Revista - Ed. 04

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Solidariedade: da teoria à prática

Nossas conexões por um mundo melhor

Conectados por um mundo melhor Depoimentos

A importância das habilidades socioemocionais para o mercado de trabalho

EDUCACAO QUE REVISTA DIGITAL DA IENH

edição 04 2017

O meio ambiente

e a escola pág. 16


EDITORIAL Conectados por um melhor. Diariamente, acordamos, vivemos e buscamos um mundo melhor. Um mundo de mais amor, mais carinho, mais empatia e mais solidariedade. Um mundo de olhares esperançosos por um futuro para quem ainda está por vir. Para encontrar esse mundo melhor, é certo que cada um precisa fazer a sua parte, refletir sobre suas ações e ser agente de mudança na sociedade. No entanto, acreditamos que conectados, unindo forças, a busca pelo mundo melhor tona-se mais fácil e mais feliz. É assim que trabalhamos, conectando alunos, pais, professores, colaboradores e comunidade em ações por um mundo melhor. Já se conectou buscando um mundo melhor hoje? Inspire-se com as leituras de mais uma edição da Revista Educação que Inspira!

DIRECAO E EeXPEDIENTE Direção Geral: Seno Leonhardt Vice-direção da Educação Básica: Déborah Kuntze Cassel Vice-direção do Ensino Superior e da Educação Profisisonal: Leandro Sieben Coordenação - Unidade Pindorama: Karina Isabel da Silva Spessato Coordenação - Unidade Oswaldo Cruz: Célia Maria dos Reis Corrêa Coordenação - Unidade Fundação Evangélica: Déborah Kuntze Cassel Realização: Assessoria de Comunicação e Marketing IENH


SUMARIO 04

Solidariedade: da teoria Ă prĂĄtica

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Projetos por um mundo melhor

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O meio ambiente e a escola

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Conectados por um mundo melhor Depoimentos

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A importância das habilidades socioemocionais para o mercado de trabalho


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da teoria à prática

Os processos biológicos, antropológicos e sociais envolvidos


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So-li-da-ri-e-da-de. Substantivo feminino definido pelo dicionário como qualidade, característica, condição ou estado de solidário; sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que impele o indivíduo a prestar-lhes ajuda moral ou material; ligação recíproca entre duas ou mais coisas ou pessoas, que são dependentes entre si [...]. Na prática, é sinônimo de ações como a mobilização de diversas pessoas em janeiro de 2017. A grande enchente em Rolante, cidade do Rio Grande do Sul localizada à 95km de Porto Alegre, deixou milhares de moradores sem casa e foi a solidariedade que amenizou os estragos e mudou a história. Grupos de diversas localidades da região reuniramse para auxiliar na limpeza e reconstrução da cidade, além de doarem mantimentos, roupas, e tudo mais. Conforme a reportagem de um veículo de comunicação da região, tratavam de “pessoas reais com problemas e contas a pagar, mas que deixaram seus afazeres de lado em nome do bem comum”. Para o Professor da Faculdade IENH – José Menna, biologicamente, embora tenha existido um grande avanço da Neurociência nos últimos 20 anos, ainda é muito precária a compreensão dos fenômenos fisiológicos que acompanham vivências humanas subjetivas como a solidariedade. “Parece-me que a "prática solidária" é um comportamento, provavelmente mais ou menos motivado por sensações ou percepções conforme o indivíduo ou grupo social em questão, possivelmente sujeito a mais variabilidade humana do que sensações "básicas" como o medo”, comenta Menna. O Professor ainda afirma que, frequentemente, em revistas de divulgação científica é possível

encontrar simplificações de fenômenos humanos como o estudo do


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«sistema de recompensa", no caso da explicação da solidariedade. Para Menna, o tema é mais complexo e as informações divulgadas ainda são rasas. No campo das Ciências Sociais, o termo “solidário” não possui relação direta com o que comumente é chamado de bondade. De acordo com o Professor Luis Alexandre Cerveira, solidariedade para as Ciências Sociais, mais estritamente “reciprocidade” para a Antropologia, tem a ver com a forma como as sociedades se organizam, como os indivíduos que convivem em um determinado espaço e tempo realizam ações coletivas. “O agir de forma solidária é um princípio antiguíssimo na história humana, e é, provavelmente, um dos fatores mais importantes para nossa sobrevivência como raça e sociedade em um mundo bastante hostil”, afirma Cerveira. Para os pesquisadores que estudam a sociedade, existem três formas básicas de solidariedade-reciprocidade: a Positiva, a Negativa e a Generalizada. Relata o Professor Cerveira:

A Positiva é a mais comum, fazemos algo esperando algo em troca. A Negativa é quando o indivíduo só quer receber das pessoas que o cercam, é o que no dia a dia as pessoas chamam de sujeito egoísta. A Generalizada é a mais complicada: são ações que deveríamos fazer visando o bem geral da sociedade, sem um reconhecimento ou recíproca imediatos. As formas de solidariedade servem para organizar a sociedade. Dentre elas, a reciprocidade Positiva é a mais comum e cumpre papel importante. No entanto, para o Professor Cerveira, a forma mais eficaz de promoção de uma sociedade equilibrada trata-se da reciprocidade generalizada. “As ações de reciprocidade-solidariedade generalizada, em que contribuímos para o todo esperando um retorno indireto e


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que promova o que alguns teóricos chamam de “bem comum”, poderiam tornar nosso convívio social muito melhor. Gosto de dizer que quando agimos com inteligência social, ou seja, por vezes perdendo alguns privilégios ou cedendo uma parcela do poder que detemos, em prol de uma sociedade menos conflituosa, todos saem ganhando”, afirma. A Coordenadora dos Programas Socioambientais da IENH – Isabel Cristina Vetter Lizakoski afirma que a promoção da prática de ações solidárias fortalece o entendimento para a cidadania e a construção de uma nação socialmente mais justa. “A construção de espaços de planejamento que revertam em prol da vida, consolidam o engajamento entre a comunidade escolar e os demais espaços da sociedade e qualificam o processo de convivência em âmbito universal”, comenta a Coordenadora. A escola é lugar de práticas solidárias. Provas disso são os programas socioambientais desenvolvidos pelos alunos da Educação Infantil ao Ensino Superior da IENH, que visam beneficiar crianças e idosos de entidades sociais de Novo Hamburgo. Para Isabel, na escola, a educação assume o papel de estimular o protagonismo e uma referência na construção da cidadania, propondo mudanças e transformações, tanto na vida dos estudantes, como de inúmeras pessoas da sociedade. “Cabe a reflexão constante sobre os processos educacionais que revertam em favor da inclusão de todas as novas dimensões de relacionamentos, gerando novos conhecimentos, principalmente na construção da solidariedade. É na ação integrada do processo educacional, que professores e estudantes viabilizam a vivência integrada do currículo, para fortalecer a caminhada com as transformações sociais, culturais, ambientais”, relata a Coordenadora.


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NOSSAS

conexões POR UM MUNDO

melhor

Na IENH, acreditamos que trabalhando juntos podemos fazer do mundo um lugar melhor. As nossas conexões por um mundo melhor perpassam todos os níveis de ensino promovendo a responsabilidade socioambiental. Seja na sala de aula ou nos diferentes programas sociais e ambientais, a escola atua na formação de cidadãos conscientes através do incentivo de práticas em prol da sociedade. Conheça algumas das nossas iniciativas:


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MONITORES

ecológicos Alunos das Unidades Pindorama e Oswaldo Cruz atuam em atividades de liderança para promoção de práticas em prol do meio ambiente. O grupo planeja ações buscando engajar toda a comunidade escolar.


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AGENTES MIRINS DO

trânsito

Nas Unidades Pindorama e Oswaldo Cruz, os alunos planejam e promovem atividades com a finalidade de tornar o trânsito mais seguro. Campanhas de conscientização são promovidas junto aos familiares e também envolvendo a comunidade.

PROGAMA UM

olhar PARA O outro

O programa promove a conscientização para causas sociais e ambientais. Os alunos do Ensino Médio são capacitados através de ações de responsabilidade socioambiental, tais como: realização de projetos sociais em lares de crianças e idosos de Novo Hamburgo e visita à Central de Reciclagem.


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OFICINA DO

brinquedo Estudantes do Ensino Médio aprendem a construir brinquedos em benefício social e ambiental. Materiais reciclados são utilizados para a confecção dos objetos, que tornam-se presentes para crianças e idosos no Natal Solidário.


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Gota D’água

PROGRAMA

Realiza iniciativas para promover a aproximação da comunidade escolar às práticas ambientais. Busca conscientizar todos os públicos da IENH para o cuidado com o meio ambiente.

CAFÉ

solidário

A ação do Grêmio Estudantil Castro Alves - GECA e do Diretório Acadêmico - DA visa incentivar ações solidárias no ambiente escolar. O projeto trata-se de um sistema para distribuição gratuita de café, em que o aluno pode consumir café gratuito e deixar outro

f é So l i

Ca

IENH

rio

pago para alguém.


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PROJETOS SOCIAIS DA

faculdade

Cursando a Disciplina de Estágio Supervisionado II Projetos Sociais nas Instituições, os acadêmicos realizam atividades de responsabilidade socioambiental. Os projetos buscam incentivar a prática da solidariedade.


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PROGRAMA CULTURAL ARTE EM

movimento

A IENH oportuniza oficinas de música gratuitas para meninas de entidades sociais e estudantes de escolas municipais. Ao longo do ano, o grupo realiza apresentações instrumentais e de canto em diversos eventos.


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PROJETO ESPORTIVO

Corrida PELA Cidadania

A prática esportiva do atletismo é oportunizada para alunos das escolas municipais de Novo Hamburgo. As aulas ocorrem na Pista Atlética da IENH e nas próprias escolas públicas.

GRUPO

Ellos

Semanalmente, o grupo se encontra para fazer o bem. As integrantes confeccionam roupas de tricô e customizam uniformes que, posteriormente, são entregues para entidades sociais da cidade.


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o Meio ambiente e a

escola:

A educação como agente de mudança na preservação da natureza


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~ para um futuro melhor


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P

oluição, uso inadequado dos recursos naturais e desmatamen

to. Que as ações dos seres humanos estão prejudicando o meio

ambiente nós já sabemos e que cada pessoa tem papel fundamental para mudança desse cenário também. No entanto, a escola sendo local para disseminação de conhecimento e boas ações, como deve agir em prol dessa mudança? Os desafios são grandes e diversos, mas é através da educação que a construção da consciência ambiental e de um futuro melhor para humanidade é possível. Na IENH, desde a Educação Infantil, os alunos aprendem a importância de preservar o meio ambiente. Conforme a Professora Liliane Petry Bohlke, as questões ambientais aparecem a partir de questionamentos dos estudantes. “Eles perguntam sobre os fenômenos da natureza (chuva, sol, temporal), sobre os pequenos insetos que encontram na pracinha, sobre as frutas que surgem nas árvores do pátio, enfim, tentam entender o que se passa ao redor”, comenta Liliane. Segundo a Professora, a conversa, a explicação e o tempo de ouvir os alunos nesses momentos fazem toda a diferença para o professor que, a partir disso, elabora meios e atividades que auxiliam e sensibilizam a turma para o melhor entendimento quanto ao cuidado e preservação do ambiente. Pensar no meio ambiente é algo que deve fazer parte da rotina escolar dos alunos da Educação Infantil, pois assim eles entenderão que são ações que integram o cotidiano, da mesma forma que escovar os dentes ou tomar café da manhã. De acordo com Liliane, uma das estratégias é o cuidado com o espaço em que ocupam, ou seja, a sala de aula. Trabalhando a colaboratividade no grupo, os alunos aprendem a valorizar ações como colocar o lixo no local correto. Além disso,


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os projetos de estudos das turmas sempre buscam abordar ações bem específicas que corroboram com o cuidado do meio ambiente, tais como: plantio de flores, chás e temperos; separação do lixo; reciclagem; economia de água na hora de escovar os dentes; observação e preservação da natureza. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, além de todas as atividades voltadas à responsabilidade ambiental desenvolvidas em sala de aula, os estudantes podem atuar como Monitores Ecológicos. Nas Unidades Pindorama e Oswaldo Cruz, a proposta é que os alunos engajem toda a escola, de forma prática, para ações de liderança que visem o bem socioambiental. A cada reunião, os grupos discutem sobre os problemas do meio ambiente e possíveis soluções. Exemplifica a Professora que coordena as atividades no Oswaldo Cruz – Juliana Bohn:

O assunto da nossa primeira reunião neste ano foi a separação do lixo em casa. Desta forma, convidamos os pais dos Monitores para que participassem e compreendessem os cuidados que a família precisa ter.

Além disso, os Monitores também realizam campanhas para redução do desperdício de alimentos, arrecadação de materiais recicláveis para doação e orientação sobre a separação do lixo durante os recreios. Na Unidade Pindorama, o projeto é organizado pelas Professora Ana Paula dos Reis e Simone Ledur Marks. As atividades também são voltadas às campanhas de arrecadação de resíduos, coleta de materi-


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ais para doações e conscientização ecológica. “Através das observações que realizaram pela escola, os estudantes criaram um plano de ação envolvendo toda a escola em diferentes frentes. Os alunos do 2°ano atuam enquanto Monitores mobilizando todas as turmas em ações específicas no ambiente escolar, assim como junto à comunidade”, explica a Professora Ana Paula dos Reis. As campanhas organizadas pelos Monitores Ecológicos também motivam as turmas dos 5ºs e 6ºs anos. Esses alunos fazem parte da liderança dos grêmios estudantis e, desta forma, realizam parcerias com os Monitores em algumas ações durante o ano, como a arrecadação de brinquedos. Quanto aos projetos pensados em sala de aula, a Professora Gabriele Zvir Saldanha, afirma “que os alunos precisam de uma base teórica inicial, pois só entendendo como o Planeta "funciona" é que podem problematizar e ver o que precisa ser mudado”. Desta forma, depois de aprenderem a teoria, essas turmas seguem para aulas práticas, realizando experiências controladas com elementos da natureza como a água e o solo. No 5º ano, o principal conteúdo trabalhado em ciências é o corpo humano, então, a educação ambiental parte do cuidado de si, de como o ser humano é parte integrante da natureza. Já no 6º ano, o tema é o Planeta Terra, em que trabalham na teoria vários conceitos relacionados aos fatores abióticos (hidrosfera, atmosfera e litosfera) e aos fatores bióticos (biosfera). Com a feira de ciências, os alunos também têm a oportunidade de se aprofundar em alguns assuntos, refletindo sobre os problemas do dia-a-dia, muitos destes relacionados às questões ambientais.


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O Programa Gota D'água, que ocorre na Unidade Fundação Evangélica, visa ações de responsabilidade socioambiental e também é base das atividades de educação ambiental dos 7ºs, 8ºs e 9ºs anos do Ensino Fundamental. Nas propostas do Programa como a Trilha Ecológica e a horta escolar, os estudantes aprendem sobre relações ecológicas, fotossíntese, cadeia alimentar, plantas nativas e exóticas, mudas e sementeiras, cuidado com a terra e compostagem. Segundo a Professora Ana Machado, nas aulas de Ciências, as turmas também estudam conteúdos como degradação do meio, tratamento da água, resíduos e lixo orgânico, poluição (ar, solo e água), biorremediação e relações ecológicas. Segundo a Professora Fernanda Kohlrausch, a educação ambiental deve adotar um enfoque global e ser abordada de forma integrada e interdisciplinar. No Ensino Médio, a abordagem parte do pressuposto que é importante que o aluno viva e participe das transformações físicas e culturais para que adquira um novo e amplo conhecimento para suas ações futuras.


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Relata a Professora Fernanda:

Através das atividades de educação ambiental objetiva-se que novos hábitos, preocupados com a manutenção e qualidade da vida, extrapolem os limites da escola e do tempo – sejam levados para famílias, amigos e repassados para as próximas gerações e que, transformados por estar ações, todos façam se tornar realidade um novo conceito de interação do homem com o meio ambiente.

Qualidade de vida, sustentabilidade, problemas ambientais, consumo consciente, controle da geração de resíduos, eficiência energética e uso racional da água, mobilidade sustentável e a manutenção de áreas verdes estão entre os assuntos relacionados ao meio ambiente abordados no Ensino Médio. Conforme Fernanda, os


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estudantes também são incentivados a realizar eco-teć nicas, ou seja, intervenções tecnológicas com base na compreensão dos processos naturais e foco na resolução de problemas com o menor custo energético e poupando recursos naturais.

Durante os três anos de Ensino Médio, realizam atividades como projeto interdisciplinar de redução do uso de copos descartáveis, visita ao centro de triagem (Catavida) e desenvolvimento de projetos de pesquisa com temas de relevância ambiental.


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NA PRÁT ICA... Como é possível notar que os alunos compreendem a importância da responsabilidade ambiental?

É possível notar o cuidado que passam a ter em sala de aula e nos demais ambientes escolares, funcionando muitas vezes como fiscais das atitudes dos colegas e até dos professores. Muitos pais relatam que eles também passam a ter um cuidado maior em casa, levando para a família, vizinhos e demais pessoas próximas cuidados como a separação do lixo, a reciclagem de óleo e também a participação em campanhas de responsabilidade social como a de tampinhas de pet para a Associação de Assistência em Oncopediatria – AMO Criança e de lacres para o Lions.

Professora

Juliana Bohn


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A responsabilidade ambiental é um assunto que se esgota e fica renovado frente as práticas do cotidiano. A cada retorno do pátio, a entrega de garrafas de lacres feito pelas turmas, a separação das tampinhas plásticas por cores, os desafios vão se colocando diariamente e novas estratégias os alunos vão pensando.

Professora

Ana Paula dos Reis

Me surpreendo com as discussões que temos em aula, os alunos estão cada vez mais atentos ao que ocorre ao redor do mundo, de como a ação humana interfere nos processos naturais. O meu papel nesse caso é mostrar para eles que temos que começar a "mudar o mundo" com o que está perto da gente: nossa casa, nossa escola, nosso bairro.

Professora

Gabriele Zvir Saldanha


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No dia a dia, nos deparamos com um mundo de guerras, violência, intolerância e diversos outros problemas. Para modificar esse cenário, é missão de cada pessoa agir em prol da mudança, ser agente de transformação. São pequenas ações que, somadas, tornam-se sinônimo de esperança para dias melhores. Para entender um pouco dessas ações, conversamos com alunos e colaboradores da IENH que contaram sobre suas conexões por um mundo melhor. Confira:


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“Querendo um mundo melhor, busco ajudar as pessoas sempre que possível. Realizo trabalho voluntário na Liga Feminina de Combate ao Câncer. Lá, ajudamos as pessoas arrecadando verbas para os projetos. Na escola, também ajudo meus colegas quando estão em dificuldade em algum conteúdo. Acredito que temos que ajudar as pessoas no nosso dia a dia, tanto nas coisas pequenas como nas grandes. Solidariedade, respeito e amor são essenciais para vivermos felizes fazendo o bem.”

Anna Laura Bilhalva Aluna da 2ª série A

“Querendo o bem da sociedade, minha esposa e eu ajudamos casas de passagem. Todo ano fazemos ranchos e entregamos nas casas. Sei que essa ação custa pouco para mim, mas sei que faz a diferença para as pessoas que precisam dos alimentos. Aqui na Fundação Evangélica, eu sou responsável por levar e buscar os alunos que realizam projetos sociais nos lares de idosos e crianças. Às vezes até passo do meu horário, mas não me importo, pois sei que eu estou contribuindo para uma ação muito bonita que eles fazem. Na minha vida, tudo o que puder fazer para ajudar alguém, busco fazer. ”

Wilson Groth Coordenador da Manutenção da IENH


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er. ra as . sso

“Quando vou comer, me sirvo bem pouco, se tenho fome me sirvo mais. Faço isso para não desperdiçar comida. Minha mãe e eu participamos de um grupo de voluntariado da cidade. De 3 em 3 meses, entregamos sopa para moradores de rua. Nossa vida é perfeita e muitas vezes reclamamos mesmo assim. Os moradores passam necessidades e eles merecem uma vida melhor, por isso acho importante ajudá-los. Eles ficam muito felizes."

Maria Eduarda Scheid 4º ano B


30 “Querendo um mundo melhor, sempre economizo água. Quando eu vejo lixo no chão, eu coloco na lixeira. Se vejo uma pessoa colocando o lixo no local errado, com educação, também aviso que ela deve pensar no meio ambiente e agir diferente.”

Guilherme Vanni Rufatto 4º ano D

“Eu e minha família doamos roupas e calçados que não usamos mais, com a intenção de ajudar as pessoas que estão precisando.”

Ionara da Rosa Formanda do Curso Técnico em Administração


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"Acredito que a mudança que eu espero no mundo inicia em mim. Busco o autoconhecimento como forma de estar em constante transformação. Tento ser mais tolerante e mais leve no meu dia a dia, levando mais amor e alegria, já que o mundo anda escasso disso. Partindo daí, o que mais faço pensando em um mundo melhor é levar reflexões à todos os meios sociais onde estou inserida, antes de mais nada, ouvindo as pessoas, provocando elas à pensar e a serem mais tolerantes com as opiniões divergentes. Já tive muitos retornos positivos e o que mais escuto é o quanto elas têm crescido com essas reflexões. Por isso acredito que o lugar onde estamos é o mundo que podemos mudar."

Ana Paula Alvarenga Aluna do Curso Superior de Psicologia

EXÃO E VOCÊ, QUAL É A CON R? POR UM MUNDO MELHO HE COMPARTIL CONOSCO!

IE N H .C O M .B R / C O N E X O

ES


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A importância das habilidades

Autor: Pablo Boll *


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O

mercado de trabalho tem passado por mudanças signifi-

cativas. A cada dia são criadas novas ferramentas, gadgets (dispositi-

vos eletrônicos), App's, entre outros. Ficar atento a tudo isso é motivador, mas pode ser cansativo. Nem sempre conhecimento técnico e operacional é o mais importante nos dias de hoje. Os profissionais têm a cada dia se deparado com situações de alto estresse e que, por sua vez, exige uma flexibilidade muito grande na tomada de decisão. É comum ver executivos com problemas de estresse no trabalho. Para que isso não ocorra é necessário muito equilíbrio e saúde emocional. Resiliência, confiança, empatia, curiosidade, pensamento crítico são competências que a escola precisa desenvolver nos seus alunos. E essa educação também deve ser reforçada em casa. Tempos atrás isso era irrelevante, porém a dinâmica das empresas e a complexidade dos negócios mudaram rapidamente. Essas mudanças têm exigido muito dos executivos atualmente. A cada dia mudam os cenários, os mercados e o ambiente em que as empresas estão inseridas. Mesmo que não consigamos visualizar organizações mudando seus padrões de administração, isso é uma mera questão de tempo. As empresas que não se adaptarem aos mercados serão dizimadas dele em curto prazo. E essa mudança passará, inevitavelmente, pelas pessoas que nela “habitam”. As estratégias podem ter suporte nos sistemas integrados de informações gerenciais, porém ainda são tomadas por pessoas. E estas pessoas que estão entrando no mercado de trabalho devem cultivar novas atitudes.


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Nesse sentido se apresentam as habilidades socioemocionais. Trata-se de competências que o indivíduo desenvolve para se tornar mais complexo e flexível. Aprendendo dessa forma a controlar conscientemente suas emoções, alcançar metas, demonstrar afeto, estabelecer relações sociais harmônicas e tomar decisões de maneira responsável. Muitas das profissões do futuro ainda nem existem. Contudo, desenvolver habilidades socioemocionais é importante para que o indivíduo possa acompanhar as mudanças no mercado de trabalho em que estará inserido. Aprender a aprender passa a ser uma habilidade importante nos dias atuais. Com o acesso abundante ao conhecimento faz-se necessário um poder de filtro ampliado, para ajudar na decisão do melhor caminho a seguir. É importante separar fatos de opiniões, saber navegar num mar de informações de toda a ordem, além da necessidade de desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de resolução de problemas. Desenvolver as competências socioemocio-


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nais na educação, também ajudará no aprendizado das matérias curriculares, tais como, matemática, língua portuguesa, entre outras. Com isso haverá resultados imediatos para os estudantes em três ambientes que eles convivem: na família, na rede de relacionamentos e na escola. Se os mercados mudaram, as pessoas precisam acompanhar estas mudanças. A resiliência tem a ver com um mundo menos previsível, daí a importância do pensamento crítico. Cultivar a curiosidade, a colaboração, a flexibilidade e a capacidade de resolução de problemas são cruciais para a entrada no ambiente de trabalho.

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Consultor de Empresas - Professor na Faculdade IENH Personal, Professional, Business, Team, Executive & Positive Coach pela SBCoaching.



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