Jornal Terceira Via 232

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CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 18 A 24 DE ABRIL DE 2021

Nas bancas por R$ 1,50

NÚMERO 232 Foto: Silvana Rust

Campos imuniza 7% da população vacinável De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até o fechamento desta edição, 21.829 pessoas haviam recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19. PÁGINA 06

Na luta | Profissionais travam um batalha diária contra o novo coronavírus há mais de um ano

Relatos de vida e morte nas UTIs da Covid-19

Médicos, enfermeiros, técnicos e outros especialistas compartilham histórias de dentro das Unidades de Terapia Intensiva COLUNA DO BALBI

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GUILHERME BELIDO ESCREVE

Revista científica americana Ontem, ouro trocado por publica pesquisa de Campos apito. Hoje, Bolsa Família Estudo sobre espécies foi realizado pela doutora Helena Antes dominado pelo jugo português, o povo brasileiro Vargas, com supervisão do professor Gustavo Rezende, segue explorado por um sistema desigual que afunda ambos da UENF. PÁGINA 05 PÁGINA 04 milhões na linha abaixo da pobreza. Fotos: Carlos Grevi

Todo dia é

Dia de Índio

Comércio descentraliza e avança para bairros e distritos de Campos Novos negócios se destacam em localidades fora da área central

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Fisioterapia é parte do tratamento da Covid Por causa da doença, profissionais são cada vez mais requisitados Os fisioterapeutas desempenham parte importante do tratamento dos pacientes de Covid-19. Tanto nas UTIs quanto fora delas. PÁGINA 06

Na semana dedicada aos primeiros habitantes do país, a importância das tribos é lembrada em Campos CAPA

PRISCYLA BEZERRA PÁGINA 03



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Especial

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Dentro da UTI Covid

Profissionais da saúde relatam pedidos de pacientes antes da intubação e dramas vividos nos hospitais da cidade próximos. Infelizmente, ele evoluiu gravemente, com complicações, e, poucos dias depois, morreu exatamente no dia em seria para comemorar os aniversários. Sem dúvida, isso me marcou muito”, desabafou.

Ocinei Trindade e Priscilla Alves “Quem subestima o vírus deveria passar um dia, um turno ou ao menos uma hora em uma unidade intensiva que atende infectados por Covid-19 para sentir um pouco do que nós, profissionais da saúde, temos vivido há mais de um ano”. O desabafo é da coordenadora de uma das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid do Hospital Geral Dr. Beda, Rita Paes, e também serve para ilustrar a proposta desta reportagem. As UTIs Covid são locais extremamente restritivos e é impossível visitá-las para conhecer de perto a realidade, mas o Jornal Terceira Via ouviu relatos de vários profissionais que atuam nestes setores com o objetivo de descrever ao leitor as dificuldades e casos marcantes vividos lá dentro. São muitas as histórias de perdas que marcam os profissionais, e a enfermeira Mayara Souto destacou o caso de um jovem que perdeu a vida para a doença de maneira rápida. “Tivemos um rapaz novo que foi admitido no CTI acordado, lúcido, falando sobre a família e os planos de vida e em poucas horas evoluiu para a intubação, vindo com uma piora clínica brusca e em seguida uma parada cardiorrespiratória irreversível”, lamentou. Para Taís Salgado, chefe de uma das UTIs Covid do Beda, entre os momentos mais difíceis está o de avisar ao paciente que ele vai ser intubado. “Falar para alguém que ele será sedado e saber que seu rosto e sua voz talvez sejam os últimos vistos e ouvidos por aquela pessoa é muito complicado. Tivemos uma jovem que só queria se despedir dos filhos e não conseguiu. Como não ser marcante, sabendo que ali está alguém que nunca voltará para dizer ‘eu te amo’, ‘você é especial’... São pessoas morrendo aos poucos, longe do carinho dos familiares, sem o último abraço”, lembrou. Entre tantos casos todos os dias, a enfermeira Carolina Pereira destacou o da perda de uma paciente jovem que também era da área da saúde. “A morte dela me tocou muito porque era uma pessoa cheia de sonhos e com muita fé de que iria melhorar para cuidar dos filhos. Era muito nova

Enfermeira | Carolina Pereira

Rotina de tensão| Lidar com os desgastes físico e o emocional faz parte do dia a dia de um profissional de UTI

Médico | Pedro Henrique Conte

e enfermeira, assim como eu. A parte mais difícil para mim é você se doar naquele momento para ajudar na melhora do paciente e não ver essa melhora”. Emoção diária Para o cirurgião cardíaco Pedro Henrique Conte, a parte técnica de uma UTI não é o mais difícil, mas ter que lidar com o emocional e o cansaço. Ele é coordenador do Setor de Emergência do Hospital Dr. Beda e plantonista da UTI-Covid. "Na situação atual, fica bem comprometida a parte emocional, com unidades cheias, muita gente jovem. Estamos indo para o segundo ano de pandemia e todos estão saturados". Pedro Henrique Conte explica que uma UTI Covid é bem parecida com uma UTI geral ou convencional. "O que difere no nosso caso é que mais de 90% dos pacientes estão em ventilação mecânica. Isto foge ao habitual de uma UTI comum. Nossa rotina é examinar o paciente, coletar exames diários, a questão da gasometria arterial para analisar os gases sanguíneos com realização de três a quatro vezes por dia. Com base nessas análises, fazemos os ajustes de ventilação e medicação". O especialista diz que é importante destacar o trabalho que os pacientes de Covid dão por conta do uso de sedativo. "Precisamos de altas doses, uso de bloqueador neuromuscular, que é uma medicação que paralisa todos os músculos do corpo para tentarmos otimizar ao máximo a parte ventilatória. Após análises dos gases, os pacientes com ventilação inadequada são submetidos à manobra de colocá-los de barriga para baixo (pronados). Fazer esse tipo de procedimento

em um paciente crítico, intubado com várias medicações infundidas nas veias é bem trabalhoso". Para realizar uma "prona", às vezes é necessário o apoio de sete profissionais. "Em um plantão meu com 14 pacientes, precisamos realizar o procedimento em oito deles. São muitas mudanças de decúbito. Além da parte assistencial, há a parte burocrática. A parte do prontuário é de suma importância", relata Pedro Conte. O cardiologista Cláudio Lança é plantonista de Unidade de Terapia Intensiva no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCCC - Hospital Beneficência Portuguesa) e no Hospital Geral de Guarus (HGG). Segundo ele, cada dia, cada momento, cada paciente são totalmente diferentes. "O mesmo paciente, em questão de minutos ou poucas horas, pode melhorar um pouco, ou piorar assustadoramente. A gente nunca tem certeza do que vem à frente. Difícil dizer que existe uma rotina. A dinâmica da equipe de saúde muda muito a cada plantão", conta. Para Cláudio Lança, uma das coisas mais complexas e angustiantes para os médicos, considerando os casos de Covid, é decidir qual o momento-limite de intubar e iniciar a ventilação mecânica. "Dá a impressão, em alguns casos, de uma condenação. Mas, racional e cientificamente, pelo contrário, é uma tentativa de resgate e salvação. É desgastante". O médico do CCCC e do HGG diz que angustiam as variações dos sintomas (para melhor ou para pior) com determinadas manobras. "Tem o estado emocional do paciente; falta de insumos,que varia entre as UTIs; envolvimento emocional com a situação; comandar

Médico | Cláudio Lança

Enfermeira | Rita Paes

e dividir atribuições à equipe de plantão... às vezes, estamos no limite emocional e físico; pressão financeira, trabalhar sem perspectiva de férias. Há dificuldade de profissionais para contratação para substituição. Sofremos com a frustração de vermos um paciente que não está melhorando absolutamente nada, e sacramentar a sensação de impotência. E, depois, ver que muitas outras pessoas que chegam nesse extremo terão o mesmo destino". Não queria morrer antes do aniversário de filha e neto A enfermeira-coordenadora Rita Paes tem 16 anos de experiência. Ela diz sentir-se em uma ‘guerra’ e que o momento atual é o pior desde o início da pandemia por causa da maior quantidade e gravidade de infectados. Ela lembra das últimas palavras ditas pelos pacientes. “O momento da intubação é muito difícil, porque muitos suplicam nos falando frases muito impactantes, como: ‘Não, doutor, por favor!’, ‘Gostaria de voltar para agradecer a vocês...’, ‘Diga para os meus filhos que os amo muito!’, ‘Avisa à minha família para não deixar de cuidar das minhas plantinhas!’, ‘Tenho uma filha de dois anos. Preciso viver por ela!’, ‘Não me deixem morrer!’, ‘Fale para minha esposa que os melhores momentos de minha vida foram ao lado dela!’. E é muito difícil pra gente ouvir tudo isso”, desabafou. Para Rita, muitas foram as histórias marcantes, mas ela cita um caso. “Era um paciente em tratamento de câncer de próstata, que foi infectado pelo coronavírus e internado na UTI. Pouco antes da intubação, ele disse que não poderia morrer porque os aniversários da filha e do neto estavam

Privações e desgaste psicológico Além da sobrecarga de trabalho e do cansaço físico, a rotina intensa na UTI traz ainda o desgaste psicológico relatado pelos profissionais, geralmente causado pelas frustrações com as mortes. Outro grande desafio são as restrições impostas por todo o aparato de segurança de uso obrigatório. O técnico em enfermagem Leandro dos Santos é um dos que atua na UTI desde o início da pandemia e sente-se esgotado. “São horas sem beber água, sem ir ao banheiro, com capote, com máscaras apertadas marcando e machucando o rosto. A rotina é muito pesada”. Além dos plantões cansativos e das constantes mortes, a enfermeira Carolina Pereira cita outras dificuldades. “Ainda temos que lidar com a discriminação que a gente sofre na rua por acharem que vamos contaminar todo mundo e a preocupação com os nossos próprios familiares. Tenho filho e tenho muito medo de me contaminar”. Profissionais fazem apelo O apelo dos profissionais da saúde para que as pessoas cumpram as medidas restritivas impostas pela pandemia nem sempre surte efeito. Mas, para estes eles, que lidam diretamente com a doença, a luta para minimizar a situação é constante. O técnico em enfermagem Leandro dos Santos também cobra

Fisioterapeuta | Ewerton Avellar

empatia. “Muitos jovens não se importam com a pandemia e participam de festas, saem de casa sem necessidade... enquanto nós, profissionais de saúde, estamos aqui lutando pela vida de todos que precisam, muitos não estão dando valor à sua própria vida”. Sem tempo para despedida O fisioterapeuta intensivista Ewerton Avellar define a UTI Covid como um lugar intenso. “São pacientes graves, às vezes apresentando sangramento em boca e nariz, alguns com Insuficiência Respiratória Aguda, ou seja, dificuldades para respirar, 'fome de ar', como um peixe fora d'água", exemplifica. Segundo ele, diante de todos esses casos, o de um pai que queria se despedir da filha foi o que chamou mais atenção. “Tivemos um caso recente de um paciente que percebeu na movimentação da equipe que seria entubado e pediu ao médico para fazer uma chamada de vídeo para a filha. Porém, o pedido dele foi negado devido à gravidade da doença e um quadro de queda de saturação importante, tendo que seguir com a intubação naquele instante. Infelizmente, o paciente alguns dias depois morreu. Eu me coloquei no lugar dele, como pai também, e fiquei muito triste com a situação”.

Carta de amor antes da intubação O paciente com Covid é considerado um solitário por causa da obrigação pelo isolamento. Geralmente são nos profissionais de saúde que eles encontram apoio humano para enfrentar a doença. A enfermeira intensivista Gianelli Gusmão conta a história do primeiro paciente com Covid que cuidou na UTI. Antes da intubação, ele pediu para que a equipe entregasse uma carta de amor à esposa. “Ele tinha escrito uma carta de despedida para a esposa e pediu para a fisioterapeuta ler para ele em voz alta. Foi uma linda declaração de amor. Quando eu fui administrar a sedação nele, eu segurei a mão dele bem forte e disse que ele ia voltar. O choro faz parte. É impossível não se envolver, e não ter sentimentos diante do sofrimento daquele ser humano. A vantagem de usar máscara é que eu consigo esconder as lágrimas”, lembrou. Ainda segundo Gianelli, essa história teve um final feliz e o paciente conseguiu se recuperar e recebeu alta. O médico Pedro Henrique Conte diz que otimismo e esperança são coisas que nunca podem ser tiradas de ninguém, independente do estado clínico dos pacientes. "A esperança é o que nos mantém vivos, principalmente na fé. Nesse momento a fé é um alicerce bem importante. Ouvi do professor Adib Jatene que disse: "a função do médico é curar. Quando a gente não pode curar, a gente precisa aliviar. Quando não puder curar e aliviar, a gente precisa confortar'. Todos os profissionais de saúde precisam ser especialistas em gente antes de tudo", conclui.


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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues

Restaurante Billy The Grill chegando a Campos Mesmo com todas as restrições e crise provocadas pela pandemia, novas empresas continuam chegando a Campos. O famoso restaurante Billy The Grill vai se instalar no maior shopping da cidade, o Boulevard, para onde também está indo o Calebito sorvetes artesanais. Soma-se a isso o fato de que as Pernambucanas e a joalheria Vivara, como já anunciou essa coluna, abrirão lojas lá a partir do segundo semestre. Terceira fase de Brasil Port no Açu vai gerar 500 empregos Conforme essa coluna anunciou na sua versão online com exclusividade, uma outra grande obra vai estar em curso no Porto do Açu. O Gerente Geral da Brasil Port, empresa do Grupo Edison Chouest Offshore no Porto do Açu, Paulino Nóbrega, anunciou a terceira fase do projeto da empresa no complexo portuário que irá gerar cerca de 500 empregos. Paulino Nóbrega disse que no Açu a norte-americana Edison Chouest já movimenta mais de 300 embarcações/mês, 4.000 carretas/mês para atendimento das plataformas da Bacia de Campos. Câmara de São João da Barra vai homenagear Eike E por falar no Porto do Açu, ganha cada vez mais corpo a volta de Eike Batista. O empresário, mentor do complexo portuário, tem cinco projetos que serão executados em parceria com um grupo chinês. Alguns deles são de mineração e outros de energia solar. Quase todos passam de certa forma pelo Açu. Enquanto isso, o presidente da Câmara de Vereadores de São João da Barra, Elisio Rodrigues, quer prestar uma grande homenagem a Eike Batista. Campos pode voltar a receber mais royalties A revitalização da Bacia de Campos, fazendo com que ela volte a produzir mais petróleo, como nos bons tempos, é uma das prioridades da Petrobras. Isso significa que se o Supremo descartar a Lei que divide os royalties para todo o país, municípios como Campos e Macaé, que são produtores, poderão voltar a receber em breve uma quantidade de dinheiro bem mais expressiva do que a de hoje. Noêmia tinha montado uma grande oficina de joias Pouca gente sabe, mas a empresária Noêmia Viana, que já é saudade, estava a um passo de produzir joias personalizadas em lar-

Opinião

ga escala e ganhar o mercado nacional e até internacional. Tinha acabado de adquirir o que existe de mais moderno em ferramentas de ourives para confecção de joias, tudo primando pela alta tecnologia. Deixa como legado para os filhos Juliana e Arthur, que vão dar continuidade à saga da empreendedora.

Fábio Paes na Tanzânia para escalar o Kilimanjaro O empresário e diretor geral do Sistema Terceira Via, Fábio Paes, embarcou para a Tanzânia, com o objetivo de subir o frio e perigoso monte do Kilimanjaro, sonho de consumo dos alpinistas de todo mundo. Lembrar que no ano passado Fábio encarou outro paredão gelado, o cobiçado Everest. UENF vai fazer em maio licitações de R$ 16 milhões Ainda sobre a UENF, ela fará em maio duas concorrências públicas que somam R$ 16 milhões. A primeira será no dia 11, para reforma na cobertura de dois de seus prédios no valor de R$ 5.646.050.05. E a segunda, no dia 18, no valor de R$ 10.583.049,19, para a segunda fase da adequação à acessibilidade. O reitor Raul Palacio está incentivando o empresariado local a participar destas licitações. Revista cientifica americana publica pesquisa feita em Campos Uma pesquisa realizada pela Doutora Helena Vargas, sob a supervisão do professor Gustavo Rezende, ambos do Centro de Biociências e Biotecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), sobre espécies, que viviam apenas no mar e que passaram a ter vida na terra, acaba de ser publicada na prestigiosa revista científica Journal of Experimental Zoology-B, Molecular and Develpmental Evolution. Orgulho para Campos. No feriadão é melhor sossegar o facho Essa vai ser uma semana picadinha por conta dos feriados no Estado do Rio. Quarta-feira, dia de Tiradentes, e sexta-feira, dia de São Jorge, para algumas categorias. Como aqui feriados não foram antecipados, eles estão valendo. É preciso redobrar os cuidados e não transformar o feriadão em mais um momento de contágio da pandemia. Recado inclusive para os mais jovens. O contágio aumentou bastante na faixa etária entre 20 e 35 anos. Como diria o prefeito Wladimir, é melhor sossegar o facho.

Relato do Front

Travando uma guerra contra um inimigo invisível que mata por instinto, heróis que salvam vidas, atuando na tão citada “Linha de Frente” muitas vezes são soldados quase anônimos. Fazendo uma analogia com a guerra, médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, são parte deste combo de heróis que, em vez de linha de frente, poderiam estar em um pelotão de infantaria. São pessoas que para salvar vidas colocam em risco suas próprias. Então, é pertinente o uso do termo “relato de front” em uma guerra cuja a trincheira mais arriscada é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os jornalistas Pricilla Alves e Ocinei Trindade foram atrás desses relatos, pelo seu ângulo mais humano: os pedidos que os pacientes da Covid fazem a esses profissionais. São inúmeras as histórias de perdas que marcam os profissionais, como marcou a enfermeira Mayara Souto, que relatou o caso de um jovem que perdeu a vida para a doença de maneira rápida. “Tivemos um rapaz novo que foi admitido no CTI acordado, lúcido, falando sobre a família e os planos

de vida e, em poucas horas, evoluiu para a intubação, vindo com uma piora clínica brusca e em seguida uma parada cardiorrespiratória irreversível. Esse caso nos deixou muito surpresos e emocionados”, lamentou. Já a enfermeira Carolina Pereira fala da perda de uma paciente jovem que também era da área da saúde. “O falecimento dela me tocou muito porque era uma pessoa cheia de sonhos e com muita fé de que iria melhorar para cuidar dos filhos. Era muito nova e enfermeira, assim como eu. Ela estava fazendo tratamento para leucemia quando pegou Covid. A parte mais difícil é você se doar naquele momento para ajudar na melhora do paciente e não ver resultado”. São relatos na primeira pessoa, que falam de pessoas, muitas delas que já não estão entre nós. Por isso é precioso dar voz a quem convive com a morte para desta forma valorizar a vida. A reportagem especial desta edição é humana, reunindo uma série destes relatos em um dos momentos mais difíceis da sociedade. São relatos da frente de uma linha tênue entre a vida e a morte.

Elogio à mediocridade Observa-se, nos dias atuais, que as pessoas melhor informadas, que cultivam o conhecimento, de certa maneira, têm sido preteridas. Até, nas escolas, alunos brilhantes, procuram não ficar em evidência para não sofrerem bulling por parte dos colegas. Tem-se a impressão de que os mais festejados são aqueles, segundo alguns, mais ligts que se importam menos com os estudos. Muito estranho! Há um tempo era motivo de orgulho alcançar bons resultados nas verificações de aprendizagem. Não que se deseja que voltemos à época das medalhas por desempenho escolar no final do ano. Eu mesma vivi esse tempo e presenciei colegas que sofriam muito por não conseguir um número razoável de medalhas. Eu ficava um pouco acima da média. Recebia distinção por média alta em Português, História, Geografia, Organização Social e Política e Francês. Matemática não. A medalha por bom comportamento e polidez era sempre um desafio, mas, na maioria das vezes, fui agraciada. Era para mim um grande feito porque como aluna interna, em um colégio de freira nas décadas de 60/70, o nível de exigência era bem alto em termos de educação e comportamento. Muitas vezes, pintei e bordei. Escondido das irmãs, é claro. Até namorar, por meio do muro alto, minhas amigas e eu conseguíamos. Mais tarde, nós três nos casamos com os namorados desse muro conivente. Maravilha! Essa modernidade líquida, na qual vivemos hoje, onde as relações entre as pessoas, as relações econômicas e de produção são maleáveis como nos aponta o sociólogo Zigmunt Bauman, trouxe consequências para nossa vida. A solidez deu lugar à volatividade. A permanência, ao movimento, à mudança, à fragmentação. As instituições nessa sociedade já não são tão firmes, o trabalho nem tão seguro e os valores começam a ser questionados. A concorrência nos mercados e a competitividade mais acirrada contribuem para que as pessoas deixem de ter certezas. Agora, é o indivíduo que precisa se adaptar à realidade. Com essas preciosas análises de Bauman, é possível entender melhor por que, nos dias atuais, há um certo desmerecimento do conhecimento. Haja vista os/as influencers digitais, muitas vezes, seguidas por milhões de jovens tratam de assuntos leves, triviais bem longe de textos dos grandes autores da literatura ou de filósofos. Parece que tudo, agora, precisa ser mais raso, menos denso, de comunicação imediata, com pouco texto e mais imagético. Não se trata de crítica propriamente. É a realidade que aí está posta. Por último, destaco o negacionismo como o que tem de pior na sanha do atropelamento do saber. Negar a ciência, negar as evidências, negar fatos são formas últimas do elogio à mediocridade. Não! A Terra não é plana. Aqui, precisaríamos não só dos estudos de Bauman como também de outros sociólogos, psicólogos, psicanalistas e mais profissionais para dar conta de explicar esse fenômeno absurdo. Mas contrário a isso, a ciência nos apresenta, nos dias tortuosos em que vivemos a pandemia da COVID-19 com mais de três mil mortes diárias no Brasil, a esperança de que poderemos sair deste flagelo: A VACINA. Vacina sim! Que seja para todos! É necessário que estejamos atentos ao tempo, esse grande professor! É necessário que construamos uma ética para toda essa vida líquida, sem referências sólidas ou corremos o risco de nos fragmentarmos tanto e perdemos a humanidade. “ Escolhi chamar de modernidade líquida a crescente convicção de que a mudança é a única coisa permanente e a incerteza a única certeza”. (ZIGMUNT BAUMAN)

Ardendo em chamas Cilênio Tavares – Jornalista

No Brasil, sempre houve dificuldades de conciliar os interesses da economia com a necessidade de proteção ao meio ambiente. Não é novidade para ninguém a briga de foice que vem ocorrendo, sobretudo nas últimas décadas, para evitar que o desmatamento desenfreado se torne irreversível. Foram anos de descaso com as áreas de floresta, mesmo contando com uma legislação de fazer inveja até mesmo aos países mais desenvolvidos nesse setor tão sensível para a sobrevivência da humanidade. São episódios que vão do degelo na Antártica a queimadas, sobretudo na Amazônia, que agora talvez esteja enfrentando aquele que pode ser o maior ataque da história. São enormes áreas de proteção que não têm contado com uma fiscalização adequada, na maioria das vezes, por omissão de quem tinha o dever de agir com rigor para evitar que isso continue acontecendo e assombrando o mundo. De um lado, um discurso para inglês ver e do outro, passando e instalando a boiada nas áreas onde o desmatamento se consolida. O que acontece na Amazônia, sobretudo na parte brasileira do mapa, é um absurdo sem precedentes. Para piorar as coisas, outra região que outrora era motivo de orgulho para o ecoturismo, se transformou em foco de incêndios, dizimando árvores centenárias e matando dezenas de centenas

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de animais. A contar com as notícias dos canais mais confiáveis de comunicação, o Pantanal de Mato Grosso nunca passou por uma situação tão preocupante como agora. O fogo sem controle toma áreas que levaram séculos para se formar e agora levarão outros tantos para serem recuperadas. Isso se houver recuperação, uma vez que não estamos falando de uma ciência exata, mas, sim, da necessidade de um conjunto de ações que possam ao menos amenizar tantos estragos e falta de respeito com a natureza que nos sustenta. De longe, a gente assiste a tudo isso, incrédulo, em pleno século XXI, quando as reservas ambientais mais se escasseiam, geleiras derretem, poeiras tóxicas se espalham em vários cantos do planeta. É o homem destruindo seu habitat, como se ele tivesse alguma alternativa que não seja viver neste planeta tão castigado justamente por suas ações. Mas, não podemos nos eximir de responsabilidades sobre o que ocorre no nosso entorno, muito embora tudo que esteja acontecendo neste momento, seja, sim, de responsabilidade coletiva. E, por um instante, nos faz lembrar de um trecho de “Milho aos pombos”, bela e reflexiva composição de Zé Geraldo: “Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos”, enquanto assistimos ao Brasil ardendo em chamas. Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Diretor Geral Fábio Paes Chefes de Reportagem Thiago Gomes e Marcos Curvello - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo.


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O DESCOBRIMENTO

Há 521 anos ouro em troca de apito. Hoje, suor e sangue por Bolsa Família

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Em tempos “normais”, grande parte do povo luta contra a fome. Nos dias de hoje, de pandemia, fila para respirar

m olhar sobre a história do povo brasileiro – do trabalhador assalariado, do operário, enfim, dos menos afortunados – vemos, naturalmente que de forma caricata, que na essência pouco mudou dos tempos do descobrimento e da colonização, para os dias atuais. O que se deseja enfatizar é que o cerne da situação, a exploração, é praticamente a mesma: os ‘colonizadores’ que aqui chegavam devam aos habitantes

– ao povo de então – apito e espelhinho. Em troca, levavam ouro e madeira. E os índios ainda ficavam satisfeitos, agradecidos e devendo favor. Desde os tempos da antiga Vera Cruz, também chamada de Terra da Santa Cruz antes de se chegar ao nome Brasil (1512), vemos que a relação entre governantes e governados não mudou muito. Modernizou-se, ganhou novos contornos, adaptou-se ao século 21, mas o eixo continua o mesmo.

Nos nossos tempos, “novos” tempos, os governos dão cheque-cidadão, bolsa isso e bolsa aquilo –, enquanto os governados – em sua grande maioria trabalhadores – entregam, em troca, suor e sangue, tirados, dia após dia, ao longo da vida, de trabalho árduo e penoso. Os que estão empregados – a maioria para um salário de fome – se dão por satisfeitos quando o dinheiro dá para comprar a comida e, com sorte,

vez por outra, um brinquedinho barato para os filhos. Em resumo, este é o espelho do Brasil, que ao longo de mais de meio século cultiva uma desigualdade absurda e que não distribui com sua gente as riquezas naturais. Ao contrário, vem mantendo em diferentes épocas e ciclos o mesmo padrão: uma minoria cada vez mais rica à custa de uma imensa maioria cada vez mais pobre.

“Descoberta” e 300 anos de exploração Antes de tudo, quando se fala em ‘Descobrimento’, como ensinam os livros escolares, é necessário algumas ressalvas que mostram não estar absolutamente comprovado o que historicamente se apresenta como prova. Primeiro, porque o território onde chegou a esquadra de Pedro Álvares Cabral, além de habitado, sempre esteve onde está. Logo a “descoberta”, em conceito geográfico, é relativa. Segundo, como o comandante lusitano não nos deu identidade política, mas, bem diferente disso, conquistou terras para Portugal, sob essa ótica é para lá que se vê o episódio auspicioso, não aqui. Isso, para não citar que ‘descoberta de território’ remete a alguma coisa erma, inabitada e desocupada, quando, de fato, em 1.500, a ‘terra nova’ já contava com aproximadamente 5 milhões de índios. Assim, a chegada de Cabral nada tem de festivo com o “nosso” Brasil.

Exploração contínua – Os índios, verdadeiros donos da terra, foram em grande parte escravizados e mortos. Há relatos de que até doenças europeias teriam sido propositalmente transmitidas para dizimar tribos. De início, a exploração de pau -brasil, ouro e pedras preciosas. Mais tarde, a cobrança tirânica de impostos abusivos. Quem não pagasse, ia para a forca ou era deportado para a África. Foram mais de 300 anos de exploração explícita em troca da ‘colonização’ que levava tudo e deixava uma ou outra benfeitoria. É o que a história trata como jugo português. De mais a mais, uma segunda versão – das várias de que se tem notícia – afirma que outro comandante português, Duarte Pacheco Pereira, foi quem primeiro chegara à terra tupiniquim, em 1498, nas vizinhanças dos hoje estados do

Maranhão e Pará. Logo, à luz desses supostos fatos, Pacheco – e não Cabral – foi o descobridor. Afinal, descobrir é uma coisa, conquistar ou explorar, outra bem diferente. Versões desencontradas - Não apenas a rota-Pacheco, mas muitas outras versões relativizam a história oficial (ou as histórias, por serem várias) e colocam em xeque o que se pode entender como fato. De toda sorte, a versão Duarte Pacheco faz todo sentido. Numa época em que Portugal e Espanha expandiam seus domínios, a descoberta de Pacheco (esta sim, por acaso), teria que ser guardada a sete chaves para não chegar ao conhecimento dos espanhóis. Residiria aí o motivo para que rapidamente D.

Manuel reunisse uma esquadra tão impressionante, formada por 13 navios e 1.500 tripulantes – incluindo marinheiros, soldados, agentes comerciais, escrivães e membros de comunidades religiosas –, com ordens para que sem demora partisse de Lisboa sob o comando de Cabral. Além disso, o rei recebera informações de Vasco da Gama, que havia retornado a Portugal um ano antes, em 1499, de que teria avistado “terra firme” quando navegava para as Índias. Seria a costa brasileira. Por essa narrativa fica derrubada a tese do acaso: se D. Manuel já sabia, a frota de Cabral zarpou com a missão secreta e específica de vasculhar o Atlântico e chegar à ‘terra firme’ já descoberta por Pacheco e avistada por Vasco da Gama, para só depois, então, seguir para as Índias.

Pandemia expõe empobrecimento O Brasil-Colônia foi de exploração em todos os sentidos e sobre isso não há controversa. A independência trouxe o império e com ele os privilégios das elites portuguesas já aqui instaladas em detrimento do brasileiro nato que seguiu pobre e quase escravizado pelos senhores de terra que formavam a aristocracia rural. A própria república levaria anos para mudar o status-quo e assim o Brasil foi recebendo, de década em década, o legado da pobreza de muitos e do enriquecimento de poucos. Talvez excetuando o período de Getúlio Vargas e, com boa vontade, o de Juscelino, o Brasil não conseguiu que os filhos da terra fértil e de dimensões

continentais dela tirassem o proveito que lhe é de direito. Entra governo e sai governo, via de regra o que prevalece é a pobreza vista na absoluta falta de políticas públicas eficientes capazes de oferecer aos mais humildes razoável qualidade de vida. Ao contrário, o simples do povo não tem acesso à habitação, a salário digno ou a saúde de qualidade. Educação é um luxo e ter emprego – qualquer emprego – é quase uma sorte para os menos qualificados. Até mesmo o saneamento básico falta a uma fatia enorme da população e o transporte público é uma vergonha. Enfim, no geral, o serviços essenciais são

um desastre. Por conta da pandemia, que expõe drasticamente o precário sistema hospitalar do País, o brasileiro tem que entrar na fila para esperar vaga em UTI que lhe permita respirar. É isso mesmo: fila para respirar. E a pobreza escancara sua face mais cruel com o “auxílio emergencial” insuficiente para que os que milhões de brasileiros classificados como ‘vulneráveis’ possam ter comida na mesa. Em resumo, nada há para comemorar no 22 de abril. A Covid no Brasil mata em proporção acima do suportável. A falta de coordenação e liderança do governo da União se junta à incompetência dos

governos estaduais e municipais e suscitam as perguntas: deixando a esfera federal de lado, os municípios ricos do interior de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas, do Paraná e de outros estados não conseguem dinheiro para montar UTIs? Não têm como reunir fundos e comprar respiradores na quantidade necessária? Não é algo estranho que anunciem a instalação de 10 ou 20 leitos como se fossem centenas? Deve ser visto como normal que depois de um ano de pandemia, em estados abastados e em municípios igualmente abastados, haja fila de espera para respirar?


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Campos

18 A 24 DE ABRIL DE 2021

Covid-19: apenas 7% da população vacinável completamente imunizada

Cerca de 22 mil pessoas receberam as duas doses da vacina contra o novo coronavírus até a última semana Foto: Silvana Rust

Da Redação Ameaçado de interrupção na última quarta-feira, o calendário de vacinação contra a Covid-19 em Campos ganhou algum fôlego com as últimas remessas de vacinas pelo Governo do Estado do Rio. A previsão é de que a Prefeitura comece a imunizar idosos com idades a partir de 64 anos ainda esta semana. De acordo com o Município, até o fechamento desta edição, 21.829 pessoas haviam sido completamente imunizadas, com a aplicação de duas doses de uma das vacinas ministradas pela secretaria municipal de Saúde: a CoronaVac, do Instituto Butantan, ou a Oxford/AstraZeneca, da Fiocruz. O número corresponde a 7% da população vacinável do Município, segundo levantamento feito pelo Jornal Terceira Via. O total de campistas que receberam pelo menos uma dose é de 71.502, ou 23% deste mesmo grupo. Os números foram obtidos a partir de dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi excluída do cálculo a faixa etária dos 15 aos 19 anos, uma vez que engloba indivíduos abaixo da idade a partir da qual a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a vacinação, que é 18 anos. Com isso, foi identifica-

Imunização| Especialistas alertam para a importância de concluir o ciclo de vacinação com as duas doses da vacina

da em Campos uma população vacinável composta por 316.468 pessoas dos 20 aos mais de 100 anos, entre as quais 148.694 (47%) são homens e 167.774 (53%), mulheres. Quando se leva em consideração a população total do Município, que é de 463.731, ainda segundo o Censo 2010, a taxa de pessoas totalmente imunizadas cai para 5%. Já a de campistas que receberam somente uma dose das vacinas chega a 15%. Em ambos os cenários, os números são melhores que a média nacional. De acordo com dados obtidos pelo o consórcio de veículos de imprensa formado por G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Pau-

lo, Folha de S.Paulo e UOL, 3,84% da população do país havia sido completamente imunizada até o fechamento desta reportagem. Já 11,79% dos brasileiros haviam tomado uma dose de vacina contra a Covid-19. Quase 50 mil à espera da segunda dose De acordo com os números divulgados pela Prefeitura, 49.673 pessoas ainda devem tomar a segunda dose da vacina em Campos. A recomendação das autoridades de Saúde é de que o reforço seja aplicado de 14 a 28 dias após a primeira dose, para a CoronaVac, ou depois de 3 meses, para a Oxford/AstraZeneca.

Na última terça-feira (13), o Ministério da Saúde divulgou uma lista contendo números de pessoas que passaram do prazo de tomar a segunda dose de vacinas contra a Covid-19 por estado. Com 143.015 pessoas que deixaram de completar a imunização, o Rio de Janeiro é o terceiro colocado, atrás apenas de São Paulo (343.925) e da Bahia (148.877). Porém, a Prefeitura garante que fenômeno não se repete em Campos. "As pessoas que tomaram a primeira dose retornam para tomar a segunda. Atualmente, 30% a 40% das pessoas vão ao posto para tomar a segunda dose", afirmou, em nota.

A Prefeitura informou, ainda, que a segunda dose é aplicada em os postos de vacinação do Município. A importância do reforço O médico infectologista Nélio Artiles explica que a vacina é a única forma de proteção contra o novo coronavírus que tem eficiência comprovada pela ciência. Mesmo assim, apenas uma dose não é suficiente para imunizar o paciente, no caso da CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. “A vacinação contra a Covid-19 é a única forma eficaz no combate e proteção contra a doença. Não existe uma forma mais eficiente do que oferecer ao organismo um estímulo imunológico para que haja formação de anticorpos. Mas, para que isso aconteça, a pessoa tem que ter tomado as duas doses da vacina, seja da Astrazeneca ou da CoronaVac, cada uma com seu tempo específico”, explicou Nélio. Artiles alerta, ainda, para os riscos de não retornar para a aplicação do reforço e afirma que "estar vacinado não significa estar imunizado". “A imunização completa só acontece com a segunda dose. Então, quem tomou a primeira, não deixe de tomar a segunda, porque só assim você vai ter uma proteção real para essa doença tão séria, que tem preo-

cupado a todos nós”, finalizou o médico. O desafio de vacinar mais Conforme a vacinação progride, a idade do público alvo avança em direção à base da pirâmide etária, o que faz com que o número de pessoas a serem imunizada cresça na medida que pessoas cada vez mais jovens são incorporadas ao calendário. A Prefeitura afirma que tomou medidas para lidar com o aumento da demanda. "Estamos trabalhando com a ampliação constante dos locais de vacinação, fazendo a divisão por horário da chegada dos pacientes, seguindo as mulheres, no período da manhã, e os homens, no período da tarde, e reforçando as equipes de cada um dos locais de vacinação", diz. Na última quinta-feira (15), em entrevista concedida à imprensa durante a entrega de 5.590 novas doses da vacina da Oxford/ AstraZeneca e medicamentos do kit intubação, o secretário municipal de Saúde, Adelsir Barreto, afirmou que cada grupo etário imunizado pela Prefeitura demanda, em média, quatro mil doses de vacinas. O desafio da Prefeitura, porém, deve se ampliar a partir de agora, na medida que pessoas com idades a partir de 64 anos representam mais de 90% da população de Campos.


Economia Comércio se expande para bairros PÁGINA

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Apesar da pandemia, novos negócios surgem em áreas afastadas do Centro e movimentam economia Fotos: Carlos Grevi

Ocinei Trindade A cidade de Campos dos Goytacazes tem ampliado cada vez mais sua área urbana. Novos bairros surgem nas periferias e também nos distritos do extenso município. Com isto, são abertos novos pontos comerciais. A descentralização ocorre mediante o crescimento da população e ocupação de outros territórios. O subdistrito de Guarus conta com vários estabelecimentos, hipermercados atacadistas, shopping center. A expansão econômica, apesar da pandemia de Covid-19, se destaca ainda no entorno dos bairros IPS e Penha, além do distrito de Goitacazes. Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro, há uma tendência de mercado, visando descentralizar o comércio, e, ao mesmo tempo, fortalecer o bairro, oferecendo mais oportunidades aos moradores locais. "Muitos empreendedores estariam buscando reduzir despesas, principalmente com o aluguel. Alguns usam até imóveis residenciais para adaptarem aos pequenos negócios, ganhando em tempo de deslocamento e próximo da família", observa. De acordo com a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), até o momento em que esta matéria era escrita, 72 empresas em Campos dos Goytacazes tinham fechado as portas este ano. Porém, 120 foram abertas. No ano de 2020, foram abertos 681 empreendimentos; encerraram as atividades 437 estabelecimentos. "Acreditamos que entre pequenos, médios e grandes somos mais de 5 mil estabelecimentos comerciais. Observamos grandes empresas anunciando instalação no município, como Havan, Pernambucanas, Magazine Luiza, Atacadão, isto mostra o potencial econômico da região. O comércio de bairro pode ser impactado com grandes marcas de supermercados por preços mais baixos, mas, para enfrentar isso, é preciso cr iatividade, tecnologia e vínculo afetivo, além de serviços online e nas redes sociais", diz Leonardo Acic |Leonardo Castro Castro. Goitacazes atrai investidores Nélio Azevedo é gerente de uma padaria na principal avenida do distrito de Goitacazes, criada há três anos e meio. O empreendimento pertence a Rosivaldo Nogueira, que investiu primeiro no bairro do IPS. De olho no crescimento, decidiu abrir uma filial. O negócio fluiu bem, mas a pandemia de Covid-19 trouxe preocupações. "O começo foi maravilhoso. A padaria-confeitaria se tornou referência. Nos últimos meses, houve queda das vendas pela metade. Temos nove funcionários. Não demitimos ninguém, mas tem sido um desafio enfrentar a crise. O distrito cresceu muito depois da revitalização durante a gestão Rosinha. Porém, muita obra não foi concluída. Investir aqui poderia ser melhor", diz Nélio, morador do distrito há 34 anos. Apesar da crise sanitária que afeta a economia, há quem considere Goitacazes uma excelente oportunidade para se estabelecer. Karina Gomes gerencia uma loja de roupas femininas há quatro anos no distrito, lugar onde sempre viveu. A matriz fica na Avenida Pelinca, área nobre de Campos. "O comércio local evoluiu muito. Toda a região da Baixada Campista vem comprar aqui. Tem muita gente querendo abrir negócio aqui, mas a pandemia deu uma desacelerada. Quanto mais crescer o comércio, melhor para todos", diz.

Apoio aos pequenos

Goitacazes | Avenida movimentada com vários estabelecimentos

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico entende que o processo migratório de comércios e serviços para bairros e distritos como um processo natural de expansão. Além de Goitacazes, Guarus, e Avenida Arthur Bernardes, o governo informa que em tempo de crise o Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam) tem prestado apoio aos microempreendedores já em atividades que desejam ampliar seus negócios. "O Programa de Microcrédito do Fundo realiza empréstimo com valor de R$ 3 mil para quem recorre pela primeira vez, mas os valores dos empréstimos podem chegar a R$ 15 mil, com prazo de até 12 meses para quitar, e com carência de até quatro meses para iniciar o pagamento. Em qualquer modalidade do empréstimo, o Fundecam aplica a taxa módica de juros a 2% ao ano, tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica", afirma a nota.

Loja masculina | Nilson abriu uma unidade no bairro Penha e planeja montar outra este ano

Referência em moda | Karina Gomes é gerente e diz que seu público vem da Baixada Campista

Padaria |Nélio Azevedo é gerente em Goitacazes: "houve queda nas vendas com a pandemia"

Emprego | Fabiana Seabra conquistou uma vaga de vendedora em uma loja da Penha

Goitacazes conta com três agências bancárias, casas lotéricas e caixas eletrônicos 24 horas. O pintor Jorge Januário é baiano e mora há oito meses no bairro Jardim Primavera. Elogia o distrito, diz que o comércio funciona bem, mas com ressalva. "A única coisa que falta aqui para mim é uma agência da Caixa Econômica Federal". Já os aposentados José Paulo Tebet, de 80 anos; Hélio de Souza, 68; e Nilton de Souza, de 80, só elogiam Goitacazes. Eles sempre viveram no distrito. "Tudo que precisamos temos aqui. Faltam poucas coisas para ficar perfeito", diz Hélio. "Só vou à cidade quando quero passear, pois qualquer tipo de produto de consumo a gente encontra aqui", falam os irmãos Hélio e Nilton.

IPS e entorno Nas últimas décadas, bairros como IPS, Parque Rosário e Parque Aurora passaram a ser mais valorizados por empreendimentos imobiliários. Novos negócios surgiram e atraíram público em locais como a Avenida Artur Bernardes. Bares e restaurantes fazem parte de uma espécie de polo gastronômico. Grandes investidores como a rede de supermercados Super Bom também apostam no crescimento da região. No dia 12 de março, uma nova loja foi inaugurada no IPS. O investimento de R$30 milhões gerou 190 empregos diretos e mais de 300 postos de trabalho indiretos. “Nos próximos três anos, o Grupo Barcelos vai estender esse modelo conceitual para todas as unidades da rede. Em Foto: Silvana Rust

Guarus Plaza Shopping | População do subditrito passou a contar com mais opções de compras

plena pandemia surgiram oportunidades, apesar das crises econômica e sanitária. Somos gênero de primeira necessidade, damos mais conforto nesta loja e oportunidade para um ponto de encontro nesse momento que estamos vivendo. Comprar comida virou chance de sair. O nosso propósito é fazer parte da vida das pessoas. Nesta loja, também queremos fazer isso da melhor maneira possível”, destaca Lucas Barcelos, diretor de operações do Investidor |Lucas Barcelos Grupo. Penha em crescimento Há quatro anos, Nilson Neto montou uma loja exclusivamente para o público masculino. Com roupas, sapatos, chapéus, acessórios. Ele afirma que o desenvolvimento comercial do bairro da Penha aumentou bastante nos últimos três anos. Além dos moradores, pessoas de bairros vizinhos costumam consumir seus produtos. "Gente da cidade também vem porque temos bons preços e artigos de qualidade. Decidi também divulgar a loja no Instagram. Recebo encomendas e entrego em qualquer lugar, sem cobrar

pelo serviço", disse. Nilson pretende ampliar o investimento ainda em 2021. Vai abrir outra loja de roupas e acessórios somente para meninos. "É um diferencial no bairro, e também no comércio em geral. Queremos atrair esse público. Meninos na moda e com estilo", define o comerciante. A pujança do comércio da Penha reflete entre os consumidores do bairro. Alan Silva, 18 anos, trabalha como vendedor. "Gosto daqui. Temos tudo que precisamos em comércio e serviços. A gente não costuma comprar fora do bairro", admite. Há três anos, o ex-comerciário Paulo André Mattos decidiu abrir o próprio negócio. Escolheu a Penha para criar uma loja com artigos para casa, festa, papelaria, decoração, jardinagem e brinquedos. O investimento cresceu com as atividades comerciais do bairro. Fabiana Seabra foi contratada para trabalhar como vendedora há três meses. Moradora do Jardim Carioca, ela se desloca até a Penha para cuidar da loja. "Fiquei mais de um ano desempregada. Estou gostando muito de estar novamente trabalhando. A pandemia mexeu com as vendas em geral, mas temos alcançado um bom público. Consumidores da área central também nos procuram. Isso também ajuda bastante. Fico admirada com a movimentação na Penha".


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GENTE BACANA QUE É BOM VER POR AÍ

DICA PRECIOSA: GILDA WAGNER COUTINHO Didi, craque da bola, campista e avô de Janaina

A estilista internacional de moda masculina, Janaina Chloé Mita, que tem nas veias o sangue campista do avô Didi

O

craque de futebol Waldir Pereira, o Didi, campista que fez história na Seleção Brasileira, Madureira, Fluminense, Rio Branco de Campos, Botafogo FC e Real Madrid, eleito pela imprensa esportiva internacional de 1958, mais precisamente da Suécia, por conta da Copa do Mundo naquele país, como o maior jogador da temporada.

"Sobre a minha mesa de estudo, o livro "O FIO DA TRAMA", de Alessandra e Consuelo Blocker, com a participação de sua mãe, Costanza Pascolato. Três países, uma guerra e a história de superação de quatro mulheres. São 500 páginas de força, coragem, dor, frustrações, desafios e muita persistência. Acho que toda mulher deveria lê- lo! Fica a dica!

Na sua descendência deixou uma craque de fama internacional, não da bola como ele, mas sim da moda. A sua neta Janaina Chloé Mita, filha de Lia Hebe e do italiano Luigi Pasquale Mita, se tornou uma célebre estilista ítalo-brasileira que emplacou capa da revista TPM, Trend Privé Magazine, uma publicação americana eco-friendly com foco em questões humanitárias. Nascida em Lausanne, na Suíça, e residente em Francavilla Fontana, província italiana de Brindisi, no Sul da Itália. Janaína trabalha na Sartoria Levrè, empresa com sede na mesma cidade em que ela está radicada.

MUDANÇA DE HÁBITO

Falecido em 12 de maio de 2001, aos 72 anos, Didi tinha um carinho especial por essa neta que nasceu em 08 de outubro de 1989, dia em que o craque completava 61 anos, como um presente de aniversário. Ainda sobre Didi, a filha mais velha, Rebeca, agora é vovó. Nasceu Louis Elliot, filho de Carina e do marido francês François. A família vive em Paris. Rebeca mora em Ottawa, capital do Canadá.

JUST MARRIED

Fabrízio Peres Kury, filho de Mirza e Wady Kury, recém casado em NY com a americana Ellen Duncan, sob as benção do Tio Sam e dos pais que mesmo distantes, acompanharam toda a cerimônia de forma virtual. Cheers!

TRISTEZA 1

Dois modelos criados por Janaina

VIVA!

D. Neusa Venâncio Mignot completou 90 anos esta semana sendo festejada pela família que era total gratidão pelos anos de vida e lucidez da aniversariante. Com muita força e vitalidade, que serve de exemplo para muita gente, D. Neusa tem uma história junto a moda de Campos e região, desde que assinava as mais elegantes roupas de couro que esta cidade já jogou sobre a pele, assim como as arrojadas cabeças carnavalescas que a sociedade portava nos bailes mais famosos da época.

Janaína é capa de revista na aldeia de Positano, na Costa Amalfitana

COM A PALAVRA... FERNANDO LEITE "Nunca, em minha vida, tive tanta dificuldade de abrir a tela do computador para redigir um texto, ou criar um poema. O Mundo que me rodeia nunca foi tão cruel e feio, como agora."

A sociedade campista e a classe lojista da cidade está de luto. Noêmia Bastos Viana que construiu um império na cidade no setor de jóias, deixou esta vida depois de lutar bravamente, em estado grave, pela sua cura infectada pela Covid19. Foram muitos os que, de alguma forma, dedicaram a ela uma homenagem em rede social, carregados de emoção e carinho extensivo aos filhos Juliana e Arthur. Uma mulher cheia de entusiasmo e força para administrar as empresas, estar a frente das equipes dos muitos funcionários, cuidar da família e ainda viver intensamente momentos de festas e viagens com os amigos.

TRISTEZA 2

Outra vítima da Covid, que deixou seu legado na área da comunicação e cultura, foi o radialista Nilson Maria. Aos 72 anos, ele não resistiu às complicações causadas pela doença. Um narrador esportivo e um comunicador dos melhores, de voz empostada e profissional dos melhores, trabalhou em diversas emissoras e foi diretor do Teatro Municipal Trianon.

Nossa estilista Marilene Saldanha, que atualmente vive em Vitória perto da família e longe do convívio social, por conta da pandemia do Covid19, declarou à coluna que seus impecáveis e luxuosos vestidos de noivas vão ficar guardados na lembrança ou junto daqueles que ainda possuem algum modelo assinado por ela. Assim que voltar à cidade decidiu que abrirá sua temporada de confecção apenas para peças sob encomenda, com uma moda exclusiva, feito à mão, ricamente pronto para as mais bacanas festas. Por ora, o atelier em Campos está sob o comando da filha Cristina Saldanha, que cuida da venda dos vestidos nobres da mãe, com preços, tecidos, bordados,... inacreditáveis. São modelos que, de "segunda mão" passaram a servir como roupas para alugar, o que também não faz parte do novo estilo de trabalho de Marilene.

FELIZ TUDO

Ana Lúcia Salles, Fernanda Mendes Carneiro, Fátima Castro, Lara Miguel Patrão, Darcyzinha Athyê de Andrade, Tidinha Nogueira Gonçalves, aniversariantes desses dias passados aí. Beijos carinho.



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Saúde

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O papel da fisioterapia no tratamento da Covid Setor, que ajuda na recuperação de pacientes, cresceu durante a pandemia Letícia Nunes Na abordagem de paciente com Covid-19, além da intervenção de médicas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais componentes da equipe, há um profissional que também contribui muito no tratamento e após a alta. A fisioterapia cresceu exponencialmente nos últimos anos, em especial nos últimos meses com a pandemia. Estima-se um crescimento de 725% por procura dos serviços de fisioterapia na área hospitalar. No Hospital Dr. Beda, do Grupo IMNE, o fisioterapeuta está inserido ainda no uso de ECMO (Extracorporeal Membrane Oxygenation ou em português, Oxigenação por Membrana Extracorpórea). O método ganhou destaque por ser usado no tratamento do humorista brasileiro Paulo Gustavo, internado há dias em estado grave, devido à infecção pelo novo coronavírus.

Fisioterapia | A gerente Simone Nolasco fala sobre as abordagens

A gerente da fisioterapia do hospital e da clínica Fisiocentro, Simone Nolasco, explica que são seguidas diretrizes, consensos e protocolos de atendimento com base no perfil epidemiológico definido pela unidade durante a abordagem de pacientes com Covid-19. “Os pacientes que necessitam de ECMO são de alta complexidade, instáveis hemodinamicamente (são os parâmetros de sinais vitais) e com isso são suscetíveis a descompensar rapidamente. Neste caso, a abordagem mais segura para pacien-

tes com ECMO é ter uma equipe multidisciplinar com expertise para tomadas de decisões. Embora cada um tenha sua área de atuação, nossa conduta depende do suporte de todos quando definimos uma estratégia e assim sucessivamente. A atuação da fisioterapia ocorre com a avaliação funcional do paciente, definição das estratégias ventilórias, monitorização da mecânica ventilatória, checagem de exames para decisões terapêuticas e alterações necessárias em conjunto com a equipe respon-

sável para que o planejamento terapêutico possa prosseguir. Os pacientes que já podem despertar apresentam estabilidade clínica, mas ainda em uso da ECMO (em processo de desmame ou aguardando transplante) podemos trabalhar de forma intervencionista e mais precisa na funcionalidade, como andar e sentar. Porém, isso requer alterações prévias e ainda a atuação do cirurgião, do perfusionista, do intensivista e do enfermeiro junto de nós. Sempre será uma decisão em prol do paciente e consensual perante a equipe. E quando ocorrer a retirada da ECMO, trata-se de um novo ciclo que se inicia, progredindo por métricas e metas terapêuticas o avanço na reabilitação”, ressalta. Benefícios da fisioterapia A especialista relata as principais alterações encontradas nos pacientes: fraqueza muscular, perda massa muscular, dor, perda de equilíbrio e disfunção cardio-metabólica. “Porém, o que mais encontramos em nosso primeiro encontro é medo, ansiedade e falta de ar. Avaliamos qual suplementação de O² é mais bem indicada. Posterior a esse passo, vamos desvendan-

Fotos: Divulgação

PÓS COVID-19

Segundo a gerente, em relação a fisioterapia em pacientes pós Covid-19, o tempo de acompanhamento vai variar de acordo com gravidade de acometimento dos pacientes. “Certamente, aqueles que não passaram pela UTI demandam um período mais rápido de recuperação. Pacientes idosos e com alguma doença prévia ou com grau elevado de dependência funcional vão exigir um tempo médio de dez sessões de fisioterapia, sendo bem delimitada na sua prescrição para não gerar fadiga. Pacientes de vida produtiva e ativa em sua rotina, a intervenção, desde o hospital até a alta, não necessita mais do que seis sessões de fisioterapia. Lembrando que um adulto jovem que passou pela UTI por período prolongado pode estar tão comprometido ou mais do que um paciente em outra faixa-etária. O que define mesmo a frequência é a avaliação individualizada”, comenta Simone Nolasco. do nosso paciente a partir de sua história pregressa, exames e condições físico funcionais. Nossa intervenção é e precisa ser muito específica. Não fazemos somente fisioterapia respiratória, muito pelo contrário, o paciente é visto como um todo dentro das suas funções necessárias e básicas no dia a dia. Utilizamos testes funcio-

nais que são preditores da função metabólica para estabelecer intervenção nos pacientes. Aplicamos exercícios que sejam capazes de promover a recuperação muscular e aeróbica, sendo sempre monitorado durante toda intervenção. E dentro das necessidades de cada paciente aplicamos outras abordagens mais específicas”, garante.


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Fotos: Arquivos do colunista

Gata e querida Bárbara Caroline

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Ana Luiza Moll Abud #emforma #emcasa

Botoclinic em ação!

Mano Bruno Freitas na vibe da natureza #paparazzi

Camaradaço Will Borges

No sábado que passou a querida Elen Almeida festejou seu niver com o maridão Bruno Falcão

O Skinbooster é uma hidratação injetável que trata profundamente a pele através da aplicação de Ácido Hialurônico e diversas vitaminas que possuem na sua composição. Suas vitaminas e seus nutrientes são 100% absorvidos, trazendo um resultado muito superior aos dos cremes noturnos, que atuam somente na camada mais superficial e são parcialmente absorvidos. Pode ser aplicado para o tratamento de linhas finas superficiais, rejuvenescimento da pele, auxilia no aumento da duração do botox, preenchimento, entre outras vantagens. Agende já uma avaliação gratuita e saiba mais sobre seus benefícios! Pelo App gratuitamente, pelo instagram( botoclinic_boulevardcamposrj) . SAC / Whatsapp (22)99797-977. São mais de 200 lojas em todo o Brasil, uma nos USA e aqui, em Campos no Boulevard Shopping. www.botoclinic.com

Coaching gratuito

na recuperação muscular e ainda é um desintoxicante natural – tudo que uma pessoa necessita antes, durante ou após o treino. Outro exemplo da bebida que beneficia a atividade física é o chá de cavalinha, um diurético que, por essa razão, faz eliminar toxinas presentes no organismo e diminui a retenção de líquidos. Além disso, ele é capaz de acelerar o metabolismo e melhorar a circulação sanguínea. Lembrando que, Não adianta ingerir esses chás esperando emagrecer sem combinar com um exercício aeróbico ou treinamento funcional. #ficaadicadacoluna

Combina?

Chocolate é bom por si só e não precisa de acompanhamentos. Mas, você já pensou em harmonizá-lo com vinho e pareceu estranho ou impossível? Você sabia que para muita gente a combinação entre vinho e chocolate é considerada um pecado dos mais graves? A boa notícia para os chocólatras ou para os amantes do vinho, que não querem dispensar nenhum dos dois, é sim possível apreciar um bom vinho com chocolate sem ferir as leis da harmonização. Esta ideia existe porque nem todos os vinhos funcionam com todos os chocolates, e isto serve para todos os outros tipos de comida. Ou seja, você só precisa saber qual é o vinho certo que harmonizará com o chocolate que você tem em casa e com o que você vai servir. Vamos lá! No caso dos chocolates a regra que nunca decepciona é a que quanto mais escuro for o chocolate, mais escuro também deverá ser o vinho. Tecnicamente, chocolates mais doces não harmonizam tão bem com vinhos secos. Por isso, chocolates com muito leite sempre são melhor acompanhados por vinhos brancos mais leves. Para os amargos, a dica é um vinho tinto com estrutura média, com toques aromáticos de café, baunilha e chocolate para complementar a degustação. Já os chocolates recheados busque vinhos com as mesmas notas do recheio e para os brancos um que se assemelhe na doçura e textura. Hum... Acho que combina sim!

Tchau pelinhos! Minha querida Rafaella Freitas na doce espera de sua pequena Maria. Papai Pedro Pereira todo bobo! #paparazzi by Binho Dutra

Gatíssima Camilla Muniz

Em 2002 ele foi Gato Manda Ver e hoje se destaca como ator na TV, cinema e nas séries, o amigão Felipe Roque

Ferndinho Paes, gente fina demais!

Casal Top! Renatinha Felipe Estefan

Você está cansada de perder momentos importantes e de ter o registro de experiencias unicas por vergonha e falta de confiança? Fique sabendo que do dia 19/04 ao dia 21/04, a amiga querida nossa Paparazzi, Marissol Rios, Nutricionista, Psicóloga e Atleta profissional, vai estar fazendo um evento 100% online e gratuito que é destinado para você. Medo, ansiedade e nervosismo na hora de tirar uma foto ou registar aquele momento especial? chega disso. Conheço e acompanho a Marissol a muito anos e ela é com certeza a pessoa que pode resgatar a sua confiança com ensinamentos práticos e assertivos. Se eu fosse você você já iria no perfil dela no instagram @marissolriosoficial e ativaria o lembrete, por que confiança resgata é sinonimo de qualidade de vida. Eu estarei ligado com certeza!

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O poder do chá! Meu camarada Dac Crespo sempre na ativa #paparazzi Um luxo! Géssica Motta Ingrid Siqueira sempre maravilhosa essa querida

Amigão Max Olliver

Irmãs lindas e queridas Luciana e Liliana Caiado #paparazzi

Rodrigo de Siqueira Gusmão, sempre em forma, cara nota 10!

Os chás, de maneira geral, têm fama de ser calmantes e de combater diretamente o estresse e a agitação. Mas no universo das ervas existem tantas opções que acaba passando batido a existência de chás que ajudam também a revigorar as energias, até mesmo para quem pratica atividades físicas. Mais do que isso, alguns são recomendados por médicos e nutricionistas para associar a essas práticas. É o caso do chá-verde, que funciona como um dos termogênicos mais poderosos da natureza. Essa propriedade significa que ele literalmente faz o atleta suar mais, proporcionando a produção de energia vinda da queima de gordura presente no corpo. Em outras palavras: ajuda diretamente no emagrecimento. O chá de gengibre, por sua vez, tem poder anti-inflamatório, auxilia

A Marvel liberou esta semana mais um trailer de "Loki", série estrelada por Tom Hiddleston que chega ao Disney+ em 11 de junho. Na nova prévia, vemos que Loki (Hiddleston) foi preso e levado para o quartel-general dos Guardiões do Tempo, que protegem o mundo de anomalias temporais. Por lá, um dos Guardiões (vivido por Owen Wilson) convence o deus da mentira a ajudá-lo a consertar a confusão que causou em "Vingadores: Ultimato", ao agarrar o Tesseract e viajar no tempo. A série será o terceiro lançamento da Marvel para o Disney+, após o sucesso de "WandaVision" e a recém-lançada "Falcão e o Soldado Invernal", que se encaminha para o sexto capítulo, nesta semana.


Foto: Carlos Grevi

Graziela Escocard |

Pesquisadora diz que é necessário ressaltar sempre a importância dos índios através da história

Na semana dedicada aos primeiros habitantes do país, a importância das tribos é lembrada Mariane Pessanha Eles eram altos, fortes, mantinham os cabelos compridos e eram considerados ferozes. Pelo menos era assim que os viajantes descreviam os índios goitacá, que habitaram a região no passado. Na semana dedicada ao índio, o Museu de Campos criou uma programação especial aos primeiros habitantes do país e em especial às tribos que viveram no município. Uma oportunidade de conhecer um pouco mais os esses antepassados. A historiadora Graziela Escocard conta que havia na região as tribos Coroados, Coropó, Puri e Goitacá. A tribo goitacá ocupava boa parte das terras da Capitania de São Tomé e seus integrantes andavam pelados. Esses índios eram descritos como antropófagos, ou seja, comiam carne humana. Mas, segundo Graziela, era um costume comum entre esses povos. “Gabriel Soares escreveu em favor dos goitacá em relação à antropofagia: ‘Nem são muito amigos de comer carne humana como os gentios atrás’. Entretanto, outros viajantes como Simão de Vasconcelos ficam assustados com as ‘rumas de ossadas’ nas portas dos índios goitacá , ‘quanto maior a ruma, maior a nobreza do morador’. O que acontece é que as pessoas se acostumaram a tudo de ruim e bárbaro jogar nas costas do goitacá. O que não significa que eram maus. Era um costume entre eles”, explica. Mas, como saber qual era a rotina e o jeito de ser de tribos que passaram pela região há tantos anos? Um dos caminhos percorridos pelos pesquisadores e historiadores são as escavações. Em Campos, no sítio arqueológico do Caju foram retiradas cinco toneladas de material arqueológico, o que ajudou a saber um pouco mais dos costumes dos índios. O acervo é composto por material cerâmico de sepultamentos em urnas no solo e ainda de ossos e utensílios. De acordo com Graziela, o cemitério do Caju era uma lagoa e os índios faziam os sepultamentos em seu entorno. Extinção e importância A extinção dos índios ainda é bastante discutida entre os pesquisadores. Graziela explica que no processo de colonização da região houve muitos enfrentamentos entre os índios e os

Todo dia é

Dia de Índio

mos da terra e esse conceito é apresentado para as escolas. Em nossas escolas, quando trabalhamos a temática do índio goitacá, os professores nunca deixam de dizer a coisa mais importante: que eles são legitimamente os primeiros habitantes da região, fazendo alusão ao próprio nome da cidade”, finaliza Tânia.

Tribo goitacá| Índios são descritos em relatos históricos como altos, fortes e ferozes portugueses. “Teve ainda o uso de roupas infectadas por varíola utilizadas com o modo de afastar os indígenas, combate com armas de fogo contra aos indígenas, que não possuíam tal tecnologia. Cabe ressaltar que o restante da tribo goitacá se assimilou com outras tribos que por aqui existiam também. Isso foi muito comum no Brasil. Forma pela qual os índios tentaram sobreviver e permanecer em grupo, tendo em comum seu modo de vida e sua cultura”, pontua. Para a historiadora, falar dos indígenas é importante para que todos possam conhecer sua origem e como tudo começou. “Como historiadora, acredito que a nossa história começa com os índios que habitavam a região. Ao contrário do que muitos afirmam, que a história do Brasil se inicia com a chegada dos portugueses”, ressalta Graziela.

Mas, como essa história é contada hoje nas escolas? A diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos (Seduct), Tânia Alberto, diz que o município tem 153 escolas e 81 creches, mais da metade são classificadas como unidades rurais e isso significa que são escolas que trabalham com a matriz curricular diferenciada para educação do campo. E nesse contexto de educação no campo, os povos e saberes são valorizados. “A compreensão do índio como contribuinte para a formação da etnia e da cidadania brasileira não é de forma alguma questionada. O conceito de que o índio é um selvagem é completamente ultrapassado. A nossa literatura de história está sempre revisando o conceito do índio como sendo os primeiros habitantes legíti-

Apresentação O Grupo Oficina de Texto Terra da Alegria (Gotta) vai celebrar o Dia do Índio, comemorado em 19 de abril, com uma apresentação de Colar de Trovas da União Brasileira de Trovadores (UBT), feito exclusivamente para os alunos do Gotta. O projeto é ligado à Seduct. Para o secretário da pasta, professor Marcelo Feres, a data deve ser considerada como um motivo de reflexão sobre os valores culturais dos povos indígenas.

Programação Museu de Campos l Domingo, 18 de abril, às 10h —

Exibição de vídeo especial sobre o acervo arqueológico do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes. Participação de Auxiliadora Freitas (Presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima) e Graziela Escocard (Historiadora). l Segunda-feira, 19 de abril, às 18h — Live com Sylvia Paes (Historiadora e integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Campos) e Graziela Escocard (Historiadora), tema: “Educação Patrimonial e os Vestígios do passado”.

Terça-feira, 20 de abril, às 18h — Exibição de vídeo especial sobre a localização do Sítio Arqueológico do Caju - RJ-MP-08. Com Graziela Escocard (Historiadora). l

Quarta-feira, 21 de abril, às 18h — Live com Divino de Oliveira (Arqueólogo, membro do Laboratório de Arqueologia Brasileira) e Graziela Escocard (Historiadora), tema: “Escavações Arqueológicas no Sítio do Caju”. l

História | Ossada chada em sítio arqueológico do Caju ajuda a contar a história da tribo


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@priscylabezerra

TENDÊNCIA

BOILERSUIT CONFORTÁVEL, FÁCIL DE USAR E SUPER FASHION !

O macacão utilitário, modelo usado por trabalhadores como mecânicos, é hit entre as mulheres. Pode ser usado aberto, como alguma outra peça por baixo, ou totalmente fechado. Com cinto sobreposto ou com a própria faixa. Enfim, é a clássica peça única que descomplica a nossa vida. Inspirem-se!

Pode ser usado com salto e pochetes

Sapatilhas e bolsa poderosa

Jeans com salto e jaqueta de couro

Off white com barra dobradinha

Jeans com salto e tênis

Usei com mocassim de onça

ROTINA DE CUIDADOS COM A PELE EM DIAS COM TEMPERATURAS MAIS AMENAS ! Com as temperaturas mais amenas, sabemos que a pele acaba sofrendo algumas alterações. A região fica mais ressecada, com aspecto craquelado, esbranquiçado e reativa devido a falta de umidade da temporada, que acaba removendo a sua hidratação natural. Para acabar com esses incômodos e manter seu corpo hidratado e saudável, preparei uma rotina de cuidados que irá deixar a sua pele radiante! O primeiro passo para manter a pele do corpo saudável durante todo o inverno é tomar banho usando um sabonete ou loção de limpeza com ativos hidratantes. A formulação desses produtos, além de manter a região limpa e nutrida, ajuda na reconstrução do manto hidrolipídiPaula Marsicano co, respeita o pH da pele e não possui nenhum tipo de substância que provoque qualquer irritação. Outro ponto importante na hora do banho é evitar a água quente - ela desidrata e ajuda a danificar a barreira protetora Dermatologia Integrada do corpo. Além disso, é importante não demorar muito no banho e nem exagerar na quantidade de sabonete. A hidratação é a palavra-chave! O hidratante deve ser usado logo após o banho, pois é o momento em que a pele está bem úmida Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 e consegue absorver melhor todos os seus nutrientes. Aplique o filtro solar nas áreas mais expostas. Além de manchas, Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 rugas e flacidez, o sol acaba deixando a região mais ressecada. Por isso, é importante aplicar o filtro solar todos os dias @paulamarsicano no rosto e áreas fotoexpostas.

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Reviver...Reviver... Entende-se como Educação Ambiental qualquer ação educativa que possa contribuir para a formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente, despertando a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, contribuindo para a evolução de uma consciência crítica e os tornando aptos a tomar decisões coletivas necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. A educação ambiental é comprometida com a sustentabilidade e garante uma série de benefícios para quem a utiliza e para a sociedade como um todo.

Aristides quando Criança

Primeiro de dois carnavais da sua vida

Com a mãe e a avó

candinhovasconcellos@gmail.com

Turma da Fafic

Libertando aves no Imbé

Aristides Arthur Soffiati em lancamento de livro De uma forma simplificada a sustentabilidade pode ser definida como ações/atividades humanas que visam suprir as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras. Debruçando-se nesse universo, o professor Aristides Arthur Soffiati vem estudando, debatendo e lançando livros sobre o tema, há 43 anos. É mestre e doutor em história ambiental pela UFRJ e um dos mais respeitados ecologistas brasileiros. Fundador do Centro Norte Fluminense para a Conservação da Natureza - a CNFCN – e pesquisador do Núcleo de Estudos Socioambientais da Universidade Federal Fluminense. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, filho de pai militar e mãe artista, o Personas de hoje já fixou residência em algumas cidades brasileiras: Curitiba, Paranaguá, Campinas, São Fidélis e Rio de Janeiro. Estudou História e tornou-se professor da faculdade de Filosofia de Campos, Liceu de Humanidades de Campos e da UFF. Exerceu o magistério durante 40 anos. Ainda jovem, descobriu sua paixão por música erudita. Em 1978, começa a atuar em uma ONG de defesa da natureza, participando de lutas em prol do maio ambiente. Essa luta se torna seu cardápio diário. São 27 livros publicados, sem falar em cinco mil artigos escritos para jornais e mais de mil para revistas especializadas. Embora aposentado, continua a ministrar palestras e aulas no campo como historiador ambiental. É um socialdemocrata sem filiação partidária. Sempre defendeu suas ideias e, por vezes, mal interpretado. Os planos para o futuro são muitos. Espera contribuir de forma efetiva na construção de um mundo mais humano e sustentável.

Com Gustavo, seu primeiro filho Resgatando uma preguiça

Casamento no Saldanha, 1975

Aula ao ar livre no jardim do Liceu Lançamento de livro

Palestra

Casou-se com Vera Landim em 1975. Dessa união nasceram três filhos: Gustavo, Flavio e Luciana. Diz não ser otimista nem pessimista, pois não crer que estados de espírito mudem o mundo. Para ele, pessimismo e otimismo decorrem de análises detalhadas da realidade. Portanto, é realista. Entende que travamos uma guerra contra a natureza que será perdida por nós no final. Então, seu melhor pensamento é: “A mais longa guerra travada pela humanidade tem sido contra a natureza há 500 anos. Ou a Cessamos logo, ou a perderemos”.

Com filhos e netos

Lançamento com a família

Uma questão de consciência e sobrevivência em prol das novas gerações. Salvem a Mãe natureza!

As margens do rio Reno com Vera e prima

Cabo da Roca, Portugal

Lançamento de livro

Em seu bosque particular

Na cidade do Porto, Portugal

Palestra

Recebendo a Medalha Tiradentes na Camara Municipal

Aula de campo no sul do Espírito Santo

Com o filósofo Edgar Marin em Buzios

Aula de campo


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FESTA DE NOSSA SENHORA DA PENHA Este ano a festa mais tradicional do interior do estado teve um público grande em suas Missas, mas a carreata foi o momento de maior emoção, pois a Santa circulou por todas as ruas de Atafona até as 24h abençoando as casas e as famílias para protegê-las da pandemia. Por onde passava fiéis soltavam fogos e se emocionavam com a sua presença. Lindo!

“Elogie em público e corrija em particular. O sábio orienta sem ofender e ensina sem humilhar.” Mário Sérgio Cortella

FESTEJANDO EM FAMÍLIA Os 80 anos de Gilberto Cruz foi comemorado em família com um almoço. A bela mesa foi toda arrumada por sua amada Lia Mírian, com direito a um lindo bolo branco com fitas em azul marinho de dois andares e o número 80 também em marinho no topo, doces e um belo arranjo de girassóis. Gilberto recebeu o carinho dos amigos em forma virtual com lindas mensagens de carinho. RAPIDINHAS l Simone Salomão está tão prendada. Pegou uma receita de tronco no caderno da família, fez os bolos, recheou com baba de moça, enrolou numa toalha e colocou na geladeira. Só desenrolou e enfeitou em Atafona. Quem provou se apaixonou. l Márcia Barroso foi assistir a Festa de Nossa Senhora da Penha em Atafona. l Nick Crespo postou em seu story a sua mulher Juliana cozinhando. Ela é linda até na cozinha. Lindos demais! l Derli Corrêa também completou os seus belos 80 anos esta semana e ganhou mesa de bolo e doces das filhas. Ela postou a sua beleza jovial nas redes sociais. l Ariuza Kury Izar resolveu manter seus cabelos brancos até após a pandemia, ela que sempre usou loiro resolveu assumir os brancos. l Silvana e Ricardo Naked passaram o último fim de semana em Atafona. l Quarta-feira é feriado de Tiradentes. l Amigos no pedal até Barcelos às 6h: Marcelo Mendes, Manoelzinho Patrão, Wagner Rizzi e Waldo Rizzi. NIVER Os parabéns de hoje vão para Anthony William Matheus, Auxiliadora Freitas, Nathália Chalita, Luiza Barbosa, Zaíra Barbosa, Ana Paula Araújo, Simone Viana, Matheus Salles e Liz Viana. Amanhã para Vicente Mendonça, Lianinha Alves, Rosa Monteiro, Aline Nogueira Costa, Augusto Dutra, Helbem Vieira dos Santos, Daniela Tinoco e Norma Corrêa. Terça-feira para Anderson Rodrigues, Igor Sepulveda, Gabi Findlay, Fátima Pereira, Paulo André Netto Barbosa, César Campos, Carlos Baptista, Raul Gerolimich, Cláudio Rodolpho Oliveira Tavares, Heloisa Vidal e Andréa Bragança. Quarta-feira para Lívia Arêas, José Marcos Carvalhal, Juliana Rangel Mata, Nildo Sardinha, Ivan Bernardes, Edilene Vianna, Danielle Guimarães, Joana Clark, Dudu Azevedo, Roberta Acruche, Rachell Martianelly e Marcelo Alves. Quinta-feira para Herbert Sidney Neves, Jocimara da Silva Barreto, Hilda Márcia Azevedo Eyer, Afrânio Maciel, Márcia Netto Barbosa, Marusa Moser Sardinha e Paulo Junior. Sexta-feira para Ayciane Pacheco, Jorge Guimarães, Tallita Chain, Patrícia Cherene, Marília Neves e Regianne Caldas. Sábado para Helena Bousquet, Luciana Paes Campos Fernandes, Nanny Duarte, Tati Fraga, Rafaela Desteffani Marins, Luís Carlos Aguiar, Elizabeth Chagas Martins, Inês Rizzo e Emanuelle Ferraz. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.

Fábio Valentim e Bruna Barreto em Fernando de Noronha

Derli Corrêa com as filhas Valéria e Renata

Tatiana D’Avila e seu filho João Lucas todo carinhoso com a irmãzinha Ana Liz na barriga

Beleza de Flávia Barbosa em Búzios

Aloysio Gonçalves e Valéria com a filha aniversariante Vivi

Fernanda Vilaça e Maurício Pupe na doce espera dos gêmeos Pedro Henrique e Mariah

Atafona: Luciano Freitas, Gabriel Souza Freitas e Edvar Junior brincando com a rainha deles Cicinha Chagas

Márcia Netto Barbosa é a aniversariante de quinta-feira

A aniversariante da semana passada Lara Miguel com seu filhinho lindo João Pedro

1º Aniversário da boneca: Luís Alexandre Rosa Nogueira no Pontal de Caldas Bacelar e Lara com a filha Marina Atafona

Elegância de Isabela Mayerhofer



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