CADERNO AUDIOVISUAL Thaís Prado
A MAGA DO MOVIE MAKER
Semana 1
MINHA HISTÓRIA COM O AUDIOVISUAL O audio visual foi muito presente na minha infância, cresci assistindo pixar e disney, (além de Barbie, teletubies e afins, mas esses nós não precisamos dar destaque rsrs). Meu filme favorito era Vida de Inseto, gostava da trama, da história num todo, me envolvia toda vez que assistia - e olha que assistia repetidamente. Sempre me identifiquei com formigas por serem pequenas e gostarem de doces, e a Dorot era a minha personagem favorita, por ser menina, a menorzinha de todos e diferente do comúm. v Lembro que no início do filme tinha um curta de dois - pelo menos eu achava velhinhos jogando xadres, e que só fui perceber se trarar da mesma pessoa depois de muitos anos assistindo o VHS.
Durante as férias no ensino fundamental eu era praticamente uma cliente vitalicia da locadora, eu e minha irmã iamos e escolhiamos filmes, as vezes chegavam a 3 por semana. Lembro de dois que mais me marcaram “Viagem ao centro da Terra” e “Sharkboy e Lavagirl”. Esse foi o período que comecei a analisar mais os filmes, realmente prestar atenção nas histórias, entender gêneros, entre outras coisas.
Eu queria ser a princesa Atta, mas no fundo sabia que era a Dorot
Meu primeiro contato com produção de audiovisuais foi no fundamental, quando tivemos que gravar e depois editar um vídeo de uma pequena história cômica. Lembro que foi nesse trabalho que aprendi a mexer no Moviemaker e me sentia muito mágica editando o vídeo, recortando os arquivos, colocando música e escrevendo os créditos finais - por mais tosco que fosse. Depois, no primeiro ano do ensino médio fui ter uma “produção” um pouco mais séria. Foi uma história onde desenvolvi um storyboard, roteiro, fiz os desenhos, “”animei”” (fiz a transição das imagens) e trabalhei a narração para o vídeo final. Tudo no moviemaker é claro.
Mas a experiência mais verdadeira que tive foi no primeiro semestre na faculdade, no qual desenvolvi um mini documentário sobre a importância dos lambe-lambes como forma de intervenção urbana e de comunicação de resistência das minorias na cidade de Curitiba. Nesse trabalho, a ideia, pesquisas e entrevistas foram realizadas junto as outras integrantes do grupo, mas em relação ao vídeo em si, fui quem ficou mais responsável. Cuidei das gravações no dia, operando a câmera, também organizei o roteiro depois, e fiz toda a edição do vídeo, trabalhando as imagens de uma noite de colagens com os audios das entrevistas (foi dificícil sitetizar mais de duas horas de entrevistas em 5 min de vídeo haha)
Lembro que quando finalizei o vídeo e o apresentamos fiquei super animada e feliz com o resultado, mas a verdadeira recompensa foi vir quase um ano depois. No primeiro semestre desse ano (2018) os alunos do 5º período organizaram o MOVA - Festival Unversitário de Produções Audiovisuais, e quando eles abriram as inscrições resolvemos enviar o nosso minidocumentário, apenas para participar e receber as famosas horas. Mas com uma grande surpresa recebemos o prêmio de melhor documentário do festival, o que nos deixou muito felizes e surpresas pois tinham outros documentários bons participando.
A TRINDADE CINEMATOGRÁFICA
Semana 2
A LINGUAGUEM AUDIOVISUAL | ANALISANDO OS MOVIMENTOS AUDIOVISUAL adjetivo de dois gêneros 1. que se destina a ou visa estimular os sentidos da audição e da visão simultaneamente (diz-se de qualquer comunicação, mensagem, recurso, material etc.). 2. que utiliza som e imagem na transmissão de mensagens (diz-se de meio de comunicação). Fluidez e manejabilidade Travellings
Olhar
Planos Enquadramento
Ponto de vista
Música
Combinações audiovisuais (SOM)
Movimentos de câmera
Panorâmicos
Campo
Ruídos
Zoom
Voz humana Película
Luzes e cores
PLANO
Profundidade de campo
Relação entre causalidade e não-causalidade Desequilibrio
Cor Conceitos de sombra
Direção de luz Corte seco
Recursos da história
Sobreimpressões Fusão
Montagem
Compositing Vitrine
SEQUÊNCIA
FILME
Distribuição do saber
Cenografia Parque
Orden e ritmo da apresentação da narrativa Esboço de criação da elaboração do filme
Tribunal Circo
Efeito clipe
Gêneros e estilos
Um horizonte de expectativas
Galeria
Vertigem
Jogo com o espectador
Participação
Cumplicidade
Transgressão
Metáforas
Suspense, simples surpresa e surpresa automática
Efeito circo A música destaca o que se passa
Faixa-som A música impõe sua duração à cena
Faixa-imagem A imagem dita seus imperativos ao som
BEETLEJUICE Ficha Técinica
Comédia dos anos 80
Apesar do roteiro simples conseguiu criar personagens marcantes e discute preconceitos e hipocrisias da sociedade. Segundo filme de Tim Burton, se encaixa no gênero comédia de horror. Mistura elementos de terror, cenas assustadoras, com partes cômicas e piadas satirizadas - a sátira é extremamente forte nese filme.
PAÍS DE ORIGEM: EUA GÊNERO: Comédia, Fantasia DURAÇÃO: 92 min ANO: 1988 ORÇAMENTO: 15 milhões DIREÇÃO: Tim Burton ROTEIRO: Michael McDowell, Warren Skaaren ESTÚDIO: Geffen Company
Planos Primeiro Plano
Plano conjunto
Cores
Verde, amarelado e cinza
Luzes
Cenografia
Sombras fortes e marcadas
Vitrine
Enquadramento Vertical Plongée
Movimento de câmera Panorâmicos
Enquadramento Horizontal Contra-Plongée
3/4
Frontal
Cenografia Tribunal
AQUELA LUA QUE LEVOU UM TIRO HISTÓRIA DO AUDIOVISUAL
ORIGENS Imagens rupestres Linguagem das artes
1824 Taumatoscópio Peter Mark Roget
SÉCULO VI CÂMARA ESCURA Método de captura de imagem
1829 Fenacistoscópio Joseph Plateau
1891 Cinetoscópio Projeção interna de filmes William Laurie Dickson | Thomas Edison
1305 - PERSPECTIVA Capela de Scrovegni | Itália - Renascimento Imagens em sequência Justaposição cronológica Técnica de reprodução da realidade
1834 Zootropo William George Horner
1877 Praxinoscópio Émile Reynaud
1895 Cinematógrafo Aperfeiçoamento do cinetoscópio Patente registrada pelos irmãos Lumiére
Semana 3 1896 GEORGES MÉLIÈS Assistiu a exibição do primeiro filme dos irmãos Lumiére e decidiu começar a utilizar os recursos de filmagens. Considerado o inventor dos estúdios de filmagens, dos gêneros cinematiográficos, das técnicas meânicas e químicas e - o mais o marcou - dos efeitos especiais. Em 1896 gravou cerca de 81 curta-metragens, sendo estes ficção e pequenos documentários. panorâmicas simples e cenas do cotidiano. Depois disso que começou a aplicar suas técnias de ilusionismo e teatro, transofrmando o cinema em um espetáculo. Foi quando iniciaram as famosas trucagens, utilização do stop motion, sobreposição de imagens, entre outros efeitos especiais; montou estúdios de gravações, com iluminação (natural e artificial), cenários, camarins, etc.
Viagem à Lua - 1902
É um dos filmes mais importantes de Meliérè, mas nçao necessariamente o melhor. É baseado no livro de Julio Verne “da Terra a Lua” e tem a duração de 14 minutos. Representa muito bem o estilo do cineasta e da época. Apresenta uma mistura de cenários reais e pintados, junto ainda com objetos construídos nos estúdios. Exagena nas interpretações e na sequência de acontecimentos, forte fuga da realidade. Características Técnicas: Câmera fixa, cenografia vitrine, plano conjunto (geral as vezes) - isso pois a câmera da época não permitia movimentações, então os atores que se moviam dentro do enquadramento. Cortes secos - Por conta da tecnologia de mudar as cenas (editar a mão os filmes) (a cena da lua inclusive, é feita de cortes e esses aparecem muito, mas não deixa de ser icônica).
RECEITA DE BOLO DE CENOURA
Semana 4
ETAPAS DE UMA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Briefing
É o documento guia para o projeto do audiovisual. Nele é apresentado o objetivo com o projeto, dados do cliente, informações sobre o público, entre outras orientações. Ao se falar de uma produção audiovisual, tem algumas características que não podem faltar no briefing: Assunto principal Linguagem que deve ser usada Mensagem a ser passada
Período de veiculação Tempo de duração Verba
Roteiro
Esse é o documento guia para a execução da produção, principalmente para a captação das imagens e áudios, mas também para a pós-edição. Ele é considerado como a peça fundamental para a direção de um audiovisual. Ele direciona sobre TEMPO - ESPAÇO - AÇÃO Deve apresentar: Cabeçalho Descrição Personagens Diálogos
Desenvolvimento do roteiro: Ideia
Storyline/enredo Sinopse Argumentos
Roteiro técnico
Roteiro literário
Produção Preparação
Pré-Produção
Filmagem
Desprodução
Finalização
PRODUÇÃO
PRÉ-PRODUÇÃO
PÓS-PRODUÇÃO
Deve-se sempre pensar em todos os recursos necessários, sendo eles materiais - equipamentos e bens - e humanos - organização de pessoas e divisão de tarefas. ORDEM DO DIA - serve para organizar todos os elementos importantes para o dia da produção. Como a Equipe Técnica, Cronograma de Produção (gerenciamaneto de produção, planilhas de tareas, prazos, etc) e Plano de Filmagem (planejamento completo das filmagens, plano a plano)
EQUIPE TÉCNICA: Roterista, produtor, diretor, diretor de fotografia, (cinegrafista e iluminador), atores, diretor de arte (cenógrafo e figurinista), maquiador e cabelereiro.
Direção
Deve-se pensar na: Sequência - ações relacionadas ao mesmo tema ou cituação Corte - limita o início e o fim da cena / salto no espaço e tempo Cenas - ações que acontecem em um mesmo lugar/unidade de ação Tomadas - divisão de cenas em partes Plano - aquilo que a câmera vê/área onde vai ocorrer a ação Contraplano - inserir o espectador na cena Tipos de planos Plano Geral
Contextualizar o local
Plano de Conjunto
Mostrar um grupo de personagens
Plano Médio
Mostra um pouco do ambiente, com pelo menos um personagem em quadro de corpo inteiro
Primeiro Plano
Único personagem, enquadramento fechado, do peito para cima
Personagem enquadrado da cintura pra cima
PODE SER: conjunto de planos situados num mesmo local ou num mesmo cenário, e que se desenrolam dentro de um determinado tempo ou segmento que mostra uma ação unitária e totalmente contínua
Eixo vertical: Frontal 3/4, 45º Perfil De nuca
Enquadramento dos ombros pra cima, foco no rosto do ator
Plano detalhe
A câmera enquadra um detalho do rosto ou corto. Também usado para objetos pequenos
Eixo horizontal: Normal Plongée Contra-plongée Zenital (plongée absoluto)
Movimentos de câmera:
Personagem dos joelhos pra cima
Meio Primeiro Plano
“Menor unidade fílmica com significado completo ou conjunto de planos”
Estudando um pouco sobre ângulos
Primeiríssimo Plano
Plano Americano
Cena: unidade de tempo e espaço em que acontece uma parte do filme (com início, meio e fim)
PAN (panorâmica) movimento no próprio eixo da câmera, sentido horizontal
TILT
Movimento no eixo da câmera no sentido vertical; variação na intenção
TRAVELLING
Movimento livre, a câmera se aproxima ou afasta, da esquerda para a direita, de cima para baixo
ZOMM
Movimento de afastamento ou aproximação da cena com a câmera fixa (recurso da lente)
Semana 5
A TEORIA DA TEORIA O QUE DIZEM SOBRE A LINGUAGEM AUDIOVISUAL
Stam afirma que para Metz... Cinema é a instituição cinematográfica em seu todo, consideranda como fato sociocultural multidimensional. ACONTECIMENTOS... PRÉ-FILMICOS Infraestrutura econômica, studio system, tecnologia
PÓS-FILMICOS Distribuição, exibição e impacto social ou político do cinema
A-FILMICOS decoração da sala de cinema, o ritual social da ida ao cinema
O filme não é apenas o rolo de película dentro da lata, mas sim um discurso localizável, uma forma de texto que possui significado. E a instituição cinematográfica é parte constitutiva da multidimensionalidade dos próprios filmes, por conta de seus discursos delimitados que concentram intensa carga de sentido social, cultural e psicológico.
LÍNGUA
X
LÍNGUAGUEM
Cinema é uma linguagem. Mesmo os filmes não sendo produzidos com base em um sistema linguístico subjacente (por conta da falta do signo arbitrário, da sintaxe e do léxico) eles manifestam uma sistematicidade como a de uma linguagem. Linguagem é qualquer unidade definida em termos de seu “material de expressão”, seu "signo típico''. Metz definiu cinco canais do conjunto das mensagens cinematográficas:
1
Imagem fotográfica em movimento
2
Sons fonéticos gravados
3
Ruídos gravados
4
Som musical gravado
5
Escrita (créditos, intertitulos, etc)
“
Metz construiu a Gande Sintagmática a partir da distinção paradigma/sintagma, junto ao método binário mais amplo do ou-ou - "um plano é contínuo ou não é". Ela é uma tipologia das diversas formas de ordenamentos, por meio da montagem, do tempo e do espaço dentro dos segmentos de um filme narrativo. No início eram 6 tipos de sintagma e depois foram ampliados para 8, que são os seguintes:
1
O PLANO AUTÓNOMO
Sitema de um plano só, que é subdividido em sequência em plano único, quatro tipos de inserts: não diegético* (apresenta objetos exteriores ao mundo ficcional da ação); diegético deslocado (imagens diegéticas "reais”: mas temporal ou espacialmente fora de contexto); subjetivo (recordações e temores); explicativo (explica acontecimentos para o espectador).
2
O SINTAGMA PARALELO
Dois motivos em alternância sem uma relação espacial ou temporal clara, como rico e pobre, cidade e campo.
3
O SINTAGMA PARENTÉTICO
Cenas breves apresentadas como exemplos típicos de uma certa ordem de realidade, mas destituídas de sequência temporal, frequentemente organizadas em torno de um "conceito''.
4
O SINTAGMA DESCRITIVO
Objetos mostrados em sucessão e sugerindo coexistência espacial; empregado, por exemplo, para situar a ação.
5
O SINTAGMA ALTERNANTE
Montagem narrativa paralela que implica simultaneidade temporal, como em uma perseguição na qual se alterna entre o perseguidor e o perseguido.
6
A CENA
Continuidade espaçotemporal percebida como desprovida de falhas ou rupturas, na qual o significado (a diegesis implícita) é contínuo como na cena teatral, mas o significante é fragmentado em diversos planos.
7
A SEQUÊNCIA EPISÓDICA
Um resumo simbólico de etapas em evolução cronológica implícita, geralmente implicando uma compressão do tempo.
8
A SEQUÊNCIA ORDINÁRIA
Ação tratada elípticamente a fim de eliminar material supérfluo, com saltos no tempo e no espaço ocultados pela montagem em continuidade.
STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. Trad. Fernando Mascarello. Campinas: Papirus, 2003. pp.127-138.
*Diegético - história narrada; texto narrativo literário. Vem de diegese, um conceito de narratologia, estudos literários, dramatúrgicos e de cinema que diz respeito à dimensão ficcional de uma narrativa
Semana 6
TUTS TUTS QUERO VER OUTROS ASPECTOS DA LINGUAGEM AUDIOVISUAL - SOM
O Sistema Expressivo Sonoro PALAVRA - MÚSICA - SOM - SILÊNCIO Subsistemas que influemciam e determinam o significado da imagem visual quando incorporados a qualquer produção audiovisual. Palavra
MÚSICA
A expressão oral integra o fenômeno linguístico Palavra como um signo que une um conceito e uma imagem acústica. Mas é impotante também destacar os fenômenos paralinguísticos, que pertencem a essa categoria, e são produzidos no ato da fala, como entoação, inflexões, ritmo da fala, volume de voz, pausas.
É composto pela diversidade de timbres de instrumentos - acústicos, electro-acústicos e electrônicos - e da voz humana. Introduz uma subjetividade emotiva, evoca o não discursivo, o não figurativo. A interação com o audiovisual vai desde guiar totalmente uma cena, sendo o ato principal, até ser apenas uma ambientação *Efeito Clipe e Efeito Circo.
SONS
SILÊNCIO
Podem ser sons icônicos, que rementem para uma determinada realidadade, ou os não icônicos, os chamaso ruídos (quando não é possivel identificar a fonte emissora).
Ausência de som, efeito perceptivo que se produz por um determinado tipo de formas sonoras. Contudo, muitas vezes, tem grande significado sobre a cena.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS SONS INTENSIDADE Potência sonora som + ou - forte
TOM Propriedade do som ser + ou - agudo
TIMBRE O que permite reconhcer dois sons de mesma frequência (mesma nota)
DURAÇÃO A persistência do som no tempo
MONTAGEM SONORA
Som no Espaço-Tempo
Corte e mistura de diferentes fontes
O som apresenta-se em diversos tipos de planos, e estes refletem a sua dimenção de profundidade. Primeirissimo plano - Reflete intimidade. Fonte próxima ao microfone, ou tem grande amplificação na reprodução Primeiro plano - Reflete um nível conversacional entre pessoas próximas e pouco ímtimas. Plano geral - Reflete maior distanciamento ou menor amplificação - varía de acordo com os níveis dos outros planos. Plano de fundo - Sons de fraca intensidade. Normalmente são sobrepostos por outros sons de níveis mais profundos.
sonoras, fazendo com que se combinem criando um significado próprio da montagem 1 - Justaposição de sons diferentes. 2 - Mistura ou fundido encadeado. 3 - Fade in/fade (aparecimento/ desaparecimento gradual do som). 4 - Outros - fragmento sonoro breve ou outros efeitos.
THIS IS NORMAL - um puta curta É um curta sobre um moça surda chamada Gwen. Ela cresceu surda em um mundo onde nem sua própria família tentou aprender a língua de sinais para falar com ela. Isso, junto aos incômodos diários de não conseguir escutar, a fez tomar a decisão de fazer uma cirurgia experimental que supostamente “cura” a surdez e da a habilidade de esutar. Além de toda a questão cultural abordada no filme, sua beleza não é apenas do ponto de vista antropológico. O curta tem um trabalho magnifíco com os sons, foram trabalhados diversos aspectos sonoros abordando os subsistemas, as características técnicas, o espaço-tempo e principalmente, que foi o que mais me encantou, a montagem e edição. A produção trabalhou muito bem os ruídos ambientes, o silêncio, as palavras abafadas, junto a legendas e efeitos nestas e nas imagens, para mostrar como seria o aspecto dos sons “normais” e a forma como a personagem principal interagia com eles. Apenas assistindo para poder enteneder, mas abaixo mostro alguns exemplos:
Legendas embaçadas
Montagem de diversas cenas com foco nos ruídos cotidianos
Imagens embaçadas trabalhadas junto ao som abafado
ART ATACK VERSÃO AUDIOVISUAL
Semana 7
OUTROS ASPECTOS DA LINGUAGEM AUDIOVISUAL - MONTAGEM
Montagem É uma arte cinematográfica baseada em manipular planos para construir uma sequência, um filme. Pode ser técnica, prática ou arte de contar histórias por meio de organizar/agrupar elementos visuais e sonoros, definindo a ordem de sucessão e a duração de cada um. É utilizada para: Criar montagens sensuais e provocativas; Ser um laboratório experimental; Criar um ponto de vista em situações estranhas; Guiar no ritmo da história; Criar a ilusão de perigo onde não há nenhum aparente problema; Criar surpresa quando ninguém espera; Criar um estado emocional de ligação com o espectador;
ORDEM
COMPOSIÇÃO
DURAÇÃO
JUSTAPOSIÇÃO
ORGANIZAÇÃO
FIXAÇÃO DA DURAÇÃO
PONTUAÇÃO CINEMATOGRÁFICA CORTE Sucessão imediata de um plano para o outro
FADE-OUT E FADE-IN No final do plano a imagem escurece, ou no início surge do preto
FUSÃO Sucessão de forma gradual entre um plano e outro
OUTROS EFEITOS Manipulação de luz, de cenários, ou efeitos digitais na ilha de edição
Continuidade Sensação de fluidez, de que a história segue naturalmente, sem pulos incômodos que desoriemtam a narrativa. A não ser que esse seja realmente o objetivo, e mesmo assim, é preciso saber como organizar a montagem para atingir o objetivo desejado. CUT-IN
PULL-BACK
CUT-AWAY
Quando o plano “B” é um
Quando o plano “B” é um
Quando o plano “B” é uma
enquadramento mais fechado
enquadramento mais aberto
imagem que não pertence nem
do plano “A”
do plano “A”
está contida no plano “A”
NARRATIVA
SINTÁTICA
Encadeamento dos elementos da ação segundo uma relação de causa e temporalidade
SEMÂNTICA Sentido denotado
Sentido conotado
Efeitos de ligação ou disjunção
FUNÇÕES
Efeitos de alternância ou linearidade
RÍTMICA Ritmos temporais (trilha sonora)
Ritmos pláticos (cores, luminosidade)
COMO CONTAR UMA HISTÓRIA
Semana 8
AS NARRATIVAS
Narrativa...
FORMA UM TODO - Tem começo, meio e fim É UMA SEQUÊNCIA COM DUAS TEMPORALIDADES - o da coisa narrada e o da narração SEMPRE É UM DISCURSO - tem alguém narrando TEM UMA CONSCIÊNCIA que “desrealiza” a coisa contada É UM CONJUNTO DE ACONTECIMENTOS - sequência temporal de acontecimentos
NARRATIVA MÍNIMA
EQUILÍBRIO
O modelo universal de Todorov clímax ão aç pl ic
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co m
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COMPLICAÇÃO
CLÍMAX
É o momento de maior tensão da narrativa toda
PLOT
encerramento
EXPOSIÇÃO
Apresenta o estado inicial de normalidade, os personagens, dá pistas sobre o tempo e o espaço da história
DISRUPÇÃO
REEQUILÍBRIO
Apresenta a relação causal de ações em cadeia que especificam o problema da narrativa e os papéis de cada personagem
s re
exposição
DESEQUILÍBRIO
Apresenta o evento que irá gerar o desequilíbrio do estado inicial da normalidade
RESOLUÇÃO
Momento em que o desfecho do enigma ou problema é explicitado, e que cada personagem conclui sua função no sintagma narrativo
ENCERRAMENTO É estabelecido um novo equilíbrio, e são apresentadas as consequências das ações de cada personagem, trazendo a tona a representação social proposta pela história
ESPECIFICIDADES DA NARRATIVA AUDIOVISUAL
Mostração Cênica
Mostração Fílmica
Narrativa verbal curta, representa a ação pelo viés dos personagens
Tempo presente, intervenção da câmera para modificar a percepção do espectador, e também a dimenção sonora
O mundo Diegético
Diegético pode ser usado como sinônimo de história, narrativa, fábula. Vem de diegese (como visto na semana 5) e esta é a realidade da própria narratica a partir da realidade externa de quem lê. Se constitui num mundo singular, com leis e objetos próprios; mundo construido na imaginação do espectador a partir das propostas e sugestões do filme. É a ficção se concretizando, se tornando um...
Universo Fictício
Para encerrar... Quando comecei a fazer o caderno, não estava acompanhando nenhuma série, nem nada, escolhi essas três cores para utilizar pois são cores que gosto muito e achei que combinavam. Contudo, após a primeira entrega, (em encaixes na rotina corrida) comecei a assistir uma série MARAVILHOSA da netflix chamada HILDA, pela qual me apaixonei, por conta de toda a produção da animação e também pela narrativa, que tem como protagonista uma menina aventureira e destemida - bem girl power. Coincidentemente - ou destino talvez - a série trabalha com três cores principais, aplicadas em diversos elementos, no figurino da personagem principal, no cenário, etc, e olha só as cores: