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o tEatro dE papEl JaponêS luiz nEGrão

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lourdES BorElli

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o teatro de papel japonês

luiz negrão

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Ainda permanece na Cultura Japonesa, além das lendas (densetsu) e contos de fadas (hanashi banashi) e outras formas de contação de histórias, o teatro de papel (do japonês “kami”, papel; e “shibai”, teatro). Conhecido como Kamishibai, é ainda mantido no Brasil e em outros países com bastante variedade (até para os negócios, como “storyboard”).

Tem origem no século XII com os monges budistas, que passavam oralmente seus ensinamentos nos rolos de papel (emakimono). No final da década de 1920 surgiram os gaito kamishibaiya e o auge foi após a Segunda Guerra Mundial até 1953, quando surgiu a primeira emissora de televisão japonesa (NHK). Posteriormente, vieram os mangás.

O contador (gaito kamishibaiya) monta o teatrinho (butai) em uma estrutura fixa, que pode ser tripé, bicicleta apoiada. Depois, bate dois pedaços de madeira (hyoshigui) chamando pessoas para ver, vender doces e passa a contar a história. Com roteiro (storyboard), histórias são contadas à medida em que são trocadas as cenas mostradas em papel até o final, em interação constante entre o contador e o público.

No mundo há obras em diversos países e idiomas. Em japonês, o “Kamishibai”, de Mutsuki Arata, “Omoide Kamishibai”, de Yoshii Fumito e “The Kamishibai”, de Tadashi Sugiura, apresentam o teatro

de papel. O “Kamishibai Man”, de Allen Say, mostra em conto infantil esta forma de contação de histórias. Também em inglês, o “Miichan and the Kamishibai Man”, de Reiko Matsumoto com ilustrações de Kazumi Nichols, e o “Manga Kamishibai”, de Eric P. Nash, também seguem esta abordagem. Em alemão, o “Bauanleitung Kamishibai”, e-book de Christina Jonke, mostra como as crianças podem montar um em casa.

No Brasil além de nikkeis, a educadora Marlene Szpigel, Flávia Maria Wolffowiz (a Kamishibai Obasan ou Tia do Teatro de Papel, do “Mar de Histórias”), a Cia Ópera da Mala e os escritores Fábio Sombra (“O velhinho do kamishibai, o poeta de cordel e o menino-pêssego. Um conto japonês e brasileiro”, Giramundo Editora, 2013), com o encontro do Kamishibai e das lendas japonesas com o cordel, e Ross Messias, com “Kamishibai: Lendas Japonesas”.

solidariedade forçada

O ar que aspiro, puxo e ainda sinto Pode ser o que não tenho como separar E não ter mais como respirar. Isolar-se e usar bem a máscara é instinto.

generosidade em pessoa*

Atrás de um guichê de caixa, Com montes de papeis na mesa Ao telefone ou no computador, Desafios eram superados Com simpatia, cordialidade E muita paciência. Carmen também ensinou Contabilidade, Amor, carinho e dedicação. Com sua aguerrida morte Legou a cura de quem não conheceu.

* Homenagem à Carmen Cazuko Yamamoto Ide (1953-2010).

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