agronegócios ano 1 | edição 4 | setembro/outubro 2012
RM Nelore
Grande valor genético e qualidade na vitrine do Shopping RM
Megaleite 2012
Pecuária Leiteira
Pecuária de Elite
O retrato da pecuária leiteira nacional
Alta produção de Antônio Carlos Pereira
Adir do Carmo Leonel: 50 anos de tradição
Parceiros e Colaboradores Mauricio Silveira Coelho é veterinário e um dos sócios do Grupo Cabo Verde, em Passos/MG. Criador e produtor nato, é gestor da Fazenda Santa Luzia, uma das principais referências na produção de leite a pasto e criação de Girolando. Está entre os 20 maiores produtores de leite do Brasil, conforme ranking TOP 100 do site Milkpoint. Mauricio é também vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
Mário Fernando dos Santos o Marinho, é representante comercial da ABS-Pecplan de Uberaba/MG. Iniciou a sua vida profissional como vendedor na Coop. Agrop. de São João da Boa Vista/SP. Apaixonado pelo universo da pecuária, é profissional experiente que conhece as necessidades de cada produtor e rebanho. “Penso que a cada dose de sêmen geneticamente melhorada que vendo, estou contribuindo para um mundo melhor, sem miséria”.
Gustavo Ribeiro Garcia é natural de Franca/SP, mas reside em Campinas/SP. É bacharel em Direito, criador de cavalos e jogador de polo. É campeão brasileiro e vice-campeão mundial de polo. Em 2011 foi campeão da Copa Ouro.
Leia na Terra Boa 12
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ESPECIAL O engenheiro da Girolando
ASSESSORIA O consultor das raças
CAPA Shopping RM Nelore
PECUÁRIA DE ELITE Adir Leonel: a Marca
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PECUÁRIA LEITEIRA Alta produção de ACP
DEPOIMENTOS Qualidade da Coffee 200
GASTRONOMIA Sabor Mineiro
EQUINOCULTURA Um nacional irretocável
Joaquim José da Costa Noronha o Kinkão, é um dos mais tradicionais criadores de Gir Leiteiro do Brasil. A seleção genética da Fazenda Terra Vermelha é nacionalmente reconhecida, com animais da raça liderando o ranking da categoria há anos, entre eles o lendário C.A Sansão. Kinkão é apaixonado pela raça e representante da terceira geração da família, que se dedica a criação e seleção genética do Gir Leiteiro há 80 anos, a mais antiga do Brasil. Em comemoração a essa data realizou em agosto um leilão dos seus melhores animais.
Ronaldo Bonifácio da Silva o Bony, criador de Nelore , é um dos grandes conhecedores da raça. É natural de Uberaba/MG, mas está radicado em Passos/MG há muitos anos. Hoje assessora criadores da raça Nelore em todo o país.
Homero Duarte Júnior é agropecuarista e concentra suas atividades em Alfenas e Carmo do Rio Claro/MG. Tem como foco do seu trabalho a eficiência na produção, com uso de tecnologia de ponta na agricultura de precisão. É produtor de milho, feijão e soja, pioneiro no Estado de Minas Gerais a utilizar o plantio com espaçamento de 50 cm para o milho, aumentando significadamente a população de plantas. Criador de animais da raça Girolando e Gerente Geral de Negócios da Pimenta Agro Sul, concessionária da conceituada marca Case IH.
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EVENTO Leilão e a genética Sabiá
ARTIGO Genética lucrativa e sustentável
EVENTO Megaleite 2012
EVENTO Girolando: muita raça e boa fé
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POLO Torneio Polo de Franca
EVENTO Expogenética 2012
LENDA VIVA O último cowboy
TRADIÇÃO FAMILIAR Retorno às tradições
Quem lê a Terra Boa agronegócios
EXPEDIENTE Terra Boa Agronegócios é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 1 | edição 4 | setembro/outubro 2012 Direção executiva Bolivar Filho terraboaminas@hotmail.com Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho, Denise Bueno Edição Bolivar Filho Denise Bueno denisebueno@multimarketing.ppg.br Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br daltonfilho@multimarketing.ppg.br
Hugo Wolff, confere edição da Terra Boa Agronegócios, em sua sala de degustação de café, na Fazenda Portal da Serra
Jornalista Responsável / Redação Denise Bueno – DRT/MG 6173 denisebueno@multimarketing.ppg.br Adriana Dias adriodias@hotmail.com Graciela Nasr graametista@hotmail.com Revisão Ruller Rodrigues rullerrodrigues@hotmail.com Estagiária Marcela Muzetti marcelamuzetti@hotmail.com Fotos Reginaldo Faria reginaldofaria@r7.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários. Revista Terra Boa Agronegócios Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/terraboa.agro terraboaminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao campo para a Terra Boa Agronegócios!
José Rogério Lara, Diretor Técnico da Emater/MG, confere a edição da Terra Boa Agronegócios, durante SINAGRO
O Consultor de Agronegócios Carlos Cogo levou para o Rio Grande do Sul a Terra Boa Agronegócios
“Primeiramente, gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho desenvolvido na revista Terra Boa Agronegócios. Sou pecuarista em São Sebastião do Paraíso e tenho acompanhado as edições, com excelente repercussão em nosso município. Gostei muito dos assuntos abordados, em especial das reportagens sobre casqueamento. A empresa apresentada parece ser bastante competente e deve cobrir um espaço que estava vago em nossa região. Consegui aplicar algumas dicas da reportagem na minha fazenda, mas ainda tenho dúvidas sobre alguns tipos de doença. Seria interessante uma nova reportagem especificamente sobre doenças. Mais uma vez agradeço pela aposta em nossa região. Tenho certeza que essa revista veio para consolidar e fortalecer, cada vez mais, o mercado agropecuário do Sudoeste Mineiro, com reportagens que mostram a realidade da fazenda e diferentes sistemas de produção”. Mário Idelfonso, São Sebastião do Paraíso/MG
Ao leitor
Escrevendo a História da Pecuária Nacional Muitos desafios e conquistas estão relatados nas páginas desta edição da Terra Boa Agronegócios. Chegamos a 4ª edição honrados por narrar casos de sucesso da pecuária nacional, mais especificamente da região Sudeste do País. A cada edição nos surpreendemos com produtores e criadores que acreditam e investem no agronegócio, escrevendo essa história de sucesso da agropecuária nacional, com excelentes resultados no melhoramento genético dos rebanhos, na produção leiteira, de carne e de grãos. É claro que nem tudo são flores, mas os desafios, que não são poucos, têm sido vencidos gradualmente. Entre tantos casos de sucessos conhecemos novas histórias que não podemos deixar de dividir com vocês. Assim, nesta edição, abrimos novas editorias “Lenda Viva e Gastronomia”, para que possamos registrar cada vez mais os casos que circundam o meio rural brasileiro e escrever a história da nossa gente, da nossa terra. Para essas editorias nossos entrevistados foram o Braguinha, um verdadeiro cowboy, e Helenice Pereira Carielo, conhecida pela sua arte de bem receber. Para falarmos da pecuária leiteira entrevistamos um dos maiores produtores de leite do Brasil e detentor do maior rebanho de genética holandesa no País, Antônio Carlos Pereira. Ainda nesse segmento, a Megaleite mostrou toda a capacidade dos brasileiros em produzir com qualidade e eficiência, mesmo vivendo momentos de crise. O período também foi marcado por eventos organizados por criadores de Nelore. Entre eles, a novidade em comercialização de animais, que será apresentada por Reinaldo Caravellas, no Shopping RM Nelore e o Leilão de Adir do Carmo Leonel, uma das grandes marcas da raça. Para fechar com chave de ouro, a Expogenética confirmou toda a capacidade dos brasileiros no trabalho da seleção genética do rebanho. Esperamos que vocês se divirtam ao ler esta edição e, principalmente, conheçam um pouco mais da história de grandes pecuaristas e produtores brasileiros. Boa leitura! Bolivar Filho
Na capa desta edição, as doadoras Beverly da Fort VR, Dijany FIV do Carmo e Miragem FIV da Palma, da RM Nelore.
Você sabia que a Terra Boa também pode ser acessada na internet para leitura virtual? É no endereço abaixo:
http://issuu.com/terraboa Tenha uma boa leitura!
agroneg贸cios
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Especial
O engenheiro
da Girolando
José Donato Dias Filho é engenheiro e administrador por formação, mas sempre foi apaixonado pela pecuária leiteira. Embora more no Rio de Janeiro, tem suas raízes em Minas Gerais, o que talvez tenha lhe puxado para presidir a
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Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, com sede em Uberaba/MG
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Depois de aposentar-se como engenheiro, em 94, passou a dedicar-se com afinco ao agronegócio. Foi presidente do Sindicato Rural e Secretário de Agricultura em Miguel Pereira/ RJ, membro da Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Conselheiro Fiscal do SEBRAE/RJ e também Conselheiro de Consumidores da Light, sempre representando a área rural. Atualmente é presidente da Girolando, onde cumpre o seu segundo manda-
to, a vencer em 2013. Acredita que a alternância na gestão é importantíssima, bem como a continuidade do trabalho em prol da raça. Afirma que está feliz na missão que exerce e que é um girolandista até a alma. “Uma raça se faz com fundamentação técnica, pesquisas e com aprovação do mercado, já uma Associação com homens, valores e resultados”. Confira nas próximas páginas a entrevista concedida por José Donato à revista Terra Boa Agronegócios.
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TB: A raça Girolando conquista cada vez mais espaço no Brasil e nos demais países de clima tropical. Diante desse cenário positivo, quais são as perspectivas para os criadores brasileiros nos próximos anos? JDDF: Mesmo vivendo um cenário momentâneo de crise na pecuária leiteira, eu sou otimista. Acho que muita gente está tomando consciência da importância de investir no agronegócio de forma mais profissional. Felizmente, as associações, sindicatos e o governo estão procurando uma forma interativa de trabalharem juntos. Recentemente, estive na CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e conheci as propostas do governo para a criação de uma Agência Nacional de Extensão Rural. Vejo que se unirmos: governo, CNA e indústrias não haverá dispersões. A extensão rural tem esse papel: de levar conhecimentos a todos os segmentos do campo. Isso será um novo alento a pecuária. O caminho é esse: da informação e do trabalho solidário e coletivo. A Girolando terá um papel importante nesse processo, pois é um patrimônio nacional e atende à demanda dos países tropicais. Estamos fazendo a tarefa de casa.
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TB: Nos últimos meses, os produtores de leite têm sofrido com o alto custo de produção, o que atinge o preço final do produto. Essa dificuldade poderá atrapalhar o crescimento da pecuária leiteira nacional nesse final de 2012 e em 2013? JDDF: Na realidade esta preocupação não é desse ano. Em 2011 a alimentação do gado mais a mão de obra chegaram a atingir 50% do custo da produção. Neste momento, o cenário mundial está mais complicado com a falta de alguns produtos como o milho e a soja e os mesmos custos já atingem 70%. Foi tudo uma conjunção de fatores. Produtos alternativos que poderiam auxiliar na alimentação do rebanho, como a polpa cítrica e o trigo, também enfrentam períodos de crise. O Girolando, pela sua rusticidade e adaptabilidade, é a grande opção para o pecuarista de leite. Cabe ao produtor achar alternativas. A cada crise que
enfrentamos o governo nos acena com crédito, acreditamos que o termo correto deveria ser preservar inicialmente a renda. Temos que achar os caminhos para acertar o foco adequado e ações apropriadas. TB: Pelos números divulgados pela Associação que o Senhor preside, a raça Girolando está consolidada no Brasil. Quais as divisas conquistadas pela pecuária leiteira que já podem ser atribuídas a raça? JDDF: A contribuição do Girolando nos últimos 20 anos é expressiva. Nesse período, o rebanho leiteiro aumentou 25% e a produção leiteira cresceu 110%. A média de produção das vacas Girolando cresceu 240%. A comercialização de animais da raça, em 2011, chegou a 74%, mas os valores não são tão altos como nas outras raças, pois o Girolando não é um gado só para a elite. Ele atende o mercado como um todo, da agricultura familiar a empresarial. Nós entendemos que o Brasil é um país de grande extensão, com diversidades regionais, e que cada localidade saberá escolher qual a melhor raça para trabalhar. O Girolando através do PS e cruzamentos oferece grandes opções para o mundo tropical. Nós defendemos o agronegócio do leite como um todo. A Megaleite é um exemplo desse trabalho, queremos mostrar o potencial da pecuária leiteira brasileira para o mundo. TB: O lançamento do Sumário de Touros da raça Girolando é uma das grandes conquistas dos criadores. Quais outras conquistas nos últimos cinco anos o Sr. destaca? JDDF: Nosso programa de seleção genética é relativamente novo. Nós já fizemos uma enorme caminhada. A venda de sêmen de Girolando é a que mais cresce no País, porque a nossa base é boa. Os resultados já conquistados fizeram os pecuaristas acreditarem. A nossa parceria com a Embrapa Gado de Leite também acelerou esse processo. Hoje nós estamos testando touros para os futuros criadores, seis, sete anos de trabalho. Com a avaliação genômica vamos reduzir muito este
tempo. Nossa confiança é total, pois os novos touros inscritos têm pedigree e genéticas maravilhosas. TB: Qual a avaliação da direção da Girolando sobre a Megaleite 2012 realizada no mês de julho, em Uberaba? JDDF: Nós estamos felizes com o resultado desse ano e vivendo a expectativa de realizar a 10º Megaleite, em 2013. Acho que podemos olhar o resultado por várias vertentes, o melhoramento genético, a evolução dos animais, a vertente política com a presença do Sr. Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, de vários deputados; pesquisadores, professores e, principalmente, a presença do produtor. Nós sabemos que Uberaba tem todo o charme para esse tipo de evento, mas não podemos perder o foco que o Girolando veio para atender do agricultor familiar ao empresarial e a Associação tem também como missão assegurar condições dignas para a pecuária leiteira. Com o avanço da pesquisa nós vivemos a democratização da genética, mas com certeza precisamos viver a sua socialização e criar melhores condições para todos. A Megaleite visa atender toda essa diversidade do agronegócio do leite. é neste sentido que trabalhamos. TB: Como a Girolando avalia o grande crescimento da genética leiteira apresentada por várias raças durante a Megaleite? JDDF: Todos estão buscando o seu espaço. Dentro do Girolando nós temos várias possibilidades com mais sangue de Gir Leiteiro ou do Holandês. Cada região sabe qual o melhor animal para se trabalhar com a pecuária leiteira. No Sul, por exemplo, eles buscam animais com mais sangue de Holandês. Nós temos que saber qual a vocação da região, pois tem que haver mercado para o produto. A riqueza do Girolando é oferecer todas essas possibilidades. Hoje nós temos animais que produzem leite com maior teor de gordura, com mais proteína e com custos competitivos. É preciso conhecer e saber aproveitar todas essas possibilidades.
TB: A raça Girolando conquistou números expressivos nos leilões realizados na Fazenda Santa Luzia, em Passos/MG, e na Fazenda Córrego Branco, em Capetinga/MG. Para o Sr, o que significam os recordes quebrados pelos produtores Maurício Silveira Coelho e Paulo Ricardo Maximiano? JDDF: Achamos que a demanda e o mercado, definem os preços. A valorização desses animais é muito bem vinda e a raça merece. Ao lado destes dois grandes criadores citados, existem muitos outros, uma verdadeira seleção nacional, que produzem e oferecem animais geneticamente superiores e, sobretudo confiáveis. A credibilidade é tão desejável quanto necessária. Se olharmos o TOP 100, ranking do site Milkpoint, veremos a presença do Girolando entre os 100 maiores produtores de leite. Assim, um dado que não podemos esquecer é que buscamos um animal para produzir leite. A vaca não é um produto social, mas o leite é. A Associação exalta esses números,
mas não os deixa “subir à cabeça” e nem perde o foco de sua missão. TB: Quais são as condições atuais para o Brasil exportar leite, uma vez que já conquistou grandes avanços na seleção genética e em índices de produtividade? JDDF: O mercado externo é complexo e “delicado”. A base de vendas são acordos que devem existir entre os países. Às vezes, o Brasil está pronto para vender, mas o que lhe oferecem em troca não é necessariamente
o que mais precisamos. O fato é que existe além do interesse pecuarista, o interesse do governo. Por exemplo: por que as importações de produtos lácteos do Uruguai e da Argentina se fazem nas quantidades praticadas hoje? O entendimento fica difícil e extrapola os limites do produtor e das Associações. Para equilibramos o processo temos que procurar os caminhos da política e participar ativamente das negociações, como estamos tentando fazer nos diversos fóruns, onde temos representantes competentes e ativos.
“o Girolando é um animal para produzir leite. A vaca não é um produto social, mas o leite é. A Associação exalta esses números, mas não os deixa “subir à cabeça” 15
Feira
SinRural de Passos
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realiza 4ª edição da Sinagro
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A 4ª Sinagro (Feira de Agronegócios do Sindicato dos Produtores Rurais de Passos), realizada de 7 a 10 de agosto no Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos, em Passos/MG, superou as expectativas de público e de negócios. Máquinas, produtos, serviços, informação para o produtor e o debate de lideranças estaduais e regionais garantiram o sucesso do evento. Nos quatro dias da Feira, mais de 70 empresas apresentaram seus produtos, maquinários e serviços. Foram realizados eventos paralelos como pales-
tras, minicursos e um seminário sobre agricultura familiar.
Lideranças e Debates Lideranças locais, regionais e estaduais participaram do evento. Entre elas o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Alves Nascimento; o Secretário de Desenvolvimento Social, Cássio Soares; o Diretor Técnico da Emater/MG, José Rogério Lara e o Subsecretário de Política Urbana, Renato Andrade.
A abertura da Feira foi prestigiada pelo presidente da Crediacip (Cooperativa de Crédito Mútuo dos Comerciantes de Passos), José Eustáquio do Nascimento, o Taquinho; a presidente da Câmara de Passos, Cenira de Fátima Gomes Macedo, a Tia Cenira; o gerente regional da Emater, Edson Gazeta; o gerente do Banco do Brasil, Nilton César Resende; o secretário municipal de planejamento, Antônio Francisco, o Toninho Pastor; o secretário municipal de Agricultura, Antônio Chaves Neto, o Chavinha e o prefeito de Guapé e pre-
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do Uruguai e da Argentina. “Nós temos um terço da produção de leite do país e o Governo Federal autoriza, em detrimento de nossos produtores, a importação do leite em pó. Leite que muitas vezes chega vencido a Minas e a todos os estados do Brasil. Mas estamos lutando. Há uma pressão muito grande, inclusive da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) para que realmente possamos barrar essa importação, em detrimento de nosso produtor que produz um leite de alta qualidade”, salientou. Cássio Soares e Elmiro Nascimento assinam documento na Sinagro
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sidente da Ameg e Alago, Nelson Lara. De acordo com o presidente do SinRural, Leonardo Medeiros, a Sinagro se consolida, a cada ano, como evento de importância para o agronegócio regional e como oportunidade para que produtores, fornecedores e parceiros possam aproveitar a reunião de todos num espaço em que o intercâmbio é facilitado e, por isso mesmo, ótimos negócios podem ser feitos. Para o secretário de Estado da Agricultura, Elmiro Nascimento, Passos é uma cidade importante, não somente em âmbito regional, como estadual. O secretário lembrou de algumas dificuldades enfrentadas pelo setor agropecuário e citou a importação do leite
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Produtos
“A Sinagro se consolida, a cada ano, como evento de importância para o agronegócio regional” Passos, Eremildo Nóbrega, a eficácia do aparelho foi colocada à prova por meio de testes ao vivo com os visitantes. “Nós fizemos a demonstração para o produtor, que pôde conferir de perto a eficiência do equipamento”, ressaltou. O empresário Tomaz Emerick veio de Manhuaçu/MG, distante cerca de 700 quilômetros de Passos, para apresentar seu maquinário de torrefação, moagem e embalagem de café. Segun-
Os produtores que visitaram a Feira puderam conhecer novas linhas de maquinários, tanto para a cafeicultura como para outros segmentos de produção agrícola. Para os produtores de leite, uma ordenhadeira com tecnologia alemã -capaz de registrar com precisão a produtividade por vaca - foi uma das novidades apresentadas no evento. Segundo o representante da revendedora em Lideranças municipais e estaduais se unem durante Feira de Agronegócios
O público aproveitou o momento para cumprimentar as lideranças durante a Sinagro
do ele, com cerca de R$ 10 mil, é possível montar uma pequena agroindústria e ganhar dinheiro com café de qualidade. No estande de Emerick havia um torrador, um moinho, um medidor de umidade e a máquina de embalar o pó, com selo e tudo. “Com isso, você tem uma microindústria de café torrado e moído”, disse ressaltando as formas de pagamento, com financiamento do Pronaf (da agricultura familiar) e do Banco do Brasil, através da linha “Mais Alimentos”. Em outros pavilhões, o visitante encontrou artesanato de várias cidades da área da Ameg (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), como Carmo do Rio Claro, Jacuí, Cássia e São José da Barra, que trouxeram tapetes, toalhados, artigos de cerâmica e até doces típicos da região.
Assessoria
O consultor
das raças Nelore e Gir Trabalhar com animais está no sangue da família. Com essa genética carimbada, chegar a consultor da raça Nelore seria apenas uma questão de tempo. E foi exatamente isso que aconteceu com José Bonifácio de Almeida Filho, o Zezão, que hoje é consultor das raças Nelore, Gir Leiteiro
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e, também, criador.
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O investimento nas raças Nelore e Gir Leiteiro é um mercado crescente que exige cada vez mais a presença do consultor, uma vez que grandes empresários apostam no segmento, bem como novos investidores. O Nelore está presente em todo país, mas concentrado nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A paixão inicial de Zezão era por cavalos. Foi inclusive domador. Na pecuária trabalhou como peão, inseminador, administrador de fazenda e ao conhecer Márcio Resende de Andrade, o criador do Bitelo SS, ainda Líder do Ranking Nacional, foi conquistado definitivamente pelo gado PO. No Mato Grosso do Sul trabalhou quatro anos. Depois foi atuar em Minas Gerais, na fazenda da Mendes Júnior, dos mesmos proprietários da Fazenda do Sabiá. “Fui trabalhando e estudando a genealogia dos animais e me tornando mais conhecido. Assim, cheguei a Fazenda Terras de Kubera, onde trabalhei por um bom tempo. Há cinco anos, ao sair da Kubera, criei a minha consultoria e presto assistência por todo País”, disse Zezão. Possui grande facilidade para memorização, dom que o ajuda na identificação de fenótipos e genótipos dos animais. “Nessa atividade é preciso conhecer toda a genealogia
e a caracterização dos animais, pois em genética nem sempre dois mais dois são quatro. Eu sempre digo: o que não sabemos de onde veio, não saberemos para onde vai”, concluiu. Sobre o trabalho que exerce afirma que nem sempre dá para atender toda a demanda. Por exemplo, no dia em que a equipe da Terra Boa o entrevistava em Ribeirão Preto, onde dava assistência no Leilão de Adir Leonel, deveria seguir para o Pará, onde atenderia vários criadores. Não conseguiu cumprir essa agenda diante de compromissos já assumidos em Uberaba. “É difícil indicar outra pessoa para o criador, porque muitas vezes ele quer ouvir a minha opinião, por ter confiança na minha experiência, no meu trabalho”, relatou. Ele confessa que tem mais facilidade para trabalhar com a raça Nelore. “O Gir Leiteiro exige mais de nós, pela sua produção leiteira. Mas os testes de progênie, atualmente, têm facilitado muito o nosso trabalho”. Zezão carrega na sua bagagem vários títulos conquistados pelas fazendas por onde trabalhou. Entre eles o Tricampeonato de Melhor Criador do Ranking Nacional da Raça Nelore, pela Terras de Kubera, o primeiro criador a conquistar esse título, conforme o Regulamento da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), o criador para conquistar a taça defini-
tiva precisa ganhar três anos consecutivos o título de melhor Criador ou em cinco vezes intercalados. Entre animais consagrados ele destaca a Betina MJ do Sabiá com Big Bem da SN, que produziu a Grande Campeã Nacional Abelha TE do Carmo e a Tajayama MJ do Sabiá com Panagpur que produziu duas Grandes campeãs nacionais, Lana e Madame TE da Kubera, e o reservado grande campeão Nacional, Lacre Te Kubera. Com mais de 20 anos de experiência, Zezão destaca que o mercado de hoje, em função da carne, procura animais precoces. “Mas, na minha opinião, tem que ter precocidade sem perder a beleza racial”. Uma das grandes dificuldades hoje, segundo Zezão está na formação da equipe, pois o trabalho se
estende ao longo do ano nos cuidados com os animais, na alimentação e manejo correto. “Nenhum elo da cadeia pode se quebrar. Se não tivermos uma equipe treinada para cuidar dos animais, não teremos animais se destacando no ranking nacional”, afirmou.
“Nessa atividade é preciso conhecer toda a genealogia e a caracterização dos animais, pois em genética nem sempre dois mais dois são quatro”
Fone: (34) 8401-1526 Zezão Consultoria
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Capa
Shopping RM
valor genético e qualidade De 15 a 23 de setembro, em Uberaba/MG, a RM Nelore promove o seu primeiro Shopping de vendas. O evento será realizado na Leilopec e terá a assessoria de grandes empresas do setor como Dstack Assessoria Pecuária e Programa Leilões. Entre as 10h e as 20h, durante nove dias, os criadores e compradores poderão conhecer as novilhas e prenhezes, filhas dos melhores animais da RM Nelore, e efetivar boas compras
A Fazenda RM de Reinaldo José Caravellas e Marcia Daltro Caravellas é localizada no município de Uberaba. Há cinco anos o casal investe no Nelore e formou um plantel com animais já consagrados da raça como Miragem FIV da Palma, considerada a melhor filha de Essência x Helíaco da Java, recordista de preço no Leilão de Adir Leonel, realizado em 2011, e Servia 9 da J Galera, também recordista de preço no leilão da Perboni, mãe de Kalista TE Mafra, 1º prêmio Emapa/2012.
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“Eu acredito que este evento será um sucesso. Primeiro porque não tenho metas faraônicas. Sei exatamente o meu tamanho. Segundo porque temos um plantel de doadoras que poucos têm. Mostraremos no Shopping essas doadoras, bem como as bezerras filhas dessas excelentes matrizes”
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Além desses animais premiados e reconhecidos pelo mercado da raça Nelore, outros mais formam o plantel da RM Nelore como Ryatna I da Zeus, mãe da Campeã da Expoinel/ES de 2012, Doutrina da RM, também recordista de preço no Leilão de Búzios/2012, entre muitos outros. Atualmente, Servia 9 é a terceira melhor matriz do Ranking ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) 2011/2012. Para o Shopping RM foram preparados cerca de 200 prenhezes, das melhores doadoras da RM, das barrigas de ouro, animais de excelente qualidade que poderão ser avaliados com cautela pelos criadores durante o evento de vendas organizado pela RM. Os compradores ainda terão assessoria agropecuária para avaliar a melhor relação do custo e benefício. “Este novo formato de vendas das prenhezes possibilita uma compra bem planejada, mais facilitada e proporciona ao criador uma compra mais justa”.
Segundo Reinaldo, este formato de vendas não é só uma nova opção do mercado, mas também uma tendência. Além das facilidades que o criador encontrará no Shopping RM Nelore, haverá um espaço destinado ao encontro dos criadores para a troca de experiência entre si, e entre os profissionais que estarão trabalhando no local. José Reinaldo e Fernando Oliveira, administrador da RM, também marcarão presença para assessorar os compradores. Há cinco anos selecionando o melhor da raça disponível no mercado, Reinaldo Caravellas conseguiu preparar bons animais. “Eu tenho para oferecer o que o mercado precisa e sou criador, não colecionador de animais”, disse. A meta de Reinaldo Caravellas é vender prenhezes e bezerras. “Eu acredito que este evento será um sucesso. Primeiro porque não tenho metas faraônicas. Sei exatamente o meu tamanho. Segundo porque temos um plantel
de doadoras que poucos têm. Mostraremos no Shopping essas doadoras, bem como as bezerras filhas dessas excelentes matrizes”, disse o criador. Natural do Rio de Janeiro, Reinaldo aposta na atividade há cinco anos. Em 2012 fixará residência em Uberaba e o Shopping é uma das ações para também divulgar a marca RM. No mesmo período do Shopping RM, Uberaba se transformará na capital do Nelore com a agenda da 41ª EXPOINEL (Exposição Internacional do Nelore). Os organizadores esperam que passem pela pista de julgamento mais de 1.000 animais de aproximadamente 100 expositores.
Shopping RM NELORE 15 a 23 de setembro/ 2012 Estância Leilopec, Rod MG 427 KM 1 Uberaba/MG
Beverly da Fort VR Fort 3617 Nascimento 18/02/2002 Matriz Modelo Expozebu 2008
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Pecuรกria de Elite
Adir Leonel: a marca
Ele é descendente de pecuaristas e a pecuária é a sua profissão. Por conhecer tão bem a atividade oferece ao mercado animais de genética diferenciada, um gado funcional, com aprumos corretos, produtividade e consistência genética.
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“Sempre focamos a raça e a produtividade com fertilidade, habilidade materna, preservação racial e padronização. O nosso grande diferencial é a preservação das linhagens com abertura de sangue dentro da pureza. Grosso modo, teríamos a Índia
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no Brasil”
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Na véspera do leilão anual de Adir do Carmo Leonel, realizado na Estância 2L, no dia 18 de agosto, em Ribeirão Preto/SP, o criador e seu filho Paulo Leonel receberam a equipe da Terra Boa Agronegócios para esta entrevista. Criadora reconhecida da raça Nelore, a família Leonel tem uma história que se entrelaça ao crescimento da raça no País. Há 52 anos, Adir é criador de Nelore. A sua base genética é de grandes criadores como Dr. Francisco Lourenço Cintra, VR e Brumado. Com o belo trabalho de seleção genética realizado nas últimas cinco décadas, nas fazendas nos estados de São Paulo e Goiás, Adir Leonel é uma das importantes marcas de Nelore no País. “Hoje, meu pai e o Chico Carvalho, entre outros poucos criadores, são o elo entre o Nelore que veio da índia, na década de 1960, e o Nelore que temos atualmente, disse Paulo Leonel, que administra a fazenda da família, Barreiro Grande, no município de Nova Crixás/GO, onde desenvolve o ciclo completo da pecuária: cria, recria, engorda e pecuária seletiva.
A marca Adir Leonel foi criada em 1967, quando ele adquiriu uma propriedade em Ribeirão Preto, a Estância 2L, em parceria com Luís Vicente Lunardi, sociedade que perdurou até o ano de 1971. Grande conhecedor da raça, em 1968 deu mais um passo e se tornou juiz das raças zebuínas. Atividade que exerceu por 20 anos e que o tornou conhecido em todo Brasil. “Nós sempre acreditamos na genética pura, que é a responsável por formar plantel. Muitos pecuaristas não entendem a sua importância. Mas é através da genética pura que temos a flexibilidade para preservar ou melhorar a linhagem dos animais. Em outros segmentos de raças é impossível fazer esse trabalho”, disse Paulo Para esse trabalho no qual se preserva a linhagem dos animais e, ao mesmo tempo, a pureza racial, pai e filho trabalham para formar um rebanho em que todos os animais sejam expoentes. “É muito difícil formar um rebanho de um indivíduo. Estamos sempre trabalhando para termos bons animais. Não adianta ter apenas um jogador bom em
Licco
campo, mas todos devem ser bons para se ganhar a partida”, exemplifica Paulo. Com essa filosofia de trabalho eles oferecem ao mercado animais para uma pecuária sustentável, real. “Sempre focamos a raça e a produtividade com fertilidade, habilidade materna, preservação racial e padronização. O nosso grande diferencial é a preservação das linhagens com abertura de sangue dentro da pureza. Grosso modo, teríamos a Índia no Brasil”, disse Paulo. O resultado desse trabalho pode ser comprovado na recente comercialização efetivada por eles, na maior transação comercial do mundo entre criadores, na qual foram vendidas 90 mil doses de sêmen para a Agropecuária Nova Piratininga, que tem sede em Goiás.
Com 10 mil cabeças de gado, Paulo e Adir trabalham por uma pecuária sustentável em que o gado segue do pasto para a cocheira e vice-versa, sem nenhum problema para o criador. Responsável pela maior parte da administração das atividades de Adir Leonel, Paulo divide a parte burocrática e financeira com a irmã Vera. Adir, no início da entrevista dizia: “Estou passando toda a administração para o Paulo”. O filho, que nasceu dentro da atividade do pai, afirma que essa transição é natural. “É a continuidade do trabalho. Eu não consigo ver outra atividade, não sei fazer outra coisa”, concluiu.
Leilões Depois de 26 anos trabalhando com a seleção genética de seus ani-
mais, em 1986, Adir realizou o seu primeiro leilão na Estância 2 L. Desde então, seus leilões se tornaram parte do calendário anual dos neloristas e daqueles que querem entrar na atividade e encontrar animais já consagrados, prontos para a produção. Em 2012 ele contabilizou a marca de 26 leilões ininterruptos. Na fazenda de Goiás eles caminham para o mesmo marco. Já foram 12 leilões realizados. Além dos leilões e outros eventos organizados por pai e filho, eles têm outro ponto de encontro para os neloristas: a Casa do Zebu, fundada em 2008, juntamente com amigos, no Parque Fernando Costa, em Uberaba. O local é um ponto de encontro de amigos da pecuária nacional e point certo durante a Expozebu.
Paulo Leonel na Estância 2L
Opus
Adir do Carmo Leonel no comando do seu leilão
Jallad
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Orestes Prata Tibery Júnior 1939-2012 A pecuária seletiva nacional perde um grande colaborador. Presidente da ABCZ na gestão 2004/2007, Orestes Prata Tibery Júnior, o Orestinho, ocupou cargos na diretoria em várias gestões, além de exercer a função de conselheiro das raças zebuínas. Foi o criador do julgamento Matriz Modelo na ExpoZebu e sempre defendeu a ética e os critérios de seleção firmados em raça, funcionalidade e eficiência do rebanho zebu. No ano de 2008 foi agraciado com a Comenda ABCZ por mérito de trabalhos em prol das raças zebuínas. Ele era o titular da seleção OT, uma referência no mercado do rebanho zebu seletivo, integrou o Grupo Elo da Raça durante muitos anos e também estava no JOP que identifica, cria e importa novas linhagens de Nelore, Guzerá e Gir indianos. Orestes faleceu no dia 25/08 em virtude de um acidente aéreo. Na aeronave estavam também a sua esposa, Elen Martins Prata Tibery e o piloto. Ficam aqui as nossas sinceras condolências à família e o nosso agradecimento pela sua dedicação e contribuição para o crescimento e evolução da pecuária nacional.
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Foto: MaurĂcio Farias/ABCZ
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Evento
Neloristas em busca da genética Sabiá Na Fazenda do Sabiá, banhada pelo Lago de Furnas, em Capitólio/MG, criadores da raça Nelore de todo país se encontraram no grande leilão anual promovido por Beto Mendes. A bezerra Nalischa do Bony abrilhantou o evento e foi arrematada por R$ 400.000,00
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O leilão, tradicional evento da Fazenda do Sabiá,realizado no dia 30 de junho, reuniu preciosidades do criador Alberto Mendes, titular da Fazenda do Sabiá,e dos parceiros no evento, Jonas Barcellos e José Luiz Niemeyer, das fazendas Mata Velha e Terra Boa. Com assessoria pecuária da SAP, realização do Programa Leilões e transmissão ao vivo pelo Canal Rural, o evento atraiu neloristas de todo Brasil, que também puderam acompanhar de perto o Leilão Reprodutores Sabiá realizado no mesmo dia. Detentor do título de Melhor Criador da raça, conquistado na EXPOZEBU de 2012, em Uberaba/MG, a trajetória de Alberto Mendes, na seleção genética do Nelore, hoje seguida pelo filho Beto Mendes, é reconhecida em todo país. Foram a remate 74 animais entre 50 machos e 24 fêmeas, incluindo animais de convidados. Dos 71 lotes vendidos a média registrada foi de R$ 115.000,00 para as fêmeas e R$ 7.000 para os machos, no total de R$ 2.656.666,40. O animal mais valori-
zado foi a bezerra Nalischa do Bony, de Ronaldo Bonifácio da Silva, arrematada pelo valor de R$ 400.000,00. Na disputa acirrada até o fim, garantiram a compra o Sr. Pedro Augusto Ribeiro Novis em parceria com a EAO Empreendimentos Agropecuários Obras S/A.
Foram a remate 74 animais entre 50 machos e 24 fêmeas, incluindo animais de convidados Durante a venda uma emocionante homenagem foi feita a Ronaldo Bonifácio, ex-funcionário da Fazenda do Sabiá, onde trabalhou por 32 anos, hoje criador e consultor da raça. “Eu não esperava essa homenagem. Ver o nosso trabalho reconhecido é muito emocionante”,disse Bony, ressaltando ainda o valor conquistado com a venda da bezerra.
Há 28 anos a Fazenda do Sabiá quebrou paradigmas ao colocar à venda o que tinha de melhor no rebanho e criar alguns leilões importantes para a raça. Entre eles o anual realizado na Fazenda e o “Noite dos Campeões”, o mais tradicional da raça, realizado em Uberaba. A busca incansável pelo melhoramento genético é a marca de Alberto e Beto Mendes. Na caracterização dos animais buscam a beleza racial, harmonia e carcaça bem definida. A Fazenda lidera o ranking da raça. No seu leilão anual, grandes criadores estiveram presentes como o presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) Duda Biagi, José Luiz Niemeyer entre outros de vários estados do País. Em 2012 a agenda de leilões da Fazenda soma sete eventos. Dois ainda estão por vir: o Qualidade Futurity, em setembro, transmitido pelo Canal Rural, e o Leilão Shopping Sabiá, programado para o mês de novembro, que também será transmitido pelo Canal Rural. Até lá!
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O leiloeiro Paulo Horto e Beto Mendes durante evento na Fazenda do Sabiá
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Leilรฃo Fazenda do Sabiรก agronegรณcios
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Artigo
A Genética
lucrativa e sustentável
O gigante rebanho bovino brasileiro possui aproximadamente 190 milhões de cabeças, sendo a maior parte da raça Nelore, adaptada às condições tropicais. Além de animais adaptados, o Brasil possui potencial para a produção de carne bovina, em razão de sua extensão territorial e disponibilidade de pastagens
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Foto: www.fatosenoticias.com
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A produção de carne bovina tem crescimento projetado de 3,5% ao ano para o período de 2008/2009 a 2018/2019. Isto mostra que o setor de produção de carne bovina deverá apresentar intenso dinamismo nos próximos anos. Estima-se que as exportações de carne bovina em 2016 serão lideradas por Brasil, Austrália, Índia, Argentina e Nova Zelândia, concentrando 93,8% das exportações mundiais de carne bovina e um volume em equivalente carcaça de 2.849 mil toneladas.
O Brasil deverá manter a liderança de principal exportador de carne bovina em 2018/19 e as relações entre carne bovina de Exportação do Brasil/Comércio mundial deverão representar 60,6% do comércio mundial. A rentabilidade da produção de bovinos de corte é dependente dos inputs e dos outputs do sistema. O fornecimento de alimentos é o input de maior custo na maioria dos empreendimentos pecuários, principalmente nos mais intensificados.
A importância deste input na seleção foi reconhecida há muito tempo pela suinocultura e avicultura e, por isso, estas espécies evoluíram bastante nas últimas décadas com relação aos índices de eficiência alimentar, tanto pelo melhoramento genético como por melhorias nas condições de ambientes, nutrição e manejo. A seleção para eficiência alimentar em bovinos de corte foi ignorada pelos programas de melhoramento genético principalmente pela dificuldade e custo de mensurar o consumo alimentar individual. Por vários anos, programas de melhoramento genético de bovinos de corte enfatizaram apenas a seleção para aumento dos outputs, tais como pesos em diversas idades, ganho de peso diário, circunferência es-
menor produção de poluentes (CO2, esterco, metano, etc.) por unidade de carne produzida ou ainda aumento da produção de carne com o mesmo impacto ao ambiente. A definição de estratégias para aumentar a eficiência alimentar é fundamental na seleção de bovinos de corte, desde que não prejudique outras características de alta importância na seleção tais como precocidade sexual, fertilidade, habilidade maternal ou ainda comprometer a qualidade da carcaça. A conversão alimentar (kg de consumo/kg de ganho), parâmetro de eficiência tradicionalmente conhecido, é uma medida bruta de eficiência com sérias limitações para ser utilizada como critério de seleção por ser correlacionada positivamente com peso à
A definição de estratégias para aumentar a eficiência alimentar é fundamental na seleção de bovinos de corte
crotal, características de carcaça e até mesmo o desempenho reprodutivo. Porém, no momento, inicia-se enfoque para a diminuição dos custos com alimentação através da identificação de animais eficientes. Os custos com alimentação representam algo em torno de 2/3 dos gastos de um empreendimento de terminação de bovinos de corte. A relevância do aumento da eficiência alimentar se expande à medida que houver benefícios para o meio ambiente, como redução da área de pastagens e otimização das áreas disponíveis através do aumento do número de cabeças por área, além da
idade adulta. Portanto, adotar a conversão alimentar como parâmetro da eficiência alimentar em bovinos leva ao aumento do tamanho adulto das matrizes. Isto é indesejável por comprometer a eficiência reprodutiva em condições nutricionais limitantes. Pelos problemas mencionados, novos parâmetros de eficiência têm sido sugeridos, como o Consumo Alimentar Residual. O Consumo Alimentar Residual (CAR) é uma medida obtida pela diferença entre o consumo observado além ou aquém do necessário para atender exigências preditas de manutenção e crescimento. As exigên-
cias são preditas, para o cálculo do consumo predito, baseadas no peso vivo médio e ganho de peso diário do animal, através de uma equação de regressão múltipla. Assim, os animais mais eficientes apresentam CAR negativo (consumo observado menor que o predito para o peso e ganho observados do grupo contemporâneo em que foi avaliado) e os menos eficientes um CAR positivo (consumo observado maior que o predito). Esta medida de eficiência é independente do peso e do ganho animal ao contrário da eficiência de conversão alimentar, calculada pela razão do consumo alimentar / ganho de peso. Desde 2010, alguns produtores brasileiros de genética bovina de corte adotaram o CAR como critério de seleção e no ano seguinte disponibilizaram ao mercado, reprodutores jovens com informações de eficiência alimentar. É a pecuária nacional investindo em tecnologias de ponta para uma produção de carne ainda mais sustentável.
Yuri Baldini Farjalla Zootecnista pela Universidade Estadual de Londrina (UEL); Mestre em Produção Animal pela ESALQ/USP e Técnico da Aval Serviços Tecnológicos yfarjalla@aval-online.com.br
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Megaleite 2012 evidencia qualidade da genética leiteira
A cidade mineira de Uberaba transformou-se na capital nacional do leite com a realização da 9ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (MEGALEITE) entre os dias 1º e 8 de julho. Com a participação das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Pardo-Suíço, Simental, Guzerá, Sindi e Indubrasil concorrendo na pista de julgamento do Parque Fernando Costa ou nos torneios leiteiros, a feira atraiu cerca de 40 mil pessoas.
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Mais uma vez, a MEGALEITE evidenciou o alto nível genético alcançado pelos selecionadores das principais raças bovinas leiteiras do país, refletindo positivamente nos negócios. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, o volume de negócios da feira (incluindo as vendas realizadas pelas empresas com estande no evento, leilões e shoppings) foi de R$55 milhões. Os 12 leilões realizados atingiram um faturamento de R$ 10.134.780,00 com a comercialização de bovinos das raças Girolando, Gir Leiteiro e Holandês. Mesmo com um leilão a menos que a edição do ano passado, a MEGALEITE registrou um crescimento de 40,2%.Também foram comercializados bovinos em dois shoppings de animais, gerando R$ 1.272.312,00. A Megaleite ainda registrou três recordes nacionais de produção no 23º Torneio Nacional de Girolando. A vaca Botique JM Monte Alverne é a nova recordista nacional após atingir a média de 86,850 quilos de leite e produção total de 260,550 quilos de leite. Outra nova recordista nacional é a novilha BB Milk Emerson Nugget Jaguar FIV, que atingiu média de 59,733 quilos de leite e produção total de 179,200 quilos de leite. O terceiro recorde foi quebrado pela vaca ¾ Girolando Josimar M. Ela obteve média de 78,273 quilos de leite e produção total de 234,820 quilos/leite. Outras raças que realizaram torneios leiteiros foram Gir Leiteiro, Holandês, Guzerá, Sindi, Indubrasil e Simental. Os torneios das raças participantes tiveram mais de 100 fêmeas concorrendo. Já na pista
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Além de mostrar o avanço genético do rebanho leiteiro do Brasil, a MEGALEITE 2012 foi palco de importantes debates para o setor
de julgamento da Megaleite as disputas envolveram mais de mil animais das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Pardo-Suíço, Guzerá.
SUBLEITE ouve reivindicações do setor Além de mostrar o avanço genético do rebanho leiteiro do Brasil, a MEGALEITE 2012 foi palco de importantes debates para o setor. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, participou da abertura oficial do evento e destacou a expansão no volume de crédito e a regionalização do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13. De acordo com o ministro, o setor da pecuária de leite terá as linhas de financiamentos para aquisição de matrizes e reprodutores renovadas e a taxa de juros reduzida dos atuais 6,75% para 5,5%. O limite de crédito para o setor também foi elevado a R$ 650 mil por produtor, assim como o limite de comercialização às agroindústrias e processadoras de leite passou de R$ 40 milhões para R$ 50 milhões, com a ampliação do prazo para 240 dias. Mendes Ribeiro Filho enfatizou o aumento histórico dos recursos voltados ao setor para R$ 115,25 bilhões no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, que representa 22% a mais do que o plano anterior, ressaltando ainda uma política agrícola diferenciada que beneficia ações regionais. “O plano foi concebido com base na
O presidente da Girolando, José Donato, ladeado por grandes girolandistas, durante premiação da Grande Campeã
regionalização das políticas de apoio ao produtor, voltadas às realidades locais. Os investimentos também focam áreas estratégicas como armazenagem, irrigação, correção e conservação de solos, equipamentos agrícolas e no Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC)”, afirmou. O ministro participou da abertura da audiência pública externa da Subcomissão do Leite da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e se comprometeu a receber uma comitiva de criadores para debater as sugestões apresentadas na MEGALEITE. “Além de apresentar o alto nível genético das raças leiteiras, a feira foi importante em vários sentidos. Conseguimos fazer com que nossas reivindicações sobre o mercado de lácteos fossem ouvidas pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e pela Subcomissão do Leite. Do ponto de vista econômico, a feira mostrou que o setor de genética segue firme, apesar de o setor leiteiro sofrer com o alto custo de produção e com o baixo preço do leite”, disse o presidente da Girolando, José Donato Dias Filho, que apresentou ao ministro e ao secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, o projeto de construção do Centro de Capacitação Girolando (CCG). Também participaram da abertura da feira os deputados federais Marcos Montes e Paulo Piau. A audiência pública da Subcomissão do Leite, presidida pelo deputado federal Domingos Sávio, possibilitou aos produtores rurais apresentar suas reivindicações para melhoria do setor. Participaram do evento lideranças rurais, presidentes de cooperativas de leite, prefeitos da região do Triângulo Mineiro e produtores rurais. As importações de leite em pó do Uruguai e da Argentina e a redução do preço pago ao produtor, pelo litro de leite, foram alguns dos temas debatidos.O representante da Organização das Cooperativas Brasileiras, Vicente Nogueira, questionou o fato de os dados dos importadores de leite não poderem ser divulgados, levantando dúvidas sobre quem são os reais importadores e quais os objetivos da compra.
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O presidente da Comissão do Leite da CNA, Rodrigo Alvim, criticou o fato de o governo brasileiro não coibir a entrada de leite em pó do Uruguai e impor limites apenas à Argentina. O deputado federal José Silva falou da necessidade de se instalar uma CPI do Leite para avaliar a atuação do varejo. Já o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, destacou que as pesquisas com genética têm garantido o avanço da produção. O deputado federal Domingos Sávio informou que será elaborada uma política nacional do leite ainda neste ano, para nortear o setor. O deputado federal Carlos Magno destacou que é preciso fortalecer ou implantar o Conseleite (Conselho do Leite) em todos os Estados brasileiros a fim de garantir melhor política de preço para o setor.
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Mérito Girolando Pelo segundo ano consecutivo, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando prestou homenagem a criadores e a profissionais que vêm contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio. Na categoria “Produtor de leite”, o homenageado foi o criador José Coelho Vitor, da cidade de Passos/MG. Titular da Fazenda Santa Luzia, ele é um dos mais tradicionais selecionadores da raça Girolando e um dos maiores produtores de leite do país, com o rebanho Girolando. Na categoria “Criador”, o Mérito foi para Ellos José Nolli, que é selecionador de gado Holandês na Fazenda Cachoeira, em Caeté/MG. O criador acaba de ter uma fêmea entre as maiores produtoras
do país, superando a expressiva marca de 100 mil litros de leite produzidos. Na categoria “Mulher”, quem recebeu a homenagem foi a criadora Nazareth Dias Pereira. Em Carmo de Minas/ MG, ela comanda o Grupo Sertão, que além da criação de Girolando, conta com mais de 100 anos de tradição na produção e comercialização de cafés de alta qualidade. Na categoria “Personalidade do Ano”, o agraciado foi o deputado federal Paulo Piau, que recebeu a homenagem das mãos do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, durante a solenidade de abertura oficial da MEGALEITE, realizada no dia 2 de julho. Os demais homenageados receberam a comenda no dia 4 de julho.
Galeria Megaleite 2012 agroneg贸cios
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Evento
Girolando:
muita raça e boa fé Leilão Boa Fé, Ma Shou Tao e Amigos marca a Megaleite 2012
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por Gustavo Ribeiro
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A noite de quarta-feira, 4 de julho, nasceu diferente. Primeiro, pela obra divina, que nos abençoou com uma espetacular lua cheia, tornando a noite ainda mais agradável. O outro motivo foi a realização da quinta edição de um dos leilões mais esperados da Megaleite. O aconchegante Centro de Eventos (RKC) foi o palco do 5º Leilão Boa Fé Ma Shou Tao e Amigos. A assessoria foi feita por Celso Menezes e Davi Oliveira, com transmissão pelo AgroCanal e tendo a Programa Leilões como responsável pelos arremates. O evento teve início às 19 horas e 30 minutos com a apresentação dos animais, acompanhada de um bom vinho. O assessor Celso Menezes apresentava lote por lote e tecia comentários que só faziam aumentar a expectativa dos participantes. O início oficial do leilão foi às 21 horas, sem atrasos - como é de costume nos eventos Boa Fé. O 5º Leilão Boa Fé Ma Shou Tao e Amigos é considerado um marco na história da Megaleite. Jônadan Ma consegue reunir, em 30 lotes, os mais importantes criadores e selecionadores de genética Girolando, com os animais que marcaram, marcam ou vão fazer a história da raça. Prova disso são os sucessivos recordes que o leilão supera. Mas não é só isso: o carisma, a simpatia e o entusiasmo do promotor encantam e contagiam quem participa do evento. Foram comercializados 29 lotes que representam o melhor da genética Girolando. Animais que integram o time de pista da Fazenda Boa Fé e dos convi-
dados especiais que disponibilizam seus melhores produtos para essa grande confraternização da raça Girolando. Num leilão de tamanha envergadura e qualidade não poderia ser diferente: faturamento total de R$ 1.042.800,00, com média de R$32.587,50.
Ação Beneficente O leilão Boa Fé Ma Shou Tao e Amigos é uma grande festa de negócios, mas também um evento de cunho social, empenhado em levar esperança, alegria e fé para as pessoas que lutam diariamente no Instituto Boa Fé de Apoio ao Combate ao Câncer. A ação beneficente destina 50% da bilheteria do leilão ao Hospital do Câncer de Uberaba Dr. Hélio Angoti. Além disso, Ronald Rabbers, um dos mais renomados criadores de gado Holandês no Brasil, que é amigo e parceiro da Ma Shou Tao na seleção do Girolando, doou uma aspiração com garantia de duas fêmeas, da doadora-mãe do lote 25. Uma fantástica vaca holandesa EX91 de 04 anos de vida, e aos 120 dias de lactação está com 6.067L e pico de 58 litros. A doação foi arrematada em 24 parcelas de R$ 1.500,00 por Eire Enio de Freitas e filhos, da Fazenda Medalha Milagrosa, de Prata/MG.
Conquistando a América Não é só o Corinthians que conquistou a América na noite de quarta-feira, dia 4 de julho. Ao final do 5º Leilão Boa Fé Ma Shou Tao e Amigos foi realiza-
do um sorteio entre os investidores: tratava-se de uma viagem-prêmio para um casal, com 7 noites em um cruzeiro marítimo, que sai de Santos/ SP, passando por Punta del Leste, Montevidéu e Buenos Aires, no luxuoso MSC Magnífico... O contemplado foi o Sr. Eurípedes José da Silva, da Fazenda Uberaba, de Paraopeba, MG, que investiu no lote 3, uma novilha ½ sangue, Julia FiV Teatro Pedra , uma doadora da Genética Boa Fé em parceria com Geraldo Marques, da Estância Bom Retiro.
Encerrando em grande estilo No final do pregão, Jônadan não escondia a satisfação pelo evento, que marca a história do Girolando. “Um leilão que fatura mais de 1 milhão de reais, com 32 mil de média, é uma satisfação maravilhosa. Sentir o resultado de todo o trabalho de seleção, que atravessa décadas, ceder os melhores animais de cada plantel e vê-los valorizados nos deixa muito gratificados. O resultado é mais que alegria, é realização, é o Girolando avançando no Brasil e no mundo”, conclui o diretor-executivo do Grupo Boa Fé Ma Shou Tao. Genética democratizada para todo o país, ano após ano, nível superior dos animais ofertados e a congregação da família Girolando são marcos desse grande evento. O Girolando cresce a passos largos graças ao incansável trabalho de selecionadores e entusiastas da raça, como Jônadan Ma.
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Encerramento do leilão e entrega da viagem-prêmio para o Sr. Eurípedes José da Silva - Fazenda Uberaba
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Galeria Leilão Ma Shou Tao 2012 agronegócios
Thiago e Adriano
Da esquerda para direita, Gustavo, Joélia, Vicente, Joaquim e Maurício
Ronald Rabbers, Jônadan Ma, Winston Drummond, Paulo Ricardo Maximiano, Angela Ma, Tatiane Tetzner e Miller Cresta
Agnaldo Agostinho, Jônadan e Maurício
Eduardo Lopes (Poitara Genética), Jorge Luís (Oásis da Divisa) e parceiro
Jônadan e Angela Ma
Jônadan recebendo homenagem da BOI E BMB Assessoria
José Antônio da Silveira e Thiago - Xapetuba Agropecuária
José Donato Dias Filho, Jônadan Ma e parceiro
Aline, Maíra, Luísa, José Naves de Ávila Neto, Luiz Ronaldo de Paula, Flavão e Milton Neto
Luiz Carlos Rodrigues e família - Nova Terra Agropecuária
Eurípedes, Leopoldo, Maria de Lourdes
Jônadan na abertura do leilão agradecendo a todos os amigos da genética Boa Fé
Jônadan e Angela Ma agradecem a todos os participantes do 5º Leilão Boa Fé - Ma Shou Tao
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Pecuária Leiteira
Leite em
Alta Escala Antônio Carlos Pereira é um dos maiores produtores de leite do Brasil, mais precisamente o 6º maior produtor segundo o TOP 100, ranking administrado pelo site Milkpoint. Começou a sua trajetória produzindo menos de 100 litros de leite por dia e chegou a casa dos 25 mil litros, em 2011. A sua previsão é de crescimento, com a meta a ser alcançada de 40 mil litros por dia. Para administrar toda essa produção, as atividades são divididas em quatro fazendas que integram a empresa Fazendas Reunidas Antônio Carlos Pereira e filhos, sediada em Carmo do Rio Claro/MG, e, atualmente, administrada por três gerações da família. O patriarca, os filhos, o genro e, mais três netos. A paixão de Antônio Carlos,
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filho de pecuaristas, foi repassada para a toda família.
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Desde a década de 1960, quando Antônio Carlos Pereira começou a trabalhar com a pecuária leiteira, o processo de produção foi extremamente melhorado. A tecnologia chegou para ajudar e essa conquista o produtor abraçou com todas as suas forças. Assim, sua produção com foco sempre na eficiência, produtividade e qualidade foi crescendo gradualmente e o transformando em um dos maiores produtores de leite do País. Acreditando nos benefícios da tecnologia e da informação, Antônio Carlos sempre buscou esse suporte que foi expandido com a chegada dos filhos na atividade, já especializados na área rural. A produção leiteira foi aumentando gradativamente e, também, as atividades do grupo que investe também em cafeicultura, gado de corte, piscicultura, cachaça e no plantio de milho, soja, sorgo e feijão.
A terceira geração, os netos, já graduada em áreas do setor rural, chega para assumir novas funções. Entre eles os irmãos Leonardo e Antônio Pereira, administrador de empresas e agrônomo respectivamente, que trabalham com o pai Leopoldo Pereira, o Leo, e o avô Antônio Carlos, na Capão Alto. Henrique Júnior, também agrônomo, atua com o pai, Henrique, em outra unidade, nas Fazendas Castelhanos e Santo Antônio. Os demais netos, filhos de Carlos Augusto e de Helenice, ainda cursam o Ensino Fundamental e agronomia, mas reforçam o grupo nos finais de semana e nas férias. Com mais de 50 anos de experiência em produção de leite, Antônio Carlos afirma que é hora de trocar o bastão indicando o processo de sucessão que o grupo criado por ele vive. “Dizem que eu sou um bom administrador, mas só acreditarei nessa afirmação se eu fizer meu sucessor”, afirma.
Nesses mais de 50 anos de atividade na pecuária leiteira, Antônio Carlos conquistou vários prêmios. Entre eles: produtor modelo, pelo Ministério da Agricultura, no ano de 1982; Prêmio Leite B, no ano de 1992; Premio Tetra Rex de Qualidade do Leite; Prêmio da Associação Brasileira dos Produtores de leite, a Leite Brasil; Medalha de Mérito Rural, em 2009 pela FAEMG, entre outros prêmios. É o maior fornecedor de leite da Vigor com uma produção anual de 9.427.850 litros de leite
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Leite: o carro-chefe da fazenda Para produzir mais, com qualidade e acesso a tecnologia, Antônio Carlos investiu no gado Holandês. As vacas são manejadas em sistema de free stall para manter o conforto dos animais, o que reflete sem dúvida na produção. A alimentação do seu rebanho é quase toda produzida nas propriedades. Atualmente, busca a autonomia na produção de grãos: milho, soja e sorgo, base da alimentação do rebanho.
A boa genética O investimento não só em tecnologia, mas também no rebanho, trouxe resultados inesperados. Atualmente, no País, o grupo tem a maior genética oriunda da Holanda em rebanho, o que lhe abriu um novo segmento de comercialização. Através de FIV essa genética está sendo comercializada para empresa Neo Zelandesa que investe no Brasil no cruzamento de Holandês com Jersey. Serão 3.000 embriões a serem produzidos no prazo de um ano.
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As vacas são manejadas em sistema de free stall para manter o conforto dos animais, na fazenda Capão Alto
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Com a atual alta dos produtos, e a escassez da soja no mercado, a meta de aumento da produção, em 2012, poderá ser comprometida. Para produzir mais e com segurança, investiram na irrigação triplicando a área de plantio irrigado. A produtividade do milho está em 200 sacas por hectare, mas a meta é a de atingir ainda mais. Entre as novidades da fazenda está a aquisição de silos graneleiros para estoque da produção de milho, soja e sorgo, com capacidade para 200.000 sacos. Embora tenham se preparado em vários setores para o aumento da produção leiteira, como no investimento em terras, na infraestrutura para o conforto dos animais, na armazenagem e no transporte, o alto preço e a falta de insumos como a soja, podem atrasar a meta dos 40 mil litros de leite por dia. “Teremos falta de soja até março de 2013 e isso é problema, pois compromete os custos”, disse Antônio Carlos. Hoje, o grupo trabalha com 1.200 animais em produção.
Realidade Para produzir muito leite, segundo Antônio Carlos é preciso ter o pé no chão. “É preciso pagar a vaca com o produto que ela produz. Hoje, muito do que vemos no mercado da pecuária leiteira, principalmente em venda de genética, está fora da realidade do dia
“Dizem que eu sou um bom administrador, mas só acreditarei nessa afirmação se eu fizer meu sucessor” a dia da fazenda. Vivemos um mundo de inversão de valores, em vários sentidos”, disse. “Hoje só se fala em ecologia, em preservação e parece que o produtor não faz a parte disso. Pelo contrário. O produtor está mais consciente. Não podemos depredar senão não teremos como produzir alimentos”, disse. Na sua propriedade a preservação é assunto sério. O produtor mantém área com espécies nativas. A fazenda tem assessoria técnica de empresas nas áreas de prevenção de riscos ambientais. Além disso, tem suas atividades de produção adequadas às normas ambientais de funcionamento de cada atividade, com destinação correta de resíduos, devolução de embalagens de defensivos agrícolas, químicos, conservação e reflorestamento de nascentes, reserva legal e respeito às áreas de preservação permanente. Na área da informação e tecnologia é parceira de várias universidades para a troca de experiências no manejo dos animais e produção.
Três gerações da família Pereira que dedicam a pecuária leiteira: Leonardo, Leopoldo e Antônio Carlos Pereira
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Depoimentos
Qualidade da Coffee 200
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surpreende cafeicultor
Rapidez na colheita, facilidade na operação e economia com combustível são alguns aspectos da colhedora de café destacados por produtor de São Sebastião do Paraíso
A colhedora de café Coffee Express 200, da Case IH, vem conquistando o produtor rural por causa de seu alto desempenho, praticidade e outras vantagens. Além de colher os frutos, até mesmo de modo seletivo, a Coffee 200 auxilia no controle fitossanitário do cafezal, removendo as folhas doentes enquanto faz a colheita. Com potência de 55 cv (cavalos), velocidade de colheita de 400 a 1.600 metros por hora e capacidade de panhar até 150 sacos de 60 quilos por hora, a Coffee 200 é considerada a colhedora de café mais produtiva no Brasil. Essa máquina agrícola funciona através de uma moderna tecnologia de derriçamento, com os grãos sendo colhidos por um conjunto de varetas de plástico com fibras, permitindo a panha total dos frutos ou mesmo uma seleção dos grãos, que é proporcionada pela regulagem da vibração das varetas. Em São Sebastião do Paraíso, uma dessas máquinas foi adquirida pela família Giubilei Braghini, proprietária da fazenda Ribeirão Fundo, próxima ao distrito de Guardinha, e do sítio Promissão, situado a dois quilômetros da cidade, em frente ao aeroporto. Ao todo, são 85 hectares de café em produção. Um dos três sócios, José Marcos Braghini – os outros dois são sua mulher, Marisa, e seu cunhado Maurí-
cio Giubilei –, diz que já conhecia a colhedora, por meio de outros produtores rurais, mas revela ter ficado mais admirado ainda quando começou a trabalhar com ela em suas lavouras, em agosto. “É uma máquina fantástica em termos de manobra e é muito prática. Não deixa o cafezal danificado. Nem parece que foi feita uma colheita!”, disse. “E o consumo de combustível é muito baixo”, acrescentou.
Braghini comprou a Coffee 200 na concessionária da Case IH, a Pimenta Agro Sul, em Alfenas/MG, e disse ter ficado muito satisfeito com a aquisição, especialmente com a atenção da empresa no pós-venda. “Eu quero até agradecê-los, pois o pós-venda foi excelente, são muito prestativos e cumpriram todos os prazos”, disse, observando que seus funcionários não tiveram dificuldade para operar a colhedora.
Os sócios Maurício Giubilei e José Marcos Braghini, que trabalham com a Coffee 200
Tratores Farmall e Maxxum aumentam faturamento de grupo agrícola
Os tratores Farmall, para serviços mais leves, e o Maxxum, para atividades que requerem mais potência, vêm ajudando um grupo agrícola de Alpinópolis a ganhar mais dinheiro
O Grupo Vaz Colheita e Transporte, de Domingos José Vaz, produz grãos e presta serviços em propriedades rurais nos municípios de Alpinópolis, Carmo do Rio Claro e São José da Barra. São 600 hectares de cultivo de milho, soja e feijão, atividades que requerem tratores com características diversas, para serem aplicadas conforme a necessidade do produtor. Segundo o administrador do grupo, Marcos Donizete Vaz, as tarefas mais leves são realizadas com o Farmall 80, um dos três modelos da versátil linha de alta tecnologia da Case IH para atender os produtores rurais nas variadas aplicações; seja na pecuária, produção de grãos, cafeicultura, lavoura de cana e mesmo pelos hortifrutigranjeiros.
Os serviços mais pesados são feitos com o Maxxum 150, de uma série de tratores mais robustos, com motor mais potente, ideal para aplicações mais pesadas, como aragem e plantio. “São tratores muitos bons, de excelente desempenho, rendimento e também em economia de combustível”, afirma Marcos Vaz, contando que o grupo empresarial, de propriedade de seu pai, Domingos, adquiriu o Farmall 80 no ano 2009 e o Maxxum 150 em 2010 e que desde então só vem colhendo bons frutos. “Vem ajudando a gente a ganhar mais dinheiro”, comemora, revelando que além das atividades em suas fazendas o grupo aumentou o faturamento prestando serviços para terceiros.
O Farmall 80 é de uma linha de tratores de baixa potência, ideal para cultivos leves, pastos e tarefas especiais, como aplicação de herbicidas. Além do modelo adquirido pelo Grupo Vaz, tem também as versões 60 e 95, respectivamente de 58 e 95 cv (cavalos). Já quando o assunto é trabalho pesado, a série Maxxum (135, 150, 165 e 180 cv) é a indicada. São tratores para tarefas que exigem robustez e resistência, fabricados a partir de inovações tecnológicas e recursos de engenharia, com motor mais potente e em duas versões de transmissão. Uma delas é a semipowershift, para conforto e maior produtividade. A outra transmissão é mecânica, mais robusta, para condições mais severas no campo.
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Artigo
Nossas Vacas
são eficientes?
da sua importância para humanidade. Cabe a nós, como integrantes e defensores da indústria, mostrar o que é possível e o que está sendo feito para minimizar o impacto da produção, que passa pelo uso das tecnologias disponíveis e sustentar a produção de alimento saudável e a custos acessíveis. Fig. 2
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Produção de leite e número de vacas em lactação nos EUA, entre os anos de 1944 e 2007
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Atualmente muito se fala em sustentabilidade e no fato de que todos nós devemos preservar o meio ambiente para que ele continue propiciando condições climáticas favoráveis a uma produção agropecuária eficiente. O questionamento sobre o impacto ambiental da produção agrícola, e, mais especificamente, da produção de leite, não é algo distante da nossa realidade. Com a globalização e a atual velocidade e facilidade de obtenção da informação promovida pela internet, tópicos como este, cada vez mais, estarão presentes e sendo “cobrados” de nossos produtores pela opinião pública. Exemplo disso é a matéria publicada em uma conceituada revista, que discute de forma bastante racional a questão, e mostra porque as vacas (ou os ruminantes) estão sendo acusadas de prejudicar o meio ambiente, apesar
Conforme a figura 2 mostra, quando comparados os dados do número de vacas em lactação e da produção de leite nos Estados Unidos, entre os anos de 1944 e 2007, podemos ver que mesmo com uma redução de 34% no número de vacas em lactação, houve um aumento de 60% na produção de leite. Isto só é possível graças ao uso das tecnologias disponíveis no mercado que, além de aumentar a produtividade animal (seja para maior produção de leite, ganho em peso, produção de ovos), melhoram a lucratividade do produtor e contribuem para a menor emissão de gases causadores de efeito estufa.
A Figura 3 confirma esta afirmação e mostra que, a vaca de hoje emite apenas 33% do metano que a vaca de antigamente emitia, para produzir o mesmo leite. Isso apenas é possível, pois há um trabalho conjunto de empresas, pesquisadores, técnicos e produtores focados em ser eficientes, desde a produção do alimento usado pelos animais até o tratamento correto dado a eles. Todo esse cuidado para garantir que produto final chegue à mesa do consumidor da maneira mais segura em termos sanitários e a custos acessíveis.
Fig. 3
4 4 3 3 2
Nelson Ferreira Junior
2 1 1 0
1944
2007
Zootecnista Gerente Téc. Bovinos - Elanco Saúde Animal junior_nelson_ferreira@elanco.com
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A Revista Doce Mar de Minas e o Píer JTR prepararam um final de semana muito especial e você é nosso convidado, faça sua reserva!
Mar de Minas
Weekend 2a Edição · Set/2012
SÁBADO • 08 às 11h Café de boas-vindas Tour pelo Terramare Península Música ao vivo Passeios aéreos e náuticos • 11 às 15h Almoço no Píer JTR Música ao vivo Passeios aéreos e náuticos Tour pelo Terramare Península
• 15h Música ao vivo com DUREX e Banda LUAL MAR DE MINAS Após DUREX e Banda, DJ na praia do Píer JTR DOMINGO A partir das 10h Música ao vivo Almoço e despedida
Confirmar presença pelo email: mardeminasweekend@gmail.com e no site da ABUL
Data: 22 e 23 de setembro de 2012 Local: Píer JTR/TERRAMARE – Guapé/MG Coordenadas: 20° 43’ 21.30’’ S 45o 51’54.50’’ W
Realização
Doce
Mar de Minas Apoio
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Gastronomia
Sabor mineiro A Revista Terra Boa Agronegócios chega a sua 4ª edição. Nesses oito meses de trabalho, percorrendo estradas nos estados de Minas Gerais e São Paulo, conhecemos muitos sabores, especialidades culinárias de várias regiões, todas elas com toques especiais de seus criadores. Entre um papo aqui e outro acolá, optamos por dividir algumas dessas receitas com os nossos leitores. Esperamos que a experiência seja saborosa para todos vocês, como tem sido para a nossa equipe. Para abrir essa seção convidamos à carmelitana Helenice Pereira Carielo, que é conhecida pela sua criatividade e pela sua arte de bem receber. O que foi comprovado quando chegamos à Fazenda São Jorge, onde Helenice planta, cuida dos animais e, também, cozinha. Ao ser convidada para dividir uma de suas receitas com os nossos leitores,
Helenice escolheu um prato que é preparado no dia a dia da fazenda: frango com pupunha. Para acompanhar, polenta e arroz. A sobremesa, não poderia ser diferente: goiabada mole com queijo fresco. Combinação perfeita. Na mesa linda e bem preparada por Helenice todos os frutos eram da Fazenda. A começar pela decoração conceitual com as folhas de coqueiro, as flores, a pupunha, o frango, o queijo e o doce, é claro. Para abrir o apetite, uma dose da cachaça Coração de Minas, propriedade da família. Em um cenário cercado de flores e banhado pelo Lago de Furnas, os sabores ficaram ainda melhores. Tudo perfeito para um bate-papo acompanhado pela anfitriã, seu marido Rômulo Carielo, seu pai Antônio Carlos Pereira e a equipe da revista Terra Boa Agronegócios.
Frango com Pupunha Ingredientes: 1 frango caipira em pedaços 1 kg de pupunha in natura picada em rodelas 4 dentes de alho 2 cebolas Salsinha picada ½ copo de óleo 3 tomates Sal a gosto 2 copos de água Modo de Fazer Em uma panela de ferro ou de barro refogue uma cebola picada e 2 dentes de alho picados. Após dourar a cebola e o alho, coloque o frango, sal a gosto e deixe cozinhar lentamente. Acrescente a água aos poucos, à medida que a carne cozinha, para que fique
macia. Quando a carne já estiver no ponto, jogue a salsinha picada e desligue. Pupunha Ao cortar o palmito, coloque em uma bacia com água e vinagre para não escurecer. O segredo, segundo Helenice, é o tamanho do corte. Não pode ser muito fino porque quebrará durante a preparação e nem tão grosso, pois não cozinha corretamente. Em uma panela, coloque o óleo para refogar uma cebola média picada e dois dentes de alho picados. Depois de dourados acrescente a pupunha, água e deixe cozinhar. Quando já estiver cozida, o preparo é rápido, acrescente a salsinha picada e tomates em cubos. Sirva com arroz. O angu pode ser também um dos acompanhamentos, como bem apresentado por Helenice. Bom apetite!
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Equinocultura | setembro/outubro 2012
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ABQM:
Um nacional irretocรกvel
Liziane Nogueira e Cambao Docforam destaques da prova Breakaway Roping Fotos: Miguel Oliveira/ABQM
Mais uma vez o Quarto de Milha mostrou a sua forรงa, apresentando crescimento expressivo e se superando em todos os setores do 35ยบ Campeonato Nacional 71
Promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), o evento foi realizado de 14 a 21 de julho, no Parque de Exposições Dr. Fernando Cruz Pimentel (Emapa), na cidade de Avaré/SP, totalmente em pistas cobertas. Foram computadas 5.313 inscrições - número que corresponde a 2,1 mil animais em competição nas 18 modalidades. O Nacional foi elogiado pela maioria dos participantes e visitantes, sendo considerado como um dos mais importantes da história da raça. “Toda nossa diretoria ficou orgulhosa em proporcionar um evento desta grandeza, em que os elogios foram espontâneos tanto pelos competidores quanto por aqueles que estavam nas arquibancadas”, disse o presidente Paulo Farha. Para ele, a realização das provas em três pistas cobertas, a premiação de R$ 914,2 mil - a maior da história da Associação -, e a distribuição de aproximadamente 200 fivelas aos campeões e de mais de 850 troféus contribuíram para este sucesso em número de inscrições e cavalos. “Inauguramos a segunda arena coberta integralmente com recursos financeiros da ABQM, consolidando assim um trabalho planejado por nossa diretoria e proporcionando uma estrutura ainda mais qualificada a todos os participantes”, concluiu.
Os registros mostram que o Nacional foi acompanhado por 23 países. Conforme dados fornecidos pelo Google Analytics, o portal da ABQM atingiu a visitação de 37.584 durante os dias 14 e 21 de julho, sendo visualizadas 154.499 páginas. Segundo a plani-
“Toda nossa diretoria ficou orgulhosa em proporcionar um evento desta grandeza, em que os elogios foram espontâneos tanto pelos competidores quanto por aqueles que estavam nas arquibancadas” lha de dados, entre os menus mais visitados do Hot Site foram: Evento (21.849 vezes); Stud Book (8.241); Campeões (8.013); e Fotos (7.263). As transmissões realizadas via internet, pelo Horse Brasil, segundo a mesma fonte (Google Analytics), fo-
ram vistas em 390 cidades brasileiras (17.839 visitas), além de 594 internautas de outros 20 países, totalizando 18.433 visitantes. Já com flashes diários e gravações de todas as provas, a equipe de jornalismo do Canal Rural fez também a transmissão ao vivo no sábado, dia 21, de algumas categorias dos Três Tambores. Outros importantes veículos, como a Band Rural (Presidente Prudente/SP), a TV TEM – Rede Globo (Avaré/SP), o SBA – Sistema Brasileiro do Agronegócioe o canal Terra Viva (Rede Bandeirantes) divulgaram em seus telejornais os fatos mais importantes da festa quartista. Houve também maciça participação da mídia impressa e eletrônica de Avaré e região (rádios, jornais, sites) e das revistas especializadas. As negociações também se superaram. Os leilões da raça realizados durante o evento arrecadaram mais de R$ 14 milhões. O 7º Leilão Haras Villa San Jose, Leilão Oficial ABQM 2012, 6º Leilão Parceiros de Raça, 13ª Leilão WV, 9º Leilão Tradição e Raça, 2º Leilão Belinatto & Romanelli, Fazenda Caruana – 40 Anos e 7º Leilão Haras Sacramento obtiveram a receita total de R$ 14.253.960,00. Deste montante, R$ 13.248.440,00 é referente a venda de 332 animais com média de R$ 39.904,93. As 182 coberturas vendidas totalizaram a soma de R$ 1.005.520,00.
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Leilão Oficial ABQM
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Esporte
Polo:
torneio de Franca 2012 Evento reuniu atletas nascidos na região
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Fonte: 30jardas.com.br - A comunidade do Polo Brasileiro
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Entre 7 e 15 de julho, o município de Franca, interior de São Paulo, sediou a edição 2012 de seu torneio de Polo. Com doze equipes, o campeonato contou com jogadores nascidos na região, mas atuantes em Indaiatuba/SP, sede dos principais eventos do esporte no Brasil. Rodrigo Andrade, Pedro Zacharias e outros nomes do polo nacional estavam entre os participantes. O evento também é uma pausa no calendário das competições em São Paulo, que acontecem no Helvetia Polo Country Club, na cidade de Indaiatuba. Nos meses que antecederam esse período de intertemporada, foram realizadas a Copa São José Ouro e o Aberto do Estado, listados como dois dos maiores eventos do ano.
Esse intervalo é bem visto pelos atletas. O caráter de confraternização e ambiente familiar do torneio em Franca foi ressaltado pelos próprios jogadores como atrativo. “Lá no Helvetia (Polo Country Club) é mais profissional. Aqui é mais pela diversão e por estar junto com os amigos. Viemos para prestigiar. O nível do torneio foi muito bom”, disse Rodrigo Andrade, melhor jogador de Polo do Brasil e handicap 8 (indicador usado no polo para identificar o nível do jogador, varia de -1 a 10). Renato Junqueira, handicap 5 e campeão da Copa São José Ouro e do Torneio de Franca 12 gols, também comentou: “É gostoso jogar aqui com a família, amigos. Foi aqui que aprendemos. Temos que
voltar para prestigiar”. A competição teve duas modalidades: até 6 gols de handicap (a soma do handicap dos quatro jogadores não pode ultrapassar seis) e até 12 gols. No primeiro, Mata Chica, equipe da vizinha Orlândia/SP, venceu Franca na decisão por 8 a 7 e ficou com o título. Além das finalistas, Agudo e Orlândia eram os times participantes. Na edição 12 gols, oito equipes estavam inscritas e foram divididas em dois grupos. Na decisão, Invernada venceu Agudo por 10 a 5 e levou a taça. Parabéns aos campeões. Mas como foi dito pelos próprios jogadores, o mais importante é voltar às raízes e fortalecer o polo do interior.
Para mais notícias sobre o polo nacional acesse o site: http://www.30jardas.com.br
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Esporte
Disputa e Elegância:
Polo na Fazenda Boa Vista Inauguração do campo em grande estilo
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A Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz/SP, recebeu no sábado, 25 de agosto, alguns dos melhores jogadores de polo do Brasil para estrear seu primeiro campo. A expectativa de uma grande partida se confirmou, com os times São José Polo-Audi e Fazenda Boa Vista disputando cada jogada. Foi o jogo de maior handicap já disputado no território nacional, com José Eduardo Kalil, Pedro Zacharias, Calão Mello e Rodrigo Andrade (este considerado o melhor jogador do país) representando a equipe pentacampeã brasileira São José de um lado e, do outro, André Diniz, João Paulo Ganon, Luís Paulo M.
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Bastos e Ricardo Mansur na escalação do time Boa Vista. O São José venceu a partida por 9 a 8, mas quem ganhou mesmo foi a plateia, que presenciou uma bela apresentação do esporte. Fora do campo, elegância e descontração foram as palavras de ordem. No gramado, foram montadas as tendas que acomodavam os convidados e as mesas com cardápio assinado pela chef Aninha Gonzalez. Num dos intervalos, o público foi convidado a entrar no campo para tapar os buracos feitos pelos cavalos em jogo, o que é uma tradição nos jogos no exterior e fez muitos lembrarem da célebre cena
do filme “Uma Linda Mulher”, com Julia Roberts. A Veuve Clicquot, envolvida com inúmeros torneios de polo no mundo, também estava no evento, entretendo os convidados com o jogo de Pétanque, o tradicional jogo de bocha de St Tropez. E, após o jogo, os atletas e os 600 convidados foram recebidos em uma sunset party no terraço do Hotel Fasano Boa Vista, ao som do DJ Pedro Sabie. O evento, planejado a quatro mãos pela JHSF e São José Polo, de José Eduardo Kalil, contou também com patrocínio da Audi e do Banco do Brasil.
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Fotos: Arquivo Pessoal
Artigo
Dermatite interdigital
Por Claudio Eduardo Costa Nader
As enfermidades digitais, após os distúrbios reprodutivos e as mastites, são consideradas um dos principais entraves econômicos e produtivos à bovinocultura mundial, especialmente à leiteira. Segundo pesquisadores, uma vaca com afecções podais pode ter uma perda, por lactação, entre 5% e 20% na produção leiteira, e de até 25% no peso da carcaça. Entre as doenças digitais que acometem o rebanho, podemos citar as dermatites como algumas das | setembro/outubro 2012
principais, causando
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grande claudicação e desconforto para o animal
Dermatite interdigital é uma inflamação superficial da epiderme interdigital causada por uma bactéria específica, anaeróbica gram-negativa, denominada Dichelobacter nodosus (Bacteróides nodosus). A lesão ocorre tipicamente na região da comissura interdigital, tanto na face dorsal quanto na face palmar ou plantar (mais comum), entre os bulbos dos talões. Dependendo da fase de evolução da doença, as lesões da Dermatite Interdigital podem ser confundidas com aquelas observadas na Dermatite Digital Papilomatosa, inclusive com isolamento de Spirochaetas morfológica e histologicamente semelhantes em ambas as doenças.
E
riana secundária invade os talões, onde causa erosões, rachaduras ou fissuras (estágio II). Além disso, na fase crônica a hiperqueratose pode tomar as lesões semelhantes àquelas que ocorrem na Dermatite Digital. O tratamento consiste no uso tópico de sulfa em pó (sulfametazina) + sulfato de cobre em partes iguais. Pode também ser usado o Cloridrato de Oxitetraciclina pó. Pedilúvios regulares com sulfato de cobre 10% e ou formol ajudam a controlar a infecção quando na fase inicial da doença, antes que ocorram complicações secundárias, como as erosões dos talões. Como os microrganismos que causam a Dermatite Interdigital permanecem nas fissuras e erosões que acometem os talões, é indispensável o casqueamento preventivo para remoção dos tecidos degenerados dessas áreas, a fim de que as soluções dos pedilúvios possam agir sobre os tecidos afetados.
rela Gui st a
Tem prevalência elevada em locais de alta concentração de animais onde as condições ambientais de excessiva umidade, calor, acúmulo de urina e fezes enfraquecem a pele interdigital e favorecem a penetração da bactéria na camada epidérmica, muitas vezes em sinergismo com Fusobacterium necrophoru. Considerando-se que os rebanhos que têm alta incidência de Dermatite Interdigital têm também alta incidência de Dermatite Digital, assim como o isolamento de bactérias comuns em ambas, especula-se a possibilidade de tratar-se de uma mesma doença em fases distintas de evolução. Na fase inicial da doença (estágio I), a lesão da pele na região interdigital apresenta-se como uma inflamação e ulceração na epiderme, cuja evolução leva a uma destruição progressiva na produção de queratina no nível do bulbo do casco. Segundo Nicoletti, nos casos avançados, a infecção bacte-
Casqueamento Bovino (35) 9869-0860 (14) 9665-5014 casqueamentobovino@hotmail.com
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Evento setembro/outubro2012 2012 | setembro/outubro
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Nove dias de evento e o melhor da genética brasileira em um só período, em um só lugar. Esta é a proposta daExpoGenética, a mostra de zebuínos provados pelos Melhores Programas de Melhoramento Genético do País. Criado pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), a exposição chega a sua quinta versão em 2012. Considerada a “coqueluche” do momento pelos grandes criadores, o evento reuniu profissionais do Brasil, dos Estados Unidos e Canadá, entre os dias 18 e 26 de agosto, no Parque Fernando Costa, Uberaba/MG. Entre um ciclo de palestras, debates, lançamentos de sumários e leilões, foi realizado, simultaneamente, o 1º Congresso Mundial do Gir Leiteiro. Evento que reuniu técnicos, criadores e profissionais de toda América Latina. Estiveram em
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Uma das marcas da exposição foi o lançamento dos novos sumários de touros dos principais programas de melhoramento genético do País
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pauta temas como Eficiência Alimentar (CAR) na seleção de gado de corte, Seleção Genômica e Ultrassonografia de Carcaças. Uma das marcas da exposição foi o lançamento dos novos sumários de touros dos principais programas de melhoramento genético do País, entre eles: PMGZ, Geneplus, ANCP, PAINT, IZ e o 1º Sumário Brasileiro Unificado de Touros Nelore. O compromisso de desenvolver o Sumário Unificado
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foi firmado em maio de 2010 entre a ABCZ, a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) e a EMBRAPA (Centro Nacional de Gado de Corte). A raça Nelore foi escolhida para esta fase inicial por três razões fundamentais: por ser a raça com maior volume de dados em comum nos três programas; por ser a que apresenta, no conjunto, a maior população; e por ser a que apresenta, no mercado, a existência de diferentes programas e resultados de avaliações. “Apesar do Sumário Unificado, é importante ressaltar que cada programa continua atuando independentemente e terá preservadas as suas características próprias, levando em consideração os interesses seletivos dos diferentes criadores vinculados a cada programa. A visão coletiva
das três entidades envolvidas é o compromisso com o desenvolvimento de processos que visam melhorar a qualidade de informações e uniformização dos sistemas de coletas de dados, que demandam longas negociações e uma dose extra de altruísmo de todos, sempre pensando no bem geral da pecuária nacional”, disse Luiz Antônio Josahkian, Superintendente Técnico da ABCZ. Os melhores resultados do trabalho realizado pelos criadores foram apresentados na Expogenética. Entre eles o desempenho que os criadores de Guzolando (cruzamento do Guzerá com Holandês) têm conquistado. Para isso foi realizado um Concurso Leiteiro, promovido pela ABCZ, durante a exposição, para a avaliação do desempenho de matrizes Guzolando.
83 35 9117-7858 | 8872-8403
Alimentação
Produtos de qualidade
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fazem diferença 84
O pecuarista de hoje vive em um novo cenário. O desenvolvimento da genética, sanidade, novos alimentos e mais informação podem transformar a sua atividade em sucesso. Mas para que isso aconteça é preciso estar atento ao desenvolvimento do rebanho. Nesse processo, a alimentação é fator importantíssimo para o crescimento adequado dos animais.
“Nós temos muito cuidado com a qualidade dos produtos que vendemos. Já enfrentei muitos problemas ao longo da minha experiência. Hoje, nossos produtos são de fornecedores reconhecidos pelo mercado. Temos grande preocupação, pois sabemos que o alimento refletirá no desenvolvimento, bem como na produção do rebanho”
A ND Apoio Administrativo, empresa especializada no ramo da alimentação e sediada em Alfenas/MG, tem ampla experiência no mercado de alimentação e atua nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Criada há 18 meses por José Dias, mais conhecido por Zezinho de Alfenas, conta com a experiência de 20 anos que Zezinho acumulou em outras empresas do setor em que trabalhou. A ND disponibiliza para os produtores rurais insumos para a formulação de rações como: farelo de soja, casquinha de soja, farelo de algodão, caroço de algodão, torta gorda, farelo de amendoim, farelo de trigo e polpa cítrica. Com frota própria, a empresa oferece rapidez na entrega dos produtos. Zezinho esclarece que a logística do transporte de insumos do Mato Grosso, maior fornecedor de proteínas do País, é hoje o seu grande diferencial. “Acumulei experiência ao longo da minha vida profissional, o que agiliza todo o processo do nosso transporte e faz com que o produto chegue mais rápido às fazendas”. Ainda segundo ele, como a maior produção de insumos vem do Mato Grosso, no
período da safra, faltam caminhões naquele Estado para escoar toda a produção. Mas não é somente a logística que é a sua preocupação. “Nós temos muito cuidado com a qualidade dos produtos que vendemos. Já enfrentei muitos problemas ao longo da minha experiência. Hoje, nossos produtos são de fornecedores reconhecidos pelo mercado. Temos grande preocupação, pois sabemos que o alimento refletirá no desenvolvimento, bem como na produção do rebanho”. Entre os projetos da ND está a assistência técnica para os produtores, o que deve se consolidar em breve. Para Zezinho, essa seria uma oportunidade de ofertar novos insumos para a composição das rações, pois há produtos como a torta de algodão que ainda não são bem aceitos pelo mercado. “Nós temos essa disponibilidade, mas os produtores ainda não sabem trabalhar com a torta de algodão. Nesse período em que a proteína mais procurada é o farelo de soja e o seu preço atual eleva os custos de produção, insumos alternativos poderiam facilitar o equilíbrio das contas da fazenda”, relatou.
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Lenda Viva | setembro/outubro 2012
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Ele é muito conhecido por Braguinha, mas seu nome de batismo é Antônio Geraldo Braga. Tropeiro por paixão e convicção, viveu a fase áurea da profissão que foi substituída com as mudanças naturais da vida. Como grande conhecedor de animais reinventou-se e aos 68 anos continua na ativa cuidando de cavalos e gado
dos cowboys
Quando um animal morria jogávamos no rio para as piranhas e era normal. Além dos animais bravos, a alimentação era preparada por nós. A carne, por exemplo, colocávamos no lombo do cavalo, cobríamos com uma manta, e com o andar do cavalo, calor e suor, a carne era assada. Essa era a nossa alimentação. Amansei muito burro e cavalo por esse país afora. Trabalhei muito nessa lida para comprar as minhas alianças de noivado. Depois que casei, fiquei mais em Passos, para cuidar da família. Hoje está tudo mudado. Os animais são mais mansos. Antes era tudo na bruta mesmo. Eu me arrependo de muita coisa que fiz, mas era o sistema daquele tempo. Hoje os peões respeitam, não batem nos animais”. Braguinha já perdeu um filho, Aliomar Reis, e a esposa, Maria, que era conhecida como Fia. Os filhos João Alexandre, João Alberto e Denis Antônio não gostam da atividade. Mas, o Neto, Caio Alexandre Braga, começou a cavalgar aos quatro anos e quem sabe herdará a paixão do avô por cavalos.
O último
Nasceu na localidade conhecida como Barra Velha, próximo a Furnas/ MG, mas hoje, reside em Passos/MG. Os avôs eram tropeiros e boiadeiros e deles tomou o gosto pela profissão. Aos quatro anos já andava a cavalo e foi com os avôs que aprendeu as primeiras lições da lida, como outras mais. Entre elas, a coragem para romper barreiras, cuidar da saúde, honrar o nome e não deixar ser dominado pela mulher. Estudou até o 3º ano da escola primária, hoje Ensino Fundamental, mas é formado pela vida. É um grande conhecedor de animais, principalmente de cavalos. Seu conhecimento lhe dá condições de aconselhar, em vários assuntos, muitos profissionais formados na universidade. Um de seus conselhos, por exemplo, é “capar” os animais somente na lua nova. “Não me pergunte o porquê, mas se não for nessa lua não dá certo. Aprendi com meu avô”, afirma. Já esteve nos estados de Mato Grosso, Goiás, Pará e São Paulo exercendo o ofício da doma e, também, na castração e mochação de animais. Entre um carro e um cavalo, prefere o animal. Tem dois exemplares da raça Quarto de Milha com os quais realiza o seu trabalho de peão, tomando conta de boiadas. Para montar tem lá suas manias, como sempre montar do lado esquerdo. Tem como companheiro inseparável o seu chapéu, acessório que só tira durante a missa aos domingos e para dormir, ficando, neste caso, sempre ao ladinho da sua cama. Entre tantas paixões já vividas estão os filmes de cowboy encenados por John Wayne e o sonho de passar uma temporada no Texas/EUA, para andar muito a cavalo e conhecer a vida de peão dos americanos do norte. Falando sobre suas experiências Braguinha acrescenta: “Eu fui peão de boiadeiro por muito tempo, tropeiro, vendia animais. Passava a vida viajando. Conheci os gaiolões que transportavam gado na antiga Estação Mogiana. Eram dias e dias de viagem, com gado violento. Não era nada fácil, mas era muito bom.
“Hoje está tudo mudado. Os animais são mais mansos. Antes era tudo na bruta mesmo. Eu me arrependo de muita coisa que fiz, mas era o sistema daquele tempo. Hoje os peões respeitam, não batem nos animais”
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Aconteceu
Cavalgada na
Babilônia Um grupo de amigos, acostumados a cavalgar na região
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se aventurou pela Babilônia, na Serra da Canastra, com seus cavalos e toda ‘tralha’ de rancheiro
A Cavalgada de Nossa Senhora Aparecida, nome dado ao evento patrocinado pelo Sicoob Credicoonai, foi realizada no dia 02 de junho e percorreu 40 quilômetros. O ponto de partida foi a Fazenda de Vilson Brito, em São João Batista do Glória, e o de chegada a Pousada Babilônia, de Reinaldo Almeida. Os organizadores Jean Soares e Paulo José, o Paulinho do Benício, contam que o grupo foi formado por 18 cavaleiros de Passos, Alpinópolis e São João Batista do Glória. Entre eles, o médico José Luis Soares, Antonio ‘Palmares’,
João Luiz de Freitas, Kleber de Figueiredo Bertoldi Maia, o Klebinho, José Reis, diretor na empresa Votorantim Cimentos, o médico José Luís Reis, Cição de Alpinópolis e Serjão. O momento de descontração foi marcado também pela interação com membros do Sicoob Credicoonai. De acordo com João Luiz de Freitas, conselheiro no Sicoob Credicoonai, a cavalgada foi maravilhosa. “Um belo dia entre amigos ao lado da natureza. Fizemos almoço à moda dos tropeiros, com frango caipira, jiló e quiabo, acompanhado de
paçoca de carne. E como não poderia faltar uma pinga”, disse.
Encontro Durante a cavalgada, os diretores da Credicoonai interagiram com os participantes e clientes da cooperativa de crédito. Em Passos desde 1990, a cooperativa oferece uma opção diferenciada entre as instituições financeiras. “Com o Sicoob Credicoonai, a população de toda região ganhou novas opções de produtos financeiros, com taxas diferenciadas e o atendimento humanizado que é a
marca do Sicoob Credicoonai”, afirmou Henrique Castilhano Vilares, diretor-presidente do Sicoob Credicoonai, durante a cavalgada. O Sicoob Credicoonai oferece aos seus cooperados um atendimento diferenciado e proporciona assistência financeira que atende as necessidades econômicas de seus clientes. Além de todos os serviços oferecidos ao homem do campo, disponibiliza ainda várias soluções financeiras pensadas exclusivamente para o comércio e a indústria. O grande diferencial da cooperativa de crédito está na isenção da cobrança de tarifas de manu-
tenção das contas correntes. Com o capital aberto podem ser associados pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais, pequenos empresários, empreendedores, profissionais liberais e autônomos das mais diversas áreas e segmentos. Para eles, o Sicoob Credicoonai oferece produtos e serviços diferenciados, como custeios e investimentos agrícolas, Funcafé, aplicações financeiras, capital de giro, cobranças, desconto de cheques e duplicatas, seguros, previdência, consórcios e cartões de crédito. Para conhecer mais a Credicoonai acesse o site: www.credicoonai.com.br
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Tradição Familiar
Retorno às tradições
“Meu pai viveu a boa fase do Gir e, também, o seu esquecimento, mas nunca deixou de acreditar na raça”, disse Rubens. Na profecia do Sr. José Leonardo, o Gir Leiteiro voltaria a ser forte no País e é exatamente isso que ocorre nos dias atuais, com o crescimento do rebanho e o reconhecimento do trabalho da seleção genética de vários criadores. A genética da Fazenda Cachoeira é originária de três grandes criatórios. De Celso Garcia Cid, um dos importadores da última leva de animais da Índia, e, posteriormente, de Francisco Barreto e da Fazenda Campo Alegre. “A base genética do meu gado é a mesma. Deixamos de registrar por alguns anos, mas retomei os registros há quatro anos. Hoje minhas bezerras são barrigas PO”, disse José Rubens. O foco atual do proprietário é a produção leiteira, pois segundo José Rubens o leite da raça Gir é comprovadamente melhor, com mais sólidos, mais gordura, o que atende às exigências do mercado.
A Fazenda Cachoeira é tradicionalíssima no município de Casa Branca, desde que o primeiro Villela de Andrade trocou Minas Gerais por São Paulo e fincou raízes no solo paulista no ano de 1840. A estrutura da fazenda atendia à demanda da cafeicultura, de uma hidrelétrica (a primeira da região), a criação de porcos carunchos e de cavalos Mangalarga. Atualmente, José Rubens, que representa 5ª geração da família no comando da fazenda, investe nas raças Gir Leiteiro e no Mangalarga, outra grande paixão que herdou do pai. Os porcos carunchos continuam sendo criados somente para o consumo. A cafeicultura foi abandonada. A paixão por cavalos começou com o trabalho de seu avô, que era um criador de tropas. Seu pai apostou no Mangalarga e registrou os animais, sendo um reconhecido criador. Hoje, eles estão na letra C do terceiro alfabeto de registro, o que significa 49 anos de seleção. Segundo José Rubens, o seu objetivo é fazer animais bons de sela, ágeis
A tradição está presente em cada canto da Fazenda Cachoeira, localizada a 17 km de Casa Branca/SP. A começar pela casa, uma construção do início do século XIX, que carrega muitas histórias da família de José Rubens Villela de Andrade. Veterinário por formação e fazendeiro por vocação, é o seguidor do trabalho iniciado pelo pai, José Leonardo Villela de Andrade, um dos precursores da criação da raça Gir Leiteiro no Brasil
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e com comodidade. Muitos que lá nasceram foram campeões como o Puitã VA, Querencia VA, Orquídea VA, Sapuva VA, Lembrança VA, Jussara VA, Libra VA, Rumba VA entre outros. O produtor tem como um de seus projetos a retomada da geração de energia, atividade explorada por seu tataravô e que abasteceu Casa Branca de energia elétrica no século XIX. A queda d´água, de mais de 30 metros, é um dos cenários da sua fazenda e nomeia a propriedade: Cachoeira. Infelizmente, segundo José Rubens, que trabalha nesse projeto há 4 anos, o processo de legalização da hidrelétrica é moroso.
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