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from Escritores Brasileiros Contemporâneos - n. 19 - dez/2020 - edição especial Memórias Paulistanas
leMbranças da barra funda
Eu nasci na Barra Funda, bairro tradicional da capital.
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Estudei no Colégio Macedo Soares, palco de grandes profissionais do mercado de trabalho. Tivemos excelentes professores, foi uma época gloriosa. Participei da seleção de Vôlei e da Fanfarra durante quatro anos. Conquistei amigos queridos, que mantenho contato até hoje.
Morei perto da Escola de Samba Camisa Verde e Branco. Escola tradicional do Carnaval Paulistano. Cresci ouvindo a bateria nota dez.
As evoluções, os ensaios, eram feitos na rua. As fantasias eram muito simples, porém criativas. Os carros alegóricos com muita produção, com material barato, a ajuda governamental da época era insuficiente.
Através de muita luta de seus fundadores Inocêncio Tobias e da sua esposa Dona Sinhá. Quando começavam os primeiros acordes, me arrepiava toda, os sambistas dominando o samba no pé.
Escola de tradição defende o seu Pavilhão com muito respeito. O casal mais bonito, que fazia muito charme para conquistar o público com o seu lirismo, o Mestre-sala e a Porta-bandeira. Sempre gostei das suas voltas magistrais, suas reverências, um verdadeiro balett.
Em São Paulo meu coração é verde e branco.
Maria cristina arantes
Pedagoga, poeta, cantora, musicista, artista popular. Possui um CD gravado com treze poemas autorais, participou de doze antologias, publica seus poemas em revistas físicas e digitais. Posta poemas em áudios e vídeos nas redes sociais. Apresenta-se em Saraus Literários e Musicais. Distribui seus poemas no seu “Varal de Poemas”. Membro da Academia de Letras, cadeira 12, patronesse Florbela Espanca.