Escritores Brasileiros Contemporâneos - n. 29 - Outubro/2021

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ESCRITORES BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS EDIÇÃO 29

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EXPEDIENTE Revista pertencente à Editora Matarazzo. Email: versejandocomimagens@gmail. com Telefone: (11) 3991-9506. CNPJ: 22.081.489/0001-06. Distribuição: São Paulo - SP. Diretora responsável: Thais Matarazzo - MTB 65.363/SP. Depto. Marketing: Ana Jalloul (11) 98025-7850 Depto. Jurídico: Tatiane Matarazzo C. Campos. Periodicidade: mensal. Formato: digital.

Capa: Thais Matarazzo. Foto: Gilberto Cantero. Edição 29 - Nº 29 Ano III - Outubro/2021. A opinião e conceitos emitidos em matérias e colunas assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista Escritores Brasileiros Contemporâneos. Contatos www.editoramatarazzo.com.br www.editoramatarazzo.com Facebook: @editoramatarazzosp Instagram: @editoramatarazzo Foto: Ana Jalloul

Lançamento do livro “Um dia por vez”, na biblioteca Hans Christian Andersen, em São Paulo. Da esq. para dir.: Vera Lúcia, Gilberto Cantero, Ana Meira, Paulo Camargo, Thais Matarazzo, Glafira Menezes Corti, Giselle Corti, Ricardo Cardoso e Carmela Ciardi Escritores Brasileiros Contemporâneos

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S umário Flipenha 2021, 5 Programação Flipenha, 6 Dicas de leitura da Ana Luiza e da Sofia, 11 Cintilante, 12 Fernanda Luiza Na Hans Christian Andersen... Sarau Outubro Rosa e Lançamento do livro “Um dia por vez”, 13 Espelho Reflexivo, 18 Claudevalda Souza Vem aí, a II Bienal Literária de Taubaté, 19 J. Robson J. O Golpe, 21 Regina Brito Poemas, 22 Newton Nazareth Poema, 23 Atilio Ciraudo


Dicas da Ana Meira - Página de rosto, 25 VOZ-LEVANTE - A gente não quer só comida!, 28 Mari Vieira Augusto dos Anjos, 30 Maria Marlene N. Teixeira Pinto Poemas, 32 Luiz Negrão Escrever e Ocupar, 33 Marcinha Costa Vacina Já!, 34 Ricardo Hidemi Baba Poemas, 35 Cris Arantes Poemas, 36 Glafira Menezes Corti Devaneio, 37 Nazareth Ferrari O LITÍGIO É REALMENTE NECESSÁRIO??? Conheça a “Mediação Privada”, 38 Dra. Gisele Luccas


Em

formato híbrido , 4 a da P enha homenageia

Edição da F esta Literária C arolina Maria de Jesus

Festa acontece entre os dias 19 e 23 de outubro com apresentações musicais e teatrais, conversas com escritores, feira de escambo de livros e outros eventos A Festa Literária da Penha – FLIPENHA – chega a sua 4ª edição com programação totalmente gratuita, mesclando atividades presenciais e online. A personalidade homenageada no evento deste ano é a escritora e compositora Carolina Maria de Jesus. Seu livro “Casa de Alvenaria” e o disco de sambas e marchinhas que recebe o mesmo título de seu primeiro e mais conhecido livro, “Quarto de Despejo”, completam 60 anos de lançamento em 2021. Organizada por coletivos culturais, instituições públicas e privadas, e educadores do bairro da Penha, a FLIPENHA é voltada ao incentivo à leitura, valorização da literatura e formação de leitores autônomos e críticos. Valendo-se de diferentes linguagens e expressões artísticas, e em articulação com escolas públicas e instituições educacionais e culturais do bairro interessados no desenvolvimento local, este evento busca contribuir para o fomento, Escritores Brasileiros Contemporâneos

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produção e difusão do livro, da leitura e da literatura. A efervescência do bairro da Penha no campo literário está presente nos trabalhos de escritores e escritoras, coletivos literários de SLAM, saraus, formadores e mediadores de leitura e em contadores e contadoras de história, bibliotecárias, bibliotecários, professores e professoras, livrarias e sebos. Neste sentido, a FLIPENHA busca congregar e articular vários setores da cadeia do livro no território, fomentando a bibliodiversidade e a formação de novos leitores. Além disso, o território no qual a FLIPENHA está inserida possui forte dinâmica cultural, popular e afro-brasileira; um rico acervo de bens culturais, de memórias e uma diversidade de povos. Foi com o olhar voltado para essas potencialidades, à vida literária, e somado à necessidade de trazer o contexto de crise social e sanitária da atualidade de forma crítica que se deu a escolha do nome de Carolina Maria de Jesus. Outubro/2021

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Centro Cultural da Penha (CCP), CEU Tiquatira, SENAC Penha e Largo do Rosário são alguns locais do território que receberão a programação presencial da 4ª FLIPENHA. As intervenções artísticas montadas no CCP podem ser visitadas do dia 19 ao dia 30 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 18h. A programação online será veiculada através do canal do YouTube – FLI PENHA. A FLIPENHA conta com perfis no Facebook – facebook.com/flipenha – e Instagram – @flipenha2021 – nos quais a programação será disponibilizada diariamente.

Dia 19/10 (terça-feira) 19h30 - Abertura da FLIPENHA - 2021 Mesa de abertura com as autoridades: Aline Torres, Secretaria Municipal de Cultura e Andrea Sousa, Secretária-Adjunta da SMC; Danilo Gomes Leonel, coordenador de Centros Culturais e Teatros; Raquel de Oliveira, da Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas; Mariana Moi Bonfim Jongbloets, diretora da SME / COCEU / Divisão de Cultura; Júnior Suci, assistente da SME / COCEU / Divisão de Cultura; e Ana Paula Xavier Correa dos Anjos, da DICEU. Performance “Carolina”, com Edi Cardoso

Este evento atende a todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. As atividades presenciais, principalmente as atividades em espaços fechados, terão controle de público, verificação de temperatura e acesso a álcool em gel. É obrigatório o uso de máscara e manter o distanciamento social.

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Programação de 19 a 23 de outubro de 2021

Atividade solene com participação de Vera Eunice professora e filha de Carolina Maria de Jesus; Camila Queiroz, do Coletivo Papo de Comadre e Angelica Albertini, da Biblioteca José Paulo Paes. Local: Centro Cultural Penha Presencial Intérprete de libras Dia 20/10 (quarta-feira) 10h – Conversa com as escritoras Cidinha da Silva e Thais Matarazzo nº.29

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Local: Biblioteca Dirceu de Paula Brasil – CEU Tiquatira Presencial, público acima de 14 anos 10h – Teatro: Os Rastros das Marias, com Cyda Baú Local: Centro Cultural Penha Presencial, público a partir dos 10 anos 15h - Contação de história com Danuza Novaes Online pelo canal: youtube.com/c/ FLIPENHA 16h - Oficina de Costura de Caderno, com Fernanda de Paula Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial com vagas limitadas, inscrições pelo WhatsApp 11 976814566 16h – Bate-papo com a pesquisadora Raquel Alves dos Santos Nascimento do Núcleo Educativo do Instituto Moreira Salles. Online pelo canal: youtube.com/c/ FLIPENHA 19h30 - Roda de leitura do livro “Casa de Alvenaria”, com coletivo Papo de Comadre Online com transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA

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Dia 21/10 (quinta-feira) 10h - Teatro: Quarto de Desejo, com Evoé Cia. Teatral Local: CEU Tiquatira Presencial, público acima de 14 anos 14h - Contação de história com Sandra Guzmán e André Gonçalves Local: Biblioteca Dirceu de Paula Brasil – CEU Tiquatira Presencial, público acima de 14 anos 14h – Conversa com os escritores Renan Wangler e Rafael Marcelino Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial 16h - Mesa de debate: contexto social e protagonismo feminino na obra de Carolina Maria de Jesus, com os pesquisadores Claudia Adão e Michael Dias de Jesus. Online com transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA 18h - Vídeo palestra sobre preconceito linguístico, com Thiago Mattos Online pelo canal: youtube.com/c/ FLIPENHA 19h30 - Oficina: O prazer da leitura e da escrita, com Elvis Campêllo Local: SENAC Penha Presencial e transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA Outubro/2021

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Dia 22/10 (sexta-feira) 10h - Contação de história, com Mafuane Oliveira Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial, público infantil

FLIPENHA Das 11h às 18h – Feira de livros, escambo literário e Feira Afro com Coletivo Meninas Mahin. Local: Largo do Rosário da Penha Presencial

14h - Contação de história, com Danuza Novaes Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial

10h – Conversa com os escritores Lucas Almeida e Maria dos Santos da Silva Biblioteca José Paulo Paes - CCP Presencial

16h - Oficina: Alimentação Saudável e alimentação popular, com Isabel Bonfim Local: SENAC Penha Online com transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA

12h - Ativação da Biblioteca Livre Local: Largo do Rosário da Penha Presencial

18h – Reflexão sobre a poética de Carolina na obra “Quarto de despejo”, com Luciana Campos Online com transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA 19h30 - Sarau na Favela Online com transmissão ao vivo pelo canal: youtube.com/c/FLIPENHA Dia 23/10 (sábado) 10h - Contação de história, com Mafuane Oliveira Online pelo canal: youtube.com/c/ Escritores Brasileiros Contemporâneos

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13h - Lançamento do livro “Poesias Contemporâneas XIII”, antologia organizada pela Editora Matarazzo, que reúne a produção poética de Ana Meira, Claudevalda Souza, Coradi, Hamilton dos Santos, Luiz Negrão, Nilza Freire, Sheyla Cruz do Valle e Thais Matarazzo. Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial 13h - Benedito no Pilão, teatro de mamulengo com grupo Sobrevento Local: Largo do Rosário da Penha Presencial 14h - SLAM Perplexo Local: Largo do Rosário da Penha Presencial Outubro/2021

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16h - Encerramento: Roda de samba com as Pastoras do Rosário e Esmeralda Ortiz Local: Largo do Rosário da Penha Presencial Curso Oficina de Escrita Criativa - Seja um Almanaque, com Almir Rosa Dias 21 e 22 de outubro | das 10h às 12h Local: Biblioteca José Paulo Paes CCP Presencial com vagas limitadas, inscrições pelo WhatsApp 11 976814566 Mostra online audiovisual Vídeos produzidos pelos educadores do Programa de Iniciação Artística - PIÁ do CEU Tiquatira Dia 21/10 - Contação de história Dia 22/10 - Texto poema mudo, baseado em poemas de Carolina Maria de Jesus Estreia às 10h pelo canal: youtube. com/c/FLIPENHA Vídeo Poesia baseado na obra de Carolina Maria de Jesus, com Coletivo Crisântemo De 20 a 23 de outubro Estreia às 14h pelo canal: youtube. com/c/FLIPENHA Intervenções artísticas Quarto de Despejo “(...) Estou no quarto de despejo, e o que está no quarto de despejo ou Escritores Brasileiros Contemporâneos

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queima-se ou joga-se no lixo”. (trecho do livro “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus)

A cenografia é inspirada em imagens do espaço no qual Carolina deu vida à obra que a destacou como uma das maiores escritoras do Brasil. O quarto era seu local de reflexão, alimento para saciar a fome e espaço de diversão. Organização: Luciana Campos, mediadora de leitura da Biblioteca José Paulo Paes Fragmentos Carolina Maria de Jesus A instalação faz analogia com a copa da árvore, representando os sonhos nutridos com frases e pensamentos de Carolina. Organização: artistas educadores Peroba Capoeira e Rosana Serra, do Programa de Iniciação Artística PIÁ Ocupação SALVE ELA! As instalações refletem sobre o universo das obras de Carolina Maria de Jesus, a produção dos alunos da Escola Dom Miguel Kruse e a arte mural do artista gráfico Alcides Rodrigues. Organização: Patrícia Freire e Maurício Dias Duarte, do Movimento Cultural Penha

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As intervenções no Centro Cultural Penha podem ser visitadas do dia 19 ao dia 30 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 18h. Endereços: Centro Cultural Penha e Biblioteca José Paulo Paes Largo do Rosário, 20, Penha de França SENAC Penha Rua Francisco Coimbra, 403, Penha de França Biblioteca Dirceu de Paula Brasil – CEU Tiquatira Av. Condessa Elizabeth de Robiano, S/N - Vila Moreira Material gráfico Arte Carolina Maria de Jesus Alcides Rodrigues Design gráfico - Andréia Freire

REALIZAÇÃO Biblioteca Doutor Dirceu de Paula Brasil Biblioteca José Paulo Paes Centro Cultural Penha CEU Tiquatira Coletivo Papo de Comadre Movimento Cultural Penha SENAC PENHA Contato flipenhafestaliteraria@gmail. com Canais de transmissão e redes sociais: Facebook: @Flipenha Instagram: @flipenha2021 Canal: youtube.com/c/FLIPENHA #Flipenha2021


Dicas de Leitura da A na L uiza e S ofia

Ana Luiza mostra os livros de três escritores afrodecendentes escrito para crianças maiores. São eles: “História da África” da Gina Mhlofe e “Orokomi” de Esmeralda Ribeiro.

Sofia indica a leitura dos livros “Salwe” de Lupita Nyong’o, e “Kalimba” de Maria Celeste Fernandes Escritores Brasileiros Contemporâneos

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C intilante F ernanda L uiza

Para pequena Alice......

Da cor do céu noturno feita da força do baobá tez frondosa e potente com pulmão pronto para falar Mas não falava, ainda pequenina rainha Altiva e sorridente Ganhará o mundo facilmente Retinta e brilhante Com olhar cintilante viram nesse semblante A força de um gigante

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Lançamento do livro “Um dia por vez” na Hans Christian Andersen

Priscila Dantas e Thais Matarazzo

Thais Matarazzo com Gutemberg e Abelha do Pulo do Gato Jazz

1º Sarau do Coletivo São Paulo de Literatura em 2021


Gisele Luccas, prefaciadora de “Um dia por vez”, e Thais Matarazzo

N a H ans C hristian Andersen... Sarau Outubro Rosa Lançamento do livro “Um dia por vez” Após um ano e meio afastados das atividades literárias/culturais presenciais, os membros e amigos do Coletivo São Paulo de Literatura puderam se reunir e realizar o primeiro sarau de 2021, juntamente com o lançamento do livro Um dia por vez, crônicas de uma paciente oncológica, de Thais Matarazzo. O evento teve lugar na biblioteca Hans Christian Andersen, no Tatuapé. Agradecemos o acolhimento de toda equipe e da maraEscritores Brasileiros Contemporâneos

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vilhosa coordenadora, Elisangela Alves da Silva. A tarde de 2 de outubro foi repleta de encantamento, brilho, emoções e amizade! Como ainda estamos em plena pandemia do Covid-19, todas as precauções foram tomadas. O sarau aconteceu no jardim da biblioteca, enquanto Thais autografava sua nova obra, que traz 17 crônicas de acontecimentos passados no primeiro ano do seu tratamento oncológico no Icesp. Outubro/2021

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Maria Matarazzo, Carmela Ciardi e Gilberto Cantero

Thais, o enfermeiro José e sua netinha, Sofia

Uma das crônicas é O enfermeiro Zé, um relato divertido sobre uma passagem ocorrida no box de quimioterapia do Icesp, tendo como personagem principal o enfermeiro José Antônio. Gentilmente, ele compareceu ao lançamento na companhia da sua esposa e da netinha Sofia. Os meninos do Pulo do Gato Jazz aparecem na crônica Viva a Arte de Rua! A autora os conheceu este ano na Feira dos Orgânicos do Parque da Água Branca. Os músicos Abelha e Gutemberg estiveram presentes e brindaram o sarau com sua simpatia e números musicais que fez a turma dançar. Registramos as presenças dos especiais amigos: o casal Marisa e Cláudio; a dra. Gisele Luccas, prefaciadora de Um dia por vez e colunista da EBC; Carmela Ciardi, Priscilla Dantas, Pulo do Gato Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Jazz, o enfermeiro José Antônio e sua família, Glafira Menezes Corti (que levou o varal de poemas); Vera Lúcia Duca, Lourdes Borelli, Ana Jalloul, Ricardo Cardoso, a poeta Ana Meira, o escritor e cineasta Paulo Camargo, Maria Matarazzo, Gilberto Cantero, e tantas pessoas queridas! Foi muito bom poder voltar a realizar um evento “ao vivo e a cores”!

Ricardo Cardoso, Thais e Ana Jalloul Outubro/2021

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Exposição dos livros da Editora Matarazzo O casal Claudio e Marisa, e Thais Matarazzo A poeta Ana Meira e Thais

Apresentação do Pulo do Gato Jazz

A poeta Vera Lúcia Duca e Thais


Espelho R eflexivo C laudevalda S ouza - C laudia Quando olho no espelho e vejo a minha imagem viva e reluzente estampada… quase não acredito as tormentas que na vida atravessei lembro os vendavais também os abismos as cachoeiras de lágrimas que eu chorei. Entretanto, a imagem viva e escancarada que hoje se apresenta me faz crer na inigualável resiliência pela qual a vida me faz percorrer. E encarando bem de frente essa imagem: a minha imagem acredito que sempre e sempre a todo instante na vida. É possível recomeçar, e se surpreender, com o equilíbrio e a serenidade existentes: vivos dentro de mim. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Vem aí, a II Bienal Literária de Taubaté J. Robson J. robsontaubate@outlook.com No final de 2018, surgiu um sonho no grupo “Escritores de Taubaté”. Um grande sonho, o de trazer uma Bienal de Literatura para a cidade de Taubaté. O grupo aceitou, de imediato, lutar por esse sonho, que parecia mais uma utopia e um grande desafio surgiu, parecia impossível, mas quando você tem fé, é possível transformar o impossível em possível. E ouvimos que era impossível muitas e muitas vezes. Os pessimistas de plantão diziam que em Taubaté nada dava certo, que não era possível fazer a Bienal, que Taubaté não apoiava a cultura o que até é um pouco de verdade, mas... quando a gente quer muito alguma coisa, quando temos fé inabalável, quando estamos imbuídos de bons sentimentos, quando acreditamos na própria capacidade, ah, o universo vai conspirar a favor. Oh, se vai. E lá fomos nós, tornar o sonho em realidade, começar a organizar a Bienal, uma insanidade, disEscritores Brasileiros Contemporâneos

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seram muitos, mas quem disse que não podemos fazer loucuras? E, no meio de tantas dificuldades, que não foram poucas e muito maiores do que imaginávamos, sem apoio de qualquer parte, na força de vontade, na raça, na coragem e com muita fé e competência, realizamos em Agosto de 2019, a “I Bienal Literária de Taubaté”, que aniversariou nos dias 24 e 25 de agosto de 2021, completando 2 anos. O sonho se tornou realidade e fizemos um grande evento, ou melhor, um evento gigante. Abrimos espaço para outros artistas mostrarem seus belos trabalhos na Bienal Literária e, além de mais de cem escritores expondo seus livros, tivemos também, artistas apresentando seus trabalhos de artesanato, seus quadros, músicas, teatros, grandes palestras e etc... Foram quase 150 artistas na Bienal. E vieram de Taubaté e cidades do Vale do Paraíba, da capital e muitas outras cidades do Estado de São Paulo e, Outubro/2021

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também, de outros Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e até do Distrito Federal, uma loucura. Foi show, foi histórico, foi insano e, tenho certeza, marcou o movimento cultural da cidade, a cultura de Taubaté deu um grande passo e mostramos do que somos capazes. E aos pessimistas de plantão e aqueles que desejavam que tudo desse errado, restou aplaudir a festa literária de Taubaté. O sonho se tornou realidade. Um agradecimento, mais que especial, à Thais Matarazzo que trouxe um maravilhoso grupo de escritores e artistas, confiou em nosso trabalho, nos prestigiou e abrilhantou a nossa festa literária. A Capital Paulista esteve presente na festa literária, caipira, do interior de São Paulo. E a Thais e sua grande equipe nos brindou com um show de alegria e alto astral. Impossível esquecer da escritora e atriz Glafira, da poetisa, atriz e cantora Cris Arantes com seu espetacular varal de poesias. Da escritora Ísis, do Ygor Kassab, Giba, Margareth Cruz, Samira e Regina Brito, das fotógrafas Marcia Costa e Nana Tavares, todos eles abrilhantaram nossa festa, mostraram sua paixão pela literatura e pelas artes, nos emocionaram com sua alegria e, claro, deixaram uma enorme marca Escritores Brasileiros Contemporâneos

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na cultura de Taubaté. Como o próprio nome diz, a Bienal seria realizada a cada dois anos, ou seja, a II Bienal aconteceria em Agosto de 2021, porém, a pandemia chegou e mudou nossos planos. Tivemos que adiar a realização, não seria permitido, possível, coerente e saudável, uma Bienal em meio à uma pandemia. Ficou aquele gostinho de quero mais... E agora, com imenso prazer, informo que o grupo “Escritores de Taubaté”, inicia a preparação para a II Bienal Literária, ainda sem o mês e os dias, mas ela virá em 2022. Mais um sonho que com garra, dedicação, muito trabalho e muita fé, iremos realizar. Mais um grande trabalho pela frente, mais dificuldades, mais pessimistas dizendo que, dessa vez, não vai dar certo, mais gente desejando que tudo dê errado, mas não importa, com muita fé em Deus, realizaremos a II Bienal Literária de Taubaté em 2022. E, mais uma vez, todos estarão convidados para a grande festa Literária de Taubaté e, é claro, o trem da alegria paulistano, liderado pela Thaís, já tem seu lugar reservado. O coração já bate mais forte, vem aí, a II Bienal Literária de Taubaté! Outubro/2021

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O G olpe R egina B rito Imaginem um altivo presidente de uma próspera empresa chegar cabisbaixo a uma reunião de sua diretoria e anunciar que desistiria do cargo, dizendo sentir-se um inútil, ao ponto de querer viver num asilo. Pasmem! Um homem dinâmico, amigo, leal, deixar-se dominar por uma vice-presidente que desejava ocupar o seu cargo, vampirizando-o dia e noite em estudados colóquios pelo telefone celular. Sentada à sua direita, Lorena Olívia era uma mulher de estatura longilínea, cativante, criativa e prepotente. Detinha controle sobre todos e sobre tudo. Como era uma grande articuladora, nunca pensou que um dia a casa iria cair. Mas surpresas acontecem... Naquele dia inesquecível, a assembleia reunida a destituiu do cargo e a demitiu. Como a intriga era a sua marca, tomou a palavra e alegou que estava sendo perseguida pelos novos Escritores Brasileiros Contemporâneos

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sócios e que nunca tivera reconhecimento pelos serviços prestados à empresa. Os associados entreolharam-se em acordo e a diretora jurídica ditou para a primeira secretária a carta de demissão. Lorena fora defenestrada da empresa. Choque total! Alegou ela ter sido vítima de um golpe! Saiu xingando, batendo portas e fazendo ameaças. Ao final de tudo, o presidente, aliviado, assinou o documento e sentiu-se fortalecido pela resolução daquela assembleia de seus grandes amigos. E foram felizes.

REGINA BRITO Carioca, é escritora e vem lançando suas obras pela Editora Matarazzo. Professora de Literaturas e Línguas Portuguesa e Espanhola, é graduada pela UFRJ e UERJ do Rio de Janeiro e pós-graduada pela UIMP de Santander, Espanha.

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POEMAS N ewton N azareth É carioca, Pianista, Compositor e Escritor

TRINTA E NOVE DE SETEMBRO

DITOS POPULARES A primeira impressão é a que fica.

A assembleia reuniu-se, Tomando nossas mentes. O momento insurgiu-se Perante os inconfidentes.

E se for reproduzida Em preto ou colorida, Mesmo em tiragem pequena, Sempre vale a pena. Mais valem cinquenta livros na mão Do que um e-book voando.

O mar fez seu chamado, E era comovente. O rio, represado, Precisava ir em frente. A força das águas Arruinou a represa. O fio das espadas Sibilou sobre a mesa. O chefe, reabilitado, Iniciava o novo membro. Muito foi realizado Em Trinta e Nove de Setembro.

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eu, só pensamento céu, noite, sonho. O encontro de um amigo, sua chegada ao som de sinos, a música, o abraço, o sorriso a distância da viagem a calma do verde, o contato com a água um colo, um consolo, o apoio. Era solidão. sorriso, amizade, sinos, distância, pensamento, céu viagem, chegada, encontro, abraço, colo, sonho

Sou aliado das palavras, mas não as tenho tão belas, então te mando meu pensamento DrummondCaioF.AbreuLispectorQuintanaManoeldeBarrosAdéliaPradoCecíliaPessoa

atiliociraudo@gmail.com Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Dicas da Ana Meira P ágina Nota informativa sobre temas que surgem no momento de publicar o livro. Nesta edição, em pauta a folha de rosto, um elemento fundamental na estrutura do livro como fonte principal de informação. Vamos apresentar informações sobre este assunto por meio de perguntas e respostas para vocês conhecerem mais uma faceta do livro. O que é uma folha de rosto ou página de rosto? Para responder a pergunta vamos localizar onde situa a folha de rosto na estrutura do livro. A folha de rosto localiza-se na parte dos elementos pré-textuais. Ela é importante porque contém elementos essenciais à identificação da obra. ►

O que são elementos pré-textuais na estrutura do livro? São elementos que antecedem o texto. Eles apresentam informa-

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de rosto ções que ajudam na identificação e utilização do texto. Os elementos pré-textuais são: falsa folha de rosto; folha de rosto; dedicatória(s); agradecimento(s); epígrafe; lista de ilustrações; lista de abreviaturas e siglas; lista de símbolos; lista de tabelas; errata; sumário; prefácio. Quais são as principais informações que devem conter na folha de rosto? A folha de rosto é a fonte principal de informação do livro para realizar a Catalogação-na-Publicação (CIP), portanto as informações apresentadas na folha de rosto devem conter: autoria, título, edição, número de volume, local de publicação, editora, ano de publicação. ►

Qual é a maneira que pode aparecer a responsabilidade sobre uma obra na folha de rosto? Conforme a Norma da ABNT 6029 (Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT) a au►

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toria pode aparecer da seguinte forma: “autor(es) - o(s) nome(s) do(s) autor(es) individual(ais), de entidade(s), de editor(es) responsável(eis), de compilador(es), de coordenador(es), de organizador(es), ilustrador(es), prefaciador(es), tradutor(es) etc. O(s) título(s) e qualificação(ões) do(s) autor(es) podem ser incluídos, logo após seu(s) nome(s), pois servem para indicar sua autoridade no assunto”. Quando a obra possui até três autores. Existe alguma regra que informa qual nome deve aparecer primeiro na folha de rosto? É recomendável que a ordem em que os nomes apareçam na folha de rosto seja uma decisão tomada entre os autores. Porque em obra compartilhada com até três autores, sem a responsabilidade principal indicada, terá a entrada principal ao primeiro citado na folha de rosto, com secundária para os demais na Catalogação-na-Publicação. Conforme a regra da ►

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AACR2 1estabelecida para elaboração da ficha catalográfica. Como deve aparecer na folha de rosto o título de um livro que tenha subtítulo? Os livros com título e subtítulo devem ser diferenciados tipograficamente. O subtítulo visa esclarecer o título ou complementar, de acordo com o conteúdo do item. ►

Caso a obra tenha vários volumes como devo descrever na folha de rosto a informação? A obra em vários volumes deve ter um título geral, bem como cada volume pode ter um título específico. Se houver a numeração do volume deve-se escrito em algarismos arábicos. ►

É necessário colocar a edição na folha de rosto? A edição deve ser indicada quando se tratar de reimpressão e ►

1 AACR2 – Anglo-American Cataloguin Rules.

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acréscimos; por exemplo, a partir da segunda edição é necessário colocar na página de rosto. Como deve aparecer as informações sobre a editora na folha de rosto? O nome da editora deve ser localizado na parte inferior da folha de rosto. Primeiro informamos o local, em seguida o nome da editora, ao final o ano da publicação. ►

Quais as informações são inseridas no verso da folha de rosto? No geral as informações devem ser descritas na ordem a seguir: a) direito autoral; b) direito de reprodução do livro; c) título original; d) outros suportes disponíveis; e) dados internacionais de catalogação-na-publicação (CIP); f) créditos. Observação todas estas informações são necessárias para que o livro seja propriamente catalogado em bibliotecas e corretamente citado em trabalhos acadêmicos. ►

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Bibliografia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Rio de Janeiro). Informação e documentação livros e folhetos, apresentação. 2006. Disponível em: file:///C:/Users/Paulo/Downloads/nbr_6029_-_2006.pdf. Acesso em: 04 out. 2021. LEGISLAÇÃO SOBRE LIVRO E LEITURA. 2. ed. Brasília: Centro de Documentação, Edições Câmara, 2013. (Série Legislação). Disponível em: file:///C:/Users/Paulo/Downloads/legislacao_livro_2ed.pdf. Acesso em: 05 jul. 2021. RIBEIRO, Antonia Motta de Castro Memória. AACR2: Anglo-American Cataloguing rules,2 and edition: descrição e ponto de acesso. 2. ed. Brasília: Do Autor, 2001. 577 p.

Ana L.L. M eira

Graduada na Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Pós-Graduação em Gestão de Patrimônio e Cultura UNIFAI/PUC. Outubro/2021

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VOZ-LEVANTE Mari Vieira Instagram: @amarivieira Facebook: Mari Vieira

A gente não quer só comida!¹ O brasileiro lê pouco, essa já é uma afirmação de senso comum. No entanto, a situação é ainda mais grave que parece, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil realizada pelo IPL e lançada em 2020 aponta que o país perdeu quase 5 milhões de leitores. Vejam a gravidade disso: perder leitores numa era marcada cada vez mais pela necessidade de conhecimento profundo. Os prejuízos são imensuráveis. Diversos fatores contribuem para esse drama, a fuga de leitores e leitoras para as redes sociais, o preço dos livros, a dificuldade de acesso a bibliotecas públicas, falta de tempo, de concentração, o fato de não saber ler e a incapacidade de compreender a maior parte do que lê são alguns dos motivos apontados para o abandono dos livros. São todos motivos que devem ser considerados, respeitados e estudados com o intuito de criar estratégias para reverter esse quadro. Os dados existem e a partir deles ações podem Escritores Brasileiros Contemporâneos

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ser criadas com muito mais chances de obter bons resultados. Diante disso surgem algumas questões: por que não existe um gigantesco projeto de incentivo à leitura? Por que mesmo ciente desses dados o governo age para a taxação de livros? Observar os dados da pesquisa e as ações governamentais, que aprofundam o fosso da situação da leitura no Brasil, desespera quem escreve e todas aquelas pessoas que sabem da importância do hábito de leitura. Hábitos de leitura iniciados desde a mais tenra idade com o apoio de um mediador (a mãe, o pai, uma professora ou quaisquer outros adultos) são importantíssimos para contribuir para construção da autoestima e da identidade. A leitura pode funcionar como um importante caminho para o autoconhecimento, contribui para a elaboração da subjetividade, para a formação de cidadãos e cidadãs mais conscientes dos seus direitos e deveres. Além disso, Outubro/2021

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é preponderante para distinguir com gantesca perda de leitores no país, assiduidade as notícias verdadeiras não cabe a mais ninguém esperar das fake News, pode tornar leitores que apenas professoras e professoe leitoras mais hábeis para se pro- res, os principais incentivadores da tegerem de cerleitura no BraA leitura é um importante caminho tas violências e sil, segundo a para o autoconhecimento, contribui ainda colabora pesquisa, cumpara a elaboração da subjetividade, para modificar pram o papel de para a formação de cidadãos e as estruturas da iniciar crianças, cidadãs mais conscientes dos seus sociedade. jovens e adultos direitos e deveres. Além disso, é Diante disno hábito de ler. preponderante para distinguir com so penso que É preciso uma assiduidade as notícias verdadeiras quem quer taação nacional das fake News, pode tornar leitores xar livros, quem em que divere leitoras mais hábeis para se ocupa espaços sos setores da protegerem de certas violências e de poder e não sociedade unam ainda colabora para modificar as favorece a criaforças para reestruturas da sociedade. ção de projetos verter esse quapara incentivar dro terrível. a leitura colabora para uma espécie Sei que leitura não faz milagre, de morte social. Considerando a gi- mas creio que coopera para a realização de alguns, pois a atividade leitora pode tornar as pessoas mais empáticas e mais abertas a aceitação das diversidades sociais. Ademais, aptas a cobrarem por um mundo mais justo e com menos pobreza, por terem consciência que a gente não quer só comida, a gente quer saída, para qualquer parte²… e a leitura é esse caminho que leva a diferentes partes do mundo e de nós mesmos.

¹ e ² – trechos da música Comida cantada pelos Titãs.

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A ugusto

dos

A njos

M aria M arlene N. T eixeira P into Presidente

da

Academia Taubateana

Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu na Paraíba, em 20 de abril de 1884, e faleceu, em 12 de novembro de 1914, de uma congestão pulmonar (pneumonia), com apenas 30 anos de idade. Dedicou-se, durante toda a sua vida, ao Magistério. Também era formado em Direito. O poeta foi identificado, muitas vezes, como ‘simbolista’ ou ‘parnasiano’, Mas, muitos críticos, preferem identificá-lo como pré-modernista. Suas palavras inovadoras apresentam uma ruptura com o passado, com o Academismo. Utiliza-se de palavras “não-poéticas” como cuspe, vômito, escarro, vermes, matéria em decomposição, etc. Ele apenas retratava a realidade que via ao seu redor. Ele denunciava a realidade brasileira: as propriedades falindo, ex-escravos na miséria, os tipos humanos marginalizados: o sertanejo, o mulato, o negro, o funcionário público, o caipira e o nordestino. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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de

Letras

Nas poesias, ele usava termos científicos e médicos. Gostava de estudar o ser humano de forma crua. Quase todas as suas obras foram publicadas no livro Eu (1912) que foi reeditado, após a sua morte, com o nome de Eu e Outras Poesias. Suas composições são originais. Ficou conhecido como Poeta da Morte. Augusto era uma pessoa extremamente sensível, introspectivo, triste, não possuía obsessão por palavras suaves. Foi um dos poetas mais críticos da época. Suas poesias têm raízes do simbolismo: gosto pela morte, angústia e o uso de metáforas. Em função do seu pessimismo e da sua angústia devido aos problemas pessoais e das incertezas de um novo século, trazia a ideia de uma guerra mundial (começou entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918). Por isso, as suas obras são impregnadas da constante ideia de morte.Três fatores contribuíram para a sua tristeza: morte (certeza Outubro/2021

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da sua própria), a melancolia e a raça - índio-perseguido, negro-escravizado, e o europeu. Para ele, o homem tinha que ser triste, pois se educava com livros estrangeiros, coisas estrangeiras e vivia ansioso para assimilar os frutos das poderosas civilizações. Julgavam-no como histérico, neurastênico,desequilibrado. Julgavam o seu vocabulário mórbido e vulgar. Era magro e tinha aspecto doentio. Chamou mais a atenção de psiquiatras do que dos críticos literários. Ele sempre aspirava à morte e à anulação de sua pessoa, reduzindo a vida a combinações de elementos químicos, físicos e biológicos (Eu, filho do carbono e do amoníaco...). Suas principais obras: Saudade (1900), Eu e outras poesias, Psicologia de um vencido (soneto) e Versos Íntimos. Bilac, do alto dos sonetos da sua “Via-Láctea”, estava redondamente enganado, quando ao saber da morte de Augusto dos Anjos, disse a um amigo que não se tinha perdido grande coisa. Perdemos um poeta único, singular e universal. Hoje, Augusto dos Anjos é mais lido, admirado e estudado do que o pomposo poeta do “Ora direis ouvir estrelas…” Escritores Brasileiros Contemporâneos

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O Morcego Augusto dos Anjos Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus? E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho. “Vou mandar levantar outra parede...” - Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho. E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede! Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?! A Consciência Humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto! Observação - Na última estrofe, é empregado o sentido conotativo da palavra morcego, que é a Consciência Humana, a grande metáfora do poema. (Pesquisa - Eu e Outras Poesias - Augusto dos Anjos) Outubro/2021

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P oemas L uiz N egrão ROSA DA VIDA No nascer e no pôr do sol, Na variedade de flor, que cor! As alegrias em face das tristezas Duelam-se com o Belo da natureza, E da Vida, com o sabor, frescor E esperança de dias melhores.

FOLCLORE Parlendas, lendas, Rimas, esgrima com palavras, Seres fantásticos, outros mais reais Convivem e desaparecem Em intertextos, subtextos e textos Nos escritos e no falar das pessoas.

STAY OPEN MINDED Life isn’t sweet neither salty Algorythms and PCR try to control Out of control social networks still work No more jobs, only tasks. Is Truth a huge fake? Or fake is a great truth? Is War a strategy to peace? I wish I remained to words and the world would be last tree. May our minds be free.

Luiz Negrão

Especialista em Direito Público pela Escola Paulista de Direito (EPD), publicou os textos históricos: “125 do Café Jardim”, “Homenagem do Dia do Patrono do Fórum de Artur Nogueira e “A atuação do Ministério Público no Caso Emeric Levai”. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Escrever

e

Ocupar

M arcinha C osta Escrevo a partir da minha história, da minha memória, do que não se perde e não se apaga

Minha escrita é sobre minha existência, minhas experiências, meu modo de ser e sobre(viver)

Escrevo a partir das minhas vivências, da minha aldeia, dos tempos de ontem e do agora

Escrevo para colocar minha narrativa na mesa e oferecer para o mundo meu poema, poema traduzido em força e potência.

Escrevo para me despir, me perder, me encontrar, me reerguer

Marcinha Costa

Professora da Ed. Básica do Município de Feira de Santana, atriz e mestra em Estudos literários com ênfase em literatura africana de língua portuguesa (UEFS).

Escrevo para incomodar, ocupar, disputar espaço e demarcar meu lugar, lugar de insubmissão, e transgressão

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marcianeide@gmail.com Instagram: @marcinha1407

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V acina J á ! Ricardo Hidemi Baba

Perder pessoas, perder amores É como pintar um quadro e sempre faltar algumas cores É ter a eterna sensação de que poderíamos fazer mais Isso se chama saudade, e não há lembrança que cure Perder é ineficácia? Talvez não, talvez seja o modo que a vida faz Talvez Vinícius nos deixou uma dica “Que seja eterno enquanto dure” Viver cada momento com quem amamos com intensidade Mas com uma intensidade que nos preencha de verdade E no fim, só reste a carinhosa saudade! Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Poemas Cris Arantes @crisarantesvaraldepoesias Pensamentos

Amanhecer

Flores fazem sonhar Noite cai na mansidão Pensamentos invadem o coração Saudade momentos tão lindos Luzes da lua a iluminar Estrelas a invejar Teu sorriso de mar, teu carisma, teu andar A noite cai lentamente a te esperar Venha passear Pela estrada recordar Percorrer as montanhas Luzes a encontrar Calor das manhãs Teu lindo andar Corpo exalando desejos Todo o amor que se perdeu Flores para a tua cama enfeitar

Quando os primeiros raios de sol Avançam no firmamento Estou deitada no meu leito E a cabeça começa a poetar É no amanhecer, o horário mágico Onde pululam ideias que fertilizam A minha sensibilidade

Cris Arantes Professora, poeta, musicista, compositora. Participou de vinte Antologias nacionais, leva seus poemas a vários Saraus Literários, escreve e posta áudios e vídeos de poemas nas suas redes sociais, possui um CD com poemas musicados, possui um Canal no YouTube: CRIS ARANTES VARAL DE POESIAS. Pertence à Academia Contemporânea de Letras, ACL.

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P oemas G lafira M enezes C orti Alento

C oringa

O olhar amoroso permanece No perceber Tudo que ilusoriamente tive em mim. Uma pausa no vazio do momento presente Como refúgio na minha própria quietude. Olhar que não julga Olhar que não atribui valor, Olhar que não separa Olhar que não distingue, Me edita. No silêncio é que me encontro amada. Me reciclando a cada respiração.

Desviaram a rima da minha poesia Tentei buscá-la em alguém Que soubesse ler cartas Encontrei, lia como ninguém E como alguém profetizou Sobre todos e tudo que rima. Nada para mim fazia sentido, As figuras ali mostradas, misturadas Sobre a mesa entoalhada Viraram de uma só vez. Manobraram o segredo da fuga Não houve espaço para a mão Decifrar a carta, invocar Que desse certo a volta da rima. Mesmo interpolada Satisfaria se meu poema alindasse.

Sou Glafira Menezes Corti, paulistana, borboleta catadora de palavras. Gosto de dar novos significados às palavras, que me seduzem a revelar o meu jeito de pensar a comunicação social. Sou a palhaça Pitanga para as crianças e para os idosos, durante o meu trabalho voluntário. Como contadora de história minha imaginação viaja, sempre que fizio e quizio a narrativa contagiar. Escrevi em várias antologias, jornais e revistas. Tenho publicados os livros: “Tamborilando com letras”, “Pra Você”, também em e-book na Amazon, “Versos Verdes” e o livro infantil “Eu fizio porque quizio”. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Nazareth Ferrari Natural de Taubaté, SP. É pintora, escultora, escritora, professora, Pós-Graduada em História da Arte, Engenheira Civil e Membro Titular da Academia Valeparaibana de Letras e Artes. Conquistou inúmeros prêmios em literatura e artes visuais, possuindo obras na Alemanha e na França. Escritores Brasileiros Contemporâneos

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O LITÍGIO É REALMENTE NECESSÁRIO??? Conheça a “Mediação Privada”

Dra. Gisele Luccas

Evitando o vultuoso número de demandas judiciais, a Mediação Privada visa retirar do Poder-Juíz a tarefa de decidir sozinho o mérito de uma causa, permitindo que as partes envolvidas no conflito encontrem “ por sí “ a solução que melhor lhes atenda, com o auxílio de um Mediador. Este Mediador é um terceiro imparcial, e atuará como facilitador da comunicação entre as partes, ou, até mesmo, criará uma ponte de diáloEscritores Brasileiros Contemporâneos

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go que não mais existe, visando apresentar possibilidades de negociação, até então inexistentes, tornando realizável de forma pacífica o cerne do conflito, atendendo ambos os interesses das partes envolvidas. Como o próprio nome diz, trata-se de uma Mediação Privada, que não se inicia perante o Poder Judiciário, ou seja, não haverá uma sentença. Trata-se de uma mudança de cunho colaborativo, imbuída da cultura Outubro/2021

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de paz e consenso mútuo das partes para lograr um acordo. Esse acordo, realizado com a presença do Mediador, será reduzido a termo, passando a ter eficácia de Título Executivo Extra Judicial, podendo ser homologado ou não, de acordo com a vontade das partes. Sua previsão legal encontrase disciplinada na Resolução 125 do CNJ – Conselho Nacional de Justiça, tendo como base diminuir a sobrecarga do Poder Judiciário, atualmente acumulando 110 milhões de processos. Os Mediadores encontramse cadastrados em Câmaras Privadas e no cadastro de Auxiliares da Justiça do Tribunal de Justiça, onde poderá ser consultado o curriculum dos mesmos e sua expertise. Dentre as várias vantagens da utilização da Mediação Privada pode-se destacar a agilidade na solução do conflito pelo aspecto temporal, pois uma demanda Judicial pode levar meses ou anos, dependendo da sua complexidade, o que não ocorre na Escritores Brasileiros Contemporâneos

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Mediação Privada, pois as partes são protagonistas de seus próprios interesses, de forma que o tempo demandado até a finalização do acordo é discricionário pelo livre arbítrio das mesmas. Um Processo Judicial contencioso gera custos elevados e muitas vezes imprevisíveis. Na Mediação Privada, como o foco é a busca de uma solução menos desgastante, e imbuída de um espírito construtivo e não destrutivo, as próprias partes gerenciam os gastos. Cabe destacar que o sigilo e a confidencialidade são diferenciais valorosos, visto ficar a critério exclusivo das partes o que desejam ou não divulgar, podendo conter cláusula neste sentido no acordo firmado, o que não ocorre nos Processos, salvo segredo de justiça. A presença de Advogado na Mediação Privada é valorosa, considerando-se que um Mediador com expertise sabe o quanto pode ser construtivo a opinião do causídico à seu cliente, diante da segurança Outubro/2021

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gerada e participando de forma criativa e pacífica. Destaca-se que a Mediação Privada pode ocorrer antes de uma demanda judicial ou até mesmo no curso desta, bastando, nesta última hipótese, a juntado do Acordo decidido pelas partes nos Autos do Processo, objetivando sua homologação e extinção. O cerne da Mediação Privada ou Extra-Judicial é propiciar às partes que as mesmas sejam protagonistas e soberanas nas decisões de suas histórias e dos conflitos existentes, e, neste contexto, o Mediador tem habilidade, treinamento e formação para a construção deste diálogo, que na maioria das vezes encontra-se totalmente desgastado ou inexiste, pois possui nascedouro em mágoas anteriores e não resolvidas, mas altamente destrutivas. O Mediador é acima de tudo um “pacificador de almas”!!! Menos litígio e mais diálogo!!!!

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Dra. Gisele Luccas É Advogada, Especialista em Direito Médico, Pós Graduada em Perícia Criminal e Ciências Forenses, Capacitação em Psicopatologia Forense, Mediadora Judicial e Privada cadastrada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Palestrante, Colunista, Mestranda em Psicologia Criminal / Especialização Psicologia Forense (Universidad Europeia Del Atlântico - Espanha).

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