Escritores Brasileiros Contemporâneos - edição especial - Concurso Literário Zezé Macedo

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ESCRITORES BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS Agosto/2021

@CamilaGiudice

EDIÇÃO ESPECIAL

Concurso Literário Zezé Macedo Coletivo São Paulo de Literatura


EXPEDIENTE

EDITORIAL

Revista pertencente à Editora Matarazzo. Email: versejandocomimagens@gmail. com Telefone: (11) 3991-9506. CNPJ: 22.081.489/0001-06. Distribuição: São Paulo - SP. Diretora responsável: Thais Matarazzo - MTB 65.363/SP. Depto. Marketing: Ana Jalloul (11) 98025-7850 Depto. Jurídico: Tatiane Matarazzo C. Campos. Periodicidade: edição especial. Formato: digital. Capa: Zezé Macedo a autografar seus livros. Edição especial - Agosto/2021. A opinião e conceitos emitidos em matérias e colunas assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista Escritores Brasileiros Contemporâneos. Contatos www.editoramatarazzo.com.br www.editoramatarazzo.com Facebook: @editoramatarazzosp Instagram: @editoramatarazzo Escritores Brasileiros Contemporâneos

Todo ano o Coletivo São Paulo de Literatura organiza um concurso literário-poético. A nossa homenageada em 2021 é a atriz, comediante e poeta Zezé Macedo. O projeto foi desafiador, em meio a pandemia da covid-19, todo processo foi feito online. Foi um certame cheio de emoções e tivemos um grande alcance em participações. Pela primeira vez abrimos espaço para a participação infanto-juvenil. Nesta edição especial da EBC, trazemos microcontos, poemas e mensagens dos escritores e poetas contemplados. Agradecemos imensamente de coração a todos os participantes e as pessoas envolvidas no trabalho voluntário no apoio ao concurso. Um muitíssimo obrigado aos nossos jurados: Ana Lúcia Lopes Meira, Camila Giudice e Marcos Fávaro. O Coletivo São Paulo de Literatura parabeniza todos o vencedores e as centenas de participantes de todo o Brasil e exterior. Boa leitura!

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Biblioteca Virtual Thais Matarazzo Nesse momento de pandemia devido ao Covid-19 a escritora Thais Matarazzo disponibiliza gratuitamente os seus livros infanto-juvenis no formato e-book para professores, educadores e alunos da Rede Pública de Ensino. A partir das obras é possível realizar várias atividades como leitura, contação de história e muito mais! Basta clicar na capa do livro e pronto! Boa leitura! A autora Thais Matarazzo,

paulistana,

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atua como jornalista, escritora, pesquisadora cultural e palestrante. É autora de 40 livros publicados no Brasil e em Portugal, entre títulos de crônicas, contos, memórias e sobre história do rádio e da música popular brasileira. Proprietária da Editora Matarazzo, fundada em 2015, atualmente com mais de 200 livros editados, concedeu oportunidades e revelou dezenas de novos escritores. É editora da revista digital Escritores Brasileiros Contemporâneos, voltada para literatura e as artes.

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C oletivo S ão Paulo de L iteratura O Coletivo São Paulo de Literatura têm como objetivo a valorização e a promoção do livro, da leitura, da literatura e da poesia em todas as suas manifestações. O grupo busca ampliar o reconhecimento e o fortalecimento de tradições literárias e expressões e tecnologias literárias contemporâneas. Surgido em 2016 é formado por Ana Jalloul, Cris Arantes, Glafira Menezes Corti, Gilberto Cantero, Irene Oliveira, Ricardo Cardoso e Thais Matarazzo, escritores / poetas independentes e ativistas culturais,

residentes na capital paulista. O Coletivo participa de diversos eventos literários e artísticos em São Paulo e em outras cidades brasileiras. Também realiza trabalhos sociais e culturais, saraus, palestras, bate-papos, performances artísticas, contações de histórias, o varal poético “Leva-me contigo!”, apresentações em ruas e praças, e atividades online. Contatos saopauloliteratura@gmail.com Instagram @spliteratura Facebook @spliteratura

www.coletivoliteratura.blogspot.com

Ricardo Cardoso, Ana Jalloul, Thais Matarazzo e Gilberto Cantero. Sarau do Centro Cultural dos Correios, fevereiro/2020 Escritores Brasileiros Contemporâneos

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os jurados

ANA MEIRA Paulistana, acredita na leitura como possibilidade de transformação do ser humano. Graduada em Biblioteconomia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Possui Especialização em Gestão de Patrimônio e Cultura UNIFAI/PUC. É bibliotecária atuante em diversos projetos culturais e educacionais, por ser apaixonada pelas letras encontrou na escrita seu momento de renovação da vida. Em 2020 publicou seus primeiros escritos na revista Escritores Brasileiros Contemporâneos.

MARCOS FÁVARO Professor do curso de relações internacionais da Universidade Paulista, formado em geografia pela Universidade Estadual de Londrina, mestre e doutor em Ciências para a integração da América Latina pelo prolam/USP. Trabalha na assessoria do vereador Eliseu Gabriel. Conhecemos o Márcos durante a 10ª. Semana de Estudo e Leitura 2021, projeto e lei municipal de autoria do vereador Eliseu Gabriel. Site: www.estudoeleitura.com.br

CAMILA GIUDICE Paulistana, artista plástica, advogada, poetisa. Parceira do Coletivo São Paulo de Literatura.

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Capa do livro “A menina do gato”, publicado em 1997

Z ezé Macedo Nasceu na cidade de Silva Jardim, RJ, em 1910. Escrevia poemas desde os 12 anos. Estreou como radioatriz na década de 1950. Muitas pessoas se recordarão da atriz e comediante Zezé: na década de 1990 ela fazia parte do elenco de alunos da Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo, interpretava a pudica Dona Bela, que dizia: “Ele só pensa naquilo!”. Uma outra face de Zezé Macedo foi a poesia. Sua família era abastada e teve pais amorosos. Columbano Santos, Escritores Brasileiros Contemporâneos

pai adotivo de Zezé, era poeta e incentivador do teatro amador na cidade de Silva Jardim. Chegou a construir um teatrinho para os atores encenarem peças, algumas escritas pelo próprio Columbano. Zezé desejava ser atriz dramática, mas o destino quis que ela fosse uma cômica. Participou de mais de 100 filmes nacionais, também fez rádio, televisão, teatro e shows por todo o Brasil. Passou por muitas dificuldades na vida e algumas tragédias pessoais, com muita força e apoio familiar, conseguiu superar todos os problemas. Durante toda sua vida, a poesia foi uma constante e escreveu centenas de poemas, uma parte foi publicada em livros, outros apresentados em programas radiofônicos, e ainda existe uma boa soma de poemas inéditos. Em 1953 lançou a primeira obra, “Coração Profano”, sendo um sucesso. Depois vieram: “Uma Estrela Caiu”, “Meu Breviário” (1981), “A menina do Gato” (1997) e “Estrelas Azuis” (1997). Faleceu no Rio de Janeiro em 1999.

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Poema

das

Mãos

Zezé Macedo De minha mãe: Aquelas mãos suaves e macias. Aquelas mãos tão frias. Foram na minha vida, dois poemas... Plantaram rosas, desenhando esquemas. E a minha fronte ungiram, só de luz Quando traçaram o sinal da cruz. De meu filho: Aquelas mãos franzinas, miudinhas, Aquelas mãos quentinhas. Que apontavam estrelas do sol-por. Aquelas mãos que eu vi em cruz unidas. Tão pálidas, tombadas e feridas Foram dois marcos para a minha dor.

Foram sempre uma âncora querida Salvando-me do abismo de mil mortes. (Abençoadas mãos brandas e fortes)... Aquelas mãos que um dia como prendas De luar, me trouxeram oferendas. Aquelas mãos Que a todo mundo mostram o caminho De rosas e espinhos. Aquelas mãos piedosas já no fim Da sua caminhada dessa vida. Eu hei de encontrar como guarida Esperando por mim. Meu Breviário, editora Catedra, Rio de Janeiro, 1981.

Do meu amor: Aquelas mãos violentas, poderosas, Aquelas mãos formosas. Que me deram carícias de ninar. Aquelas mãos que me traziam rosas. E tocavam baladas fervorosas. Aquelas mãos fizeram-me sonhar. De meu pai: Aquelas mãos morenas e tão brandas. Quais duas velas pandas. Colocadas no mar da minha vida; Escritores Brasileiros Contemporâneos

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RESULTADO CONCURSO LITERÁRIO ZEZÉ MACEDO Parabéns aos ganhadores! Estaremos na nossa live divulgando e parabenizando os vencedores! É com imensa alegria e honra que anunciamos os 33 ganhadores do Concurso Literário Zezé Macedo, no Dia do Escritor! Recebemos cerca de 300 poemas, microcontos e mensagens, nas categorias infantojuvenil e adulto, nos dois meses de concurso, chegaram colaborações de cidades de todo o Brasil, de Portugal, de Angola e de Moçambique. Agradecemos a todos os participantes e apoiadores do certame. O júri precisou de fôlego para fazer a seleção, os jurados são: Ana Meira, Marcos Fávaro e Camila Giudice. Hoje, às 17 horas, eles estarão na live do Coletivo para comentarem sobre essa experiência desafiadora. Dentre os poetas e escritores contemplados, temos: 19 de São Paulo, 4 do Rio de Janeiro, 3 da Bahia, 2 do Ceará, 2 do Paraná, 1 do Amazonas, 1 de Goiás, 1 de Minas Gerais. Parabéns aos ganhadores!

Resultado MICROCONTO 1- Sete vidas – Cristina Bresser de Campos - Curitiba - PR 2- Reconstrução – Karine Dias Oliveira - Nova Friburgo - RJ 3- Severa Sina – Edileuza Bezerra De Lima Longo – São Paulo - SP 4- Microconto – Sandra Maria Cavalcante Fontenelle - Fortaleza- CE 5- Amor e ira – Dora Oliveira - Ipatinga - MG 6- 7 vidas – Guilherme Brasil - São Paulo - SP 7- Correria – Alessandro Valim de Moraes - Planaltina - GO 8- Realização – Cláudia Gomes - Feira de Santana - BA 9- O gato literato – Pablo Cermeño Mendonça Kaschner - Rio de Janeiro - RJ 10- Homemcida - Francisca Íris Cavalcante Costa - Fortaleza - CE 11- Prece felina – Maurício Cavalheiro - Pindamonhangaba – SP Escritores Brasileiros Contemporâneos

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POEMAS 1- Trampolim – Ana Carla Ribeiro da Silva - São Bernardo do Campo - SP 1- A minha rua – Aline Ferreira do Carmo – Mogi das Cruzes - SP 2- Karin – Ronaldo Dória dos Santos Júnior – Rio de Janeiro 3- A utopia mais bonita – Carlos Antonio Santos – São Felipe - BA 4- Poeta afora – Thiago Montero Ettinger - São Paulo - SP 6- Um reflexo para os olhos – César Souza de Espíndola - São Paulo - SP 7- Ela não pensava só naquilo – Hannah Carpeso - Rio de Janeiro - RJ 8- Aquilo – Kleber de Souza Pinto - Paraná 9- A vida em comunidade – Adílio Teixeira Marques - Manaus - AM 10- Pequena grande guerreira – Coradi – São Paulo - SP 11- Sagrado – Noiane de Jesus Souza - Vitória da Conquista - BA

POEMAS e MENSAGENS 1- Superar – Lívia Salvadeo Garijo - Agudos - SP 2- Rosa não chore – Luana Schiefler Fernandes Alves – São Paulo - SP 3- Au, au, socorro! – Eloah Maria da Silva – Agudos - SP 4- Ataraxia – Giovanna Gebara Garcia - São Paulo - SP 5- As almas – Yane Monsão Andreetta - São Paulo - SP 6- Superação – Lara Tarrafa Melquiades – São Paulo - SP 7- Anos de vida – Valentina Bella Barbosa - São Paulo - SP 8- Super Ação – Renan Fernandes Perito - São Paulo - SP 9- Esperando um sim – Rafael Privitera Campagnoli - São Paulo - SP 10- Um forte abraço – Luiza de Oliveira Giannetti - São Paulo - SP 11- Mensagem – Tiago Michelato Palharini - São Paulo - SP

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MICROCONTOS

S ete

vidas

Cristina Bresser de Campos Viro latas porque me viraram as costas. Gatos só se viram no ar pra cair de pé. Troco liberdade por casa e sachês. Se tenho sete vidas, quero as outras seis com cobertas, afagos e ervinhas.

R econstrução

Karine Dias Oliveira Não adiantava maquiar a vida. Eram opções por aparência! Coração e olhar não se disfarçam. Assumiu a necessidade pela reconstrução para a superação. Envolveu-se consigo mesma e ficou linda!

Severa Sina

Edileuza Bezerra De Lima Longo Quando mãe nasceu, o granizo queimou tudo e engoliu os bichos. Quando nasci, a seca arrasou tudo. Somos frutos da caatinga e de uma severa sina. Deu-me o nome de Severina, desafiei a vida e sobrevivi. Sandra Maria Cavalcante Fontenelle À noite, chorei por horas... até que Benjamim, o meu cão, lambeu-me o rosto e me mostrou, ao final das contas, que vai ficar tudo bem. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Amor

e I ra

Dora Oliveira Um homem invade o velório do filho do prefeito corrupto. Raivoso, bate palmas e debocha. Ao lado do caixão, o cão labrador uiva, com as patas dianteiras sobre o peito do defunto como último carinho.

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vidas

Guilherme Brasil Haroldo errou como faraó, romano, viking, pirata, feitor e estadista. Mas o gato insistia em lhe acompanhar, para ensiná-lo a como ser humano, por uma última vez.

C orreria Alessandro Valim de Moraes Última entrega. Acordou no hospital: — Eduardo, você quase morreu! Num instante, entendeu tudo! Lembrou-se de Lara: — Flor, me dá o telefone. Alô? Oi Filha! Não chora, papai logo volta pra casa!

R ealiz AÇÃO Cláudia Gomes / Bahia A escola ficava do outro lado da cidade. Nara ia e voltava a pé, todos os dias, sem reclamar. No final do ano, a mochila dela estava carregada de conhecimento e ela, com bom coração, compartilhava com todos. Já adulta, Nara aplicou a vacina contra a Covid-19 em seus pacientes. Estava realizada. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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O

gato literato

Pablo Cermeño Mendonça Kaschner E esse gato danado, que não sai de perto do teclado? Saio um minuto para passar um café, e quando volto, ui888888888888888qw ]7-0 -----------

H omemcida Francisca Íris Cavalcante Costa devolva-me minha mátria minha casa minhas crias fica com tua vã ideologia tua pátria teus deuses do mercado pária feminicídio um cídio a mais na tua consciência derradeira amputação.

Prece F elina Maurício Cavalheiro

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Na janela do quarto de hospital, o gato miava ao céu pedindo que Deus desse uma de suas sete vidas ao seu amigo entubado por Covid-19.

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O ARTISTA* Zezé Macedo

Num palco improvisado Sobre um simples tablado Exibe-se um artista É um pobre sonhador Incompreendido Porém é tão querido Por todos que os veem... Sem nome, sem família Ele tem dentro de si o próprio mundo. Às vezes ri... A loucura acende-lhe no olhar A chama da demência... Representa O papel de quem perdeu um filho E ri Acalentando ao colo uma criança, Cantarola assim: “Dorme, filhinho Do meu coração... Ah! Meu filhinho, A morte está aí, veio buscar você

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Não vá meu queridinho; Ah! Som de sinos, repicando, além N’algum caminho escuro... Fica, filhinho Fica para mim Que lhe amo tanto assim... (o monólogo triste continua) Mas ele foi. Levaram-no em estranha Estranha procissão Um padre repetindo Repetindo A fúnebre oração...

(* Fragmentos do poema publicado no livro “Meu Breviário”, 1981).

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POEMAS

Trampolim

Ana Carla Ribeiro da Silva Os golpes infligidos pelo destino ora são mais leves do que imaginamos ora mais pesados do que suportamos e o nocaute nos põe em desatino É meritório lutar, mesmo ferido misturando dor, suor e lágrimas mas a história contada em páginas é apenas parte do caminho percorrido A vida é um ringue disfarçado dias bons e dias ruins os piores servem de trampolim pra impulsionar um coração estilhaçado Ser forte tem seu grau de importância mas nem sempre a força sai vitoriosa mesmo o fraco em polvorosa constrói sua vitória nos alicerces da perseverança Superação é cair e levantar uma engrenagem que funciona uma força que impulsiona quem nunca desiste de lutar

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A

minha rua

Aline Ferreira do Carmo

Moro numa rua sem nome Sem asfalto ou calçada E mesmo sem tudo Minha rua não é feita de nada Minha rua é feita de gente Que trabalha e que sente Gente que ri e que chora Um povo de memória A minha rua é mais viva que muita gente Mais amigável e educada também Abraça todo renegado Transformando os filhos do mundo em alguém

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K arin Ronaldo Dória dos Santos Júnior

Eu me sento absorto ao piano Depois do violão, escaleta e flautim Mas pula ligeiro nas teclas o bichano Toca melhor que eu, o Mestre Karin Em seguida se joga em minha perna Miados e ronroneios sem fim Esfrega seu rostinho no meu, atitude tão terna Eu aproveito feliz momentos raros assim Entre tantos colos, é o meu que ele escolhe Eu me envaideço, devo reconhecer Apesar dos pelos brancos na blusa carmim Manhoso, se aconchega, se encolhe Com seus olhos azuis, parece me dizer: “Os pelinhos são para que te lembres de mim”

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A

utopia mais bonita

Carlos Copioba

As crianças correm saudáveis no parque, Nas ruas, nos campos tomados de mangueiras, E lindos pássaros. O relógio marca as horas com a mesma continuidade de sempre. Não há mais Covid, não há pandemia, Não há gritos de morte, não há de morte por todos os lados, E até os apaixonados namoram tranquilos. Em volta de tudo e de todos, Uma áurea leve conduz a vida Que, como no princípio, continua a expressar-se Profusa e bela. Vovó sorri feliz com os tempos, Cada vez mais maravilhosos, E vovö do alto de sua idade Louva Deus por ser ainda vivente Em tempos tão bons e eu, Sei que sou feliz, o mundo é feliz. Aqui, na Palestina e no Vaticano. Que moça bonita, essa Dona Paz!!!

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Poeta

afora

Thiago Montero Ettinger

Vivia para quem? Não era para si que estava vivendo. Viveria muito mais se não vivesse como estava escrevendo. Escrevia poemas em folhas antigas e guardava-os na escuridão. Não sabia o que a poesia fazia com a vida de um folião. Festas passadas, amores já murchos. Cinzas vividas num pós-carnaval. Ela sabia que a felicidade, no fundo, não era, de fato, a sua rival. Confetes caíram, mas nem tudo havia acabado. Sobraram na pista memórias de um futuro não abandonado. Sentou para escrever e, do nada, lembrou Que estar vivo é ser pleno e a poesia mudou. Olhou-se no espelho e só então ela sorriu. Agradeceu pela vida e com o bloco partiu.

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Um

reflexo para os olhos

PauloRockCesar

Meus olhos se escondem do espelho acordo em meio esse ar frio do outono lavo meu rosto mais não quero vê-lo, não pretendo saber por meus olhos quantos anos já se passaram. Não quero que sobre essa lente cai o peso de toda ador dessa vida, penso no dia que a por vir . Na boca um gole de café e me calo com fumaçaComo superar essa vida, troco o planto por trabalho, deixo a tristeza para o papel Eu que esperava dar uma centenas de voltas em torno do sol. Hoje só penso em sair á pois ele se por. Observo as flores dormir e na mente me ecoa os cantos dos poetas que já se foram, gostaria de não escrever e ser feliz Mais não consigo encontrar razão Pois ser poeta acalma meu coração E mais tarde quando do poema eu me alegrar, ei de erguer meus olhos ao espelho e a ele direi que sou feliz E mesmo quando a cortina se fechar Esse pobre poeta não vai chorar.

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Ela

não pensava só naquilo

Hannah Carpeso Certa vez me veio às mãos um breviário poético. Trazia versos doces, delicados, mostrava alma de um poeta. Ao descobrir seu autor lembrei-me ser telespectador a rir de suas peripécias, representando - Dona Bela. Muito rimos da caricatura, mas desconhecíamos por completo, a casca da semente tão pura plantada em terra fértil. Colheu mais que mostrou na tela e revelou com pudor escondida no choro baixinho, discreto, o contraponto da poesia e humor. Não vimos sua luta, amargura e desvio de trajeto. Mas deixou um breviário mostrando seu lado eterno. Sintonia da sua alma artística, superação de tantos desafetos. A você Zezé - BRAVO!

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Aquilo

Kleber de Souza Pinto

Em tempos de segregação, Até o amor está perdido... Não se pode apertar a mão E o beijo está proíbido. Hora de embriagar as mãos E dar descanso ao fígado. Evitar a aglomeração, Mudando o jeito antigo. Mas o amor se renova E sabe viver o momento. Se não pode o rala-e-rola, Transamos no pensamento. Sexo só com camisinha! É conceito já decorado... Hoje o tempo nos ensina: Transar só c’o namorado! E nesse novo normal, A fim de não dar vacilo, Alguns optam pelo virtual

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A Vida

em

C omunidade

Adílio Teixeira Marques

Nas vielas de Manaus Me criei nas brincadeiras Em companhia dos amigos Que carrego a vida inteira Na várzea jogamos bola Aprendemos a viver Em casa, eram poucas condições Mas sempre deu para comer A vida de criança era dura Mesmo ainda sem entender Pelos becos nós passávamos Correndo todos os dias Dona Gleice chateada Sempre com a gente se queixava Pois a gritaria era danada Coisa de criança levada Mas a vida em comunidade Sempre foi meu alicerce Me ensinou que do pouco Sempre é importante aprender Pois com pouco foi que a gente Conseguiu sobreviver.

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Pequena Grande Guerreira Coradi

Oi Zezé tudo bem? Como está? Que bom falar com você Me de seu lindo sorriso Ou melhor, seja bela, e me faça rir. Faz tempo que a gente não se vê Largue tudo venha para cá Dar-me um abraço e se abrir Falar um pouquinho do seu paraíso Nosso momento está cruel O medo tomou conta de tudo Você meu amor, minha rainha. Venha cuidar de todos, de mim. O mundo está triste, está mudo. Mostre-me um pouquinho do seu céu Jogue sua luz sobre esta terra cheia de ladainha Com seu jeitinho maroto, simples assim. Segure apertado a minha mão Com sua força sua grande bondade Ensina-me com ser forte Com toda sua meiguice seu estilo Sempre foi mulher de muita vontade Empreste-me um pedacinho do seu coração Mostre-me como ter esse grande porte E vamos juntos, só pensar naquilo. Sei o quanto um dia você sofreu Deixou florir toda sua inspiração Engoliu todos os ais, e seu oi. Você que enfrentou grande barreira Deu um grande exemplo de superação Com força e garra intensamente viveu Até quando seu maior amor seu pedacinho se foi Pois, você é exemplo de grande guerreira. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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S agrado

Noiane de Jesus Souza

É sobre encontrar a si dentro do túnel, guardado! Redescobrir completude de ser amor, de ser amado! Caminho de luz e sombra Sol e Lua a brilhar no peito de quem se entrega para, enfim, se encontrar e amar libertar descansar regenerar e voltar à vida como se fosse uma nova existência!

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CIRCO* Zezé Macedo

Na rua longa, em minha cidade, Passa um cortejo E ouve-se o arpejo De um violão... Logo, um palhaço de olhos riscados Boca rasgada, de sapatões... Veem os macacos, cães amestrados, Gigantes, cobras e cinco anões... Ai, o palhaço que vem, montado Sobre um burrinho, frente para trás, Faz a pergunta cuja resposta Já é sabida. A pergunta faz: “O palhaço o que é?” E a molecada seguindo, lenta Responde logo: “É ladrão de mulhé!”

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De novo, diz, sorrindo, o palhaço De boca enorme, tal como um traço Que esconde o rosto altivo e pagão (Tem nos seus gestos o coração). “Ô raia o sol, suspende a lua”... E o coro inteirinho, rindo, espontâneo, Cheio de orgulho, assim, momentâneo: “Viva o palhaço que está na rua!”

(* Fragmentos do poema publicado no livro “Meu Breviário”, 1981).

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POEMAS

S uperar Lívia Salvadeo Garijo

Quando tudo “isso” passar, Quero estar com você, Quero poder passear, Até o anoitecer. Já faz mais de um ano, Que entramos nessa luta frequente, E continuaremos lutando, Por uma vitória contente. Sempre alegres, Vamos continuar, E com as palavras, Iremos brincar, Para todo dia “superar”.

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R osa N ão

chore , eu sou apenas uma aberração

Luana Schiefler Fernandes Alves

De bochechas coradas, roupas avermelhadas, e mãos delicadas, Vem chegando a rosa Com suas pétalas sensíveis, pensamentos inacessíveis, demônios inaudíveis… Sua cabeça está cheia de parasitas Buracos negros cobrem seus olhos Ela sonha com você quase todas as noites Rosa tem muitas esperanças. Que não acorde dessa vez... Memórias brincando em sua cabeça Você nunca saberá o quanto sente sua falta “Não desista, você pode fazer isso dia após dia “ E os diamantes, eles não se transformam em pó ou desaparecem, o Sol vai mantê-los, dia e noite, aqui “Até o dia em que eu morrer estarei vivendo uma vida por nós dois.” Ela não pode subornar a porta no seu caminho para o céu … E ela parecia muito bem daqui debaixo mas não estava realmente bem... Porém, apesar de tudo a música a faz brilhar… Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Debaixo da chuva, chamei-a para dançar, enquanto gotas escorriam em seu rosto, ela sorriu e disse: “Somos dois fantasmas tentando lembrar como é ter um batimento cardíaco! Traga-me de volta para a luz, eu sei que você era brilhante demais para mim, estou desesperada, quebrada, Então você me espere no céu!!” Rosa de sorriso contagiante, abriu-se então, ao mundo que havia se fechado , superou seu passado e tornou-se sua melhor companhia!

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Au,

au , socorro !

Eloah Maria da Silva

Ama animal, Quando vê na rua, diz: Au, au! Que “peninha”! Papai, eu quero um gatinho! Ele responde: Claro, vamos comprar! Ela indaga... Por que não paramos e pensamos: Vamos adotar? Não é ter para dizer É ter para dar prazer! Os animaizinhos sofrem, Com carinho ficam dóceis. Podem ser ajudados, Se forem resgatados!

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Ataraxia Giovanna Gebara Garcia

Estava tudo preto, a escuridão assomava no recinto Sempre fora assim, desde o princípio, perdida naquele labirinto Eu era um nada naquele vasto emaranhado de sombras, uma alma vazia Eu já estava acostumada ao ódio, à dor que aquilo trazia Chorando, chorando, chorando... Não aguentava mais, era minha hora de agir Nada mais me importava, a não ser a necessidade de fugir Com dentes e garras eu ataquei, estilhaçando aquela prisão O desespero rugia no meu sangue, assim como uma canção Lutando, lutando, lutando... Finalmente, depois de tanto sofrimento, eu tinha um lar Tomada pela luz que brilhava no meu coração, enfim aprendi a me amar Eu era dona de mim mesma, nada mais me controlava Nunca me senti tão leve, com asas me elevava Voando, voando, voando...

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S uperação Clara Holanda Grimaldi

De quem se gosta Dos afetos Dos abalos Que são abismo Superação Do choro Da separação Da distância Que só é passado, sem presente, nem futuro Superação De mim Daquilo que vivi, que aprendi e amadureci Do caminho que se abre em possibilidades Que trocou a dor pela saudade e a esperança do que está por vir

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Esperando

um sim

Rafael Privitera Campagnoli Queria um gato calminho, Que andasse comigo, Brincasse com novelo, Que tivesse lindos pelos queria um coelho bonito e fofinho, que tivesse um pompom no rabinho, comesse cenoura e fosse bem branquinho queria um peixe, para no aquário nadar, passaria o tempo a flutuar enquanto eu me encantaria a observar queria um cachorro para o rabinho abanar, fazer carinho sem ver a tarde passar, bem grande do tamanho de um golden, para guardar a casa e brincar O que eu queria era um animal de estimação, mas como eu moro em apartamento, continuam a dizer, Não, não e não!

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Luiza de Oliveira Giannetti

Quando você ganha um bichinho de estimação ele aquece o seu coração. Te faz rir, brincar e às vezes se irritar Apesar de tudo, sempre será seu companheiro, pois está com você em todos os momentos sejam tristes, alegres ou assustadores. Você sabe que pode contar com ele.

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Mensagem Tiago Michelato Palharini

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Vamos encarrar a pandemia como uma oportunidade! Ela está existindo por alguma razão e muitas pessoas não estão conseguindo enxergar. O mundo está cruel, egoísta, com guerras, a vida perdeu o valor e o mal está predominando. A pandemia nos trouxe uma oportunidade para virarmos esse jogo, para que a gente reflita sobre tudo de mal e desigual entre os seres humanos e, evoluindo, passemos a dar mais valor às amizades, à união, à solidariedade e a todos os valores do bem que estão esquecidos dentro da nossa sociedade. Não vamos deixar essa oportunidade passar, ajudemo-nos a construir um mundo melhor!

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MOMENTO DIVINO*

CHUVA*

Zezé Macedo

Zezé Macedo

O ponteiro do tempo marcou Um momento divino Foi assim: A surpresa, infinita palpitando Vibrando, Eu meus sentidos, E um mundo de emoções Dançando em meu olhar A vertigem de um beijo que pousou, de leve A ameaça da marca de batom, A doida inquietação O medo A dissimulação... E depois, Um segredo entre nós dois, O silêncio tão cheio de promessas, E a lembrança Do momento divino Em que se revelou O divino pecado Que o ponteiro da vida Num momento divino Marcou...

A chuva cai, miudinha Lá fora, molhando tudo... Cai a chuva tão macia Com seus dedos de veludo Sobre o colo de cetim E tu fizeste poemas Quando disseste pra mim:

* Fragmentos do poema publicado no livro “Meu Breviário”, 1981.

Poema do livro “Menina do Gato”, 1997.

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“Eu prometi a Jesus Um dia, vagando a esmo E jurei solenemente Que te faria feliz Para sempre por da a vida A mais feliz das mulheres, Querida, minha querida” Olho os teus olhos escuros E faça-me miudinha Bem junto ao teu coração... Lá fora, a chuva suave Parece uma evocação Molha tudo, tão fininha... Ela é o próprio refrão O estribilho de amor Da nossa eterna canção...

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@CamilaGiudice Escritores Brasileiros Contemporâneos

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AO MEU “PIMBAMBANO”* Zezé Macedo

Como o pagem da lenda, fui em busca Do pássaro encantado que me desse Na sua voz de ouro o doce filtro Com que “Amada e feliz”, eu me fizesse. Dentre a ramada verde da Esperança Ouvir cantar uma ave. Era a ilusão. E eu regressei sozinha pela noite Fira e cruel da Desesperação. Tu me esperavas e em teus braços tive Do Paraíso a doce sensação E nunca mais os passos meus detive Pela floresta imensa da Paixão Onde um dia, a gemer, deixei cativo O meu dorido e triste coração. * Fragmentos do poema publicado no livro “Meu Breviário”, 1981.

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CIRCO* Zezé Macedo

Na rua longa, em minha cidade, Passa um cortejo E ouve-se o arpejo De um violão... Logo, um palhaço de olhos riscados Boca rasgada, de sapatões... Veem os macacos, cães amestrados, Gigantes, cobras e cinco anões... Ai, o palhaço que vem, montado Sobre um burrinho, frente para trás, Faz a pergunta cuja resposta Já é sabida. A pergunta faz: “O palhaço o que é?” E a molecada seguindo, lenta Responde logo: “É ladrão de mulhé!”

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De novo, diz, sorrindo, o palhaço De boca enorme, tal como um traço Que esconde o rosto altivo e pagão (Tem nos seus gestos o coração). “Ô raia o sol, suspende a lua”... E o coro inteirinho, rindo, espontâneo, Cheio de orgulho, assim, momentâneo: “Viva o palhaço que está na rua!”

(* Fragmentos do poema publicado no livro “Meu Breviário”, 1981).

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POEMAS DOS ALUNOS DO COLÉGIO MÁXIMO E DO COLÉGIO MARIA IMACULADA C olégio Máximo Agudos - SP

Um agradecimento especial à Professora Luiza Guisini Comin Gonçalves

Cachorro amigo Lara Barbosa Ibrahim Se você quer um amigo Eu posso lhe mostrar E no instante em que vê-lo Vai se apaixonar Ele é fiel e destemido Melhor que qualquer indivíduo Faz de tudo por um petisco Carrega consigo um sorriso Esse amigo nunca vai te abandonar Seus pelos são radiantes É um amigo elegante sempre vai te amar Um socorro bem presente Tem um grande coração Esse amigo é o cachorro Que te dará inspiração. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Leonardo Alves Arantes Meus gatos têm várias cores; Seus pelos e olhos têm diversidade. São os animais mais sinceros do mundo, Pois nunca escondem a verdade. Lambem seus pelinhos Para se banhar. Quase todo momento, É hora de relaxar. Quando ficam felizes Parecem um motorzinho. Mas não se preocupe, Não é uma máquina, é só carinho! São companhia a toda hora, Nunca te deixam sozinho. Começam a miar sem demora, Clamando por carinho. Se a solidão for presente, É preciso de algo para o acalentar. Adote um bichinho peludo e contente, Simplesmente para amar.

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Três borboletinhas Luna Barbosa Ibrahim Eram três borboletinhas. A primeira estava jogando amarelinha, a segunda estava cantando na cozinha, a terceira estava na mesa comendo framboesa. Elas foram passear, uma trouxe suco, a outra guaraná. Uma subiu na árvore, a outra foi escorregar Já a última você terá que adivinhar!

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C olégio Imaculada Maria S ão Paulo - SP Enviamos um agradecimento especial à Professora Jacqueline de Paula Sbeghen Iumatti.

Valentina Bella Barbosa

Anos de vida Difícil passarmos por isso Tantas vidas, famílias Muitas foram perdidas Famílias em luto Pessoas sem rumo Só querem um abraço Que caos! Só temos que confiar porque um dia chegaremos lá... Os costumes mudaram Viver em primeiro lugar Cuidados extremos Sem tempo pra pensar Seguimos firme Com muitas restrições Em frente, Devemos seguir...

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Posso

desistir ?

Maria Alice de Carvalho Santos Eu aprendi a tocar piano, desde pequenininha, sempre fui boazinha Não queria reclamar, será que posso parar? Esquecer-se dos ensinamentos. E ignorar os grandes aborrecimentos. Qualquer pessoa que toca piano me incentiva e a perspectiva é para eu continuar. Aprendo uma musica em um mês, Só desisti uma vez. A leitura de partitura é chata e sempre em uma data. Tem aula. Quero ganhar um ukulele, só para aprender. E quando eu quiser parar, acho que não vou me arrepender. Vou continuar, não vou parar. Quero ter algo diferente. Para impressionar muita gente.

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Cecília Helena do Nascimento Almeida

Durante a pandemia Muitas coisas estamos vivenciando, A quarentena e o isolamento social Estamos tendo que respeitar. Quinhentas mil mortes O que é isso, veja só? A cada morte muitas pessoas sofrem amigos e familiares aquelas vítimas tinham. Houve muitas superações também Alguns sobreviveram sem condições, Com problemas de saúde e Noventa por cento do pulmão comprometido. Médico o meu pai é Na linha de frente da COVID-19 ele trabalha É cada relato que ele conta Um mais emocionante que o outro. A esse ponto, todos conhecemos pessoalmente Pessoas que já se infectaram com o vírus. E isso pode ser evitado.

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Coletivo São Paulo de Literatura saopauloliteratura@gmail.com Instagram @spliteratura Facebook @spliteratura coletivoliteratura.blogspot.com


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