Terra Boa Agronegócios - Ed 01 Mar/Abr 2012 - Fazenda do Sabiá

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agronegócios ano 1 | edição 1 | março/abril 2012

Prada TE da Sabiá

Fazenda do Sabiá

Alberto Mendes, sua história e a grandeza da raça Nelore no país

Equinocultura Apartação, Team Penning e 3 tambores: brasileiros investem nesses esportes, com foco nas competições no exterior

Especial Elmiro Nascimento, Secretário de Agricultura, e o grandioso momento do setor em Minas

E nesta edição Pecuária de Elite, Feiras, Exposições, Cafeicultura, Automotivo e muito mais






A Terra Vermelha, todo mundo sabe, é a mais produtiva e fértil que existe. C.A. ALESSANDRA KCA 964 Recordista de produção para Gir Aspado (C.A. Oscar In B 8100 x C.A. Iza AA1064)

Campeã do Concurso Leiteiro Avaré 2012 com média de 53.640 kg Lactações 2º Lact.: 5/6 - 2X - 400d - 5.627 kg - 14,10 LM 3º Lact.: 7/5 - 3X - 305d - 6.835 kg - 22,40 LM 4º Lact.: 8/10 - 3X - 369d - 7.800 kg - 21,10 LM


C.A. CARPA KCA 1147 (C.A. Sansão KCA 472 x C.A. Quintilhana KCAK A409) C.A. Carpa conquistou o título de Reservada Grande Campeã, com produção de 42,030 kg de leite de média - Avaré 2012

Lactações 1º Lact.: 5/1 - 2X - 332d - 6.415 kg - 19,30 LM 2º Lact.: 6/9 - 3X - 367d - 9.028 kg - 24,60 LM

C.A. ENSEADA KCA 1300 (C.A. Universo TE KCA 633 x CA Urtiga KCA 636) Res. Campeã Vaca Adulta - Expoagro 2011 Grande Campeã e Melhor Úbere - Expoam 2011

Lactações 1ª Lact.: 4/5 - 2X - 365d - 4,181 kg - 11,50 2ª Lact.: 6/0 - 2X - 347d - 7.061 kg - 20,30 LM

C.A. INDIA TE KCA 1759 (Jaguar TE do Gavião GAV 291 x C.A. Vaqueira KCA 705) 2º Lugar categoria Novilha Menor - Fapija 2010 Campeã Concurso Leiteiro Fêmea Jovem Feileite 2011 Média de 36,650 kg Melhor Úbere Fêmea Fovem - Feileite 2011

Lactação 165d - 3x - 5.384 kg - em lactação

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Parceiros e Colaboradores Renato Barbosa Andrade é filho de família pecuarista, apaixonado pela causa rural e sempre esteve envolvido nas ações da classe ruralista em várias instituições. Hoje é Subsecretário de Política Urbana de Minas Gerais.

Ronaldo Bonifácio da Silva o Bony, criador de Nelore , é um dos grandes conhecedores da raça. É natural de Uberaba/MG, mas está radicado em Passos/MG há muitos anos. Hoje assessora criadores da raça Nelore em todo o país.

Jayme Toledo Resende é engenheiro agrônomo, pecuarista e criador de cavalos Quarto de Milha. Como esportista, participa de provas de cavalos de apartação no Brasil e nos EUA.

Leia na Terra Boa 14

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ESPECIAL Minas é o melhor Estado para se viver

CAFEICULTURA Excelência na Exportação

ASSESSORIA Bony, a serviço da Raça Nelore

CAPA Fazenda do Sabiá: a Terra do Nelore

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DEPOIMENTOS Silagem de Milho + Análise de folha

REPRODUÇÃO Fertilização in vitro: muito além da inseminação

EQUINOCULTURA Apartação, modalidade western clássico

ESPORTE Team Penning, vive bom momento no Brasil


Rogério Ferreira é filho de cafeicultor e sempre trabalhou no segmento do agronegócio. Como profissional é formado em administração. Hoje é um dos diretores da Minas Export Comércio e Exportação de Café, empresa com sede em Piumhi, que agrega quatro segmentos: mineração, transporte, fazendas reunidas, comercialização e exportação de café.

Mauricio Silveira Coelho é veterinário e um dos sócios do Grupo Cabo Verde, em Passos/MG. Criador e produtor nato, é gestor da Fazenda Santa Luzia, uma das principais referências na produção de leite a pasto e criação de Girolando. Está entre os 20 maiores produtores de leite do Brasil, conforme ranking TOP 100 do site Milkpoint. Mauricio é também vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.

Ângelo Leite Pereira é filho de produtor rural. Foi pecuarista e administrador de cooperativa, em Carmo do Rio Claro/MG, onde também foi prefeito por três mandatos. Hoje presta serviços à Cemig no Programa Energia Eficiente. Também é membro do Conselho de Administração da MG Serviços.

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PECUÁRIA DE ELITE O engenheiro do Gir Leiteiro

PECUÁRIA DE ELITE Girolando, preferência nacional

PECUÁRIA DE ELITE Nelore, de pai para filho

EVENTO Expoinel Minas abre calendário oficial 2012

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DEPOIMENTOS Colheita eficiente + A serviço do campo

AGRICULTURA FAMILIAR Banana, uma alternativa de sucesso

EVENTO Femagri, o mundo da cafeicultura

AUTOMOTIVO Cargas Pesadas, concessionária Santa Emília


A revista agronegócios

EXPEDIENTE Terra Boa Agronegócios é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 1 | edição 1 | março/abril 2012 Direção executiva Bolivar Filho terraboaminas@hotmail.com Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho, Cleiton Hipólito, Dalton Filho, Denise Bueno Edição Bolivar Filho Denise Bueno denisebueno@multimarketing.ppg.br Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br daltonfilho@multimarketing.ppg.br Jornalista Responsável / Redação Denise Bueno – DRT/MG 6173 denisebueno@multimarketing.ppg.br Adriana Dias adriodias@hotmail.com Revisão Vanessa Cassoli vanessacassoli@multimarketing.ppg.br Fotos Allan Françozo allanfrancozodutra@gmail.com Daniela Venturini niventurini@terra.com.br Gustavo Leite zubribo@gmail.com Pitty Uberaba pittyuberaba@gmail.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares Revista Terra Boa Agronegócios Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/terraboa.agro terraboaminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao campo para a Terra Boa Agronegócios!

O Brasil é um país que tem a sua maior vocação econômica na agricultura. Em decorrência desse perfil, desde a era Getúlio Vargas, é conhecido como o “Celeiro do Mundo”. Realidade esta que vem se confirmando, com o novo potencial produtivo do país e a exportação de seus produtos. Mesmo com toda essa pujança, os casos de sucesso do meio rural não são sistematicamente divulgados. Pensando na importância dessa divulgação e quantas boas histórias são desconhecidas, idealizamos a Revista Terra Boa Agronegócios. Uma publicação que nasce com a missão de contar as boas histórias, os casos de sucesso de grandes ou pequenos produtores rurais da região Sudeste do país. Valorizar a história do homem do campo, o seu trabalho e a sua produção é a nossa missão, bem como mostrar esse Brasil rural que muitas vezes não reconhecemos, ou não queremos enxergar.

A palavra agronegócio significa o conjunto de todos os processos e operações relacionados com a agricultura, desde a produção até a comercialização dos produtos. A Terra Boa Agronegócios destacará esses processos através das editorias: Agricultura Familiar; Assessorias; Cafeicultura; Cobertura de Eventos; Equinocultura; Pecuária de Elite; Pecuária Leiteira; Reprodução Animal, entre outras. Seu público-alvo são os produtores rurais, criadores e apaixonados pelo meio rural. Com tiragem de 10 mil exemplares circulará por 38 cidades da região Sudeste, podendo atingir um público de até 150 mil leitores. A Terra Boa Agronegócios é editada pela mesma equipe da Revista Doce Mar de Minas - publicação voltada para o turismo e lazer - que completou um ano de circulação com grande sucesso. Venha curtir com a gente um pedacinho desse grande “Celeiro do Mundo”. Equipe Terra Boa


Ao leitor

A boa nova Como a maioria dos brasileiros, eu sempre tive um pé na roça. A minha relação com a vida no campo foi intensa. Trabalhei com cavalos desde a adolescência e negociava gado por este Brasil afora. Fiquei afastado desse meio por algum tempo, mas o mundo do agronegócio nunca saiu de mim, pois sempre quis colaborar de uma forma ou de outra com o meio rural. Diante dessa vontade e da oportunidade surgiu o projeto da Revista Terra Boa Agronegócios. A publicação surge com o intuito de mostrar tudo de positivo, que envolve direta e indiretamente, a agricultura e a pecuária. Sabemos da quantidade e qualidade de boas histórias que temos para contar e começaremos pela região Sudeste, com Minas Gerais e São Paulo. De carona com o bom momento que vive o agronegócio, iniciamos essa publicação trazendo para o leitor um pouco das experiências vividas por grandes criadores da pecuária de elite, bem como outras vivências de produtores da agricultura familiar. Os novos caminhos do agronegócio em Minas Gerais, poderão ser conhecidos através da entrevista com o Secretário de Agricultura, Elmiro Alves do Nascimento, e das experiências de empresários de diversos setores do meio rural. Também iremos registrar e mostrar para os nossos leitores, que no dia- a- dia de todo cidadão, 80% do que ele consome são produzidos de alguma forma pelo meio rural ou tem a mão de um produtor. Para criarmos esta revista, contamos com a competência da nossa equipe e com colaboradores que não mediram esforços para nos ajudar a elaborar este importante projeto. Esperamos que os leitores gostem dessa viagem pelo mundo rural. Um agradecimento especial ao Arquiteto do Universo. Fica aqui uma arroba de abraços. Boa leitura, Bolivar Filho

Você sabia que a Terra Boa também pode ser acessada na internet para leitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa Tenha uma boa leitura!


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Especial

Imagem: Gil Leonardi - Secom/MG

“Minas é

o melhor Estado para se viver”

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O Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Elmiro Alves do Nascimento, tem uma longa trajetória na vida pública. Foi deputado estadual, prefeito de Patos de Minas, sua terra natal, e diretor da extinta Companhia Agrícola de Minas Gerais (CAMIG). É suplente do senador Aécio Neves e assumiu a Seapa, em janeiro de 2011, a convite do Governador Antonio Anastasia. Filho de uma família tradicionalmente rural, também é um dos produtores do Estado. Em Patos de Minas, investe na cafeicultura e na criação do gado Nelore. O setor agropecuário vive um bom momento no Estado, o que aumenta ainda mais a sua responsabilidade. Entre os seus desafios está o aumento da produção através da irrigação, o crescimento sustentável e a agricultura familiar, entre muitos outros projetos que darão visibilidade aos produtos mineiros. Para Elmiro, o Brasil é o celeiro do mundo e Minas é o celeiro do Brasil. Com essa expressão, ele afirma que o produtor pode ter mais confiança em Minas Gerais e no país. Confira abaixo a entrevista concedida à Revista Terra Boa.

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TB - O que Minas Gerais representa para o Brasil e para o mundo, no que se refere à sua produção agropecuária? EN - Hoje, Minas Gerais é responsável por 12% do PIB do agronegócio nacional. Estamos crescendo muito acima da média do país. Isso

representa milhares de empregos gerados e a negociação de bilhões de dólares. O momento é grandioso para o agronegócio e a tendência é que o Estado cresça ainda mais. Nós precisamos deslanchar mais em relação à agricultura irrigada, o que irá triplicar a nossa produção. O pro-

jeto Jaíba é um dos exemplos do que pode ocorrer com a irrigação. O município tem uma excelente produção de frutas e exporta para vários países. TB - O Governo de Minas tem um programa para a fomentação do desenvolvimento regional, atra-


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anos

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A tônica do Governo está sobre a qualidade em todos os produtos. Hoje, a dona de casa não procura mais preço, ela busca qualidade, pois o seu poder de compra aumentou

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vés de suas universidades. Minas tem uma grande bacia leiteira. Existe algum projeto para se criar uma linha de pesquisa específica para laticínios? EN - Nós temos em Juiz de Fora o Instituto de Laticínios Cândido Tostes, que é uma referência para o Brasil inteiro, e queremos criar outras unidades. Em Patos de Minas estamos transformando uma Fazenda da Epamig em uma Fazenda Escola com laboratório, pois hoje a maioria dos exames é feita em São Paulo. TB - Sobre a qualidade dos produtos mineiros, quais são os caminhos para que o produtor possa ofertar essa qualidade? EN - A tônica do Governo está sobre a qualidade em todos os produtos. Hoje, a dona de casa não procura mais preço, ela busca qualidade, pois o seu poder de compra aumentou. Sobre o queijo, especificamente, um dos nos-

sos tradicionais produtos, procuramos aparar arestas sobre o período de maturação, com o Ministério da Agricultura, e chegamos a um ponto comum. Vamos começar a exportar. O nosso queijo não deixa nada a desejar ao queijo suíço. TB - O estado tem bons índices na produção cafeeira e exporta seus produtos in natura. Por que a industrialização, que agrega maior valor ao produto, ainda não aconteceu? EN - Estamos trabalhando sobre este problema. Aos poucos nós vamos reverter esse quadro. Nós vamos exportar o produto pronto, mas o processo é demorado. Estamos buscando mercados para que isso aconteça. TB - Minas tem dois grandes produtos: o café e o leite. O café vive um bom momento, o leite sofre oscilações. O Governo tem algum pro-

Imagem: Guilherme de Carvalho Gomes

Elmiro Nascimento durante visita a 20ª Exphomig, em Barbacena, setembro de 2011


Imagem: Marcelo Varella

Também queremos criar o Certifica Leite e a agricultura irrigada. O potencial de Minas é enorme e podemos triplicar a nossa produção

O Secretário de Agricultura durante visita à Expozebu, maio de 2011

jeto para que os produtores de leite tenham mais equilíbrio financeiro? EN - O que é bom, nós temos que copiar. Estamos tentando trazer para o Estado, as práticas referentes à pecuária leiteira adotadas no Paraná, em relação ao preço do leite. É claro que teremos que nos adequar. Minas é um grande produtor de leite e teremos que conversar com todas as cooperativas. TB - O senhor assumiu a Seapa há 15 meses. Quais os projetos que destaca nesse período de trabalho? EN - Nós estamos tentando implantar alguns projetos, entre eles o do georreferenciamento do café. Minas Gerais é o maior produtor de café, com o índice de 50% da produção nacional, mas não sabemos o verdadeiro potencial da cafeicultura. Estamos conversando com cooperativas para que possamos dimensionar a qualidade e quantidade exatas da nossa produção. Com esses dados poderemos projetar o futuro da atividade. Também queremos criar o Certifica Leite e a agricultura irriga-

da. O potencial de Minas é enorme e podemos triplicar a nossa produção. O Estado é a caixa d’água do país, podemos usá-la com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e dobrando a nossa produção. TB - Hoje, qual o maior desafio da Seapa? EN - É produzir mais e com qualidade. TB - Quais são os projetos do Governo para a produção do açúcar, etanol e madeira, já que crescem as áreas de plantio da cana e do eucalipto? EN - Hoje Minas tem a maior floresta plantada do Brasil. Estamos focando a interligação da floresta, lavoura e pecuária. Para que uma cultura não atrapalhe a outra, estamos especificando áreas. Precisamos produzir mais em áreas menores e ter a diversificação de culturas.

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agroneg贸cios

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Anuncie na Terra Boa e tenha uma boa colheita 35 3522-6252 | 9213-6432 | terraboaminas@hotmail.com www.facebook.com/terraboa.agro

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Cafeicultura

Excelência na

Exportação

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Empresa mineira se destaca na produção e exportação de café e ainda aposta na mineração e na criação de gado de corte

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Minas Gerais é um Estado reconhecido pela sua produção cafeeira. Entre montanhas, as lavouras mineiras de café se estendem por milhões de hectares, garantindo 50% da produção nacional. Em Piumhi, cidade de 33 mil habitantes, localizada na região Centro-Oeste do Estado, o Grupo Minas Export Comércio e Exportação de Café reflete essa realida-

de. Fundado pelo cafeicultor Ramiro Júlio Ferreira Júnior, em 1986, tem 8 milhões de pés de café plantados. A empresa criou uma trajetória de sucesso e, hoje, exporta para os Estados Unidos, Europa e Ásia. A Minas Export reúne quatro empresas, administradas em conjunto pelos filhos de Ramiro: Rogério, Fabiana, Renata e Fernanda. “Nós associamos a experiên-

cia de meu pai na cafeicultura com novas técnicas e a formação profissional de cada um dos filhos, nas áreas de administração de empresas e agronomia”, disse Rogério Ferreira, diretor do Grupo. Em 26 anos de muito trabalho e empreendedorismo, a empresa cresceu consideravelmente e se diversificou. Hoje, além da produção, comercialização e ex-


Para alavancar o crescimento esperado para 2012, o grupo traz algumas inovações para a próxima safra, como o Repórter Minas Export. Através de uma rádio de Piumhi, o cafeicultor acompanhará a cotação do café em tempo real e terá a oportunidade de venda imediata da sua produção para a empresa

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A meta da empresa para esse ano é crescer 20%

Rogério e Fabiana apostam no crescimento da empresa através de investimentos em novas formas de comunicação e relacionamento com o produtor rural

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O crescimento da Minas Export atrai novas empresas para Piumhi, o que aumenta a geração de empregos

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portação de café, possui mineração de granito preto, rede de postos de combustíveis, fazenda de gado de corte e transportadora. Os 8 milhões de pés de café plantados nos municípios de Piumhi, Capitólio e Vargem Bonita abastecem parte do montante comercializado pelo Grupo, que ainda compra café de produtores mineiros e do Estado do Espírito Santo. Com o momento positivo vivido pelos cafeicultores, nesse início de 2012, em decorrência do aumento das exportações , Rogério acredita que o preço da saca ficará próximo a R$ 450,00 com a chegada dos frutos da próxima colheita que começa em abril. O Grupo Minas Export detém 25% da

produção regional e está entre os 30 maiores exportadores de café do Brasil. A meta da empresa para esse ano é crescer 20%. Para alavancar o crescimento esperado para 2012, o Grupo traz algumas inovações para a próxima safra, como o Repórter Minas Export, que dará a cotação do café em tempo real através de uma rádio de Piumhi e gerará a oportunidade de venda imediata da produção do cafeicultor para a empresa. “A inovação é importante em qualquer negócio”, afirmou Rogério. O resultado da Minas Export atrai novas empresas para Piumhi, o que aumenta a geração de empregos e impostos para o município. A empresa mantém 800 funcio-


nários diretos e 400 indiretos. Em 2011, Piumhi ficou em 16º lugar entre os municípios exportadores de café de Minas Gerais e o 1º do Oeste de Minas. O acumulado da balança comercial chegou a US$ 480 milhões. Com escritórios de comercialização em Piumhi, Varginha, Campo Belo e Santos, a Minas Export tem foco nos mercados dos Estados Unidos e Inglaterra. Para acompanhar o mercado, tem acesso direto às cotações das bolsas e do dólar. Os compradores e vendedores acompanham em tempo real as cotações da bolsa. “Começamos a acompanhar as cotações desde as 5h30”, disse Rogério. Para atender às exigências do mercado internacional e às novas diretrizes de sustentabilidade, as lavouras da empresa são certificadas com os selos UTZ e RAIN FORST, que garantem o manejo adequado e boas técnicas de preservação, o que reflete na qualidade do produto e na proteção do meio ambiente. Segundo Rogério, o crescimento da empresa se deve a alguns pilares, como a experiência, a união da família e o comprometimento profissional de cada um dos diretores. “Aqui ninguém é filho, ninguém é dono. Cada um tem que exercer a sua função com responsabilidade e profissionalismo”, concluiu.

A união da família e o comprometimento profissional de cada um dos diretores são pilares de crescimento para a Minas Export

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Assessoria Agropecuária | março | abril 2012

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Bony, a serviço da raça Nelore Falar da raça Nelore no Brasil não é problema para ele, pois conhece a história da raça a fundo. Nada mal para quem começou a vida como peão de fazenda e foi crescendo na atividade gradativamente. Hoje é criador da raça e consultor para criadores em todo o país.


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Ronaldo Bonifácio Silva, o Bony, acompanhou toda a trajetória do Nelore desde o deslanchar da raça no início da década de 1960, com a importação do touro Karvadi por Torres Homem Rodrigues da Cunha. Karvadi é considerado o mais perfeito Nelore do mundo e é responsável por promover o melhoramento genético da raça, ainda hoje, através de seus descendentes. Em sua história de vida, sempre admirou e seguiu os passos de dois homens lendários: Torres Homem Rodrigues da

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Cunha e Dr. Rubico Carvalho. No seu entender, foram eles os responsáveis pelo desenvolvimento e consolidação da raça Nelore no Brasil. Por causa do Nelore, Bony chegou à Fazenda do Sabiá, como visitante, e lá ficou por 32 anos gerenciando o cruzamento dos animais e trabalhando na melhoria genética da raça. O resultado, todos os neloristas reconhecem: a Fazenda é uma das mais atuantes e se destaca no melhoramento genético da raça Nelore no Brasil. Ele não cansa de elogiar o traba-

lho sério e importante do Sr. Alberto Mendes, proprietário da Sabiá, que acreditou e investiu na raça e, também, por quem tem um carinho todo especial. Hoje, Bony é respeitado e reconhecido no meio. Sua gratidão por todos da Fazenda do Sabiá é imensa, pois foi onde teve a oportunidade de se tornar uma referência. “Eu nomeei o primeiro bezerro que nasceu na Fazenda do Sabiá e assim começou o desenvolvimento da seleção do rebanho. Naquela época era muito difícil, porque não existia a transferência de em-


Conhecedor da raça como ninguém, Bony associa o conhecimento adquirido em três décadas às novas tecnologias que reduziram o tempo de fecundação, mas alerta sobre a importância do trabalho de base na formação do plantel

Ronaldo Bonifácio Contato: (35) 3522-1045 | (35) 9135-6660 fazendadoboni@yahoo.com.br

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brião. A seleção era demorada. Hoje, não. Se você tem uma doadora você coleta os óvulos de 15 em 15 dias e forma o seu plantel”, diz Bony. Conhecedor da raça como ninguém, Bony associa o conhecimento adquirido em três décadas às novas tecnologias que reduziram o tempo de fecundação, mas alerta sobre a importância do trabalho de base na formação do plantel. “Não é ter duas ou três doadoras que o faz um criador, mas sim ter um plantel na sua propriedade”, esclarece. No trabalho como consultor, faz o cruzamento dos animais levando em consideração as características genéticas, que é o mais importante nesse processo, além de todo o manejo no desenvolvimento dos animais. Segundo Bony, a definição da caracterização da raça é o fator que conta dentro daquilo que o criador espera: beleza racial, precocidade, estrutura, carcaça e ossatura. “É preciso imaginar o bezerro antes dele nascer”, aponta. O crescimento da raça Nelore é uma realidade no Brasil. “As pessoas acham que é hobby, mas ninguém entra nesse mercado para perder dinheiro”, afirma Bony. Segundo ele, há o fazendeiro e o empresário. O fazendeiro realiza o trabalho no longo prazo, já o empresário quer retorno mais rápido. “Hoje os criadores investem na formação de um plantel, que tenha um trabalho de base. O melhoramento de uma raça exige muito tempo e trabalho. Para se ter um touro campeão levam-se décadas”, conclui.

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Torres Homem Rodrigues da Cunha e Dr. Rubico Carvalho, considerados responsáveis pela consolidação do rebalho da raça Nelore no Brasil


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Capa

O empreendedor Alberto Mendes fez com que o Nelore se tornasse um grande negócio e transformou seus animais em uma das melhores genéticas da

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raça no país. A sua trajetória de sucesso é seguida

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pelo filho, Roberto Alves Mendes, o Beto Mendes, que narrou à revista Terra Boa a chegada da família ao Sudoeste de Minas Gerais, bem como a trajetória de sucesso de seu pai como criador da raça


Fazenda do Sabiá:

a Terra do Nelore Imagens: Arquivo Pessoal

A relação da família Mendes com o Sudoeste de Minas começou há mais de 50 anos, quando o patriarca José Mendes Júnior adquiriu um rancho na região conhecida como Can-Can, entre os municípios de Alpinópolis e São José da Barra. Natural de Belo Horizonte, trazia a família para curtir momentos de lazer e de pescaria. O mesmo aconteceu com seus descendentes, entre eles Alberto Laborne Valle Mendes, proprietário da Fazenda do Sabiá, que fincou suas raízes no município de Capitólio.

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Imagem: Revista Nelore - Daniel Bilk Costa

A busca incansável pelo melhoramento genético é a marca da Fazenda do Sabiá. Na caracterização dos animais buscam a beleza racial, harmonia e carcaça bem definida, resultado que pode ser conferido nas exposições por todo

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o país

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Proprietários da empresa de construção pesada Mendes Júnior conheciam o potencial da região para a construção de uma hidrelétrica, o que se concretizou no governo de Juscelino Kubitschek. Juntamente com uma empresa italiana, foram parceiros na construção da Usina de Furnas. Com a chegada das águas que formaram o Lago de Furnas, Alberto pressentiu o potencial turístico da região. Mas como proprietário de grande extensão de terras, sabia que teria que fazer a terra produzir. Plantou arroz às margens do novo lago, criou gado holandês, mas, por indicação de Otacílio Mundinho, funcionário da Mendes Júnior, conheceu o gado Nelore. Encantado pela nobreza e beleza da raça, Alberto começou a investir. As primeiras benfeitorias na fazenda foram para proporcionar condições ideais de manejo do gado. Para adquirir as primeiras matrizes, Alberto Mendes buscou ajuda de especialistas. A assessoria veio de Uberaba, que naquele período já era um centro de criação do Nelore, através do Dr. Mário Borges e José da Silva, o Dico, um dos grandes conhecedores e gerente da marca VR, uma das mais tradicionais selecionadoras da raça Nelore no Brasil, com quase 100 anos de história. Dico orien-

Sala de troféus da Fazenda do Sabiá: uma coleção de vitórias que reflete seu compromisso com a raça Nelore

tou a compra das primeiras 150 matrizes. A partir desse momento começava a trajetória de sucesso da Fazenda do Sabiá como criadora de Nelore. O que começou como um hobby virou um grande negócio. Encantado pela raça, Alberto já iniciou o processo de seleção genética com as primeiras matrizes adquiridas. Naquele período, tudo era mais difícil e demorado na reprodução dos animais. Mas a cada avanço da tecnologia e da biogenética ele estava pronto para investir, o

que gerou bons resultados e fortaleceu toda a sua trajetória como criador de Nelore. Na década de 70, Ronaldo Bonifácio da Silva, o Bony, sobrinho de Dico, começou a trabalhar na fazenda. “O Bony é um dos maiores conhecedores da raça. O seu conhecimento associado à visão empresarial do meu pai gerou o sucesso da Fazenda do Sabiá”, disse Beto Mendes. O resultado do trabalho, pelos padrões de reprodução da época, foi

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rápido. Após seis anos na atividade, a Fazenda do Sabiá conquistou o título de melhor criador e melhor expositor, em Uberaba. “Essa conquista equivale à vitória de uma Copa do Mundo”, ressaltou Beto. Sem as tecnologias atuais e a fertilização in vitro, as conquistas eram resultado do trabalho, muito esforço, competência e sorte. Segundo Beto, seu pai quebrou alguns paradigmas da época ao colocar à venda o que tinham de melhor no rebanho. Há 28 anos criaram o leilão Noite dos Campeões, o mais tradicional da raça no país. A busca incansável pelo melhoramento genético é a marca da Fazenda do Sabiá. Na caracterização dos animais buscam a beleza racial, harmonia e carcaça bem definida, resultado que pode ser conferido nas exposições por todo o país. Na Expoinel de Minas Gerais, realizada

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em fevereiro de 2012, em Uberaba, a Fazenda do Sabiá recebeu o título de Melhor Criador. Há mais de 100 anos trabalhando na seleção da raça Nelore, o Brasil atingiu um patamar que é reconhe-

cido por criadores internacionais. Além disso, o país é o maior exportador de carne do mundo. “Hoje o Nelore é o gado. Não existe nada melhor do que o Nelore brasileiro”, concluiu Beto Mendes.

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Informe | março | abril 2012

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O Porto Seguro da sua produção

A empresa Porto Mineiro de Grãos foi criada há cinco anos no município de Formiga, para atender à demanda de beneficiamento e armazenagem de grãos. Nesse período a empresa cresceu e ampliou a sua área de atuação, com armazéns também nas cidades de Passos e Pimenta. Hoje abrange uma área de 30 municípios. Tudo começou quando 13 produtores se uniram em busca de um local confiável para armazenar a produção. Conhecedores da capacidade de produção da região para os grãos - milho, sorgo e soja - investiram na empresa para atender a uma demanda cada vez mais crescente. Atualmente, as regiões Sudeste e Centro- Oeste de Minas Gerais são as áreas de maior produtividade de grãos do país.

Com capacidade de armazenagem para 800 mil sacos, distribuídos nas três unidades da empresa, e processamento diário de 30 mil sacos de milho úmido, as instalações de beneficiamento do Porto Mineiro de Grãos têm tecnologias de ponta para recebimento, processamento e armazenagem de grãos, sendo o armazém de Formiga um dos mais modernos da região. “O armazém é como um banco onde o produtor guarda o seu dinheiro. Credibilidade é um quesito fundamental na hora de definir onde depositar”, disse um dos sócios da empresa, Marco Andrade Lemos. Diante do grande potencial do agronegócio na sua área de atuação, a empresa estendeu as suas atividades para outros segmentos, como a área comercial, atra-

vés da compra e venda de grãos, mercado futuro e exportação. O Grupo, por acreditar na agricultura, tem uma revenda de insumos que atende a 15 municípios, e tem aumentado a cada ano as áreas próprias de plantio. O Porto Mineiro prima pela segurança, precisão e transparência, desde a chegada do produto aos armazéns, bem como em todo o processo de beneficiamento e armazenagem. A unidade de Formiga é localizada em área estratégica entre a MG 050 e a BR 354, próxima à linha da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que viabilizará o transporte de grãos para os portos de Sepetiba, no Rio de Janeiro, e Tubarão, no Espírito Santo, além das ações de compra e venda para outras regiões brasileiras.


O Grupo não para de investir. Recentemente, multiplicou por três a capacidade de processamento na unidade de Passos, para adequá-la às necessidades do produtor moderno que visa produzir mais e colher mais rápido, possibilitando o plantio de uma segunda safra. “O produtor moderno usa da agricultura de precisão e os avanços são necessários para acompanhar esse novo perfil”, enfatiza Marco. Para atender a essa demanda, o Grupo trabalha intensamente no período da safra, com carga de trabalho de 24 horas todos os dias da semana. “O pior lugar para se armazenar a produção é na lavoura, pois lá corremos riscos de chuvas, ventos e pragas. Com os avanços tecnológicos a produtividade e área plantada têm aumentado, sendo essa região uma das mais produtivas do país se equiparando aos índices norte-americanos. Somos todos produtores rurais e sabemos da im-

portância de um bom armazém. Somente com o fortalecimento de toda a cadeia produtiva, buscando unir os interesses dos que produzem e dos que consomem, poderemos ter um ambiente adequado para seguirmos em frente com os pés no chão”, disse Marco. Apostando no fortalecimento da cadeia produtiva, a empresa investe também na capacitação dos produtores rurais. Para isso, criou o “Show Tecnológico”, evento que reúne palestras, visita a Campos Demonstrativos e venda de maquinários. Programado para o dia 30 de março, na Fazenda Santa Rita, localizada entre os municípios de Formiga e Pimenta, o evento reunirá contabilistas e advogados, que farão palestras sobre legislação. Para falar sobre o Mercado de Grãos o convidado é o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues.

Para Marco, a capacitação é fundamental para que todos cresçam: produtores e empresa, com foco no que há de mais moderno em tecnologia, acompanhando as mudanças na legislação do país e no mercado de grãos. “ Assim, teremos um crescimento sustentado em bases sólidas”, concluiu.

Formiga: ao lado da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), em frente ao anel rodoviário da MG050 com a BR354. Fone: (37) 8402 4462 Passos: (35) 9126-9884 Pimenta: (37)3324-1836

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O engenheiro do

Gir Leiteiro Imagens: Arquivo Pessoal


Em 1969, ser produtor rural e criador de Gir Leiteiro não estava nos planos do engenheiro civil Arthur Souto Maior Filizzola, mesmo sendo filho de produtor rural. Mas, certo dia, em função do pai ter vendido a fazenda e por sentirse desconfortável com essa situação, resolveu comprar uma fazenda para lhe dar alegria, bem como ter um lugar para frequentar. Assim se viu fazendeiro da noite para o dia

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Na ocasião era diretor da construtora Andrade Gutierrez e foi se aconselhar com o amigo Gabriel Andrade, proprietário da empresa. Saiu da conversa como o mais novo criador de Gir Leiteiro, com a aquisição de 25 novilhas e um tourinho, o Espantoso, que foram levados para a Fazenda dos Poções, no município de Jequitibá, em Minas Gerais. Hoje, ele tem animais entre as raças Gir Leiteiro, Girolando, Nelore e Guzerá, distribuídos em quatro fazendas no Brasil. É considerado um dos maiores criadores da raça Gir e detém o maior número de filhos e netos do Radar dos Poções, um dos sêmens mais caros da raça no mundo. Nada mal para quem comprou uma fazenda para alegrar o pai e se apaixonou pela atividade. Para ser um criador de sucesso ele pesquisou, estudou e foi buscar soluções na Índia, país de origem do Gir. “Observei que no Brasil o gado estava definhando em decorrência da consanguinidade. Paralelamente a esse fato, diminuía o número de criadores e de animais, enquanto a raça Nelore ganhava terreno. Em 1972, fui conhecer o rebanho indiano”. Na índia encontrou o experiente Pradip, grande conhecedor da raça Gir, que passou um período de quase um ano no Brasil, juntamente com o pessoal do Celso Garcia Cid, também criador de Gir Leiteiro. Por várias vezes, Pradip voltou ao Brasil onde dividiu o conhecimento sobre as particularidades e características da raça. “Ele fazia a cobertura das minhas vacas daqui com sêmen de lá. Já tive onze touros na Índia e, hoje, tenho apenas um, o Tokaryo”, disse Dr. Souto, como é chamado na Fazenda dos Poções.

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Para ser um criador de sucesso, ele pesquisou, estudou e foi buscar soluções na Índia, país de origem do Gir Para ser um criador de sucesso, ele quebrou paradigmas e ‘engenhou’ melhoramento genético, com o que denominou genética “Nova Opção”. Em 1974, passou a fazer inseminação artificial quando adquiriu doses de sêmen de touros famosos, tanto do Brasil como de descendentes indianos. “Em 1974, inscrevi nosso plantel no Controle Leiteiro da ABCZ, onde pude observar o bom desempenho das filhas do Espantoso. Notamos que a produção das vacas Gir era superior à das vacas mestiças da região da fazenda”. Em 1981, adquiriu mais 25 novilhas, todas filhas de touros que foram campeões, procedentes da Fazenda Brasília. “Separei 15 animais, com os quais trabalhei um cronograma diferenciado de alimentação. O resultado era avaliado semanalmente, quando aumentava a ração. Em todo final de semana observávamos a lactação. Esse processo durou três meses. Com isso, verificamos que tinham vacas, que à medida que aumentávamos meio quilo de ração aumentavam a lactação. No entanto, outros animais, a partir de determinado ponto, estacionavam a produção de leite e apenas aumentavam o peso corporal. Com ração e lactação selecionamos as vacas de leite e as de corte”. “Com este experimento fiz uma seleção de 10 vacas, com as quais formei o meu rebanho. Fizemos os testes aqui mesmo na fazenda Poções. Nosso regime é praticamente a pasto. Damos em média de 1 kg a 2 kg de ração ao longo do dia por vaca. Consequentemente, observamos que a produção pode ser aumentada se

aumentamos a ração, o que acontece visando a parte econômica da nossa produção. Hoje fazemos com que o nosso gado, com pouca ração, nos dê uma produção economicamente viável. Ainda continuamos a nossa seleção, aumentando o nosso rebanho em qualidade, tanto racial como em produtividade”. No decorrer dessa trajetória, Dr. Souto formou reprodutores de sucesso, como o Radar dos Poções. “O Radar morreu há oito anos, na Colômbia, com mais de 18 anos de vida. Recebi muito bem por ele, que foi um dos nossos primeiros touros. A mãe era indiana, Jalam da Zebulândia, de propriedade de Torres Homem Rodrigues, e o pai era Degas, um dos primeiros touros do Brasil que tiveram suas filhas com lactação comprovada acima de 5.000 kg, há aproximadamente 40 anos. O sêmem do Radar é o mais caro do mundo, em torno de R$ 40 mil. Eu não podia imaginar que o Radar fosse o sucesso que foi e é. Já imaginou, financeiramente, se eu tivesse mil doses do Radar hoje? Já tive 12 mil doses dele que mandei para Argentina, Colômbia, México, Venezuela e Estados Unidos”. O Radar deu muitas alegrias, mas trouxe dificuldades também. Com o seu sucesso, sêmens falsos foram colocados à venda por terceiros, o que causou grande constrangimento ao Dr. Souto. “Os culpados, aqueles que fizeram as coisas erradas, ainda estão impunes, mas eu espero que eles sejam punidos. Eles negociaram sêmen falso por 10 mil reais. O que aconteceu foi que algumas pessoas maldosas pegaram sêmen de um touro qualquer dizendo que era do Radar e comercializaram a dose por R$ 10 mil. Alguns compradores fizeram teste de DNA e descobriram que não era do Radar. Acionaram a ABCZ. Eu fui vítima. Exigiram que eu fizesse DNA de todo o meu rebanho”. O criador não trabalha somente com animais. É também produtor da Cachaça dos Poções, com produtividade de 70 mil litros ao ano. Um dos maiores criadores da raça Gir no Brasil tem uma sucessora, a filha Maria Auxiliadora, a Maicy, que cuida, junto com o marido, da Agropastoril dos Poções e Participações Ltda.


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A caracterização do Gir, nas palavras do Dr. Souto

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“O Gir Leiteiro tem a cabeça ultra-convexa. As orelhas de comprimento médio devem ser pendentes, começando em forma de tubo enrolada sobre si mesma, abrindo em seguida para fora, curvando para dentro na ponta e voltada para a face. Os chifres devem ser escuros, para baixo e para trás. O olhar suave, tipo chinês. A pele deve ser sedosa e fina, de preferência vermelha. Cupim bem feito. Garupa ampla, pescoço médio. A linha dorso-lombar deve ser proporcional ao conjunto do animal, equilibrada quanto à horizontalidade e largura, comprida no dorso (correspondente às vértebras torácicas e sustentação do costado, abrigando pulmões e coração), larga no lombo (correspondente às vértebras lombares, abrigando o aparelho digestivo e útero gestante), seguindo com a bacia comprida e ancas largas e aparentes. A harmonia de todo esse complexo é fundamental para a aparência do Gir Leiteiro. Hoje não existe mais distinção entre o Gir Leiteiro e o Gir Padrão, porque o Gir que não é leiteiro não é Gir. Na índia é a segunda maior raça do país”.

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Radar dos Poções


Alguns touros da Fazenda Poções Natal Filho de Cenoura e Degas Radar dos Poções Filho de Jalam da Zebulândia e Degas. 1º lugar no Sumário da ABCZ com 632,60 de PTA e 0,87 de Acurácia, em 10 rebanhos e 68 filhas no ano de 2005. 2ª Lugar no Sumário da ABCZ no ano de 2006 1º Lugar no Sumário da ABCZ no ano de 2007, com PTA de 701.21 - 0.90 Acurácia, em 16 rebanhos com 71 filhas.

Emulo dos Poções Touro com ótima caracterização racial e libido. Vendido para Bolívia e naquele país provado em 153 filhas. Foi adquirido novamente pela Fazenda dos Poções, sendo uma das melhores de suas opções.

Ozano TE dos Poções Filho de Prenath X Paquera ( que produziu 7.872 kg de leite). Em teste de Progênie. Plutão TE dos Poções Bem Feitor X Juliana dos Poções (Radar X Tacada dos Poções), uma das melhores vacas da fazenda, com 5.200kg na 1ªlactação. Em teste de Progênie. Pradip dos Poções e Pradesch dos Poções Filhos de Radar com Lindesey dos Poções ( ela bisneta de Prenath, neta de Gorag e filha de Tokaryo, todos indianos).

Espantoso Filho de Krishna Sakina Pushpa com Junção. Major TE dos Poções Filho de Espantoso com Paquera dos Poções, em teste de Progênie. Bombay dos Poções – Filho de Naidu Importado com Janã da Zebulândia. Lacustre TE dos Poções Filho de Radar dos Poções com Esperança dos Poções ( vaca excepcional, produção acima de 6.400kg leite, da melhor família da fazenda).

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Oriz dos Poções Filho de Teatro da Silvânia (Espantoso X Nata) X Taynah dos Poções (Panamá X Jardineira). Melhor DNA para leite no país. Em teste de progênie.

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Carcaça Bovina A seleção contribui para a melhoria de suas características No âmbito das constantes mudanças do sistema produtivo de bovinos de corte, o enfoque sobre a qualidade da carne é cada vez maior. A cadeia da carne bovina poderá ganhar significantemente com a valorização do produto final, como demonstrado por muitos. Entretanto, deve-se destacar que aquele que cria o animal, o produtor, poderá ganhar mais ainda dentro da fazenda. Hoje em dia, palavras técnicas como espessura de gordura subcutânea, espessura de gordura na garupa, área de olho de lombo e musculosidade, tornaram-se comuns aos ouvidos daqueles mais atentos às tecnologias inerentes à pecuária moderna. A gordura subcutânea na carcaça tem grande importância na indústria, pois tem o papel de isolante térmico durante o processo de seu resfriamento, evitando o endurecimento, a quebra de peso e o escurecimento da carne. Maiores áreas de olho de lombo são relacionadas com maiores quantidades de carne presente na carcaça, o que tem impacto na diminuição dos custos fixos de produção de um animal e do processamento de sua carcaça dentro do frigorífico. Com a busca por animais que forneçam carne de qualidade e em maior quantidade, a inclusão de características de carcaça, em programas de melhoramento genético se tornou importante e, com isso, a utilização da ultrassonografia tornou-se fundamental. Esta ferramenta permite medir características como musculosidade e acabamento de gordura, avaliando animais ainda vivos e de forma acurada. Com esta tecnologia, os geneticistas conseguem determinar quais animais são melhoradores para as características de carcaça os

quais serão usados na produção de animais mais adequados para a produção de carne. Vimos com isso que o objetivo de produzir animais que atendam às exigências da indústria frigorífica, principalmente quanto a peso e acabamento de carcaça, pode ser alcançado de forma economicamente eficiente, garantindo o espaço do produtor naquele mercado. Porém, benefícios tanto quanto importantes podem ser alcançados ainda dentro da fazenda, como, por exemplo, garantir boa condição corporal do rebanho de matrizes durante o período pós-parto e na estação de monta. A adoção da estação de monta promove uma maior concentração de nascimentos no início da época das águas, quando há maior disponibilidade de alimento, criando condições para o suprimento das necessidades energéticas do par vaca-bezerro. Neste período, pós-parto, os requerimentos nutricionais da fêmea são aumentados. Somados aos gastos com sua sobrevivência, ela deve produzir leite o bastante para alimentar seu bezerro e, muitas vezes, o alimento disponível não é suficiente para o atendimento de suas exigências. Além disso, deve-se lembrar que, previamente, a vaca foi submetida a um regime de déficit nutricional em decorrência da estação seca, época em que as pastagens oferecem alimento em menor quantidade e qualidade. Por meio destes fatos, comprova-se a importância da matriz apresentar reservas corporais de energia que seriam mobilizadas durante o período de déficit nutricional. Desta forma, a seleção de animais para espessura de gordura subcutânea, a qual é facilmente

mensurável através de ultrassonografia, contribuiria para a produção de matrizes que provavelmente chegariam à estação de monta com condições corporais melhores. Isto refletiria em maiores probabilidades de concepção, gerando aumento nos índices reprodutivos do rebanho. Os mesmos benefícios na seleção de acabamento poderão ser refletidos no desempenho de touros que são utilizados em regime de estação de monta, onde a perda de peso pode comprometer o seu desempenho e índices de concepção. Portanto, percebe-se que conhecer os parâmetros de crescimento animal, explorando medidas permitidas pela técnica de ultrassonografia para avaliação da carcaça bovina, é uma importante ferramenta para o produtor de carne melhorar seus índices produtivos. A seleção genética de animais para melhorar as características da carcaça vai muito além do objetivo de apenas melhorar a qualidade da carne produzida, mas, devido às suas relações com índices reprodutivos, pode aumentar a rentabilidade da atividade através de um sistema mais eficiente.

Yuri Baldini Farjalla Zootecnista pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); Mestre em Produção Animal pela ESALQ/USP e Técnico da Aval Serviços Tecnológicos yfarjalla@aval-online.com.br


FAZENDA

CAMBAÚBAS

Venda de reprodutores Nelore registrados na ABCZ - LA e PO, garrotes e novilhas

Contatos: 35 9113-4288 André | 35 9215-0033 Roni | 35 9215-0022 Gleison FAZENDA CAMBAÚBAS | Rodovia Glória/Furnas - km 9 | São João Batista do Glória/MG 45


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Girolando preferência nacional na pecuária leiteira

Imagens: Bjorn Qvarfordt - DeLaval International AB Arquivo pessoal Fazenda Santa Luzia

“Os animais da raça Girolando, da Fazenda Santa Luzia, como superam índices de produtividade. Esse sucesso melhores doadoras e a disseminação


não só garantem a produção leiteira da Fazenda, é compartilhado com a venda de suas da sua genética”. Mauricio Silveira. 47


A Fazenda Santa Luzia, em Passos, Minas Gerais, é um condomínio familiar de cinco irmãos e tem 68 anos de tradição. O patriarca, José Coelho Vitor, é um produtor experiente. Do alto dos seus 80 anos, acompanhou a evolução genética do rebanho brasileiro e incorporou nos seus negócios todos esses ganhos. Hoje, a Fazenda é administrada pelos cinco filhos, a terceira geração na linha de sucessão, e integra o Grupo Cabo Verde, que reúne outras unidades de negócios da família. Embora tenha trabalhado com animais holandeses no passado, o grupo optou por ter na Santa Luzia somente animais da raça Girolando, pela aptidão da fazenda para a produção a pasto, favorecida pelas características da raça. A seleção genética do rebanho foi muito bem trabalhada nesse período e, atualmente, os descendentes da Santa Luzia são encontrados em todo o país e até no exterior. Mauricio Silveira Coelho, gestor da fazenda no setor da pecuária, relata que o Girolando é extremamente versátil e se adapta bem a qualquer região do país. A raça, resultado do cruzamento do Holandês com o Gir, traz o melhor das

Marcela Lemmer Bicampeã melhor fêmea jovem nacional

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• Melhor Fêmea Jovem Nacional Mega Leite 2008” aos 11 meses • Melhor Fêmea Jovem Expo Resende 2008” • Melhor Fêmea Jovem Feileite2008” • Melhor Fêmea Jovem Expass 2009” • Melhor Fêmea Jovem Expoagro Franca 2009” • Melhor Fêmea Jovem Superagro/Bh 2009” • Campeã Fêmea Futura Tropical Superagro/Bh 2009” • Melhor Fêmea Jovem Nacional Megaleite 2009” aos 23 meses • Campeã Vaca Jovem Nacional ¾ 2011

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Roberto, Maria Lucia, José Coelho Vitor, Murilo, Rubens e Mauricio Silveira Coelho

duas genéticas: a rusticidade e produtividade do Gir Leiteiro e a produtividade do Holandês, sendo considerado o cruzamento perfeito para a produção de leite nos países tropicais. Com este ambiente favorável à produção, somado às tecnologias de ponta e à biogenética, o crescimento da raça no Brasil passou a ser uma consequência natural. Segundo Mauricio, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, da qual é vice-presidente, já soma mais de 1 milhão de animais registrados; só em 2011 foram 100 mil registros, o que demonstra

o crescimento da raça e o momento positivo para os criadores. Com o investimento na seleção genética do seu rebanho, a Santa Luzia optou por colocar à venda seus melhores animais, o que faz sistematicamente há 11 anos, no seu leilão anual realizado na sede da Fazenda, sempre no último sábado do mês de abril. “Fizemos o primeiro leilão e gostamos muito do resultado. Foi uma mudança de posicionamento no mercado. Sempre vendemos nossos animais e, a partir da criação do leilão, começamos a efetivar essas vendas de forma mais organizada”, disse Mauricio.


Com a busca constante por animais de qualidade e a entrada de novos criadores, o mercado encontrou novas formas de negociações. Diante dessa realidade abriu-se o mercado para a venda de material genético, sêmem e embriões, além da venda parcial de um animal, cuja genética seja comprovadamente boa. Assim, doadoras consagradas passaram a ser ofertadas em cotas de 10% a 50% do animal, estabelecendo-se assim uma parceria entre o proprietário do animal e o novo investidor. “Muitos produtores preferem essa opção, pois terceirizam os cuidados do animal, a quem já tem experiência e estrutura, e recebem os frutos desse negócio. Em 2011, dentre as várias parcerias estabelecidas durante o Leilão Santa Luzia, quebramos o recorde nacional com a venda de 50% da Olinda Osmond, uma vaca Girolando ½ sangue com lactação superior a 15.500 kg de leite e já produzimos por FIV (fertilização in vitro) um número significativo de prenhezes deste animal, distribuídas com o novo sócio. Esse tipo de negócio tem gerado muitas novas oportunidades”, diz Maurício. O Grupo Cabo Verde vende qualidade. “Todos os nossos melhores animais são vendidos no Leilão Santa Luzia, inclusive todas as nossas Campeãs Nacionais. O mercado quer um animal de qualidade comprovada e paga por isso. Hoje através da fertilização in vitro, o produtor recupera o investimento feito, rapidamente”. Para Maurício, a venda das Grandes Campeãs da Fazenda Santa Luzia reflete a seguinte realidade: “Nada é bom quando é bom para um só. De nada adianta a Santa Luzia ter as suas melhores vacas produzindo apenas um bezerro por ano. Hoje usa-

Lote de novilhas Santa Luzia 3/4 - 1ª Lactação

mos de nossas melhores vacas Top 10%, para produzir embriões que são implantados nas matrizes produtoras de leite do nosso plantel e, assim, multiplicamos a genética das nossas melhores doadoras”. Para Maurício, entre os grandes desafios da pecuária nacional estão a conquista do mercado internacional através dos acordos de cooperação entre os paí-ses e protocolos sanitários, o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando – PMGG, o teste de progênie para conhecer os melhores touros da raça e o uso do genoma no melhoramento genético dos animais, o que aumentará muito a margem de acerto nos cruzamentos, além de diminuir os custos para se provar um animal. “Nesta linha o Brasil vai assumindo a posição de liderança que naturalmente é dele em termos de produção agropecuária”, concluiu Mauricio.

O crescimento da raça Girolando no Brasil é uma realidade, com o registro de 1 milhão de animais na Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

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Há mais de 40 anos o agronegócio corre nas veias da família Mendes; a paixão pela raça Nelore também

Nelore,

de pai para filho Formado em Economia, Roberto Alves Mendes, o Beto Mendes, via na Fazenda do Sabiá um lazer. Trabalhou na construtora da família, a Mendes Júnior, por um período, mas foi viver outras experiências profissionais. Convidado pelo pai para trabalhar na Fazenda, acabou se transformando num nelorista. “Eu sou a prova de que o Nelore é um negócio místico. Eu comecei a trabalhar na fazenda para ver o que ia acontecer. De repente, quando dei por mim, acordava e dormia pensando no acasalamento que tinha feito, no gado que iria levar para a exposição e, assim, já se passaram 15 anos”, relatou Beto sobre o início da sua vida profissional como pecuarista.

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Ele administra a Fazenda do Sabiá num escritório rodeado pelo verde da natureza e pelo Lago de Furnas. “Acho um privilégio ter um escritório com uma vista dessas”. E se o visual é belo, o entorno também o é. As instalações da fazenda, construídas há mais de 40 anos para o bom manejo do rebanho, indicam que foram feitas por quem conhece do assunto. Mais de quatro décadas depois, a Fazenda do Sabiá se mantém entre os primeiros lugares no ranking nacional. Lidera o ranking 2011/2012 como melhor expositor e criador. Resultado do belo trabalho de base realizado por Alberto Mendes e Ronaldo Bonifácio, o Bony, que sempre usaram tecnologia de ponta para melhorar a qualidade genética dos animais. Esse trabalho foi o que deu sustentação para a formação de grandes doadoras e reprodutores. Para Beto, é um orgulho dar continuidade a esse trabalho. Entre as primeiras matrizes adquiridas pela Sabiá, o destaque fica com a Indonésia, que por 24 vezes foi a Grande Campeã. Ela representa a trajetória de

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premiações registrada na sala de troféus da Fazenda. Muitos outros animais se destacaram, como Ryatna, que foi Bi-Campeã Nacional, e também Cristal, Grande Campeã Nacional, além dos grandes reprodutores Legat e Tatcher.

Manter-se na liderança do ranking exige muita dedicação e trabalho. Segundo Beto, é sempre oportuno acompanhar as tendências e ouvir técnicos para melhorar o rebanho. “Temos o foco sobre o que nós queremos, que é a beleza racial

Beto Mendes na Expoinel Minas, recebendo a premiação pelo touro Astor, vencedor nas categorias Touro Junior Maior e Grande Campeão


Agenda Leilões da Sabiá 2012 Leilão Noite dos Campeões - 06/05/12 - 21hs Canal Rural Leilão Super Special Sabia - 29/06/12 - 21hs Canal Rural Leilão Sabiá - 30/06/12 - 14hs Canal Rural Leilão Sabia Produção - 01/07/12 - 14hs Canal Rural Leilão Virtual Matrizes Sabiá - 05/08/12 - 14hs Canal Rural Leilão Qualidade Futurity - 16/09/12 - 21hs Canal Rural Leilão Shopping Sabiá - 04/11/12 - 14hs Canal Rural

aliada à carcaça e funcionalidade. Estamos sempre na busca desse tripé”. Entre os novos desafios do administrador da Fazenda do Sabiá está a permanência na liderança do ranking nacional e fazer um grande campeão nacional. “A Sabiá já tem alguns campeões, mas nenhum na minha gestão”. A expectativa de Beto está sobre o touro Astor, vencedor na Expoinel Minas, realizada em fevereiro de 2012, nas categorias Touro Junior Maior e Grande Campeão.

Nelore O Nelore é um animal originário da índia. O nome da raça no seu país de origem é Ongole, mas ganhou no Brasil o nome da província de Nelore, onde os animais eram concentrados antes do embarque para o Brasil. As primeiras importações aconteceram em 1868 e a raça se expandiu lentamente. Primeiro no Rio de Janeiro e Bahia, depois em Minas Gerais e São Paulo.

A partir de 1938 começaram a se distinguir as características raciais do animal, através do registro genealógico. A raça foi melhorada no Brasil e a sua produção está voltada para a carne. As linhagens dentro da raça são divididas em importada e nacional. Entre as importadas destacam-se as linhagens Kavardi, Golias, Rastâ, Akasamu, Padu, Checurupadu e Godhavari, que são a base formadora das principais linhagens de Nelore. Adaptação a partir do site: www.nelore.org.br

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Evento

Expoinel Minas abre calendário oficial 2012

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Os principais criadores do Nelore de elite reuniram 855 animais em pista na primeira Exposição Nacional de Gado Nelore, a Expoinel Minas, no Parque Fernando Costa, em Uberaba, entre os dias 03 e 13 de fevereiro.

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Organizada pela Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN), a exposição reuniu 102 criadores, que movimentaram R$ 6 milhões em leilões e negociações diretas. Participaram da Expoinel Minas os criadores de Minas Gerais e também de

outros estados, como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Bahia. Para Loy Rocha, gestor executivo da AMCN, a Exposição foi um sucesso. “Fizemos a nossa parte. O momento era oportuno para estar na Exposição, pois os criadores estavam com

os animais em seus criatórios há três meses e a Expoinel Minas, por ser a primeira do ano, foi o momento de testar a evolução do rebanho”, explicou. O julgamento dos animais levados à pista avaliou a capacidade reprodutiva e produtiva dos animais, o padrão e


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a beleza racial e genética, bem como os aprumos funcionais, determinando assim os melhores animais da raça. Os criadores de Nelore continuam se encontrando em exposições até o fechamento do calendário do ranking nacional, em outubro. Em anos anteriores, a Expoinel Minas chegou a reunir mais de 1.000 animais na pista, sendo consagrada a maior exposição do país. Nesta edição, alguns fatores refletiram em um número menor de animais, como a liquidação de importantes plantéis das fazendas Mata Velha, Quilombo, Água Doce e Top da Raça, e as mudanças no regulamento, ainda não absorvidas na sua totalidade pelos criadores e expositores. Durante a exposição foram realizados quatro leilões: Leilão “Liquidação de Plantel Elite Dora - Nelore Paulicéia”, promovido pela Dora - Nelore Paulicéia; Leilão “Minas de Ouro”, promovido pela Baluarte Agropecuária, Agropecuária Mafra, Nelore Colorado, Nelore Integral e Convidados; “II Leilão Exclusive”, promovido pela Rima Agropecuária / Nelo-

re Cristal e o Leilão Virtual de Produção “Nelore Integral”, promovido pela Nelore Integral. Os neloristas Beto Mendes, da Fazenda do Sabiá, e José Bonifácio Silva, o Bony, da Fazenda do Bony, conquistaram boas classificações. A expectativa de Beto Mendes estava sobre o touro Astor FIV, o que se concretizou no julgamento. O touro foi classificado em 1º

lugar nas categorias Júnior Maior e no Grande Campeonato de Machos. Para o gerente geral do Grupo Nova Trindade, Antônio Alfeu do Nascimento Júnior, o resultado da Expoinel Minas foi positivo. Participando como expositor e criador, ele ressalta que o evento é uma vitrine de negócios, tanto para os tradicionais criadores como para aqueles que estão iniciando na ati-


vidade. Ele destaca vários fatores significativos, como o nível avançado dos animais, o número de participantes e o bom resultado dos leilões. A novidade da Exposição foram as ações sustentáveis no manejo do gado. As propostas incluíam a captação de água da chuva para o banho e a separação do lixo reciclável. O resultado, a olhos vistos, estava nos barracões dos animais.

Agenda Calendário Expoinel Minas: Data Evento

Cidade

22 a 31/03 14 a 22/04 01 a 12/05 15 a 20/05 01 a 10/06

Passos João Pinheiro Uberaba Curvelo Janaúba

49ª Expass 19ª Exposição Ranqueada do Nelore Expozebu 2012 69ª Expocurvelo 14ª Ranqueada do Nelore

Classificação geral da Expoinel Minas Fêmeas 1os lugares

Machos 1os lugares

Campeonato Bezerra Alucinação El Far Magdi Abdel Raouf Gabr Sha

Campeonato Novilha Maior Texana 6 FIV COMAPI Agropecuária Vila dos Pinheiros

Campeonato Bezerro Jubilo Te Port Dorival Antônio Bianchi

Campeonato Touro Jovem Gabarito FIV da Mata APA Agropecuária ARFRIO Ltda.

Reservada Bezerra Carrola FIV HVP Agropecuária Vila dos Pinheiros

Reservado Novilha Maior CRISTAL XII FIV da Sabiá Fazenda do Sabiá Ltda.

Reservado Bezerro ROMMER Colorado Marcelo R Mendonça e Irmão

Reservado Touro Jovem NISCK FIV da PERBONI Marcelo Perboni e outro

Campeonato Fêmea Jovem Hariana III FIV EXA Rima Agropecuária Ltda.

Campeonato Vaca Adulta TIPICA FIV da Sabiá Fazenda do Sabiá Ltda.

Campeonato Junior Menor Heitor FIV Ageo Rima Agropecuária Ltda.

Campeonato Touro Senior MYNGER FIV PERBONI Agropecuária Vila dos Pinheiros

Reservada Fêmea Jovem DESEJO FIV DA EAO EAO Empreendimentos Agropecuários

Reservado Fêmea Adulta PANDORA II NOVAMATA Pecuária UNIT Santa Clara Ltda.

Reservado Junior Menor INCA TE Porto Seguro Dorival Antônio Bianchi

Reservado Touro Senior RIMA FIV Diego 4 Rima Agropecuária Ltda.

Campeonato Novilha Menor Edhy I TE da Quilombo Rima Agropecuária Ltda.

Grande Campeã Hariana III FIV EXA Rima Agropecuária Ltda.

Campeonato Junior Maior Astor FIV Fazenda do Sabiá Ltda.

Grande Campeão Astor FIV da Sabiá Fazenda do Sabiá Ltda.

Reservado Novilha Menor DARRE FIV Mata Velha Rima Agropecuária Ltda.

Reservada Grande Campeã DESEJO FIV DA EAO EAO Empreendimentos Agropecuários

Reservado Junior Maior ELKRO FIV FNT Paulo Afonso F. T. Júnior

Reservado Grande Campeão ELKRO FIV FNT Paulo Afonso F. T. Júnior

Os Grandes Campeões

Grande Campeã Hariana III FIV EXA - Rima Agropecuária Ltda.

Grande Campeão Astor FIV da Sabiá - Fazenda do Sabiá Ltda.

Reservada Grande Campeã Desejo FIV da EAO - EAO Empreendimentos Agropecuários

Reservado Grande Campeão Elkro FIV FNT - Paulo Afonso F. T. Júnior

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Tecnologia de ponta para o produtor brasileiro A Dow AgroSciences é uma das mais importantes empresas mundiais de ciência e tecnologia para o agronegócio. Suas áreas de atuação incluem a proteção às lavouras, com o controle de pragas, vegetação e doenças, e fornecimento de híbridos. A empresa opera no Brasil com sede em São Paulo, e tem aproximadamente 800 colaboradores.

Atua na área de sementes e biotecnologia, oferecendo ao mercado os melhores híbridos de milho, sorgo, girassol, além de variedades de soja. Destaca-se no mercado de milho e sorgo especiais no Brasil, através de uma gama de híbridos ideais para cada região, além dos híbridos de braquiária que contribuem para maior rentabilidade e produtividade dos pastos.

Desenvolvendo os melhores produtos, a empresa cresce lado a lado com o agronegócio brasileiro, propondo soluções para os problemas do campo e fazendo com que a mais alta tecnologia esteja disponível a todos. Utiliza métodos inovadores com sustentabilidade, agregando valor para seus clientes. Leva em consideração todas as necessidades do agronegócio, tendo em vista a evolução do setor no Brasil.

O investimento da Dow AgroSciences em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções é constante. Exemplo disso está nos defensivos agrícolas, com tecnologia inovadora, que aumenta a eficiência e a produtividade da agricultura. Sua completa linha de agroquímicos atende às várias necessidades do produtor rural em diversas culturas, incluindo soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e pastagens, com linhas de herbicidas, pesticidas e fungicidas.

O objetivo da Triângulo Agro é gerir lavouras, utilizando toda a estrutura de maquinário, mão de obra e ferramental já existentes nas fazendas. Busca de forma eficiente transmitir aos produtores rurais o conhecimento do cultivo do campo, adotando alta tecnologia e gestão personalizada, resultando em lucros diferenciados. Triângulo Agro Rod. MG 050, 1001 - Serra das Brisas - Passos/MG - 35 3522-1104 www.trianguloagro.com.br - contato.triangulo@hotmail.com


A Triângulo Agro é distribuidora autorizada Dow AgroSciences na região do Sul de Minas. Possui assistência técnica especializada através de sete Engenheiros Agrônomos.

Portfólio de Produtos Linha Pastagem


Depoimentos | março | abril 2012

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Silagem de Milho com alta produtividade e qualidade A produção de alimento em quantidade suficiente para o rebanho – com uma boa relação entre custos e volume obtido - é um fator preponderante nas fazendas leiteiras. Essa eficácia envolve, entre outros fatores, a gestão profissional da lavoura. A Triângulo Agro, empresa sediada em Passos/MG, oferece um modelo integrado de assessoria agronômica e as fazendas atendidas vêm apresentando resultados expressivos. “Oferecemos um modelo de verticalização nos serviços prestados, iniciando com o fornecimento de insumos em geral, passando pelo acompanhamento do plantio e chegando à avaliação dos resultados”, explica Marcos Pollo, um dos sete engenheiros agrônomos da equipe. O foco da empresa é assistir o agropecuarista na produção com alta tecnologia e gestão profissionalizada, resultando em lucros diferenciados. Em São João Batista do Glória/MG, três fazendas atendidas pela Triângulo Agro e integrantes do ranking dos 100 maiores produtores de leite do Brasil obtêm desempenho superior na produção de silagem de milho para seus rebanhos leiteiros. Na Fazenda Luanda, a produtividade do milho foi uma das melhores da região em 2011 e 2012, segundo seu proprietário, o engenheiro civil Antônio de Pádua Martins. A última ensilagem de grão úmido gerou 15.360 kg/ha, com o híbrido Dow 2B587HX, e na silagem de planta inteira o resultado foi de 58 ton/ha, com 35% de matéria seca – onde estão concentrados os nutrientes - a partir do Híbrido Dow 2B688HX. A Luanda possui 534 vacas holandesas, das quais 250 estão em lactação, produzindo 7 mil litros diários de leite. “Temos a assistência da Triângulo Agro há uns 4 ou 5 anos. Eles respondem pela nossa produção de milho e estou satisfeitíssimo. É uma equipe presente no

Antônio de Pádua Martins na Fazenda Luanda

cotidiano da fazenda e isso é fundamental. Sem envolvimento e foco, não é possível atingir os objetivos”, afirma Martins. A produtividade de milho para ensilagem também surpreendeu Cláudio Paim Beraldo, sócio dos irmãos Sérgio Paim Beraldo e Mauro Paim Beraldo nas Fazendas Ipê e Morro Grande. A estimativa para a área total de 185 hectares era de 50 ton/ha; o resultado foi de 62 ton/ha. Foram produzidas 9,5 mil toneladas de silagem, para as 500 vacas do rebanho, na sua maioria Holandês e com uma parcela de Girolando. A produção leiteira na Ipê e na Morro Grande - que também produzem café e feijão - é de 10 mil litros por dia, das 290 vacas em lactação. “A genética do milho tem evoluído muito rapidamente, por isso é preciso contar com profissionais especializados para acompanhar esse desenvolvimento. A Triângulo Agro é uma boa parceira, presta assessoria no dia a dia, e não só na hora da venda ou da colheita. É fundamental ter esse suporte contínuo, e nem todas as empresas de assessoria fazem isso”, elogia Beraldo. Segundo Alexandre Silva, técnico da Triângulo Agro que atende aos irmãos

Beraldo, houve um acompanhamento desde a análise e correção do solo, com adubação química diferenciada para cada gleba, até todos os procedimentos no decorrer dos estágios da cultura. “Com a supervisão correta, o híbrido Dow 28688HX proporcionou um excelente produto final, ou seja, silagem de altíssima qualidade e com produtividade. Uma parte foi deixada para grãos e atingiu a casa de 215 sacas/ha”, explica Alexandre.

Cláudio Paim Beraldo, das Fazendas Ipê e Morro Grande


Análise de Folha um trunfo na maximização da adubação Na Agropecuária Tucaninha, administrada pelos irmãos Godinho – Izilda, Gilberto, Flávio, Ricardo e Manoel - o ano de 2012 começou com uma inovação na supervisão de desempenho do milho, a análise das folhas. Esse serviço também é prestado pela Triângulo Agro, que atende a Tucaninha há cerca de 10 anos no fornecimento de sementes, monitoramento do solo e manejo da produção agrícola. A análise das folhas gera um mapeamento nutricional (figura 1) que aponta com exatidão de quais nutrientes a planta carece. “Com essa análise, observamos que alguns nutrientes não estavam subindo para a planta, e por isso passamos a fazer análise do solo até 60 cm de profundidade, coletando amostras de 10 em 10 cm”, explica o técnico Marcos Pollo. Todas as análises são feitas em equipamentos eletrônicos com tecnologia de ponta. A coleta de amostras é feita todo ano, no período entre maio e junho, e os resultados indicam a adu-

Mapeamento Nutricional da Folha

Figura 1

A fazenda também presta serviços para terceiros com automotriz

bação adequada. Segundo o técnico da Triângulo, a evolução do trabalho de solo feito na Tucaninha está evidente no resultado do milho, em termos de volume colhido e principalmente de qualidade. Além desses cuidados, na ensilagem deste ano, um sistemático e criterioso monitoramento do corte, processamento e matéria seca, aliado ao uso de uma moderna automotriz, gerou excelentes resultados qualitativos na produção de silagem de milho, de grão úmido, de soja e de tifton. Segundo o zootecnista e um dos sócios da fazenda, Ricardo Godinho, há três anos a escolha das sementes de milho é feita com base em análises bromatológicas, proporcionando uma decisão mais segura e, consequentemente, um melhor resultado. “É importante citar o papel da assistência técnica externa, a exemplo da Triângulo Agro. Não tem como querermos saber

tudo, a interdisciplinaridade é fundamental na gestão rural”, aponta o zootecnista. No próximo dia 19 de abril, a Tucaninha, que produziu 11,97 mil litros de leite por dia em 2011, compartilha sua experiência em silagem de milho, entre outras práticas para a atividade leiteira, no 5º Dia de Campo Agropecuária Tucaninha, evento que contará com palestras técnicas, estandes de fornecedores e demonstrações de campo.

Ricardo Godinho, zootecnista e sócio da Agropecuária Tucaninha

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Reprodução | março | abril 2012

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Fertilização in vitro:

muito além da inseminação


Trinta anos após o nascimento do primeiro bezerro fertilizado in vitro, o Brasil lidera o ranking de maior produtor de embriões PIVE (Produção In Vitro de Embriões) no mundo

O nascimento do primeiro bebê de proveta, em 1978, estimulou a pesquisa para que o mesmo acontecesse nas outras cadeias de reprodução, com cunho comercial. Assim, quatro anos depois, em 1982, nasceu o primeiro bovino fertilizado in vitro (FIV), nos Estados Unidos. Essa conquista da biogenética mudou totalmente o processo de reprodução do rebanho bovino, gerando condições para o melhoramento genético em grande escala, com o aumento de prenhezes originárias de uma mesma doadora. Com o imenso potencial do Brasil para a produção de leite e carne, os laboratórios se especializam cada vez mais na fertilização in vitro. Em Alfenas, Sul de Minas Gerais, o Biotran é um laboratório com essa missão. A equipe do Biotran já reflete a sua vocação. São nove veterinários, sendo dois deles PHDs em reprodução, quatro administradores e seis funcionários que trabalham nas duas fazendas da empresa. A meta é atender à demanda de criadores, oferecer a fertilização in vitro para todas as raças de bovinos e disseminar a técnica para médios e pequenos produtores. “A região Sul e Sudoeste de Minas tem um grande potencial de

produção. Se os pequenos e médios produtores tiverem condições de melhorar o seu rebanho através da FIV, consequentemente, teremos uma maior produção nessas regiões, o que gerará ganhos comerciais em várias escalas”, disse o diretor da Biotran e PHD em reprodução, Carlos Antônio de Carvalho Fernandes. A produção in vitro de embriões bovinos alcançou um desenvolvimento não imaginado. Hoje, com a sua aplicação, pode-se obter de 50 a 100 embriões por fêmea ao ano. Desse potencial pode se obter 50% de prenhezes de uma mesma doadora, o que supera os outros métodos de reprodução. O resultado comercial é excelente com o aumento da produção de leite ou de carne, conforme a atividade exercida pelo criador. A produção de um embrião in vitro exige dedicação e mão de obra especializada. A técnica consiste na retirada dos óvulos do ovário da doadora por aspiração. Com esse material, os veterinários fazem a seleção dos melhores óvulos para a maturação. Após esse processo, com o sêmen do touro já selecionado, o próximo passo é a fertilização. Depois da fecundação, os prováveis embriões são cultivados em “estufas”,

Carlos Antônio, diretor da Biotran e pós-doutor em reprodução

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Entre a retirada do óvulo por aspiração, pelo veterinário, até a fertilização, o processo é cronometrado em horas

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até a colocação do embrião no útero da vaca

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de onde serão transferidos para as vacas receptoras. Com o avanço sequencial da biotecnologia, hoje é possível, além da avaliação das características dos animais, fazer a opção entre machos e fêmeas através do uso de sêmen sexado, oferecido comercialmente por várias centrais. Desde a retirada do óvulo até o momento de transferência do embrião todo o procedimento é minuciosamente executado, principalmente no que diz respeito ao tempo de cada etapa, temperatura e pressão atmosférica, proporcionando ambiente ideal para que ocorra a produção do embrião. O crescimento desse procedimento no Brasil é tão grande que o país já lidera o ranking mundial de maior produtor de embriões do mundo. O uso da técnica gera também o mercado de barrigas de aluguel, caracterizado pelas vacas que recebem o embrião produzido em laboratório. No Biotran, a FIV é realizada por veterinários que fizeram mestrados e defenderam teses na área de fertilização. Criado há 10 anos, há dois o laboratório trabalha com a fertilização in vitro e tem capacidade para a produção de dois mil embriões ao mês. Além dos serviços em biotecnologia na reprodução de bovinos, o laboratório mantém programa de controle reprodutivo em gado de leite e de corte, hospedagem de doadoras para produção de embriões de TE (Transferência de Embriões) e FIV. Na área educacional e de pesquisa, mantém cronograma de cursos para a especialização de profissionais e também é parceiro de grandes empresas do setor e instituições de ensino, para a pesquisa de produtos e medicamentos.

Fazenda Experimental da Biotran: hospedagem para doadoras e barrigas de aluguel para transferência de embriões


ORDENHA CONFORTO NUTRIÇÃO REPRODUÇÃO CONSULTORIA

Distribuidor

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Rua Cel. João de Barros, 1.538 - Centro - Passos/MG Fone: (35) 3526 1080 Plantão: (35) 8451 4005

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Commodities | março | abril 2012

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Mercado Futuro do passado ao presente

O mercado futuro foi utilizado pelas antigas civilizações gregas e romanas, que usavam datas, horários e locais prefixados para as negociações. Na Idade Moderna, a Inglaterra se tornou um centro de comercialização e criou a “Lei Mercantil”. Pode-se dizer que foi a primeira legislação a estabelecer recibos e contratos, datas, horários, especificações dos produtos, especificações de armazenagem e outras normas, formando o alicerce para o mercado de bolsa como é conhecido hoje. Mas o mercado futuro se formou e se profissionalizou a partir de 1848, em Chicago, maior região produtora dos EUA, quando 82 produtores se organizaram para criar uma forma de auxilio à comercialização dos seus produtos. Nascia a Chicago Board of Trade (CBOT), maior bolsa de commodities do mundo. No Brasil, a experiência com mercados futuros se iniciou em 1917, com a primeira Bolsa de Commodities Agrícolas do Brasil, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP).

No início das operações, a bolsa estava voltada ao incentivo à produção, comercialização de bens e classificação de produtos. No ano seguinte, a BMSP iniciou as operações futuras com o algodão, conhecido como ouro branco. Nas décadas de 1970 e 1980 a BMSP lançou a negociação de diversos contratos de commodities agropecuárias - boi, café, soja e milho - que fazem parte do mercado futuro brasileiro nos dias atuais. Acho interessante contar um pouco da história do mercado futuro, para mostrar aos produtores que esta prática é utilizada há séculos e, cada vez mais, no mundo todo. Essa operação ainda é pouco difundida entre os pequenos e médios produtores brasileiros. Não negociamos nem 30% de nossa safra de grãos via bolsa. Nos Estados Unidos há mercados que negociam três vezes a mesma safra. O benefício de se utilizar o mercado futuro é minimizar os riscos de volatilidade de preços causados por quebra de safra, clima, crises mundiais e várias incertezas que podem acarretar prejuízos.

Existem diversas maneiras para se ter acesso ao mercado futuro. Através de um corretor de commodities especializado no mercado (que é a minha função), via Banco do Brasil, diretamente com um armazém ou através de uma trading de produtos. É lógico que cada modalidade tem prós e contras. Na próxima edição da Revista Terra Boa escreverei justamente sobre isso: “As maneiras para se ter acesso ao mercado futuro”.

Breno O. S. Maia broker de commodities breno@socopa.com.br


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Equinocultura | março | abril 2012

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Jayme Toledo de Resende, proprietário do JTR Ranch, tem na apartação o seu esporte preferido. É competidor no Brasil e nos Estados Unidos


Imagens: Arquivo Pessoal Allan Françoso

Apartação modalidade que muitos consideram um western clássico 75


Gilmar Gomes da Silva, o Gil, tem 34 anos. É natural de Machacalis, no Norte de Minas, na divisa com a Bahia. Nasceu na fazenda e desde pequeno tem um carinho especial por cavalos, o que o levou a trabalhar com os animais na juventude até chegar a domador. Nessa época descobriria a sua futura profissão. Passou a treinar cavalos para as provas de tambor e depois treinou animais de laço, até deparar com a apartação. Hoje é treinador oficial do JTR Ranch, em Guapé/MG, de Jayme Toledo de Resende, que o conheceu em uma prova de apartação há cinco anos e o convidou para trabalhar com seus animais da raça Quarto de Milha. Na sua bagagem, Gil soma títulos como o do Campeonato Mineiro de 2007/2008 e o do Campeonato Paulista por duas vezes. Chegar ao topo do pódio não é fácil. Requer um cavalo de boa genética e Cow Sense (senso de gado) elevado, que é a habilidade do animal de apartação de auto-pensar e auto-manobrar um boi. Além disso, muito trabalho, dedicação aos animais e treinos diários em pista montada especialmente para essa atividade. Gil se prepara para passar uma temporada no estado norte-americano do Texas, onde o nível do campeonato é mais elevado, para treinar e quem sabe competir por lá. No Brasil participa do campeonato 2011/2012 promovido pela Associação Nacional dos Cavalos de Apartação (ANCA).

Venda Permanente de Animais

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Contato: (35) 8861-5104 jaymeresende@gmail.com

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Gil em treinamento rotineiro de apartação no JTR Ranch

Na prova de apartação, o conjunto (cavalo e cavaleiro) tem 2,5 minutos para executar o trabalho e alcançar a maior pontuação. O cavaleiro entra no rebanho, tranquilamente, escolhe um boi e o tira do meio dos demais. Quando o boi percebe a interferência do cavaleiro tenta voltar para o rebanho. Nessa hora o cavalo é ligado (termo usado para designar o começo do trabalho). A partir desse momento, não há mais interferência do cavaleiro. O cavalo cumpre a prova não permitindo que o boi volte para o rebanho. No tempo da prova, pode-se trabalhar com até três bois. Por isso, a prática diária é fundamental para a total sintonia entre o cavalo e o cavaleiro.

JTR Ranch Jayme Toledo de Resende, proprietário do JTR Ranch, tem na apartação o seu esporte preferido. É competidor no Brasil e nos Estados Unidos. Há 10 anos, quando começou a participar dessa modalidade, treinava os animais em haras de amigos, mas optou por montar uma estrutura na sua fazenda e formar a sua equipe. E para garantir o melhoramento genético do haras, seleciona criteriosamente seus animais aqui no Brasil. Jayme em parceria com Antônio Carbonari, do Rancho Coyote, foram os primeiros criadores a trazer para o País um garanhão ganhador de U$ 95.539 dólares e


A potra Starlight Starbrite montada pelo treinador americano Geoffrey Sheehan durante o campeonato

A Equipe JTR: José Nilson, Gil e Guilherme, responsáveis pelo manejo do JTR Ranch

Jayme Resende e família recebendo premiação conquistada pela Starlight Starbrite, em campeonato nos Estados Unidos

Chegar ao topo do pódio não é fácil, requer um cavalo de boa genética e Cow Sense

produtor de mais de U$ 1.000.000 dólares (quantia ganha pelos seus filhos nos EUA), o Somebody Smart. Garanhão que atualmente é o responsável pela base do plantel do JTR Ranch. “Nós temos um grupo de amigos para trocar experiências e informações sobre esse tema. Quando encontramos tem muita prosa boa. Eu, Armando Costa, Marquinho Tenório, Tô da Berrante, entre outros”, disse Jayme. Há dois anos, Jayme optou por possuir e competir com cavalos de apartação também nos Estados Unidos, onde o esporte é muito forte. Nesse período, foi finalista nas três maiores provas norte-americanas. Com esse resultado, trouxe seu treinador americano para o Brasil, para um trabalho de reciclagem das técnicas com sua equipe no JTR Ranch. Com 8 animais em treinamento nos Estados Unidos, Jayme vai participar das maiores provas realizadas naquele país. Recentemente classificou-se com dois animais para a final do Tunica Futurity, no Mississipi, e conquistou o título de Reservado Campeão Classic, com a égua Sweet Little Kitten, na categoria de animais de 5 a 6 anos hípicos. Na mesma final, Jayme conquistou o 8º lugar com a égua One Purfect Time.

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Informe

Haras Raphaela: referência mundial

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nos 3 tambores

O Grand Prix Haras Raphaela mostrou a força e o crescimento do esporte em todo o Brasil na maior Prova dos 3 Tambores, de todos os tempos, realizada entre os dias 7 e 11 de março de 2012. Participaram competidores dos estados brasileiros e o Campeão Mundial Lance Graves, que representou os Estados Unidos. Com R$ 425.000,00 em premiação, a Prova atraiu 2.928 inscrições, 1.050 animais e 9.000 pessoas passaram pelo local. A equipe do Haras Raphaela, juntamente com a R4 Publicidade, responsável pela Divulgação, Organização e Gestão do Evento, pensaram nos mínimos detalhes e apresentaram muitas novidades e diferenciais. Entre elas a maior quantidade de premiações extras já distribuídas.

A infraestrutura, impecável, ofereceu enorme variedade de produtos entre jóias e máquinas agrícolas. A praça de alimentação foi uma atração a parte, oferecendo variedade para todos os gostos. Para as mulheres um local especial: o Espaço Beleza Haras Raphaela e Vizcaya. Algumas despedidas marcaram o evento como a da super Campeã Brazita Moom, que inicia uma nova fase como reprodutora. O Campeão e recordista Victor Fly VM, também deu adeus a pista do Haras Raphaela.

Provas & Leilões Entre todas as categorias, o Tira Teima atingiu 545 inscrições com a disputa

em pista do Carro 0Km patrocinado pela Lav Textil. Venceu a prova o conjunto Marcos Monzinho e Fishers Down Dash, com o tempo de 16.945s. A noite mais esperada do 4º Grand Prix foi a do 1º Leilão Haras Raphaela Show de Estrelas & Convidados. Entre os destaques do Leilão, a Fêmea Miss Apollo West MRL (Apollo VM x My Lovewest As), vendida pelo Condomínio Haras Raphaela para Marcos Divino Ramos, Haras Buena Sorte, de Matão/SP, por R$ 141.000,00 e o potro Cash’N Six HR (Tres Seis x Very Tempting), vendido pelo Haras Raphaela e Edson Mendonça para Bruno de Carvalho Gomes, da Fazenda Santo Antonio, localizada em Guarei/SP, por R$. 42.000,00. O Leilão teve expressiva média de R$ 54.600,00.


A maior prova da América Latina e uma das maiores do mundo realizada no Haras Raphaela

No sábado outro grande Leilão foi realizado pelo Ana Dantas Ranch de propriedade de Jonatas Dantas. A II Edição do Leilão Embrio Babies foi um sucesso, atingindo a média de R$ 42.250,00. Foram destaques entre as Fêmeas, Tres Corona (Tres Seis x Cowgirls N Corona) vendida pelo Haras Santa Maria para Eduardo Cano Vasques, por R$ 90.000,00. Entre os Machos, Tres Ta Fame (Dash Ta Fame x Three Carat Diamond), vendido pelo Ana Dantas Ranch e Rancho Horizonte, para Wanderley Nunes de Oliveira por R$ 69.000,00.

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Grand Prix Haras Raphaela

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s o n a 0 1 o ã ç i d a r t de

Hospedagem para cavalos Doma e treinamentos Escola de equitação Ferragem e Casqueamento Assistência Veterinária

VI Prova de Team Penning Rancho Alegre

05 e 06 de Maio Inscrições e informações 35 9904-5023 - Dimitri

R$ 13 mil

Apoio:

em Prêmios

Rancho Alegre 35 9904-5023 | Passos/MG dimitrilima@oi.com.br

Venda permanente de animais 35 9901-5023 83


Esporte | março | abril 2012

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Team Penning Vive bom momento no Brasil

A abertura do XIII Campeonato de Team Penning da Liga Leste Paulista surpreendeu organizadores e participantes. Foram 590 inscrições na prova que se estendeu até a madrugada do dia 26 de fevereiro, na arena coberta da Fazenda Barrinha, a maior da América Latina, em Espírito Santo do Pinhal/SP. O número de participantes mostrou a força e o crescimento do esporte no Brasil, ao superar as 540 inscrições da maior prova realizada em 2011.

A estrutura da Fazenda Barrinha deu condições para a realização da prova, que começou às 10h do dia 25 de fevereiro e se estendeu até as 2h da manhã de domingo. Considerado um esporte equestre, que agrega a família, o Team Penning reúne uma grande torcida nos campeonatos. Afinal, são competidores mirins, jovens e adultos que se concentram na arena para, através da habilidade, separar e conduzir bois para um curral. Pode parecer fácil a princípio, mas exige uma habilidade danada de cavaleiros e amazonas, que realizam a prova em segundos. A Liga Leste Paulista de Team Penning, fundada há 13 anos, realiza o maior campeonato no país, em organização e número de participantes. Em 2012 tem o apoio de duas grandes empresas, a Organnact e a RTB Rações. “É a primeira vez que contamos com patrocínio desse porte”, disse Silvio Pratola Neto, presidente da Liga Leste. Com o apoio da RTB, a Liga levará para competir nos Estados Unidos o trio vencedor na Categoria Aberta, que reúne homens, mulheres e crianças em uma mesma equipe.


“Team Penning é um esporte da igualdade, todos enfrentam o mesmo rebanho e as mesmas regras” Silvio Patrola Neto Pista coberta da Fazenda Barrinha

Neste ano o Campeonato tem outras novidades, como premiação para os cavaleiros que participam da prova com animais da raça árabe, patrocinado pela Associação Brasileira dos Cavalos Árabes. Cerca de 90% dos participantes usam cavalos da raça Quarto de Milha. A Categoria Fidelidade, realizada no final do campeonato, será outro diferencial. Participarão os trios que estiverem presentes no maior número de provas do Campeonato.

Paixão A paixão por cavalos reúne na prova pais e filhos. Os classificados em primeiro lugar na Categoria Jovem, Eduardo Pratola, 15; Fábio Pratola, 14 e Neto Biasoto, 15, demonstram essa realidade. Eduardo e Fábio, filhos de Silvio Pratola, começaram cedo na atividade, aos 4 e 5 anos. A paixão por cavalos foi herdada do pai. Fábio, por exemplo, aos 4 anos já participava de provas e afirma que treina todo dia. Eduardo disse que começaram o campeonato com o “pé direito”. Vencedores de muitas etapas no Campeonato de 2011, os irmãos dizem que se ficam um dia sem montar acham estranho. Por isso, praticam a modalidade diariamente. Além da família, levam muitos amigos para o esporte. Dia de prova é também dia de encontro com a turma do Team Penning. O veterinário Edmar Vicente e o agrônomo Eduardo Braga também levaram os filhos para a competição. Os filhos de Vicente, Matheus e Giovana, têm 13 e

10 anos; Manoela, filha de Braga, tem 9 anos e garantiu uma prova em 18 segundos, o que levantou a torcida. Todos são enfáticos ao afirmar que, além da competição, é um prazer estar em família. O número de mulheres inscritas na primeira prova do ano surpreendeu. As amazonas mostraram que são boas na atividade. Samanta Sierra, que participa do Campeonato pela primeira vez, enfatizou o espírito de equipe do esporte e o respeito entre os competidores.

Trabalho em equipe O Team Penning foi criado nos Estados Unidos. Procura reproduzir na prova a mesma atividade realizada por peões nas fazendas ao apartar os bois e conduzi-los

ao curral. No Brasil, o esporte começou a ser praticado por proprietários de fazendas e conquistou familiares e amigos, o que fez a categoria crescer e se organizar em todo o país. A competição tem ritmo acelerado. Em um período de até 120 segundos, três cavaleiros devem apartar entre 30 bois três animais com a mesma numeração e conduzi-los a um pequeno curral, montado na pista. Entre as provas há modalidades específicas para crianças, jovens, mulheres e adultos. Apesar da diferenciação de fases, a dificuldade é a mesma para os participantes. “Team Penning é um esporte da igualdade”, disse o presidente da Liga Leste. “Todos enfrentam o mesmo rebanho e as mesmas regras”.

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Algumas regras norteiam o trabalho dos juízes. Os cavaleiros ou amazonas devem separar os animais de mesmo número e conduzi-los ao curral, sem deixar que mais animais cruzem uma linha imaginária, o que causa o estouro da boiada e a perda da prova. O trabalho em equipe determina a prova. O próprio nome do esporte já indica a atividade: Team (equipe ou time) e Penning (curral).

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Etapas do Campeonato 2012

Agenda

1º Etapa - 25 de fevereiro, Fazenda Barrinha (Pista Coberta) – Espírito Santo do Pinhal/SP (Realizada) 2º Etapa - 17 de março, Rancho Cadãozinho (Cadão ) – São José do Rio Pardo/SP ( Realizada) 3º Etapa - 07 de abril, Recinto Expogal (Adelson Gonçalves) – Cajuru/SP 4º Etapa - 19 de maio, C. T. Tubantia (Tomaz Eysink) – Holambra/SP 5º Etapa - 16 de junho, Recinto da EXPOGAL (Silvio Prátola) – Mococa/SP 6º Etapa - 07 de julho, Ceten (Dr. Júlio Balducci ) – Poços de Caldas/MG 7º Etapa - 04 de agosto, Fazenda Nossa Senhora Aparecida – Passos/MG 8º Etapa - 15 de setembro, Rancho do Cowboy (Pedro Cenoura ) - Jaguariúna/SP 9º Etapa - 20 de outubro, S. L. Barreiro (Nenel) - Tapiratiba/SP 10 º Etapa - 24 de novembro, Fazenda Barrinha (Diretoria 2012 ) – Espírito Santo do Pinhal/SP


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Colheita eficiente Case IH 2799

Roberto Silveira Coelho é administrador da Fazenda União, do Grupo Cabo Verde - responsável pela maior produção de milho da região. São 2.100 hectares plantados para consumo próprio nas fazendas do Grupo, que atuam, principalmente, com a pecuária, tendo as raças Gir Leiteiro, Girolando e Tabapuã, além da suinocultura. Conhecendo as colheitadeiras desenvolvidas pela Case IH com sistema axial, o empresário adquiriu um modelo 2799, que está sendo usado nesta colheita de verão. “Já chegamos a colher 400 sacas por hora, o que tem viabilizado e muito a colheita”, explica Roberto. Para o produtor, o equipamento também possibilita a colheita de outras culturas, como as de feijão, milho, sorgo e girassol, podendo ter produção na safra e na safrinha.

“O problema da mão de obra para colheita de grãos na região é muito grande, então nós vimos na Case 2799 a solução para o plantio de produtos na safrinha. Estes produtos, sim, são comercializados, pois a própria fazenda é consumidora de toda a produção do milho”, conta. Outro fator positivo apresentado por Roberto é a recomposição da estrutura do terreno com a troca de culturas. “O que melhora o manejo de pragas, cria a integração de culturas leguminosas e gramíneas e ainda o manejo do solo, além é claro da produtividade, que é bem mais alta”, salienta Roberto. A aquisição da Case IH 2799 foi feita durante a Agrishow de 2011. “Estamos vendo a vantagem da produtividade. Colhemos agora, em média, três vezes mais que antes com outras máquinas.

Para nós, a grande vantagem, realmente, é a viabilidade de área de safrinha, sendo que podemos plantar 600 hectares de feijão, 200 de sorgo e 200 de girassol”, finaliza o produtor da Fazenda União.

Roberto Silveira, administrador da Fazenda União


A serviço do campo Case IH 2688

Toninho Arão: a aquisição da Colheitadeira Case IH 2688 aumentou a produtividade das fazendas, devido ao custo benefício positivo em vários aspectos

Cada vez mais o campo vem se rendendo aos encantos da tecnologia. Ficar horas a fio debaixo de um sol escaldante colhendo milho à mão é coisa do passado. Para o produtor rural de Cássia-MG, Antonio Borges Filho, o Toninho Arão, a aquisição da colheitadeira Case IH 2688 foi um grande negócio para as fazendas Estiva e Boa Vista. Os complementos da máquina são a plataforma para milho GTS e bazuca para o transporte, que joga todo o milho colhido no caminhão. “Comprei a máquina em 2011, mas usei pouco. Agora nesta safra é que estou vendo a enorme vantagem que ela representa. Em fevereiro comecei a colheita de milho e estou extremamente satisfeito com os resultados. Estamos colhendo em média 3 mil sacos de milho por dia, dependendo da condição da lavoura. Este é um número excelente”, salienta Toninho, que tem aproximadamente 600 hectares plantados de milho. Ainda conforme o produtor, o rendimento da 2688 em relação às outras máquinas é de 2,5 a 3 vezes maior. “O custo benefício será muito positivo em vários aspectos. A maior vantagem que considero é com relação ao tempo de colheita. Vou conseguir colher mais cedo, evitando perdas com tombamento da lavoura e ainda posso fazer

rotatividade de cultura. No mesmo terreno vou plantar feijão e girassol. Isso é bom para a terra e para o bolso do produtor. E contando com a vantagem que vou colher com a mesma máquina”, afirma Toninho), que fornece toda a sua produção para Cooperativa Agropecuária de Cássia (Coopassa). Em número de sacos colhidos, Toninho conta que a Case 2688 colhe em média 190 por hectare, o que ele considera um número alto se comparado ao ranking nacional. “Além de todas as vantagens já mencionadas, dentro da cabine tem ar condicionado e tecnologia de ponta. É toda informatizada. A gente fica o dia todo trabalhando e quer continuar no final do dia, pois não cansa como em outras máquinas”, disse Toninho, que é o operador da máquina em quase 90% do tempo.

Manutenção Ainda dentro dos diferenciais apontados pelo produtor Toninho Arão está o pós-venda. De acordo com ele, a Case IH tem a grande vantagem de dar manutenção de dois em dois meses na fazenda. “Estou bastante contente com o atendimento da Pimenta Agro Sul. Os mecânicos nos ligam para saber se a máquina está em perfeitas condições, se estamos precisando de algum tipo de apoio. Além do mais a empresa oferece cursos, inclusive o de operador, afinal é uma máquina toda automatizada. Esse tipo de atendimento nunca tivemos por parte de outras marcas. Afinal de contas, investir R$ 600 mil em um único equipamento, exige atenção especial por parte do fabricante”, finaliza Toninho Arão.

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Agricultura Familiar

O município de Delfinópolis, no sudoeste de Minas, vem se destacando pela grande produção de banana prata. A fruta atualmente é a terceira atividade agropecuária em valor de produção do município, atraindo cada vez mais produtores da agricultura

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familiar

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O plantio da banana surgiu na cidade como alternativa à cafeicultura durante a crise vivida pelos produtores rurais no início da década de 1990, através de um trabalho desenvolvido pela Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais), prefeitura e produtores do município. Naquele período, a fruticultura foi a melhor opção para os agropecuaristas. Com assistência técnica da Emater e clima adequado ao cultivo, a produção aumentou e, hoje, sustenta boa parte da economia do município. Segundo o agrônomo da Emater, Sávio Marinho, além do clima, outros pontos favorecem os produtores de Delfinópolis: a localização, que facilita a distribuição da banana para grandes centros consumidores; solos adequados, desde que corrigidos e adubados; e água em abundância, o que permite a irrigação das lavouras. Sem dúvida, o cultivo de banana foi a alternativa que deu certo, principalmente para os produtores da agricultura familiar. Exemplo disso é a história do produtor Nelson Donizete dos Reis, que cultivava lavoura de milho. Com a baixa no preço do produto e o início do investimento no plantio da banana, Nelson resolveu apostar nessa cultura. A decisão foi positiva. Ele está feliz pela escolha e diz que não troca o cultivo de banana, que lhe deu equilíbrio financeiro, por nada. “Hoje tenho melhor condição de negociar e até mesmo de comprar tudo à vista”, ressalta. Quando a reportagem da revista Terra Boa chegou a sua propriedade, preparava caixas e caixas de bananas para a distribuição.

Com a área de produção em crescimento, a atividade tem conquistado cada vez mais pequenos, médios e grandes produtores rurais. A Emater estima que em 2012 serão formados mais 120 hectares de lavoura. A produção para este ano, em 850 hectares, atingirá 20 mil toneladas de bananas com valor de produção em torno de 13 milhões de reais.


Nelson Donizete dos Reis cultivava lavoura de milho. Com a baixa no preço do produto e o início do investimento no plantio da banana, resolveu apostar nessa cultura

Banana, uma alternativa de sucesso A família Reis e o Engenheiro Agrônomo da Emater, Sávio Marinho

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Evento

FEMAGRI

o mundo da cafeicultura

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A 11ª Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas - Femagri, realizada de 01 a 03 de fevereiro pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), apresentou as novas tecnologias de produção do café, produto do qual o Brasil é considerado o maior produtor mundial.

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Os números superaram as expectativas da maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé. O crescimento dos visitantes, que buscavam as inovações tecnológicas e maquinários com foco na sustentabilidade do planeta, foi de 40% em relação à edição anterior. Esse número refletiu significativamente nas vendas e valores negociados, com crescimento de 30% na comparação com a feira do ano passado. Com público de 21 mil pessoas, movimentou cerca de R$ 70 milhões.

to da produtividade com resultados mais econômicos e sustentáveis. “O uso abusivo de defensivos agrícolas destrói a biodiversidade natural do solo, criando pragas para a lavoura. Pesquisamos mais de 130 espécies de vegetação que, além de destruir essas pragas, melhoram o solo e protegem a lavoura”, afirma. “O Brasil é o maior produtor de café de qualidade do mundo e temos apresentado resultados cada vez melhores, tanto no mercado interno, quanto no mercado

“Estamos muito satisfeitos com todos os aspectos do evento. O produtor compareceu em massa, trazendo inclusive a família. Promovemos um evento de negócios que trouxe informações novas e que podem melhorar muito a produção no campo”, afirmou José Eduardo Santos Júnior, Superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé e um dos organizadores do evento.

Do total movimentado durante a Femagri, aproximadamente R$ 33,7 milhões foram de negociações da própria Cooxupé com produtos de seu portfólio. Outros R$ 37 milhões foram de negociações de expositores. Entre os equipamentos agrícolas, a concentração das vendas ficou por conta dos modelos de atomizadores, pulverizadores e das derriçadeiras de café. No volume de negociações foram computados 30 caminhões, 189 tratores, 27 colhedeiras automotrizes, 82 veículos e 63 motos, entre outros equipamentos, maquinários e insumos. A Cooxupé também aproveitou o evento para fazer o pré-lançamento do Cappuccino da sua linha especial “Evolutto”, voltada ao consumidor final. Foram servidas 21 mil doses da bebida para degustação durante a Feira.

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Entre os 100 expositores, os cafeicultores puderam encontrar maquinários, implementos agrícolas, veículos, caminhões, tratores, lançamentos de diversos produtos e assistência técnica em uma fazenda experimental, a Fazendinha da Cooxupé, criada especialmente para a Femagri. Na Fazendinha o destaque ficou com as plantas de cobertura, que protegem o solo e agem como defensivo agrícola natural para a lavoura de café. Segundo Ademir Calegari, engenheiro agrônomo e pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), que participou da Feira, as novas tecnologias buscam o aumen-

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externo. Em 2011, a Cooxupé, que comercializa cerca de 20% da produção mineira, conquistou um volume de exportação nunca atingido por outro exportador no Brasil”, revelou o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino. A cultura do café foi abordada nas mais diferentes formas. A Kapeh Cométicos, criada pela bioquímica Vanessa Vilela, apresentou sua linha de produtos cosméticos voltados para consumidores masculinos e femininos e foi um dos destaques da Feira. Com sede na cidade de Três Pontas, a Kapeh desenvolve seus produtos à base de café verde e de suas flores.

Foto: Depto. Comunicação Cooxupé

Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, enaltece a produção brasileira de café durante a Femagri


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Automotivo | março | abril 2012

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Cargas Pesadas Concessionária Santa Emília Caminhões


Imagens: Divulgação

e Ônibus é líder no mercado há doze anos

A história do Grupo Santa Emília remonta ao século passado, quando muitos paulistas saíram em busca do “Eldorado”, uma região em crescimento com sustentação na cafeicultura, que se transformaria alguns anos depois em Ribeirão Preto. Entre esses paulistas estava Manoel Penna, um trabalhador que encontrou no Eldorado um grande parceiro: Antônio Diederichsen, um agrônomo de formação que observou todo o potencial comercial da região e apostou nesse segmento. Dessa parceria surgiria o Grupo Santa Emília, que há 108 anos atua no mercado de Ribeirão Preto e região.

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Essencialmente comercial, o Grupo atuou em vários segmentos, como o da construção, automotivos e hotelaria. Rompeu muitos padrões da época, buscando novidades e produtos importados para a região em franco crescimento. Assim, seus empresários chegaram às primeiras concessionárias, a primeira bomba de combustível, aos primeiros complexos comerciais. Nas últimas dez décadas tudo mudou, mas o conceito de inovação do Grupo permanece. Dos pequenos carros importados ainda no sistema CKD, quando chegavam totalmente desmontados em caixas, eles chegaram à concessionária de ônibus e caminhões da linha Volkswagem: a Santa Emília Ônibus e Caminhões. A parceria do Grupo Santa Emília com a Volkswagem começou na década de sessenta, quando, em 1965, o Grupo foi nomeado Concessionária Volkswagen. De lá até os dias atuais essa parceria só cresceu. A Volkswagen Caminhões é uma empresa 100% brasileira. Embora a fábrica seja de origem alemã, a linha de montagem de caminhões é totalmente brasileira. Do país saem caminhões e ônibus para outros países, como África e México, entre outros. Abrir novos mercados e surpreender não é tarefa para qualquer um, mas é uma característica do Grupo Santa Emília. Assim os descendentes de Manoel Penna trazem no seu DNA esse desafio. De todo o complexo construído por ele, cada descendente da nova geração administra uma concessionária. A de ônibus e caminhões é administrada por Leandro Sestini de Barros Cruz, Janaina Sestini de Barros Cruz e seu pai, Augusto Penna de Barros Cruz.

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Augusto e Leandro, pai e filho, administram a concessionária Santa Emília em Ribeirão Preto/SP

Em 1994, quando Augusto assumiu a direção da Santa Emília Caminhões, a empresa estava em processo de desenvolvimento. Vendia um caminhão por mês. O mercado era dominado pelo concorrente. Em pouco tempo, reverteram esse quadro com uma série de ações de marketing, que incluía a parceria com antigos clientes do Grupo. A nova estratégia, somada ao novo momento que o país vivia e aos novos produtos da Volkswagen, mudou todo o cenário de vendas da concessionária. Em quatro anos se transformou em líder de mercado. Ainda na década de 1990, a Santa Emília Caminhões conseguiu vender 100 veículos para um único cliente e essa conquista mudou toda a sua trajetória. Para chegar à liderança de mercado, a Santa Emília Caminhões e Ônibus contou com a qualidade e inovação da Volkswagen. Hoje, a Volkswagen Caminhões e Ônibus é mantida pela MAN, a maior fabricante de caminhões e a segunda maior de ônibus da América do Sul. Há nove anos é líder no mercado de caminhões e vice-líder no mercado de ônibus com seus produtos. Entre as inovações da MAN estava a nova linha de veículos que atendia às necessidades específicas do consumidor. Dessa forma, um

veículo não poderia ser igual ao outro. Assim, nasceu a linha “Sob Medida”, um conceito revolucionário que surpreendeu e agradou o mercado através dos modelos Delivery, Worker e Constellation. A linha oferece mais conforto e design com novos bancos, novas cores e acabamento interno que deixa o veículo mais harmonioso e confortável. A tecnologia é ponto principal para oferecer todas as possibilidades e facilidades de comunicação para o motorista. Ao mesmo tempo, a proteção ao meio ambiente e a redução do consumo de combustível eram preocupações da MAN. Os novos motores, com foco no menor índice de poluição, somados à maior potência e ao menor consumo de combustível, já estão no mercado através da linha EURO 5. Os sistemas EGR e SCR diminuirão os gases que poluem o meio ambiente. Com todo esse diferencial, a Santa Emília continuará líder de mercado pelas estradas do Brasil.

Nas últimas dez décadas tudo mudou, mas o conceito de inovação do Grupo permanece


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