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Ali perdida entre os arbustos, trêmula, acovardada, insegura e impura. Ninguém para salvá-la! Quanta culpa carregava em sua bagagem pesada.
... foram anos vividos, dias de carícias e promessas.
Quanta alegria!
Ao longe todos poderiam escutar seus “ais” de prazer e ardor.
Convive-se; pensa que se conhecem todos os sinais daquele corpo altivo e depois a decepção mórbida.
Ele não a merecia e ela nada sabia...
Em um determinado dia ele a feriu por dentro e por fora.
Ela defendeu-se como podia, mas não tinha um álibi. Resolvera fugir, correr, subir morros e descer trilhas sem deixar rastros. Queria achar a saída. Encontrar a luz e encontrar-se.
Meio perdida, até que uma mão forte e viril a salva.
Surgiu a luz que faltava, a voz que a acalentava e a salvaria e um novo horizonte se abriu.
Era o poeta que a acolheu com amor, carinho e poesia.