a mesma pessoa; - Respeite os momentos que ela quer ficar sozinha ou calada. Pois, o silêncio também é uma forma de comunicação; - Estimular a comunicação pode ser frustrante em alguns momentos. Assim, é preciso calma, paciência e respeito entre vocês.
• O que é meio de Comunicação Suplementar ou Alternativa? É um recurso composto por estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação inexistentes. Podem empregar a combinação de diferentes modos de ação como gestos, linguagem de sinais, fala residual ou vocalizações, expressões faciais e auxílios de comunicação, por exemplo: alfabeto, figuras, fotos, etc; Alguns meios de Comunicação Suplementar ou Alternativa (CSA), podem ser usados para complementar ou compensar as dificuldades de comunicação da Pessoa com Deficiência.
• Quais os tipos de Comunicação Suplementar ou Alternativa?
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Existem meios computadorizados, compreendendo pranchas eletrônicas, acionadores adaptados, além de softwares desenvolvidos para fins comunicativos, que permitem a conversação com recursos, como: voz digitalizada ou sintetizada e impressão de textos e sinais gráficos. Alguns exemplos: PCS (Picture Communication Symbols), Bliss entre outros.
• Quando a Comunicação Suplementar ou alternativa é indicada? É importante saber que a CSA deve ser criteriosamente indicada por um Fonoaudiólogo em conjunto com outros membros da Equipe de Reabilitação (Médico Fisiatra, Psicólogo, Fisioterapeuta, Pedagogo, Terapeuta Ocupacional, etc...). Por melhor que possa parecer o método, é sempre necessário respeitar o interesse do indivíduo que vai utilizá-lo. É necessário que o Cuidador esteja integrado no seu uso para que a CSA seja efetiva e funcional.
• O que é Deglutição? É a ação responsável por levar o alimento da boca até o estomago. Em outras palavras, é o “ato de engolir”. É um processo complexo que depende da integridade neuromuscular, ou seja, o sistema nervoso e muscular do indivíduo devem funcionar perfeitamente. A função básica da deglutição é nutrir e hidratar, mas durante seu processo ocorre também a proteção das vias aéreas, evitando que o alimento siga para o lugar errado, como por exemplo, os pulmões. É interessante destacar que a alimentação tem um significado social (casamentos, aniversários, etc), além do próprio prazer em si e que a Pessoa com Deficiência pode se isolar por vergonha, por estar com deglutição alterada.
• O que é Disfagia? Não é uma doença, mas sim a dificuldade que algumas pessoas podem ter para engolir. Pode colocar a vida em risco se ocorrer a entrada de alimentos ou saliva nas vias respiratórias (laringe, traquéia, pulmões), o que é chamado de aspiração. O Fonoaudiólogo é o profissional especializado que avalia e orienta quanto a esta dificuldade de engolir. Muitas vezes, haverá necessidade de acompanhamento fonoaudiológico, além das orientações, que serão diferentes para cada Pessoa com Deficiência. É importante destacar que o tratamento da Disfagia é feito através do trabalho integrado da equipe multidisciplinar (médico Fisiatra, pneumologista, enfermeiro, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, fisioterapeuta, etc).
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Alguns medicamentos podem comprometer a deglutição, causando sonolência, diminuição da força e alteração dos movimentos dos músculos dos órgãos fonoarticulatórios (lábios e língua, principalmente), e alterando a produção da saliva (aumentando ou diminuindo). São eles: antidepressivos, antibióticos, drogas cardíacas e quimioterápicas, antidepressivos, etc.
• Quais os sintomas da Pessoa com Deficiência que apresenta Disfagia? - diminuição do prazer em se alimentar; - rejeição a certos tipos de alimentos; - demora em comer; - perda de peso; - infecções respiratórias freqüentes, como por exemplo, a pneumonia.
• Como o Cuidador pode identificar alguns sinais de que a Pessoa com Deficiência está com Disfagia? Quando o Cuidador alimentar esta pessoa, os sinais que podem indicar ou provocar alterações na deglutição são: Antes da alimentação: - Consciência e atenção alteradas; - Necessidade de ajuda para alimentar-se; - Falta de dentes, cáries, problemas nas gengivas, etc; - Próteses soltas na boca (dentaduras, pontes, etc); - Escape de saliva; - Boca seca (xerostomia). Durante a alimentação: - Dificuldades para captar os alimentos em um utensílio, ou para mantê-los na boca; - Demora para engolir ( o alimento fica parado na boca); - Dificuldade para mastigar; - Escape oral de alimentos; - Tosse e/ou engasgos; - Sufocação; - Regurgitação de alimentos pela boca e/ou nariz. Depois da alimentação: - Tosse; - Pigarro; - Voz rouca; - Restos de alimentos na boca. 17
• Quais as recomendações que o Cuidador deve seguir durante a alimentação da Pessoa com Deficiência? Para que a Pessoa com Deficiência se alimente de maneira segura e tranqüila, alguns cuidados devem ser tomados: 1. Procure um ambiente calmo. Evite TV, rádio e outras situações que distraiam a pessoa; 2. O indivíduo deve estar confortável e atento; 3. Ele deve estar sentado, em boa postura. Os pés devem estar apoiados no chão e as mãos apoiadas em cima da mesa ou nos braços da cadeira; 4. Nunca alimente a Pessoa com Deficiência deitada! Se ela não tiver condições de permanecer sentada, faça com que o tronco fique o mais vertical possível, elevando a cabeceira da cama (45º a 90º). Você pode ajudá-la apoiando ombros e nuca com travesseiros; 5. Não deixe a cabeça caída para trás, pois isto aumenta o risco de engasgos e aspiração; 6. Conte para a pessoa o que ela vai comer antes de iniciar a refeição, preparando-a para o ato de comer, estimulando a salivação, que facilitará a deglutição; 7. Verifique o estado de conservação das próteses, se estão muito gastas, quebradas, etc. Se dentaduras e pontes estiverem frouxas, retire-as durante a alimentação e não ofereça alimentos que precisam de mastigação. Observe também, se estas próteses estão machucando a gengiva; 8. Se a pessoa tiver condições, deixe que coma sozinha. Enquanto isso, o Cuidador deverá observar se ela precisa de ajuda; 9. Se necessitar de ajuda, encoraje sua participação ativa. Por exemplo: deixe que ela retire os alimentos da colher. Nunca jogue os alimentos dentro da boca! 10. Não tenha pressa para alimentá-la! Espere que ela tenha engolido todo o alimento antes de oferecer mais. Se ela estiver comendo sozinha, oriente-a a fazer o mesmo. Evite os engasgos; 11. Não a alimente, quando ela estiver com sono, cansada, pois estes fatores aumentam o risco de engasgos; 12. Dê um tipo de alimento de cada vez. Não misture as consistências, por exemplo, sólido e líquido. Na maioria das vezes, misturar duas ou mais consistências no mesmo bocado, poderá provocar engasgos;
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13. Como é comum o indivíduo se cansar ao comer, evite dar quantidades muito grandes de alimento a cada refeição, pois isto aumenta o risco de engasgos e aspiração; 14. Evite colheradas muito cheias, pois isto dificulta o controle do alimento na boca, podendo ocorrer escape e dificuldade para engolir; 15. Para facilitar a mastigação e deglutição, os alimentos devem ser cortados em tamanhos pequenos; 16. Estimule-o a mastigar do lado mais fraco da boca também (se não houver marcas e machucados na parte interna da bochecha e lábios), para estimular a musculatura; 17. Deixe que descanse após algumas colheradas, pois o cansaço o torna mais vulnerável aos engasgos e aspirações; 18. Tomar pequenos goles de líquido entre uma colherada e outra, pode facilitar a deglutição de sólidos; 19. Nunca derrame líquidos dentro da boca, pois eles escoam rapidamente, facilitando engasgos; 20. Se a voz do indivíduo ficou rouca depois de engolir, oriente-o a pigarrear e/ou tossir para limpar a garganta, antes de ingerir mais alimento; 21. Observe se há queixa de boca seca (xerostomia), pois isto pode dificultar a deglutição.Neste caso, se possível, umidifique a boca com água ou outro líquido. LEMBRE-SE: - A Pessoa com Deficiência com disfagia pode ter medo de comer, pois já passou por situações desagradáveis, como engasgos fortes e sensação de sufocação. Assim, é necessário respeitar o indivíduo, fazendo com que se sinta mais seguro e tranqüilo para se alimentar, seguindo as orientações deste manual; - É necessário manter a dieta adequada à boa nutrição e hidratação, indicada pela nutricionista! Lembre que a criança, assim como os adultos e idosos necessitam de dieta adequada à sua idade e necessidades e observe se o indivíduo está perdendo peso.
• Quais materiais podem ser utilizados para facilitar a alimentação da Pessoa com Deficiência?
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A escolha do material a ser utilizado pela Pessoa com Deficiência será feita por um Fonoaudiólogo e depende das dificuldades que a pessoa apresentar. Podem ser utilizados: canudos de espessura e tamanhos variados, colheres de diferentes tamanhos e materiais, copos adaptados, etc. No caso de crianças, o furo da mamadeira ou chuca, deve estar de acordo com suas necessidades. Se ela conseguir sugar bem, o furo não deve ser aumentado. Se tiver fraqueza muscular, o mesmo deverá ser aumentado com cuidado, pois o furo muito grande faz com que uma grande quantidade de líquido seja despejada por vez, podendo provocar engasgos, sufocação, etc. Devemos lembrar também que o tamanho da colher deve estar de acordo com o tamanho da boca da criança.
• Qual a melhor consistência de alimentos para o Cuidador oferecer à Pessoa com Deficiência? É importante estimular na Pessoa com Deficiência a vontade de comer, assim, o Cuidador deve apresentar alimentos variados. Lembre-se que o cheiro, a aparência e o sabor vão estimular a salivação, facilitando a deglutição. As consistências dos alimentos vão variar de acordo com as dificuldades da Pessoa com Deficiência. Em geral, inicia-se com alimentação mais pastosa e introduz-se a dieta mais sólida à medida que o indivíduo apresenta melhores condições de mastigação e deglutição. Os líquidos geralmente são mais difíceis de controlar e engolir do que os sólidos. Assim, quanto maior for a dificuldade para engolir, menos líquida deverá ser a dieta.
• Quais os tipos de Consistências de alimentos? - Pastoso grosso: alimentos liquefeitos sem pedaços, mas bem consistentes, por exemplo: purês bem firmes, sopas grossas, etc; - Pastoso fino: alimentos mais liquefeitos, também sem pedaços, por exemplo: cremes, sopas mais finas, mousses, etc; - Sólido amolecido: alimentos bem cozidos, mais úmidos, podem ser acompanhados de purês, por exemplo: arroz e feijão bem cozidos, carne desfiada ou em pedaços pequenos, com purê, etc. - Sólidos: alimentos em geral, nas suas consistências usuais, não há restrições, por exemplo: arroz, feijão, carne, salada, legumes, frutas, etc;
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- Líquidos engrossados: iogurtes, sucos engrossados (por exemplo: laranja com mamão), ou espessados, leite batido com frutas (vitaminas, por exemplo: abacate), Milk-shakes, etc. Os líquidos podem ser engrossados com outros alimentos, como mostram os exemplos, tornandoos mais baratos e acessíveis, porém, em alguns casos, pode se usar os espessantes. Estes são produtos industrializados, em forma de pó, que ao serem adicionados aos alimentos, aumentam a viscosidade dos mesmos sem alterar significativamente suas propriedades. Permitem o reajuste de líquidos, tornando o alimento mais denso. A indicação do uso do espessante é feita pelo Nutricionista, juntamente com o Fonoaudiólogo. - Líquidos finos: água, leite, caldos, café, chás, sucos de frutas, como: laranja, limão, abacaxi, etc.
Observação: Existem outras consistências, mas estas mais específicas serão orientadas pelo Fonoaudiólogo.
• Quais as recomendações que o Cuidador deve seguir após a alimentação da Pessoa com Deficiência? 1. A Pessoa com Deficiência deve ficar sentada de quinze a trinta minutos após as refeições, pois isto evita o risco de aspiração de restos de alimentos que possam ter ficados presos na garganta, assim como, a regurgitação de alimentos pela boca e/ou nariz; 2. Depois desse intervalo, faça uma higiene completa da boca. Retire os restos de alimentos que ficaram parados nas bochechas, língua e gengivas; 3. Os dentes, assim como as próteses, devem ser sempre escovadas após as refeições. A higiene da boca é muito importante, pois nela existem microorganismos que podem ser aspirados com a saliva, aumentando o risco de infecções.
• O que é alimentação por sonda e quando isto ocorre? A alimentação por sonda ocorre quando não é possível a alimentação por boca. A alimentação por sonda acontece quando o indivíduo apresenta dificuldade para engolir os alimentos ou quando não quer se alimentar. Em geral, a sonda é colocada nos seguintes casos: - Engasgos freqüentes e/ou tosse intensa durante as refeições, com risco de sufocação e/ou aspiração; - Retorno de alimento pelo nariz; - Saída de alimento pelo traqueostomia (abertura no pescoço, feita cirurgicamente nas pessoas que tem dificuldade para respirar); 21
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Em casos de tumor na boca ou na garganta; Cirurgia na boca ou garganta; Dor, irritação, inchaço na boca ou garganta, devido radioterapia; Não há maturidade neurológica, em alguns casos de bebês de baixo peso, por exemplo.
• Quais as orientações que o Cuidador deve conhecer sobre a sonda? -
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A alimentação por sonda pode ser retirada assim que a pessoa não tiver mais dificuldade em comer pela boca, porém, quem determina se não há mais risco em se alimentar dessa forma, é o Médico Fisiatra ou o Fonoaudiólogo. Em outros casos, a sonda deverá ser utilizada para sempre; O uso da sonda será orientado pelo Fonoaudiólogo e Nutricionista (dieta adequada); Lembre-se: a correta higiene é fundamental! A dieta deverá ser dada com o indivíduo sentado ou com a cabeceira elevada, se o mesmo estiver acamado; O frasco com a dieta deverá ser colocado bem alto, acima da cabeça da pessoa; O gotejamento da dieta não pode ser muito rápido, pois pode provocar vômito ou diarréia; Se o paciente desejar sentir o gosto do alimento, uma pequena quantidade poderá ser colocada em sua boca, desde que ele consiga cuspi-lo em seguida; Os medicamentos em comprimidos deverão ser triturados e diluídos em água, para serem oferecidos pela sonda; A sonda deve ser lavada com 30 ml de água, após a passagem da dieta ou medicação; Importante: mesmo que a pessoa não esteja se alimentando pela boca, a higiene da mesma deve ser feita. Não esqueça de escovar seus dentes, para evitar cáries e/ou infecções; A sonda deve ficar bem afixada na face. Troque o adesivo de fixação sempre que necessário; Não esqueça: manter a sonda fechada após seu uso. Pois ao contrário, haverá retorno do conteúdo do estômago.
• Quais os problemas que podem ocorrer com o uso da sonda? - Pode ocorrer entupimento por alimentos ou medicamentos; - A sonda pode sair do local correto, acidentalmente (tosse, ânsia de vômito, espirro ou ao movimentar-se), ou quando o paciente tenta retirá-la.
IMPORTANTE: Nestas situações, você deve procurar a equipe que está tratando esta pessoa ou o serviço de emergência do hospital onde ele se trata.
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PSICOLOGIA VERA LÚCIA RODRIGUES ALVES HARUMI NEMOTO KAIHAMI
A Pessoa com Deficiência pode apresentar problemas em relação ao sono, à sexualidade e no desempenho cognitivo (pensamento e comportamento). O Cuidador deve estar atento para perceber e ouvir o que a Pessoa com Deficiência tem para dizer e orientá-la e/ou repassar as informações aos profissionais de saúde.
• Quais os problemas de sono que a Pessoa com Deficiência pode apresentar? A falta de sono pode ser um fator de estresse. Neste caso, o Cuidador deve promover junto com a Pessoa com Deficiência, novos hábitos e rotinas que possibilitem o descanso noturno mais satisfatório. Simples mudanças podem ajudar, como organizar os horários diários, cuidar do barulho e da iluminação, evitar interrupções desnecessárias durante o sono, etc. Algumas vezes, ocorre excesso de sono por cansaço ocasionado pelo uso de determinados medicamentos ou pelo estado emocional. Através do diálogo, o Cuidador poderá verificar o que está ocorrendo e adotar medidas para melhora da pessoa. Quando não houver melhora da qualidade do sono é importante informar o médico.
• Como o cuidador pode abordar os problemas de Sexualidade com a Pessoa com Deficiência? - Nas crianças: É natural para a criança ter interesse em conhecer o seu próprio corpo e do outro. Responda as perguntas naturalmente, não acrescente informações desnecessárias. Use uma linguagem adequada a idade e compreensão da criança.
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- Adolescentes: O Adolescentes vivenciam grandes mudanças corporais e psicológicas, despertam para novas necessidades, em geral se preocupam com a sua aparência e com a opinião de seus pares. O Cuidador deve respeitar as suas necessidades, não expô-lo e procurar entendê-lo neste aspecto. Quando o Cuidador precisar realizar algum procedimento mais pessoal, como por exemplo realizar um cateterismo, deve explicar antes tudo o que vai fazer e perguntar como gostaria de ser ajudado, respeitando sua privacidade tanto nas ações quanto na verbalização frente aos outros. - Adulto: Tendem a apresentar preocupação com sua sexualidade no que se refere a sua condição e aparência física, desempenho e fertilidade. Assim, apresentam receio no modo de exercer sua sexualidade e podem ficar inseguros quanto a aceitação pelo outro. Sempre que for solicitado a opinar neste aspecto, o Cuidador deve detectar exatamente qual a preocupação da Pessoa com Deficiência e orientar para que fale diretamente com o Médico Fisiatra ou com outros profissionais da Equipe de Reabilitação. O Cuidador não deve dar a sua opinião pessoal, baseada em suas crenças e vivências, pois a Sexualidade tem mais a ver com os valores culturais, experiência de vida, vínculos familiares e sociais, do que propriamente com a condição física. - Idoso: São mais rígidos e a exposição destes aspectos pode gerar muito sofrimento. Por outro lado, Pessoas com Deficiência com alteração cognitiva (do pensamento ou crítica), podem perder a noção de privacidade e se expor indevidamente, gerando situações constrangedoras para ela e seus familiares, como por exemplo: tirar a roupa, se manipular, fazer as necessidades na frente dos outros. É importante que o Cuidador esteja atento e para protegê-las e evitar que isto ocorra, preservando sua dignidade.
• Como o Cuidador deve lidar com as alterações cognitivas e comportamentais da Pessoa com Deficiência? As alterações cognitivas mais comuns são as alterações de atenção e memória, que podem dificultar o relacionamento da pessoa com o meio físico e social. As alterações de atenção podem se agravar pelo estado emocional da Pessoa com Deficiência (ansiedade, tristeza, raiva, etc.), o que dificultará a compreensão do que se passa com ela e/ou a colaboraração nas atividades que são propostas. De forma geral, elas parecem distraídas ou desinteressadas, não conseguem prestar atenção, compreender as conversas, orientações e até mesmo programas de televisão. O Cuidador não deve ficar ofendido e pode procurar ajudála a manter a atenção no que está sendo proposto de várias maneiras como: repetir a orientação, dirigir seu olhar para a pessoa que fala, ajudar a executar as tarefas passo a passo, etc. As pessoas com lesão cerebral podem apresentar dificuldade de memória, lembrando de situações antigas e com dificuldade em lembrar o que aconteceu ontem (falha da memória
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recente), ou ainda, se esquecer do que acabou de almoçar, fazendo a mesma pergunta várias vezes: “Quando vamos almoçar?” (falha na memória imediata). Isto ocorre porque temos vários tipos de memória. É importante para o Cuidador observar quais tipos de memória estão preservados e quais estão com alteração, porque a pessoa não tem culpa e nem tem controle dessa situação. Assim, o Cuidador pode solicitar ao médico ou a um profissional da Equipe de Reabilitação ajuda para a realização de tarefas específicas. Um fator que pode confundir ou agravar estas dificuldades é a depressão, que se manifesta através de uma grande tristeza, apatia ou raiva. A depressão pode ser uma reação frente ao luto pelas perdas vividas, ou ainda devido às lesões existentes no cérebro frente à doença e/ou trauma que gerou a deficiência. É importante que o Cuidador estimule a Pessoa com Deficiência de forma adequada e pode dar pistas (lembretes, fotos, objetos pessoais) que o ajudem a lembrar as informações e ações vivenciadas, por exemplo.
• Como os aspectos psicológicos podem interferir na Comunicação? a) Infância Quando os pais esperam o nascimento do filho, este já é sonhado com muitos adjetivos como: inteligente, bonito e outros. Quando nasce um filho com deficiência ou caso ocorra algum problema que o torne deficiente, os pais sentem como se o mundo desmoronasse, pois o sonho não pode se concretizar. Surgem questões de culpa e preocupação: falhei em alguma coisa, como iremos cuidar, como será o futuro e outras questões. Há sempre muita dor, sofrimento e ressentimento. Após o impacto, os pais podem estabelecer formas de enfrentar esta situação, podem perceber alternativas e modificar a organização familiar para tratar e lutar pelo filho deficiente. A família sempre é o principal agente de socialização, ou seja, é por meio das relações de cuidado, de proteção e de respeito, que os valores são transmitidos e assim, as crianças crescem e se desenvolvem. A rede de apoio familiar pode estabelecer os primeiros vínculos afetivos, possibilitando a auto-estima desta criança e a socialização necessária. Os pais podem sentir que há preconceito em relação à Pessoa com Deficiência. Assim, precisam lidar com estas dificuldades e preparar as crianças de forma a fortalecê-las para enfrentarem estas situações, bem como reafirmar sua presença para protegê-las. A comunicação entre os membros da família é importante para que os sentimentos, o sofrimento, as dificuldades vividas no cotidiano possam ser reveladas e as soluções possam ser pensadas conjuntamente. Assim, as relações afetivas são fortalecidas, e a sensação de solidão é modificada pela sensação de pertença, de segurança. Os pais têm que focar o desenvolvimento de seu filho, considerando a realidade da vida, como por exemplo, o relacionamento com outras crianças, ir à escola com comportamentos adequados, acrescendo as tarefas de reabilitação. Para que o Cuidador possa auxiliar neste desenvolvimento deve-se: - Tornar o meio em que vive a criança atraente, com estímulos que despertem seus interesses, tais como sons, cores, odores, gostos. - Respeitar as dificuldades pessoais dessa criança, sem superproteger ou rejeitar.
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- Facilitar o convívio com outras crianças. - Oferecer oportunidades de movimentação, respeitando seus limites físicos. - Manter uma rotina para as atividades de vida diária. - Dizer sim e permitir, bem como dizer não com firmeza. Estas são as regras da vida. - Permitir e incentivar que faça as coisas sozinha e reforçar suas conquistas de independência. - Ajudar a sentir orgulho do que faz e acreditar em si mesma - Não ameaçar com o seu afeto: “estou triste com você”. Dizer: “não gostei de tal coisa que você fez”. Assim, a criança poderá entender o que não deve repetir. - As crianças precisam saber que estão aprendendo, quando dizem: “olha! Sei fazer!”. Aproveite e elogie. É dessa forma que percebem que são reconhecidas. Os pais e Cuidadores precisam perceber que quando estiverem cansados, necessitam descansar, pois do contrário ficarão impacientes. Nesse sentido, peçam e aceitem ajuda quando necessário. b) Adolescência: Na adolescência ocorrem várias mudanças físicas, que levam o jovem a rever a imagem que formou de si mesmo e de seu corpo, bem como lidar com as modificações em termos sociais e psicológicos. Neste último, podemos considerar que o jovem começa a adquirir a capacidade de assumir responsabilidades, entretanto nem sempre na velocidade que os papéis sociais requisitam. No caso das Pessoas com Deficiência também não devemos ignorar essa etapa, mas respeitar o ritmo de cada um. É comum surgir conflitos de gerações, em que o ideal é colocado em contraposição ao mundo e necessidades dos adultos. Nesta etapa, é comum observar se os comportamentos que os adolescentes buscam quebram as regras e se têm necessidade de experimentar novas situações, pois convivem com mudanças físicas, psicológicas e sociais. Há ainda as informações que recebem não só do grupo com o qual se relaciona presencialmente, como também com os grupos virtuais, através das tecnologias disponíveis como netbook, smart-phone e outras formas de redes sociais. No adolescente com deficiência física, a diferença pode afastá-lo de seus pares, favorecendo a auto-imagem negativa e mesmo quando apresentam boa capacidade em lidar com a deficiência, podem apresentar dificuldade no relacionamento social. Desta forma, torna-se importante como os pais lidam com os sentimentos de inadequação do adolescente: superprotegendo-o por sentirem-se culpados, dando a sustentação para que exerça a sua independência, na medida do possível, conversando e buscando formas de enfrentar as situações de forma mais eficiente e satisfatória. O adolescente quer ser reconhecido pelo outro.
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Assim, participar de grupos de deficientes, em que possa compartilhar suas dificuldades, seu sofrimento e também do prazer de forma conjunta pode favorecer o convívio social. Na medida em que percebem seu próprio preconceito, que traz conseqüências para sua autoestima, podem apropriar-se do seu querer, do seu corpo e buscar caminhos em que a diferença faça parte, possibilitando a qualidade de vida. O diálogo, portanto, é fundamental para descobrir formas de enfrentar estas situações. É normal os jovens trabalharem com metas em curto prazo, estarem mais preocupados com a aparência pessoal, e com sua aceitação entre seus pares e com atividades de lazer. O suporte familiar, a relação afetiva e uma comunicação aberta é importante para que os jovens possam esclarecer dúvidas e dificuldades vividas, agir no presente e planejar o futuro. Pensar na autonomia, que é poder conhecer todos os fatores envolvidos na situação e em todas as alternativas de solução, responsabilizando-se pelas conseqüências, ajuda na superação dos problemas. Assim, tanto os pais, quanto os adolescentes podem exercer a autonomia que possibilite o desenvolvimento adequado. c) Adultos e Idosos: No caso de adultos, qual seja a idade, em que devido à doença ou acidente temos como conseqüência a deficiência física, tanto a pessoa como sua família sente-se impactadas com a nova situação. Nesse momento pode perceber a perda da independência, sentir a perda da autonomia, vivenciar as mudanças de papéis exercidas até então, e até sentir-se excluído das relações sociais. Após esse momento inicial, tanto o paciente quanto a família podem desenvolver formas de enfrentamento mais adequadas. No adulto a comunicação também é fator preponderante para que as situações sejam colocadas e as soluções encontradas de forma eficaz, possibilitando à Pessoa com Deficiência a desenvolver-se e a família se reestruturar. Há situações em que os cuidados podem prolongar, tendo em vista a gravidade de cada caso. Assim, a relação com o Cuidador tem que ser pontuada pela clareza, precisão e respeito a partir do diálogo, de forma que as percepções de ambos possam corresponder à realidade, por exemplo: o Cuidador pode pensar que a Pessoa com Deficiência não tem condições de executar sozinho determinada tarefa, a faz, e assim, diminui a chance de desenvolvimento do paciente. Só haverá mudança nesta situação se houver comunicação.
• Como deve agir um Cuidador para promover a comunicação? - Manter a atividade proposta dentro do possível, considerando as preferências da Pessoa com Deficiência e sua família. - Frente à dificuldade de comunicação, fazer perguntas que possam ser respondidas com sim ou não. - Mostrar-se atento e interessado pela Pessoa com Deficiência, para estabelecer canais de comunicação mais satisfatórios. - Não utilizar diminutivos de forma infantilizada, ou desvalorizar as opiniões e expressão de pensamento da Pessoa com Deficiência.
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- Dar tempo para a Pessoa com Deficiência assimilar o que foi dito e aguardar, sempre que possível, sua manifestação com respeito. - Para expressar sentimentos podem-se utilizar outros canais de comunicação como tocar na pessoa, olhar, abraçar e outros. - Utilizar de música também como forma de comunicação, visando reviver fatos passados, estabelecer clima de tranqüilidade e até estimular novas sensações.
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TERAPIA OCUPACIONAL GRACINDA TSUKIMOTO MARIA INÊS PAES LOURENÇÃO
• Como o cuidador pode facilitar a alimentação da Pessoa com Deficiência? - Utilizar antiderrapantes embaixo do prato impede que ele escorregue (um pano úmido pode ser usado para isso); - Enrolar uma espuma ou material do tipo EVA no cabo dos talheres facilita o pegar para a Pessoa com Deficiência com dificuldade para segurar. Caso o engrossador fique sujo ou danificado, tais materiais podem ser facilmente substituídos; - Facas com bom corte são menos perigosas do que as menos afiadas; - Cortadores de pizza e de legumes podem substituir o uso da faca e são mais seguros; - Copos com alças ou canudos podem facilitar a ingestão de líquidos; - Nunca alimentar a Pessoa com Deficiência na posição deitada. Se ela não tiver condições de se sentar, o Cuidador pode elevar a cabeceira da cama até 90◦, apoiando os ombros e a nuca; - Pessoa com Deficiência em cadeira de rodas podem usar uma mesa adaptada à cadeira de rodas para facilitar as atividades e permitir que façam suas refeições junto com os familiares. - ATENÇÃO: As Pessoas com Deficiências que não conseguem se alimentar sozinhas, o Cuidador deverá oferecer a refeição aos poucos e em temperatura adequada. - IMPORTANTE: A Pessoa com Deficiência deve engolir antes que nova porção de alimentos seja oferecida.
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• Como o Cuidador pode promover a higiene e aparência pessoal da Pessoa com Deficiência? - O porta fio dental, que é encontrado em casas de produtos hos pitalares e farmácias, facilita o manuseio do fio dental com apenas uma das mãos; - As escovas fixas por meio de ventosas ou fitas adesivas podem facilitar a higienização das próteses dentárias e unhas; - O Cuidador deve optar pelo sabonete líquido e esponja, ou luva porta sabonete; - Verificar a temperatura da água do banho para evitar queimaduras, principalmente se a Pessoa com Deficiência apresentar alteração de sensibilidade; - O sabonete pode ser colocado em uma meia de nylon e preso à saboneteira para evitar sua queda;
- As escovas de cabo longo facilitam o alcance das costas e pernas durante o banho; - Evitar frascos de xampu e outros que possuam tampas com rosca; - Ao utilizar um roupão, facilita enxugar; - O secador de cabelos pode ser indicado para algumas regiões como o vão entre os dedos e dobras no caso da Pessoa com Deficiência com lesões de pele; entretanto, o Cuidador deve ter bastante atenção em relação à temperatura para evitar queimaduras; 30
- Duchas higiênicas podem ser realizadas em substituição ao papel higiênico.
• Como o Cuidador pode auxiliar a Pessoa com deficiência ao se vestir? - O Cuidador deve redistribuir as roupas e objetos no guarda-roupa, deixando os mais usados em locais fáceis de serem alcançados; - Estimular que a Pessoa com Deficiência escolha suas próprias roupas;
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- Alternar as posturas em pé e sentada para vestir-se e despir-se da cintura para baixo; - Utilizar adaptações como prolongadores, alças e argolas para facilitar o alcance e as preensões (pegar);
- Substituir botões e zíperes por velcro; - Preferir calças com elástico, sutiãs com abertura frontal e evitar roupas justas são podem facilitar principalmente em atividades externas, onde a pessoa pode necessitar utilizar o sanitário, por exemplo; - Pessoa com Deficiência deve utilizar calçado com sola flexível e antiderrapante. Prefira os calçados sem cadarço.
Quais medidas de segurança o Cuidador deve conhecer ao utilizar ou manusear a Cadeira de Rodas? 1) Acionar o freio da cadeira sempre que esta estiver parada; 2) Empurrar a cadeira de rodas com cuidado e atenção; 3) Ao subir degraus ou calçadas, encostar as rodas dianteiras no degrau, inclinar ligeiramente a cadeira para trás e empurrar até que as rodas dianteiras estejam em cima do degrau. Só então empurrar a cadeira para cima; 4) Para descer calçada ou degrau, é mais seguro e exige menos esforço fazer isso de costas. O Cuidador deverá ficar atrás da cadeira, descer e inclinar a cadeira para trás, amortecendo a descida até que ela chegue ao chão. 5) Erguer a cadeira de rodas sempre pela base fixa;
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• Quais adaptações podem facilitar a comunicação da Pessoa com Deficiência? - O telefone pode ter dispositivo viva-voz ou fone de ouvido acoplado ao bocal; - Celular e /ou diversos aparelhos de telefone pela casa, de preferência sem fio, com números grandes, em especial ao lado da cama; - Relógio de pulso e de parede com mostrador maior, números claros e definidos; - Lista de telefones úteis e em local de fácil acesso; - Sons que diferenciem as campainhas do telefone e interfone; - Calendário e agenda marcando os compro-missos e datas importantes; - Lentes de aumento para leitura; - Canetas hidrográficas, canetas com ponta esférica; - Tubos de borracha / conduíte / espuma / espátulas para engrossar lápis ou recursos para substituir a preensão (pegar) podem ser utilizados para facilitar a escrita. Os dispositivos utilizados para escrita podem também ser adaptados para digitação. - Existem programas de computador e acessórios disponíveis para permitir que pessoas com deficiência tenham acesso à informática.
• Quais os programas de Computador são utilizados pelas Pessoas com Deficiências? 1) DOSVOX: O sistema operacional DOSVOX permite que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum (PC) para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ 2) CLICK N TYPE: Teclado virtual que substitui as funções do teclado normal, facilitando o acesso. http://cnt.lakefolks.com/
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3) RATA virtual plaphoons: permite o controle das funções do mouse com um clique/ som ou sopro www.xtec.cat/~jlagares/rataplaphoons/rataplaphoons.htm 4) PLAPHOONS: Para comunicação alternativa. Permite utilizar a combinação de imagens, textos e sons para mensagens da vida diária. Pode ser utilizado para a reabilitação da memória, da fala ou para estimular a aprendizagem da escrita ou de conceitos educativos. www.xtec.es/~jlagares/f2kesp.htm 5) MOUSE POR BARRIDO: substitui as funções do mouse com um clique de acionador www.antoniosacco.com.ar 6) TOGGLE KEYBOARD: permite configurar o teclado tornando a digitação mais eficiente. www.toggle.com/products/togkeyboard/index.html 7) TECLADO AMIGO E CALCULADORA AMIGA: teclado virtual com sistema de varredura www.saci.org.br/?modulo=akemi&metro=3847 8) FALADOR: Programa que lê os textos em português e apresenta, simultaneamente na tela, a imagem dos lábios a movimentarem-se. Pode ser utilizado para estimular a aprendizagem da escrita e da fala. www.falador.com 9) COB PAINT: Programa de desenho, muito simples, para ser utilizado na Educação Especial com crianças que não conseguem utilizar o Paint ou outros softwares de desenho. Possui um interface amigável, botões grandes e um estojo de ferramentas básicas: três lápis, dois baldes de cores, uma borracha e cinco opções de cores. www2.educ.umu.se/~cobian/cobpaint.htm
10) OPÇÕES DE ACESSIBILIDADE do WINDOWS: permite modificar velocidade do mouse, do clique, tempo de acionamento das teclas do teclado, contraste, cores do vídeo, entre outras funções. 11) Head mouse: permite às pessoas com mobilidade reduzida controlar o cursor do mouse pelos movimentos da cabeça. O software interpreta funções como "arrastar" arquivos por gestos faciais e piscar de olhos. Complementando a aplicação, o Teclado Virtual facilita às pessoas com deficiência física a possibilidade de redação de textos sem a necessidade de 34
utilizar as mãos, já que capta os movimentos faciais do usuário, replicando-os sobre o um teclado digital. www.mc.gov.br/headmouse-e-teclado-virtual
12) HEAD DEVICE: Software cujo objetivo principal é permitir a inclusão tecnológica de pessoas com deficiência motora grave. O sistema permite ser operado através de movimentos da cabeça, mais precisamente pela posição do nariz. www.integraciondiscapacidades.org
Consultar o site www.saci.org.br para obter maiores informações a respeito de inclusão digital.
• Qual a função do Cuidador perante às atividades de lazer da Pessoa com Deficiência? - As atividades de lazer devem ser incentivadas de acordo com o interesse e condições da Pessoa com Deficiência; - Podem ser adaptadas e supervisionadas conforme a necessidade sendo importante respeitar a Pessoa com Deficiência e sua família; - Auxiliam a diminuir o stress e são facilitadoras das relações sociais, associação de fatos e lembranças por meio de situações prazerosas.
• Qual a função do Cuidador perante às atividades profissionais da Pessoa com Deficiência? - A atividade profissional deve ser mantida sempre que o paciente apresentar condições físicas e cognitivas (atenção, compreensão, memória, raciocínio, etc) necessárias à função exercida; - As orientações já citadas para outras situações e a utilização de recursos facilitadores para realizar as tarefas e solucionar problemas serão muito importantes para garantir o adequado desempenho profissional.
• Como o Cuidador pode auxiliar a realizar todas as atividades da Pessoa com Deficiência? - Quando for hora de realizar uma atividade reduza os demais estímulos ambientais; - Fale devagar e chame sempre pelo nome;
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- Faça uma pausa de alguns segundos entre as orientações ou solicitações; - Favoreça o contato visual ou utilize o toque quando estiver falando com a Pessoa com Deficiência; - Redirecione a conversa para o assunto tratado, sempre que necessário; - Quando estiverem assistindo televisão juntos, comente as principais notícias de forma simples para facilitar o entendimento; - Utilize pistas do ambiente para facilitar a memória: deixe bilhetes pela casa, cartazes com os horários de medicação ou das atividades do dia; - Ofereça materiais e impressos com letras grandes. Leia com a Pessoa com Deficiência e verifique se ela realmente entendeu; - Estimule para que a Pessoa com Deficiência escreva. Por exemplo, peça para que ela o ajude a fazer a listas de compras ou anotar recados; - Incentive a Pessoa com Deficiência a demonstrar suas necessidades e vontades. Estimule-a a fazer escolhas e tomar decisões na sua rotina como o que quer vestir, comer, fazer, etc; - A criação de rotinas implica em repetição das tarefas, treinamentos e auxilia na memória e concentração da Pessoa com Deficiência; - Tomar precauções para prevenir lesões físicas tanto à Pessoa com Deficiência como a si próprio. Respeitar os próprios limites e não fazer mais do que pode suportar.
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• Como o Cuidador pode realizar os exercícios terapêuticos? A Pessoa com Deficiência poderá não ser capaz de iniciar e executar atividades de maneira independente, necessitando ser encorajada e auxiliada. Não se deve esquecer que o sucesso de qualquer trabalho depende da motivação. 1. Antes de iniciar os movimentos, certifique-se da maneira e postura corretas de realizálos; 2. Manter o ritmo normal da respiração, inspirando pelo nariz e expirando pela boca; 3. Em ambiente calmo e confortável, fazer exercícios diariamente, conforme orientação dos profissionais especializados.
• O que o Cuidador e os profissionais de saúde têm em comum com o Cuidador? - Visam maximizar a funcionalidade e a independência; - Tentam minimizar as complicações evitáveis (deformidades fixas, feridas, dentre outros); - Melhoram a qualidade de vida e o papel que a Pessoa com Deficiência socialmente junto à família e à comunidade;
• Como o cuidador pode preservar sua saúde? Os principais motivos que acarretam stress ao Cuidador são o esforço físico, as solicitações continuas e a necessidade de repetições. Muitos exercícios também são indicados para os Cuidadores, com o objetivo de favorecer relaxamento, alongamento e, consequentemente, diminuir o estresse. O Cuidador não poderá dispensar o lazer, os exercícios físicos e os contatos sociais para manter uma boa saúde e qualidade de vida.
• Orientações Posturais para o Cuidador Em diversas atividades cotidianas e exercícios indicados:
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• Orientações Posturais para o Cuidador Em diversas atividades cotidianas e exercícios indicados:
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• Orientações Posturais para o Cuidador Em diversas atividades cotidianas e exercícios indicados:
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SAÚDE BUCAL LEDA
• O que é Saúde Bucal? A saúde bucal (da boca) é parte integrante da saúde integral de qualquer pessoa e mantê-la é uma prioridade. Os cuidados diários de higiene bucal são fundamentais para a manutenção da saúde bucal, ajudando a melhorar o sorriso e, desta forma, a autoestima das pessoas.
• Quais as doenças mais comuns que podem acontecer na boca? As doenças mais frequentes são as cáries, as doenças da gengiva e a candidose, que acontecem com maior frequência em consequência de hábitos alimentares inadequados associados a uma higiene bucal precária e ineficiente.
• O que são anomalias dentárias? São variações do número, do tamanho, da cor, da estrutura e/ou da forma dos dentes. São especialmente frequentes nas crianças com fendas labiais e/ou palatinas.
• O que é bruxismo? É um processo geralmente conhecido por „ranger‟ dos dentes. Pode provocar danos na gengiva e desgaste dos dentes. É especialmente frequente em Pessoas com Deficiência neurológicas.
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• O que é Cárie? É uma doença contagiosa causada por bactérias que, agem sobre a superfície dos dentes, corroem sua estrutura e formam uma para cavidade (buraco). É mais frequente em Crianças que têm refluxo, que consomem medicamentos açucarados, fazem dietas especiais e têm higiene bucal deficiente.
• O que é Doença periodontal? É uma doença que envolve as estruturas do periodonto (gengiva e demais estruturas que prendem o dente ao osso). É geralmente provocada pelo acúmulo de placa bacteriana e cálculo dental (tártaro) na coroa e raiz dos dentes. É mais frequente em pessoas com problemas do sistema imunológico e naquelas com inadequada higiene oral.
• O que é Má-oclusão? É a posição irregular dos dentes, interferindo na mastigação.
• O que é Candidose? É uma doença causada por fungos que se proliferam na boca provocando inflamação na mucosa dos pacientes. Muito frequente em pessoas que usam próteses (dentaduras e próteses parciais removíveis) e não promovem a correta higienização.
• Como o Cuidador pode ajudar a Pessoa com Deficiência a prevenir doenças na boca? Os principais passos para a prevenção destas doenças são: uma melhora da higiene bucal e o controle da dieta (ingestão de açúcares). Desta forma, além de cuidar da saúde bucal, também estará sendo promovida a correta manutenção para durabilidade do tratamento dental. A escovação dos dentes tem como finalidade a remoção de resíduos de alimentos e da placa bacteriana, que é um acúmulo de bactérias que se aderem fortemente aos dentes, sendo a grande causa de cáries e doenças gengivais. A placa bacteriana é incolor ou levemente esbranquiçada (uma espécie de "massinha" que fica na superfície do dente) e, às vezes, sequer é notada. Quando permanece em um lugar por um bom tempo pode se calcificar, formando o tártaro.
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• Como o cuidador pode ajudar na Educação Alimentar da Pessoa com Deficiência para prevenir as doenças orais? Prevenir a cárie dental pela redução dos alimentos cariogênicos (que provocam cárie) implica não só reduzir a quantidade de ingestão de açúcares, mas também e principalmente, a sua frequência. A dieta deverá incluir alimentos que estimulem a mastigação. No entanto, há pessoas com problemas nestea habilidade que, geralmente, comem papas. Deve-se, assim, ter o cuidado de não adicionar açúcar a estas preparações. Quanto aos alimentos: - os alimentos açucarados, sólidos e aderentes aos dentes são os mais cariogênicos; - o efeito cariogênico dos alimentos é maior se estes forem ingeridos no intervalo das refeições; - uma boa dieta passa pela seleção de alimentos naturais, frutas, legumes, cereais e alimentos fibrosos.
• O que o Cuidador deve saber sobre a higiene bucal? Manter uma boa higiene bucal é um dos comportamentos mais importantes para que se tenha uma saúde bucal adequada. O cuidado diário preventivo, que inclui a escovação e o correto uso do fio dental, irá ajudar o paciente na preservação desta e, consequentemente, a sua saúde integral. A higiene bucal de crianças, adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios ingeridos pela boca. É muito importante fazer a higiene bucal das pessoas acamadas para que se evitem cáries, inflamações da gengiva e as consequências destas, como a dor de dente e sangramentos gengivais.
• Quais as recomendações para uma boa higiene bucal da Pessoa com Deficiência que o Cuidador deve saber? Os principais cuidados que devemos ter para uma correta higiene bucal são: - Escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, sendo que uma delas deve ser, obrigatoriamente, antes de se deitar; - Utilizar sempre uma pasta de dentes com flúor; - Utilizar uma escova de tamanho adequado. Normalmente as escovas dentais devem ter uma cabeça pequena e serem macias, para evitar lesões sobre os dentes e gengivas; 43
- Utilizar diariamente fio ou fita dental para retirar restos alimentares e bactérias dos espaços que existem entre os dentes e entre estes e as gengivas. O seu uso deve ser executado antes da escovação para que o alimento removido seja eliminado e para que a ação protetora da pasta de dentes seja mais prolongada; - O uso de soluções para bochecho deve ter uma indicação clínica, isto é, do seu dentista, pois não são todos iguais e os produtos utilizados podem ter aplicações bastante diferentes; - Nas crianças menores de 6 anos, o ato de higiene bucal deve ser sempre supervisionado pelos pais, tendo especial atenção à quantidade de pasta de dentes colocada na escova e possibilidade de ingestão da mesma, nesses casos podemos utilizar pasta de dente SEM flúor; - Em alguns casos pode existir indicação clínica para recurso a suplementos de flúor; - No final da higiene bucal não se deve passar a boca por água, mas somente cuspir os excessos da pasta de dente, pois assim a ação flúor ou antimicrobianos será mais prolongada; - A higienização adequada deve ser iniciada antes que os primeiros dentes apareçam na boca, ainda no bebê. Higienizar a boca do bebê com gaze ou fralda umedecida após aleitamento ou uso da mamadeira, e principalmente antes de dormir; - Quando o primeiro dente aparecer na boca, a higienização deve ser feita por meio de escovação, com o uso de dedais de silicone ou quaisquer outro recurso recomendado por seu dentista.
• Como o Cuidador pode ajudar na realização da Higiene bucal da Pessoa com Deficiência? Caso o paciente consiga fazer a higiene bucal, o Cuidador deve estimulá-lo e providenciar os materiais necessários, mesmo que para isso seja necessário a confecção de adaptações com o auxílio da Terapia Ocupacional. É preferível que seja ele a fazê-lo, pois é importante estimular a sua autonomia, orientando, dando apoio , acompanhando a atividade e ajudando no que for preciso. Se a pessoa não conseguir fazer sua higiene bucal sozinha, o Cuidador deve ajudá-la da seguinte maneira: - Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou sentado na cama com o auxílio de uma bacia; - Usar escova de cerdas macias e, sempre que possível, usar também o fio dental;
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- Colocar pequena porção de pasta de dentes para evitar que a pessoa engasgue; - Escovar os dentes.
• Porque é importante o Cuidador pode controlar a escovação da Pessoa com Deficiência? É também importante que os Cuidadores controlem a escovação de seus pacientes, sendo necessária a supervisão diária. A escovação deve ser feita após as principais refeições e deve–se dar atenção especial à escovação noturna, pois nesse período a ação bacteriana é mais intensa. Os resíduos alimentares que não forem removidos permanecerão muitas horas em contato com os dentes, favorecendo o desenvolvimento da cárie. A escovação da língua é necessária pois a mesma acumula resíduos alimentares contribuindo para o acúmulo de bactérias.
• Qual o tipo de escova recomendada para higiene bucal das Pessoas com Deficiência? Recomenda-se escovas macias e com cabeças pequenas, sendo estas mais indicadas pois podem chegar com maior facilidade à todas as áreas da boca, incluindo os dentes posteriores, removendo a placa bacteriana e os restos alimentares dos seus dentes, sem provocar lesões. Uma escova elétrica que execute ligeiros movimentos de rotação tipo “vai-vém” será também uma boa alternativa, particularmente para pessoas que têm mais dificuldades em escovar, com menor destreza manual ou quando se tratar de cuidados da higiene bucal de outros indivíduos. A única diferença em relação à escova manual é que a escova elétrica faz os movimentos automaticamente e geralmente têm uma cabeça menor. Lembre-se sempre que a escova de dentes é um objeto pessoal, de uso individual. Independente do tipo de escova utilizado, esta deve ser substituída quando as cerdas começarem a ficar deformadas (mais ou menos 1 mês ).
• Como é a técnica de escovação? Coloque a escova inclinada ao longo da gengiva, escove suavemente as superfícies externas dos dentes superiores para baixo e, os inferiores para cima.
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Escove as superfícies internas de cada dente, usando a técnica do passo anterior.
Continue com as superfícies mastigatórias fazendo movimentos circulares. Escove suavemente a língua para remover bactérias e refrescar o hálito. A escovação dos dentes deve demorar de 2 a 3 minutos.
• Como proceder quando a Pessoa com Deficiência usa prótese (dentaduras)?
As próteses são partes artificiais, conhecidas como dentaduras, pontes fixas ou pontes móveis, colocadas na boca para substituir um ou mais dentes que foram perdidos. A prótese é importante tanto para manter a autoestima da pessoa, como manter as funções dos dentes na alimentação, na fala e no sorriso. Por todos esses motivos e sempre que possível, a prótese deve ser mantida na boca da pessoa, mesmo enquanto ela dorme, e caso seja retirada , deve ser colocada em um copo com água filtrada ou fervida. É extremamente importante observar as condições de conservação das próteses, isto porque próteses desajustadas na boca fazem com que a pessoa deixe de comer certos alimentos, principalmente os de difícil mastigação, além de provocar ferimentos nas gengivas que facilitam ocorrência de infecções. Quando realizarmos a limpeza na boca de pessoas que usam próteses, devemos proceder da seguinte maneira: 1. Retire a prótese e a escove fora da boca, com escova de dente de cerdas média ou duras e sabão neutro ou pasta de dente; 2. Para a limpeza das gengivas, bochechas e língua pode-se utilizar uma escova de dentes com cerdas mais macias ou com um pano ou gaze umedecidas em água. O movimento de limpeza da língua é realizado de dentro para fora, sendo preciso cuidar para que a escova não toque o final da língua, pois pode machucar a garganta e provocar ânsia de vômito; 3. Enxaguar bem a boca e recolocar a prótese.
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A limpeza da boca deve ser feita mesmo que a pessoa cuidada não tenha dentes e não use prótese.
• Como deve ser utilizado o fio dental? O fio dental é necessário na higienização bucal , uma vez que limpa as regiões entre os dentes, abrangendo até a área que está sob a gengiva , onde a escova não tem acesso. É importante usá-lo corretamente, de forma delicada para não ferir a gengiva.
• Porque o Flúor é importante? O flúor fortalece a estrutura dos dentes prevenindo e impedindo o desenvolvimento da cárie. Devemos incentivar o consumo de água de abastecimento público, que contém teor adequado de flúor. O uso do flúor também se dá pela escovação e soluções para bochechos. As aplicações locais e tópicas são indicadas e executadas apenas pelo dentista.
“A visita periódica ao dentista deve ser realizada a cada seis meses e é uma ótima medida na prevenção da cárie, da doença periodontal, da má oclusão e outros problemas bucais que podem levar a perda precoce dos dentes. Desta maneira, estamos evitando tratamentos mais dispendiosos e prolongados, garantindo a manutenção da saúde bucal e integral da Pessoa com Deficiência.”
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ENFERMAGEM Cuidados Preventivos, Clínicos e Funcionais NILSA CECILIA MAMMANA MADUREIRA RENATA MARIA ORTIZ DA SILVA
• Como cuidar da Incontinência Urinária? A incontinência urinária é a perda do controle da urina que pode ocorrer em diversas doenças, pode ser permanente ou temporária e afetar as pessoas em qualquer idade. Algumas pessoas podem urinar espontaneamente sem que isso cause qualquer problema. Outras conseguem urinar através de manobras de esvaziamento da bexiga (massagem na barriga) ou utilizando-se de um cateter (sonda) para a saída da urina (Cateterismo Vesical Intermitente Limpo - CVIL).
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• Como acontece a incontinência urinária? Através da medula espinhal que o cérebro fica sabendo que a bexiga está cheia. E é também através dela que o cérebro ordena o esvaziamento ou não da bexiga. A perda do controle da urina ocorre quando a mensagem não chega ao cérebro.
• O que é Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL)? Para que a urina não fique saindo toda hora, atrapalhando a rotina diária da Pessoa com Deficiência, é necessário que a própria pessoa ou o Cuidador passe um cateter na uretra, que é o canal que comunica a bexiga com o meio externo, em horários regulares, esvaziando desta forma totalmente a bexiga. Este é o Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL), que evita infecções urinárias e que a urina se acumule na bexiga, causando problemas no funcionamento dos rins, a formação de cálculos (pedras), o retorno da urina para os rins, perdas urinárias, surgimento de assaduras e até feridas (úlceras por pressão, também conhecidas por escaras).
• O Cuidador pode aprender a fazer o Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL)? O Cuidador deve receber treinamento e informações básicas de anatomia e fisiologia para realizar o Cateterismo Vesical Intermitente Limpo.
• Qual o material utilizado para realizar o Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL)? Toalha de mão, água e sabão (neutro), cateter (sonda), lubrificante tipo xylocaína gel a 20%, saco coletor de urina ou papagaio ou comadre ou recipiente.
• Como o Cuidador pode realizar o Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL)? 1) Reunir o material e levá-lo até o local onde será realizado o CVIL 2) Higienizar as mãos com água e sabão neutro.
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3) Posicionar a pessoa semi-sentada na cama (barriga para cima) ou sentada na cadeira de rodas ou cadeira higiênica ou vaso sanitário. 4) Realizar a higiene íntima (limpeza do órgão genital) com água e sabão neutro, secandoo com a toalha de mão. a) Homem: região da glande até a base do pênis b) Mulher: região dos grandes lábios e pequenos lábios
5) Preparar o cateter (sonda): abrir a embalagem em uma das pontas, expondo mais ou menos 4 dedos da sonda fora da embalagem e lubrificá-la.
6) No homem manter o pênis em posição perpendicular ao corpo; introduzir o cateter na uretra até começar sair a urina; retirar o restante do cateter da embalagem e colocá-lo dentro do saco coletor de urina ou papagaio ou comadre ou recipiente; retirar o cateter quando parar de sair a urina.
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7) Na Mulher posicioná-la semi-sentada ou sentada com as pernas afastadas; afastar os grandes e pequenos lábios; introduzir o cateter na uretra até começar sair a urina; retirar o restante do cateter da embalagem e colocá-lo dentro do saco coletor de urina ou comadre ou recipiente; retirar o cateter quando parar de sair a urina.
• Como fazer o Diário Miccional da Pessoa com Deficiência? Fazer anotações diárias dos horários e da quantidade de urina em litros observando a cor e o cheiro da urina. Data ___/___/_____ Hora
Líquidos ingeridos
Hora
Eliminação vesical
Característica da urina
Perdas Urinárias: _______________________________________________________
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O Cuidador deve ser orientado a distribuir diariamente a quantidade de líquido que a pessoa deverá ingerir de hora em hora, somando no final do dia em torno de 2 litros. Essa quantidade deverá ser administrada a partir da 1ª hora após a pessoa acordar e até 3 horas antes de dormir.
• Como cuidar da Incontinência Fecal? A defecação (evacuação) é a última função do intestino e consiste na eliminação dos restos do processo da digestão que não são mais utilizados pelo organismo (fezes) e que serão desprezados para fora do intestino. O funcionamento do intestino melhora quando a pessoa mantém horários frequentes para se alimentar e evacuar. Embora algumas pessoas não tenham o controle sobre quando vão evacuar, elas podem ajudar as fezes saírem em horário pré-estabelecido de preferência 30 à 40 minutos após uma grande refeição, a fim de estimular o reflexo gastrocólico, o qual aparece após a alimentação e assim, aumenta o desejo de evacuar. Esse treinamento melhora e previne os agravos à saúde, impedindo a formação de fezes endurecidas. Assim que a Pessoa com Deficiência adquire equilíbrio de tronco, o ideal é tentar o ato de evacuação sentado no vaso sanitário ou na cadeira higiênica, além de influenciar psicologicamente, a ação da gravidade, favorece a eliminação das fezes. Pode-se realizar massagem circular no abdome, com a mão espalmada, da direita para a esquerda por 20 minutos. Após a massagem, o Cuidador deve solicitar para que a pessoa auxilie com a respiração, inspirando profundamente contendo o ar e depois expirar forçando o abdome para baixo. É essencial que a pessoa tome em torno de 2 litros de líquido por dia e que coma alimentos ricos em fibras. Medicamentos como supositórios, laxantes e lavagem intestinal só devem ser utilizados mediante prescrição médica.
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• Como o Cuidador pode prevenir lesões na pele? A pele é o maior órgão de revestimento externo do corpo, constituindo uma barreira que protege os órgãos internos contra infecções e outros agentes agressores externos (bactéria, sujeira, raios solares, e outros). Através dela, pode-se perceber o frio e o calor protegendo contra a desidratação, pressão e dor e distinguir, através do tato, diferentes texturas e consistências. A circulação adequada de sangue no corpo é fundamental para manter viva a pele. Quando a circulação é interrompida, as células morrem por falta de oxigênio e surgem feridas, as úlceras por pressão, também chamadas de escaras. Elas surgem, geralmente, nas áreas de proeminências ósseas, ou seja, onde os ossos são poucos protegidos por músculos. As pessoas acamadas podem sofrer alterações da pele por permanecerem muito tempo deitadas, ocorrendo assim as feridas em sua pele e requerendo cuidados imediatos, afim de que não aumentem o tamanho e a profundidade destas. Para evitar ou minimizar estes problemas, é necessário que: - O Cuidador troque a pessoa de posição pelo menos a cada 2 ou 4 horas, colocando almofadas e travesseiros em locais de proeminências ósseas, posicionando o corpo de modo a aliviar a pressão local e seguir um plano de mudança de decúbito (modo de deitar). - Realizar os movimentos de elevação do quadril quando a pessoa está sentada na cadeira de rodas e/ou utilizar almofadas no assento da cadeira, que diminui a pressão e ajuda a prevenir o aparecimento das feridas. - As roupas de cama devem estar bem esticadas e limpas, sem dobras ou rugas. - Os colchões são importantes para prevenir lesões, especialmente colchão tipo caixa de ovo, que evita pressões. - A fricção provocada pela movimentação da pessoa sobre uma superfície e a presença de espasticidade ou contração muscular podem causar também as úlceras por pressão. Geralmente, acontecem quando a pessoa é arrastada na cama ao invés de ser levantada. - A pessoa magra não tem camada suficiente de gorduras sobre os ossos, portanto, tem menos proteção contra a pressão. Já pessoa obesa é difícil de movimentar, podendo ficar muito tempo em uma mesma posição provocando pressão em um determinado local do corpo, ou ser arrastada ao invés de ser levantada, ou quando está sentada na cadeira e escorrega, provoca atrito e ocasiona a úlcera. - Saber que a pele se torna vermelha e se rompe ao formar a úlcera. - O Cuidador deve examinar a pele diariamente aproveitando o horário do banho, buscando principalmente as zonas de proeminências ósseas. A pele deve permanecer limpa e hidratada
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com creme neutro. O uso de creme hidrante neutro é recomendado, aproveitando este horário para massagear estes locais de proeminências ósseas melhorando assim a circulação. - Realizar a higiene íntima toda vez que a pessoa evacuar ou urinar. As assaduras são lesões na pele ou dobras do corpo e das nádegas, provocadas pela umidade e calor ou pelo contato com fezes e urina. Devese realizar a higiene do corpo com água e sabão neutro e prestar maior atenção às dobras (cotovelos, joelhos e dedos dos pés e das mãos).
- A falta de proteínas, vitaminas e outros alimentos incluindo água, dificulta também a cicatrização da pele. Locais comuns de úlceras ou escaras
Cuidados para evitar as úlceras ou escaras A formação de uma úlcera ou escara pode ser evitada através de cuidados com o corpo e o principal é aliviar a pressão nas áreas de maior risco. - Observe a pele todos os dias. - Realize a mudança de posição na cama, a cada 02 horas, utilizando travesseiros e almofadas, posicionando o corpo de modo a aliviar a pressão. - Realize com a pessoa movimentos de elevação do quadril quando sentada na cadeira de rodas, diminuindo a pressão. Utilize almofada no assento da cadeira. - Mantenha a pele sempre limpa e hidratada com creme hidratante neutro após a higiene do corpo. - Massageie o corpo durante o banho, ajudando a melhorar a circulação. - Mantenha as roupas de cama limpas, secas e bem esticadas.
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- Estimule a ingesta de líquidos em torno de 2 litros de líquido por dia. - Estimule e ofereça alimentos ricos em fibras. Tratamento O tratamento da úlcera (escara) deverá ser avaliado por profissionais da saúde, médico e enfermeiro. Cabe ao cuidador realizar as mudanças de posição, manter a área de úlcera limpa, sem urina e fezes e realizar os curativos sob orientação médica e do enfermeiro.
• Quais dicas devem ser seguidas para evitar as Úlceras de Pressão? A formação de uma úlcera ou escara pode ser evitada através de cuidados com o corpo e o principal é aliviar a pressão nas áreas de maior risco. - Observe a pele todos os dias. - Realize a mudança de posição na cama, a cada 02 horas, utilizando travesseiros e almofadas, posicionando o corpo de modo a aliviar a pressão. - Realize com a pessoa movimentos de elevação do quadril quando sentada na cadeira de rodas, diminuindo a pressão. Utilize almofada no assento da cadeira. - Mantenha a pele sempre limpa e hidratada com creme hidratante neutro após a higiene do corpo. - Massageie o corpo durante o banho, ajudando a melhorar a circulação. - Mantenha as roupas de cama limpas, secas e bem esticadas. - Estimule a ingesta de líquidos em torno de 2 litros de líquido por dia. - Estimule e ofereça alimentos ricos em fibras.
• Como é feito o tratamento da Úlcera de Pressão? O tratamento da úlcera (escara) deverá ser avaliado pelos profissionais da saúde, médico e enfermeiro. Cabe ao Cuidador realizar as mudanças de posição, manter a área de úlcera limpa, sem urina e fezes e realizar os curativos sob orientação médica e do enfermeiro.
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• Curativo Úmido
• Como deve ser realizado o posicionamento no leito? - O posicionamento no leito deve ser realizado para prevenir deformidades e úlceras por pressão (escaras), assim como propiciar conforto e melhora na circulação sanguínea.
- A mudança de posição no leito deve ser feita a cada 2 à 4 horas. - As posições utilizadas são a posição dorsal (barriga para cima), posição lateral esquerda e direita (de lado) e, ventral (barriga para baixo). - Em qualquer posição o cuidador deve observar sempre o alinhamento do corpo.
• Terapêutica Para as pessoas que tomam vários medicamentos, um recurso utilizado na administração destes é colocá-los em recipientes com tampa, identificando os horários e os 56
nomes dos medicamentos. Administrar os medicamentos nos horários prescritos pelo médico. Observar o prazo de validade sempre colocando na frente os medicamentos com vencimento mais próximo. Não interromper o tratamento sem comunicar o médico que prescreveu o medicamento. Cuidados no armazenamento dos medicamentos ao qual requerem um cuidado especial com relação à temperatura, luminosidade e umidade. Prevenir acidentes domésticos, evitando de deixa-los em local de alcance de crianças. Ao levar a pessoa com deficiência em qualquer atividade externa, como consultas médicas, exames, programa de reabilitação, passeios, entre outros, não esquecer de levar os medicamentos acondicionados em recipiente identificado, observar sempre a importância de administrá-los nos horários prescritos.
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